Jeremías (BAV) 27

27 1 No início do reinado de Sedecias, filho de Josias, rei de Judá, foi dirigida a palavra do Senhor a Jeremias nestes termos:
2
Eis o que me disse o Senhor: prepara laços e barras de jugo e coloca-os ao pescoço.
3
Em seguida, tu os enviarás ao rei de Edom, ao rei de Moab, ao rei dos filhos de Amon, ao rei de Tiro e ao rei de Sidônia, por intermédio dos embaixadores que vieram a Jerusalém apresentar-se a Sedecias, rei de Judá.
4
E encarregá-los-ás de levar a seus senhores esta mensagem: eis o que disse o Senhor, Deus de Israel: dizei a vossos senhores:
5
eu sou aquele que, por soberana ação da força do meu braço, criei a terra, e os homens e animais que nela se encontram, e a dou a quem melhor me aprouver;
6
todos estes países agora eu os entreguei ao meu servo Nabucodonosor, rei de Babilônia, a quem confiei mesmo os animais dos campos para lhe serem sujeitos.
7
Todas estas nações ficar-lhe-ão submissas, assim como a seu filho e neto, até que chegue também a vez de sua terra, a qual será dominada por numerosas nações e grandes reis.
8
A nação ou o reino que se recusar a servir Nabucodonosor, rei de Babilônia, e a inclinar-se ante o seu jugo, eu castigarei - oráculo do Senhor - pela espada, pela fome ou pela peste até que se aniquile em suas mãos.
9
Não escuteis, portanto, vossos profetas e adivinhos, nem vossos vaticinadores, astrólogos e feiticeiros que vos disseram que não sereis sujeitos ao rei de Babilônia.
10
Porque são mentiras que vos profetizam a fim de que sejais banidos de vossa terra, dispersados por mim e levados a perecer.
11
Ao contrário, o povo que se inclinar ante o jugo do rei de Babilônia e a ele submeter-se, deixá-lo-ei tranqüilo em sua terra - oráculo do Senhor -, a fim de cultivá-la e nela morar.
12
Dirigi-me, em seguida, a Sedecias com quem mantive a mesma linguagem: curvai vossas cabeças sob o jugo do rei de Babilônia. Servi-o a ele e a seu povo, e tereis a vida.
13
Por que expor-te, tu e teu povo, à morte pela espada, pela fome e pela peste, como o Senhor anunciou a todo povo que recusar servidão ao rei de Babilônia?
14
não escuteis, portanto, a voz dos profetas que dizem que não sereis submetidos ao rei de Babilônia, pois são mentiras o que vos anunciam.
15
Não fui eu quem os enviou - oráculo do Senhor - e eles mentem proferindo oráculos em meu nome. Assim eu vos repelirei, e vós e vossos profetas perecereis.
16
Dirigi-me, em seguida, aos sacerdotes e ao povo: Eis o que diz o Senhor: Não escuteis a voz dos profetas ao dizer-vos que os objetos do templo em breve voltarão de Babilônia. É falsidade o que proferem.
17
Não os escuteis. Submetei-vos ao rei de Babilônia, a fim de que possais viver. Por que seria esta cidade transformada em deserto?
18
Se na verdade são profetas inspirados pelo Senhor, que intercedam junto ao Senhor dos exércitos, a fim de que os objetos que ficaram no templo, no palácio do rei de Judá e em Jerusalém não sejam levados para Babilônia!
19
Porquanto, eis o que disse o Senhor dos exércitos a respeito das colunas, do mar, dos pedestais e dos demais objetos que ficaram na cidade,
20
e que Nabucodonosor, rei de Babilônia, não retirou, ao deportar de Jerusalém para Babilônia Jeconias, filho de Joaquim, rei de Judá, juntamente com todos os notáveis de Judá e Jerusalém...
21
Eis o que disse o Senhor dos exércitos, Deus de Israel, com referência aos objetos que ficaram no templo, no palácio do rei e em Jerusalém:
22
serão eles carregados para Babilônia - oráculo do Senhor - e lá permanecerão até o dia em que eu for buscá-los e os trouxer para recolocá-los neste lugar.

Conflito entre Jeremias e Ananias

28 1 Nesse mesmo ano, no começo do reinado de Sedecias, rei de Judá, ou seja, no quinto mês do quarto ano, Ananias, filho de Azur, profeta de Gabaão, veio ao templo e, perante os sacerdotes e a multidão, proferiu as seguintes palavras:
2
Assim fala o Senhor dos exércitos, Deus de Israel: vou romper o jugo do rei de Babilônia.
3
Ainda exatamente mais dois anos, e farei voltar a este lugar todos os objetos do templo que Nabucodonosor, rei de Babilônia, dele retirou, levando-os para Babilônia.
4
Para aqui trarei Jeconias, filho de Joaquim, rei de Judá, e todos os deportados de Judá que foram para Babilônia - oráculo do Senhor -, porquanto vou romper o jugo do rei de Babilônia.
5
O profeta Jeremias, porém, na presença dos sacerdotes e do povo que se aglomerava no templo, respondeu ao profeta Ananias:
6
assim seja, disse ele, e que Deus o permita! Realize o Senhor tua profecia e traga de volta o mobiliário do templo e os deportados de Babilônia.
7
Escuta, contudo, o que vou dizer-te, assim como a todo o povo:
8
os profetas que nos precederam a mim e a ti anunciaram, contra numerosos países e reinos poderosos, guerra, fome e peste.
9
Quanto ao profeta que predisse a felicidade, somente quando seu oráculo se realizar, poder-se-á saber se ele é realmente um enviado do Senhor.
10
Arrancou, então, o profeta Ananias o jugo do pescoço do profeta Jeremias e, partindo-o,
11
exclamou perante a multidão: Oráculo do Senhor! Assim é que, dois anos decorridos, quebrarei do pescoço de todas as nações o jugo de Nabucodonosor, rei de Babilônia! Retirou-se, então, o profeta Jeremias.
12
Mas, depois que o profeta Ananias assim arrancou e destruiu o jugo do pescoço de Jeremias, a palavra do Senhor foi dirigida a este nestes termos:
13
Vai dizer a Ananias: eis o que disse o Senhor: quebraste um jugo de madeira, mas o substituíste por outro de ferro.
14
Porquanto, eis o que disse o Senhor dos exércitos: é de ferro o jugo que imponho ao pescoço de todas estas nações, a fim de que se submetam a Nabucodonosor, rei de Babilônia. Ficar-lhe-ão submissas, e a ele dou também todo o poder sobre os animais selvagens.
15
E Jeremias acrescentou, ao dirigir-se ao profeta Ananias: Ouve bem, Ananias! Não te outorgou missão o Senhor. És tu que arrastas o povo a crer na mentira.
16
Por isso, eis o que disse o Senhor: vou afastar-te da face da terra. Ainda neste ano morrerás, pois que insuflaste a revolta contra o Senhor!
17
Nesse mesmo ano, no sétimo mês, pereceu o profeta Ananias.

Cartas aos deportados de Babilônia

29 1 Eis o teor da carta que o profeta Jeremias endereçou de Jerusalém aos demais anciãos cativos, aos sacerdotes e profetas, e a todo o povo deportado por Nabucodonosor para Babilônia,
2
depois que deixaram Jerusalém, o rei Jeconias, a rainha-mãe, os eunucos, os chefes de Judá e Jerusalém e os carpinteiros e serralheiros.
3
Foi esta carta levada por Elasa, filho de Safã, e Gamarias, filho de Helcias,os quais Sedecias, rei de Judá, enviara a Babilônia, junto ao rei Nabucodonosor, e assim dizia:
4
Eis o que diz o Senhor dos exércitos, Deus de Israel, a todos os cativos que deportei de Jerusalém para Babilônia:
5
construí casas e nelas morai, plantai pomares e comei seus frutos.
6
Procurai mulher e gerai filhos e filhas, procurai mulheres para vossos filhos, e dai vossas filhas a maridos para que dêem ao mundo rapazes e moças. Multiplicai-vos em lugar de diminuir.
7
Tomai a peito o bem da cidade para onde vos exilei e rogai por ela ao Senhor, porque só tereis que lucrar com a sua prosperidade.
8
Pois assim disse o Senhor dos exércitos, Deus de Israel: Não vos deixeis engodar pelos profetas que se acham entre vós, nem pelos adivinhos. Não escuteis os sonhos que anunciam.
9
Porquanto esses homens mentem, pretendendo pronunciar oráculos em meu nome. Não lhes outorguei tal encargo - oráculo do Senhor.
10
Eis o que diz o Senhor: Quando setenta anos tiverem decorrido para Babilônia, eu vos visitarei a fim de realizar a promessa que vos fiz de aqui vos reconduzir.
11
Bem conheço os desígnios que mantenho para convosco - oráculo do Senhor -, desígnios de prosperidade e não de calamidade, de vos garantir um futuro e uma esperança.
12
Invocar-me-eis e vireis suplicar-me, e eu vos atenderei.
13
Procurar-me-eis e me haveis de encontrar, porque de todo o coração me fostes buscar.
14
Permitirei que me encontreis - oráculo do Senhor; e vos trarei do cativeiro e vos irei buscar em todas as nações e em todos os lugares por onde vos dispersei - oráculo do Senhor - para reintegrar-vos no lugar de onde vos exilei.
15
Objetareis, porém, que o Senhor vos suscitou profetas em Babilônia.
16
Eis o que diz o Senhor a propósito do rei que ocupa o trono de Davi, do povo que permaneceu na cidade, e de todos os vossos irmãos que não partiram convosco para o exílio:
17
eis o que diz o Senhor dos exércitos: vou enviar contra eles a espada, a fome e a peste, e os tratarei como figos deteriorados, tão maus que não se podem mais comer.
18
Persegui-los-ei com a espada, a fome e a peste, e deles farei objeto de horror ante todos os reinos da terra, exemplo a ser citado entre as maldições, assunto de espanto que fará pasmar, e vergonha aos olhos das nações para onde eu os dispersar;
19
porque não escutaram minhas palavras - oráculo do Senhor - quando, sem cessar, lhes enviava os profetas, meus servos, aos quais também não ouviram - oráculo do Senhor.
20
Mas vós todos, exilados que deportei de Jerusalém para Babilônia, escutai a palavra do Senhor:
21
eis o que diz o Senhor dos exércitos, Deus de Israel, a respeito de Acab, filho de Colias, e de Sedecias, filho de Maasias, que vos transmitem em meu nome falsos oráculos: vou entregá-los nas mãos de Nabucodonosor, rei de Babilônia, que os mandará matar ante vossos olhos.
22
Servirão eles de maldição entre os judeus cativos que se acham em Babilônia. E dir-se-á: Que Deus faça contigo como a Sedecias e Acab, os quais o rei de Babilônia mandou frigir no fogo!
23
E isso porque cometeram uma infâmia em Israel; por consumarem o adultério com as mulheres de seus vizinhos, e ainda por haverem proferido falsos oráculos em meu nome e contra minha vontade. Tudo isso eu sei por havê-lo testemunhado - oráculo do Senhor.
24
E a Semeias Neelamita dirás:
25
Eis o que diz o Senhor dos exércitos, Deus de Israel: já que enviaste uma carta em teu nome a todo o povo de Jerusalém, ao sacerdote Sofonias, filho de Maasias, e a todos os sacerdotes, na qual lhes dizes:
26
Fez-te o Senhor sacerdote em lugar do sacerdote Jojada, a fim de que vigies no templo todo fanático que se intitular profeta e o metas no cepo ou no cárcere;
27
por que, então, não fizeste voltar à razão Jeremias de Anatot que profetiza entre vós?
28
Eis que nos escreve para Babilônia a fim de nos dizer: isso durará longo tempo. Construí casas e habitai-as; plantai pomares e deles comei os frutos.
29
Leu esta carta o sacerdote Sofonias ao profeta Jeremias,
30
ao qual falou o Senhor, nestes termos:
31
Eis o que mandarás dizer a todos os deportados: oráculo do Senhor a respeito de Semeias Neelamita: porque Semeias vos proferiu oráculos, sem que eu lhos houvesse delegado, e vos levou a crer em mentiras,
32
eis o que diz o Senhor: vou usar de severidade com Semeias Neelamita e sua descendência. Nenhum dos seus subsistirá entre vós para desfrutar a felicidade que concederei a meu povo - oráculo do Senhor - , pois que pregou a revolta contra o Senhor.

II - ORÁCULOS CONCERNENTES À RESTAURAÇÃO (30-33)

30 1 Dirigiu o Senhor nestes termos a palavra a Jeremias.
2
Eis o que disse o Senhor, Deus de Israel: consignarás em um livro todas as palavras que te tenho dito.


3 Pois dias virão - oráculo do Senhor - em que mudarei a sorte de meu povo, Israel e Judá, disse o Senhor, a fim de reintegrá-lo na posse da terra que havia dado a seus pais.
4
Eis as palavras que pronunciou o Senhor a respeito de Judá.
5
Eis o que disse o Senhor: fez-se ouvir um grito de pavor e por toda parte o espanto! Acabou-se a paz!
6
Perguntai! Vede se um homem pode dar à luz. Por que, então, vejo todos os homens com as mãos sobre os rins qual a mulher em parto? Por que trazem essa palidez em seus semblantes?
7
Desgraça! Nenhum dia se assemelha a este; tempo de tribulação para Jacó, do qual, porém, será libertado.
8
Naquele dia - oráculo do Senhor dos exércitos - partirei o jugo que lhe pesa ao pescoço e lhe romperei os laços. Não serão mais cativos dos estrangeiros,
9
mas servirão o Senhor, seu Deus, e Davi, seu rei, que eu lhes suscitarei.
10
E tu, Jacó, meu servo, não temas - oráculo do Senhor -; não tremas, Israel, pois que te vou retirar da terra longínqua, assim como tua raça da terra do exílio. Jacó tornará a viver na tranqüilidade e em segurança, sem que ninguém mais o perturbe.
11
Estou contigo - oráculo do Senhor - para livrar-te. Aniquilarei os povos entre os quais te dispersei. A ti, porém, não destruirei; castigar-te-ei com eqüidade, sem te deixar impune.


12 Porque eis o que diz o Senhor: tua ferida é incurável e perigosa a tua chaga.
13
Ninguém quer tomar o encargo de curá-la, não há para ti remédio nem emplasto.
14
Esqueceram-te os que te amavam, e contigo nem mais se preocupam. Pois que te feri, como se fere um inimigo, com cruel castigo, por causa da gravidade de tua falta e do número de teus pecados.
15
Por que choras sobre tua ferida? Por que incurável é tua dor? É por causa da gravidade de tua falta e do número de teus pecados que te fiz isso.


16 Todos aqueles, contudo, que te devoram, serão devorados; irão para o cativeiro teus opressores; teus destruidores serão despojados, e entregarei ao saque os que te pilharam.
17
Vou enfaixar tuas chagas e curar tuas feridas - oráculo do Senhor. Chamam-te a Repudiada, Sião, de quem não mais se cuida.


18 Mas, eis o que diz o Senhor: restaurarei as tendas de Jacó, e me apiedarei de suas moradas. Será a cidade reconstruída em sua colina, e reedificado o palácio no primitivo lugar.
19
Cânticos de louvor se erguerão e gritos de alegria. Multiplicar-lhes-ei o número, que não será mais reduzido; eu os exaltarei, e não serão mais humilhados.
20
Os filhos serão como eram outrora, e forte será diante de mim sua assembléia; eu castigarei seus opressores.
21
Um dentre eles será o chefe, e do meio deles sairá seu soberano. Mandarei buscá-lo, e perante mim terá acesso, porque nenhum homem se arriscaria a aproximar-se de mim - oráculo do Senhor.
22
Sereis o meu povo, e eu, o vosso Deus.


23 Eis a tempestade do Senhor, a explosão do seu furor, a borrasca que turbilhona, prestes a irromper sobre a cabeça dos maus.
24
Não se acalmará a cólera do Senhor, sem que cumpra e realize seus desígnios. Somente nos dias que virão, havereis de compreender.

Restauração do povo de Israel

31 1 Naquele tempo - oráculo do Senhor - serei o Deus de todas as tribos de Israel, e elas constituirão o meu povo.
2
Eis o que diz o Senhor: foi concedida graça no deserto ao povo que o gládio poupara. Dentro em pouco Israel gozará de repouso.
3
De longe me aparecia o Senhor: amo-te com eterno amor, e por isso a ti estendi o meu favor.
4
Reconstruir-te-ei, e serás restaurada, ó virgem de Israel! Virás, ornada de tamborins, participar de alegres danças.


5 E ainda plantarás vinhas nas colinas de Samaria. E delas colherão frutos os plantadores,
6
pois dia virá em que os veladores gritarão nos montes de Efraim: Erguei-vos! Subamos a Sião, ao Senhor, nosso Deus!


7 Porque isto diz o Senhor: Lançai gritos de júbilo por causa de Jacó. Aclamai a primeira das nações. E fazei retumbar vossos louvores, exclamando: O Senhor salvou o seu povo, o resto de Israel.


8 Eis que os trago da terra do norte, e os reúno dos confins da terra. O cego e o coxo estarão entre eles, e também a mulher grávida e a que deu à luz. Será imensa a multidão que há de voltar,
9
e que voltará em lágrimas. Conduzi-la-ei em meio às suas preces; levá-la-ei à beira de águas correntes, por caminhos em que não tropeçarão, porque sou para com Israel qual um pai, e Efraim é o meu primogênito.


10 Nações, escutai a palavra do Senhor; levai a notícia às ilhas longínquas e dizei: Aquele que dispersou Israel o reunirá, e o guardará, qual pastor o seu rebanho.
11
Porquanto o Senhor resgata Jacó e o liberta das mãos do seu dominador.
12
Regressarão entre gritos de alegria às alturas de Sião, acorrendo aos bens do Senhor: ao trigo, ao mosto e ao óleo, ao gado menor e ao maior. Sua alma se assemelha a jardim bem regado, e sua fraqueza cessará.
13
Então a jovem executará danças alegres; jovens e velhos partilharão (o júbilo) comum. Transformar-lhes-ei o luto em regozijo, e os consolarei após o sofrimento e os alegrarei.
14
Cumularei os sacerdotes de abundantes vítimas gordas, e meu povo fartar-se-á de meus bens - oráculo do Senhor.
15
Eis o que diz o Senhor: ouve-se em Ramá uma voz, lamentos e amargos soluços. É Raquel que chora os filhos, recusando ser consolada, porque já não existem.
16
Eis o que diz o Senhor: Cessa de gemer, enxuga tuas lágrimas! Tuas penas terão a recompensa - oráculo do Senhor. Voltarão (teus filhos) da terra inimiga.
17
Desponta em teu futuro a esperança - oráculo do Senhor. Teus filhos voltarão à sua terra.
18
Sim, ouço os gemidos de Efraim: Vós me castigastes; fui punido, qual novilho insubmisso. Convertei-me, porém, e que eu volte, já que sois vós o Senhor, meu Deus.
19
Após haver errado, arrependi-me, e ao compreender feri-me a coxa. Sinto-me envergonhado e confundido, porque trago o opróbrio de minha juventude.
20
Não é, porém, Efraim, filho querido, eternamente amado por mim? Todas as vezes que falo contra ele, mais viva se torna em mim a sua lembrança. E meu coração se comove ao pensar nele. Terei compaixão dele - oráculo do Senhor.
21
Ergue sinais, coloca postes indicadores, olha bem o caminho, a senda que percorres. Volta, virgem de Israel, volta para tuas cidades.
22
Até quando andarás vagando, filha rebelde? Eis que o Senhor criou uma coisa nova sobre a terra: É a esposa que cerca (de cuidados) o esposo.
23
Eis o que diz o Senhor dos exércitos, Deus de Israel: Quando eu lhes houver mudado a sorte à terra de Judá e às suas cidades, proferirão de novo este desejo: Que o Senhor te abençoe mansão de salvação, montanha santa!
24
E nesses lugares, em Judá e suas cidades, juntos habitarão operários e pastores,
25
porque saciarei a alma fatigada e à que enlanguesce matarei a fome.
26
Despertei, então, e senti quão doce me havia sido o sonho.
27
Dias virão - oráculo do Senhor - em que disseminarei sementeiras pelas casas de Israel e de Judá, das quais nascerão homens e animais.
28
Da mesma forma que por eles velei a fim de prejudicá-los, assim velarei para construir e plantar - oráculo do Senhor.
29
Então, não se dirá mais: Os pais comeram uvas verdes, e prejudicados ficaram os dentes dos filhos,
30
mas cada qual morrerá em razão do próprio pecado e, se alguém comer uvas verdes, serão atingidos os próprios dentes.

A nova aliança

31 Dias hão de vir - oráculo do Senhor - em que firmarei nova aliança com as casas de Israel e de Judá.
32
Será diferente da que concluí com seus pais no dia em que pela mão os tomei para tirá-los do Egito, aliança que violaram embora eu fosse o esposo deles.
33
Eis a aliança que, então, farei com a casa de Israel - oráculo do Senhor: Incutir-lhe-ei a minha lei; gravá-la-ei em seu coração. Serei o seu Deus e Israel será o meu povo.
34
Então, ninguém terá encargo de instruir seu próximo ou irmão, dizendo: Aprende a conhecer o Senhor, porque todos me conhecerão, grandes e pequenos - oráculo do Senhor -, pois a todos perdoarei as faltas, sem guardar nenhuma lembrança de seus pecados.


35 Eis o que diz o Senhor, que mandou o sol iluminar o dia, ordenou à lua e às estrelas clarearem a noite; que ergue as ondas encapeladas do mar e cujo nome é Javé dos exércitos:
36
Se algum dia cessassem essas leis perante mim - oráculo do Senhor, (somente) então cessaria a raça de Israel, de ser uma nação ante meus olhos, para sempre.
37
Eis o que diz o Senhor: se algum dia os fundamentos da terra puderem ser sondados, somente então poderia eu abandonar a raça de Israel.


38 Dias virão - oráculo do Senhor - em que a cidade será reconstruída pelo Senhor, desde a torre de Hananeel até a porta do Ângulo.
39
Será o cordel estendido para medir até a colina de Gareb, e voltará para Goa.
40
Todo o vale cheio de cadáveres e cinza, e todos os campos até a torrente de Cedron e o ângulo da porta dos Cavalos, a leste, serão bens consagrados ao Senhor. Jamais serão eles devastados, nem destruídos.

O campo comprado pelo profeta

32 1 A palavra do Senhor foi dirigida a Jeremias, no décimo ano do reinado de Sedecias, rei de Judá. Era, então, o décimo oitavo do reinado de Nabucodonosor.
2
O exército do rei de Babilônia sitiava Jerusalém, e o profeta Jeremias estava detido no cárcere do palácio real.
3
Sedecias, rei de Judá, mandara-o encarcerar lá, dizendo-lhe: Por profetizares desse modo: Oráculo do Senhor: vou entregar esta cidade ao rei de Babilônia, que dela se apossará.
4
E, Sedecias, rei de Judá, não se livrará das mãos dos caldeus, mas cairá sob o poder do rei de Babilônia, a quem falará de viva voz, olhar ante olhar.
5
E, ele será levado a Babilônia, onde permanecerá até que dele eu me ocupe - oráculo do Senhor. E, se entrardes em luta com os caldeus, não tereis êxito.
6
Foi nestes termos que me falou o Senhor, disse Jeremias:
7
Eis que virá Hanameel, filho de teu tio Selum, a fim de te propor a compra de sua terra de Anatot, pois que tens prioridade para comprá-la.
8
Hanameel, meu primo, veio, portanto, procurar-me no cárcere, como havia anunciado o Senhor. Compra, disse-me então, a minha terra de Anatot, na terra de Benjamim, porque cabe a ti, por direito de herança, resgatá-la. Compra-a, portanto. Compreendi que nisso havia um convite do Senhor.
9
Assim, comprei a terra de meu primo, fixando-lhe o preço: dezessete siclos de prata.
10
Lavrei, então, uma escritura e, após tê-la selado, chamei testemunhas perante as quais pesei o dinheiro na balança.
11
Tomei, a seguir, a escritura de venda selada em que figuravam as cláusulas e estipulações, assim como a cópia aberta,
12
e entreguei a primeira a Baruc, filho de Néria, filho de Maasias, em presença de Hanameel, meu primo, das testemunhas signatárias do ato de venda e de todos os judeus que estavam no átrio da prisão.
13
Em seguida, ante eles, dei esta ordem a Baruc:
14
Eis o que diz o Senhor dos exércitos, Deus de Israel: toma estes documentos, esta escritura de venda selada e aquela cópia aberta, e coloca-as num vasilhame de barro a fim de que por muito tempo se conservem.
15
Porquanto, eis o que predisse o Senhor dos exércitos, Deus de Israel: Ainda serão compradas casas, campos e vinhas desta terra.

Oração de Jeremias

16 Depois de ter entregue a Baruc, filho de Néria, o contrato de venda, dirigi ao Senhor a seguinte oração:
17
Ah! Senhor Javé, fostes vós que fizestes o céu e a terra com a força de vosso braço. Nada vos é impossível.
18
Concedeis vossos favores a milhares, e castigais os filhos por causa dos pecados dos pais. Deus grande e poderoso que tendes o nome de Javé dos exércitos:
19
sois grande em vossos desígnios, poderoso em vossas realizações e vossos olhos se acham abertos para todos os destinos dos homens, a fim de retribuir a cada um de acordo com sua conduta e os frutos de seus atos.
20
Vós que, outrora no Egito e até agora, tanto em Israel como no estrangeiro, também realizastes milagres e prodígios, e conquistastes o nome glorioso de que agora gozais;
21
vós que fizestes sair do Egito o vosso povo, com prodígios, milagres e com a ação poderosa de vosso braço, por toda parte semeando o terror;
22
vós que lhe haveis dado esta terra, por juramento prometido a seus pais, terra que mana leite e mel!
23
Entraram nesta terra e dela tomaram posse; não escutaram, porém, a vossa voz, nem observaram vossa lei, e nada fizeram do que lhes havíeis imposto. Então, sobre eles chamastes todas essas calamidades.
24
As máquinas de guerra dos inimigos aproximam-se da cidade, a fim de assaltá-la. Vai ser entregue a cidade aos caldeus que a assaltam pela espada, pela fome e pela peste. O que predissestes, realiza-se. Vede!
25
Não obstante, vós me dissestes, Senhor Javé, que comprasse o campo a peso de dinheiro, perante testemunha, quando prestes está a cidade a cair nas mãos dos caldeus!..

Resposta do Senhor

26 Foi, então, dirigida nestes termos a Jeremias a palavra do Senhor:
27
Eu sou, em verdade, o Senhor, o Deus de todas as criaturas. Haverá algo que me seja impossível?
28
Eis por que assim diz o Senhor: vou entregar esta cidade aos caldeus e ao rei de Babilônia que dela se hão de apoderar.
29
Os assaltantes caldeus penetrarão na cidade, pôr-lhe-ão fogo e incendiarão as casas, sobre cujos tetos foram feitos sacrifícios a Baal e libações a deuses estranhos, o que me desperta a ira.
30
Os israelitas e judeus, desde a juventude, outra coisa não fizeram senão desgostar-me; sim, só praticam os israelitas o que me é odioso - oráculo do Senhor.
31
Desde o dia em que foi construída esta cidade até hoje, não cessou de exasperar-me a cólera e o furor, de sorte que a repilo de minha presença,
32
por causa de todo o mal cometido pelos israelitas e judeus para irritar-me, bem como os seus reis, príncipes e sacerdotes e todos os de Judá e Jerusalém.
33
Voltaram-me as costas, em vez de me olharem. Ainda que, sem cessar, os tenha instruído, recusaram os meus avisos.
34
E no templo colocaram seus ídolos abomináveis, e conspurcaram o lugar em que meu nome é invocado.
35
Ergueram altares a Baal no vale do Filho de Hinon, para aí queimarem os filhos e as filhas em honra de Moloc, o que não lhes havia ordenado nem jamais me tinha passado pela mente: cometer tal infâmia e tornar Judá culpado de semelhante crime!
36
Assim diz agora o Senhor Deus de Israel, a propósito desta cidade, a qual dizes que vai ser entregue ao rei de Babilônia pela espada, pela fome e pela peste:
37
vou reunir os habitantes de todos os países em que os exilaram minha cólera, meu furor e indignação, e os trarei para aqui, a fim de que habitem em segurança.
38
Serão eles o meu povo, e eu o seu Deus.
39
Dar-lhes-ei um só coração e um mesmo destino, a fim de que sempre me reverenciem, para o seu próprio bem e de seus descendentes.
40
Com eles firmarei pacto eterno, por cujos termos não cessarei mais de lhes proporcionar o bem, e no coração lhes infundirei o temor para que de mim não se venham a afastar.
41
Encontrarei minha alegria em lhes fazer o bem e solidamente os colocarei nesta terra, com toda a minha alma e coração.
42
Porquanto diz o Senhor: assim como lancei sobre este povo tão imensa calamidade, também sobre ele farei recair todo o bem que lhe prometo.
43
Serão comprados campos na terra, da qual dizeis ser um deserto sem homens nem animais, entregue aos caldeus.
44
E serão eles comprados a peso de dinheiro, escrituras serão passadas e seladas perante testemunhas, na terra de Benjamim, nos arredores de Jerusalém, nas cidades de Judá, nas cidades das montanhas, da planície e do Negeb, porque a sorte dos cativos eu a mudarei - oráculo do Senhor.

Promessas de restauração

33 1 Pela segunda vez, enquanto Jeremias ainda estava detido no átrio da prisão, foi-lhe dirigida a palavra do Senhor nestes termos:
2
Eis o que diz o Senhor que criou (a terra), que a modelou e consolidou e cujo nome é Javé:
3
invoca-me, e te responderei, revelando-te grandes coisas misteriosas que ignoras.
4
Portanto, eis o que diz o Senhor, Deus de Israel, a propósito das casas da cidade e dos palácios dos reis de Judá que foram demolidos para dar lugar às fortificações e às armas dos caldeus,
5
vindos para combater, e para enchê-las de cadáveres dos homens que firo em minha cólera, e por cuja malícia desviei minha face dessa cidade.
6
Vou pensar-lhes as feridas e curá-las, e proporcionar-lhes abundância de felicidade e segurança.
7
Transformarei a sorte de Judá e de Israel, e fá-los-ei voltar ao que eram outrora.
8
Purificá-los-ei de todos os pecados que contra mim cometeram, e lhes perdoarei todas as iniqüidades de que se tornaram culpados, revoltando-se contra mim.
9
Será para mim motivo de alegria, felicidade e glória diante de todas as nações da terra, o saberem todo o bem com que agraciei meu povo. Ficarão tomadas de receio e temor por causa desse bem e da prosperidade de que vou cumulá-lo.
10
Eis o que diz o Senhor: neste lugar, do qual dizeis que não passa de um deserto sem homens nem animais; nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém devastadas, onde homem algum habita, nem um animal se encontra, ouvir-se-ão novamente
11
gritos de alegria, cânticos de júbilo, a voz do esposo e da esposa, aclamações daqueles que cantarão: louvai o Senhor dos exércitos, pois que ele é bom e eterna a sua misericórdia, ao apresentarem no templo seus sacrifícios de ação de graças, pois que restituirei a terra tal qual era outrora - oráculo do Senhor.
12
Eis o que diz o Senhor dos exércitos: Neste lugar que é deserto, sem homens nem animais, e em todas as suas cidades, haverá novamente abrigos para os pastores que apascentarão seus rebanhos.
13
Nas cidades das montanhas, nas da planície e nas do Negeb, na terra de Benjamim, nos arredores de Jerusalém e nas cidades de Judá hão de passar ainda rebanhos pela mão do que os conta - oráculo do Senhor.


14 Eis que outros dias virão.
15
E nesses dias e nesses tempos farei nascer de Davi um rebento justo que exercerá o direito e a eqüidade na terra.
16
Naqueles dias e naqueles tempos viverá Jerusalém em segurança e será chamada Javé-nossa-justiça.


17 Porque diz o Senhor: Não faltará jamais a Davi um sucessor para ocupar o trono da Casa de Israel.
18
E, diante de mim, não faltarão jamais descendentes aos sacerdotes e aos levitas para oferecer os holocaustos, queimar as oferendas e celebrar o sacrifício cotidiano.
19
Nestes termos foi a palavra do Senhor dirigida a Jeremias:
20
Eis o que disse o Senhor: se puderdes romper o meu pacto com o dia e a noite, de sorte que dia e noite não surjam no devido tempo,
21
então poderá ser rompido o pacto que fiz com Davi, meu servo, e não terá ele filho que lhe ocupe o trono, e com os sacerdotes e levitas, meus ministros.
22
À semelhança do exército celestial, que se não pode enumerar, e como a areia do mar, que se não pode medir, assim multiplicarei a posteridade de Davi, meu servo, e os levitas, meus ministros.
23
Foi a palavra do Senhor dirigida a Jeremias nestes termos:
24
Não reparaste nas palavras que proferem esses homens? As duas famílias, dizem eles, que pelo Senhor haviam sido eleitas, foram por ele repelidas! É assim que desprezam meu povo, a ponto de, a seus olhos, não constituir mais uma nação.
25
Eis o que diz o Senhor: se não firmei pacto com o dia e a noite, nem regulei as leis do céu e da terra,
26
então poderei rejeitar a raça de Jacó e de Davi, meu servo, e abster-me de escolher da sua descendência os chefes para a raça de Abraão, de Isaac e de Jacó! Pois hei de lhes melhorar a sorte, e deles me apiedarei.

III - NARRATIVAS BIOGRÁFICAS (34-45)

Jeremias e Sedecia

34 1 Eis a palavra que pelo Senhor foi dirigida a Jeremias, quando Nabucodonosor, rei de Babilônia, com seu exército, com todos os reinos da terra que lhe eram vassalos e com todos os povos, combatia contra Jerusalém e as cidades que a cercavam.
2
Eis o que disse o Senhor Deus de Israel: vai procurar Sedecias, rei de Judá, e dize-lhe: Eis o que diz o Senhor: vou entregar esta cidade ao rei de Babilônia, que a incendiará.
3
Nem tu lhe poderás escapar. Serás capturado e entregue às suas mãos. Verás o rei de Babilônia, face a face, que de viva voz te falará, e irás para Babilônia.
4
Escuta, contudo, Sedecias, rei de Judá, a palavra do, Senhor! Eis o que ele profere a teu respeito. Não morrerás pela espada.
5
Será em paz que haverás de morrer e, assim como perfumes foram queimados em honra de teus pais, os reis antigos que te precederam, assim também por ti serão queimados. Lágrimas serão derramadas por tua causa: eu, o Senhor, sou eu quem o prediz - oráculo do Senhor.
6
Tudo isso transmitiu Jeremias ao rei Sedecias de Judá, em Jerusalém,
7
enquanto o exército do rei de Babilônia sitiava a cidade, assim como Laquis e Azeca, últimas cidades de Judá que ainda resistiam.

Situação dos escravos

8 Eis a palavra que foi dirigida a Jeremias pelo Senhor, depois que o rei Sedecias fez um pacto com o povo de Jerusalém, a fim de proclamar um decreto de alforria,
9
segundo o qual cada um deveria libertar seu escravo hebreu, homem ou mulher, não conservando na escravidão seus irmãos judeus.
10
Aceitaram todos esse acordo, chefes e povo, consentindo em emancipar seus escravos e em não mais conservá-los em servidão.
11
Mais tarde, porém, voltando atrás em tal decisão, retomaram os escravos e mulheres, que haviam libertado, reduzindo-os novamente ao estado de escravidão.
12
Foi então que a palavra do Senhor assim se dirigiu a Jeremias:
13
Eis o que disse o Senhor, Deus de Israel: no dia em que tirei vossos pais da terra do Egito, desse período de escravidão, com eles concluí uma aliança, assim concebida:
14
ao fim de sete anos, cada um de vós emancipará seu irmão hebreu que lhe houver sido vendido. Servir-te-á durante seis anos; no sétimo, porém, o libertarás. - Não me escutaram, entretanto, vossos pais, nem prestaram atenção.
15
Agora, fizestes o que é grato a meus olhos, cada um proclamando a liberdade ao próximo pela conclusão de um acordo em minha presença, na casa em que meu nome é invocado.
16
Mudastes, porém, de parecer e profanastes meu nome, retomando cada qual vosso escravo e vossa serva que se haviam tornado livres, para de novo os reduzirdes à escravidão.
17
Eis por que diz o Senhor: assim como não me haveis obedecido no que tange à proclamação da liberdade de vossos irmãos, vou, por minha vez, proclamar a vossa volta à espada, à peste e à fome, transformando-vos em objeto de espanto para todos os reinos da terra.
18
Os homens que violaram minha aliança, e não observaram as cláusulas do acordo celebrado em minha presença, vou tratá-los como o touro, que cortaram em dois para passar entre as duas metades.
19
Os chefes de Judá e de Jerusalém, os eunucos, os sacerdotes, e toda a gente da terra, que passaram entre as duas partes do touro,
20
entregá-los-ei aos seus inimigos e àqueles que lhes procuram tirar a vida e os seus cadáveres servirão de pasto às aves do céu e aos animais da terra.
21
Quanto a Sedecias, rei de Judá, entregá-lo-ei, juntamente com seus príncipes, aos inimigos e àqueles que lhe querem tirar a vida, ao exército do rei de Babilônia que de vós se apartou.
22
Vou dar ordens, - oráculo do Senhor - para que voltem a esta cidade. Eles a sitiarão tomando-a de assalto, e haverão de lhe pôr fogo. E transformarei as cidades de Judá em solidão, sem habitantes!


Jeremías (BAV) 27