2Crônicas (CNB) 22

 Reinado de Ocozias 

22 1 Os habitantes de Jerusalém puseram no trono a Ocozias, filho mais novo de Jorão, uma vez que os mais velhos foram mortos por um bando de assaltantes que junto com os árabes invadiram o acampamento. As­sim tornou-se rei Ocozias filho de Jorão, rei de Judá.
2
Ocozias tinha vinte e dois anos quando as­sumiu o poder e reinou um ano em Jerusa­lém. A mãe se chamava Atalia e era filha de Amri. 3 Ocozias seguiu os exemplos da casa de Acab, porque a mãe lhe dava maus conse­lhos. 4 Fez o que é mau aos olhos do Senhor, como fizeram os da casa de Acab, pois estes foram seus conselheiros desde a morte do pai e assim o levaram à perdição.
5
Seguindo-lhes o conselho, Ocozias partiu­ junto com Jorão filho de Acab e rei de Israel,­ para fazer guerra contra Hazael, rei de Aram, em Ramot de Galaad. Mas os arameus feriram Jorão. 6 Este voltou para restabelecer-se em Jezrael das feridas recebidas em Ramot, quando lutava contra Hazael, rei de Aram.

 Ocozias assassinado por Jeú

Então Ocozias filho de Jorão e rei de Judá, desceu para visitar Jorão filho de Acab, em Jezrael, durante a enfermidade. 7 Por disposição divina, essa visita a Jorão tornou-se fatal para Ocozias. Chegando lá, saiu com Jorão ao encontro de Jeú filho de Namsi, que fora un­gido pelo Senhor para exterminar a casa de Acab. 8Ora, enquanto Jeú executava a sentença contra a família de Acab, encontrou os notáveis de Judá e os sobrinhos de Ocozias, que estavam na comitiva de Ocozias. Ele os ma­tou a todos. 9 Depois foi à procura de Oco­zias, que foi preso quando se mantinha escon­dido em Samaria. Foi conduzido a Jeú, que mandou executá-lo. Deram-lhe sepultura, pois diziam: “Ele é neto de Josafá, que procurou a Deus de todo o coração”.

 Atalia usurpa o trono

Não havia na família de Ocozias ninguém em condição de assumir a realeza. 10 Atalia, mãe de Ocozias, sabendo da morte do filho, foi e liquidou todos os descendentes da casa real de Judá. 11 Mas Josabet, filha do rei, se­qües­trou Joás filho de Ocozias. Tirou-o secre­tamente do meio dos filhos do rei que iam ser assassinados e levou-o junto com a ama para o quarto de dormir, onde o escondeu. Assim Josabet, filha do rei Jorão, esposa do sacerdo­te Joiada e irmã de Ocozias, ocultou Jorão de modo que Atalia não conseguiu matá-lo. 12 O menino ficou com eles escondido no templo durante seis anos, enquanto Atalia como rainha governava o país.

 Unção real de Joás e morte de Atalia 

23 1 No sétimo ano, Joiada sentiu firmeza e convocou os chefes de cem – Aza­rias filho de Jeroam, Ismael filho de Joanã, Azarias filho de Obed, Maasias filho de Adaías e Elisafat filho de Zecri – e fez um pacto com eles. 2 Percorreram Judá para reunir os levitas de todas as cidades de Judá e os chefes das famílias israelitas. Depois foram a Jerusalém. 3 Toda a assembléia fez uma aliança com o rei, na casa de Deus. Joiada lhes disse: “Aqui está o rei. Ele reinará, conforme o Senhor falou a respeito dos descendentes de Davi. 4 Eis o que deveis fazer: uma terça parte de vós, sacerdotes e levitas que entrareis no sábado, ficará como porteiros junto às entradas; 5 outra terça parte ficará jun­to ao palácio real e outro terço, junto à porta do Fundamento; e todo o povo estará nos pátios da Casa do Senhor. 6 Ninguém en­trará no templo a não ser os sacerdotes e le­vitas em serviço. Eles podem entrar, pois es­tão santificados; todo o povo guardará o ritual do Senhor. 7 Os levitas cercarão o rei,?ca­da um com a arma na mão, para matar quem entrar no templo. Eles devem rodear o rei quan­do ele entrar e sair”.
8
Os levitas e a gente de Judá fizeram tudo o que o sacerdote Joiada tinha ordenado. Ca­da um ficou com seu grupo, tanto os que?en­travam no sábado como os que no sábado iam embora, pois o sacerdote Joiada não dispensou nenhuma das classes. 9 O sacerdote­ Joiada entregou aos chefes de cem as lanças e os escudos de diversos formatos que tinham­ pertencido ao rei Davi e se encontravam no templo. 10 Mandou que todo o povo, cada um com o dardo na mão, tomasse posição, formando um círculo em volta do rei, desde o lado direito até o lado esquerdo do templo, jun­to ao altar e o edifício. 11 Então fizeram o filho do rei sair, impuseram-lhe o diadema e as insígnias e proclamaram-no rei. Joiada e os filhos o ungiram, enquanto ressoavam os gritos: “Viva o rei!”
12
Quando Atalia ouviu os gritos da multidão­ que acorria para aclamar o rei, dirigiu-se à Casa do Senhor para junto do povo. 13 Quando­ olhou, viu o rei em pé sobre o pedestal junto à entrada e os chefes e as trombetas a seu?lado, enquanto todo o povo da terra gritava de alegria ao som das trombetas e os cantores com os instrumentos musicais animavam a explosão de júbilo. Então Atalia rasgou as vestes e gritou: “Traição! Traição!”
14
Então o sacerdote Joiada deu ordens aos chefes de cem que comandavam o exército, di­zendo: “Levai-a para fora do templo passando pelas fileiras. Quem a seguir, seja mor­to pela espada”. (O sacerdote tinha dito que não deviam matá-la dentro do recinto do templo.) 15 Puseram a mão nela e conduziram-na, pela porta dos Cavalos, rumo ao palácio real, onde a mataram.

 Reforma religiosa do sacerdote Joiada

16 Em seguida, Joiada firmou uma aliança en­tre o Senhor de um lado e, de outro lado, o po­vo todo e o rei, comprometendo-se a serem o povo do Senhor. 17 Depois toda a multidão di­rigiu-se para o templo de Baal e o destruiu. Quebraram os altares e as imagens e mataram a Matã, sacerdote de Baal, diante dos altares.
18
Joiada confiou a responsabilidade da Casa do Senhor aos sacerdotes e levitas, segundo as classes em que Davi os havia dividido para o serviço da Casa do Senhor: oferecer holocaustos ao Senhor, conforme está escrito na Lei de Moisés, tudo com muita alegria e cânticos, compostos por Davi. 19 Instalou porteiros junto às portas da Casa do Senhor, impedindo a entrada de qualquer um que não estivesse totalmente puro. 20 Convocou os chefes de cem, os nobres, as autoridades e todo o povo da terra, e juntos foram buscar o rei na Casa do Senhor e o conduziram pela porta Superior ao palácio real. Lá fizeram o rei assentar-se no trono real. 21 Todo o povo da terra estava em festa. A cidade ficou tranqüila. Atalia foi morta pela espada.

 Reinado de Joás e reforma do templo 

24 1 Joás tinha sete anos quando se tornou rei. Ele reinou em Jerusalém por quarenta anos. A mãe se chamava Sebias e era de Bersabéia. 2 Enquanto vivia o sacerdote Joia­da, Joás fez o que é reto aos olhos do Senhor. 3 Joiada lhe arranjou duas mulheres, das quais teve filhos e filhas.
4
A certa altura, Joás concebeu o plano de reformar a Casa do Senhor. 5 Reuniu os sacer­dotes e os levitas e lhes disse: “Ide pelas cida­des de Judá e coletai cada ano em todo o Israel­ dinheiro para a manutenção da casa de vosso Deus. Fazei isso sem demora”. Mas os levitas­ não tiveram pressa. 6 Então o rei chamou Joiada, que era o chefe, e disse: “Por que não exi­giste que os levitas trouxessem de Judá e de Jerusalém o tributo que Moisés, o servo do Senhor, impôs à comunidade de Israel para a Tenda da Aliança? 7 A perversa Atalia e sua laia arruinaram a casa de Deus e por cima em­pregaram todos os objetos votivos da Casa do Senhor no culto dos ídolos de Baal”.
8
Então o rei mandou fabricar e instalar uma caixa à entrada da Casa do Senhor, do lado de fora. 9 Depois fez publicar em Judá e em Jerusalém a ordem de trazer para o Senhor o tributo que Moisés, o servo do Senhor, no deserto havia imposto a Israel. 10 Todas as au­toridades e todo o povo ficaram satisfeitos. Trouxeram o tributo e o lançaram na caixa até enchê-la. 11 Cada vez que a caixa era leva­da por intermédio dos levitas para a fiscaliza­ção do rei e percebendo-se que nela havia mui­to dinheiro, chegava o chanceler do rei com o fiscal do sumo sacerdote. Esvaziavam­ a caixa que depois era levada de volta e re­co­locada no lugar. Assim faziam dia por dia e juntaram dinheiro em grande quantidade. 12 O rei e Joiada entregavam o dinheiro aos em­preiteiros das obras da Casa do Senhor, que contratavam cortadores de pedra e carpinteiros para a reforma e também artesãos em ferro e bronze para os consertos na Casa do Senhor. 13 Os empreiteiros empenharam-se bastante e as obras da reforma progrediram­ sob sua direção. Restauraram a casa de Deus con­forme fora projetada e a reforçaram.­ 14 Quando terminaram, levaram o resto do di­nheiro ao rei e a Joiada, e com isso foram?fabricados utensílios para a Casa do Senhor, obje­tos para o culto e para os holocaustos,?como tigelas e objetos de ouro e de prata. Ofe­re­ciam-se holocaustos na Casa do Senhor­ conti­nuamente, durante todo o tempo de Joiada.
15
Joiada ficou idoso e morreu cumulado de anos: tinha cento e trinta anos quando veio a falecer. 16 Foi sepultado na Cidade de Davi junto aos reis, pois tinha feito coisa boa em Je­rusalém, para Deus e seu templo.

 O profeta Zacarias, filho de Joiada 

17 Depois da morte de Joiada chegaram os notáveis de Judá e se prostraram diante do rei, que lhes deu ouvidos. 18 Abandonando a Casa do Senhor Deus de seus pais, prestaram culto a postes idolátricos e a imagens esculpidas. E por causa dessa ofensa, a ira divina veio sobre Judá e Jerusalém. 19 O Senhor lhes enviou profetas para os converter a si, mas apesar de todas as admoestações não deram ouvido. 20 Então o espírito de Deus envolveu Zacarias, filho do sacerdote Joiada, que se apresentou ao povo e disse: “Assim fala Deus: Por que transgredis os mandamentos do Senhor e comprometeis vossa prosperidade? Abandonastes o Senhor e por isso ele também vos abandonará”. 21 Mas eles conspiraram contra ele e o mataram a pedradas, por ordem do rei, no pátio da Casa do Senhor. 22 Joás não quis lembrar-se dos benefícios que recebera de Joiada, pai do profeta. Ao contrário, matou-lhe o filho, que ao morrer exclamou: “Oxalá o Senhor veja e peça contas”.

 Assassinato de Joás

23 Ao cabo de um ano, o exército de Aram marchou contra Joás. Invadiram Judá e Jerusalém, exterminaram a todos os que tinham autoridade no meio do povo e enviaram toda a presa de guerra ao rei de Damasco. 24 (Na verdade, o exército de Aram chegara com um número reduzido de homens, mas o Senhor lhes deu a vitória sobre o exército muito maior \de Judá, porque abandonou o Senhor, Deus de seus pais.) Assim deram o castigo a Joás. 25 Quando partiram, deixaram-no atrás gravemente enfermo. Os ministros conspira­ram contra ele, por causa do assassinato do filho do sacerdote Joiada, e o mataram na?cama. Depois que morreu foi sepultado na Ci­dade de Davi, mas não no cemitério dos reis. 26 Os conspiradores foram Zabad, filho da amonita Semaat, e Jozabad, filho da moa­bi­ta­ Semarit. 27 Os filhos de Joás, os vultosos tributos por ele arrecadados, a restauração da casa de Deus, tudo isto está registrado no Comentário do Livro dos Reis. Seu filho Ama­sias tornou-se rei em seu lugar.

 Reinado de Amasias. Guerra contra Edom 

25 1 Amasias tornou-se rei aos vinte e cinco anos e reinou vinte e nove anos em Jerusalém. A mãe se chamava Joaden e era na­tural de Jerusalém. 2 Fez o que é reto aos olhos do Senhor, embora não de coração in­diviso. 3 Uma vez firmado no reinado, mandou­ matar seus servos que tinham assassinado o rei, seu pai. 4 Mas não mandou matar os filhos,­ pois no Livro da Lei de Moisés está escrito o mandamento do Senhor: “Os pais não devem morrer por causa dos filhos, nem os filhos por causa dos pais, pois cada um deve morrer por causa de seu pecado”.
5
Amasias reuniu os homens de Judá e com eles formou um exército organizado à base das diversas famílias, com chefes de mil e de cem, de Judá e de Benjamim. Passou em revista os que tinham de vinte anos para cima e verificou que havia trezentos mil soldados de elite, prontos para a guerra, manejando lança e escudo. 6 Também contratou por cem talentos­ (\umas três toneladas) de prata cem mil valen­tes guerreiros do reino de Israel. 7 Mas um ho­mem de Deus apresentou-se dizendo: “Ó rei, o exército de Israel não deve ir contigo, pois o Senhor não está com Israel, com nenhum filho de Efraim. 8 Se vier, \em vão te esforçarás­ para a guerra. Deus te fará cambalear diante do inimigo, pois ele tem o poder de ajudar e de derrubar”. 9 Amasias perguntou ao homem de Deus: “Que vai ser dos cem talentos de pra­ta que dei aos soldados de Israel?” O homem de Deus respondeu: “O Senhor pode dar muito mais do que isto”. 10 Então Amasias despediu a tropa que viera de Efraim, mandan­do-os para casa. Eles ficaram cheios de raiva contra Amasias. Voltaram para casa furiosos.
11
Amasias sentiu-se forte e fez o povo marchar para a guerra. Dirigiu-se para o vale do Sal e derrotou dez mil seiritas. 12 Judá capturou­ cem mil ainda vivos e os conduziu ao cume do Rochedo e de lá os precipitou para baixo, onde se esfacelaram. 13 Mas os homens da tropa que Amasias não quis levar consigo para a guerra e tinha mandado de volta foram saqueando as cidades de Judá, desde Samaria até Bet-Horon, matando três mil pessoas e levando uma imensidão de despojos.

 Infidelidade religiosa de Amasias

14 Ao voltar para casa, depois da vitória so­bre os edomitas, Amasias levou consigo os deuses dos seiritas e os instalou como sendo seus próprios deuses. Prostrou-se diante deles e lhes queimou incenso. 15 Por isso acendeu-se a ira divina contra Amasias e o Senhor­ mandou-lhe um profeta que disse: “Por que te dirigiste aos deuses alheios, que não salva­ram de tuas mãos o próprio povo?” 16 Enquanto ainda falava, o rei lhe disse: “Acaso te fi­zeram conselheiro do rei? Pára de falar! Para que te matariam?” E o profeta parou, mas ain­da lhe disse: “Eu percebo que Deus decidiu arruinar-te porque fizeste isso e não ouviste o meu conselho”.

 Amasias derrotado pelo rei de Israel

17 Amasias, rei de Judá, aconselhou-se e mandou dizer a Joás filho de Joacaz, filho de Jeú, rei de Israel: “Vem! Vamos medir forças!”­ 18 Joás, rei de Israel, mandou responder a Amasias, rei de Judá: “O espinheiro do Líbano mandou dizer ao cedro do Líbano: ‘Dá tua filha em casamento a meu filho’. Mas um animal selvagem do Líbano passou e pisoteou o espinheiro. 19 Tu pensas na tua vitória sobre os edomitas e com isto ficaste orgulhoso e queres conquistar glórias. Agora, volta para casa. Por que queres desafiar a desgraça, para caíres, tu e todo Judá contigo?” 20 Mas Amasias não quis escutar, pois foi a intenção de Deus que ele caísse no poder do inimigo. Isto, porque ele se tinha dirigido aos deuses de Edom.
21
Joás, rei de Israel, avançou e os dois, ele?e Amasias, rei de Judá, mediram forças em Bet-Sames, que pertencia a Judá. 22 Os de Judá fo­ram totalmente batidos pelos de Israel e fugiram, cada qual para sua tenda. 23 Quanto a Amasias, rei de Judá, filho de Joás filho de Oco­zias, foi preso por Joás, rei de Israel, em Bet-Sames. Este o levou para Jerusalém, onde abriu uma brecha de duzentos metros na mu­ralha da cidade, desde a porta de Efraim até a porta do Ângulo. 24 Tomou todo o ouro e?to­da a prata, os utensílios que se encontravam na casa de Deus sob os cuidados de Obed-Edom, os tesouros do palácio real e ainda al­guns reféns. Depois voltou para Samaria.

 Fim de Amasias

25 Depois da morte de Joás filho de Joacaz, rei de Israel, Amasias filho de Joás, rei de Ju­dá, ainda viveu quinze anos. 26 As outras atividades, das primeiras até às últimas, estão­ escritas no Livro dos Reis de Judá e de Israel.­ 27 Desde a época em que Amasias se afastou do Senhor, começaram a tramar uma conspi­ração­ contra ele em Jerusalém. Ele fugiu para Laquis,­ mas perseguiram-no até ali, onde o mataram. 28 Colocaram-no sobre cavalos e se­pultaram-no junto de seus pais na Cidade de Davi.

 Reinado de Ozias (Azarias) 

26 1 Todo o povo de Judá foi buscar Ozias e o proclamaram rei no lugar de seu pai Amasias. Ozias tinha então dezesseis anos de idade. 2 Foi ele que, depois que o rei adormecera junto de seus pais, fortificou Elat, reintegrando-o a Judá.
3
Ozias tornou-se rei com dezesseis anos de idade. Ele reinou cinqüenta e dois anos em Jerusalém. A mãe, natural de Jerusalém, chamava-se Jequelias. 4 Ele fez o que é reto aos olhos do Senhor, procedendo em tudo como seu pai Amasias. 5 Procurou o Senhor enquanto vivia Zacarias, que o educara no temor de Deus. E enquanto seguia o Senhor, Deus lhe dava sucesso.

 Poderio militar de Ozias 

6 Ozias partiu para a guerra contra os filisteus. Derrubou os muros de Gat, de Jabne e de Azoto. Construiu fortificações em Azoto e na terra dos filisteus. 7 Deus o ajudou na luta con­tra os filisteus e os árabes, sediados em Ge­rara, e contra os meunitas. 8 Eles tornaram-se tributários de Ozias, cuja fama chegou até a fronteira do Egito, pois tornara-se muito poderoso.
9
Ozias construiu em Jerusalém torres fortificadas sobre a porta do Ângulo, a porta do Va­le e a esquina do muro. 10 Também construiu­ torres no deserto e mandou cavar muitas cisternas, pois possuía muito gado na planície costal e no planalto; havia agricultores e vi­nha­teiros nas montanhas e na região agrícola,­ pois gostava do cultivo da terra.
11
Ozias tinha um exército de guerreiros, que saíam para a luta divididos em unidades alista­das sob a responsabilidade do secretário Jeiel e de Maasias, comissário às ordens de Hana­nias, um dos oficiais do rei. 12 Os chefes de clãs entre os guerreiros somavam dois mil e seis­centos. 13 Sob seu comando estava um exér­cito de trezentos e sete mil e quinhentos homens aguerridos, prontos para com toda a for­ça ajudar o rei contra o inimigo. 14 Ozias forne­ceu a todo o exército escudos e lanças, capace­tes e couraças, arcos e pedras para as fundas. 15 Mandou fabricar em Jerusalém apetrechos de guerra muito bem inventados, para colocá-los no alto das torres e sobre os ângulos dos muros, para lançar flechas e grandes pedras. Sua fama chegou a regiões distantes, pois ele recebeu um auxílio miraculoso e assim tornou-se poderoso.

 Orgulho punido com a lepra 

16 Mas à medida que crescia o poder, seu coração se exaltava, para sua perdição. Foi infiel ao Senhor, seu Deus, indo ao templo para \pessoalmente oferecer incenso no altar do incenso. 17 O sacerdote Azarias com mais oitenta sacerdotes do Senhor, pessoas valoro­sas, foram atrás 18 do rei Ozias para o impedir, dizendo: “Não compete a ti, Ozias, oferecer incenso ao Senhor; isso compete aos sacerdo­tes descendentes de Aarão, consagrados para o sacrifício do incenso. Retira-te do santuário, pois pecaste e não é nenhuma honra para ti, da parte do Senhor Deus”. 19 Ozias irritou-se e ficou com o turíbulo na mão para in­cen­sar. E enquanto ralhava com os sacerdotes, apareceu a lepra em sua testa, na presença dos sacerdotes, dentro da Casa do Senhor, ao lado do altar do incenso. 20 E quando o sumo sa­cerdote Azarias e todos os sacerdotes se vol­taram para ele, viram que ele tinha a lepra na testa. Trataram de afastá-lo rapidamente de lá. Ele mesmo teve pressa em sair, pois o Se­nhor o ferira.
21
O rei Ozias continuou leproso até à morte.­ Ficou morando em casa separada, tomado pela lepra e, por isso, excluído da Casa do Senhor. Entrementes o filho Joatão tomou conta do palácio real e governou o povo da terra. 22 As demais atividades de Ozias, das primeiras até às últimas, foram escritas pelo profeta Isaías filho de Amós. 23 Ozias adormeceu junto de seus pais e foi sepultado no cemitério dos reis (pois diziam: “Ele foi leproso”). Seu filho Joatão tornou-se rei em seu lugar.

 Reinado de Joatão

27 1 Joatão tinha vinte e cinco anos quando começou a reinar. Ele reinou de­zesseis anos em Jerusalém. A mãe se chama­va Jerusa e era filha de Sadoc. 2 Ele fez sempre o que é reto aos olhos do Senhor, como o fizera seu pai Ozias, só que não entrou na Casa do Senhor. Mas o povo continuou agindo mal.
3
Foi ele que construiu a porta Superior da Casa do Senhor e executou ampla obra no muro do Ofel. 4 Construiu cidades nas montanhas de Judá e fortificações e torres na região­ da mata. 5 Fez guerra com o rei dos amonitas e o venceu. Naquele ano os amonitas lhe en­tregaram cem talentos – \umas três toneladas – de prata, dez mil tonéis de trigo e outros tantos de cevada, e no segundo e no terceiro anos a mesma coisa. 6 Joatão se tornou poderoso, porque mantinha reto seu caminho diante do Senhor, seu Deus. 7 As demais atividades de Joatão, suas guerras e seu proceder, tudo isso está escrito no Livro dos Reis de Israel e de Judá. 8 Começou a reinar aos vinte e cinco anos e reinou dezesseis anos em Jerusalém. 9 Joatão adormeceu com os antepassados e foi sepultado na Cidade de Davi. Seu filho Acaz tornou-se rei em seu lugar.

 Reinado de Acaz, dado à idolatria

28 1 Acaz tinha vinte anos quando começou a reinar. Ele reinou dezesseis anos em Jerusalém. Não fez o que é reto aos olhos do Senhor como o havia feito Davi, seu pai. 2 Seguiu o exemplo dos reis de Israel,­ inclusive mandou fazer imagens de metal fun­dido de Baal. 3 Queimou incenso no vale dos filhos­ de Enom e até passou seus filhos ao fogo, se­gundo os costumes abomináveis das nações que o Senhor tinha expulso à fren­te dos israe­litas. 4 Ofereceu sacrifícios e incenso nos luga­res altos e nas colinas, e sob qualquer ár­vore frondosa.

 Insucessos de Acaz contra Aram

5 O Senhor Deus o entregou ao poder do rei de Aram, que o derrotou e levou grande número de seus homens presos para Damasco. Caiu também no poder do rei de Israel, que lhe infligiu fragorosa derrota. 6 Facéia filho de Romelias matou em Judá cento e vinte mil num só dia, soldados valorosos, porque tinham abandonado o Deus de seus pais. 7 Zecri, um dos valentes de Efraim, matou o príncipe Maasias, Ezricam, mordomo do palácio, e Elcana, o primeiro ministro do rei. 8 De seus irmãos, os israelitas levaram como prisioneiras duzentas mil mulheres, filhos e filhas e enorme quantidade de despojos, transportando tudo para Samaria.
9
Ora, havia lá um profeta do Senhor, chamado Oded. Saiu ao encontro do exército que entrava em Samaria e falou: “Foi por estar irritado contra Judá que o Senhor, o Deus de seus pais, os entregou em vosso poder, mas vós fizestes uma matança no meio deles com uma violência que atinge os céus, 10 e agora estais pensando em submeter a vós os habitantes de Judá e de Jerusalém como escravos e escravas. Mas será que vós não tendes igualmente pecados a descontar perante o Senhor, vosso Deus? 11 Agora escutai-me! Mandai de volta os prisioneiros que fizestes no meio de vossos irmãos, pois a ira do Senhor pesa sobre­ vós”. 12 Então alguns dos notáveis de Efraim, a saber, Azarias filho de Joanã, Baraquias filho de Mosolamot, Ezequias filho de Selum e Amasa filho de Hadali se apresentaram aos que voltavam da campanha militar 13 e lhes dis­seram: “Não entreis aqui com os prisioneiros.­ Já somos culpados perante o Senhor e agora pensais em aumentar ainda mais nossos pecados e nossas culpas. Sim, muito grande é nossa culpa e a ira divina que ameaça Israel”.
14
Os soldados largaram os prisioneiros e os despojos diante dos notáveis e de toda a as­sembléia. 15 E homens nominalmente desig­nados se apresentaram e tomaram conta dos prisioneiros. Vestiram os que estavam nus com roupas que faziam parte da presa de guer­ra, deram-lhes sandálias, deram-lhes de comer e beber e untaram-lhes as feridas. Car­regaram sobre mulas todos os que não podiam andar e os conduziram a Jericó, a cidade das palmeiras, nas proximidades de seus irmãos. Depois voltaram para Samaria.

 Humilhação de Judá 

16 Naquele tempo Acaz mandou mensa­geiros­ ao rei da Assíria, pedindo-lhe auxílio. 17 Também os edomitas invadiram vitoriosamente Judá e de lá levaram prisioneiros. 18 Igualmente os filisteus invadiram as cidades da planície e no Sul de Judá e conquistaram Bet-Sames, Aialon, Guederot e Socó com os povoados, Tam­na com os povoados e Gamzo com os?po­voados, e lá se estabeleceram. 19 Assim o Senhor humilhou Judá por causa de Acaz, rei de Judá, com sua conduta desregrada em Judá e sua total infidelidade em relação ao Senhor. 20 Teglat-Falasar, rei da Assíria, marchou contra­ ele e o colocou em apuros, em vez de apoiá-lo. 21 Acaz despojou a Casa do Senhor, o palá­cio real e os altos funcionários e entregou tudo ao rei da Assíria, mas não adiantou nada.

 Infidelidade religiosa e fim de Acaz 

22 Mesmo estando em apuros, continuou o rei Acaz a pecar contra o Senhor. 23 Ofereceu sacrifícios aos deuses de Damasco que o tinham vencido, pois assim pensava: “São os deuses dos reis de Aram que os ajudaram. Vou oferecer sacrifícios a eles para que me ajudem”, mas eles se tornaram causa de ruína para ele e para todo o Israel. 24 Acaz juntou to­dos os objetos da casa de Deus e os despeda­çou. Fechou as portas da casa de Deus e man­dou por conta própria fazer altares em todas as esquinas de Jerusalém. 25 Em cada cidade de Judá mandou construir lugares altos a fim de se queimar incenso para outros deuses, irritando assim o Senhor, Deus de seus pais.
26
O resto de seus atos e procedimentos, dos primeiros até os últimos, tudo está escrito no Livro dos Reis de Judá e de Israel. 27 E Acaz adormeceu junto dos pais e foi enterra­do na cidade, em Jerusalém, mas não o levaram ao cemitério dos reis de Judá. Seu filho Ezequias tornou-se rei em seu lugar.


De Ezequias até o exílio

 Ezequias reabre e  purifica o templo

29 1 Ezequias começou a reinar aos vinte e cinco anos de idade. Ele reinou vin­te e nove anos em Jerusalém. Sua mãe se cha­mava Abia e era filha de Zacarias. 2 Ele fez o que é reto aos olhos do Senhor, a exemplo de Davi, seu antepassado.
3
No primeiro ano do reinado, no primeiro mês, abriu as portas da Casa do Senhor e as restaurou. 4 Mandou buscar os sacerdotes e os levitas e os reuniu na praça oriental. 5 Disse-lhes: “Escutai-me, levitas! Agora santificai-vos­ e purificai a Casa do Senhor, o Deus de vos­sos pais. Retirai do santuário o que é impuro. 6 Nossos pais foram infiéis, fizeram o que é mau aos olhos do Senhor, nosso Deus, e o aban­donaram. Desviaram o rosto da morada do Senhor, voltaram-lhe as costas. 7 Até trancaram as portas do vestíbulo e apagaram as lâmpadas no santuário. Não queimaram incenso nem ofereceram holocaustos ao Deus de Israel. 8 Por isso a ira de Deus pesou sobre Judá e Jerusalém, que se tornaram objeto de espanto, de pavor e de maledicência, como vós mesmos podeis observar. 9 Nossos pais caí­ram sob a espada e nossos filhos, filhas e mu­lheres foram levados para o cativeiro por causa disso. 10 Agora estou resolvido a concluir uma aliança com o Senhor, Deus de Israel, para que se afaste de nós o ardor de sua ira. 11 Meus filhos, não sejais lerdos, pois é a vós que o Se­nhor escolheu para estar em sua presença, servir-lhe, ser seus ministros e oferecer-lhe incenso”.
12
Prontificaram-se então os seguintes levitas: Maat filho de Amasai e Joel filho de Aza­rias, que eram caatitas; dentre os meraritas: Cis filho de Abdi e Azarias filho de Jalaleel; dentre os gersonitas: Joaé filho de Zema e Eden filho de Joaé; 13 dos descendentes de Eli­safã: Samri e Jeiel; dos descendentes de Asaf: Zacarias e Matanias; 14 dos descendentes de He­mã: Jaiel e Semei; e dos descendentes de Jedu­tun: Semeías e Oziel. 15 Eles reuniram os colegas­ e se santificaram. Depois, seguindo a or­dem do rei e de acordo com as palavras do Senhor, começaram a purificar a Casa do Senhor.
16
Os sacerdotes entraram no interior da Casa do Senhor para a purificar, tirando toda coisa impura que encontraram no santuário do Senhor, levando tudo para o pátio, onde os levitas o recolheram e levaram para fora, ao vale do Cedron. 17 Começaram no primeiro dia do primeiro mês e no oitavo dia do mês chegaram­ até o vestíbulo sagrado. Depois consagraram a Casa do Senhor durante oito dias, terminan­do no décimo sexto dia do mês.

 Os sacrifícios expiatórios e  a reinauguração do culto

18 Em seguida foram falar com o rei Ezequias. Disseram-lhe: “Purificamos toda a Casa do Se­nhor, o altar dos holocaustos com todos os?uten­sílios, a mesa da apresentação com os pertences, 19 como também todos os objetos que na sua impiedade o rei Acaz, durante o rei­nado, jo­gou fora como sendo sem valor; nós os re­co­locamos no lugar e os consagramos. Podes ver, estão todos diante do altar do Senhor”.
20
De manhã cedo, o rei Ezequias reuniu as au­toridades da cidade e subiu à Casa do Se­nhor. 21 Foram trazidos sete novilhos, sete car­neiros, sete cordeiros e sete bodes, para serem oferecidos como sacrifício pelo pecado,­ em favor do governo real, do santuário e de Judá. E o rei ordenou aos descendentes de Aa­rão, os sacerdotes, que oferecessem um ho­locausto sobre o altar do Senhor. 22 Os no­vilhos foram imolados e os sacerdotes recolheram o sangue, aspergindo com ele o altar;­ imolaram os carneiros, aspergindo com o sangue o altar; imolaram também os cordeiros e com o sangue aspergiram o altar. 23 Depois apresentaram os bodes do sacrifício pelo pecado diante do rei e da assembléia, que?co­locaram as mãos sobre eles. 24 Os sacerdotes os imolaram e aplicaram o sangue ao altar com o rito de expiação, para expiar os pecados de todo o Israel, pois foi por todo o Israel­ que o rei tinha encomendado o holocausto e o sacrifício pelo pecado.
25
Ele mandou que os levitas se apresentassem no templo com címbalos, harpas e cítaras, segundo as normas fixadas por Davi e por Gad, o vidente do rei, e pelo profeta Natã. (Pois esta ordem veio de Deus por meio dos profetas.) 26 Os levitas se apresentaram com os instrumentos musicais de Davi e os sacerdotes com as trombetas. 27 Ezequias deu ordem para colocar o holocausto sobre o altar; e logo que começou o oferecimento do holocausto, começou também o canto ao Senhor, o som das trombetas e a música ao tom dos instrumentos musicais de Davi, rei de Israel. 28 Toda a assembléia prostrou-se, o canto foi entoado e as trombetas ressoaram, tudo isso até completar-se a oferta do holocausto. 29 Terminado o sacrifício, o rei e os acompanhantes se inclinaram e se prostraram. 30 O rei Eze­quias e os notáveis pediram que os levitas lou­vassem o Senhor com as palavras de Davi e do vidente Asaf. E eles cantaram ao Senhor com júbilo, inclinando-se e prostrando-se.
31
Ezequias tomou a palavra e disse: “Agora que estais consagrados ao Senhor, aproximai-vos e trazei à Casa do Senhor vítimas para o sacrifício de ação de graças”. E toda a assembléia trouxe vítimas para o sacrifício de ação de graças e holocaustos, conforme cada um queria oferecer voluntariamente. 32 Ora, o número dos holocaustos que a assembléia ofereceu foi de setenta novilhos, cem carneiros e duzentos cordeiros, tudo isso oferecido em ho­locausto ao Senhor. 33 E as ofertas votivas so­maram seiscentos novilhos e três mil ovelhas. 34 No entanto os sacerdotes não eram em número suficiente para tirar a pele de todas as vítimas; por isso seus irmãos, os levitas, os au­xiliaram até a tarefa estar terminada e outros­ sacerdotes estarem purificados. (Os levitas foram mais diligentes em purificar-se do que os sacerdotes.) 35 Ora, os holocaustos foram em número muito grande, acrescidos das par­tes gordurosas dos sacrifícios de comunhão e das libações que completam o holocausto.
Assim foi restaurado o culto na Casa do Se­nhor. 36
Ezequias e todo o povo estavam muito satisfeitos pelo que Deus realizara para o povo, e isso em pouco tempo.

 A Páscoa de Ezequias

30 1 Ezequias mandou avisar a todo o Israel e Judá e também escreveu cartas à gente de Efraim e Manassés, convidando todos a virem à Casa do Senhor em Jerusalém,­ para celebrar a Páscoa do Senhor, Deus de Israel. 2 O rei e seus ministros e toda a assembléia deliberaram, em Jerusalém, que a Páscoa­ seria no segundo mês, 3 uma vez que não a?po­diam celebrar na data regular, porque os sa­cer­dotes não se tinham santificado suficientemente e o povo não se tinha reunido em Je­rusalém. 4 A idéia agradou ao rei e a toda a assembléia. 5 Decidiram mandar proclamar por todo o Israel, de Bersabéia até Dã, o convite para que todos viessem a Jerusalém celebrar a Páscoa em honra do Senhor, Deus de Israel,­ porque havia muito tempo que não o fizeram conforme o prescrito.
6
Então, com as cartas assinadas pelo rei e pe­los notáveis, os mensageiros percorreram todo o território de Israel e Judá, proclamando­ de acordo com a ordem do rei: “Israelitas, vol­tai ao Senhor Deus de Abraão, Isaac e Israel, para que ele se volte para o resto que escapou,­ dentre vós, às garras dos reis da Assíria. 7 Não façais como vossos pais e vossos irmãos, que pecaram contra o Senhor, Deus de seus pais, o qual por isso os transformou em horror, co­mo estais vendo. 8 Agora não vos mostreis du­ros de cerviz como vossos pais. Dai honra ao Senhor! Vinde ao santuário que ele santificou­ para sempre. Servi ao Senhor vosso Deus,?que retirará de vós o ardor de sua ira. 9 Se voltardes para o Senhor, vossos irmãos e vossos filhos encontrarão piedade da parte dos que os deportaram, de maneira que possam voltar a esta terra; pois o Senhor, vosso Deus, é clemente e misericordioso e não desviará de vós os olhos, se voltardes para ele”.
10
Os mensageiros foram de cidade em cidade, nos territórios de Efraim e Manassés até Zabulon. Mas a gente ria e zombava de­les. 11 Entretanto algumas pessoas de Aser,?de Manassés e de Zabulon humilharam-se e foram a Jerusalém. 12 Também em Judá a mão de Deus operou, unindo-os num só coração, de modo que atenderam à ordem do rei e?dos notáveis, segundo a palavra do Senhor.
13
Assim reuniu-se em Jerusalém uma multi­dão para celebrar, no segundo mês, a festa?dos Ázimos. Foi uma assembléia muito numerosa.­ 14 Saíram para afastar os altares que havia em Jerusalém, bem como os altares de incenso. Lançaram tudo na torrente do Cedron.
15
Depois imolaram a Páscoa no décimo quar­to dia do segundo mês. Os sacerdotes e os levitas se tinham santificado e levaram ho­locaustos à Casa do Senhor. 16 Colocaram-se em seus lugares, de acordo com as prescrições­ da Lei de Moisés, o homem de Deus. Os sa­cer­dotes faziam a aspersão com o sangue que?re­cebiam das mãos dos levitas. 17 Ora, na assembléia havia muita gente que não se tinha­ santi­ficado. Por isso os levitas se encarregavam da imolação dos cordeiros pascais para os que não estavam puros, consagrando-os ao Senhor. 18 De fato, muita gente de Efraim, de Ma­nassés, de Issacar e Zabulon não se tinha pu­ri­ficado. Eles comeram a Páscoa sem observar o que está escrito, mas Ezequias rezou por?eles, dizendo: “O Senhor, que é bom, seja propício­ 19 a todo aquele que de coração inteiro­ se dispõe a procurar o Senhor, Deus de seus pais, mesmo que não esteja em condições­ de pureza­ exigidas para o santuário”. 20 E o Senhor atendeu a Ezequias e curou o povo.

 A festa dos Pães sem Fermento repetida 

21 Os israelitas que se encontravam em Jeru­salém, celebraram a festa dos Pães sem Fermento durante sete dias, com grande alegria. E cada dia os levitas e os sacerdotes lou­va­vam­ a Deus com instrumentos bem sonoros. 22 Ezequias encorajou todos os levitas por mos­trarem tão exímia compreensão nas coisas do Se­nhor. E durante sete dias tomaram as refei­ções festivas, imolando sacrifícios de comunhão e louvando o Senhor, Deus de seus pais.
23
Ora, toda a assembléia resolveu celebrar mais outros sete dias de festa; e assim celebra­ram mais sete dias de festa com muita alegria.­ 24 É que Ezequias, o rei de Judá, tinha doado à assembléia mil novilhos e sete mil ovelhas, enquanto os notáveis doaram à assembléia dez mil ovelhas. E muitos sacerdotes fizeram sua purificação. 25 Toda a assembléia de Judá estava alegre e satisfeita e assim também os sa­cerdotes e os levitas, bem como toda a assem­bléia vinda de Israel e os imigrantes de Israel estabelecidos em Judá. 26 A alegria em Jerusa­lém era grande, pois desde o tempo de Salomão filho de Davi, rei de Israel, nada de seme­lhante acontecera em Jerusalém. 27 Os sacerdo­tes e os levitas abençoaram o povo e Deus ou­viu-lhes a voz. Sua oração penetrou até o céu, sua santa habitação.

 Reorganização do culto por Ezequias


2Crônicas (CNB) 22