2 Crónicas (BAV) 10

10 1 Roboão foi a Siquém, onde todo o Israel se tinha reunido para proclamá-lo rei.
2
Jeroboão, filho de Nabat, estava nesse tempo no Egito, para onde tinha fugido para escapar ao rei Salomão. Soube disso e retornou. - Tinham-no mandado procurar.
3
Jeroboão e todo o Israel vieram, portanto, dizer a Roboão:
4
Teu pai nos impôs um jugo pesado. Alivia, portanto, esta dura servidão e este jugo pesado que ele nos impôs. Nós seremos teus servos.
5
Voltai, respondeu ele, a mim daqui a três dias. E a multidão se retirou.
6
O rei Roboão aconselhou-se então com os anciãos que tinham cercado seu pai Salomão durante sua vida. Que me aconselhais vós, disse-lhes ele, a responder a esse povo?
7
Disseram: Se tu te mostras bom para com esse povo, e dás atenção a ele, se lhe falas com benevolência, será teu servo para sempre.
8
Mas Roboão negligenciou o conselho que lhe davam os anciãos, para, por sua vez, consultar os jovens de sua roda, que tinham crescido com ele:
9
Que me aconselhais vós, disse-lhes ele, a responder a esse povo que me pede que eu alivie o jugo imposto a ele por meu pai?
10
Os jovens que tinham crescido com ele lhe responderam: Eis as palavras que terás para o povo que te disse: Teu pai colocou sobre nós um jugo pesado; alivia-o. - Dir-lhe-ás: Meu dedo mínimo é maior do que o ventre de meu pai.
11
Impôs-vos meu pai um jugo pesado? Eu o tornarei mais pesado ainda. Ele vos castigou com açoites? Eu vos castigarei com escorpiões.
12
Três dias depois, Jeroboão, seguido de toda uma multidão, apresentou-se diante de Roboão, uma vez que o rei tinha dito: Voltai a mim depois de três dias.
13
O rei respondeu-lhes com dureza.
14
Desprezou o conselho dos anciãos e deu-lhes uma resposta, no sentido do conselho de seus companheiros: Meu pai, disse ele, impôs-vos um jugo pesado? Eu torná-lo-ei mais pesado ainda. Castigou-vos meu pai com açoites? Eu castigar-vos-ei com escorpiões.
15
Assim, pois, o rei não escutou o povo. Era isso uma disposição divina para a realização da promessa que Deus fizera a Jeroboão, filho de Nabat, por meio de Aías de Silo.
16
Ao ver que o rei não os escutava, o povo israelita lhe fez esta declaração: Que parte temos nós com Davi? Nada temos em comum com o filho de Isaí. Cada um para suas tendas, ó Israel! A ti compete cuidar de tua casa, Davi! E todos os israelitas voltaram para suas casas.
17
Roboão só exerceu seu poder sobre os israelitas que ainda habitavam nas cidades de Judá.
18
Enviou Adurão com a missão de aliviar os impostos; mas os israelitas apedrejaram-no e ele morreu. En tão o rei teve que se apressar em subir num carro e fugir para Jerusalém.
19
Foi assim que se produziu a dissidência da casa de Israel, que dura ainda hoje.


11 1 De volta a Jerusalém, Roboão mobilizou as tribos de Judá e de Benjamim, em número de cento e oitenta mil guerreiros escolhidos, para atacar a casa de Israel e reintegrá-la ao reino de Roboão.
2
Mas a palavra do Senhor foi dirigida ao homem de Deus, Semaías, nestes termos:
3
Dirige-te a Roboão, filho de Salomão, rei de Judá, e a todos os de Israel que habitam em Judá e Benjamim.
4
Dize-lhes: Eis o que diz o Senhor: De modo algum ireis fazer guerra a vossos irmãos. Voltai cada qual para sua casa, pois é por mim que esses acontecimentos se realizaram. Dóceis à palavra do Senhor, renunciaram a atacar Jeroboão, e voltaram.

Reinado de Roboão (931-914)

(= 1R 14,21-31)
5 Roboão ficou, portanto, em Jerusalém. Construiu cidades fortes no território de Judá.
6
Construiu Belém, Etão, Técua,
7
Betsur, Odolão,
8
Get, Maresa, Zif,
9
Adurão, Laquis, Azeca,
10
Saraa, Aialon e Hebron, todas cidades fortificadas, situadas em Judá e Benjamim.
11
Fortificou esses lugares, nomeou para eles governadores e neles estabeleceu depósitos de víveres, óleo e vinho.
12
Fez em cada cidade um arsenal de escudos e de lanças, fazendo delas verdadeiras praças fortes. Judá e Benjamim ficavam-lhe, portanto, fiéis.
13
Os sacerdotes e levitas que habitavam no território de Israel vieram de todas as partes aderir ao seu partido.
14
Os levitas abandonaram suas terras e suas propriedades para irem habitar em Judá ou em Jerusalém, porque Jeroboão e seus filhos os tinham destituído de sua função de sacerdotes do Senhor.
15
Jeroboão, com efeito, nomeara sacerdotes para os lugares altos, para o culto dos bodes e dos touros que tinha feito.
16
Após os levitas, todos aqueles das tribos de Israel que procuravam de coração o Senhor, Deus de Israel, foram a Jerusalém para oferecer seus sacrifícios ao Senhor, o Deus de seus pais.
17
Vieram assim reforçar o reino de Judá, e reafirmar o poder de Roboão, filho de Salomão. Isso durou três anos, pois durante um triênio seguiram o roteiro traçado por Davi e Salomão.
18
Roboão tomou por esposas Maalat, filha de Jerimot, filho de Davi, (e) Abiai, filha de Eliab, filho de Isaí.
19
Esta lhe deu à luz os filhos: Jeus, Somoria e Zom.
20
Depois dela, tomou por esposa Maaca, filha de Absalão, que lhe deu Abia, Etaí, Ziza e Salomit.
21
Dentre todas as suas mulheres e concubinas, Roboão teve mais predileção por Maaca, filha de Absalão. Teve dezoito mulheres e sessenta concubinas; e gerou vinte e oito filhos e sessenta filhas.
22
Deu o primeiro lugar a Abia, filho de Maaca, na qualidade de chefe de seus irmãos, pois ele o destinava ao reino.
23
Teve muita habilidade para distribuir todos os seus filhos pelas praças fortes, pelas diversas regiões de Judá e de Benjamim; assegurou-lhes uma pensão copiosa, e deu-lhes muitas mulheres.


12 1 Estando seu reino constituído e firmado, Roboão abandonou a Lei do Senhor, e todo o Israel seguiu-lhe o exemplo.
2
Durante o quinto ano de seu reinado, por causa dos pecados de Jerusalém contra o Senhor, Sesac, rei do Egito, veio atacar a cidade
3
com 1.200 carros e 60.000 cavaleiros. Um inumerável exército de líbios, suquitas e etíopes acompanhavam-no desde o Egito.
4
Apoderou-se das cidades fortes de Judá e chegou a Jerusalém.
5
O profeta Semaías dirigiu-se a Roboão e aos chefes de Judá que se tinham concentrado em Jerusalém, com a aproximação de Sesac. Eis, disse-lhes ele, o que diz o Senhor: Vós me abandonastes; eu também vos abandono nas mãos de Sesac.
6
Então os chefes israelitas e o rei se humilharam e disseram: O Senhor é justo.
7
Em vista deste ato de humildade, a palavra do Senhor foi dirigida a Semaías nestes termos: Eles se humilharam; não os deitarei a perder. Dar-lhes-ei em breve um meio de salvação. Minha ira não se desencadeará sobre Jerusalém pela mão de Sesac.
8
Mas eles terão que servir para que saibam distinguir entre o meu serviço e o serviço dos reis estrangeiros.
9
Sesac, rei do Egito, atacou, pois, Jerusalém. Levou os tesouros do templo do Senhor e os do palácio real, sem nada deixar. Levou especialmente os escudos de ouro que Salomão tinha fabricado.
10
Para substituí-los, o rei Roboão mandou fazer escudos de bronze e os entregou em mãos dos chefes das guardas da porta do palácio real.
11
Cada vez que o rei ia ao templo do Senhor, esses guardas os levavam; em seguida, devolviam ao corpo da guarda.
12
Portanto, em virtude de seu ato de humildade, a ira do Senhor apartou-se dele, e sua ruína não foi total. Em Judá havia ainda coisas boas.
13
Consolidou-se, pois, o rei Roboão, reinando em Jerusalém. Contava quarenta e um anos quando começou a reinar. Reinou dezessete anos em Jerusalém, a cidade que o Senhor tinha escolhido dentre todas as tribos de Israel, para nela estabelecer seu nome. Sua mãe tinha por nome Naama, a amonita.
14
Fez o mal, não aplicando seu coração à procura do Senhor.
15
Os atos e feitos de Roboão, desde os primeiros até os últimos, estão relatados no livro do profeta Semaías e consignados com exatidão no do vidente Ado. A guerra entre Roboão e Jeroboão foi contínua.
16
Depois disso, Roboão adormeceu com seus pais e foi sepultado na cidade de Davi. Seu filho Abia sucedeu-lhe no trono.

Reinado de Abia

(= 1R 15,1-8)
13 1 No décimo oitavo ano do reinado de Jeroboão, Abia tornou-se rei de Judá, e reinou três anos em Jerusalém.
2
Sua mãe chamava-se Maaca, filha de Uriel de Gabaa.
3
Abia e Jeroboão fizeram guerra entre si. Abia encetou as operações com um exército de quatrocentos mil valentes guerreiros de escol. Jeroboão dispôs contra ele oitocentos mil valentes guerreiros de escol.
4
De pé, no alto de Semeron, que está na montanha de Efraim, Abia gritou: Escutai-me Jeroboão e todo o Israel!
5
Não deveríeis vós saber que o Senhor, Deus de Israel, deu para sempre o reino de Israel a Davi e a seus filhos em virtude de uma aliança inviolável?
6
Jeroboão, filho de Nabat, servo de Salomão, filho de Davi, orgulhosamente revoltou-se contra seu senhor.
7
Homens maus e perversos juntaram-se a ele e se opuseram a Roboão, filho de Salomão. Roboão, que era jovem e tímido, não pôde resistir-lhes.
8
E agora, pensais em oferecer resistência ao reino do Senhor, que está nas mãos do filho de Davi. Vós sois uma grande multidão, e tendes convosco os bezerros de ouro que Jeroboão fez para vós à maneira de deuses.
9
Demitistes os sacerdotes, do Senhor, os filhos de Aarão e os levitas; instituístes para vós sacerdotes, à maneira dos povos estrangeiros. Todo o que veio com um novilho e sete carneiros para se consagrar, tornou-se sacerdote dos falsos deuses.
10
Para nós, é o Senhor o nosso Deus, e não o abandonamos: os filhos de Aarão é que são sacerdotes a serviço do Senhor, e são os levitas que desempenham as funções.
11
Cada manhã e cada tarde queimam em honra do Senhor os holocaustos e o incenso aromático. Os pães da proposição são dispostos na mesa pura, e cada tarde são acendidas as lâmpadas do candelabro de ouro. É porque nós observamos a lei do Senhor, nosso Deus, enquanto vós o abandonastes.
12
Vede: Deus e seus sacerdotes estão conosco à nossa frente, e temos as trombetas retumbantes para fazê-las soar contra vós. Israelitas, não luteis contra o Senhor, Deus de vossos pais, porque isso não vos trará nenhuma felicidade.
13
Então Jeroboão executou uma manobra com as tropas colocadas em emboscada, dando uma volta, para surpreender o inimigo pelas costas, de sorte que seu exército fazia frente a Judá, e a emboscada se encontrava à retaguarda.
14
As tropas de Judá, ao se voltarem, viram-se atacadas pela frente e pela retaguarda. Invocaram então o Senhor, enquanto os sacerdotes tocavam a trombeta.
15
Judá soltou o grito de guerra e enquanto ecoava esse clamor, Deus feriu Jeroboão e todo o Israel diante de Abia e Judá.
16
Os israelitas fugiram diante dos homens de Judá, às mãos dos quais Deus os entregou.
17
Abia e seu exército fizeram uma grande matança: quinhentos mil guerreiros escolhidos do campo de Israel tombaram feridos de morte.
18
Isso foi, naquele tempo, humilhante para os israelitas, enquanto que os filhos de Judá obtiveram a vitória, porque se apoiaram no Senhor, o Deus de seus pais.
19
Abia perseguiu Jeroboão e dele arrebatou várias cidades: Betel, Jesana,
20
e Efron, assim como as localidades que delas dependiam. No tempo de Abia, Jeroboão não se restabeleceu.
21
O Senhor o feriu e ele morreu, enquanto o poder de Abia aumentava. Abia tomou por esposas quatorze mulheres; gerou vinte e dois filhos e dezesseis filhas.
22
O resto dos atos e feitos de Abia, assim como suas palavras, estão relatados nos discursos do profeta Ado.


14 1 Abia adormeceu com seus pais e foi sepultado na cidade de Davi. Seu filho Asa sucedeu-lhe no trono. Durante sua vida, a terra conheceu dez anos de tranqüilidade.

Reinado de Asa (911-870)

(= 1R 15,9-12)
2 Asa fez o que era bom e justo aos olhos do Senhor, seu Deus.
3
Destruiu os altares dos deuses estrangeiros e os lugares altos; quebrou as estelas e cortou as asserás.
4
Ordenou aos filhos de Judá que buscassem o Senhor, Deus de seus pais, e que pusessem em prática a Lei e seus mandamentos.
5
Fez desaparecer de todas as cidades de Judá os lugares altos e os obeliscos. Sob seu reinado o reino esteve em paz.
6
Durante esse tempo de tranqüilidade, construiu cidades fortificadas em Judá. Efetivamente, não houve guerra contra ele durante esses anos, porque o Senhor lhe concedeu descanso.
7
Construamos, disse ele aos judeus, essas cidades, e cerquemo-las de muralhas, torres, portas e ferrolhos: a terra está ainda livre diante de nós porque temos procurado o Senhor, nosso Deus, e por isso ele nos concedeu a paz com todos os nossos vizinhos. Dispuseram-se, pois, a esse trabalho e o levaram a bom termo.
8
Asa possuía um exército composto de trezentos mil homens de Judá, que carregavam escudo e lança, e um de duzentos e oitenta mil de Benjamim, que carregavam escudo e entesavam o arco, todos valentes guerreiros.
9
Zara, o etíope, atacou-os com um exército de um milhão de homens e trezentos carros, e avançou até Maresa.
10
Asa saiu-lhe ao encontro e eles se formaram para a batalha no vale de Sefata, perto de Maresa.
11
Asa invocou o Senhor, seu Deus, nestes termos: Senhor, não vos é mais difícil ajudar o fraco do que o forte. Vinde em nosso socorro, nosso Deus! É em vós que nos apoiamos, é em vosso nome que viemos contra essa multidão. Senhor, vós sois nosso Deus; que não haja um só homem que prevaleça contra vós!
12
O Senhor feriu os etíopes, diante de Asa e dos homens de Judá. Fugiram.
13
Asa e seu exército perseguiram-nos até Gerara, e deles tombou tão grande número que nem sequer um pôde salvar-se, destruídos como foram diante do Senhor e seu exército. Judá trouxe um grande despojo.
14
Eles feriram todas as cidades dos arredores de Gerara, pois o terror do Senhor se tinha infundido neles. Pilharam-nos, porque eles possuíam um importante despojo.
15
Feriram também os redis dos rebanhos e capturaram grande número de ovelhas e camelos. Em seguida, retornaram a Jerusalém.

Reformas religiosas de Asa

(= 1R 15,13-15)
15 1 O espírito do Senhor se apoderou de Azarias, filho de Obed. Este saiu ao encontro de Asa, e lhe disse:
2
Escutai-me, Asa, com todo o Judá e Benjamim: O Senhor está convosco assim como vós estais com ele. Se vós o procurais, ele se manifestará a vós, mas se vós o abandonais, ele vos abandonará.
3
Durante muito tempo viveu Israel sem o verdadeiro Deus, sem sacerdotes para ensiná-lo, sem a Lei;
4
mas, quando na sua angústia eles se voltaram para o Senhor, Deus de Israel, e o procuraram, ele se manifestou a eles.
5
Naqueles tempos não havia segurança alguma para os que viajavam, pois graves distúrbios pesavam sobre a população da terra.
6
As nações e as cidades entrechocavam-se, porque Deus as agitava com toda espécie de tribulações.
7
Quanto a vós, sede fortes, não vos acovardeis, pois vosso labor terá sua recompensa.
8
Ouvindo esse oráculo do profeta, Asa, cheio de resolução, fez desaparecer as abominações de toda a terra de Judá e de Benjamim, assim como de todas as cidades que tinha conquistado na montanha de Efraim: restabeleceu o altar do Senhor que se encontrava diante do pórtico do Senhor.
9
Em seguida, convocou toda a população de Judá, de Benjamim, assim como os de Efraim, de Manassés e de Simeão que habitavam entre eles (pois grande número de israelitas se tinha aliado a ele, vendo que o Senhor, seu Deus, estava com ele).
10
Eles se reuniram em Jerusalém no terceiro mês do quinto ano do reinado de Asa.
11
Nesse dia, sacrificaram ao Senhor, do despojo que tinham trazido, setecentas reses de gado e sete mil ovelhas.
12
Obrigaram-se solenemente a procurar o Senhor, Deus de seus pais, de todo o seu coração e de toda a sua alma, decididos a matarem,
13
pequenos e grandes, homens e mulheres, todo o que não procurasse o Senhor, Deus de Israel.
14
Ao som de trombetas e de trompas, no meio de aclamações, fizeram ao Senhor um juramento solene.
15
E todo o Judá esteve em alegria, por causa desse juramento que tinham prestado de todo o seu coração. Foi com perfeita boa vontade que tinham procurado o Senhor; por isso o Senhor se manifestou a eles e lhes assegurou a paz com todos os seus vizinhos.
16
O rei Asa destituiu até de sua posição de rainha sua mãe Maaca, por ter feito um ídolo de asserá. Asa destruiu a imagem, deixou-a em pedaços e a queimou no vale de Cedron.
17
Se os lugares altos não desapareceram, o coração de Asa esteve, contudo, totalmente devotado ao Senhor durante toda a sua vida.
18
Transportou para o templo do Senhor todos os objetos consagrados por seu pai e por ele mesmo, a prata, o ouro e os utensílios.
19
Não houve guerra até o trigésimo quinto ano do reinado de Asa.

Guerra contra Israel

(= 1R 15,16-22)
16 1 Mas no trigésimo sexto ano do reinado de Asa, rei de Israel, Baasa fez guerra contra Judá. Fez fortificações em Ramá, a fim de bloquear todas as comunicações com Asa, rei de Judá.
2
Mas Asa mandou tomar a prata e o ouro dos tesouros do templo e do palácio real, e enviou uma delegação a Ben-Hadad, rei da Síria, para lhe dizer:
3
Aliemo-nos, como foram aliados teu pai e o meu. Eu te envio prata e ouro. Rompe tua aliança com Baasa, rei de Israel, para que ele se afaste de mim.
4
Ben-Hadad ouviu o rei Asa: enviou seus generais contra as cidades de Israel. Estes tomaram Aion, Dã, Abel-Main e todas as cidades de Neftali que serviam de entrepostos.
5
A essa notícia, Baasa interrompeu os trabalhos de fortificação de Ramá.
6
Então o rei Asa convocou todos os judeus para tirar as pedras e madeiras das quais Baasa se tinha servido para construir Ramá: serviu-se delas para fortificar Gabaa e Masfa.
7
Por essa época, o vidente Hanani veio à procura de Asa, rei de Judá, e lhe disse: Porque te apoiaste no rei da Síria e não no Senhor teu Deus, o exército da Síria escapou de tuas mãos.
8
Não formavam os etíopes e os líbios um exército inumerável, com uma multidão de carros e cavaleiros? E, contudo, o Senhor os entregou a ti porque tu te apoiaste nele.
9
Os olhos do Senhor percorrem toda a terra para sustentar aqueles cujo coração lhe é totalmente devotado. Tu te comportaste tolamente nesse negócio, pois doravante terás continuamente guerras.
10
Irritado contra o vidente, no assomo de ira em que o puseram suas palavras, Asa mandou metê-lo na prisão. Pelo mesmo tempo, Asa oprimiu também alguns de seus súditos.

Morte de Asa

(= 1R 15,23)
11 As ações e os feitos de Asa, desde os primeiros até os últimos, estão relatados no livro dos Reis de Judá e de Israel.
12
No trigésimo nono ano de seu reinado, Asa tornou-se gotoso e sofreu violentamente. Durante sua doença, ele não procurou o apoio do Senhor, mas o dos médicos.
13
Ele adormeceu com seus pais e morreu no quadragésimo primeiro ano de seu reinado.
14
Foi sepultado na tumba que tinha mandado cavar para si na cidade de Davi; estenderam-no num leito que tinham enchido de perfumes aromáticos, preparados segundo a arte do perfumista, e queimaram-lhe quantidade considerável desse perfume.

Reinado de Josafá (870-848)

17 1 Seu filho Josafá sucedeu-lhe no trono. Ele se fortificou contra Israel.
2
Colocou tropas em todas as cidades fortes de Judá, guarnições em toda a terra e nas cidades de Efraim das quais se tinha apoderado seu pai Asa.
3
O Senhor estava com Josafá, porque este seguia os exemplos que, a princípio, dera seu pai: não corria atrás dos Baal,
4
mas só procurava o Deus de seus pais, observando seus mandamentos, sem fazer nada de semelhante ao que fazia Israel.
5
Por isso o Senhor confirmou o poder em suas mãos. Todo o Judá lhe trazia presentes; teve riqueza em abundância e glória.
6
Cheio de confiança na obra do Senhor, fez desaparecer de Judá os lugares altos e os ídolos asserás.
7
No terceiro ano de seu reinado, enviou seus chefes, Benail, Obdias, Zacarias, Natanael e Miquéias, para que ensinassem nas cidades de Judá.
8
Ele os fez acompanhar pelos levitas Semeías, Natanias, Zabadias, Asael, Semiramot, Jonatã, Adonias, Tobias, Tobadonias, e pelos sacerdotes Elisama e Jorão.
9
Ensinaram em Judá, levando consigo o livro da lei do Senhor, e percorreram todas as cidades de Judá, instruindo o povo.
10
O terror do Senhor difundiu-se em todos os reinos que cercavam Judá, os quais se abstiveram de fazer guerra a Josafá.
11
Mesmo os filisteus vieram trazer a Josafá presentes e um tributo em prata; os árabes também lhe trouxeram gado miúdo: sete mil e setecentos carneiros e sete mil e setecentos bodes.
12
Josafá aumentava seu poder. Construiu em Judá fortalezas e cidades de entrepostos.
13
Realizou grandes trabalhos nas cidades de Judá. Havia em Jerusalém guerreiros cheios de valentia.
14
Eis a sua enumeração segundo suas famílias: de Judá, os chefes de milhares eram: o chefe Adna, com trezentos mil valentes guerreiros;
15
ao seu lado o chefe Joanã, com duzentos e oitenta mil valentes guerreiros;
16
ao seu lado Amasias, filho de Zecri, voluntariamente consagrado ao Senhor, com duzentos mil valentes guerreiros.
17
De Benjamim: o valoroso Eliada, com duzentos mil homens providos de arcos e de escudos;
18
ao seu lado Josabad, com quatrocentos e vinte mil homens equipados para a guerra.
19
Essas eram as pessoas a serviço do rei, além das guarnições colocadas por ele nas fortalezas da terra de Judá.

Guerra contra os sírios

(= 1R 22,1-38)
18 1 Josafá, que possuía riqueza e glória em abundância, aliou-se por casamento com Acab.
2
Ao cabo de alguns anos, desceu à Samaria, à casa de Acab. Para recebê-lo com a comitiva, este matou numerosos carneiros e bois. Em seguida, persuadiu-o a fazer guerra contra Ramot de Galaad.
3
Acab, rei de Israel, disse a Josafá, rei de Judá: Queres vir comigo para atacar Ramot de Galaad? Josafá respondeu-lhe: Farei o que fizeres, assim como meu exército. Iremos à guerra contigo.
4
Contudo, Josafá disse mais ao rei de Israel: Consulta primeiro, eu te peço, o oráculo do Senhor.
5
O rei de Israel reuniu os profetas, que eram em número de quatrocentos, e lhes perguntou: Devemos ir atacar Ramot de Galaad, ou devemos abster-nos disso? Eles responderam: Vai; o Senhor a entregará às mãos do rei.
6
Mas Josafá replicou: Por acaso não existe aqui algum outro profeta do Senhor a quem possamos consultar?
7
Sim, respondeu o rei de Israel, há ainda um, por meio do qual se poderia consultar o Senhor; mas eu o detesto, porque nunca anuncia algo de bom; sempre a desgraça. É Miquéias, filho de Jemla. Josafá disse: Não fale o rei assim.
8
Então o rei de Israel fez sinal a um eunuco e lhe deu esta ordem: Faze vir o mais depressa possível Miquéias, filho de Jemla.
9
O rei de Israel e Josafá, rei de Judá, tomaram lugar, cada um num trono, revestidos de suas insígnias reais, na praça que está à entrada da porta de Samaria, e todos os profetas profetizavam em sua presença,
10
Sedecias, filho de Canaana, tinha feito para si chifres de ferro, e disse: Eis o que diz o Senhor: Com estes chifres ferirás os sírios até exterminá-los.
11
E todos os profetas profetizavam da mesma maneira, nesses termos: Sobe a Ramot de Galaad: Serás vencedor, porque o Senhor entregará a cidade às mãos do rei.
12
Todavia, o mensageiro que tinha ido procurar Miquéias, lhe dizia: Os profetas são unânimes em predizer a vitória do rei. Seja teu oráculo conforme o deles. Predize o bom êxito.
13
Miquéias respondeu: Por Deus, só anunciarei o que o Senhor me disser.
14
Quando ele chegou perto do rei, disse-lhe o rei: Miquéias, devemos nós ir atacar Ramot de Galaad, ou devemos nós abster-nos disso? - Vai, respondeu Miquéias, serás vencedor; ela será entregue às mãos do rei.
15
Disse-lhe o rei: Quantas vezes terei que conjurar-te a que só digas a verdade em nome do Senhor?
16
Respondeu então Miquéias: Vejo todo o Israel disperso pelas montanhas, qual um rebanho sem pastor. O Senhor disse: Estes não têm chefe; voltem eles tranqüilamente, cada qual para sua casa!
17
Disse o rei de Israel a Josafá: Bem que eu te dizia que a meu respeito ele não havia de anunciar jamais alguma coisa boa; sempre a desgraça.
18
Replicou Miquéias: Escutai o oráculo do Senhor: eu vi o Senhor assentado no seu trono e todo o exército dos céus em volta dele, à sua direita e à sua esquerda.
19
Disse o Senhor: Quem seduzirá a Acab para que suba a Ramot de Galaad e lá encontre sua perda? - Um respondia de um modo e outro de outro.
20
Então um espírito avançou até a frente do Senhor e disse: Eu irei seduzi-lo. Perguntou o Senhor: De que maneira?
21
Vou, respondeu ele, fazendo-me espírito de mentira na boca de seus profetas. - É isso mesmo, replicou o Senhor. Conseguirás seduzi-lo. Vai e faze como disseste.
22
O Senhor infundiu, portanto, um espírito de mentira na boca de todos os profetas aqui presentes; mas foi a tua perda que decretou o Senhor.
23
Nesse momento, Sedecias, filho de Canaana, aproximou-se de Miquéias e deu-lhe uma bofetada, dizendo: Por onde saiu de mim o espírito do Senhor para falar-te?
24
Vê-lo-ás, respondeu Miquéias, no dia em que hás de ir de aposento em aposento a fim de te esconderes.
25
Então o rei de Israel deu esta ordem: Prendei Miquéias; conduzi-o a Amon, governador da cidade, e a Joás, filho do rei.
26
Dizei-lhes: Ordem do rei: Metei este homem na prisão; dai-lhe uma alimentação de mísero até que eu retorne são e salvo.
27
Ao que Miquéias respondeu: Se realmente voltares são e salvo é sinal de que não falou o Senhor por mim. E acrescentou: Escutai bem, ó povo, tudo isso.
28
O rei de Israel subiu portanto a Ramot de Galaad com o rei de Judá, Josafá.
29
Ele lhe disse: Eu vou disfarçar-me para entrar no combate; tu, porém, veste tuas próprias roupas. O rei de Israel disfarçou-se, por conseguinte, antes de entrar em combate.
30
Ora, o rei da Síria tinha dado a seus trinta e dois chefes de carros a ordem seguinte: Ninguém atacareis, seja pequeno ou grande, mas só o rei de Israel.
31
Ao verem Josafá, os chefes dos carros disseram entre si: É certamente o rei de Israel, e avançaram sobre ele. Mas Josafá soltou seu grito (de guerra), e o Senhor o socorreu; Deus afastou dele os sírios.
32
Então os chefes dos carros, vendo que não era o rei de Israel, afastaram-se dele.
33
Nesse momento, um homem que tinha retesado o arco ao acaso, feriu o rei de Israel na parte fraca da couraça. O rei disse ao cocheiro de seu carro: Volta a rédea e conduze-me para fora do campo, porque estou ferido.
34
Mas, nesse dia, o combate foi tão violento, que o rei teve que ficar em pé no carro diante dos sírios, até a tarde. Ao pôr-do-sol, ele morreu.


19 1 Josafá, rei de Judá, retornou são e salvo a Jerusalém.
2
Jeú, filho do vidente Hanani, saiu-lhe ao encontro e lhe disse: Deve-se levar auxílio ao ímpio? Amas tu os que odeiam o Senhor? O Senhor está irritado contra ti.
3
Todavia, há em ti coisas boas, pois suprimiste da terra os ídolos asserás e aplicaste teu coração à busca de Deus.

Reformas de Josafá

4 Depois de sua volta a Jerusalém, Josafá saiu de novo a visitar seu povo, desde Bersabé até a montanha de Efraim, para conduzi-lo ao Senhor, Deus de seus pais.
5
Estabeleceu juízes na terra, em cada uma das cidades fortes, sem exceção.
6
Vede o que fareis, disse ele aos juízes. Não é em nome de um homem que administrais a justiça, mas em nome do Senhor, que vos assistirá quando tiverdes de fazer os vossos julgamentos.
7
Que o temor a Deus esteja conosco. Vigiai o vosso procedimento, pois, junto do Senhor, nosso Deus, não há iniqüidade, nem distinção de pessoa, nem admissão de presentes.
8
Também em Jerusalém, Josafá tinha estabelecido levitas e sacerdotes voltados à cidade para administrar a justiça em nome do Senhor e para serem árbitros nos litígios.
9
Ele lhes deu as seguintes instruções: Eis como agireis, com temor ao Senhor, lealdade e integridade de coração.
10
Em todo litígio trazido à vossa presença por vossos irmãos, estabelecidos em vossas cidades, quer se trate de assassínio, de lei, de preceito ou ordenações esclarecei-os, para que não se tornem culpados diante do Senhor, e que sua ira não se inflame contra vós e contra vossos irmãos. Agi dessa maneira para não vos tornardes culpados.
11
Tendes à vossa frente o sumo sacerdote Amarias, para todos os assuntos religiosos, e Zabadias, filho de Ismael, príncipe da casa de Judá, para todos os negócios civis. Tereis à vossa disposição levitas, na qualidade de escribas. Cobrai ânimo, portanto, e ao trabalho! Esteja o Senhor com o homem de bem!

Guerra contra os moabitas

20 1 Depois disso, os moabitas e os amonitas, acompanhados dos maonitas, fizeram guerra a Josafá.
2
Vieram informar o rei: "Uma multidão enorme, vinda do outro lado do mar Morto, avança contra ti. Ei-los já em Asasontamar, isto é, Engadi.
3
Perturbado, Josafá se dispôs a recorrer ao Senhor e promulgou um jejum para todo o Judá.
4
A população de Judá reuniu-se para invocar o Senhor; de todas as cidades de Judá eles acorreram para invocar o Senhor.

Prece de Josafá

5 Diante do novo átrio do templo do Senhor, Josafá ergueu-se na presença da grande assembléia dos homens de Judá e de Jerusalém.
6
"Senhor, disse ele, Deus de nossos pais, não sois vós o Deus do céu e o soberano de todos os povos? Tendes em vossa mão a força e o poder e ninguém vos pode resistir.
7
Não sois vos, Senhor, nosso Deus, que desalojastes diante de vosso povo de Israel os habitantes desta terra, e a destes para sempre à descendência de Abraão, vosso bem-amado?
8
Nela habitaram e construíram um santuário para a glória de vosso nome, dizendo:
9
Se nos sobrevier alguma desgraça, guerra, flagelo de vingança, peste ou fome, apresentar-nos-emos diante de vós neste templo, pois vosso nome é nele Invocado, e clamaremos para vós do fundo de nossa angústia; então havereis de nos ouvir e salvar.
10
"Eis, portanto, agora, os amonitas, os moabitas e as gentes da montanha de Seir pela terra dos quais não permitisses que os israelitas atravessassem, quando da sua saída do Egito, e dos quais eles se desviaram sem destruí-los.
11
Eis que eles nos recompensam vindo expulsar-nos desta herança cuja possessão nos destes.
12
Ó nosso Deus, não exercereis sobre eles vossa justiça? Pois a força nos falta diante dessa multidão que avança contra nós; não sabemos o que fazer e nossos olhos se voltam para vós."
13
Toda a população de Judá lá estava, de pé, diante do Senhor, com suas crianças, suas mulheres e seus filhos.
14
Então, no meio dessa grande multidão, o espírito do Senhor apoderou-se de Jaziel, filho de Zacarias, filho de Banaías, filho de Jeiel, filho de Matanias, um levita da linhagem, de Asaf.
15
"Prestai atenção, disse ele, homens de Judá e de Jerusalém, e tu, rei Josafá! Eis o que vos diz o Senhor: Não temais, não vos deixeis atemorizar diante dessa multidão imensa, pois, a guerra não compete a vós, mas a Deus.
l6 Amanhã ireis contra eles. Vede: eles subirão pela colina de Sis, e encontrá-los-eis no fim do vale, diante do deserto de Jeruel.
17
Não tereis que combater nesse caso. Colocai-vos lá e permanecei lá, para contemplar a salvação, que o Senhor vos concederá. Não temais Judá e Jerusalém, nem tenhais pavor. Saí-lhes amanhã ao encontro, e o Senhor estará convosco."
18
Josafá prosternou-se com o rosto por terra e todo Judá e os habitantes de Jerusalém fizeram o mesmo em adoração diante do Senhor.
19
Os levitas da linhagem de Caat e de Coré levantaram-se para louvar o Senhor, Deus de Israel, em alta voz.
20
No dia seguinte, de manhã, puseram-se a caminho para o deserto de Tecua. Josafá estava presente na partida deles, para lhes dizer: "Escutai-me homens de Judá e de Jerusalém, Ponde vossa confiança no Senhor e estareis seguros; crede no seus profetas, e tudo vos correrá bem."
21
Em seguida, depois de se ter entendido com o povo, ele designou os cantores que, revestidos de ornamentos sagrados, haveriam de marchar à frente do exército, cantando: "Louvai o Senhor, pois sua misericórdia é eterna!"
22
No momento em que era entoado este cântico de louvor, o Senhor fez cair numa emboscada os amonitas, os moabitas e os habitantes da montanha de Seir que tinham vindo atacar Judá. Foram destruídos.
23
Os amonitas e os moabitas atiraram-se então sobre os povos das montanhas de Seir para um massacre de exterminação e, isto feito puseram-se a matar uns aos outros.
24
Tendo chegado os homens de Judá à altura donde se vê o deserto, olharam para a multidão; e eis que lá não havia mais que cadáveres estendidos por terra, não tendo podido escapar ninguém.
25
Então avançou Josafá com seu exército para despojá-os, e encontraram riquezas, vestimentas e objetos preciosos em abundância; e tiraram em tal quantidade que não puderam levar tudo. A pilhagem durou três dias, pois o despojo era enorme.
26
No quarto dia, reuniram-se no vale de Beracá, onde bendisseram ao Senhor. Por isso, esse lugar ainda é chamado Beracá.
27
Os homens de Judá e de Jerusalém, tendo à frente eles Josafá, retomaram alegres o caminho da cidade, pois o Senhor tinha levado ao máximo sua alegria, livrando-os de seus inimigos.
28
Entraram em Jerusalém, no templo do Senhor, ao som das cítaras, das harpas e das trombetas.
29
o terror do Senhor apoderou-se de todos os reinos estrangeiros, ao ouvirem a notícia de que o Senhor combatia os inimigos de Israel.
30
Assim o reino de Josafá gozou de tranqüilidade, porque o Senhor lhe deu paz com todas as nações vizinhas.

Morte de Josafá

(= 1R 22,41-51)
31 Josafá reinou, pois, sobre Judá. Tinha trinta e cinco anos quando começou a reinar. Reinou vinte e cinco anos em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Azuba, filha de Selai.
32
Tomou por regra o proceder de seu pai Asa, sem dele se afastar. Fez, o bem aos olhos do Senhor.
33
Todavia, os lugares altos não desapareceram e o povo não tinha ainda o coração firmemente unido ao Deus de seus pais.
34
O resto das ações de Josafá, desde as primeiras até às últimas, encontram-se relatadas nas memórias de Jeú, filho de Hanani, as quais estão inseridas no livro dos reis de Israel.
35
Depois disso, Josafá, rei de Judá, fez aliança com Ocozias, rei de Israel, e o procedimento era ímpio.
36
Eles se associaram para construir navios destinados a ir a Társis, construção essa feita em Asiongaber.
37
Então, Eliezer, filho de Dodau, de Maresa, fez contra Josafá o oráculo seguinte: "Porque fizeste aliança com Ocozias, destruiu o Senhor tua empresa!" Com, efeito, os navios se despedaçaram sem ter podido ir a Társis.


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2 Crónicas (BAV) 10