1 Samuel (BAV) 1





I Livro de Samuel


I - HELI E SAMUEL (1-7)

Nascimento de Samuel

1 1 Havia em Ramataim-Sofim um homem das montanhas de Efraim, chamado Elcana, filho de Jeroão, filho de Eliu, filho de Tolu, filho de Suf, o efraimita.
2
Tinha ele duas mulheres, uma chamada Ana e outra Fenena. Esta última tinha filhos; Ana, porém, não os tinha.
3
Cada ano subia esse homem de sua cidade para adorar o Senhor dos exércitos e oferecer-lhe um sacrifício em Silo, onde se encontravam os dois filhos de Heli, Ofini e Finéias, sacerdotes do Senhor.
4
Cada vez que Elcana oferecia um sacrifício, dava porções à sua mulher Fenena, bem como aos filhos e filhas que ela teve;
5
a Ana, porém, dava uma porção dupla, porque a amava, embora o Senhor a tivesse tornado estéril.
6
Sua rival afligia-a duramente, provocando-a a murmurar contra o Senhor que a tinha feito estéril.
7
Isto se repetia cada ano quando ela subia à casa do Senhor; Fenena continuava provocando-a. Então, Ana punha-se a chorar e não comia.
8
Seu marido dizia-lhe: Ana, por que choras? Por que não comes? Por que estás triste? Não valho eu para ti como dez filhos?


9 (Desta vez) Ana levantou-se, depois de ter comido e bebido em Silo. Ora, o sacerdote Heli estava sentado numa cadeira à entrada do templo do Senhor.
10
Ana, profundamente amargurada, orou ao Senhor e chorou copiosamente.
11
E fez um voto, dizendo: Senhor dos exércitos, se vos dignardes olhar para a aflição de vossa serva, e vos lembrardes de mim; se não vos esquecerdes de vossa escrava e lhe derdes um filho varão, eu o consagrarei ao Senhor durante todos os dias de sua vida, e a navalha não passará pela sua cabeça.
12
Prolongando ela sua oração diante do Senhor, Heli observava o movimento dos seus lábios.
13
Ana, porém, falava no seu coração, e apenas se moviam os seus lábios, sem se lhe ouvir a voz.
14
Heli, julgando-a ébria, falou-lhe: Até quando estarás tu embriagada? Vai-te e deixa passar o teu vinho.
15
Não é assim, meu Senhor, respondeu ela, eu sou uma mulher aflita: não bebi nem vinho, nem álcool, mas derramo a minha alma na presença do Senhor.
16
Não tomes a tua escrava por uma pessoa frívola, porque é a grandeza de minha dor e de minha aflição que me fez falar até aqui.
17
Heli respondeu: Vai em paz, e o Deus de Israel te conceda o que lhe pedes.
18
Encontre a tua serva graça aos teus olhos, ajuntou ela. A mulher se foi, comeu, e o seu rosto não era mais o mesmo.
19
No dia seguinte pela manhã, prostraram-se diante do Senhor, e voltaram para a sua casa em Ramá.


20 Elcana conheceu Ana, sua mulher, e o Senhor lembrou-se dela. Ana concebeu, e, passado o seu tempo, deu à luz um filho que chamou Samuel; porque, dizia, eu o pedi ao Senhor.


21 Elcana, seu marido, foi com toda a sua casa para oferecer ao Senhor o sacrifício anual.
22
Ana, porém, não foi, e disse ao seu marido: Quando o menino for desmamado, eu o levarei para apresentá-lo ao Senhor, e lá ficará para sempre.


23 Faze como achares melhor, respondeu-lhe Elcana; fica até que o tenhas desmamado e que o Senhor se digne confirmar a sua promessa. Ela ficou e aleitou o seu filho até que o desmamou.


24 Após tê-lo desmamado, tomou-o consigo, e levando também três touros, um efá de farinha e um odre de vinho, conduziu-o à casa do Senhor em Silo. O menino era ainda muito criança.
25
Imolaram o touro e conduziram o menino a Heli.
26
Ana disse-lhe: Ouve, meu Senhor, por tua vida, eu sou aquela mulher que esteve aqui em tua presença orando ao Senhor.
27
Eis aqui o menino por quem orei; o Senhor ouviu o meu pedido.
28
Portanto, eu também o dou ao Senhor: ele será consagrado ao Senhor para todos os dias de sua vida. E prostraram-se naquele lugar diante do Senhor.

Cântico de Ana

2 1 Ana pronunciou esta prece: Exulta o meu coração no Senhor, nele se eleva a minha força; a minha boca desafia os meus adversários, porque me alegro na vossa salvação.
2
Ninguém é santo como o Senhor. Não existe outro Deus, além de vós, nem rochedo semelhante ao nosso Deus.
3
Não multipliqueis palavras orgulhosas, não saia da vossa boca linguagem arrogante, porque o Senhor é um Deus que tudo sabe; por ele são pesadas as ações.
4
Quebra-se o arco dos fortes, enquanto os fracos se revestem de vigor.
5
Os abastados se assalariam para ganharem o que comer, enquanto os famintos são saciados. Sete vezes dá à luz a estéril, enquanto a mãe de numerosos filhos enlanguesce.
6
O Senhor dá a morte e a vida, faz descer à habitação dos mortos e de lá voltar.
7
O Senhor empobrece e enriquece; humilha e exalta.
8
Levanta do pó o mendigo, do esterco retira o indigente, para fazê-los sentar-se entre os nobres e outorgar-lhes um trono de honra, porque do Senhor são as colunas da terra. Sobre elas estabeleceu o mundo.
9
Dirige os passos dos seus fiéis, enquanto os ímpios perecem nas trevas; porque homem algum vence pela força.
10
Ó Senhor, sejam esmagados os vossos adversários! Dos céus troveje o Altíssimo contra eles, o Senhor julgue os últimos confins da terra! Dará força ao seu rei, e engrandecerá o poder do seu ungido.
11
Elcana voltou para a sua casa em Ramá, e o menino ficou ao serviço do Senhor, junto do sacerdote Heli.

Procedimento dos filhos de Heli

12 Os filhos de Heli eram maus; não conheciam o Senhor.
13
Eis como se comportavam para com o povo: Quando alguém imolava uma vítima, vinha o servo do sacerdote no momento em que se cozia a carne, com um garfo de três dentes,
14
e metia-o na caldeira, na marmita, na panela ou no tacho, e tudo o que o tridente trazia, tomava-o para o sacerdote. Assim faziam a todos os israelitas que vinham a Silo.
15
Antes que queimassem a gordura, vinha o servo do sacerdote dizer ao que sacrificava: Dá-me a carne de assar para o sacerdote; ele não aceitará carne cozida, mas unicamente a carne crua.
16
O homem respondia-lhe: É preciso que se queime antes a gordura; depois disto tomarás o que quiseres. Não, respondia o servo, dá-me logo, senão tomarei à força.
17
Era muito grande a iniqüidade desses moços aos olhos de Deus, porque atraíam o desprezo sobre as ofertas feitas ao Senhor.
18
Entretanto, Samuel, ainda criança, servia diante do Senhor, trajando um efod de linho.
19
Sua mãe fazia-lhe cada ano uma pequena túnica, que lhe levava quando subia com o seu marido para o sacrifício anual.
20
Heli abençoava Elcana e sua mulher: Conceda-te o Senhor filhos desta mulher, em recompensa do dom que ela lhe faz! E voltavam para a sua casa.
21
O Senhor visitou Ana, e ela concebeu, dando à luz três filhos e duas filhas. E o menino Samuel crescia na companhia do Senhor.
22
Heli era muito velho; sabia tudo o que faziam os seus filhos com os israelitas, e como eles dormiam com as mulheres que estavam de serviço à entrada da Tenda da Reunião.
23
Por que, dizia-lhes, procedeis desta forma? Sei que todo o povo fala de vossas desordens.
24
Não façais assim, meus filhos; não são boas as informações que me chegam a vossos respeito. Estais fazendo pecar o povo do Senhor.
25
Se um homem pecar contra outro, Deus o julga; se ele pecar, porém, contra o Senhor, quem intervirá a seu favor? Mas não ouviam a voz do seu pai, porque Deus os queria perder.
26
Entretanto, o menino Samuel ia crescendo, e era agradável tanto ao Senhor como aos homens.
27
Certo dia, um homem de Deus veio ter com Heli e disse-lhe da parte do Senhor: Não me revelei eu claramente à casa de teu pai, quando eles estavam no Egito ao serviço do faraó?
28
Escolhi os teus dentre todas as tribos de Israel para serem sacerdotes, subirem ao meu altar, queimarem o incenso e vestirem o efod diante de mim. Dei à casa de teu pai todos os sacrifícios oferecidos pelos israelitas.
29
Por que desprezais os meus sacrifícios e as minhas oblações que estabeleci em minha morada? Fazes mais caso dos teus filhos que de mim, engordando-vos com o melhor de todas as ofertas de meu povo de Israel.
30
Por isso, eis o que diz o Senhor, Deus de Israel: Eu tinha dito que a tua casa e a casa de teu pai serviria para sempre diante de mim. Mas agora, diz o Senhor, não será mais assim. Eu honro aqueles que me honram e desprezo os que me desprezam.
31
Virão dias em que abaterei o teu vigor e o vigor da casa de teu pai, de tal modo que já não haverá ancião em tua casa.
32
Israel estará cumulado da alegria, e tu verás a angústia em tua casa. Não haverá jamais ancião em tua família!
33
Entretanto, não cortarei todos os teus do meu altar, para que se consumam de inveja os teus olhos e se desfaleça a tua alma; mas todos os outros morrerão na flor da idade.
34
O que vai acontecer aos teus dois filhos Ofni e Finéias, será para ti um sinal: morrerão ambos no mesmo dia.
35
Suscitarei para mim um sacerdote fiel, que procederá segundo o meu coração e minha vontade. Edificar-lhe-ei uma casa durável, e ele andará sempre diante do meu ungido.
36
Os que sobreviverem de tua família irão prostrar-se diante dele por uma moeda de prata ou por um pedaço de pão, dizendo-lhe: Admiti-me para alguma função sacerdotal, a fim de que eu tenha um bocado de pão para comer.

Vocação de Samuel

3 1 O jovem Samuel servia ao Senhor sob os olhos de Heli. a palavra do Senhor era rara naqueles dias, e as visões não eram freqüentes.
2
Ora, aconteceu certo dia que Heli estava deitado (seus olhos tinham-se enfraquecido, e ele mal podia ver),


3 e a lâmpada de Deus ainda não se apagara. Samuel repousava no templo do Senhor, onde se encontrava a arca de Deus.
4
O Senhor chamou Samuel, o qual respondeu: Eis-me aqui.
5
Samuel correu para junto de Heli e disse: Eis-me aqui: chamaste-me. Não te chamei, meu filho, torna a deitar-te. Ele foi e deitou-se.
6
O Senhor chamou de novo Samuel. Este levantou-se e veio dizer a Heli: Eis-me aqui, tu me chamaste. Eu não te chamei, meu filho, torna a deitar-te.
7
Samuel ainda não conhecia o Senhor; a palavra do Senhor não lhe tinha sido ainda manifestada.
8
Pela terceira vez o Senhor chamou Samuel, que se levantou e foi ter com Heli: Eis-me aqui, tu me chamaste. Compreendeu então Heli que era o Senhor quem chamava o menino.
9
Vai e torna a deitar-te, disse-lhe ele, e se ouvires que te chamam de novo, responde: Falai, Senhor; vosso servo escuta! Voltou Samuel e deitou-se.
10
Veio o Senhor pôs-se junto dele e chamou-o como das outras vezes: Samuel! Samuel! Falai, respondeu o menino; vosso servo escuta!


11 O Senhor disse a Samuel: Eis que vou fazer uma tal coisa em Israel, que a todo o que a ouvir ficar-lhe-ão retinindo os ouvidos.
12
Naquele dia cumprirei contra Heli todas as ameaças que pronunciei contra a sua casa. Começarei e irei até o fim.
13
Anunciei-lhe que eu condenaria para sempre a sua família, por causa dos crimes que ele sabia que os seus filhos cometiam, e não os corrigiu.
14
Por isso jurei à casa de Heli que a sua culpa jamais seria expiada, nem com sacrifícios nem com oblações.
15
Samuel ficou deitado até pela manhã, quando abriu as portas da casa do Senhor. Ele temia contar a visão a Heli.
16
Heli, porém chamou-o e disse: Samuel, meu filho! Eis-me aqui, respondeu ele.
17
E Heli: Que te disse ele? Não me ocultes nada. Deus te trate com toda a severidade, se me encobrires algo de tudo o que ele te disse.
18
Então Samuel contou-lhe tudo, sem nada ocultar. Heli exclamou: O Senhor fará o que lhe parecer melhor.


19 Samuel crescia, e o Senhor estava com ele. Ele não negligenciava nenhuma de suas palavras.


20 Todo o Israel, desde Dã até Bersabéia, reconheceu que Samuel era um profeta do Senhor.


21 E o Senhor continuou a se manifestar em Silo. É ali que o Senhor aparecia a Samuel, descobrindo-lhe sua palavra.

Vitória dos filisteus e tomada da Arca

4 1 A palavra de Samuel foi dirigida a todo o Israel. Israel saiu ao encontro dos filisteus para combatê-los. Acamparam junto de Eben-Ezer, enquanto os filisteus acampavam em Afec.
2
Os inimigos puseram-se em linha de batalha diante de Israel e começou o combate. Israel voltou as costas aos filisteus, e foram mortos naquele combate cerca de quatro mil homens.
3
O povo voltou ao acampamento e os anciãos de Israel disseram: Por que nos deixou o Senhor sermos batidos hoje pelos filisteus? Vamos a Silo e tomemos a arca da aliança do Senhor, para que ela esteja no meio de nós e nos livre da mão de nossos inimigos.
4
O povo mandou, pois, buscar em Silo a arca da aliança do Senhor dos exércitos, que se senta sobre querubins. Os dois filhos de Heli, Ofni e Finéias, acompanhavam a arca da aliança de Deus.
5
Quando a arca do Senhor entrou no acampamento, todo o Israel rompeu num grande clamor, que fez tremer a terra.
6
Os filisteus, ouvindo-o, disseram: Que significa esse grande clamor no acampamento dos hebreus? E souberam que a arca do Senhor tinha chegado ao acampamento.
7
Então tiveram medo e disseram: Deus chegou ao acampamento. Ai de nós! Até agora nunca se viu coisa semelhante!
8
Ai de nós! Quem nos salvará da mão destes deuses poderosos? São eles que feriram os egípcios com toda a sorte de pragas no deserto.
9
Coragem, ó filisteus! Portai-vos varonilmente, não suceda que sejais escravizados aos hebreus como eles o são a vós. Sede homens e combatei.
10
Começaram a luta e Israel foi derrotado, fugindo cada um para a sua tenda. Houve um espantoso massacre, tendo caído de Israel trinta mil homens de pé.
11
A arca de Deus foi tomada e os dois filhos de Heli, Ofni e Finéias, pereceram.

Morte de Heli

12 Um homem da tribo de Benjamim, tendo escapado à batalha, fugiu naquele mesmo dia para Silo. Trazia a roupa toda rasgada e a cabeça coberta de pó.
13
Chegou no momento em que Heli se encontrava sentado numa cadeira, à beira do caminho, inquieto e temeroso pela arca de Deus. Entrando aquele homem na cidade, espalhou-se por toda a parte a noticia, e de toda a cidade elevou-se um grande clamor.
14
Heli, ouvindo-o, perguntou: Que clamor é este? Nesse momento chegava o homem para dar-lhe a notícia.
15
(Heli tinha noventa e oito anos; seus olhos estavam parados e já não viam.)
16
O homem disse-lhe: Venho do campo de batalha, de onde escapei hoje mesmo. Que aconteceu, meu filho?
17
Israel, respondeu o mensageiro, fugiu diante dos filisteus; o povo sofreu uma grande derrota. Teus dois filhos, Ofni e Finéias, morreram, e a arca de Deus foi tomada.
18
Ao ouvi-lo mencionar a arca de Deus, Heli caiu de sua cadeira para trás, do lado da porta (do templo), fraturou o crânio e morreu, pois era um homem velho e pesado. Tinha sido juiz em Israel durante quarenta anos.
19
Sua nora, mulher de Finéias, estava grávida e próxima do parto. Tendo ouvido que a arca de Deus fora capturada, e que o seu sogro e seu marido tinham morrido, foi subitamente acometida pelas dores do parto e deu à luz.
20
E estando para expirar, disseram-lhe as mulheres que a cercavam: Não temas, pois nasceu-te um filho. Mas ela não respondeu, pois estava inconsciente.
21
Chamou o filho Icabod, porque, disse a ela, dissipou-se a glória de Israel, já que foi tomada a arca de Deus, e morreram o meu sogro e o meu marido.
22
Sim, disse ela, desapareceu a glória de Israel, foi tomada a arca de Deus.

A arca entre os filisteus

5 1 Os filisteus apoderaram-se, pois, da arca de Deus e levaram-na de Eben-Ezer para Azot.
2
Tomaram a arca de Deus e meteram-na no templo de Dagon, colocando-a junto do ídolo.
3
No dia seguinte, levantando-se pela manhã, os habitantes de Azot viram Dagon estendido com o rosto por terra diante da arca do Senhor. Levantaram o ídolo e repuseram-no no seu lugar.
4
Na manhã seguinte, ao se levantarem, encontraram (de novo) Dagon estendido com o rosto por terra diante da arca do Senhor; a cabeça do deus e suas duas mãos estavam desprendidas e jaziam perto do limiar. Dele só restou o tronco.
5
É por isto que os sacerdotes de Dagon e todos os que entram no seu templo em Azot, evitam ainda hoje pôr o pé no limiar da porta.
6
A mão do Senhor pesava sobre os habitantes de Azot; ele os devastou e os feriu de hemorróidas na cidade e no seu território.
7
Vendo isto, os habitantes de Azot exclamaram: A arca do Deus de Israel não ficará conosco, porque a sua mão pesou sobre nós e sobre Dagon, nosso Deus.
8
Mandaram mensageiros que convocassem todos os príncipes dos filisteus e perguntaram-lhes: Que faremos nós da arca do Deus de Israel? Eles responderam: Transportem-na a Get. E a arca do Deus de Israel foi levada para ali.
9
Logo que o fizeram, a mão do Senhor foi contra a cidade, causando nela um grande terror. Feriu os habitantes desde o menor até ao maior com muitos tumores de hemorróidas.
10
Mandaram então a arca de Deus para Acaron. Chegando ela ali, os acaronitas clamaram, dizendo: Trouxeram-nos a arca do Deus de Israel, para nos matar como todo o povo!
11
Convocaram todos os príncipes dos filisteus e disseram-lhes: Devolvei a arca do Deus de Israel; que ela volte para o seu lugar, e não nos faça perecer com todo o povo.
12
Reinava na cidade um pavor mortal, e a mão de Deus fazia-se sentir rudemente. Aqueles que escapavam à morte, eram feridos de hemorróidas, e da cidade subia até ao céu um clamor angustiado.

Devolução da arca

6 1 Esteve a arca do Senhor na terra dos filisteus sete meses.
2
Estes convocaram os seus sacerdotes e adivinhos e perguntaram-lhes: Que faremos da arca do Senhor? Dizei-nos como havemos de a devolver ao seu lugar. Eles responderam:
3
Se devolveis a arca do Deus de Israel, não a mandeis vazia, mas juntai a ela uma oferta expiatória. Se fordes curados, sabereis então por que sua mão não cessou de pesar sobre vós.
4
Que oferta expiatória, perguntaram eles, devemos fazer? Responderam: Cinco tumores de ouro e cinco ratos de ouro, conforme o número dos príncipes dos filisteus, porque foi essa a praga que vos feriu a vós e aos vossos príncipes.
5
Fazei, pois, figuras de vossos tumores e figuras de ratos que devastam a terra. Dai assim glória ao Deus de Israel; talvez retire ele a sua mão de cima de vós, de vosso deus e de vossa terra.
6
Por que endureceis os vossos corações como os egípcios e o faraó? Estes só deixaram partir os israelitas quando o Senhor mandou os seus castigos sobre eles.
7
Fazei um carro novo, escolhei duas vacas que aleitam, e que não tenham ainda levado o jugo, e metei-as no carro, depois de terdes preso os seus bezerros no curral.
8
Colocareis no carro a arca do Senhor, juntamente com um cofre, no qual poreis todos os objetos de ouro que ofereceis como expiação; depois deixai-a partir.
9
Segui-a com os olhos: se ela subir pelo caminho de sua terra, para as bandas de Bet-Sames, é o Senhor quem nos enviou esta praga; do contrário, conheceremos que não foi a sua mão que nos feriu, mas que tudo isto foi um simples acidente.
10
Assim o fizeram. Tomaram duas vacas que aleitavam e prenderam-nas a um carro, pondo os seus bezerros no curral.
11
Puseram no carro a arca do Senhor com o cofre que continha os ratos de ouro e as figuras dos tumores.
12
As vacas tomaram diretamente o caminho que vai a Bet-Sames e seguiram sempre o mesmo caminho, mugindo, sem se desviarem nem para a direita nem para a esquerda. Os príncipes dos filisteus seguiram-nas até o limite de Bet-Sames.
13
Ora, os betsamitas segavam o trigo no vale. Levantando os olhos, viram a arca e alegraram-se.
14
O carro chegou à terra de Josué, o betsamita, onde se deteve. Havia ali uma grande pedra. Cortaram em pedaços a madeira do carro e ofereceram as vacas em holocausto ao Senhor.
15
Os levitas desceram a arca do Senhor, juntamente com o cofre que vinha junto, contendo os objetos de ouro, e colocaram-na sobre a grande pedra. Os betsamitas ofereceram holocaustos e sacrifícios ao Senhor naquele dia.
16
E os cinco príncipes dos filisteus, que tudo tinham visto, voltaram naquele mesmo dia para Acaron.
17
Eis o número das figuras de hemorróidas de ouro que os filisteus ofereceram ao Senhor como oferta expiatória: uma por Azot, uma por Gaza, uma por Ascalon, uma por Get, uma por Acaron.
18
Ofereceram, além disso, tantos ratos de ouro quantas cidades havia pertencentes aos cinco príncipes, cidades fortificadas e aldeias sem muros, Disto é testemunha a grande pedra, sobre a qual puseram a arca do Senhor, no campo de Josué, o betsamita, onde pode ser vista até o dia de hoje.
19
O Senhor feriu os habitantes de Bet-Sames, porque tinham olhado para dentro de sua arca: feriu setenta homens entre cinqüenta mil. O povo chorou por causa desse grande golpe com que o Senhor, o tinha ferido.
20
Os habitantes de Bet-Sames disseram: Quem poderá subsistir na presença do Senhor, deste Deus Santo? E para quem irá (a arca), afastando-se de nós?
21
Mandaram dizer aos habitantes de Cariatiarim: Os filisteus devolveram a arca do Senhor; vinde e levai-a para vós.


7 1 Vieram, pois, os habitantes de Cariatiarim, transportaram a arca do Senhor, puseram-na em casa de Aminadab, sobre a colina, e consagraram o seu filho Eleazar para que a guardasse.

Derrota dos filisteus

2 E o tempo passou. Decorridos vinte anos desde o dia em que a arca fora levada para Cariatiarim, todo o Israel se lamentava, invocando o Senhor.
3
E Samuel falou a todo o povo de Israel, dizendo: Se voltardes de todo o vosso coração para o Senhor, tirando do meio de vós os deuses estranhos e as Astarot, se vos apegardes de todo o vosso coração ao Senhor e só a ele servirdes, então ele vos livrar das mãos dos filisteus.
4
Os israelitas afastaram os Baal e as Astarot, e serviram só ao Senhor.
5
Convocai todo o Israel em Masfa, disse Samuel, e orarei por vós ao Senhor.
6
Reuniram-se em Masfa, tiraram água, derramaram-na diante do Senhor, e jejuaram aquele dia, dizendo: Pecamos contra o Senhor. Samuel era juiz de Israel em Masfa.
7
Os filisteus foram informados de que os israelitas tinham-se juntado em Masfa, e os seus príncipes marcharam contra Israel. Os israelitas o souberam e ficaram aterrorizados.
8
Disseram a Samuel: Não cesses de clamar por nós ao Senhor, nosso Deus, para que ele nos salve das mãos dos filisteus.
9
Samuel tomou um cordeiro de leite e ofereceu-o inteiro em holocausto ao Senhor; depois clamou ao Senhor por Israel, e o Senhor o ouviu.
10
Enquanto Samuel oferecia o holocausto, os filisteus começaram o combate contra Israel; o Senhor, porém, trovejou com a sua a voz fortíssima sobre os filisteus naquele momento, e eles se dispersaram, sendo batidos pelos israelitas.
11
Os vencedores, saindo de Masfa, perseguiram os filisteus e feriram-nos até o lugar que está por baixo de Bet-Car.
12
Tomou Samuel uma pedra e pô-la entre Masfa e Sen, dando-lhe o nome de Eben-Ezer, pois disse: Até aqui nos socorreu o Senhor.
13
Humilhados dessa forma, os filisteus não tentaram mais voltar ao território de Israel. A mão do Senhor pesou sobre o filisteus durante toda a vida de Samuel.
14
Foram devolvidas a Israel as cidades que os filisteus lhes tinham tomado, desde Acaron até Get. Israel livrou sua terra das mãos dos filisteus, e havia paz entre Israel e os amorreus.

Judicatura de Samuel

15 Samuel foi juiz em Israel durante toda a sua vida.
16
Ia a cada ano visitar Betel, Gálgala e Masfa, onde pronunciava os seus juízos em favor de todo o Israel.
17
Voltava depois para Ramá, onde habitava. Ali também julgava Israel, e edificou naquele lugar um altar ao Senhor.

II - REINADO DE SAUL (8-31)

O povo pede um rei

8 1 Samuel, tendo envelhecido, estabeleceu os seus filhos juízes de Israel.
2
Seu filho primogênito chamava-se Joel, e o segundo Abia; e julgavam em Bersabéia.
3
Os filhos de Samuel, porém, não seguiram as suas pisadas, mas deixaram-se arrastar pela cobiça, recebendo presentes e violando o direito.


4 Todos os anciãos de Israel vieram em grupo ter com Samuel em Ramá,
5
e disseram-lhe: Estás velho e teus filhos não seguem as tuas pisadas. Dá-nos um rei que nos governe, como o têm todas as nações.
6
Estas palavras: Dá-nos um rei que nos governe, desagradaram a Samuel, que se pôs em oração diante do Senhor.
7
O Senhor disse-lhe: Ouve a voz do povo em tudo o que te disseram. Não é a ti que eles rejeitam, mas a mim, pois já não querem que eu reine sobre eles.


8 Fazem contigo como sempre o têm feito comigo, desde o dia em que os tirei do Egito até o presente: abandonam-me para servir a deuses estranhos.
9
Atende-os, agora; mas declara-lhes solenemente, dando-lhes a conhecer os direitos do rei que reinará sobre eles.


10 Referiu Samuel todas as palavras do Senhor ao povo que reclamava um rei:
11
Eis, disse ele, como vos há de tratar o vosso rei: tomará os vossos filhos para os seus carros e sua cavalaria, ou para correr diante do seu carro.
12
Fará deles chefes de mil e chefes de cinqüenta, empregá-los-á em suas lavouras e em suas colheitas, na fabricação de suas armas de guerra e de seus carros.
13
Fará de vossas filhas suas perfumistas, cozinheiras e padeiras.
14
Tomará também o melhor de vossos campos, de vossas vinhas e de vossos olivais, e dá-los-á aos seus servos.
15
Tomará também o dízimo de vossas semeaduras e de vossas vinhas para dá-los aos seus eunucos e aos seus servos.
16
Tomará também vossos servos e vossas servas, vossos melhores bois e vossos jumentos, para empregá-los no seu trabalho.
17
Tomará ainda o dízimo de vossos rebanhos, e vós mesmos sereis seus escravos.
18
E no dia em que clamardes ao Senhor por causa do rei, que vós mesmos escolhestes, o Senhor não vos ouvirá.
19
O povo recusou ouvir a voz de Samuel. Não, disseram eles; é preciso que tenhamos um rei!
20
Queremos ser como todas as outras nações; o nosso rei nos julgará, marchará à nossa frente e será nosso chefe na guerra.
21
Samuel ouviu todas as palavras do povo e referiu-as ao Senhor.
22
E respondeu-lhe o Senhor: Ouve-os; dá-lhes um rei. Samuel disse aos israelitas: Volte cada um para a sua cidade.

Encontro de Saul com Samuel

9 1 Havia um homem de Benjamim, chamado Cis, filho de Abiel, filho de Seror, filho de Becorat, filho de Afia, de família benjaminita, que era um homem valente.
2
Tinha um filho chamado Saul, que era jovem e belo. Não havia em Israel outro mais belo do que ele; dos ombros para cima sobressaía a todo o povo.
3
Tendo-se perdido as jumentas de Cis, pai de Saul, disse aquele ao seu filho: Toma um servo contigo e vai procurar as jumentas.
4
Saul atravessou a montanha de Efraim e entrou na terra de Salisa, sem nada encontrar; percorreu a terra de Salim, mas em vão. Na terra de Benjamim não as encontrou tampouco.


5 Tendo chegado à terra de Suf, Saul disse ao seu servo: Vem, voltemos. Meu pai poderia não mais pensar nas jumentas e ficar com cuidados por nós.
6
Nesta cidade, disse-lhe o servo, há um homem de Deus, varão muito considerado; tudo o que ele prediz se cumpre. Vamos lá; talvez ele nos mostrará o caminho que devemos tomar.
7
Saul respondeu: Está bem, vamos; mas o que havemos de oferecer-lhe? Nossos alforjes estão vazios, e não temos presente algum para dar ao homem de Deus. O que nos resta?
8
Tenho aqui um quarto de siclo de prata, respondeu o servo; dá-lo-ei ao homem de Deus para que ele nos mostre o caminho.
9
(Antigamente, em Israel, todo o que ia consultar a Deus, dizia: Vinde, vamos ao vidente. Chamava-se então vidente ao que hoje se chama profeta.)
10
Saul disse ao seu servo: Tens razão. Anda, vamos E foram à cidade onde estava o homem de Deus.
11
Subindo eles a encosta da cidade, encontraram umas moças que saíam a buscar água. Há um vidente aqui?, perguntaram-lhes.
12
Sim, responderam elas; ali diante de ti. Apressa-te; ele veio hoje à cidade, porque o povo oferece um sacrifício no lugar alto.
13
Ao entrar na cidade, encontrá-lo-eis seguramente antes que suba ao lugar alto para o festim. O povo não comerá antes que ele chegue, pois ele deverá abençoar o sacrifício; os convidados só comerão depois. Subi, pois; hoje o encontrareis.
14
Subiram à cidade. No momento em que entravam, encontraram Samuel que saía para subir ao lugar alto.
15
Ora, na véspera da chegada de Saul, o Senhor tinha revelado a Samuel:
16
Amanhã, e esta mesma hora, mandar-te-ei um homem da terra de Benjamim, e tu o ungirás para chefe do meu povo de Israel, para que ele livre o povo das mãos dos filisteus. Porque voltei os meus olhos para o meu povo, e o seu clamor chegou até a mim.


17 Quando Samuel viu Saul, Deus disse-lhe: Eis o homem de quem te falei: este reinará sobre o meu povo.
18
Saul aproximou-se de Samuel à porta da cidade e disse-lhe: Rogo-te que me digas onde é a casa do vidente.
19
Sou eu mesmo o vidente, respondeu Samuel; sobe na minha frente ao lugar alto; comereis hoje comigo. Amanhã te deixarei partir, depois de ter revelado a ti tudo o que tens no coração.


20 Quanto às jumentas perdidas há dois ou três dias, não te inquietes por isso, porque já foram encontradas. E de quem será toda a beleza de Israel? Não é porventura tua e de toda a casa de teu pai?
21
Saul respondeu: Eu sou um benjaminita, filho da menor tribo de Israel; e minha família é a menor de todas as famílias de Benjamim. Por que, pois, me falas assim?
22
Samuel, tomando Saul e o seu servo, levou-os para a sala do festim e deu-lhes o primeiro lugar entre os convidados, que eram em número de aproximadamente trinta pessoas.
23
Samuel disse ao cozinheiro: Serve a porção que te dei e que te mandei pôr à parte.
24
Tomou, pois, o cozinheiro a espádua com o que nela havia e a serviu a Saul. Samuel disse: Eis diante de ti a porção que te foi reservada. Come-a; reservei-a para este momento quando convidei o povo. Saul e Samuel comeram juntos naquele dia.
25
Do lugar alto desceram para a cidade e prepararam uma cama para Saul no terraço
26
e ele foi dormir. No dia seguinte, ao romper da aurora, Samuel chamou Saul ao terraço e disse-lhe: Levanta-te, e deixar-te-ei partir. Saul levantou-se e saíram os dois juntos.
27
Quando chegaram aos limites da cidade, Samuel disse a Saul: Dize ao teu servo que passe e vá adiante de nós, e o servo passou adiante; mas tu detém-te aqui para que eu te comunique uma palavra de Deus.

Sagração de Saul por Samuel

10 1 Samuel tomou um pequeno frasco de óleo e derramou-o na cabeça de Saul; beijou-o e disse: O Senhor te confere esta unção para que sejas chefe da sua herança.


2 Quando te apartares hoje de mim, encontrarás dois homens junto do túmulo de Raquel, na terra de Benjamim, em Selsac. Eles te dirão: As jumentas que foste procurar foram encontradas. Teu pai não se inquieta mais por elas, mas tem cuidado por vós, e aflige-se perguntando o que poderá fazer por vós.
3
Seguirás o teu caminho até o carvalho de Tabor, onde se apresentarão a ti três homens que sobem a adorar a Deus em Betel, levando um três cabritos, outro três fatias de pão, e o terceiro um odre de vinho.
4
Depois de te saudarem, dar-te-ão dois pães e tu os receberás de suas mãos.
5
Depois disso, chegarás a Gabaa-Eloim onde se encontra o governador dos filisteus. À entrada da cidade encontrarás um grupo de profetas descendo do lugar alto, precedidos de saltérios, de tímpanos, de flautas e de cítaras, profetizando.
6
O Espírito do Senhor virá também sobre ti, profetizarás com eles e tornar-te-ás um outro homem.
7
Quando vires acontecer todos esses sinais, faze o que a circunstância te ditar, porque Deus estará contigo.
8
Descerás antes de mim a Gálgala; irei ter contigo ali, para oferecer holocaustos e sacrifícios pacíficos. Esperarás sete dias até que eu chegue; então instruir-te-ei sobre o que deverás fazer.
9
Logo que Saul voltou as costas, despedindo-se de Samuel, Deus transformou-lhe o coração. Todos esses sinais se cumpriram no mesmo dia.
10
Chegando ele a Gabaa, veio-lhe ao encontro um grupo de profetas; o Espírito de Deus apoderou-se de Saul e ele pôs-se a profetizar no meio deles.
11
Todos os que o tinham conhecido antes, vendo-o cantar com os profetas, perguntavam uns aos outros: Que aconteceu ao filho de Cis? Porventura também Saul está entre os profetas?
12
Dentre a multidão, alguém perguntou: Quem é o pai dele? De onde o provérbio: Porventura também Saul está entre os profetas?
13
Acabados esses cânticos proféticos, foi Saul para o lugar alto.
14
Seu tio disse-lhe então, e ao seu servo: Aonde fostes? Saul respondeu: À procura das jumentas; mas não as encontramos e, por isso, fomos ter com Samuel.
15
Conta-me, replicou o tio, o que vos disse Samuel.
16
Saul disse-lhe: Declarou-nos que as jumentas tinham já sido encontradas; mas nada lhe contou do que tinha dito o vidente relativamente ao reino.

Eleição de Saul

17 Samuel convocou o povo diante do Senhor, em Masfa:
18
Assim, disse ele aos israelitas, fala o Senhor, Deus de Israel: Eu vos tirei do Egito, livrei-vos das mãos dos egípcios e de todos os reis que vos oprimiam.
19
Vós, porém, rejeitastes hoje o vosso Deus que vos salvou de todos os males e de todas as tribulações, e dissestes: Estabelecei um rei sobre nós. Pois bem: ponde-vos por ordem de tribos e de milhares e apresentai-vos diante do Senhor.
20
Samuel mandou que se aproximassem todas as tribos de Israel, e a tribo de Benjamim foi designada (pela sorte).
21
Mandou vir a tribo de Benjamim por famílias, e a família de Metri foi designada. E a escolha caiu, enfim, sobre Saul, filho de Cis. Procuraram-no, mas não o encontraram.
22
Consultaram então de novo o Senhor: Haverá ainda alguém que tenha vindo aqui? O Senhor respondeu: Ele escondeu-se no meio das bagagens.
23
Correram a buscá-lo e colocaram-no no meio da multidão, a qual ele excedia em altura do ombro para cima.
24
Samuel disse ao povo: Vedes aquele que o Senhor escolheu? Não há em todo o povo quem lhe seja semelhante. E todos o aclamaram, dizendo: Viva o rei!
25
Samuel expôs em seguida ao povo os direitos do rei, consignou-os em um livro que depositou diante do Senhor, e despediu todo o povo, cada um para a sua casa.
26
Saul voltou também para sua casa, em Gabaa, acompanhado de homens valentes, cujos corações tinham sido tocados por Deus.
27
Houve, porém, alguns homens maus que disseram: Que poderá este fazer por nós? Por isso desprezaram-no e não lhe levaram presente algum. Mas Saul não fez caso disso.

Lutas contra os amonitas

11
1 Samuel (BAV) 1