1Crônicas (CNB) 10

10 1 Quando os filisteus atacaram Israel, os israelitas fugiram diante deles e caíram mortalmente feridos no monte Gelboé. 2 Os filisteus foram no encalço de Saul e seus filhos e feriram de morte a Jônatas, Abinadab e Melquisua, filhos de Saul. 3 A luta se tornou sempre mais renhida em torno de Saul e final­mente os arqueiros o acertaram e o feriram. 4 Saul disse ao escudeiro: “Tira a espada e traspassa-me com ela, para que esses incircuncisos não venham a zombar de mim”. Mas o es­cudeiro se recusou, pois tinha muito medo. Então Saul agarrou a espada e se atirou sobre ela. 5 E ao ver que Saul estava morrendo, o escudeiro também se atirou sobre a espada e morreu. 6 Assim morreram Saul e os três filhos; a família inteira morreu de uma só vez.
7
Quando os israelitas da planície viram que a debandada era geral e que Saul e os filhos estavam mortos, abandonaram as cidades e dispersaram-se. Os filisteus chegaram e estabeleceram-se nelas.
8
No dia seguinte os filisteus foram despojar os cadáveres. Encontraram Saul e os filhos, tombados no monte Gelboé. 9 Despojaram Saul, levaram sua cabeça e as armas e mandaram-nas exibir pela terra dos filisteus, para publicar a notícia junto a seus ídolos e ao povo. 10 Depositaram as armas de Saul no santuário deles e penduraram sua caveira
no templo de Dagon.
11
Quando os moradores de Jabes de Galaad ficaram sabendo de tudo o que os filisteus?fi­ze­ram a Saul, 12 todos os guerreiros foram buscar os cadáveres de Saul e dos filhos e?os levaram pa­ra Jabes. Enterraram seus restos sob o carva­lho de Jabes; depois jejuaram durante sete dias.
13
Saul morrera por causa de sua infidelida­de ao Senhor, pois não observara a palavra do Senhor e havia consultado alguém que evo­cava espíritos, 14 em vez de procurar o Se­nhor. Por isso, ele o fizera morrer, transferin­do a realeza para Davi, filho de Jessé.


Davi

 Davi ungido rei

11 1 Todo o Israel foi ter com Davi em Hebron. Disseram-lhe: “Vê, nós somos osso e carne teus. 2 Muito tempo atrás, quando Saul ainda era rei, tu conduzias Israel­ para a luta e o reconduzias. E o Senhor, teu Deus, te disse: ‘Tu apascentarás Israel, meu povo;?tu serás o chefe de Israel, meu povo’”. 3 Por isso, todos os anciãos de Israel foram a Da­vi em He­bron, que firmou com eles, em Hebron, uma aliança na presença do Senhor. Então eles o ungiram como rei de Israel, segundo a pa­lavra do Senhor transmitida por Samuel.

 A conquista de Jebus-Jerusalém

4 Depois Davi foi com todo o Israel a Jerusalém, chamada então Jebus e ocupada pelos jebuseus, nativos da região. 5 Os habitantes de Jebus mandaram avisar Davi: “Aqui não entrarás”. Mas Davi tomou a fortaleza de Sião, que se tornou a Cidade de Davi. 6 Davi tinha dito: “O primeiro a atacar os jebuseus será nomeado chefe e comandante”. Joab filho de Sárvia foi o primeiro a subir e tornou-se chefe.­ 7 Davi foi residir na fortaleza, que por isso se chama Cidade de Davi. 8 Davi construiu a cida­de ao redor, desde o aterro até a muralha, en­quanto Joab restaurava o resto da cidade. 9 Davi se tornou sempre mais poderoso e o Senhor dos exércitos estava com ele.

 Os valentes de Davi

10 Eis os chefes dos valentes que com todo o Israel apoiaram Davi no seu reinado e o fizeram rei, conforme o que o Senhor falara a respeito de Israel. 11 Segue a relação dos valen­tes de Davi: Jesbaam filho de Hacamon, o chefe dos Trinta. Foi ele quem atirou o dardo con­tra trezentos e os matou num só golpe. 12 Depois, Eleazar filho de Dodô, o aoíta, que per­tencia aos Três dentre os valentes. 13 Ele?estava com Davi em Afes-Domim, quando os filisteus ali se tinham reunido para a batalha. Ha­via lá um campo de cevada. Quando o povo co­meçou a fugir diante dos filisteus, 14 ele pos­tou-se bem no meio daquele campo, o mante­ve sob seu domínio e derrotou os filisteus. As­sim o Senhor concedeu uma grande vitória.­
15
Certo dia, quando os filisteus estavam acampados na planície dos Refaítas, três dos Trinta desceram nos rochedos para junto de Davi, na gruta de Odolam. 16 Enquanto Davi se encontrava nesse reduto, um destacamento dos filisteus se achava em Belém. 17 Davi sentiu sede e disse: “Quem me daria um pouco d’água da cisterna junto à porta de Belém?” 18 Então os Três romperam pelo meio dos filisteus, tiraram água da cisterna junto à porta de Belém e levaram-na a Davi. Davi, porém, não quis beber, mas despejou-a em homenagem ao Senhor 19 e disse: “Deus me livre de fazer tal coisa! Será que vou beber o sangue desses homens, que arriscaram a vida para me trazer esta água?” Por isso recusou-se a beber. Tais coisas fizeram os Três.
20
Abisai, irmão de Joab, era chefe dos Trinta.­ Atirou o dardo contra trezentos e os abateu. Ele tinha renome junto aos Três. 21 Ganhou gran­de estima entre os Trinta e por isso tornou­-se o chefe, mas não chegou a igualar os Três. 22 Banaías de Cabseel, filho de Joiada, era ho­mem valente e autor de grandes façanhas. Matou os dois filhos de Ariel de Moab e desceu para matar um leão dentro da cova, num dia de nevada. 23 Também abateu um egípcio gi­gantesco, com dois metros e meio de altura.­ Esse egípcio tinha na mão uma lança da grossura dum cilindro de tece­lão. Banaías avançou contra ele armado apenas de um pau,?ar-
­ran­cou a lança da mão do egípcio e o matou com a própria lança. 24
Isso fez Banaías filho de Joiada, tornando-se renomado junto aos Três valentes. 25 Entre os Trinta era altamente es­timado, mas não chegou a igualar os Três. Da­vi nomeou-o chefe de sua guarda pessoal.
26
Valentes guerreiros: Asael, irmão de Joab; Elcanã filho de Dodô, de Belém; 27 Samot, o harodita; Heles, o felonita; 28 Ira filho de Aces, de Técua; Abiezer, de Anatot; 29 Sobocai, de Husa; Ilai, o aoíta; 30 Maarai, de Netofa; Heled filho de Baana, de Netofa; 31 Itai filho de Ribai, de Gabaá dos benjaminitas; Banaías, de Fara­ton; 32 Hedai, de Naalê-Gaás; Abiel, o arbatita; 33 Azmot, de Baurim; Eliaba, de Saalbon; 34 Asem, de Gezon; Jônatas filho de Sage, de Ha­rar; 35 Aiam filho de Sacar, de Harar; Elifal filho de Ur; 36 Héfer, de Mequera; Aías, o fe­lo­nita; 37 Hesro de Carmel; Naarai filho de Azbai; 38 Joel, irmão de Natã; Mibaar filho de Agarai; 39 Selec, o amonita; Naarai, de Berot, que carre­gava as armas de Joab filho de Sár­via; 40 Ira, de Jéter; Gareb, de Jéter; 41 Urias,?o heteu; Za­bad filho de Oolai; 42 Adina filho de Siza, o?ru­benita, chefe dos rubenitas, responsável pelos Trinta; 43 Hanã filho de Maaca; Jo­safá, o ma­tanita; 44 Ozias, de Astarot; Sama e Jeiel, filhos de Hotam de Aroer; 45 Jediel filho de Samri e Joá, seu irmão, de Tosa; 46 Eliel o maumita; Jeribai e Josaías, filhos de Elnaam; Jetma, o moa­bita; 47 Eliel, Obed e Jasiel, de Soba.

 Os partidários de Davi

12 1 Eis a lista dos que se juntaram a Davi em Siceleg, quando ainda andava escondido de Saul filho de Cis. Eram do grupo dos valentes e davam apoio na guerra. 2 Empunhavam o arco, atiravam pedras e disparavam flechas com a mão direita e com a esquer­da. Eram irmãos de tribo de Saul, de Benjamim. 3 Em primeiro lugar, Aiezer; depois Joás filho de Samaá de Gabaá; Jaziel e Falet, filhos­ de Azmot; Baraca e Jeú, de Ana­tot; 4 Ismaías, de Gabaon, valente que pertencia aos Trinta e os comandava; 5 Jeremias, Jaaziel, Joanã, Jo­za­bad, de Gederot; 6 Eluzai, Jerimot, Baalias, Se­merias, Safatias, de Haref; 7 Elcana, Jesias, Aza­reel, Joezer e Jesbaam, os coreítas; 8 Joela e Zabadias, filhos de Jeroam, de Gedor.
9
Também diversos gaditas passaram para o lado de Davi no deserto. Eram guerreiros de valor, treinados para a guerra e manejando?es­cudo e lança. Pareciam leões e eram ágeis co­mo as gazelas nas montanhas. 10 Eram Ezer, o primeiro, Abdias, o segundo, Eliab, o terceiro,­ 11 Masmana, o quarto, Jeremias, o quinto, 12 Eti, o sexto, Eliel, o sétimo, 13 Joanã, o oitavo, Elze­bad, o nono, 14 Jeremias, o décimo, Macbanai, o décimo primeiro. 15 Eles eram os chefes do exército dentre os gaditas. O menor deles en­frentava cem e o maior enfrentava mil. 16 Foram esses que atravessaram o Jordão no primeiro mês do ano, no momento da cheia em ambas as margens, pondo em fuga todos os que se encontravam no vale a leste e a oeste.
17
Certo dia chegaram alguns benjaminitas e judaítas ao refúgio de Davi. 18 Davi saiu e se apresentou: “Se viestes com intenções pacíficas, para me ajudar, eu bem quero unir-me a vós; mas se viestes para me entregar aos inimigos, embora eu não tenha feito nada de mal, então o Deus de nossos pais veja e julgue”. 19 Então um espírito desceu sobre Amasai, chefe dos Trinta, que declarou:
“Somos teus, ó Davi!
Estamos contigo, filho de Jessé!
Paz! A paz esteja contigo,
e paz a quem te ajudar,
pois a ti ajuda o teu Deus”.
Davi os acolheu e os encaminhou aos chefes da tropa.
20
Também dentre os manasseítas alguns passaram para o lado de Davi. Era quando Davi marchava com os filisteus para lutar con­tra Saul, embora sem utilidade para eles, visto que os chefes filisteus resolveram mandá-lo embora, dizendo: “Ele vai bandear-se para Saul à custa de nossas cabeças”. 21 Assim, pois, quando Davi foi a Siceleg, passaram para seu lado alguns de Manassés: Ednas, Jozabad, Jediel, Miguel, Jozabad, Eliú e Salati, chefes de milhares de Manassés. 22 Eles prestaram grande ajuda a Davi contra o bando \inimigo, pois eram todos guerreiros de valor e tornaram-se chefes do exército. 23 Cada dia chegavam homens a Davi para lhe oferecer apoio, até se formar um acampamento grande, como um acampamento de Deus.
24
Eis o total dos chefes militares que aderi­ram a Davi em Hebron e fizeram com que a realeza de Saul passasse para ele, de acordo com a palavra do Senhor.
25
Da tribo de Judá, seis mil e oitocentos ho­mens armados de escudo e lança, armados pa­ra a guerra. 26 Da tribo de Simeão, sete mil e cem guerreiros de valor. 27 Da tribo de Levi, qua­tro mil e seiscentos, 28 mais Joiada, que co­mo  comandante dos aaronitas tinha três mil e setecentos homens às suas ordens, 29 e Sadoc, jovem e guerreiro de valor, com vinte e dois chefes de seu clã. 30 Da tribo de Benjamim, à qual pertencera Saul: três mil homens, na maioria antigos partidários da casa de Saul. 31 Da tribo de Efraim: vinte mil e oitocentos va­lentes guerreiros, homens de renome nos seus clãs. 32 Da meia tribo de Manassés: dezoi­to mil, designados nominalmente a participarem da proclamação de Davi como rei. 33 Da tribo de Issacar, gente que entendia os sinais dos tempos e sabia o que Israel tinha de fazer:­ duzentos chefes, com todos os seus irmãos às suas ordens. 34 Da tribo de Zabulon: cinqüenta­ mil homens dispostos ao combate e manejan­do todas as armas, para darem seu apoio de co­ração inteiro. 35 Da tribo de Neftali: mil oficiais e com eles trinta e sete mil homens equipados com escudo e dardo. 36 Da tribo de Dã: vin­te e oito mil e seiscentos homens preparados para a guerra. 37 Da tribo de Aser: quarenta mil homens preparados para a guerra. 38 Do Além-Jordão, das tribos de Rúben, Gad e me­tade de Manassés: cento e vinte mil homens para todas as armas.
39
Todos esses guerreiros, em perfeita ordem e de coração inteiro, chegaram a Hebron para proclamar Davi como rei sobre todo o Is­rael. Também os demais israelitas eram unânimes em conferir a realeza a Davi. 40 Ficaram lá com Davi durante três dias, comendo e bebendo, pois seus irmãos tinham prepa­rado tudo para eles. 41 Mesmo seus vizinhos de Issacar, Dã e Neftali carregaram camelos,­ jumentos e bois com alimentos para eles: fa­rinha, bolos de figo e de uva passa, vinho e azeite, bois e ovelhas, tudo em grande quanti­dade, pois Israel estava em festa.

 A arca trazida a Cariat-Iarim

13 1 Davi consultou os chefes de mil e de cem e todos os comandantes. 2 Então disse a toda a assembléia de Israel: “Se estiver­des de acordo e o Senhor, nosso Deus, o dese­jar, vamos mandar a nossos irmãos dispersos por todo o território de Israel e aos sacerdotes e levitas nas cidades e nos terrenos comunitá­rios um convite para que se juntem a nós. 3 De­pois iremos buscar a arca de Deus, pois no tempo de Saul não olhamos por ela”. 4 Toda a assembléia se declarou disposta a agir assim, pois a proposta agradou a todo o povo. 5 Davi reuniu então todo o Israel, desde o rio Sior no Egito até à entrada de Emat, a fim de trazer a arca de Deus de Cariat-Iarim. 6 Davi e todo o Israel subiram a Baala (isto é, Cariat-Iarim, em Judá), para trazerem a arca de Deus, diante­ da qual é invocada o nome do Senhor que?tem seu trono sobre os querubins. 7 Transportaram­ a arca de Deus da casa de Abinadab num carro novo, conduzido por Oza e Aio. 8 Davi e todo o Israel dançavam com pleno entusiasmo diante de Deus, ao som de cantos e cítaras, harpas e pandeiros, címbalos e trombetas.
9
Quando chegaram ao terreiro de Quidon, os bois tropeçaram e Oza estendeu a mão pa­ra segurar a arca. 10 Mas a ira do Senhor?in­flamou-se contra Oza e feriu-o por ele ter?to­cado a arca. Ele morreu lá mesmo diante de Deus. 11 Davi ficou perturbado ao ver como o Senhor irrompeu contra Oza e chamou aquele lugar Farés-Oza, Brecha de Oza, no­me que ficou até hoje. 12 Naquele dia Davi sen­tiu medo de Deus e disse: “Como vou le­var para junto de mim a arca do Senhor?” 13 Por isso, não levou a arca consigo à Cidade­ de Davi, mas deixou-a na casa de Obed-Edom, o gatita. 14 E a arca de Deus ficou na casa de Obed-Edom durante três meses. E o Senhor abençoou a casa de Obed-Edom e tudo o que lhe pertencia.

 Davi fixa residência em Jerusalém

14 1 Hiram, rei de Tiro, mandou a Davi uma delegação e também madeira de cedro, juntamente com pedreiros e carpinteiros, para construir-lhe um palácio. 2 Davi percebeu que o Senhor o confirmava como rei de Israel e elevava a força de seu reinado, por amor a seu povo Israel. 3 Em Jerusalém Davi teve outras mulheres e gerou mais filhos e filhas. 4 Os filhos que lhe nasceram em Jerusalém se chamavam Samua, Sobab, Natã, Salomão, 5 Jebaar, Elisua, Elifalet, 6 Noga, Nafeg e Jáfia, 7 Elisama, Baaliada e Elifalet.

 Vitória de Davi sobre os filisteus 

8 Quando os filisteus souberam que Davi fora ungido rei sobre todo o Israel, subiram para se apoderarem dele. Mas Davi foi infor­mado e saiu-lhes ao encontro. 9 Quando os fi­listeus chegaram e invadiram o vale dos?Re­faí­tas, 10 Davi consultou a Deus, perguntando:­ “Devo atacar os filisteus? Vais entregá-los às minhas mãos?” O Senhor lhe respondeu: “Vai! Eu os entrego às tuas mãos”. 11 Quando­ eles marcharam para Baal-Farasim, Davi ali os derrotou. E Davi disse: “Por mi­nha mão Deus abriu uma brecha nos inimigos, assim como as águas abrem brechas nu­ma barragem”. Por isso, o lugar foi chamado­ Baal Farasim, Baal das Brechas. 12 Os filisteus aban­donaram lá os ídolos e Davi deu or­dem de queimá-los.
13
Os filisteus voltaram a fazer incursões no vale. 14 Novamente, Davi consultou Deus, que lhe respondeu: “Não subas para os atacar, mas contorna-os a certa distância e aproxima-te a partir daquelas amoreiras. 15 E quando ouvires o ruído de passos roçando as amoreiras podes começar o ataque, pois é Deus saindo à tua frente para derrotar o exército filisteu”. 16 Davi fez como Deus lhe mandara e bateu o exército dos filisteus desde Gabaon até Gazer. 17 E a fama de Davi se espalhou por todo o território, e o Senhor fez com que ele se tornasse temido por todas as nações.

 A arca levada a Jerusalém

15 1 Quando Davi construiu para si casas na Cidade de Davi, preparou também um lugar para a arca de Deus e armou uma ten­da para ela. 2 Naquele tempo Davi disse: “Ninguém pode carregar a arca de Deus a não ser os levitas, pois o Senhor os escolheu­ para carregar a arca e estar continuamente a seu serviço”.
3
Davi convocou então todo o Israel em Jerusalém, para fazer subir a arca do Senhor ao lugar que lhe preparara. 4 Davi reuniu também os descendentes de Aarão e os levitas. 5 Dos des­cendentes de Caat: Uriel, o chefe, e seus ir­mãos, cento e vinte ao todo. 6 Dos descendentes de Merari: Asaías, o chefe, e os irmãos, duzentos e vinte ao todo. 7 Dos descendentes de Gerson: Joel, o chefe, e os irmãos, cento e trinta ao todo. 8 Dos descendentes de Elisafã: Se­meías, o chefe, e os irmãos, duzentos ao todo. 9 Dos descendentes de Hebron: Eliel, o chefe, e os irmãos, oitenta ao todo. 10 Dos des­cendentes de Oziel: Aminadab, o chefe, e os irmãos, cento e doze ao todo.
11
Davi convocou os sacerdotes Sadoc e Abia­tar e os levitas Uriel, Asaías, Joel, Se­meías, Eliel e Aminadab 12 e lhes disse: “Vós sois chefes de família entre os levitas: san­ti­ficai-vos com vossos irmãos e carregai a arca do Senhor, Deus de Israel, para o lu­gar que eu lhe preparei. 13 Com efeito, da primeira vez, sem a vossa presença, não trata­mos a arca como devíamos. Por isso, o Senhor­ abriu uma ‘bre­cha’ entre nós”. 14 Os sacerdotes e os levi­tas se santificaram para fazerem subir a arca do Senhor, Deus de Israel. 15 E os levitas ergueram a arca de Deus, pondo os varais so­bre os ombros, como prescrevera Moisés por ordem do Senhor.
16
Davi ordenou aos chefes dos levitas que designassem dentre seus irmãos os cantores, para fazerem ressoar sua alegria com instrumentos musicais, harpas, cítaras e címbalos. 17 Os levitas designaram então Hemã filho de Joel, e um irmão dele, Asaf filho de Bara­quias,­ e dentre os irmãos meraritas, Etã filho­ de Casaías. 18 Tinham consigo os irmãos da segunda ordem: Zacarias, Oziel, Semiramot, Jaiel, Ani, Eliab, Banaías, Maasias, Matatias, Elifalu, Macenias, Obed-Edom e Jeiel, que eram porteiros. 19 Os cantores Hemã, Asaf e Etã tocavam címbalos de bronze. 20 Zacarias, Oziel, Semiramot, Jaiel, Ani, Eliab, Maasias?e Banaías, tocavam em harpas de voz soprano.­ 21 Matatias, Elifalu, Macenias, Obed-Edom, Jeiel e Azazias faziam o acompanhamento em cítaras de oitava.
22
Conenias, principal dos levitas encarregados, deu instruções para o traslado, pois era entendido no assunto. 23 Baraquias e Elcana eram porteiros em função da arca. 24 Os sacerdotes Sebanias, Josafá, Natanael, Amasai, Zacarias, Banaías e Eliezer tocavam trombetas diante da arca de Deus. Obed-Edom e Jeías eram porteiros em função da arca.
25
Davi com os anciãos de Israel e os chefes de mil fez subir com alegria a arca da aliança do Senhor, a partir da casa de Obed-Edom. 26 Visto como Deus ajudou os levitas a carrega­rem a arca da aliança do Senhor, foram sacrificados sete bezerros e sete carneiros. 27 Davi trajava um manto de linho fino, e bem assim os levitas que levavam a arca, os cantores e Co­nenias, que dirigia o traslado. Davi além disso usava um efod de linho. 28 Todo o Israel fez subir a arca da aliança do Senhor no meio de aclamações, ao som do berrante, das trombetas e címbalos, harpas e cítaras. 29 E quando a arca da aliança do Senhor chegou à Cidade de Davi, Micol, filha de Saul, pela janela viu o rei Davi pulando e dançando, e seu coração encheu-se de desprezo.

 A Arca é instalada na  Tenda em Jerusalém

16 1 Introduziram a arca de Deus e colo-caram-na no meio da tenda que Davi tinha armado para ela. Ofereceram na presença de Deus holocaustos e sacrifícios de
comunhão. 2
Depois de oferecer os holocaustos e os sacrifícios de comunhão, Davi abençoou o povo em nome do Senhor. 3 No fim, distribuiu entre todos os israelitas, homens e mulheres, um pedaço de pão, um bolo de tâmaras e um pastel de uva passa.
4
Estabeleceu levitas como ministros diante da arca do Senhor, com o ofício de louvar, agra­decer e cantar hinos ao Senhor, Deus de Israel. 5 Asaf era o principal e os imediatos eram Za­ca­rias, Jeiel, Semiramot, Jaiel, Matatias, Eliab, Banaías, Obed-Edom e Jeiel, munidos de instrumentos musicais, harpas e cítaras. Asaf fazia­ soar os címbalos, 6 enquanto os sacerdotes­ Ba­naías e Jaaziel tocavam sem cessar as trombetas diante da arca da aliança de Deus.

 Hino de ação de graças

7 Naquele dia, pela primeira vez, Davi confiou a Asaf e seus colegas o ofício de cantar graças ao Senhor.
8
Dai graças ao Senhor, seu nome invocai,
anunciai seus feitos aos povos.
9
Cantai para ele, para ele tocai;
publicai suas maravilhas todas.
10
Gloriai-vos de seu santo nome,
alegre-se o coração dos que buscam o
Senhor.
11
Procurai conhecer o Senhor e sua força,
procurai sua face sem cessar.
12
Recordai as maravilhas que ele fez,
os prodígios e as sentenças de sua boca.
13
Descendentes de Israel, seu servo,
filhos de Jacó, seus escolhidos,
14
é ele o Senhor, nosso Deus,
ele que governa toda a terra.
15
Ele se lembra para sempre da aliança,
da palavra dada para mil gerações;
16
da aliança que concluiu com Abraão,
e do juramento em favor de Isaac.
17
Confirmou-o em decreto a Jacó,
em aliança perene a Israel:
18
‘A ti darei a terra de Canaã,
como parte que te cabe em herança’.
19
Então era apenas um punhado de gente,
eram poucos e estrangeiros nesta terra.
20
Passavam de nação a nação,
de um reino a outro povo.
21
Ele não permitiu que alguém os oprimisse,
e castigou a reis por causa deles.
22
‘Ninguém toque nos meus ungidos,
ninguém faça mal aos meus profetas!’
23
Cantai ao Senhor, ó terra inteira,
e dia a dia anunciai a salvação.
24
Proclamai entre as nações a sua glória,
entre todos os povos suas maravilhas.
25
Grande é o Senhor, acima de todo louvor,
mais temível que os deuses todos.
26
Todos os deuses das nações nada são,
o Senhor entretanto fez o céu.
27
Majestade e esplendor estão em sua
presença,
poder e alegria no lugar em que ele mora.
28
Famílias dos povos, tributai ao Senhor,
tributai ao Senhor glória e poder.
29
Dai glória ao nome do Senhor,
apresentai-vos a ele trazendo oferendas,
prostrai-vos diante do Senhor em
ornamentos sagrados.
30
A terra inteira trema diante dele:
ele firmou o orbe, inabalável.
31
Alegrem-se os céus, a terra se regozije,
entre as nações se proclame: “O Senhor
é rei!”
32
Retumbe o mar e tudo o que o enche,
rejubilem os campos e o que neles cresce.
33
Então as árvores do bosque farão festa
para o Senhor,
quando ele vier para governar a terra.
34
Louvai o Senhor, porque ele é bom,
porque eterno é seu amor.
35
Dizei: “Vem nos salvar, Deus nosso
salvador,
reúne-nos e tira-nos do meio das nações
para louvarmos o teu santo nome
e exultarmos em hinos de louvor”.
36
Bendito seja o Senhor, Deus de Israel,
desde agora para todo o sempre”.
E todo o povo respondia: “Amém!”, e:
“Louvai ao Senhor”.

 Davi organiza o culto: os cantores

37 Davi deixou diante da arca da Aliança do Senhor Asaf e seus irmãos: deviam garan­tir o serviço permanente diante da arca, segundo o rito cotidiano. 38 Deixou lá também Obed-Edom e os sessenta e oito irmãos. Obed-Edom, filho de Jedutun, e Hosa foram nomeados porteiros. 39 No lugar alto de Gabaon, diante da Morada do Senhor, Davi deixou o sa­cerdote Sadoc e seus irmãos sacerdotes: 40 eles deviam, de modo permanente, oferecer­ ao Senhor, sobre o altar dos holocaustos, os sacrifícios da manhã e da tarde e cumprir tudo o que está escrito na lei que o Senhor ordenou a Israel. 41 Com eles também estavam­ Hemã e Jedutun e mais os outros escolhidos e designados nominalmente para cantar em louvor do Senhor: “Eterno é seu amor!” 42 Tinham à disposição trombetas e címbalos so­noros, como também outros instrumentos pa­ra o canto divino. (Os filhos de Jedutun eram porteiros.)
43
No fim, todo o povo foi para casa e também Davi se retirou para saudar sua casa.

 Profecia de Natã

17 1 Estando sentado em casa, disse Davi ao profeta Natã: “Vê, eu moro numa casa de cedro, enquanto a arca da aliança do Senhor está numa tenda”. 2 Natã disse a Davi: “Faze tudo o que tens no coração, pois Deus está contigo”.
3
Mas naquela noite veio a Natã a palavra de Deus: 4 “Vai dizer a meu servo Davi: Assim­ fala o Senhor: Não serás tu que me construi­rás uma casa para eu morar. 5 Nunca morei nu­ma casa, desde o dia em que fiz sair Israel,­ até hoje. Passei de tenda em tenda, de morada­ a morada. 6 Durante o tempo em que andei no meio de Israel, acaso perguntei alguma vez a algum dos juízes de Israel, que estabeleci como pastores de meu povo: ‘Por que não me construístes uma casa de cedro?’ 7 Pois bem, agora dize a meu servo Davi: As­sim diz o Senhor dos exércitos: Eu te tirei­ das pastagens, de trás do rebanho, para constituir-te chefe de meu povo Israel. 8 Eu estive contigo aonde andaste, destruí todos os inimigos diante de ti e te dei renome igual ao dos grandes da terra. 9 Dei a Israel, meu povo, um lugar para o qual o transplantei, para que nele morasse sem medo e sem que os ímpios­ continuassem a dizimá-lo como antes, 10 no tempo em que estabeleci juízes sobre meu povo Israel e humilhei todos os teus inimigos.­ Agora te declaro: O Senhor construirá uma casa para ti. 11 Quando completares teus dias e te reunires a teus antepassados, farei surgir­ depois de ti um descendente teu, um de teus filhos, cujo reinado eu tornarei estável. 12 Ele me construirá uma casa e eu firmarei seu trono para sempre. 13 Serei para ele um pai e ele será para mim um filho. Nunca retirarei dele meu favor, como o retirei de teu an­te­ces­sor. 14 Eu o estabelecerei para sempre sobre minha casa e sobre meu reino, e seu trono­ estará firme para sempre”.
15
De acordo com todas essas palavras e essa visão, Natã falou a Davi.

 Oração de Davi 

16 Davi então sentou-se na presença do Senhor e disse: “Quem sou eu, Senhor Deus, e que é minha casa para me teres conduzido até aqui? 17 E isso ainda foi pouco a teus olhos, ó Deus. Falaste da casa de teu servo para tempos distantes e me consideraste na ordem hu­mana em ascensão, Senhor Deus. 18 Que mais poderia Davi te dizer? Tu conheces teu servo. 19 Senhor, por amor de teu servo e de acordo com teu coração, manifestaste assim toda a tua grandeza, para que se saiba como és grande. 20 Senhor, de acordo com tudo o que ouvimos dizer, não há igual a ti e não há Deus fora de ti. 21 E qual o povo igual a Israel? É o único povo da terra que Deus foi resgatar para fazer dele seu povo. Assim te fizeste um nome grande e temido, ao expulsar as nações diante de teu povo que resgataste do Egito. 22 Decidiste que teu povo Israel fosse teu povo para sempre e que tu, ó Senhor, fosses o seu Deus.
23
E agora, Senhor, a palavra que pronunciaste em favor de teu servo e de sua casa seja?vá­lida para sempre. Faze o que prometeste. 24 Teu nome será firme, glorioso para sempre. Dirão:­ O Senhor dos exércitos, Deus de Israel é Deus para Israel’ e a casa de teu servo Davi?estará firme diante de ti. 25 Tu, ó Deus, revelas­te a teu servo que lhe construirias uma casa; por isso teu servo encontrou coragem para di­rigir-te esta oração. 26 Pois bem, tu és Deus, e fizeste a teu servo essa promessa. 27 Tu te dig­naste abençoar a casa de teu servo para que duras­-
se eternamente diante de ti. Ora, o que tu, ó Senhor, uma vez abençoaste, para sempre será abençoado”.

 As guerras de Davi 

18 1 Depois, Davi derrotou os filisteus e
os subjugou. Tomou-lhes Gat e as loca­lidades vizinhas. 2
Derrotou também a Moab, e os moabitas tornaram-se vassalos de Davi, pagando-lhe tributo.
3
Em seguida Davi derrotou Adadezer, rei de Soba, ­na região de Emat, quando este ia es­tender o domínio até o rio Eufrates. 4 Davi lhe tirou mil cavalos, sete mil cavaleiros e vin­te mil soldados de infantaria e aleijou os cava­los de todos os carros, poupando apenas cem deles. 5 Quando os arameus de Damasco foram­ em socorro de Adadezer, rei de Soba, Davi matou vinte e dois mil deles. 6 Nomeou gover­nadores para os arameus de Damasco, que se tornaram vassalos de Davi, pagando-lhe tri­bu­to. O Senhor ajudava Davi em tudo o que pros­seguisse. 7 Davi tomou os escudos de ouro que a comitiva de Adadezer tinha consigo e le­vou-os para Jerusalém. 8 De Tebá e Cun, ci­dades de Adadezer, Davi levou grande quanti­dade de bronze, com o qual \mais tarde Salomão mandou fazer o “Mar” de bronze, as co­lunas e demais objetos de bronze.
9
Ora, Toú, rei de Emat, teve notícia de que Davi derrotara todo o exército de Adadezer, rei de Soba. 10 Mandou o filho Adoram ao rei Davi para o cumprimentar e felicitar por ter feito guerra e derrotado a Adadezer (pois Toú e Adadezer estavam em guerra). Trazia consigo toda espécie de objetos de ouro, de prata e de bronze. 11 Também esses objetos Davi os dedicou ao Senhor, juntamente com a prata e o ouro que tinha tirado de todas as nações: dos moabitas, edomitas, amonitas, filisteus e dos amalecitas.
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Abisai filho de Sárvia derrotou dezoito mil edomitas no vale do Sal. 13 Nomeou governadores em Edom e todos os edomitas se tor­naram vassalos de Davi. E o Senhor ajudava Davi em tudo o que prosseguisse.

 A administração de Davi 

14 Reinando sobre todo o Israel, Davi tratava­ o povo inteiro segundo o direito e a justiça.­ 15 Joab filho de Sárvia comandava o exército; Josafá filho de Ailud era o chanceler. 16 Sadoc filho de Aquitob e Abimelec filho de Abiatar eram sacerdotes e Susa, o secretário. 17 Banaías filho de Joiada comandava os cereteus e os?fe­leteus. E os filhos de Davi eram os primeiros­ ao lado do rei.

 Primeira campanha contra os amonitas

19 1 Mais tarde morreu Naás, rei dos amonitas, e seu filho lhe sucedeu no trono.­ 2 Davi disse: “Quero mostrar-me amigo de Ha­non filho de Naás, pois o pai se mostrou amigável comigo”. E Davi mandou mensageiros para lhe dar os pêsames pela morte?do pai. Os servos de Davi chegaram à terra dos amonitas para consolar Hanon. 3 Mas os maio­rais amonitas disseram a Hanon: “Pensas que Davi está enviando consoladores com a inten­ção de homenagear teu pai? Nada disso! Ele mandou seus servos para examinar a cidade e espionar o país”. 4 E Hanon prendeu os emissá­rios de Davi, raspou-lhes a cabeça, cortou-lhes metade das roupas, até a altura dos quadris, e mandou-os embora. 5 Quando foram embora, o fato foi levado ao conhecimento de Davi, que mandou alguém ao encontro de­les, pois os homens estavam muito envergonhados. Davi os instruiu: “Ficai em Jericó até que vossas barbas estejam novamente cres­cidas e depois voltai”.
6
Ora os amonitas ficaram com medo por te­rem provocado a ira de Davi. Por isso, Hanon e os amonitas destinaram mil talentos de prata­ (\umas trinta toneladas)para adquirir carros e cavaleiros da Mesopotâmia, dos arameus de Maaca e de Soba. 7 Contrataram trinta e dois mil carros, mais o rei de Maaca com o exérci­to. Eles chegaram e acamparam defronte de Mádaba, enquanto os amonitas, a partir de suas cidades, se reuniam para ir à luta.
8
Davi foi informado e mandou Joab com a elite da tropa. 9 Os amonitas saíram e formaram em ordem de batalha à entrada da cidade,­ enquanto os reis chegaram à parte e formaram­ em campo aberto. 10 Ao ver que tinha de enfrentar a luta à frente e atrás de si, Joab escolheu os melhores soldados de Israel e se dirigiu­ ao encontro dos arameus. 11 Quanto ao resto da tropa, confiou-o ao comando de seu irmão Abisai e estes tomaram posição para enfrentar­ os amonitas. 12 Joab disse-lhe: “Se os arameus levarem a melhor contra mim, tu virás em meu socorro; e se os amonitas levarem a melhor contra ti, eu irei em teu socorro. 13 Sê corajoso!­ Sim, todos nós juntos queremos ser corajosos, por amor a nosso povo e à cidade de nosso Deus. E que o Senhor faça o que achar melhor”. 14 E Joab com a tropa avançou para atacar os arameus e estes debandaram diante de­le. 15 Quando os amonitas viram que os ara­meus estavam fugindo, também eles fugiram diante de Abisai, irmão \de Joab, e reentraram­ na cidade. E Joab voltou para Jerusalém.
16
Quando os arameus se viram derrotados pelos israelitas, mandaram mensageiros, que conseguiram reforço dos arameus do outro lado do rio, conduzidos por Sofac, comandante do exército de Adadezer. 17 Informado dis­so, Davi reuniu todo o Israel, atravessou o Jordão e chegou perto deles. Davi tomou posição em frente dos arameus e os atacou. 18 Diante de Israel, os arameus fugiram e Davi pôs fora de combate sete mil carros e quaren­ta mil soldados de infantaria, matando inclu­si­ve a Sofac, comandante do exército. 19 Ao?se verem derrotados por Israel, os súditos de Ada­dezer fizeram as pazes com Davi e se sub­meteram a ele. Com isso os arameus não mais quiseram prestar socorro aos amonitas.


1Crônicas (CNB) 10