Atos (CNB) 8

8 1 E Saulo estava lá, consentindo na execução de Estêvão.

 A perseguição da Igreja

Naquele dia começou uma grande perseguição contra a Igreja que estava em Jerusalém. Todos, com exceção dos apóstolos, se dis­persaram pelas regiões da Judéia e da Sa­maria. 2 Algumas pessoas piedosas sepultaram Estêvão e guardaram luto solene por ele. 3 Saulo, entretanto, devastava a Igreja: entrava­ nas casas e arrastava para fora homens e mu­lheres, para atirá-los na prisão.

 Filipe evangeliza Samaria

4 Entretanto, aqueles que se tinham dispersado iam por toda a parte levando a palavra da Boa-Nova.
5
Foi assim que Filipe desceu à cidade de Samaria e começou a anunciar o Cristo à população. 6 As multidões davam ouvidos àquilo que Filipe dizia. Unânimes o escutavam, vendo­ os sinais que ele fazia. 7 De muitos possessos saíam os espíritos maus, dando grandes gritos. Foram curados também numerosos paralíticos e aleijados. 8 Era grande a alegria na cidade.
9
Na cidade estava morando um homem chamado Simão. Ele praticava a feitiçaria e fascinava a população da Samaria. Ele se fazia­ de importante, 10 e todos, do menor ao maior, lhe davam ouvidos e diziam: “Este \homem é a força de Deus, chamada a Grande \Força!” 11 Davam ouvidos a ele porque desde muito tempo os fascinava com suas feitiçarias. 12 Depois, porém, passaram a crer na pregação de Filipe sobre o Reino de Deus e o nome de Jesus Cristo, e homens e mulheres se deixaram­ batizar. 13 Também Simão abraçou a fé, fez-se batizar e se tornou-se adepto de Filipe, porque­ ficou fascinado ao ver os sinais e os grandes milagres que aconteciam.

 Pedro e João na Samaria

14 Os apóstolos que estavam em Jerusalém souberam que a Samaria acolhera a palavra de Deus e enviaram para lá Pedro e João. 15 Chegando ali, oraram pelos habitantes da Samaria, para que recebessem o Espírito Santo. 16 Pois o Espírito ainda não viera sobre­ nenhum deles; só tinham recebido o batismo­ no nome do Senhor Jesus. 17 Pedro e João im­puseram-lhes as mãos, e eles receberam o Espírito Santo.
18
Simão viu que o Espírito era comunicado pela imposição das mãos dos apóstolos. Ofereceu-lhes dinheiro 19 e disse: “Dai também a mim este poder, para que aqueles a quem eu impuser as mãos recebam o Espírito Santo”. 20 Pedro, porém, lhe respondeu: “Que o teu dinheiro vá contigo à perdição! Pensas que podes adquirir o dom de Deus por dinheiro? 21 Não te cabe parte alguma neste assunto, pois teu coração não é reto diante de Deus. 22 Converte-te­ desta tua maldade e suplica ao Senhor que ele perdoe esse pensamento do teu coração; 23 pois eu te vejo entregue ao fel da amargura e ao laço da iniqüidade”. 24 Simão lhe respondeu: “Suplicai vós por mim ao Senhor, para que não me aconteça nada do que dissestes”.
25
Eles deram, então, solene testemunho e proferiram a palavra do Senhor. Voltando para Jerusalém, anunciavam a Boa-Nova em muitos povoados dos samaritanos.

 Filipe e o etíope 

26 Um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: “Prepara-te e vai em direção do sul. Toma a estrada que desce de Jerusalém a Gaza. Ela está deserta”. Filipe levantou-se e foi. 27 Nisso apareceu um eunuco etíope, alto funcionário de Candace, rainha da Etiópia, e administrador­ geral do seu tesouro. Ele tinha ido em peregri­nação a Jerusalém. 28 Estava voltando e vinha sentado no seu carro, lendo o profeta Isaías. 29 Então o Espírito disse a Filipe: “Aproxima-te­ desse carro e acompanha-o”. 30 Filipe acorreu, ouviu o eunuco ler o profeta Isaías e per­guntou: “Tu compreendes o que estás lendo?” 31 O eunuco respondeu: “Como poderia, se nin­guém me orienta?” Então convidou Filipe a subir e a sentar-se junto dele. 32 A passagem?da Escritura que o eunuco estava lendo era esta:
Ele foi levado como uma ovelha ao
matadouro,
e, qual um cordeiro diante do seu
tosquiador, emudeceu
e não abriu a boca.
33
Eles o humilharam e lhe negaram justiça.
Seus descendentes, quem os poderá
enumerar?
Pois sua vida foi arrancada da terra”.
34
E o eunuco disse a Filipe: “Peço que me expliques de quem o profeta está dizendo isso. Ele fala de si mesmo ou se refere a algum outro?” 35 Então Filipe começou a falar e, partindo dessa passagem da Escritura, anunciou-lhe Jesus. 36 Eles prosseguiram o caminho e che­garam a um lugar onde havia água.Então o eunuco disse a Filipe: “Aqui temos água. Que impede que eu seja batizado?” [37 ] 38 O eu­nuco mandou parar o carro. Os dois desceram para a água e Filipe batizou o eunuco. 39 Quando saíram da água, o Espírito do Senhor­ arrebatou Filipe. O eunuco não o viu mais e prosseguiu sua viagem, cheio de alegria. 40 Filipe foi parar em Azoto. E, passando adiante, anunciava a Boa-Nova em todas as cidades até chegar a Cesaréia.

 A conversão de Saulo

9 1 Saulo, entretanto, respirava ameaças de morte contra os discípulos do Senhor. Apresentou-se ao sumo sacerdote 2 e pediu-lhe cartas de recomendação para as sinagogas de Damasco, a fim de trazer presos para Jerusalém os homens e mulheres que encontrasse, adeptos do Caminho. 3 Durante a viagem, quando já estava perto de Damasco, de repente viu-se cercado por uma luz que vinha do céu. 4 Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: “Saul, Saul, por que me persegues?” 5 Saulo perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A voz respondeu: “Eu sou Jesus, a quem tu estás perseguindo. 6 Agora, levanta-te,­ entra na cidade, e ali te será dito o que de­ves fazer”. 7 Os homens que acompanhavam Saulo ficaram mudos de espanto, porque ouviam a voz, mas não viam ninguém. 8 Saulo levantou-se do chão e abriu os olhos, mas não conseguia ver nada. Então tomaram­-no pela mão e o fizeram entrar em Damasco. 9 Saulo ficou três dias sem poder ver. E não comeu nem bebeu.
10
Em Damasco, havia um discípulo de nome Ananias. O Senhor o chamou numa visão: “Ananias!” Ele respondeu: “Aqui estou, Senhor!” 11 O Senhor lhe disse: “Levanta-te, vai à rua chamada Direita e procura, na casa de Judas, por um homem de Tarso, chamado Sau­lo. Ele está em oração 12 e acaba de ver, em visão, alguém que se chama Ananias entrar e im­por-lhe as mãos para que recupere a vista”.­ 13 Ananias respondeu: “Senhor, já ouvi muitos­ falarem desse homem e do mal que fez aos teus santos que estão em Jerusalém. 14 E aqui, \em Damasco, ele tem plenos poderes, da parte dos sumos sacerdotes, para prender todos os que invocam o teu nome”. 15 Mas o Senhor dis­se a Ananias: “Vai, porque este homem é um instrumento que escolhi para levar o meu no­me às nações pagãs e aos reis, e também aos israelitas. 16 Pois eu vou lhe mostrar o quanto ele deve sofrer pelo meu nome”. 17 Então Ananias saiu, entrou na casa e impôs-lhe as mãos, dizendo: “Saul, meu irmão, o Senhor Jesus, que te apareceu quando vinhas pela estrada, mandou-me aqui para que tu recobres a vista e fiques cheio do Espírito Santo”. 18 Imediatamente caíram dos olhos de Saulo como que escamas, e ele recobrou a vista. Em seguida, levantou-se e foi batizado. 19 Depois, alimentou-se e recuperou as forças.
Saulo passou alguns dias com os discípulos­ que havia em Damasco 20
e logo começou a pre­gar nas sinagogas, afirmando que Jesus é o Filho de Deus. 21 Os ouvintes ficavam perplexos e comentavam: “Não é este o homem que, em Jerusalém, perseguia com violência os que invocavam esse Nome? E não veio aqui, exatamente, para prendê-los e levá-los aos sumos sacerdotes?” 22 Mas Saulo se fortalecia cada vez mais e deixava confusos os judeus que moravam em Damasco, demonstrando que Jesus é o Cristo.

 Fuga de Damasco e passagem por Jerusalém 

23 Passado um bom tempo, os judeus confabularam para matá-lo. 24 Mas Saulo ficou saben­do de suas tramas. Eles, porém, controlavam dia e noite as portas da cidade, para matá-lo. 25 Os discípulos, entretanto, de noite o levaram e, num cesto, o fizeram descer pela muralha.
26
Saulo chegou a Jerusalém e procurava jun­tar-se aos discípulos. Mas todos tinham medo dele, pois não acreditavam que ele fosse discí­pulo. 27 Então Barnabé o tomou consigo, levou­-o aos apóstolos e contou-lhes como Saulo tinha visto, no caminho, o Senhor, que falara com ele, e como, na cidade de Damasco, ele havia pregado, corajosamente, no nome de Jesus. 28 Daí em diante, Saulo permanecia com eles em Jerusalém e pregava, corajosamente, no nome do Senhor. 29 Também falava e discutia com os judeus de língua grega, mas estes procuravam matá-lo. 30 Quando ficaram sabendo disso, os irmãos levaram Saulo para Ce­sa­réia e, dali, o mandaram para Tarso.
31
A Igreja, entretanto, vivia em paz em toda a Judéia, Galiléia e Samaria. Ela se consolidava e andava no temor do Senhor e, com a ajuda do Espírito Santo, crescia em número.

 Curas de Pedro em Lida e Jope: Enéias, Tabita

32 Enquanto Pedro percorria todos os lugares, visitou também os santos que residiam em Lida. 33 Encontrou aí um homem chamado Enéias, que havia oito anos estava deitado­ numa maca, paralisado. 34 Pedro disse-lhe: “Enéias, Jesus Cristo te cura! Levanta-te, ar­ruma tu mesmo tua cama!” Imediatamente Enéias se levantou. 35 Todos os habitantes de Li­da e da região do Saron viram isso e se con­verteram ao Senhor.
36
Em Jope, havia uma discípula chamada Ta­bita, nome que quer dizer Gazela. Eram muitas as boas obras que fazia e as esmolas que dava. 37 Naqueles dias, ela ficou doente e mor­reu. Então lavaram seu corpo e o velavam­ no andar superior da casa. 38 Como Lida ficava perto de Jope, os discípulos ouviram dizer que Pedro estava aí e mandaram dois homens com um recado: “Vem depressa até nós!” 39 Pedro partiu imediatamente com eles. Assim que chegou, levaram-no à sala de cima, onde todas as viúvas foram ao seu encontro. Chorando, elas mostravam a Pedro as túnicas e mantos que Gazela havia feito, quando vivia com elas. 40 Pedro mandou todo o mundo sair. Em se­guida, pôs-se de joelhos, a orar. Depois, vol­tou-se para a morta e disse: “Tabita, levanta-te!” Ela abriu os olhos, viu Pedro e sentou-se. 41 Pedro deu-lhe a mão e ajudou-a a levantar-se. Depois chamou os santos e as viúvas, e apre­sentou-lhes Tabita viva.
42
O fato se tornou conhecido em toda a ci­da­de de Jope, e muitos passaram a crer no Se­nhor. 43 Nessa ocasião, Pedro ficou muitos dias em Jope, na casa de um certo Simão, curtidor de peles.

 Em Cesaréia, a visão de Cornélio 

10 1 Morava em Cesaréia um homem, de nome Cornélio, centurião da coorte chamada Itálica. 2 Era um homem religioso e temente a Deus, com toda sua casa. Dava mui­tas esmolas ao povo e orava sempre a Deus. 3 Um dia, pelas três da tarde, ele teve uma vi­são. Viu claramente um anjo de Deus entrar em sua casa e chamá-lo: “Cornélio!” 4 Cornélio olhou atentamente para ele e, cheio de temor, disse: “Que há, Senhor?” O anjo respondeu: “Tuas preces e tuas esmolas subiram para se­rem lembradas diante de Deus. 5 Agora, envia alguns homens a Jope e manda chamar um ho­mem chamado Simão, conhecido como Pe­dro. 6 Ele está hospedado na casa de Simão, o curtidor de peles, perto do mar”. 7 O anjo que lhe falou retirou-se. Cornélio chamou dois de seus empregados e um soldado piedoso que estava a seu serviço, 8 explicou-lhes tudo e man­dou-os a Jope.

 A visão de Pedro em Jope 

9 No dia seguinte, enquanto os homens esta­vam a caminho e se aproximavam da cidade,­ ao meio-dia, Pedro subiu ao terraço para orar. 10 Sentiu fome e quis comer. Mas, enquanto pre­paravam a comida, entrou em êxtase. 11 Viu o céu aberto e algo como um grande pa­no ser baixado pelas quatro pontas para a ter­ra. 12 Dentro do pano havia toda espécie de qua­drúpedes e répteis da terra e de aves?do céu. 13 E uma voz lhe disse: “Levanta-te, Pe­dro, mata e come!” 14 Mas Pedro respondeu: “De modo algum, Senhor! Nunca comi coisa­ profana ou impura”. 15 A voz lhe falou pela se­gun­da vez: “Não chames de impuro o que Deus tornou puro”. 16 Isso se repetiu por três vezes. Depois, o objeto foi imediatamente recolhido ao céu.
17
Enquanto Pedro tentava descobrir o significado da visão que acabava de ter, os homens­ enviados por Cornélio, tendo-se informado sobre a casa de Simão, apresentaram-se à por­ta. 18 Chamaram para perguntar se aí se hospe­dava Simão, conhecido como Pedro. 19 Pedro estava ainda refletindo sobre a visão, mas o Espírito lhe disse: “Estão aqui três homens que te procuram. 20 Levanta-te, desce e vai com eles, sem hesitar, pois fui eu que os mandei”. 21 Pedro desceu ao encontro dos homens e disse: “Sou eu a quem estais procurando. Qual é o motivo que vos traz aqui?” 22 Eles responderam: “O centurião Cornélio, homem justo e temente a Deus, estimado por toda a popula­ção judaica, recebeu de um anjo santo a ordem de te convidar à sua casa, a fim de ouvir o que podes dizer-lhe”. 23 Pedro então os fez entrar e lhes ofereceu hospedagem.

 Pedro em casa de Cornélio

No dia seguinte, Pedro partiu com eles, e alguns irmãos de Jope o acompanharam. 24 No outro dia, chegou a Cesaréia. Cornélio o estava esperando, com seus parentes e amigos mais íntimos, que tinha convidado. 25 Quando Pedro estava para entrar na casa, Cornélio saiu-lhe ao encontro e prostrou-se a seus pés em adoração. 26 Mas Pedro o reergueu e disse: “Levanta-te, eu também sou apenas um homem”. 27 Continuando a conversar com Cor­nélio, entrou na casa. Encontrou muitas pessoas reunidas 28 e disse-lhes: “Vós bem sabeis que a um judeu é proibido relacionar-se com um estrangeiro ou entrar em sua casa. Ora, Deus me mostrou que não se deve dizer que algum homem é profano ou impuro. 29 Por isso, logo que me mandastes chamar, eu vim sem hesitar. Agora pergunto: por que motivo me mandastes chamar?” 30 Cornélio respondeu: “Três dias atrás, exatamente nesta hora, eu es­tava em casa recitando a oração da tarde, quando se apresentou diante de mim um homem em vestes resplandecentes. 31 Ele me disse: ‘Cornélio, tua oração foi atendida e tuas esmolas foram lembradas diante de Deus. 32 Por isso, manda procurar em Jope um homem de nome Simão, conhecido como Pedro.­ Ele está hospedado na casa do curtidor de peles Simão, perto do mar’. 33 Eu te mandei chamar, e tu fizeste bem em vir. Agora, portanto, estamos todos aqui, na presença de Deus, prontos para ouvir o que o Senhor te en­carregou de nos dizer”.

 Pregação de Pedro à gente de Cornélio 

34 Então, Pedro tomou a palavra: “De fato”, disse, “estou compreendendo que Deus não faz discriminação entre as pessoas. 35 Pelo contrário, ele aceita quem o teme e pratica a justiça, qualquer que seja a nação a que perten­ça. 36 Deus enviou sua palavra aos israelitas e lhes anunciou a Boa-Nova da paz, por meio de Jesus Cristo, que é o Senhor de todos. 37 Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judéia, a começar pela Galiléia, depois do batismo pregado por João: 38 como Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Por toda a parte, ele andou fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo diabo; pois Deus estava com ele. 39 E nós somos testemunhas de tudo o que Je­sus fez na região dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram, suspendendo-o no lenho \da cruz. 40 Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia e concedeu-lhe que se manifestasse, 41 não a todo o povo, mas às testemunhas designadas de antemão por Deus: a nós, que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos. 42 E ele nos mandou proclamar ao povo e testemunhar que Deus o constituiu Juiz dos vivos e dos mortos. 43 A seu respeito, todos­ os profetas atestam: todo o que crê nele recebe, no seu nome, o perdão dos pecados”.

 O “Pentecostes dos não-judeus”

44 Pedro estava ainda falando, quando o Espí­rito Santo desceu sobre todos os que estavam escutando a palavra. 45 Os fiéis de origem judaica, que tinham vindo com Pedro, ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo fosse derramado também sobre quem era de origem pagã. 46 Pois eles os ouviam falar em línguas estranhas e louvar a grandeza de Deus. Então Pedro falou: 47 “Podemos, por acaso, negar a água do batismo a estas pessoas, que receberam, como nós, o Espírito Santo?” 48 E mandou que fossem batizados no nome de Jesus Cristo. Eles pediram, então, que Pedro ficasse alguns dias com eles.

 Relatório de Pedro à Igreja de Jerusalém 

11 1 Os apóstolos e os irmãos que viviam na Judéia souberam que também os de origem pagã haviam acolhido a palavra?de Deus. 2 Quando Pedro subiu a Jerusalém, os fiéis de origem judaica se puseram a discutir­ com ele, 3 dizendo: “Tu entraste em casa de incircuncisos e comeste com eles!”
4
Então, Pedro começou a contar-lhes, ponto­ por ponto, o que havia acontecido: 5 “Eu es­ta­va na cidade de Jope, em oração, e tive em?êxtase a seguinte visão: vi algo como um gran­de­ pano que, pelas quatro pontas, era baixado do céu e chegava até junto de mim. 6 Olhei?aten­tamente e vi dentro do pano os quadrú­pedes da terra, os animais selvagens, os répteis­ e as aves do céu. 7 Depois ouvi uma voz que me dizia: ‘Levanta-te, Pedro, mata e come’. 8 Eu respondi: ‘De modo algum, Senhor! Jamais entrou coisa profana ou impura na minha bo­ca’. 9 A voz me falou pela segunda vez: ‘Não chames impuro o que Deus tornou puro’. 10 Is­so se repetiu por três vezes. Depois o objeto foi novamente recolhido ao céu. 11 Nesse momento, três homens se apresentaram na casa em que nos encontrávamos. Tinham sido enviados de Cesaréia, à minha procura. 12 O Espí­rito me disse que eu fosse com eles, sem hesitar. Os seis irmãos que estão aqui me acompanharam, e entramos na casa daquele homem. 13 Então ele nos contou que tinha visto um anjo apresentar-se em sua casa e dizer: ‘Manda alguém a Jope para chamar Simão, conhecido como Pedro. 14 Ele te falará palavras mediante as quais serás salvo, tu e toda a tua casa’. 15 Logo que comecei a falar, o Espírito Santo desceu sobre eles, da mesma forma como descera sobre nós no princípio. 16 Então, eu me lembrei do que o Senhor havia dito: ‘João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo’. 17 Se Deus concedeu a eles o mesmo dom que a nós, que acreditamos no Senhor Jesus Cristo, quem seria eu para me opor à ação de Deus?”
18
Ao ouvirem isso, os fiéis de origem judaica se acalmaram e glorificavam a Deus, dizendo: “Também aos não-judeus Deus concedeu a conversão que leva à vida!”

 A Igreja de Antioquia 

19 Os que se haviam dispersado por causa da perseguição que se seguira à morte de Estêvão chegaram à Fenícia, à ilha de Chipre e à cidade de Antioquia, mas não anunciavam­ a Palavra a ninguém que não fosse judeu. 20 Contudo, alguns deles, habitantes de Chipre e da cidade de Cirene, chegaram a Antioquia e começaram a pregar também aos gregos, anunciando-lhes a Boa-Nova do Senhor Jesus. 21 E a mão do Senhor estava com eles. Muitas­ pessoas acreditaram na Boa-Nova e se converteram ao Senhor.
22
A notícia chegou aos ouvidos da Igreja que estava em Jerusalém. Então enviaram Bar­nabé a Antioquia. 23 Ao chegar, ele viu a graça que Deus havia concedido. Alegrou-se muito e exortou a todos para que permanecessem fiéis ao Senhor, com firmeza de coração. 24 Pois ele era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. E uma grande multidão aderiu ao Senhor. 25 Barnabé, entretanto, partiu para Tarso, à procura de Saulo. 26 Tendo-o encontrado, levou-o a Antioquia. Pas­saram um ano inteiro trabalhando jun­tos na­quela Igreja, e instruíram uma numerosa multi­dão. Em Antioquia, os discípulos foram,­ pela primeira vez, chamados com o nome de “cristãos”.
27
Naqueles dias, desceram alguns profetas de Jerusalém para Antioquia. 28 Um deles, chamado Ágabo, levantou-se e, inspirado pelo Espírito, anunciou que estava para acontecer uma grande fome por toda a terra – como de fato aconteceu no tempo do imperador Cláudio. 29 Os discípulos então decidiram, cada um segundo suas possibilidades, mandar uma ajuda para os irmãos que viviam na Judéia. 30 Assim foi feito. E enviaram a ajuda aos anciãos, por meio de Barnabé e Saulo.

 Martírio de Tiago Maior e libertação de Pedro

12 1 Por aquele tempo, o rei Herodes tomou medidas visando maltratar alguns membros da Igreja. 2 Mandou matar à espada Tiago, irmão de João. 3 Vendo que isso agradava aos judeus, mandou prender também a Pedro. Eram os dias dos Pães sem Fermento. 4 Depois de prender Pedro, Herodes lançou-o na prisão, guardado por quatro turnos de quatro soldados. Herodes tinha a intenção de apresentá-lo ao povo depois da festa da Páscoa. 5 Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja orava continuamente a Deus por ele.
6
Na noite antes que Herodes o ia fazer comparecer ante o tribunal, Pedro dormia entre dois soldados, preso com duas correntes enquanto guardas vigiavam a porta da prisão. 7 E eis que apareceu o anjo do Senhor, e uma luz iluminou a cela. O anjo tocou o ombro de Pedro, acordou-o e disse: “Levanta-te depressa!” As correntes caíram-lhe das mãos. 8 O anjo continuou: “Põe o cinto e calça tuas sandá­lias!” Pedro obedeceu, e o anjo lhe disse: “Veste tua capa e vem comigo!” 9 Pedro acompanhou-o, sem saber se a intervenção do anjo era rea­lidade; pensava que era uma visão.
10
Depois de passarem pela primeira e pela segunda guarda, chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade. O portão abriu-se so­zinho. Eles saíram, caminharam por uma rua, e logo depois o anjo o deixou. 11 Então Pedro caiu em si e disse: “Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me livrar do po­der de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava!” 12 Tendo-se orientado, foi à ca­sa de Maria, a mãe de João, chamado Marcos. Lá estavam muitos reunidos para orar. 13 Bateu no portão de entrada, e uma criada, chamada Rosa, foi atender. 14 Ela reconheceu a voz de Pedro, e tanta foi sua alegria que, em vez de abrir a porta, entrou correndo para con­tar que Pedro estava ali diante da porta. 15 “Estás louca!”, disseram-lhe. Mas ela insistia. Disseram então: “É o seu anjo”. 16 Pedro entretanto continuava a bater. Finalmente abriram a porta. Viram então que era ele e fi­caram atônitos. 17 Com a mão, Pedro fez sinal­ para que ficassem calados. Contou-lhes como o Senhor o fizera sair da prisão, e acrescentou:­ “Contem isso a Tiago e aos irmãos”. Então, saiu dali e foi para outro lugar.
18
Ao amanhecer, houve grande confusão en­tre os soldados: que fim levou Pedro? 19 He­rodes o mandou procurar, mas não conseguiu­ localizá-lo. Submeteu, então, os guardas ao interrogatório e mandou executá-los. Depois desceu da Judéia para Cesaréia e permaneceu­ lá algum tempo.

 Fim de Herodes Agripa.  O “crescimento da Palavra”

20 Herodes tinha uma rixa com os habitantes­ de Tiro e Sidônia. Estes entraram em acordo entre si e se apresentaram a ele, depois de con­quistarem as graças de Blasto, o camareiro real. Pediram para fazer as pazes, pois a região­ deles recebia alimentos do território do rei.­ 21 No dia marcado, Herodes, vestido com o traje real, sentou-se na tribuna e proferiu então­ seu discurso. 22 O povo começou a aclamar: “Esta voz é de um deus, não de um homem!” 23 Mas, imediatamente, o anjo do Senhor feriu Herodes, porque não deu a Deus a devida honra. E Herodes expirou, carcomido pelos vermes.
24
A palavra do Senhor crescia e se espalhava­ cada vez mais. 25 Tendo concluído seu ministé­rio, Barnabé e Saulo voltaram a Jerusalém, trazendo consigo João, chamado Marcos.


Expansão entre os gentios. “Concílio de Jerusalém”

 1ª viagem missionária de Saulo,  com Barnabé

13 1 Na Igreja que estava em Antioquia havia profetas e mestres: Barnabé, Si­meão, chamado o Negro, Lúcio de Cirene, Ma­naém – que fora criado junto com o tetrarca Herodes – e Saulo. 2 Certo dia, enquanto celebravam a liturgia em honra do Senhor e jejua­vam, o Espírito Santo disse: “Separai para mim Barnabé e Saulo, a fim de realizarem a obra para a qual eu os chamei”. 3 Jejuaram então e oraram, impuseram as mãos sobre Barnabé e Saulo e os deixaram partir.

 O anúncio em Chipre. Elimas

4 Enviados pelo Espírito Santo, Barnabé e Saulo desceram até Selêucia e daí navegaram para Chipre. 5 Quando chegaram a Salamina, começaram a anunciar a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus. Eles tinham João \Marcos como ajudante. 6 Atravessaram toda a ilha, até Pafos. Aí encontraram um mago e falso profeta, um judeu de nome Bar-Jesus. 7 Ele se encontrava na casa do procônsul Sérgio Paulo, um homem de bem. Este mandou chamar Barnabé e Saulo, porque desejava escutar a palavra de Deus. 8 Elimas, porém, o mago – assim se traduz seu nome –, opôs-se a eles, procurando afastar da fé o procônsul. 9 Saulo então – também chamado Paulo –, cheio do Espírito Santo, fixou os olhos em Elimas 10 e disse: “Filho do diabo, cheio de falsidade e de malícia, inimigo de toda justiça, não queres parar de entortar os caminhos do Senhor, que são retos? 11 Eis que a mão do Senhor agora cai sobre ti: vais ficar cego e, por um certo tempo, não verás a luz do sol”. No mes­mo instante envolveram-no escuridão e trevas,­ e ele começou a andar às cegas, procurando alguém que lhe desse a mão. 12 Ao ver o que acontecera, o procônsul abraçou a fé, pois ficara impressionado com o ensinamento a respeito do Senhor.

 Em Antioquia da Pisídia

13 Em Pafos, Paulo e seus companheiros em­barcaram. Chegaram então a Perge da Pan­fília. João \Marcos deixou-os e voltou pa­ra Jerusalém. 14 Eles, porém, partindo de Per­ge, chegaram a Antioquia da Pisídia. No sá­bado, entraram na sinagoga e sentaram-se. 15 Depois da leitura da Lei e dos Profetas, os chefes da sinagoga mandaram dizer-lhes: “Ir­mãos, se tendes alguma pa­lavra de exortação para o povo, falai”.
16
Paulo levantou-se, pediu silêncio com a mão e disse: “Homens de Israel e vós que te­meis a Deus, escutai! 17 O Deus deste povo de Israel escolheu os nossos pais e fez deles um grande povo, quando moravam como migrantes no Egito; e de lá os fez sair com bra­ço poderoso. 18 Durante mais ou menos quarenta anos, amparou-os no deserto. 19 Destruiu sete nações na terra de Canaã e repartiu­ a terra deles \para Israel. 20 Esse período durou quatrocentos e cinqüenta anos, aproxima­damente. Deu-lhes juízes, até o tempo do pro­feta Samuel. 21 Foi então que eles pediram um rei, e Deus concedeu-lhes Saul, filho de Cis, da tribo de Benjamim, por quarenta anos. 22 Depois de o destituir, Deus suscitou Davi como rei e assim testemunhou a seu res­peito: ‘Encontrei Davi, filho de Jessé, ho­mem segundo o meu coração, que vai realizar­ tudo o que desejo’.
23
Da descendência de Davi, conforme havia­ prometido, Deus fez surgir para Israel um Sal­vador, que é Jesus. 24 Em preparação de sua chegada, João proclamou um batismo de conversão para todo o povo de Israel. 25 Estando para terminar sua missão, João declarou: ‘Eu não sou aquele que pensais que eu seja! Mas vede: depois de mim vem aquele ao qual não sou digno de tirar as sandálias dos pés’.
26
Irmãos, descendentes de Abraão e todos vós que temeis a Deus, a nós foi enviada essa mensagem de salvação. 27 Os habitantes de Jerusalém e seus chefes não reconheceram Jesus e, ao condená-lo, cumpriram as profecias que se lêem todos os sábados. 28 Embora não encontrassem nenhum motivo para condená-lo, pediram a Pilatos que ele fosse morto. 29 Depois de realizarem tudo o que a Escritura diz a respeito dele, eles o tiraram do madeiro \da cruz e o colocaram num túmulo. 30 Mas Deus o ressuscitou dos mortos 31 e, durante muitos dias, ele foi visto por aqueles que o acompanharam desde a Galiléia até Jerusalém e que agora são suas teste­munhas diante do povo.
32
E nós vos anunciamos esta Boa-Nova: a promessa que Deus fez aos nossos pais, 33 ele a cumpriu para nós, os filhos, ao ressuscitar Jesus, como está escrito no salmo segundo:
Tu és o meu filho, eu hoje te gerei’.
34
E que Deus o ressuscitou dos mortos, sem que conhecesse a decomposição, foi dito des­ta maneira:
‘Realizarei para vós as santas e
fidedignas promessas feitas a Davi’.
35
E outro texto diz:
Não deixarás o teu santo conhecer a
decomposição’.
36
Ora, tendo cumprido a missão que Deus lhe dera, Davi adormeceu, foi para junto de seus pais e conheceu a decomposição. 37 Mas aquele que Deus ressuscitou não conheceu a decomposição. 38 Pois bem, irmãos, ficai sabendo: por meio dele vos é anunciado o perdão dos pecados. De tudo em que vós não pudestes ser justificados pela Lei de Moisés,­ 39 todo aquele que crê é justificado em Cristo. 40 Portanto, cuidai para que não vos aconteça o que está dito nos Profetas:
41
Vede, zombadores,
espantai-vos e desaparecei:
eu vou realizar em vossos dias
uma obra em que não acreditaríeis, se
vos fosse contada’”.
42
Ao saírem, pediram a Paulo e Barnabé que no próximo sábado voltassem a falar sobre esses assuntos. 43 Muitos judeus e prosélitos praticantes seguiram Paulo e Barnabé. Conversando com eles, os dois insistiam para que continuassem firmes na graça de Deus.
44
No sábado seguinte, quase toda a cidade reuniu-se para ouvir a palavra de Deus. 45 Ao ve­rem aquela multidão, os judeus ficaram fanatizados e, com blasfêmias, opunham-se ao que Paulo dizia. 46 Então, com coragem, Paulo e Barnabé declararam: “Era preciso anunciar a palavra de Deus primeiro a vós. Mas, como a rejeitais e vos considerais indig­nos da vida eterna, sabei que vamos dirigir-nos aos pagãos. 47 Pois esta é a ordem que o Senhor nos deu:
Eu te constituí como luz das nações,
para levares a salvação até os confins
da terra’”.
48
Os não-judeus se alegraram, quando ouviram isso, e glorificavam a palavra do Senhor. Todos os que eram destinados à vida eterna abraçaram a fé. 49 Deste modo, a palavra do Senhor espalhava-se por toda a região.­ 50 Mas os judeus instigaram as mulheres ricas­ e religiosas e os homens influentes da cidade,­ provocaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé e os expulsaram do seu território. 51 Então os apóstolos sacudiram contra eles a poeira dos pés e foram para Icônio. 52 E os dis­cípulos ficaram cheios de alegria e do Es­pírito Santo.

 Em Icônio, conflito entre judeus  e não-judeus

14 1 Em Icônio, igualmente, Paulo e Barnabé entraram na sinagoga dos judeus. E falaram de tal modo que uma grande­ multidão de judeus e de gregos abraçou a fé. 2 Contudo, os judeus que se negaram a acre­di­tar incitaram os não-judeus e os indispuse­ram contra os irmãos. 3 Apesar disso, Paulo e Barnabé permaneceram longo tempo em Icônio. Tendo eles plena confiança no Senhor, este atestava a pregação a respeito de sua graça, fazendo acontecer sinais e prodígios pelas mãos deles. 4 A população da cida­de se dividiu. Uns estavam do lado dos judeus, outros do lado dos apóstolos. 5 Judeus e não-judeus, tendo à frente seus chefes, es­tavam dispostos a ultrajar e apedrejar Paulo e Barnabé. 6 Percebendo isso, Paulo e Barna­bé fugiram e foram para Listra e Derbe, cida­des da Licaônia, e seus arredores. 7 E aí anunciavam a Boa-Nova.

 Em Listra (e Derbe)

8 Em Listra, havia um homem com as pernas­ paralisadas; era coxo de nascença e nunca fora capaz de andar. 9 Ele escutava o discurso de Paulo; e este, fixando nele o olhar e notando que tinha fé para ser curado, 10 disse em alta voz: “Levanta-te, põe-te de pé”. O homem?deu um salto e começou a caminhar. 11 Vendo o que Paulo acabara de fazer, a multidão exclamou em dialeto licaônico: “Os deuses desceram entre nós em forma humana!” 12 Chamavam Barnabé de Júpiter e Paulo de Mercúrio, porque era Paulo quem falava.
13
Um dos sacerdotes de Júpiter, cujo templo­ ficava defronte da cidade, levou à porta touros­ ornados de grinaldas e queria, com a multidão,­ oferecer sacrifícios. 14 Ao saberem disso, os apóstolos Barnabé e Paulo rasgaram as vestes­ e foram para o meio da multidão, gritando: 15 “Homens, que estais fazendo? Nós também somos homens mortais como vós, e vos estamos anunciando a Boa-Nova. Abandonai esses ídolos inúteis, para vos converterdes ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e?tudo­ o que neles existe. 16 Nas gerações passadas, Deus permitiu que todas as nações seguissem seu próprio caminho. 17 No entanto, não deixou de dar testemunho de si mesmo, por seus benefícios, mandando do céu chuvas e colheitas, dando alimento e alegrando vossos corações”. 18 E assim falando, com muito custo conseguiram que a multidão desistisse de lhes oferecer um sacrifício.
19
Chegaram, porém, de Antioquia e Icônio, alguns judeus que incitaram a multi­dão. Apedrejaram, pois, a Paulo e arrastaram-no para fora da cidade, pensando que estivesse­ morto. 20 Mas, enquanto os discípulos o rodea­vam, Paulo levantou-se e entrou na cidade.?No dia seguinte, partiu para Derbe, com Barnabé.­

 Volta para Antioquia da Síria 

21 Depois de terem anunciado a Boa-Nova naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, Icônio e Antioquia, 22 encora­jando os discípulos. Exortavam-nos a permanecerem firmes na fé, dizendo-lhes: “É neces­sário passar por muitos sofrimentos para entrar­ no Reino de Deus”. 23 Os apóstolos designaram­ presbíteros para cada Igreja e, com orações e jejuns, os confiavam ao Senhor em quem ha­viam acreditado. 24 Em seguida, atravessando­ a Pisídia, chegaram à Panfília. 25 Anunciaram a palavra em Perge, e depois desceram para Atália. 26 Dali embarcaram para Antioquia, de onde tinham saído, entregues à graça de Deus, para o trabalho que haviam realizado.
27
Chegando ali, reuniram a comunidade. Contaram tudo o que Deus fizera por meio de­les e como ele havia aberto a porta da fé pa­ra os pagãos. 28 Passaram depois algum tempo com os discípulos.

 A questão da circuncisão dos não-judeus 


Atos (CNB) 8