2Crônicas (CNB) 11

 Reinado de Roboão. O profeta Semeías 

11 1 Roboão chegou a Jerusalém e convocou as tribos de Judá e Benjamim, num total de cento e oitenta mil guerreiros?de elite, para fazer guerra contra Israel e re­con­quistar o reino para Roboão. 2 Mas a palavra de Deus veio a Semeías, um homem de Deus, nestes termos: 3 “Vai dizer a Roboão filho de Salomão, rei de Judá, e a todos os israelitas de Judá e de Benjamim: 4 Assim fala o Senhor: Não deveis ir para a guerra contra vos­sos irmãos. Cada qual volte para casa, pois é por minha vontade que isso aconteceu”. Eles obedeceram à palavra do Senhor e de­sistiram de marchar contra Jeroboão.
5
Residindo em Jerusalém, Roboão transformou algumas cidades de Judá em fortalezas. 6 Fortificou Belém, Etam, Técua, 7 Betsur, So­có, Odolam, 8 Gat, Maresa, Zif, 9 Adoraim, La­quis, Azeca, 10 Saraá, Aialon e Hebron, todas elas cidades fortificadas e situadas em Judá e Benjamim. 11 Deu solidez às fortificações, no­meou comandantes e instalou depósitos de man­timentos, azeite e vinho. 12 Para cada cida­de providenciou escudos e lanças, tornando-as seguras. Judá e Benjamim eram seus.

 Sacerdotes e levitas refugiados do Norte 

13 Entretanto os sacerdotes e levitas, espalhados por todo o Israel e vindo de todos os territórios, apresentaram-se a Roboão. 14 Os levitas abandonaram seus terrenos comunitários e propriedades rurais e foram para Judá e para Jerusalém, visto que Jeroboão lhes tirara o direito de servir ao Senhor como sa­cerdotes 15 e havia nomeado seus próprios sacer­dotes nos lugares altos, para o culto dos bodes e bezerros que mandara fabricar.
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No rastro desses sacerdotes e levitas vieram­ de todas as tribos de Israel pessoas com in­ten­ção de procurar o Senhor, Deus de Israel.­ Iam a Jerusalém e aí ofereciam sacrifícios ao Senhor, o Deus de seus pais. 17 Reforçaram as­sim o reino de Judá e deram apoio a Roboão filho de Salomão, durante três anos, o tempo em que seguiram o caminho de Davi e Salomão.

 Casamento e concubinas de Roboão

18 Roboão se casou com Maalat, filha de Jerimot filho de Davi, e de Abiail, filha de Eliab filho de Jessé. 19 Os filhos que ela lhe deu fo­ram Jeús, Semerias e Zoom. 20 Depois ele se?ca­sou com Maaca, filha de Absalão, que lhe deu os filhos Abias, Etai, Ziza e Salomit. 21 Roboão amava Maaca, filha de Absalão, mais que to­das as outras mulheres e concubinas. Ele tinha­ dezoito mulheres e sessenta concubinas e ge­rou vinte e oito filhos e sessenta filhas.
22
Roboão constituiu Abias filho de Maaca príncipe no meio de seus irmãos, pois preten­dia transferir-lhe a realeza. 23 Prudentemente distribuiu todos os demais filhos pelas diver­sas regiões de Judá e Benjamim, pelas cidades fortificadas, fornecendo-lhes generosos meios de subsistência e dando-lhes muitas mu­lheres em casamento.

 Infidelidade de Roboão 

12 1 Quando se consolidou seu reinado e ele se sentiu forte, Roboão abandonou a lei do Senhor e todo o Israel com ele.
2
No quinto ano do reinado de Roboão, por causa da infidelidade ao Senhor, Sesac, rei do Egito, subiu para atacar Jerusalém. 3 Trouxe mil e duzentos carros e sessenta mil cava­leiros. As tropas que vinham do Egito eram in­contáveis, com gente da Líbia, de Suc e da Etiópia. 4 Sesac tomou as cidades fortificadas­ de Judá e chegou até Jerusalém.
5
O profeta Semeías se dirigiu a Roboão e aos notáveis de Judá, que, fugindo de Sesac, se tinham reunido em Jerusalém. Disse-lhes: “Assim fala o Senhor: Vós abandonastes a mim. Agora, por minha vez, eu vos abandono nas mãos de Sesac”. 6 Os notáveis de Judá e o rei se humilharam e disseram: “O Senhor tem razão”. 7 Quando o Senhor viu que se humilha­ram, a palavra do Senhor veio a Semeías nes­tes termos: “Porque se humilharam, não os des­truirei. Vou dar-lhes uma chance. Não der­ramarei sobre Jerusalém toda a minha ira pela mão de Sesac. 8 Mas ficarão sujeitos a ele, para que assim aprendam qual a diferença entre servir a mim e servir a reinos estrangeiros”.
9
Sesac, rei do Egito, subiu a Jerusalém e se apoderou dos tesouros do templo e dos tesou­ros do palácio real. Levou tudo, inclusive os es­cudos de ouro feitos por Salomão. 10 Para subs­tituí-los, o rei Roboão mandou fazer escu­dos de bronze, confiando-os à guarda dos che­fes da escolta que ficava no posto à entrada do palácio real. 11 Toda vez que o rei se dirigia?à Casa do Senhor, a escolta levava os escudos, depositando-os depois novamente na sala de guarda. 12 Por Roboão ter-se humilhado, afastou-se dele a ira do Senhor, que não o aniquilou totalmente. De resto, em Judá também ha­via muita coisa boa.

 Fim de Roboão

13 O rei Roboão firmou-se no poder em Jerusalém e continuou a reinar.
Roboão tinha quarenta e um anos quando iniciou seu reinado. Reinou dezessete anos em Jerusalém, cidade que o Senhor escolhe­ra dentre todas as tribos de Israel para nela tor­nar presente o seu nome. A mãe de Roboão chamava-se Naama e era natural de Amon. 14
Ele praticou o mal, não se preocupou em buscar o Senhor.
15
As atividades de Roboão, das primeiras até as últimas, estão escritas nas crônicas do profeta Semeías e do vidente Ado. Durante todo o tempo havia guerras entre Roboão e Jeroboão. 16 Ele adormeceu junto a seus pais e foi sepultado na Cidade de Davi. Seu filho Abias tornou-se rei em seu lugar.

 Abias em guerra contra Israel

13 1 No décimo oitavo ano do reinado de Jeroboão, Abias começou a reinar so­bre Judá. 2 Reinou por três anos em Jerusalém. A mãe se chamava Maaca e era filha de Uriel, natural de Gabaá.
Houve guerra entre Abias e Jeroboão. 3
Abias entrou na guerra com um exército de quatrocen­tos mil soldados de elite; mas Jeroboão entrou em campo com um exército de oitocentos mil soldados de elite muito valorosos.
4
Abias postou-se no alto do monte Sema­raim, nas montanhas de Efraim, e gritou: “Es­cutai-me, Jeroboão, e todo o Israel! 5 Sabeis muito bem que o Senhor, Deus de Israel, con­cedeu a Davi o direito de reinar sobre Israel para sempre, a ele e seus descendentes, mediante uma aliança permanente. 6 Apareceu, po­rém, Jeroboão filho de Nabat, servo de Sa­lomão filho de Davi, revoltando-se contra seu senhor. 7 Em torno dele juntaram-se homens levianos e vadios, que prevaleceram contra Roboão filho de Salomão, jovem ainda e tími­do, incapaz de lhes resistir. 8 E agora que sois em grande número e tendes convosco uns be­zerros de ouro, que Jeroboão fez e vos deu co­mo deuses, vos julgais capazes de resistir ao reinado que o Senhor exerce por meio dos des­cendentes de Davi. 9 Sim, expulsastes os sa­cerdotes do Senhor, os descendentes de Aarão e os levitas, fazendo para vós sacerdotes­ como fazem os pagãos. Qualquer um que apa­rece para oferecer um novilho ou sete carneiros é feito sacerdote dos deuses que não existem! 10 Para nós, nosso Deus é o Senhor e não o abandonamos. E os ministros do Senhor são os sacerdotes descendentes de Aarão e os levitas em suas funções. 11 Diariamente de ma­nhã e de tarde oferecem ao Senhor holocaustos e suave incenso; cuidam do pão da apresentação sobre a mesa pura e do candelabro de ouro com as lâmpadas, que eles acendem todas as tardes. Sim, nós permanecemos fiéis ao servi­ço do Senhor, nosso Deus, que vós aban­do­nastes. 12 Eis que à nossa frente está Deus com seus sacerdotes, com as trombetas que anunciam o sinal da guerra contra vós. Fi­lhos de Is­rael, não façais guerra contra o Se­nhor, Deus de vossos pais, pois não tereis êxito!”
13
Jeroboão, porém, tinha mandado um destacamento dar a volta para aproximar-se por de­trás. Assim o exército estava defronte de?Ju­dá e os emboscados, atrás. 14 Quando os de Judá se viraram e perceberam que estavam sen­do atacados pela frente e pelas costas, gri­taram pelo Senhor. Os sacerdotes tocaram as trombetas 15 e os soldados de Judá fizeram ou­vir o grito de guerra. Quando os de Judá fizeram ouvir o grito de guerra, Deus feriu Je­ro­boão e todo o Israel à vista de Abias e de Judá. 16 Os de Israel fugiram de Judá e Deus os entre­gou às suas mãos. 17 Abias e o exército lhe?in­fligiram uma derrota contundente: tombaram quinhentos mil soldados de elite de Israel. 18 Na­quele dia os de Israel foram humilhados e os de Judá foram fortalecidos, porque confiaram no Senhor, Deus de seus pais. 19 Abias foi ao encalço de Jeroboão e lhe tomou diversas cidades: Betel e as aldeias, Jesana e as?al­deias, Efron e as aldeias. 20 Jeroboão não mais recuperou as forças no tempo de Abias. O Se­nhor o feriu e ele morreu.

 Fim de Abias

21 Abias firmou-se no poder. Teve quatorze mu­lheres e gerou vinte e dois filhos e dezes­seis filhas.
22
As demais atividades de Abias, o que fez e o que disse, está tudo escrito no comentário­ do profeta Ado. 23 1Abias adormeceu junto de seus pais e foi sepultado na Cidade de Davi. Seu filho Asa tornou-se rei em seu lugar, e durante­ seu reinado o país ficou tranqüilo por dez anos.

 Asa luta contra a idolatria

14 1 2Asa fez o que era bom e reto aos olhos do Senhor, seu Deus. 3Mandou destruir os altares dos deuses alheios e os lugares­ altos, 2 quebrar as colunas sagradas e cortar os postes idolátricos. 3 4Exortou os judaítas a se­rem fiéis ao Senhor, Deus de seus pais, e a observarem a lei e os mandamentos. 4 5Também acabou em todas as cidades de Judá com os lugares altos e os altares de incenso. No?seu governo o reino conheceu tranqüilidade. 5 6Com o país assim tranqüilo, construiu fortifi­cações em Judá. Não houve guerra naqueles anos, pois o Senhor lhe concedeu sossego.

 Vitória de Asa sobre o etíope Zara 

6 7Asa disse à gente de Judá: “Vamos fortifi­car aquelas cidades e rodeá-las de muralhas, torres e portões com ferrolhos. Por ora o país está livre. Porque procuramos o Senhor, nosso­ Deus, ele se ocupou de nós e nos concedeu sossego de todos os lados”. 8Começaram então­ a construir e foram bem sucedidos.
7
Asa tinha um exército, armado de escudos­ e lanças, composto de trezentos mil judaítas, e os benjaminitas, armados de escudos e treinados no uso do arco, eram duzentos e oiten­ta mil, todos eles soldados de valor. 8 9Mas Zara, o etíope, marchou contra ele com um mi­lhão?de soldados e trezentos carros, chegando até Ma­resa. 9 Asa o enfrentou e pôs-se em ordem de ba­talha no vale a norte de Ma­re­sa. 10 11Invo­cou?o Senhor, seu Deus, dizendo: “Ninguém pode co­mo tu ajudar o fraco contra o forte. Aju­da-nos,­ pois, Senhor nosso­ Deus, pois em ti nos apoiamos e em teu nome viemos para enfrentar­ esta multidão. Senhor, tu és nosso Deus. Não dei­xes um ser humano­ prevalecer contra ti”.
11
12O Senhor derrotou os etíopes diante de Asa e de Judá, e os etíopes fugiram. 12 13 Asa e o exército os perseguiram até Gerara. Tantas fo­ram as baixas dos etíopes, que não sobrou nenhum com vida, pois foi diante do Senhor e do seu acampamento que eles foram destro­çados. Os despojos de guerra foram imensos. 13 14Destruíram todas as cidades em redor de Ge­rara, dominadas pelo pânico diante do Se­nhor. Saquearam todas as cidades, pois havia­ muita coisa para levar. 14 15Também devastaram­ as tendas das áreas pastoris e levaram consigo­ grande quantidade de gado e de camelos. Depois voltaram para Jerusalém.

 Reforma religiosa de Asa, com o profeta Azarias 

15 1 O espírito de Deus agiu em Azarias filho de Oded. 2 Azarias saiu ao encon­tro de Asa e lhe disse: “Escutai-me, Asa e todo Judá e Benjamim! O Senhor está convosco enquanto vós estais com ele. Se o procurardes, ele se deixará encontrar, mas se o abando­nar­des, ele vos abandonará. 3 Durante muito tempo Israel esteve sem Deus verdadeiro, sem?sa­cerdote que desse instrução, sem lei. 4 Mas, na angústia, Israel se converteu ao Senhor, Deus de Israel. Procuraram-no e ele se deixou encontrar. 5 Anteriormente não havia segurança para quem entrasse ou saísse, e as populações­ viviam em constantes tumultos. 6 Um povo caía sobre outro povo, uma cidade sobre outra,­ porque Deus os perturbava com toda espécie de calamidades. 7 Agora vós, tende coragem e não desanimeis, pois não faltará a recompensa­ para os vossos trabalhos”.
8
Ao ouvir essas palavras proféticas, Asa se encheu de coragem e afastou os ídolos de toda a terra de Judá e de Benjamim e de todas as ci­dades conquistadas na montanha de Efraim. Também restaurou o altar do Senhor na frente­ do pórtico de seu templo. 9 Em seguida, reuniu­ todo Judá e Benjamim, como também os imi­grantes de Efraim, Manassés e Simeão que mo­ravam entre eles, e que se afastaram de Israel em grande número para aderir a Asa,?ao perceber que o Senhor Deus estava com ele.
10
Reuniram-se em Jerusalém, no terceiro mês do ano quinze do reinado de Asa. 11 Naquele dia sacrificaram ao Senhor parte da presa de guerra que tinham trazido: setecentos bois e sete mil ovelhas. 12 Celebraram uma aliança, comprometendo-se a buscar o Senhor, Deus de seus pais, de todo o coração e com toda a alma. 13 Aqueles que não procu­rassem o Senhor Deus de Israel, pequenos ou grandes, homens ou mulheres, seriam mortos. 14 Em alta voz, com exclamações de júbilo e ao toque de trombetas e berrantes, juraram ao Senhor. 15 Todo Judá alegrou-se com o juramento, pois tinham jurado de todo o coração e procurado o Senhor com vontade decidida. E o Senhor se deixou encontrar e lhes deu tranqüilidade de todos os lados.

 16
Maaca, mãe do rei Asa, foi afastada da po­sição de rainha-mãe, pois tinha feito uma abo­minação, uma imagem para Asera. Asa der­rubou-lhe o ídolo, o reduziu a pó e o queimou no vale do Cedron. 17 Entretanto os luga­res altos não desapareceram de Israel; mas Asa continuou de coração sincero por toda a vida. 18 Mandou levar para o templo o que seu pai e ele mesmo tinham doado como ofe­renda sagrada: ouro, prata e utensílios. 19 Não houve guerra até o ano trigésmo quinto do reinado de Asa.

 Guerra de Asa contra Baasa, de Israel

16 1 No ano trinta e seis do reinado de Asa, Baasa, rei Israel, marchou contra Judá e fortificou Ramá para impedir Asa, rei de Judá, de sair e de entrar.
2
Asa retirou então prata e ouro dos tesouros da Casa do Senhor e do palácio real e os enviou a Ben-Adad, rei de Aram, que residia em Damasco, e mandou dizer-lhe: 3 “Haja uma aliança entre mim e ti, entre meu pai e teu pai. Por isso envio-te prata e ouro. Põe fim à aliança com Baasa, rei de Israel, que assim terá de ficar longe de mim”. 4 Ben-Adad atendeu ao rei Asa e mandou às cidades de Israel comandantes militares, que devastaram Aion, Dã, Abel-Maim e todos os armazéns nas cidades de Neftali. 5 Quando soube disso, Baasa desistiu de fortificar Ramá e interrompeu o trabalho. 6 E o rei Asa pôs todo Judá a retirar as pedras e o madeiramento com que Baasa tinha fortificado Ramá e com esse material fortificou Gabaá e Masfa.
7
Naquele tempo o vidente Hanani apresentou-se a Asa, rei de Judá, e lhe disse: “Porque procuraste apoio no rei de Aram e não no Senhor Deus, o exército do rei de Aram es­capou de tuas mãos. 8 Os etíopes e os líbios constituíram um exército poderoso, com mui­tíssimos carros e cavaleiros, mas porque te apoiaste no Senhor, ele os entregou às tuas mãos. 9 O olhar do Senhor percorre toda a terra para ajudar os que estão com ele de co­ração sincero. Neste caso agiste de maneira tola, por isso daqui em diante terás de enfrentar guerras”. 10 Asa ficou zangado com o vidente e mandou prendê-lo, pois aborreceu-se com suas palavras. Naquele tempo Asa começou a oprimir alguns dentre o povo.

 Fim de Asa

11 As atividades de Asa, das primeiras até às últimas, estão escritas no livro dos Reis de Judá e Israel.
12
No ano trigésimo nono de seu reinado, Asa foi acometido por uma doença muito grave nos pés, mas nem mesmo na enfermidade recorreu ao Senhor, e sim aos médicos.­ 13 Asa adormeceu junto de seus pais. Morreu no ano quadragésimo primeiro de seu reinado. 14 Foi sepultado no jazigo que mandara escavar para si na Cidade de Davi. Deposita­ram-no num leito cheio de perfumes e toda espécie de ungüentos, preparados de acordo com a arte da perfumaria. Fizeram em sua honra um grandioso fogo.

 Reinado de Josafá. A Lei ensinada ao povo 

17 1 Seu filho Josafá tornou-se rei em seu lugar e conseguiu impor-se a Israel. 2 Estacionou forças militares em todas as ci­da­des­ fortificadas de Judá e guarnições no ter­ritório de Judá e nas cidades de Efraim con­quistadas por seu pai Asa.
3
O Senhor estava com Josafá, pois ele seguia os caminhos iniciais de seu pai e não procurou aos ídolos de Baal. 4 Procurou, sim, o Deus de seu pai e andou de acordo com seus mandamentos, não imitando Israel. 5 Por isso, o Senhor consolidou o seu poder real. Todo Judá levava presentes a Josafá, que as­sim granjeou muita riqueza e honra. 6 E tanto­ se animou em seguir no caminho do Se­nhor, que eliminou de Judá os lugares al­tos e os postes sagrados.
7
No terceiro ano do seu reinado enviou os notáveis Ben-Hail, Abdias, Zacarias, Natanael e Miquéias a ensinar nas cidades de Judá, 8 junto com os levitas Semeías, Natanias, Zabadias, Asael, Semiramot, Jônatas, Adonias e Tobias e os sacerdotes Elisama e Jorão. 9 Eles ensinaram em Judá, utilizando o livro da Lei do Senhor. Percorreram todas as cidades de Judá e instruíram o povo. 10 Todos os reinos vizinhos de Judá sentiam medo do Senhor e evitavam guerrear contra Josafá. 11 Houve filisteus que levaram a Josafá presentes e prata como tributo. Também os árabes levaram-lhe gado miúdo, a saber, sete mil e setecentos carneiros e sete mil e setecentos bodes.

 Organização militar de Josafá

12 Assim Josafá se tornava sempre mais poderoso, chegando ao auge. Construiu em Judá fortalezas e cidades-depósito. 13 Tinha muitos funcionários nas cidades de Judá e um exérci­to bem treinado em Jerusalém. 14 Eis como eram distribuídos os cargos, segundo os clãs. Em Judá havia como chefes de mil: o chefe Ednas, com trezentos mil soldados treinados; 15 a seu lado o chefe Joanã com duzentos e oitenta?mil soldados; 16 a seu lado Amasias filho de Zecri, que se mostrara generoso com o Senhor e ti­nha sob seu comando duzentos mil guerreiros treinados. 17 De Benjamim era o valente guerreiro Eliada, à testa de duzentos mil solda­dos armados de arco e escudo. 18 A seu lado?es­tava Jozabad, com cento e oitenta mil homens preparados para a guerra. 19 Esses estavam a serviço do rei, além daqueles que o rei tinha destacado para todas as cidades fortificadas de Judá.

 Aliança de Josafá com Acab

18 1 Josafá possuía muitas riquezas e grande renome, e assim tornou-se genro de Acab. 2 Passados alguns anos, foi encontrar-se com Acab, em Samaria. Acab mandou carnear para ele e seu séquito grande número de ovelhas e de bois, e assim o convenceu a acompanhá-lo para retomar Ramot de Galaad. 3 Acab, rei de Israel, perguntou a Josafá: “Queres ir comigo a Ramot de Galaad?” E ele respondeu: “Eu sou como tu e meu povo é como teu povo; na guerra estou contigo”.
4
Josafá disse também ao rei de Israel: “Antes­ procura saber o que diz o Senhor”. 5 O rei de Is­rael reuniu os profetas, ao todo quatrocentos,­ e consultou: “Devo ir a Ramot de Galaad para fazer guerra, ou não?” Eles responderam: “Sim, vai; Deus a entregará às mãos do rei”. 6 Jo­safá perguntou: “Não há por aqui mais al­gum profeta que possamos consultar?” 7 O rei de Israel respondeu a Josafá: “Há ainda alguém que serviria para consultar o Senhor, mas eu o odeio, porque nunca profetiza coisa boa em meu favor, mas sempre desgraça. É Mi­quéias filho de Jemla”. Josafá respondeu: “O rei não fale assim!” 8 O rei de Israel chamou­ então um de seus assistentes e lhe disse: “Depressa, vai buscar Miquéias filho de Jemla”.
9
O rei de Israel e Josafá, rei de Judá, estavam­ sentados cada qual em seu trono, vestindo tra­jes reais, na praça diante da porta de Samaria, enquanto os profetas profetizavam diante deles. 10 Sedecias filho de Canaana, fez para?si uns chifres de ferro e disse: “Assim fala o?Se­nhor: Com estes chifres derrubarás Aram até acabar com ele”. 11 Todos os demais profetas profetizavam a mesma coisa, dizendo: “Vai a Ramot de Galaad, pois serás bem sucedido; o Senhor a entregará nas mãos do rei”.
12
Entretanto o mensageiro que fora chamar Miquéias disse a este: “Vê, todos os profetas predisseram como de uma só boca coisas favo­ráveis ao rei. Tua palavra seja unânime com a deles: deves predizer coisas favoráveis”. 13 Mi­quéias respondeu: “Pela vida do Senhor, \eu?ju­ro,­ vou dizer aquilo que meu Deus me inspi­rar”.­
14
Ele apresentou-se ao rei, que lhe perguntou: “Miquéias, devemos ir a Ramot de Galaad pa­ra fazer-lhe guerra ou devemos desistir?” Ele respondeu: “Ide, sereis bem-sucedidos, eles serão entregues às vossas mãos”. 15 Então o rei lhe disse: “Quantas vezes te devo conjurar que não me digas senão a verdade em no­me do Senhor?” 16 E ele respondeu: “Vi todos os israelitas espalhados pelas montanhas co­mo ovelhas sem pastor. E o Senhor disse: Elas não têm dono. Cada um volte para casa em paz!” 17 O rei de Israel comentou para Josafá: “Eu não te disse que ele nunca profetiza coisa boa para mim, mas somente desgraça?”
18
Miquéias porém continuou: “Escutai, pois, a palavra do Senhor! Vi o Senhor sentado no trono e todo o exército celeste de pé à direita e à esquerda. 19 E o Senhor perguntou: ‘Quem será capaz de enganar a Acab, rei de Israel, e fazê-lo marchar para tombar em Ramot de Galaad?’ Um dizia uma coisa, outro dizia outra. 20 Então um espírito se adiantou e colocou-se diante do Senhor, dizendo: ‘Eu o enganarei’. E o Senhor lhe pergun­tou: ‘De que maneira?’ 21 Ele respondeu: ‘Eu vou lá e me transformo em espírito da mentira na boca de todos os profetas’. E o Senhor­ res­pondeu: ‘Quando queres enganar, tu o consegues. Vai, faze isso mesmo’. 22 É o que estás vendo agora: o Senhor colocou o espíri­to da mentira na boca destes profetas, pois decretou a desgraça contra ti”.
23
Aí Sedecias filho de Canaana se aproximou e deu uma bofetada em Miquéias, dizen­do: “Como? Será que o espírito do Senhor se afastou de mim para falar contigo?” 24 Mi­quéias respondeu: “Tu verás a resposta no dia em que fores de quarto em quarto para te es­conder”. 25 E o rei de Israel disse: “Agar­rai a Mi­quéias e entregai-o a Amon, o prefeito da cidade, e a Joás, o filho do rei, 26 com este?reca­do: ‘Assim mandou o rei: Trancai este ho­mem na prisão e alimentai-o com uma ração de pão e água como em tempo de penúria, até eu voltar são e salvo’”. 27 Miquéias respondeu:­ “Se voltares são e salvo, então o Senhor não falou por meio de mim”. E acrescentou: “Povos todos, ouvi!”
28
Assim o rei de Israel e Josafá, rei de Judá, par­tiram para Ramot de Galaad. 29 O rei de Israel disse a Josafá: “Eu vou entrar no combate disfarçado, mas tu, veste tuas roupas”. Assim o rei de Israel se disfarçou e partiu pa­ra o combate.
30
O rei de Aram tinha dado a seguinte ordem aos chefes dos carros de combate: “Não ataqueis ninguém, pequeno ou grande, a não ser unicamente o rei de Israel”. 31 Ora, quando os chefes dos carros de combate enxerga­ram a Josafá, disseram: “Aquele é o rei de Is­rael!” E o atacaram de todos os lados. Josa­fá deu um grito e o Senhor lhe veio em auxí­lio. Deus fez com que eles se afastassem­ dele. 32 Quando os oficiais dos carros de combate notaram que não era ele o rei de Israel, de­sis­tiram de persegui-lo. 33 Entretanto um sol­da­do atirou uma flecha, como ao acaso, e acertou o rei de Israel entre as juntas da cou­raça. Ele disse ao condutor: “Dá meia vol­ta e tira-me da frente de batalha, pois estou fe­rido”. 34 Naquele dia a luta foi renhida. O rei de Israel ainda ficou de pé dentro do car­ro, enfrentando os arameus, até à tardinha; mas ao pôr do sol ele morreu.

 Crítica profética 

19 1 Josafá, rei de Judá, voltou são e salvo para o palácio em Jerusalém. 2 Lá se apresentou a ele o vidente Jeú filho de Ha­nani e disse ao rei Josafá: “Então, tinhas que ajudar a um ímpio? Ou amas os que odeiam o Senhor? Por isso a ira de Deus pesa sobre ti. 3 Entretanto entre tuas ações se encontram algumas que são boas, pois eliminaste do país os troncos idolátricos e te empenhaste de coração em buscar a Deus”.

 Reforma da organização judiciária

4 Josafá residia em Jerusalém. Ia e vinha visitando o povo, desde Bersabéia até a montanha de Efraim, reconduzindo-a ao Senhor, o Deus de seus pais. 5 Nomeou juízes em todas as cidades do interior de Judá, em cada uma das cidades fortificadas. 6 E disse aos juízes: “Atendei bem ao que estais fazendo. Quando julgais, não estais representando homens, mas o Senhor, e ele está convosco quando dais a sentença. 7 Pois bem, que o temor de Deus vos domine. Sede muito cuidadosos em vosso tra­balho, pois o Senhor nosso Deus não quer sa­ber de injustiça, não faz acepção de pessoas­ e não recebe suborno”.
8
Também em Jerusalém Josafá nomeou levitas e sacerdotes e chefes das famílias de Israel para serem juízes nos assuntos religiosos e para julgar as causas dos habitantes de Jerusalém. 9 Deu-lhes as seguintes instruções: “Procedei com temor de Deus, com fidelidade e integridade de coração. 10 Quando chegar até vós alguma causa de vossos irmãos, moradores em suas respectivas cidades – em relação a assassinatos, leis, mandamentos, prescrições ou decisões judiciais – então deveis adverti-los para não pecarem e assim não atraírem a ira do Senhor contra vós e vossos irmãos. Procedendo assim, não pecareis. 11 O sacerdote Amarias será vosso presidente em se tratando de assuntos religiosos, e Zabadias filho de Ismael, príncipe na casa de Judá, presidirá quando se tratar dos interesses do rei. Tereis os levitas à disposição como oficiais. E agora firmeza, mãos à obra! O Senhor estará com quem for bom”.

 Vitória de Josafá sobre Moab e Amon 

20 1 Depois, chegaram os moabitas e os amonitas, acompanhados de alguns meunitas, para fazer guerra contra Josafá. 2 Josafá recebeu esta informação: “Uma tropa imensa de amonitas vem chegando do outro lado do mar Morto, da direção de Edom, e já estão em Asason-Tamar, ou seja, em Engadi”.
3
Josafá ficou com medo e começou a invo­car o Senhor. Decretou também um jejum­ para todo Judá, 4 e Judá se reuniu para implo­rar o auxílio do Senhor. Também das cidades­ do interior de Judá o povo acorreu para implorar o Senhor.
5
Josafá pôs-se de pé diante da assembléia de Judá e Jerusalém, na Casa do Senhor, de­fronte do pátio novo, 6 e falou: “Senhor Deus de nossos pais, tu és Deus no céu e governas todos os reinos dos povos. A ti pertencem a força e o poder e ninguém te pode resistir. 7 Acaso não foste tu, nosso Deus, que expulsas­te os habitantes desta terra diante de Israel, teu povo, para dá-la para sempre aos descendentes de Abraão, teu amigo? 8 Nesta terra se estabeleceram e nela construíram para ti um santuário em honra de teu nome, dizendo: 9 Se vier sobre nós uma desgraça, guerra, inundação, peste ou fome, e se nos colocarmos diante desta casa e diante de ti – pois esta casa leva teu nome – e clamarmos a ti por socorro do meio de nossa miséria, então tu escutarás e salvarás. 10 Pois bem, agora estão aí os amonitas e os moabitas e os habitantes das montanhas de Seir. Não permitiste que Israel entrasse em seu território quando subia do Egito,­ tendo de recuar sem poder exterminá-los. 11 Eis que agora nos dão a paga, querendo-nos expulsar da propriedade que nos deste. 12 Não os queres julgar, Deus nosso? Nós não temos for­ça para enfrentar essa multidão de amonitas que vem contra nós. Não sabemos o que fazer.­ E assim nossos olhos se voltam para ti”. 13 E todo Judá se mantinha de pé diante do Senhor,­ inclusive as mulheres, crianças e anciãos.
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Então no meio da assembléia o espírito do Senhor desceu sobre Jaaziel filho de Zaca­rias, filho de Banaías, filho de Jeiel, filho de Matanias, levita descendente de Asaf. 15 Ele ex­clamou: “Atenção, todo Judá, moradores de Je­rusalém e tu, rei Josafá! Assim vos fala o Se­nhor: Não deveis temer nem tremer à vista des­sa multidão enorme, pois a luta não é vos­sa, e sim de Deus. 16 Amanhã deveis sair para os atacar. Eles vão subir pela encosta de Sis e topareis com eles na extremidade superior do vale, à entrada do deserto de Jeruel. 17 Não sois vós que ides fazer este combate. Tomai posição, ficai parados, observando como o Senhor­ vos salvará, Judá e Jerusalém! Não deveis temer nem tremer. Saí-lhes amanhã ao encontro e o Senhor estará convosco”.
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Josafá inclinou-se até o rosto tocar no chão. E todos os habitantes de Judá e de Je­rusalém se prostraram diante do Senhor e o adoraram. 19 Os levitas caatitas e coreítas se levantaram e com voz forte e sonora cantaram hinos ao Senhor, Deus de Israel.
20
Na manhã seguinte, bem cedo, saíram ao de­serto de Técua. À saída, Josafá tomou a pa­lavra e disse: “Escutai-me, gente de Judá e de Jerusalém! Firmai-vos no Senhor, vosso Deus, e assim vos mantereis firmes. Firmai-vos nos profetas e tudo sairá bem para vós”. 21 Depois combinou com o povo que os cantores sacros se apresentariam em paramentos sa­grados para entoar hinos, e ao marchar à frente dos soldados armados cantariam: “Lou­vai o Senhor, pois eterno é seu amor”.
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Logo que ressoaram os cantos de alegria, o Senhor fez os amonitas, os moabitas e os mo­radores de Seir, que marchavam contra Judá, cair numa emboscada, de modo que co­meçaram a tombar. 23 Então os amonitas e os moabitas atacaram os habitantes de Seir para os aniquilar e exterminar. E depois de liquida­dos os habitantes de Seir, empenharam-se em destruir-se uns aos outros. 24 Quando os de Ju­dá subiram ao ponto elevado de onde se enxer­gava o deserto, olharam para a multidão: só viram cadáveres deitados pelo chão, sem que houvesse um sobrevivente. 25 Josafá com o po­vo foi recolher os despojos. Encontraram gran­de quantidade de gado, objetos de uso, roupas e preciosidades. Agarraram mais do que podiam carregar. A presa de guerra era tanta que ficaram juntando durante três dias. 26 No quarto dia reuniram-se no vale da Bênção, onde bendisseram ao Senhor. (Por isso o lugar é chamado “Vale da Bênção” até hoje.)
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Em seguida toda a gente de Judá e Jerusa­lém voltou, com Josafá à frente. Regressaram­ para Jerusalém com grande alegria por causa­ do Senhor, que lhes dera a vitória sobre os inimigos. 28 Entraram em Jerusalém ao som de harpas, cítaras e trombetas e chegaram à Ca­sa do Senhor. 29 O terror do Senhor se apos­sou dos reinos da região, ao ouvirem co­mo o Senhor havia combatido contra os inimigos de Israel. 30 Depois, o reinado de Josafá conheceu tranqüilidade, pois Deus lhe dera sossego por todos os lados.

 Fim de Josafá. A frota naufragada

31 Assim foi o reinado de Josafá sobre Judá. Ti­nha trinta e cinco anos quando iniciou o rei­nado. Ele reinou vinte e cinco anos em Je­rusalém. A mãe se chamava Azuba, filha de Selaqui. 32 Ele seguiu o caminho de seu pai, Asa, e dele não se afastou, fazendo o que era reto aos olhos do Senhor. 33 Todavia os lugares altos não foram abolidos, nem o povo aderiu de todo o coração ao Deus de seus pais.
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As demais atividades de Josafá, das primeiras até às últimas, estão escritas nas Crônicas de Jeú filho de Hanani e foram incluídas no Livro dos Reis de Israel. 35 No fim, Josafá, rei de Judá, aliou-se a Ocozias, rei de Israel, que procedia de maneira pecamino­sa. 36 Josafá aliou-se a ele com o fim de fabri­car navios que iriam a Társis; os navios foram­ feitos em Asiongaber. 37 Então Eliezer filho de Dodias, natural de Maresa, profetizou contra Josafá, dizendo: “Já que te aliaste a Ocozias, Deus vai arrebentar a tua obra”. De fato, os navios naufragaram sem conseguir chegar a Társis.

 Reinado desastroso de Jorão

21 1 Josafá adormeceu junto de seus pais e foi sepultado junto dos antepassados na Cidade de Davi. Seu filho Jorão lhe sucedeu no trono.
2
Seus irmãos, filhos de Josafá, eram Azariá,­ Jaiel, Zacarias, Azarias, Miguel e Safa­tias. Todos esses eram filhos de Josafá, rei de Israel. 3 O pai lhes tinha dado muitos presentes em prata, ouro e jóias, além de cidades fortifi­cadas em Judá, mas o trono ele dera a Jorão, por ser este o primogênito. 4 Depois de ter su­bido ao trono do pai e ter-se firmado no poder,­ Jorão mandou matar pela espada todos os irmãos e também alguns dos notáveis de Israel.­
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Jorão tinha trinta e dois anos quando se tornou rei. Ele reinou oito anos em Jerusalém.­ 6 Seguiu o exemplo dos reis de Israel e seu proceder foi igual ao da casa de Acab, pois ca­sara-se com uma filha de Acab e assim fez o que é mau aos olhos do Senhor. 7 Mas por cau­sa da aliança feita em favor de Davi, o Se­nhor não quis acabar com a casa de Davi, pois prometera manter sempre acesa uma lâmpada para ele e para seus descendentes.
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Em seus dias os edomitas se rebelaram con­tra o domínio de Judá e constituíram um rei para si. 9 Jorão atravessou a fronteira, acompa­nhado dos oficiais e de todos os carros de com­bate. Durante a noite ele avançou e bateu os edomitas que o tinham cercado, a ele e aos comandantes dos carros. 10 Mas Edom ficou rebelado contra o domínio de Judá até hoje.
Naquela época também Lebna se rebelou con­tra o domínio de Jorão. Foi porque ele abandonara o Senhor, o Deus dos pais. 11
Ele mesmo­ mandou construir lugares de culto nas colinas de Judá e assim induziu os moradores de Jerusalém à idolatria e levou Judá à apostasia.
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Então chegou às suas mãos um escrito do profeta Elias nestes termos: “Assim falou o Se­nhor, o Deus de teu pai Davi: Não seguiste o exemplo de teu pai Josafá e o de Asa, rei de Judá, 13 mas o dos reis de Israel. Induziste Judá e os habitantes de Jerusalém à idolatria, assim­ como o fez a casa de Acab, e por cima assassi­naste teus irmãos, da casa de teu pai, que eram melhores do que tu. 14 Por isso o Senhor vai?fa­zer cair uma desgraça terrível sobre teu povo, teus filhos, tuas mulheres e sobre todas as tuas propriedades. 15 Tu mesmo ficarás gravemente enfermo de uma doença intestinal, que no decorrer do tempo fará os intestinos saírem”.
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O Senhor despertou contra Jorão a fúria dos filisteus e dos árabes vizinhos dos etío­pes. 17 Eles marcharam contra Judá e entraram­ no país. Levaram consigo todas as riquezas que encontraram no palácio real, inclusive os filhos e as mulheres. Ficou sobrando apenas Joacaz, o caçula dos filhos.
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Depois de tudo isso, Deus lhe mandou uma doença intestinal incurável. 19 Depois de algum tempo, mais exatamente ao cabo de dois anos, a doença lhe fez sair os intestinos e assim ele morreu com dores horríveis. O povo não lhe queimou aromas, como fizeram­ com os antepassados. 20 Tinha subido ao trono­ aos trinta e dois anos de idade e reinou oito anos em Jerusalém. Ele se foi sem deixar saudades e foi sepultado na Cidade de Davi, não porém no cemitério dos reis.


2Crônicas (CNB) 11