2 der Makkabäer (BAV) 7

Os sete irmãos e sua mãe

7 1 Havia também sete irmãos que foram um dia presos com sua mãe, e que o rei por meio de golpes de azorrage e de nervos de boi, quis coagir a comerem a proibida carne de porco.


2 Um dentre eles tomou a palavra e falou assim em nome de todos. Que nos pretendes perguntar e saber de nós? Estamos prontos a morrer antes de violar as leis de nossos pais.


3 O rei, fora de si, ordenou que aquecessem até a brasa sertãs e caldeirões.
4
Logo que ficaram em brasa ordenou que cortassem a língua do que falara (por) primeiro e, depois que lhe arrancassem a pele da cabeça, que lhe cortassem também as extremidades, tudo isso à vista de seus irmãos e de sua mãe.
5
Em seguida, mandou conduzi-lo ao fogo inerte e mal respirando, para assá-lo na sertã. Enquanto o vapor da panela se espalhava em profusão, os outros com sua mãe, exortavam-se mutuamente a morrer com coragem.
6
O Senhor nos vê, diziam, e certamente terá compaixão de nós, como o diz claramente Moisés no seu cântico de admoestações: Ele terá compaixão de seus servos.
7
Morto desse modo o primeiro, conduziram o segundo ao suplício. Arrancaram-lhe a pele da cabeça com os cabelos e perguntaram-lhe depois: Comerás carne de porco, ou preferes que teu corpo seja torturado membro por membro?
8
Ele respondeu: Não, no idioma de seu país, e padeceu então os mesmos tormentos do primeiro.


9 Prestes a dar o último suspiro, disse ele: Maldito, tu nos arrebatas a vida presente, mas o Rei do universo nos ressuscitará para a vida eterna, se morrermos por fidelidade às suas leis.
10
Após este, torturaram o terceiro. Reclamada a língua, ele a apresentou logo, e estendeu as mãos corajosamente.
11
Pronunciou em seguida estas nobres palavras: Do céu recebi estes membros, mas eu os desprezo por amor às suas leis, e dele espero recebê-los um dia de novo.
12
O próprio rei e os que o rodeavam ficaram admirados com o heroísmo desse jovem, que reputava por nada os sofrimentos.
13
Morto este, aplicaram os mesmos suplícios ao quarto,
14
e este disse, quando estava a ponto de expirar: É uma sorte desejável perecer pela mão humana com a esperança de que Deus nos ressuscite; mas, para ti, certamente não haverá ressurreição para a vida.


15 Arrastaram em seguida o quinto e torturaram-no;
16
mas ele, encarando o rei, lhe disse: Ainda que mortal, tens poder sobre os homens, e fazes o que queres. Não penses, todavia, que nosso povo é abandonado por Deus!
17
Espera, verás quão grande é a sua potência e como ele te castigará a ti e à tua raça.
18
Após este, fizeram achegar-se o sexto, que disse antes de morrer: Não te iludas; nós mesmos merecemos estes sofrimentos, porque pecamos contra nosso Deus, e em conseqüência recebemos estes flagelos surpreendentes.
19
Mas não creias tu que ficarás impune, após haveres ousado combater contra Deus.


20 Particularmente admirável e digna de elogios foi a mãe que viu perecer seus sete filhos no espaço de um só dia e o suportou com heroísmo, porque sua esperança repousava no Senhor.
21
Ela exortava a cada um no seu idioma materno e, cheia de nobres sentimentos, com uma coragem varonil, ela realçava seu temperamento de mulher.
22
Ignoro, dizia-lhes ela, como crescestes em meu seio, porque não fui eu quem vos deu nem a alma, nem a vida, e nem fui eu mesma quem ajuntou vossos membros.
23
Mas o criador do mundo, que formou o homem na sua origem e deu existência a todas as coisas, vos restituirá, em sua misericórdia, tanto o espírito como a vida, se agora fizerdes pouco caso de vós mesmos por amor às suas leis.


24 Receando, todavia, o desprezo e temendo o insulto, Antíoco solicitou em termos insistentes o mais jovem, que ainda restava, prometendo-lhe com juramento torná-lo rico e feliz, se abandonasse as tradições de seus antepassados, tratá-lo como amigo, e confiar-lhe cargos.
25
Como o jovem não deu importância alguma, o rei mandou que a mãe se aproximasse e o exortasse com seus conselhos, para que o adolescente salvasse sua vida;
26
como ele insistiu por muito tempo, ela consentiu em persuadir o filho.


27 Inclinou-se sobre ele e, zombando do cruel tirano, disse-lhe na língua materna: Meu filho, compadece-te de tua mãe, que te trouxe nove meses no seio, que te amamentou durante três anos, que te nutriu, te conduziu e te educou até esta idade.
28
Eu te suplico, meu filho, contempla o céu e a terra; reflete bem: tudo o que vês, Deus criou do nada, assim como todos os homens.
29
Não temas, pois, este algoz, mas sê digno de teus irmãos e aceita a morte, para que no dia da misericórdia eu te encontre no meio deles.


30 Logo que ela acabou de falar, o jovem disse: Que estais a esperar? Não atenderei às ordens do rei; eu obedeço àquele que deu a lei a nossos pais por intermédio de Moisés.
31
Mas tu, que és o inventor dessa perseguição contra os judeus, não escaparás à mão de Deus.


32 Quanto a nós é por causa de nossos pecados que sofremos
33
e se, para nos punir e corrigir, o Deus vivo e Senhor nosso se irou por pouco tempo contra nós, ele há de se reconciliar de novo com seus servos.
34
Ímpio, não te exaltes sem razão, embalando-te em vãs esperanças, enquanto levantas a mão sobre os servos do céu;
35
tu ainda não escapaste ao julgamento do Deus todo-poderoso que tudo vê!
36
Enquanto meus irmãos participam agora da vida eterna, em virtude do sinal da Aliança, após terem padecido um instante, tu sofrerás o justo castigo de teu orgulho, pelo julgamento de Deus.
37
A exemplo de meus irmãos, entrego meu corpo e minha vida em defesa às leis de nossos pais e suplico a Deus que ele não se demore em apiedar-se de seu povo; oxalá tu, em meio aos sofrimentos e provações, reconheças nele o Deus único;
38
enfim, que se detenha em mim e em meus irmãos a cólera do Todo-poderoso que se desencadeou sobre toda a nossa raça.
39
Abrasado de ira e enraivecido pela zombaria, o rei maltratou este com maior crueldade do que os outros.
40
Morreu, pois, o jovem purificado de toda mancha e completamente entregue ao Senhor.
41
Seguindo as pegadas de todos os seus filhos, a mãe pereceu por último.
42
Terminamos aqui nossa narração concernente aos banquetes rituais e a estas atrozes perseguições.

III - REVOLTA E VITÓRIAS DE JUDAS MACABEU (8-15)

Feitos heróicos de Judas Macabeu

8 1 Judas, apelidado Macabeu, e seus companheiros penetravam secretamente nas aldeias e convocavam seus parentes: arrastando consigo todos os que se haviam mantido fiéis ao judaísmo, formaram um grupo de aproximadamente seis mil homens.
2
Suplicavam ao Senhor que olhasse para o povo desdenhado por todos, que se compadecesse do templo profanado pelos ímpios;
3
que tivesse compaixão da cidade devastada, perto de ser reduzida ao nível do solo; que escutasse a voz do sangue derramado que a ele clamava;
4
que se lembrasse da desumana carnificina de meninos inocentes e que vingasse também as blasfêmias proferidas contra seu nome.
5
Judas tornou-se o chefe da tropa e os gentios viram-se incapazes de resistir-lhe porque a cólera de Deus tinha-se convertido em misericórdia.
6
Atacava de improviso as cidades e aldeias e as incendiava; ocupava as posições favoráveis, de onde afugentava não poucos de seus inimigos.
7
Era principalmente à noite que ele empreendia essas expedições, e a fama de seu valor espalhava-se por toda parte.

Primeira vitória sobre Nicanor

8 Vendo Judas progredir dia a dia e alcançar sempre freqüentes vitórias, Filipe escreveu ao governador da Celesíria e da Fenícia, Ptolomeu, e pediu-lhe auxílio para defender os interesses do rei.
9
Imediatamente, este designou Nicanor, um dos primeiros amigos do rei e filho de Pátroclo, e o enviou à frente de uns vinte mil homens de todas as nações para exterminar toda a raça judia. Agregou a ele Górgias, general perito em assuntos de guerra.
10
Nicanor esperava obter, com a venda dos judeus que fossem aprisionados, os dois mil talentos que o rei devia como tributo aos romanos.
11
Enviou sem perda de tempo, às cidades da costa, o convite para que viessem comprar judeus, prometendo entregar noventa escravos por um talento. Mas não suspeitava então de que o castigo do Todo-poderoso iria cair sobre ele.
12
A notícia do avanço de Nicanor chegou a Judas, o qual informou aos seus da chegada dos inimigos.
13
Num relance, os que tinham medo ou não tinham confiança na justiça de Deus, fugiram e dispersaram-se;
14
outros venderam seus pertences, suplicando ao Senhor que os livrasse do ímpio Nicanor, que os havia vendido antes mesmo de tê-los em mãos.
15
Se não por eles, que o fizesse ao menos em consideração às alianças estabelecidas com seus pais e porque seu santo e sublime nome tinha sido invocado sobre eles.
16
Macabeu reuniu então ao redor de si seus homens, em número de seis mil, exortou-os a não se deixarem intimidar pelos inimigos, nem temerem essa massa de gentios que vinha injustamente contra eles, e que combatessem com valentia;
17
que pensassem na indigna profanação infligida por eles ao templo, na humilhação imposta à cidade devastada e na ruína das tradições de seus antepassados.
18
Eles confiam, dizia ele, nas suas armas e na sua audácia, mas nós colocamos nossa segurança no Deus todo-poderoso, que pode, com um só leve aceno, desbaratar tanto os que nos atacam como o universo inteiro.
19
Lembrou-lhes no passado o caso da proteção divina: como, por exemplo, do exército de Senaquerib, haviam perecido cento e oitenta mil homens;
20
e, na batalha contra os gálatas em Babilônia, oito mil judeus tiveram de lutar ao lado de quatro mil macedônios; como estes se achavam numa situação crítica, os oito mil judeus massacraram cento e vinte mil inimigos, por causa do socorro que lhes foi dado do céu, e alcançaram um vasto despojo.
21
Após ter reconfortado seus companheiros e tê-los preparado a morrer pelas leis e pela pátria, dividiu o exército um quatro corpos
22
colocando à frente destes seus irmãos Simão, José e Jônatas, como também Eleazar, cada qual chefiando mil e quinhentos homens.
23
Apenas terminada a leitura do livro santo e dada a senha: Socorro de Deus, ele mesmo pôs-se à frente do primeiro corpo e travou a batalha contra Nicanor.
24
O Todo-poderoso combatia com eles: massacraram mais de nove mil inimigos, feriram e mutilaram a maior parte dos soldados de Nicanor, e os puseram em fuga.
25
Apoderaram-se também do dinheiro dos que tinham vindo para comprá-los, e perseguiram por muito tempo os vencidos, mas tiveram que desistir, impedidos pelo tempo,
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porque era véspera de sábado, e isso os impedia de prosseguir.
27
Recolheram as armas, arrebataram os despojos dos inimigos e chegaram assim ao sábado, bendizendo o Senhor à porfia, e glorificando-o por havê-los livrado nesse dia, prenunciando a alvorada de sua misericórdia.
28
Passado o sábado, eles reservaram uma parte dos espólios para os que haviam sofrido com a perseguição, as viúvas e os órfãos, e dividiram o resto entre eles e seus filhos.
29
Feito isto, rezaram ao Senhor em comum, suplicando misericórdia e reconciliação completa com seus servos.
30
Nos diferentes combates com os soldados de Timóteo e de Báquides, eles mataram mais de vinte mil e tornaram-se senhores absolutos de várias praças fortes. A abundante presa dividiram-na em duas partes iguais: uma para si mesmos, outra para os perseguidos, as mulheres, os órfãos e mesmo os anciãos.
31
As armas que eles haviam recolhido foram colocadas diligentemente em lugares seguros e levaram a Jerusalém os demais despojos.
32
Mataram o chefe dos guardas de Timóteo, um dos homens mais perversos, que havia feito muito mal aos judeus.
33
Quando celebraram a festa da vitória em Jerusalém, queimaram, dentro de uma pequena casa onde se haviam refugiado, Calístenes e os que haviam incendiado as portas do templo, infligindo-lhes assim o justo castigo de seu sacrilégio.
34
O tríplice celerado Nicanor - que fizera vir mil negociantes, para vender-lhes os judeus -
35
humilhado, graças a Deus, por aqueles que ele desprezava profundamente, despojou-se da vestidura de honra, e, atravessando o interior do país sozinho, como um fugitivo, chegou a Antioquia, feliz por ainda ter podido escapar ao desastre de seu exército.
36
E ele, que tinha prometido pagar o tributo aos romanos com o dinheiro que tiraria da venda dos cativos de Jerusalém, publicou que os judeus possuíam um protetor e que se tornavam invulneráveis quando observavam as leis estabelecidas por ele.

Deus castiga Antioco Epifanes

9 1 Por essa mesma ocasião, voltava Antíoco da Pérsia, coberto de vergonha.
2
Pois, entrando na cidade que se chamava Persépolis, ele havia tentado saquear o templo e ocupar a cidade, mas o povo se revoltou e pegou em armas, para defender-se; com isso, Antíoco viu-se forçado pelos habitantes dessa região a começar uma retirada humilhante.
3
Achando-se perto de Ecbátana, soube da derrota de Nicanor e do exército de Timóteo.
4
Num arroubo de cólera, resolveu desforrar imediatamente nos judeus o mal que lhe haviam feito os que o tinham obrigado a fugir, e deu ordem ao condutor de seu carro de prosseguir sem parar, a fim de conseguir o mais depressa possível seu intento: na realidade, a sentença do céu já havia caído sobre ele. Exclamava com presunção: Assim que chegar, farei de Jerusalém o sepulcro dos judeus.
5
Mas o Senhor Deus de Israel, que tudo vê, feriu-o com um mal implacável e misterioso. Mal acabara de pronunciar essas palavras, aconteceu que ele foi assaltado por atrozes dores nas entranhas e agudos tormentos no interior;
6
e era muito justo, pois ele mesmo havia rasgado as entranhas aos outros por inauditos tormentos!
7
Todavia, em nada desistiu da sua arrogância; pelo contrário, sempre cheio de soberba, exalava contra os judeus o fogo de sua cólera e ordenava que se apressasse a caminhada, quando repentinamente caiu da carroça, arrancado pela violência da corrida e, na queda fatal, quebrou todos os membros.
8
O homem que, pouco antes, julgando-se acima da natureza humana, pensava poder dominar as frotas do mar e pesar as montanhas nos pratos de sua balança, ei-lo agora estendido sobre a terra, em seguida levado numa liteira, provando assim aos olhos de todos a manifesta potência de Deus.
9
Chegou a tal ponto que o corpo vivo do ímpio fervilhava de vermes e as carnes se soltavam em pedaços entre atrozes dores: o mau cheiro da podridão, que enchia o ar, empestava todo o campo.
10
Aquele que até há pouco tempo sonhava tocar os astros do céu, agora ninguém podia suportá-lo por causa do mau cheiro que dele saía!
11
Foi então que, derribado, ele começou a perder o orgulho excessivo e a compreender melhor, torturado sob os castigos de Deus pelos constantes sofrimentos.
12
Incapaz de suportar sua própria infecção: É justo, dizia ele, submeter-se a Deus, e, como simples mortal, não se querer igualar a ele.
13
O celerado rezava ao Senhor, de quem não haveria de receber compaixão,
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e prometia dar a liberdade à cidade santa, para a qual ele se encaminhava, a fim de arrasá-la e fazer dela um sepulcro.
15
Dizia ele que tornaria iguais aos atenienses todos os judeus que havia julgado indignos de sepultura e bons para serem atirados com seus filhos às aves do céu e aos animais selvagens como pasto.
16
Ornaria com ricas prendas aquele templo que havia despojado antes, devolver-lhe-ia multiplicados os vasos sagrados, proveria com suas próprias rendas todas as despesas necessárias para os sacrifícios.
17
Além disso, ele mesmo se tornaria judeu e percorreria todos os lugares habitados, proclamando o poder de Deus!
18
Mas suas dores não se atenuavam porque o justo castigo de Deus pesava sobre ele. Então, desesperado em vista de seu estado, escreveu aos judeus a seguinte carta, verdadeira súplica, assim exarada:
19
Aos dedicados súditos judeus, saúde, bem-estar e felicidade, da parte de Antíoco, rei e chefe do exército.
20
Se vós e vossos filhos passais bem e se vos sucedem todas as coisas como desejais, agradeço a Deus, em quem ponho minha esperança;
21
pois quanto a mim, estou prostrado pela doença, mas me lembro com prazer dos vossos sentimentos de respeito e da benevolência para comigo. Ao voltar da Pérsia, surpreendido por um mal cruel, julguei necessário providenciar a segurança de todos.
22
Não que me desespere de meu estado, ao contrário, tenho a firme esperança de escapar dessa doença -
23
mas me lembro de que meu pai designava seu sucessor cada vez que partia em expedição às províncias superiores.
24
Ele queria que no caso de uma desgraça ou má notícia os habitantes do país não se perturbassem, uma vez que soubessem a quem confiar os negócios.
25
Eu sei, ademais, que os príncipes que me rodeiam e os vizinhos do meu reino estão de atalaia e espreitam os acontecimentos; por isso, já designei meu filho Antíoco para rei, a quem, em outras ocasiões, confiei e recomendei a maior parte de vós, quando partia para outras terras. A ele escrevi a carta abaixo:
26
Rogo-vos, portanto, e peço que, em memória de meus benefícios para convosco, tanto gerais, como particulares, tenhais para com meu filho a mesma benevolência que para comigo,
27
pois estou convencido de que ele seguirá minhas intenções e agirá convosco com moderação e humanidade.
28
Assim esse carrasco e blasfemador pereceu miseravelmente, distante, nas montanhas, em meio àqueles sofrimentos que ele mesmo havia infligido aos outros.
29
Filipe, seu amigo de infância, levou seu corpo, e em seguida partiu para o Egito, para junto de Ptolomeu Filometor, para escapar ao filho de Antíoco.

Purificação do templo

10 1 Sob a proteção do Senhor, Macabeu e seus companheiros retomaram o templo e a cidade.
2
Destruíram os altares que os estrangeiros haviam edificado na praça pública, como também os troncos sagrados.
3
Após terem purificado o templo, erigiram um outro altar dos perfumes; utilizaram uma pedra para tirar faíscas das quais eles se serviram para oferecer os sacrifícios, após dois anos de interrupção; queimaram o incenso, acenderam as lâmpadas e recolocaram os pães da proposição.
4
Feitas estas coisas, prostraram-se por terra e pediram ao Senhor que não mais os entregasse a semelhantes calamidades, mas, se recaíssem nas ofensas, que corrigisse com brandura, sem entregá-los às mãos das nações ímpias e bárbaras.
5
Foi no dia do aniversário da profanação do templo pelos estrangeiros, isto é, no dia vinte e cinco do mês de Casleu, que eles o purificaram.
6
Prolongaram as cerimônias e os festejos por oito dias, como na ocasião da festa dos tabernáculos, recordando-se de que, pouco antes, na ocasião dessa festa, habitavam nas montanhas e nas cavernas como animais selvagens.
7
Foi assim que, levando tirsos, ramos verdejantes e palmas, cantaram hinos àquele que lhes havia concedido a dita de purificar o seu templo.
8
Decretaram por um edito público a toda a nação judia, que esses mesmos dias fossem solenizados em cada ano.

Lisias, tutor de Antioco V

9 Acabamos de narrar as circunstâncias da morte de Antíoco, cognominado Epífanes.
10
Vamos agora proceder à narrativa dos acontecimentos sucedidos sob Antíoco Eupator, filho desse sacrílego, resumindo o que se refere aos males da guerra.
11
Assim que subiu ao trono, este príncipe pôs à frente dos negócios do reino um certo Lísias, ao qual nomeou também governador militar e chefe da Celesíria e da Fenícia,
12
porque Ptolomeu, apelidado Macron, tomando a iniciativa de se mostrar justo para com os judeus, em vista da perseguição movida contra eles, procurou governá-los na paz;
13
mas, pelos favoritos do rei, ele havia sido denunciado a Eupator. Por outro lado, tachado muitas vezes de traidor, por ter deixado Chipre que lhe havia entregue Filometor e se ter posto a serviço de Antíoco Epífanes, e, em conseqüência, não podendo exercer com honra seu alto posto, envenenou-se e morreu.

Judas vence os idumeus

14 Mas Górgias, tornado comandante do exército nessas paragens, tomava consigo tropas estrangeiras e aproveitava-se de todas as ocasiões para importunar os judeus.
15
Os idumeus, senhores de várias fortalezas importantes, em combinação com ele, molestavam os judeus, acolhiam os exilados de Jerusalém, e mantinham um estado de guerra contínuo.
16
Então Macabeu com seus companheiros atacaram as fortalezas da Iduméia, após haver rezado e invocado o auxílio de Deus.
17
Atacaram-nas com vigorosos esforços, apoderaram-se de todas, repeliram os que combatiam sobre as muralhas, mataram os que caíam em suas mãos e trucidaram não menos de vinte mil homens.
18
Nove mil fugitivos pelo menos haviam procurado abrigo em duas fortalezas, equipadas com o necessário para agüentar um cerco.
19
Macabeu deixou Simão e José com Zaqueu e muitos homens, para expugná-los e dirigiu-se para onde se exigia mais a sua presença.
20
Todavia, os companheiros de Simão, seduzidos pelo dinheiro, deixaram-se corromper por alguns dos que se achavam nas torres da cidadela, e, mediante a soma de setenta mil dracmas, deixaram escapar muitos deles.
21
Ouvindo essas notícias, Macabeu acusou-os diante da assembléia dos chefes de terem vendido seus irmãos a troco de dinheiro, entregando os inimigos à liberdade.
22
Comprovada a sua traição, mandou executá-los e, em seguida, tomou conta das duas cidadelas.
23
Coroadas de êxito as lutas de ambos os lados, ele matou mais de vinte mil homens nas duas fortalezas.

Judas vence Timóteo

24 Anteriormente vencido pelos judeus, Timóteo coligou copiosas tropas estrangeiras e reuniu na Ásia uma numerosa cavalaria, indo em direção à Judéia com a intenção de conquistá-la pelas armas.
25
Com a sua chegada, Macabeu e seus companheiros cobriram a cabeça com terra e cingiram os rins com sacos, em sinal de prece;
26
em seguida, prostrados aos pés do altar, rogaram a Deus piedade para com eles, pedindo que se declarasse inimigo de seus inimigos e adversário de seus adversários, conforme a promessa formal da lei.
27
Terminada a oração, empunharam as armas, retiraram-se para bem longe da cidade e fizeram alto diante do inimigo.
28
Ao despontar a aurora, travaram combate os dois lados, contando uns com o êxito e a vitória, por causa de sua valentia e do socorro do Senhor, e os outros entregando-se ao combate, apoiados no próprio furor.
29
No auge do combate, viram os inimigos aparecer no céu cinco magníficos guerreiros, montados em cavalos ajaezados com freios de ouro, que se colocaram à frente dos judeus.
30
Postando Macabeu no meio deles e protegendo-o com suas armas, tornavam-no invulnerável. Ao mesmo tempo lançavam dardos e raios sobre os inimigos, cegando-os, gerando entre eles a confusão, pondo-os em desordem.
31
Foram, pois, mortos vinte mil e quinhentos infantes e seiscentos cavaleiros.
32
Timóteo fugiu para uma praça muito forte, chamada Gazara, cujo comandante era Queréias.
33
Macabeu e os que se achavam com ele assediaram-na com ardor durante quatro dias,
34
enquanto os que se encontravam nela não cessavam de blasfemar e injuriar, confiados em seus muros.
35
Amanhecendo, porém, o quinto dia, um grupo de vinte jovens do exército de Macabeu, inflamado de cólera por causa dessas blasfêmias, atirou-se corajosamente à muralha e massacrou tudo o que encontrou.
36
Outros subiram do mesmo modo o muro, atearam fogo às torres, acenderam fogueiras, nas quais queimaram vivos os blasfemadores; outros ainda arrombaram as portas, fizeram entrar o restante do exército e ocuparam a cidade.
37
Mataram Timóteo, oculto numa cisterna, seu irmão Queréias e Apolofanes.
38
Após essa façanha, cantaram hinos e cânticos ao Senhor, que havia operado grandes prodígios em favor de Israel, concedendo-lhe a vitória.

Judas vence Lísias

11 1 Decorrido algum tempo, Lísias, tutor e parente do rei, regente do reino, sentindo muito pesar pelo que tinha acontecido,
2
reuniu aproximadamente oitenta mil homens com toda a cavalaria e se pôs a caminho contra os judeus. Estava resolvido a transformar Jerusalém numa cidade grega,
3
submeter o templo a um imposto semelhante aos dos templos pagãos e oferecer em leilão, a cada ano, a dignidade de sumo sacerdote.
4
Sem refletir no poder de Deus, ensoberbecia-se com a multidão de sua infantaria, seus milhares de cavaleiros e oitenta elefantes.
5
Penetrando, pois, na Judéia, aproximou-se de Betsur, que é uma praça forte, a cerca de cinco esquenos das vizinhanças de Jerusalém, e expugnou-a.
6
Logo, porém, que Macabeu e os que estavam com ele souberam que Lísias sitiava suas fortalezas, rogaram ao Senhor, juntamente com o povo, entre gemidos e lágrimas, para que ele se dignasse enviar um bom anjo para salvar Israel.
7
O próprio Macabeu foi o primeiro a pegar em armas, encorajando os demais a se exporem ao perigo com ele, para socorrer seus irmãos: atacaram todos com ânimo resoluto.
8
Ainda não se haviam afastado de Jerusalém, quando apareceu diante deles um cavaleiro vestido de branco, empunhando armas de ouro.
9
Então bendisseram todos juntos ao Senhor, e, repletos de coragem, sentiram-se prontos a transpassar não só os homens, mas os mais ferozes animais e até muralhas de ferro.
10
Avançaram, pois, em ordem de batalha, com esse auxiliar enviado do céu pelo Senhor misericordioso.
11
Como leões, atiraram-se sobre os inimigos, trucidaram onze mil infantes e seiscentos cavaleiros, e forçaram os demais a fugir.
12
A maior parte destes, feridos, sem armas, pôs-se a salvo. O próprio Lísias salvou-se, fugindo vergonhosamente.

Tratado de paz

13 Mas Lísias era inteligente. Refletiu, pois, na derrota e concluiu que os hebreus eram invencíveis porque o Deus poderoso combatia com eles.
14
Enviou-lhes uma proposta em condições justas, prometendo-lhes persuadir o rei a tornar-se amigo deles.
15
Macabeu aceitou todas as propostas de Lísias, vendo nisso apenas utilidade, porque tudo o que ele mesmo pedira por carta a Lísias em favor dos judeus, o rei concedera.
16
Eis em que termos Lísias escreveu aos judeus:
17
Lísias ao povo judeu, saúde. João e Absalão, vossos mensageiros, entregaram-me vossas propostas e rogaram-me que as cumprisse.
18
Expus, portanto, ao rei tudo o que devia comunicar-lhe, e ele anuiu a tudo o que era possível.
19
Se vós, pois, permanecerdes nessas boas disposições para com o Estado, continuarei doravante a obter-vos favores.
20
Eu incumbi vossos mensageiros e os meus de tratarem convosco as cláusulas da proposta e os pormenores.
21
Passai bem. Ano cento e quarenta e oito, aos vinte e quatro do mês de Dióscoro.
22
Era este o conteúdo da carta do rei: O rei Antíoco a seu irmão Lísias, saúde!
23
Tendo partido nosso pai para junto dos deuses, desejamos que os povos que pertencem ao nosso reino possam dedicar-se tranqüilamente aos seus negócios.
24
Soubemos, no entanto, que os judeus resistem em adotar os costumes helênicos, conforme a decisão de nosso pai; preferem conservar suas tradições e pedem que lhes deixemos seus costumes.
25
Querendo, pois, que esse povo viva igualmente em paz, decretamos que o templo lhes seja restituído e que possam viver segundo as leis de seus antepassados.
26
Farás bem em lhes mandar mensageiros, para concluir a paz com eles, de modo que, conhecendo nossas intenções, fiquem tranqüilos e voltem sem receio a seus afazeres.
27
Eis a carta do rei ao povo judeu: O rei Antíoco ao conselho dos anciãos e aos demais judeus, saúde!
28
Fazemos votos de que estejais passando bem; nós estamos com boa saúde!
29
Contou-nos Menelau que desejais retornar aos vossos negócios.
30
A todos os que vierem para o meio deles até o dia trinta do mês de Xântico, eu estenderei a mão.
31
Permito também aos judeus que usem dos seus alimentos e dos seus costumes, como outrora; e ninguém dentre eles será molestado por transgressões passadas.
32
Incumbi Menelau de ir tranqüilizar-vos.
33
Passai bem. Ano cento e quarenta e oito no dia quinze do mês de Xântico.
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Do mesmo modo, os romanos enviaram aos judeus uma carta nestes termos: Quinto Mênio, Tito Mânio, legados romanos, ao povo judeu, saúde!
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Damos nosso assentimento a tudo o que Lísias, parente do rei, vos outorgou.
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Quanto ao que ele julgou necessário submeter ao rei, enviai-nos alguém sem demora, a fim de que, após um exame, possamos falar-lhe de modo mais vantajoso para vós, porque vamos para Antioquia.
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Apressai-vos, pois, em nos enviar mensageiros, para que saibamos bem quais são vossos desejos.
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Passai bem! Ano cento e quarenta e oito no dia quinze do mês de Xântico.

Castigo dos vizinhos hostis

12 1 Concluídos esses tratados, voltou Lísias para junto do rei, e os judeus voltaram aos trabalhos dos campos.
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No entanto, chefes militares locais, como Timóteo, Apolônio, filho de Jeneu, Jerônimo e Demofonte, e além destes, o cipriarca Nicanor, não lhes davam trégua, nem os deixavam viver em repouso.
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Por outro lado, os habitantes de Jope praticaram a seguinte infâmia: convidaram os judeus que habitavam entre eles a subir com suas mulheres e filhos para barcas que eles haviam preparado. Não davam a entender intenção malvada alguma a seu respeito,
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mas pareciam proceder, seguindo uma decisão votada pela cidade. Os judeus, pacíficos e sem suspeitarem, anuíram, mas quando chegaram ao alto-mar foram afogados em número de duzentos pelo menos.
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Mal soube Judas do crime praticado contra a gente de sua nação, convocou seus homens.
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Depois de ter invocado a Deus, justo juiz, foi contra os carrascos de seus irmãos e, de noite, ateou fogo ao porto, incendiou as embarcações e passou a fio de espada os que ali se haviam refugiado.
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Como a cidade mesma estivesse fechada, afastou-se, mas com a intenção de voltar e exterminar todos os habitantes de Jope.
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Por outro lado, advertido de que os habitantes de Jânia queriam tratar do mesmo modo os judeus que viviam com eles,
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atacou-os naquela mesma noite e incendiou o porto com a esquadra. De Jerusalém, que dista duzentos e quarenta estádios, podia-se observar o clarão do fogo.
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Percorridos já nove estádios, no seu avanço contra Timóteo, lançaram-se sobre eles os árabes em número de pelo menos cinco mil a pé e quinhentos a cavalo.
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Travou-se um combate violento, mas, com a ajuda de Deus, os soldados de Judas venceram-nos, e, vencidos, os árabes lhe pediram paz: prometiam dar gado aos judeus e os auxiliariam de outras maneiras.
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Crendo que, na verdade, eles lhe poderiam ser úteis, Judas aceitou a paz com eles, e, concluída esta, regressaram às suas tendas.
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Em seguida, atacou Judas uma cidade forte, chamada Caspim, cercada de muralhas, habitada por uma mistura de povos.
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Confiados na firmeza de seus muros e na abundância de suas provisões, os sitiados mostraram-se excessivamente grosseiros contra as tropas de Judas, lançando-lhes injúrias, blasfêmias e palavras ímpias.
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Judas juntamente com os seus invocaram o grande Senhor do mundo, que, no tempo de Josué, derribou os muros de Jericó sem aríetes nem máquinas de guerra; depois, investiram furiosamente contra a muralha.
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Uma vez senhores da cidade pela vontade de Deus, praticaram uma horrorosa carnificina, a ponto de um tanque vizinho, com a largura de dois estádios, parecer cheio de sangue que ali se derramou.
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Dali, após uma marcha de setecentos e cinqüenta estádios, alcançaram o acampamento fortificado onde habitavam os judeus, chamados tubianeus.
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Não acharam ali, todavia, Timóteo: ele havia deixado os lugares sem ter conseguido nada, mas deixara num posto uma guarnição muito forte.
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Dositeu e Sosípatro, que comandavam tropas de Macabeu, foram atacar esse posto fortificado e mataram todos os homens que Timóteo ali havia colocado, isto é, mais de dez mil.
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Macabeu dividiu então seu exército e confiou a cada um deles uma parte; em seguida foi contra Timóteo, acompanhado de cento e vinte mil infantes e dois mil e quinhentos cavaleiros.
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Logo que teve conhecimento da chegada de Judas, Timóteo conduziu as mulheres, as crianças e as bagagens para um lugar chamado Carnion, porque era um lugar tornado inexpugnável pelos desfiladeiros e de acesso muito difícil.
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Quando apareceu o primeiro exército de Judas, o terror apoderou-se logo dos inimigos, porque aquele que vê todas as coisas manifestou-se a seus olhos; e fugiram em todas as direções, ferindo-se constantemente uns aos outros e transpassando-se com as suas próprias espadas.
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Judas perseguiu encarniçadamente esses malfeitores, matando e massacrando até trinta mil homens.
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O próprio Timóteo caiu nas mãos dos homens de Dositeu e de Sosípatro, aos quais pediu com grandes instâncias deixá-lo partir são e salvo, porque tinha em seu poder os pais e mesmo os irmãos da maior parte deles, que poderiam ser maltratados.
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Dava-lhes numerosas garantias e prometia libertar seus prisioneiros sem fazer-lhes mal; e com isso soltaram-no, para salvar seus irmãos.
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Em seguida, Judas atacou Carnion e o templo de Atargatis e massacrou vinte e cinco mil homens.
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Depois dessa perseguição e matança, conduziu suas tropas diante de Efron, cidade forte, onde habitava Lísias e gente de todas as nações. Jovens robustos, colocados em frente à muralha, defendiam-na valentemente: dentro havia grande provisão de máquinas e projéteis.
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Os judeus invocaram o Soberano que tem o poder de aniquilar as forças dos inimigos, tornaram-se senhores da cidade e mataram ali vinte e cinco mil homens.
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Dali partiram eles para alcançar a cidade de Citópolis, a seiscentos estádios de Jerusalém.
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Todavia, os judeus que habitavam ali atestaram que os citopolitanos haviam usado de benevolência para com eles e os haviam tratado com deferência no tempo da perseguição.
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Judas e os seus agradeceram, pois, a estes e os exortaram a perseverar nessas disposições para com os de sua raça; em seguida entraram em Jerusalém, porque a festa das Semanas se aproximava.
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Passada a festa de Pentecostes, foram contra Górgias, chefe militar da Iduméia;
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esse saiu-lhes ao encontro com três mil infantes e quatrocentos cavaleiros;
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e travou-se uma batalha na qual pereceram alguns judeus.
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Dositeu, um dos cavaleiros de Baquenor, muito corajoso, apoderou-se de Górgias; retendo-o pela clâmide, arrastava-o à força, a fim de capturar vivo o maldito, quando se precipitou sobre ele um cavaleiro da Trácia, que lhe decepou um ombro, e Górgias fugiu para Marisa.
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No entanto, as tropas de Esdrin, que combatiam há muito tempo, achavam-se fatigadas; então Judas suplicou ao Senhor que se mostrasse seu aliado e os guiasse no combate.
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E, começando a entoar cantos na língua pátria e lançando o grito de guerra, atirou-se inopinadamente sobre os soldados de Górgias e os pôs em fuga.

Sacrificio pelos mortos

38 Quando havia reunido seu exército, Judas alcançou a cidade de Odolão e, chegando o sétimo dia da semana, purificaram-se segundo o costume e celebraram ali o sábado.
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No dia seguinte, Judas e seus companheiros foram tirar os corpos dos mortos, como era necessário, para depô-los na sepultura ao lado de seus pais.
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Ora, sob a túnica de cada um encontraram objetos consagrados aos ídolos de Jânia, proibidos aos judeus pela lei: todos, pois, reconheceram que fora esta a causa de sua morte.
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Bendisseram, pois, a mão do justo juiz, o Senhor, que faz aparecer as coisas ocultas,
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e puseram-se em oração, para implorar-lhe o perdão completo do pecado cometido. O nobre Judas falou à multidão, exortando-a a evitar qualquer transgressão, ao ver diante dos olhos o mal que havia sucedido aos que foram mortos por causa dos pecados.


43 Em seguida, fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição,
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porque, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles.
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Mas, se ele acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente,
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era esse um bom e religioso pensamento; eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas.

Segunda expedição de Lísias

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2 der Makkabäer (BAV) 7