Audiências 2005-2013



27 de Abril de 2005: As razões do nome Bento XVI

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Caríssimos Irmãos e Irmãs!

Sinto-me feliz por vos receber e dirijo uma cordial saudação a quantos estão aqui presentes, assim como aos que nos seguem mediante a rádio e a televisão. Como já expressei no meu primeiro encontro com os Senhores Cardeais, precisamente na quarta-feira da semana passada na Capela Sistina, experimento no ânimo sentimentos entre si contrastantes nestes dias de início do meu ministério petrino: admiração e gratidão em relação a Deus que surpreendeu antes de tudo a mim mesmo, chamando-me a suceder ao apóstolo Pedro; trepidação interior perante a grandeza da tarefa e das responsabilidades que me foram confiadas. Contudo dá-me serenidade e alegria a certeza da ajuda de Deus, da sua Mãe Santíssima, a Virgem Maria, e dos santos Padroeiros; é para mim de apoio também a proximidade espiritual de todo o Povo de Deus ao qual, como no domingo passado tive a ocasião de repetir, continuo a pedir que me acompanheis com a oração insistente.

Depois da piedosa partida do meu venerado predecessor João Paulo II, recomeçam hoje as tradicionais Audiências gerais da quarta-feira. Voltamos assim à normalidade. Neste primeiro encontro gostaria antes de tudo de falar sobre o nome que escolhi ao tornar-me Bispo de Roma e Pastor universal da Igreja. Quis chamar-me Bento XVI para me relacionar idealmente com o venerado Pontífice Bento XV, que guiou a Igreja num período atormentado devido ao primeiro conflito mundial. Ele foi um profeta corajoso e autêntico de paz e comprometeu-se com coragem infatigável primeiro para evitar o drama da guerra e depois para limitar as consequências nefastas. Nas suas pegadas desejo colocar o meu ministério ao serviço da reconciliação e da harmonia entre os homens e os povos, profundamente convencido de que o grande bem da paz é antes de tudo dom de Deus, dom frágil e precioso que deve ser invocado, tutelado e construído dia após dia com o contributo de todos.

Além disso, o nome Bento recorda também a extraordinária figura do grande "Patriarca do monaquismo ocidental", São Bento de Núrsia, co-padroeiro da Europa juntamente com os santos Cirilo e Metódio e as mulheres santas, Brígida da Suécia, Catarina de Sena e Edith Stein. A expansão progressiva da Ordem beneditina por ele fundada exerceu uma influência enorme na difusão do cristianismo em todo o Continente. Por isso, São Bento é muito venerado também na Alemanha e, em particular, na Baviera, a minha terra de origem; constitui um ponto de referência fundamental para a unidade da Europa e uma forte chamada às irrenunciáveis raízes cristãs da sua cultura e da sua civilização.

Deste Pai do Monaquismo ocidental conhecemos a recomendação deixada aos monges na sua Regra: "Nada anteponham absolutamente a Cristo" (Regra
RB 72,11; cf. RB 4,21). No início do meu serviço como Sucessor de Pedro peço a São Bento que nos ajude a manter firme a centralidade de Cristo na nossa existência. Que ele esteja sempre no primeiro lugar nos nossos pensamentos e em cada uma das nossas actividades!

O meu pensamento volta com afecto ao venerado predecessor João Paulo II, ao qual somos devedores de uma extraordinária herança espiritual. "As nossas comunidades cristãs escreveu na Carta Apostólica Novo millennio ineunte devem tornar-se autênticas escolas de oração, onde o encontro com Cristo não se exprima apenas em pedidos de ajuda, mas também em acção de graças, louvor, adoração, contemplação, escuta, fervor e afectos, até se chegar a um coração verdadeiramente apaixonado", como foi João Paulo II (NM 33). Ele mesmo procurou realizar estas indicações dedicando as catequeses da quarta-feira dos últimos tempos ao comentário dos Salmos das Laudes e das Vésperas. Como ele fez no início do seu pontificado, quando quis prosseguir as reflexões iniciadas pelo seu Predecessor sobre as virtudes cristãs (cf. Insegnamenti di Giovanni Paolo II, I [1978], PP 60-63), assim também eu pretendo repropor nos próximos encontros semanais o comentário por ele preparado sobre a segunda parte dos Salmos e Cânticos que compõem as vésperas. Por conseguinte, na próxima quarta-feira retomarei precisamente de onde se tinham interrompido as suas catequeses, na Audiência geral de 26 de Janeiro passado.

Queridos amigos, obrigado de novo pela vossa visita, obrigado pelo afecto com que me circundais. São sentimentos que retribuo cordialmente com uma especial bênção, que concedo a vós aqui presentes, aos vossos familiares e a todas as pessoas queridas.



Saudações

Queridos Irmãos e Irmãs!

Saúdo cordialmente os peregrinos francófonos, sobretudo do Gabão e os jovens da escola de Courset, da capelania de Nossa Senhora de Vauvert, da Córsega, e de Nantes. Concedo a todos a Bênção apostólica.

Queridos Irmãos e Irmãs!

Dou especiais boas-vindas aos peregrinos de língua inglesa aqui presentes, provenientes da Inglaterra, Gales, Irlanda, Finlândia, Noruega, Suécia, Austrália, Vietname, Índia, Paquistão, Singapura e dos Estados Unidos da América. Obrigado pelo afecto que me menifestastes. Invoco sobre todos vós a alegria e a paz de Jesus Cristo nosso Senhor!


Amados Irmãos e Irmãs!

Saúdo cordialmente os peregrinos e visitantes de língua alemã. Obrigado, queridos amigos, pelas vossas orações e dedicação, com que seguis o meu serviço. Concedo de coração a todos vós e às vossas famílias e amigos a minha Bênção.

Amados Irmãos e Irmãs!

Saúdo agora os peregrinos espanhóis e o grupo de estudantes do Instituto católico "La Paz" de Querétar (México), bem como os demais fiéis vindos da Espanha e da América Latina, e quantos nos seguem através da rádio e da televisão. Queridos amigos: obrigado pelo vosso afecto; abençoo-vos a todos vós, às vossas famílias e pessoas queridas.

Saúdo os fiéis de língua polaca. Agradeço-vos a vossa bondade e orações. Abençoo-vos de coração.

Dirijo cordiais boas-vindas aos peregrinos de língua italiana. Em particular, saúdo os fiéis da Arquidiocese de Espoleto-Núrsia, acompanhados pelo seu Pastor, D. Riccardo Fontana, os Seminaristas de Bérgamo, e os estudantes do Liceu "Cairoli" de Vigevano. A todos convido a prosseguir o compromisso de adesão a Cristo, testemunhando o Evangelho em todos os âmbitos da sociedade.

Por fim, o meu pensamento dirige-se aos jovens, aos doentes e aos novos casais. O Senhor ressuscitado encha com o seu amor o coração de cada um de vós, queridos jovens, para que estejais prontos a segui-lo com entusiasmo; ampare a vós, queridos doentes, para que aceiteis com serenidade o peso do sofrimento, e vos guie a vós, amados novos casais, para que façais crescer a vossa família na santidade.

Concluamos o nosso encontro, cantando a oração do Pai Nosso.



4 de Maio de 2005: O guarda de Israel: Salmo 120 das Vésperas da sexta-feira da 2ª semana

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Caríssimos Irmãos e Irmãs!

1. Como já anunciei na quarta-feira passada, decidi retomar nas catequeses o comentário aos Salmos e Cânticos que compõem as Vésperas, usando os textos predispostos pelo meu querido predecessor, o Papa João Paulo II.

Iniciamos hoje com o Salmo 120. Este Salmo faz parte da colecção dos "cânticos das subidas", ou seja da peregrinação rumo ao encontro com o Senhor no templo de Sião. É um salmo de confiança porque nele ressoa seis vezes o verbo hebraico shamar, "guardar, proteger". Deus, cujo nome é invocado repetidamente, elege como o "guarda" sempre acordado, atento e solícito, a "sentinela" que vigia sobre o seu povo para o tutelar de qualquer risco e perigo.

O cântico abre-se com um olhar do orante dirigido para o alto, "para os montes", isto é, para as colinas sobre as quais se eleva Jerusalém: de lá vem a ajuda, porque sobre eles habita o Senhor no seu templo (cf.
Ps 120,1-2). Contudo os "montes" podem evocar também os lugares onde surgem os santuários idolátricos, as chamadas "alturas", muitas vezes condenadas pelo Antigo Testamento (cf. 1R 3,2 2R 18,4). Neste caso haveria um contraste: enquanto o peregrino progride em direcção a Sião, os seus olhos caem sobre os templos pagãos, que constituem uma grande tentação para ele. Mas a sua fé é inabalável e a sua certeza é uma só: "O meu auxílio vem do Senhor, que fez o céu e a terra" (Ps 120,2). Também na peregrinação da nossa vida existem coisas semelhantes. Vemos alturas que se abrem e se apresentam como uma promessa de vida: a riqueza, o poder, o prestígio, a vida confortável. Alturas que são tentações, porque se apresentam realmente como a promessa da vida. Mas nós, na nossa fé vemos que não é verdade e que estas alturas não são a vida. A verdadeira vida, a verdadeira ajuda vem do Senhor. E o nosso olhar dirige-se portanto para a altura verdadeira, para o verdadeiro monte: Cristo".

2. Esta confiança é ilustrada no Salmo através da imagem do guarda e da sentinela, que vigiam e protegem. É feita alusão também ao pé que não vacila (cf. Ps 120,3) no caminho da vida e talvez ao pastor que na pausa nocturna vigia sobre o seu rebanho sem adormecer nem dormitar (cf. Ps 120,4). O pastor divino não conhece repouso na obra de tutela do seu povo, de todos nós.

Depois, surge no Salmo outro símbolo, o da "sombra", que supõe a retomada da viagem durante o dia ensolarado (cf. Ps 120,5). O pensamento corre para a histórica marcha no deserto do Sinai, onde o Senhor caminha diante de Israel "durante o dia, numa coluna de nuvem para os conduzir na estrada" (Ex 13,21). No Saltério reza-se assim com frequência: "Protege-me à sombra das tuas asas..." (Ps 16,8 cf. Ps 90,1). Há aqui também um aspecto realístico da nossa vida. Com frequência a nossa vida move-se sob um sol desumano. O Senhor é a sombra que nos protege, que nos ajuda.

3. Depois da vigília e da sombra, eis o terceiro símbolo, o do Senhor que "está à direita" do seu fiel (cf. Ps 120,5). Esta é a posição do defensor quer militar quer processual: é a certeza de não ser abandonados no tempo das provações, do assalto do mal, da perseguição. A este ponto o Salmista volta à ideia da viagem durante um dia quente no qual Deus nos protege do sol escaldante.

Mas depois do dia vem a noite. Na antiguidade considerava-se que também os raios lunares fossem nocivos, causa de febre, ou de cegueira, ou até de loucura; por isso, o Senhor também nos protege durante a noite (cf. Ps 120,6), nas noites da nossa vida.

O Salmo chega agora ao final com uma declaração sintética de confiança: Deus guardar-nos-á com amor em cada momento, tutelando a nossa vida de qualquer mal (cf. Ps 120,7). Todas as nossas actividades, resumidas nos dois verbos extremos de "sair" e "entrar", está sempre sob o olhar vigilante do Senhor. Ele protege cada um dos nossos actos e todo o nosso tempo, "agora e para sempre" (Ps 120,8).

4. Desejamos agora, no final, comentar esta última declaração de confiança com um testemunho espiritual da antiga tradição cristã. De facto, no Epistolário de Barsanufio de Gaza (falecido a meados do século VI), um asceta de grande fama, interpelado por monges, eclesiásticos e leigos devido à sabedoria do seu discernimento, encontramos citado várias vezes o versículo do Salmo: "O Senhor protege-te de todo o mal e vela pela tua vida". Com este Salmo, com este versículo Barsanufio pretendia confortar quantos lhe manifestavam as próprias fadigas, as provas da vida, os perigos e as desgraças.

Certa vez Barsanufio, tendo-lhe sido pedido por um monge que rezasse por ele e pelos seus companheiros, respondeu do seguinte modo, incluindo nos seus votos a citação deste versículo: "Diletos filhos meus, abraço-vos no Senhor, suplicando-o que vos proteja de qualquer mal e que vos conceda, como a Job a resignação, como a José a graça, como a Moisés a humildade, como a Josué, filho de Nun, o valor nos combates, como aos Juízes o perdão dos pensamentos, como aos reis David e Salomão a subjugação dos inimigos, e como aos Israelitas, a fertilidade da terra...

Conceda-vos a remissão dos vossos pecados com a cura do corpo como ao paralítico. Vos salve das ondas como a Pedro e vos poupe às tribulações como a Paulo e aos outros Apóstolos.

Proteja-vos da todo o mal, como seus verdadeiros filhos e vos conceda o que o vosso coração pede, para benefício da alma e do corpo no seu nome. Amém" (BARSANUFIO e Jean de GAZA, Epistulário, 194: Colecção de textos Patrísticos, XCIII, Roma 1991, págs. 235.236).

Saudações

Saúdo cordialmente os peregrinos franceses, em particular as paróquias da Trindade, de São Leão, e de Santa Joana de Chantal, de Paris, assim como os grupos de jovens presentes. Possa a vossa peregrinação a Roma fazer-vos sentir a presença amorosa de Deus, mediante a qual ele ampara a sua Igreja e a guia com amor!

Saúdo com prazer os estudantes da Faculdade de Direito Canónico da Universidade de São Paulo em Otawa, no Canadá. Dou calorosas boas-vindas a todos os peregrinos e visitantes de língua inglesa presentes nesta Audiência, incluindo as peregrinações da Inglaterra, Irlanda, Austrália, Canadá e dos Estados Unidos. Invoco cordialmente sobre vós e sobre as vossas famílias as bênçãos, a alegria e a paz de Deus.

Saúdo muito cordialmente os peregrinos dos países de língua alemã aqui presentes. Desejo saudar também os pais, os amigos e os parentes da Guarda Suíça, que vieram a Roma para o Juramento dos novos recrutas, assim como uma Delegação da Dieta da Baviera. Que o Senhor vos ampare. Podemos confiar-nos à guia benévola de Deus em qualquer momento da nossa vida. A sua bênção vos acompanhe! Desejo-vos uma boa permanência na "Cidade Eterna"!

Saúdo cordialmente os peregrinos da Espanha e da América Latina, especialmente os do Seminário Menor de Santiago de Compostela, os do Colégio de São João Bosco de Alcalá, os da paróquia da Divina Misericórdia do Panamá e os que vieram do México. O Senhor vos proteja de todo o mal e vos conceda tudo o que o vosso coração pede, para o bem da alma e do corpo.

Saúdo os peregrinos polacos aqui presentes. Confio-vos a Maria, Rainha da Polónia. Abençoo-vos a todos de coração.

Saúdo os peregrinos da Lituânia!

Caríssimos, Deus renove a vossa esperança e conceda a todos a graça de crescer no seu amor.

Abençoo-vos a vós e às vossas famílias com afecto.

Por fim, desejo dirigir-me, como de costume, aos jovens, aos doentes e aos novos casais.

Neste mês de Maio dedicado de modo especial à Mãe do Senhor, convido-vos a vós, queridos jovens a pôr-vos na escola de Maria para aprender a amar e a seguir Cristo acima de tudo. Nossa Senhora vos ajude a vós, queridos doentes, a olhar com fé para o mistério do sofrimento e a compreender o valor salvífico de cada coração. Confio-vos a vós, queridos novos casais, à protecção materna da Virgem Santa, para que possais viver na vossa família o clima de oração e de amor da casa de Nazaré.



11 de Maio de 2005: Hino de adoração e de louvor

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Queridos Irmãos e Irmãs!

1. Breve e solene, incisivo e grandioso na sua tonalidade, é o Cântico que agora ouvimos e assim fizemos nosso elevando-o como hino de louvor ao "Senhor Deus Omnipotente" (
Ap 15,3). Este é um dos numerosos textos orantes inseridos no Apocalipse, o último livro da Sagrada Escritura, livro de julgamento, de salvação e sobretudo de esperança.

De facto, a história não está nas mãos de poderes obscuros, deixada ao caso ou unicamente às opções humanas. Contra o desencadear-se de energias malévolas que vemos, contra a irrupção veemente de satanás, contra o surgir de tantos flagelos e males, eleva-se o Senhor, árbitro supremo da vicissitude histórica. Ele condu-la sabiamente para o alvorecer dos novos céus e da nova terra, cantados na parte final do livro sob a imagem da nova Jerusalém (cf. Ap 21,22).

Quem entoa este Cântico que agora queremos meditar são os justos da história, os vencedores da Besta satânica, os que através da derrota aparente do martírio são na realidade os verdadeiros construtores do mundo novo, com Deus artífice supremo.

2. Eles iniciam exaltando as "obras grandes e maravilhosas" e os "caminhos justos e verdadeiros" do Senhor (cf. Ap 15,3). A linguagem usada neste Cântico é característica do êxodo de Israel da escravidão egípcia. O primeiro cântico de Moisés pronunciado depois da passagem do mar Vermelho celebra o Senhor "temível de glória, fazendo maravilhas" (Ex 15,11). O segundo cântico referido pelo Deuteronómio no final da vida do grande legislador recorda que "perfeitas são as suas obras. Todos os seus caminhos são justiça" (Dt 32,4).

Por conseguinte, pretende-se reafirmar que Deus não é indiferente às vicissitudes humanas, mas penetra nelas realizando os seus "caminhos", isto é, os seus projectos e as suas "obras" eficazes.

3. Segundo o nosso hino, esta intervenção divina tem uma finalidade bem clara: ser um sinal que convida todos os povos da terra à conversão. Por conseguinte, o hino convida todos nós sempre de novo à conversão. As nações devem aprender a "ler" na história uma mensagem de Deus. A aventura da humanidade não é confundida e sem significado, nem está destinada sem apelo à prevaricação dos prepotentes e dos perversos.

Existe a possibilidade de reconhecer o agir divino escondido na história. Também o Concílio Ecuménico Vaticano II, na Constituição pastoral Gaudium et spes, convida o crente a perscrutar, à luz do Evangelho, os sinais dos tempos para encontrar neles a manifestação do próprio agir de Deus (cf. GS 4 e GS 11). Esta atitude de fé leva o homem a reconhecer o poder de Deus que age na história, e a abrir-se assim ao temor do nome do Senhor. Na linguagem bíblica, de facto, este "temor" de Deus não é receio, não coincide com o medo, é algo totalmente diferente: é o reconhecimento do mistério da transcendência divina. Por isso ele está na base da fé e entrelaça-se com o amor. Diz a Sagrada Escritura no Deuteronómio: "O Senhor, teu Deus, exige de ti que o temas para seguires todos os seus caminhos, com todo o teu coração e com toda a tua alma" (cf. Dt 10,12). E Santo Hilário, Bispo do século IV, disse: "Todo o nosso temor está no amor".

Nesta linha, no nosso breve hino, tirado do Apocalipse, unem-se temor e glorificação de Deus. O hino diz: "Senhor, quem não reverenciará o teu nome?" (Ap 15,4). Graças ao temor do Senhor não se tem medo do mal que se desencadeia na história e retoma-se com vigor o caminho da vida.

Precisamente graças ao temor de Deus não temos receio do mundo nem de todos estes problemas, não temos medo dos homens, porque Deus é mais forte. O Papa João XXIII disse certa vez: "Quem crê não treme, porque, temendo Deus que é bom, não sente receio nem do mundo nem do futuro". E o profeta Isaías diz assim: "Fortalecei as mãos débeis, robustecei os joelhos vacilantes. Dizei aos que têm o coração pusilânime: "Tomai ânimo, não temais!"" (Is 35,3-4).

4. O hino termina com a previsão de uma procissão universal de povos que se apresentarão diante do Senhor da história, revelado através dos seus "justos juízos" (cf. Ap 15,4). Eles prostar-se-ão em adoração. E o único Senhor e Salvador parece repetir-lhes as palavras pronunciadas na última noite da sua vida terrena, quando disse aos seus Apóstolos: "Tende confiança; eu já venci o mundo!" (Jn 16,33).

Queremos concluir a nossa breve reflexão sobre o cântico do "Cordeiro vitorioso" (cf. Ap 15,3), entoado pelos justos do Apocalipse, com um antigo hino do lucernário, ou seja, da oração vespertina, já conhecido de São Basílio de Cesareia. Este hino diz: "Tendo chegado o pôr do sol, ao ver a luz da noite, cantamos ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo de Deus. És digno de ser cantado em cada momento com vozes santas, Filho de Deus, tu que dás a vida. Por isso o mundo te glorifica" (S. Pricoco-M Simonetti, A oração dos cristãos, Milão 2000, pág. 97).

Obrigado!

Saudações

Saúdo com afeto os peregrinos de língua portuguesa, especialmente alguns visitantes brasileiros. A todos convido para que se preparem à Festividade de Pentecostes, evocando as luzes do Espírito Santo a fim de caminhar com otimismo e fé nas batalhas da vida, até ao encontro com o Senhor no seu Reino. Com a minha Bênção Apostólica.

Sinto-me feliz em acolher os peregrinos francófonos presentes esta manhã, sobretudo os jovens do Lar de Caridade, de Châteauneuf-de-Galaure e os jovens do Colégio de Tampon, da Ilha da Reunião. Possa a vossa estadia em Roma confirmar a vossa fé e fazer de vós testemunhas do Evangelho! Confio-vos à Bem-Aventurada Virgem Maria.

Em nome de Cristo, saúdo os peregrinos e visitantes presentes nesta Audiência, incluindo os peregrinos da Inglaterra, Irlanda e dos Estados Unidos da América. Dou-vos calorosas boas-vindas a Roma, a cidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, e rezo para que o tempo que passardes aqui seja fonte de revigoramento espiritual. Sobre vós e sobre todos os vossos entes queridos invoco do Senhor bênçãos, alegria e paz.

Saúdo de coração os peregrinos e visitantes de língua alemã, de modo especial aos numerosos jovens! Daqui a poucos dias celebraremos a Festa de Pentecostes, a vinda do Espírito Santo sobre a comunidade orante da Igreja. Que o Espírito Criador encha os vossos corações com a luz do seu amor. A paz de Cristo vos acompanhe sempre! Desejo a todos vós boa estadia em Roma!

Queridos peregrinos de língua espanhola!

Saúdo o grupo do Lar das crianças que desejam sorrir, de Porto Rico, as jovens do México que completam quinze anos, assim como os demais grupos de peregrinos da Espanha e da América Latina.

Convido-vos a todos a viver como enviados por Cristo ao mundo, com a força do Espírito Santo.

Dirijo cordiais boas-vindas aos peregrinos de língua italiana. Em particular saúdo os Padres "Giuseppini del Murialdo" e os participantes no encontro promovido pelo Movimento dos Focolares. Saúdo também os fiéis de Ísquia, acompanhados pelo seu Pastor, D. Filippo Strofaldi, os Seminaristas do estúdio teológico interdiocesano das dioceses de Cúneo, Fossano, Mondovì e Saluzzo, assim como os representantes da Guarda de Finanças, provenientes de Áquila e a delegação do Corpo nacional do Socorro Alpino de Trentino. Encorajo todos a trabalhar, nos respectivos âmbitos de compromissos eclesiais e civis, para a construção de uma civilização inspirada nos valores cristãos.

Por fim, dirijo-me a vós jovens, a vós, doentes e a vós novos casais. Depois de amanhã celebra-se a memória litúrgica da Bem-Aventurada Virgem Maria de Fátima. Caríssimos, exorto-vos a dirigir-vos incessantemente e com confiança a Nossa Senhora, recomendando-lhe todas as vossas necessidades.



18 de Maio de 2005: Louvai o nome do Senhor

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1. Ressoou agora na sua simplicidade e beleza o Salmo 112, verdadeiro pórtico de entrada para uma pequena recolha de Salmos que vai do 112 ao 117, convencionalmente chamada "o Hallel egípcio". É o aleluia, isto é o cântico de louvor, que exalta a libertação da escravidão do faraó e a alegria de Israel em servir o Senhor em liberdade na terra prometida (cf.
Ps 113).

Não foi por acaso que a tradição hebraica tinha relacionado esta série de salmos com a liturgia pascal. A celebração deste acontecimento, segundo as suas dimensões histórico-sociais e sobretudo espirituais, era sentida como sinal da libertação do mal na multiplicidade das suas manifestações.

O Salmo 112 é um breve hino que no original hebraico consta apenas de cerca de sessenta palavras, todas permeadas de sentimentos de confiança, louvor e alegria.

2. A primeira estrofe (cf. Ps 112,1-3) exalta "o nome do Senhor" que como se sabe na linguagem bíblica indica a própria pessoa de Deus, a sua presença viva e activa na história humana.

Por três vezes, com apaixonada insistência, ressoa "o nome do Senhor" no centro da oração de adoração. Todo o ser e todo o tempo "desde o surgir do sol até ao seu ocaso", diz o Salmista (Ps 112,3) está envolvido numa única acção de graças. É como se um respiro incessante subisse da terra para o céu para exaltar o Senhor, Criador do cosmos e Rei da história.

3. Precisamente através deste movimento para o alto, o Salmo conduz-nos ao mistério divino. A segunda parte (cf. Ps 112,4-6) celebra, de facto, a transcendência do Senhor, descrita com imagens verticais que superam o simples horizonte humano. Proclama-se: o Senhor é "excelso", "está sentado no alto", e ninguém é como ele; até para olhar para o céu se deve "inclinar", porque "a sua majestade está acima dos céus" (Ps 112,4).

4. O olhar divino dirige-se sobre toda a realidade, sobre os seres terrenos e sobre os celestes. Contudo os seus olhos não são altivos nem afastados, como os de um insensível imperador. O Senhor diz o Salmista "inclina-se para observar" (Ps 112,6).

Passa-se desta forma ao último movimento do Salmo (cf. Ps 112,7-9), que desloca a atenção das alturas celestes ao nosso horizonte terreno. O Senhor abaixa-se com solicitude em relação à nossa pequenez e indigência que nos estimularia a retirar-nos receosos. Ele dirige directamente o seu olhar amoroso e o seu compromisso eficaz para os últimos e os miseráveis do mundo: "Ele levanta do pó o indigente e tira o pobre da miséria" (Ps 112,7).

Por conseguinte, Deus inclina-se sobre os necessitados e os que sofrem para os confortar. E esta palavra encontra a sua última densidade, o seu último realismo no momento em que Deus se inclina até ao ponto de se encarnar, de se tornar um de nós, e precisamente um dos pobres do mundo. Ao pobre ele confere a maior honra, a de "os fazer sentar entre os grandes"; sim, "entre os grandes do seu povo" (Ps 112,8). À mulher sozinha e estéril, humilhada pela antiga sociedade como se fosse um ramo seco e inútil, Deus dá a honra e a grande alegria de ter muitos filhos (cf. Ps 112,9). Por isso, o Salmista louva um Deus muito diferente de nós na sua grandeza, mas ao mesmo tempo muito próximo das suas criaturas que sofrem.

É fácil intuir nestes versículos finais do Salmo 112 a prefiguração das palavras de Maria no Magnificat, o cântico das opções de Deus que "olha para a humilde condição da sua serva". Mais radical que o nosso Salmo, Maria proclama que Deus "derruba os poderosos dos tronos e exalta os humildes (cf. Lc 1,48 Lc 1,52 cf. Ps 112,6-8).

5. Um "Hino vespertino" muito antigo conservado nas chamadas Constituições dos Apóstolos (VII, 48), retoma e desenvolve o início jubiloso do nosso Salmo. Gostaria de recordar aqui, no final da minha reflexão, para realçar a releitura "cristã" que a comunidade dos primeiros tempos fazia dos Salmos. "Louvai, crianças, ao Senhor, / Louvai o nome do Senhor. / A ti louvamos, a ti cantamos, a ti bendizemos/ pela tua glória imensa. /Senhor rei, / Pai de Cristo cordeiro imaculado, / que tira o pecado do mundo. / A ti convém o louvor, / a ti o hino, a ti a glória, / a Deus Pai por meio do Filho no Espírito Santo / por toda a eternidade. Amém" (S. Pricoco M. Simonetti, A oração dos cristãos, Milão 2000, pág. 97).

Antes de nos introduzirmos numa breve interpretação do Salmo agora cantado, desejo recordar que hoje é o aniversário do nosso amado Papa João Paulo II. Teria completado 85 anos e temos a certeza que do Alto nos vê e está connosco. Nesta ocasião desejamos dizer ao Senhor um grande obrigado pelo dom deste Papa e dizer obrigado ao próprio Papa por tudo o que fez e sofreu.

Salmo 112 (113)

Aleluia!
Louvai, servos do Senhor
louvai o nome do Senhor.
Bendito seja o nome do Senhor,
agora e para sempre.
Desde o nascer ao pôr do sol,
seja louvado o nome do Senhor.
O Senhor reina sobre todas as nações,
a sua majestade está acima dos céus...
Ele levanta do pó o indigente
e tira o pobre da miséria...
Ele dá família à mulher estéril
e faz dela a mãe feliz de muitos filhos!
Aleluia!".

Saudações

Amados peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! A todos saúdo com grande afecto e alegria, de modo especial a quantos vieram de Angola e do Brasil com o desejo de encontrar o Sucessor de Pedro. Desça a minha bênção sobre vós, vossas famílias e comunidades ao serviço do menor, dos mais pequeninos e necessitados.

É com alegria que dou as boas-vindas aos peregrinos e visitantes da Alemanha, Áustria, Suíça, Luxemburgo e da Holanda. Saúdo o Coro da Catedral de Klagenfurt e a Orquestra Filarmónica de Ausburgo. Que toda a vossa vida seja uma glorificação a Deus! O Senhor está connosco sempre e em toda a parte. O seu Espírito nos guie e nos oriente. A todos os estudantes que aqui se encontram hoje, desejo um sereno Pentecostes!

Hoje teria sido o aniversário de João Paulo II, o inesquecível Pontífice que está no coração de todos. Desejo aos polacos aqui presentes todo o bem no Senhor. Deus vos abençoe.

Saúdo com afecto os peregrinos russos, que vieram aqui com o seu Arcebispo D. Tadeus Kondrusiewicz. Concedo a vós e à vossa amada pátria uma especial Bênção Apostólica.

Dirijo uma saudação cordial a todos os peregrinos de língua italiana. Em particular, aos sacerdotes da Arquidiocese de Trento, aos Monges formadores dos Mosteiros Trapistas, e à delegação da Peregrinação militar italiana a Lourdes, guiada pelo Ordinário militar, D. Angelo Bagnasco.

Realiza-se hoje nos Abruzos um acto muito significativo, ao qual me uno espiritualmente. É intitulado um cume do Gran Sasso da Itália ao inesquecível Papa João Paulo II, que amou e visitou várias vezes estas maravilhosas montanhas. Saúdo e agradeço aos promotores desta louvável iniciativa e desejo que quantos se detiverem junto deste cimo sejam estimulados a elevar o espírito a Deus, cuja bondade resplandece na beleza da Criação.

Por fim, dirijo-me aos jovens, e são tantos, como se vê aos doentes e aos novos casais, exortando todos a aprofundar a prática piedosa do santo Rosário, sobretudo neste mês de Maio dedicado à Mãe de Deus.

O Rosário é oração evangélica, que nos ajuda a compreender melhor os mistérios fundamentais da história da salvação.

Concluimos o nosso encontro, cantando a oração do Pater noster.



25 de Maio de 2005: Acção de graças no Templo

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1. O Salmo 115, com o qual agora rezamos, foi sempre usado pela tradição cristã, a partir de São Paulo que, citando o seu início na tradução grega dos Setenta, escreve do seguinte modo aos cristãos de Corinto: "Animados do mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito: Acreditei e por isso falei, também nós acreditamos e por isso falamos" (
2Co 4,10).

O Apóstolo sente-se em sintonia espiritual com o Salmista na confiança serena e no testemunho sincero, apesar dos sofrimentos e debilidades humanas. Escrevendo aos Romanos, Paulo retomará o v. 2 do Salmo e realçará um contraste entre o Deus fiel e o homem incoerente: "Fique claro que Deus é verdadeiro, mesmo que todo o homem seja falso" (Rm 3,4).

A tradição cristã leu, rezou e interpretou o texto em diversos contextos e surge assim toda a riqueza e profundidade da Palavra de Deus, que abre novas dimensões e situações.

No início foi lido sobretudo um texto do martírio, mas depois, na paz da Igreja tornou-se cada vez mais um texto eucarístico, devido à palavra do "cálice da salvação".

Na realidade, Cristo é o primeiro mártir. Deu a sua vida num contexto de ódio e falsidade, mas transformou esta paixão e assim também este contexto na Eucaristia: numa festa de agradecimento. A Eucaristia é agradecimento: "elevarei o cálice da salvação".

2. O Salmo 115 no original hebraico constitui uma única composição com o Salmo precedente, o 114. Ambos são um agradecimento unitário, dirigido ao Senhor que liberta do pesadelo da morte.

No nosso texto sobressai a memória de um passado angustiante: o orante manteve alta a chama da fé, também quando nos seus lábios surgia a amargura do desespero e da infelicidade (cf. Ps 116,10). De facto, em volta eleva-se uma espécie de barreira gélida de ódio e de engano, porque o próximo se manifestava falso e infiel (cf. Ps 116,11). Mas a súplica transforma-se agora em gratidão, porque o Senhor permaneceu fiel neste contexto de infelicidade, elevou o seu fiel do vórtice obscuro da mentira (cf. Ps 116,12). E assim este Salmo é sempre para nós um texto de esperança, porque também em situações difíceis o Senhor não nos abandona, e por isso devemos manter alta a chama da fé.

Por isso, o orante dispõe-se a oferecer um sacrifício de agradecimento, no qual se beberá o cálice ritual, o cálice da oferenda sagrada que é sinal de reconhecimento pela libertação (cf. Ps 116,13) e encontra o seu último cumprimento no cálice do Senhor. É por conseguinte a Liturgia a sede privilegiada na qual elevar o louvor agradecido a Deus salvador.

3. De facto é feita explícita menção, além do rito sacrifical, também à assembleia de "todo o povo", diante da qual o orante cumpre a promessa e testemunha a própria fé (cf. Ps 116,14). Será nesta circunstância que ele tornará público o seu agradecimento, sabendo bem que, também quando a morte incumbe, o Senhor se inclina sobre ele com amor. Deus não permanece indiferente ao drama da sua criatura, mas rompe as suas cadeias (cf. Ps 116,16).

O orante salvo da morte sente-se "servo" do Senhor, "filho da sua escrava" (Ibidem Ps 116,16), uma bonita expressão oriental para indicar quem nasceu na mesma casa do Senhor. O Salmista professa humildemente e com alegria a sua pertença à casa de Deus, à família das criaturas unidas a ele no amor e na fidelidade.

4. O Salmo, sempre através das palavras do orante, termina evocando de novo o rito de agradecimento que será celebrado na moldura do templo (cf. Ps 116,17-19). A sua oração colocar-se-á desta forma num âmbito comunitário. A sua vicissitude pessoal é narrada para que seja para todos um estímulo a crer e a amar o Senhor. Por isso, no fundo podemos entrever todo o povo de Deus enquanto agradece ao Senhor da vida, o qual não abandona o justo no seio obscuro do sofrimento e da morte, mas o guia à esperança e à vida.

5. Concluimos a nossa reflexão confiando-nos às palavras de São Basílio Magno que, na Homilia sobre o Salmo 115, comenta do seguinte modo a pergunta e a resposta presentes no Salmo:

"Que darei ao Senhor por quanto me concedeu? Levantarei o cálice da salvação. O Salmista compreendeu os numerosos dons recebidos de Deus: do não ser foi levado ao ser, foi depois plasmado da terra e dotado de razão... distinguiu a economia da salvação a favor do género humano, reconhecendo que o Senhor se entregou a si mesmo em redenção no lugar de todos nós; e permanece incerto, procurando entre todas as coisas que lhe pertencem, qual o dom que possa ser digno do Senhor. Que darei ao Senhor? Sacrifícios, não, nem holocaustos... mas toda a minha vida. Por isso diz: Levantarei o cálice da salvação, chamando cálice ao sofrimento no combate espiritual, resistir ao pecado até à morte. De resto, o que o nosso Salvador ensinou no Evangelho: Pai, se é possível, afasta de mim este cálice; e de novo aos discípulos: podeis beber o cálice que Eu vou beber?, referindo-se claramente à morte que aceitava pela salvação do mundo" (PG XXX, 109), transformando assim o mundo do pecado num mundo redimido, num mundo de agradecimento pela vida que o Senhor nos concedeu.



Salmo 116 (114-115)

Eu tinha confiança, mesmo quando disse:
"A minha aflição é muito grande!"
Na minha perturbação, eu dizia:
"Todo o homem é mentiroso!"
Como retribuirei ao Senhor
todos os seus benefícios para comigo?
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor.
Cumprirei as minhas promessas feitas ao Senhor.
na presença de todo o seu povo,
nos átrios da casa do Senhor,
no meio de ti, Jerusalém!
Aleluia!

Saudações


Prezados amigos de língua portuguesa!

Desejo saudar com afeto a todos os peregrinos que aqui se encontram, ou me escutam através do rádio ou da televisão e, de modo especial, aos visitantes provindos de diversas partes do Brasil. Faço votos de que esta viagem a Roma vos seja propiciadora de um enriquecimento cultural e espiritual, e que possais reverenciar a memória do Apóstolo Pedro. Com a minha Bênção Apostólica.

Dou calorosas boas-vindas aos peregrinos e visitantes dos países de língua alemã!

Desejo saudar também as Irmãs do Divino Salvador, que celebram o seu Jubileu de Prata de Profissão religiosa, assim como os peregrinos pertencentes à união da ex-Guarda Suíça. Deus é fiel. Levai sempre o seu nome nos vossos lábios e no vosso coração! Desejo a todos vós uma feliz e abençoada permanência e que experimenteis as Bênçãos de Deus.




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