2Reis (CNB) 17

 Oséias, último rei de Israel. Queda de Samaria

17 1 No ano doze do reinado de Acaz, rei de Judá, Oséias filho de Ela tornou-se rei de Israel em Samaria, reinando durante nove anos. 2 Ele fez o que é mau aos olhos do Senhor, mas não tanto quanto os reis de Israel que o tinham precedido.
3
Salmanasar, rei dos assírios, marchou contra Oséias, que ficou sendo seu vassalo, obrigado a pagar-lhe tributo. 4 Mas Oséias tentou rebelar-se e mandou mensageiros a Sais, rei do Egito, para não ter de pagar o tributo ao rei dos assírios , como costumava fazer todos os anos. Quando o rei da Assíria soube disso prendeu-o e lançou-o na prisão.
5
Em seguida, o rei da Assíria invadiu todo o país. Chegando a Samaria, sitiou-a durante três anos. 6 No ano nove do reinado de Oséias, o rei da Assíria tomou Samaria e deportou os habitantes de Israel para a Assíria, estabelecendo-os em Hala, nas margens do rio Habor em Gozã e nas cidades da Média.

 Reflexão sobre a queda de Samaria 

7 Isso aconteceu porque os israelitas pecaram contra o Senhor, seu Deus, que os fizera sair do Egito, libertando-os da opressão do faraó, rei do Egito. Eles se puseram a adorar outros deuses 8 e seguiram os costumes dos povos que o Senhor havia expulsado diante deles, como também as leis introduzidas pelos reis de Israel. 9 Os israelitas ofenderam o Senhor com práticas iníquas e edificaram para si altares nos lugares altos, em todas as suas cidades, desde as torres de vigia até às cidades fortificadas. 10 Ergueram colunas e troncos sagrados em cada colina elevada e à sombra de toda a árvore verdejante. 11 Ali queimaram incenso sobre os altares, segundo os ritos dos povos que o Senhor tinha desterrado para longe deles, e praticaram ações criminosas, irritando o Senhor. 12 Prestaram culto aos ídolos, embora o Senhor lhes tivesse proibido essas práticas.
13
O Senhor tinha advertido seriamente Israel­ e Judá por meio de todos os profetas e videntes, dizendo: “Voltai dos vossos maus caminhos e observai meus mandamentos e preceitos, conforme todas as leis que prescrevi a vossos pais e que vos comuniquei por meio de meus servos, os profetas”. 14 Eles, porém, não prestaram ouvidos, mostrando-se tão obsti­nados como seus pais, que não tinham acre­ditado no Senhor, seu Deus. 15 Desprezaram as suas leis e a aliança que tinha feito com seus pais, como também seus decretos, para correrem atrás de nulidades, convertendo-se eles mesmos em nada. Seguiram as na­ções de que estavam rodeados, embora o Senhor lhes tivesse proibido imitá-las. 16 Transgrediram todos os preceitos do Senhor, seu Deus, fundiram para si dois bezerros e ergueram um tronco sagrado. Adoraram toda a mi­lí­cia celeste e serviram a Baal. 17 Chegaram a?sacrificar seus filhos e filhas no fogo. Serviam-se de adivinhações e mágicas e entregaram-se a fazer o que é mau aos olhos do Senhor, a ponto de irritá-lo.
18
O Senhor ficou profundamente indignado contra os israelitas e rejeitou-os para longe­ da sua face, restando apenas a tribo de Judá. 19 E nem mesmo Judá observava os mandamentos do Senhor, seu Deus. Andava nos erros que Israel cometera. 20 O Senhor rejeitou­ toda a descendência de Israel, os afligiu e os en­tregou nas mãos de saqueadores até que os ati­rou longe de sua presença. 21 Isso começou no tempo em que Israel foi separado da casa de Davi e constituiu para si o rei Jeroboão?fi­lho de Nabat. Jeroboão separou Israel do Se­nhor e os fez cometer um grande pecado. 22 Os filhos de Israel imitaram todos os pecados que Jeroboão cometera e não se afastaram deles, 23 até que o Senhor afastou Israel de sua presença, como tinha falado por meio de todos os seu servos, os profetas. Israel foi transporta­do de sua terra para a Assíria, até hoje.

 Colonização e sincretismo na região samaritana

24 O rei dos assírios trouxe gente de Babilônia, de Cuta, de Ava, de Emat e de Sefarvaim e os instalou nas cidades de Samaria, no lugar­ dos israelitas. Eles tomaram posse de Samaria­ e passaram a habitar suas cidades.
25
Quando começaram a habitar ali, não veneravam o Senhor. E o Senhor mandou contra­ eles leões, causando mortes no meio deles.­ 26 Noticiaram ao rei dos assírios: “A gente que trou­xeste e fizeste habitar nas cidades de Sa­maria ignora as leis do deus do país. Como igno­ravam o culto do deus do país, ele mandou­ contra eles leões, que os mataram. 27 O rei dos assírios ordenou então: “Enviai para lá?um dos sacerdotes que trouxestes cativos e que ele vá com eles e lhes ensine as leis do deus do país”. 28 Assim veio um dos sacerdotes que tinham sido levados cativos, foi morar em Be­tel e ensinava como venerar o Senhor.
29
Mas cada nação fabricava o seu próprio deus, instalando-o nos santuários dos lugares­ altos feitos pelos samaritanos. Assim fazia ca­da nação, na cidade em que habitava. 30 Os babilônios fizeram Socot-Benot, os cute­ni­tas, Nergel, os ematitas, Asima, 31 os avitas, Ne­baaz e Tartac, e os de Sefarvaim queimaram seus filhos para Adramalec e Anamelec, os deuses de Sefarvaim. 32 E entretanto vene­ravam o Senhor. Constituíram para si sacerdotes dos lugares altos dentre sua própria gen­te, atribuindo-lhes os santuários dos luga­res altos. 33 Ainda que prestassem culto ao Se­nhor, serviam também a seus próprios deu­ses, segundo o costume da nação da qual fo­ram trazidos para a Samaria.
34
Até o presente dia seguem o costume antigo. Não veneram o Senhor, nem observam suas cerimônias e suas disposições, as leis e os mandamentos que o Senhor ordenou aos filhos de Jacó, a quem deu o nome de Israel. 35 Contudo, o Senhor tinha firmado com eles uma aliança e lhes tinha ordenado: “Não ve­ne­rareis deuses estrangeiros e não os adorareis, nem os servireis, nem lhes oferecereis sacrifí­cios, 36 mas venerai e adorai ao Senhor, que?vos fez sair da terra do Egito com grande poder e com braço estendido; a ele oferecereis sa­cri­fí­cios. 37 Observai suas cerimônias, suas dis­posi­ções, suas leis e seus mandamentos que vos pres­creveu, e cumpri-os todos os dias. Não ve­nereis deuses estrangeiros. 38 Não esqueçais a aliança que firmei convosco, nem venereis deu­ses estrangeiros, 39 mas venerai o Senhor, vosso­ Deus, e ele vos salvará da mão dos vos­sos inimigos”. 40 Eles, porém, não deram ouvi­dos, e con­tinuaram conforme seu antigo costume.
41
Assim, estas nações foram tementes ao Senhor, contudo, serviam aos próprios ídolos. E seus filhos e netos fazem como fizeram os seus pais, até hoje.


Ezequias e sucessores

 Ezequias, rei de Judá 

18 1 No terceiro ano de Oséias filho de Ela, rei de Israel, tornou-se rei Ezequias filho de Acaz, rei de Judá. 2 Tinha vinte e cin­co­ anos quando começou a reinar e reinou vinte e nove anos em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Abi e era filha de Zacarias. 3 Ele fez o que era reto aos olhos do Senhor, assim como o fizera Davi, seu pai. 4 Destruiu os lugares altos­ e quebrou as colunas sagradas, derrubou o tron­co sagrado e despedaçou, inclusive, a ser­pente de bronze feita por Moisés, pois os filhos de Is­rael ainda queimavam-lhe incenso (chamava­-se Noestã). 5 Ezequias pôs sua confiança no Se­nhor, Deus de Israel. Não houve igual a ele en­tre todos os reis de Judá depois ou antes dele. 6 Aderiu ao Senhor e não se afas­tou de seus ca­minhos. Obedeceu aos seus mandamentos, que Moisés tinha recebido do Senhor. 7 Onde quer que estivesse, o Senhor estava com ele, dando-lhe êxito em tudo que fazia.
Ezequias rebelou-se contra o rei dos assírios­ e não lhe serviu. 8
Também derrotou os filisteus até Gaza e invadiu seu território, tanto as torres de guarda quanto as cidades fortificadas.­

 Os assírios (Salmanasar) em Samaria 

9 No quarto ano do reinado de Ezequias – no sétimo ano de Oséias filho de Ela, rei de Israel –, Salmanasar, rei dos assírios, marchou contra Samaria, cercou-a 10 e tomou-a. No fim de três anos, no sexto ano de Ezequias, ou?seja, no nono ano de Oséias, rei de Israel, Sa­maria fo­ra tomada. 11 O rei dos assí­rios transfe­riu Is­rael para a Assíria, instalando-os deportados em Hala, na margem do rio Habor em Gozã e nas cidades da Média, 12 porque não deram ouvido à voz do Senhor, seu Deus, mas viola­ram sua aliança: tudo que Moisés, o servo­ do Senhor, prescrevera, não o ouviram, nem cumpriram.

 Os  assírios (Senaquerib) em Judá.  Cerco de Jerusalém

13 No décimo quarto ano do rei Ezequias, Senaquerib, rei dos assírios, marchou contra todas as cidades fortificadas de Judá e as tomou. 14 Então Ezequias, rei de Judá, enviou mensageiros ao rei dos assírios, em Laquis, dizendo: “Cometi uma falta. Retira-te de mim, e farei tudo que me impuseres”. O rei dos assírios impôs a Ezequias trezentos talentos – \dez toneladas – de prata e trinta talentos – \uma tonelada – de ouro. 15 Ezequias entregou toda a prata que encontrou na Casa do Senhor­ e nos tesouros do rei. 16 Naquele tempo, Ezequias demoliu as portas e os marcos da Casa do Senhor, que tinham sido cobertos de ouro, para dar o ouro ao rei dos assírios.
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Mas, de Laquis, o rei dos assírios enviou o chefe militar, o chefe da administração e o co­mandante de campo, com um grande exército contra o rei Ezequias em Jerusalém. Quan­do, depois de subirem, chegaram a Jerusa­lém, pa­raram ao lado do aqueduto do reservatório superior, na estrada do campo do Pisoeiro. 18 Chamaram o rei. Saíram-lhes ao encontro o chefe do palá­cio, Eliacim filho de Helcias, o escriba Sobna e o cronista Joaé filho de Asaf.
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O comandante de campo tomou a palavra:­ “Dizei a Ezequias: Assim fala o grande rei, o rei dos assírios: Que confiança é essa, na qual te estribas? 20 Disseste: ‘Basta falar uma palavra para ter conselho e força para a batalha?’ Em quem confias, pois, para te rebelares contra mim? 21 Esperas pelo Egito, esse caniço que­brado, que penetra e perfura a mão de quem nele se apóia? Assim é o faraó, rei do Egito, para com todos que nele confiam. 22 E se me disseres: ‘Confiamos no Senhor, nosso Deus’, não eram dele os lugares altos e os altares que Ezequias mandou destruir, em Judá e em Jerusalém, com a ordem: ‘Diante deste altar, em Jerusalém, é que deveis adorar’? 23 Agora, porém, faz uma aposta com meu se­nhor, o rei dos assírios. Eu te darei dois mil cavalos se fores capaz de encontrar quem os monte. 24 Serias capaz de afugentar um só go­vernador, um dos mínimos funcionários de meu senhor? Talvez tenhas confiança no Egito­ por causa dos carros e dos cavaleiros? 25 Porventura foi sem o consentimento do Senhor que marchei contra este lugar para destruí-lo?­ Foi o Senhor que me disse: ‘Marcha contra essa terra e destrui-a’!”
26
Eliacim filho de Helcias, Sobna e Joaé pediram ao comandante de campo: “Pedimos-te que fales com teus servos em aramaico, língua que bem entendemos. Não fales conos­co em hebraico ao ouvido do povo que está sobre a muralha”. 27 Respondeu-lhes o comandante de campo: “Será que meu senhor me enviou somente a ti e ao teu senhor para falar essas palavras, e não a estes homens obrigados a ficar sobre a muralha, para que comam seu esterco e bebam sua urina convosco?”
28
Então o comandante de campo pôs-se de pé e gritou com alta voz, em hebraico: “Ouvi as palavras do grande rei, o rei dos assírios: 29 As­sim fala o rei: Não vos deixeis enganar pór Ezequias! Ele não é capaz de vos livrar de minha mão! 30 Que Ezequias não vos convença a pôr vossa confiança no Senhor, dizen­do: ‘O Senhor vai nos livrar, esta cidade não será entregue nas mãos do rei dos assírios’. 31 Não deis ouvidos a Ezequias! Assim fala o rei dos assírios: Fazei comigo um pacto de amizade, passai para meu lado, e cada qual co­merá de sua vinha e de sua figueira; bebe­reis a água de vossas cisternas. 32 Então eu virei e vos transferirei para uma terra semelhante à vossa, uma terra de trigo e de vinho novo, terra­ de pão e vinhas, terra de azeite e de mel. Vi­vereis, não morrereis. Não deis ouvidos a Ezequias, que vos engana quando diz: ‘O Se­nhor nos livrará!’ 33 Porventura os deuses das outras nações conseguiram preservar as terras­ delas da mão do rei dos assírios? 34 Onde estão­ os deu­ses de Emat e Arfad? Onde estão os deu­ses de Sefarvaim, de Ana e de Ava? Porventura livraram Samaria de minha mão? 35 Dentre todos os deuses das nações, quais são os que livra­ram sua terra de minha mão, para que o Senhor­ possa livrar Jerusalém de minha mão?
36
O povo calou-se e nada respondeu, pois receberam do rei a ordem de não responder. 37 O chefe do palácio, Eliacim filho de Helcias, o escriba Sobna e o cronista Joaé filho de Asaf rasgaram as vestes, e foram a Ezequias para relatar as palavras do comandante de campo.

 O profeta Isaías

19 1 Ao ouvir o relato, Ezequias rasgou suas vestes, vestiu-se de saco de luto e entrou na Casa do Senhor. 2 Enviou o chefe do palácio, Eliacim, o escriba Sobna e os anciãos dos sacerdotes, vestidos em pano de saco, ao profeta Isaías filho de Amós. 3 Disseram: “Assim fala Ezequias: Estes dias são de tribulação, de ameaça e de blasfêmia. Quando os filhos estão para nascer, as parturientes não têm forças. 4 Talvez o Senhor, teu Deus, ouça todas as palavras do comandante de campo, enviado por seu senhor, o rei dos assírios, para insultar ao Deus vivo. Talvez o Senhor, teu Deus, o castigue pelas palavras que teve de ouvir. Faz uma prece pelo resto que ainda subsiste”.
5
Os servos do rei Ezequias foram até Isaías. 6 Isaías disse-lhes: “Assim falareis a vosso senhor: Assim diz o Senhor: Não tenhais medo diante das palavras que ouvistes, as palavras blasfematórias que os servos do rei dos assírios proferiram contra mim. 7 Vou enviar-lhe um espírito, ele ouvirá uma mensagem e voltará para sua terra, e eu o farei perecer pela espada na sua terra”.

 A carta de Senaquerib

8 O comandante de campo voltou e, informado de que o rei dos assírios deixara Laquis, foi vê-lo enquanto sitiava Lebna. 9 Ora, Senaquerib tinha ouvido que Taraca, rei da Etiópia, saíra para lutar contra ele. Então enviou de novo mensageiros a Ezequias com esta incumbência: 10 “Assim falareis a Ezequias, rei de Judá: Não te engane o teu Deus, em quem confias. Não penses que Jerusalém não será entregue nas mãos do rei dos assírios. 11 Tu mesmo ouviste o que os reis da Assíria fizeram a todas as nações e como as devastaram. Só tu te vais salvar? 12 Porventura os deuses das nações salvaram os povos que meus pais devastaram, Gozã, Harã, Resef, os habitantes de Éden que estavam em Telasar? 13 Onde está o rei de Emat, o rei de Arfad, e o rei da cidade de Sefarvaim, de Ana e de Ava?”
14
Ezequias tomou a carta da mão dos mensageiros e leu-a. Depois subiu à Casa do Senhor, estendeu a carta diante do Senhor 15 e, na presença do Senhor, fez a seguinte oração: “Senhor, Deus de Israel, que estás sentado sobre os querubins! Tu és o único Deus de todos os reinos da terra. Tu fizeste o céu e a terra. 16 Inclina teu ouvido, Senhor, e ouve. Abre, Senhor, os teus olhos e vê. Ouve todas as palavras de Senaquerib, que mandou emissários para insultar o Deus vivo. 17 É verdade, Senhor, que os reis da Assíria devastaram as nações e seus territórios 18 e lançaram ao fogo seus deuses. Mas foi porque não eram deuses, e sim, obras de mão humana, de madeira e de pedra; por isso os puderam destruir. 19 Agora, Senhor, nosso Deus, livra-nos de suas mãos, para que todos os reinos da terra saibam que só tu, Senhor, és Deus”.

 Oráculo de Isaías

20 Então Isaías filho de Amós mandou dizer a Ezequias: “Assim fala o Senhor, Deus de Israel: Ouvi a prece que me dirigiste a respeito de Senaquerib, rei da Assíria. 21 Eis o que o Senhor disse a seu respeito:
A virgem filha de Sião despreza-te e zomba de ti;
atrás de tuas costas, a filha de Jerusalém meneia a cabeça.
22
A quem insultaste? Contra quem blasfemaste?
Contra quem exaltaste a voz e olhaste sobranceiro?
Contra o Santo de Israel!
23
Por teus servos insultaste o Senhor
e disseste: ‘Com a multidão de meus carros
subi ao alto dos montes, nos cumes do Líbano,
cortei seus mais altos cedros
e seus mais belos ciprestes.
Penetrei até suas fronteiras remotas,
nas matas fechadas.
24
Cavei fontes, bebi as águas estrangeiras
e sequei, com as pegadas de meus pés,
todas as águas do Egito.
25
Porventura não ouviste,
desde o início, o que eu fiz?
Desde dias antigos eu o planejei
e agora o executo:
deixo-te transformar as cidades
fortificadas,
em montes de ruínas.
26
Os seus habitantes, com a mão impotente,
estão consternados e confusos.
Ficaram como o feno do campo,
como a grama verde, a erva dos telhados,
que seca antes que chegue a amadurecer.
27
Teu sentar, teu sair, teu entrar,
os conheço de antemão,
como também tua ira contra mim.
28
Ficaste insano contra mim,
e tua arrogância chegou aos meus ouvidos.
Porei um anel em teu nariz
e um freio em teus lábios,
e te farei voltar pelo caminho
pelo qual vieste.
29
E para ti, Ezequias, será este o sinal: neste ano, come o que encontrares, no segundo ano, o que nascer espontaneamente, no terceiro ano, semeai e ceifai, plantai vinhedos e comei de seus frutos. 30 O que sobrar ou?res­tar da casa de Judá deitará raízes por baixo e dará frutos por cima. 31 Pois um resto sairá de Jerusalém, e sobreviventes, do monte Sião. Eis o que fará o amor ciumento do Senhor dos exércitos.
32
Por isso, assim diz o Senhor acerca do rei da Assíria: Ele não entrará nesta cidade, não lançará contra ela nenhuma flecha, nem a assaltará com o escudo, nem a cercará com trincheira alguma. 33 Pelo caminho, por onde veio, há de voltar, sem conseguir entrar nesta­ cidade, diz o Senhor. 34 Protegerei esta cidade­ e a salvarei, em atenção a mim mesmo e ao meu servo Davi”.

 Fracasso e morte de Senaquerib

35 Naquela mesma noite, o anjo do Senhor saiu e exterminou no acampamento assírio cento e oitenta e cinco mil homens. Na manhã­ seguinte, na hora do despertar, só se viram cadáveres. 36 Senaquerib, rei da Assíria, levantou o acampamento, voltou para Nínive e aí per­maneceu. 37 Enquanto adorava no templo de Nesroc, seu deus, Adramelec e Sarasar, seus filhos, mataram-no com a espada e fugiram para a terra de Ararat. Seu filho Asaradon tornou-se rei em seu lugar.

 Doença de Ezequias

20 1 Por aquele tempo, Ezequias adoeceu e quase morreu. Veio até ele o profeta Isaías filho de Amós e disse-lhe: “Assim diz o Senhor: Põe em ordem a tua casa, já que vais morrer; não tens mais tempo de vida”. 2 Ele virou o rosto para a parede e orou ao Senhor: 3 “Senhor, lembra-te de como caminhei em tua presença, em verdade e pureza de coração, fazendo o que era agradável a teus olhos”. Ezequias se desfez em grande pranto. 4 Mas antes que Isaías tivesse atravessado metade do átrio, veio-lhe a palavra do Senhor, dizendo: 5 “Volta e diz a Ezequias, chefe de meu povo: Assim diz o Senhor, Deus de Davi, teu pai: Ouvi tua oração e vi as tuas lágrimas. Eu te curo. Dentro de três dias serás capaz de visitar a Casa do Senhor. 6 Acrescento quinze anos a teu tempo de vida. Salvarei da mão do rei dos assírios a ti e a esta cidade. Protegerei esta cidade em consideração a mim e a meu servo Davi”. 7 Isaías mandou trazer uma massa de figos. Trouxeram-na e colocaram-na sobre a úlcera, e Eze­quias ficou curado. 8 Disse então a Isaías: “Qual será o sinal de que o Senhor me curou e de que poderei visitar a Casa do Senhor dentro de três dias?” 9 Isaías respondeu: “Este será para ti o sinal do Senhor de que sua pa­lavra se realizará: Queres que a sombra avance ou recue dez degraus?” 10 Disse Ezequias: “É fácil para a sombra avançar dez degraus, prefiro que recue dez degraus”. 11 O profeta Isaías invocou o Senhor, que fez a sombra?re­cuar dez degraus em relação ao ponto em que chegara nos degraus de Acab.

 Ezequias, Merodac-Baladã (o babilônio) e Isaías

12 Naquele tempo, Merodac-Baladã, filho de Baladã, rei dos babilônios, enviou mensageiros com cartas e presentes a Ezequias. Ouvira­ dizer que Ezequias estava doente. 13 Ezequias alegrou-se com sua chegada e mostrou-lhes todo o seu acervo, a prata, o ouro, os perfumes­ e os ungüentos, a baixela e tudo que se encon­trava em seus tesouros. Não houve nada que Ezequias não lhes mostrasse em sua casa e?em todas as suas propriedades.
14
O profeta Isaías veio então ao rei Ezequias e disse-lhe: “Que te disseram aqueles ho­mens e de onde vieram?” Ezequias disse: “Vieram de uma terra longínqua, da Babilônia”. 15 Ele respondeu: “Que viram em tua ca­sa?” Ezequias disse: “Viram tudo que há em minha casa. Não há nada em meus tesou­ros que não lhes tenha mostrado”.
16
Então Isaías disse a Ezequias: “Ouve a pa­lavra do Senhor: 17 Virá o dia em que tudo que está em tua casa, tudo que teus pais acu­mularam até hoje, será levado à Babilônia. Não restará nada, disse o Senhor. 18 E dos?fi­lhos que saírem de ti, dos filhos que tu gera­res, levarão alguns para serem eunucos no pa­lácio do rei da Babilônia”. 19 Ezequias disse­ a Isaías: “Está certa a palavra do Senhor que proferiste”. E ponderava: “Haverá assim paz e segurança durante minha vida?”
20
Os demais feitos de Ezequias e todas suas façanhas, e como fez o reservatório de água e o aqueduto, e introduziu água na cidade, está escrito no livro dos anais dos reis de Judá. 21 Ezequias adormeceu junto de seus pais. Seu filho Manassés tornou-se rei em seu lugar.

 Manassés, rei de Judá

21 1 Manassés tinha doze anos quando se tornou rei. Ele reinou durante cinqüenta e cinco anos em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Hafsiba. 2 Ele fez o que era mau aos olhos do Senhor, imitando as abominações das nações que o Senhor expulsara dian­te dos filhos de Israel. 3 Desviou-se e reconstruiu lugares altos que Ezequias, seu pai, tinha des­truído, e erigiu altares a Baal e insta­lou o tronco sagrado, como o fizera Acab,?rei de Israel. Ele adorava toda a milícia celeste e lhe prestava culto. 4 Construiu altares \idolá­tricos na Casa do Senhor, da qual o Senhor dissera: “Em Jerusalém porei o meu nome”. 5 Ergueu altares a todas as milícias celestes e construiu dois átrios da Casa do Senhor. 6 Passou seu filho pelo fogo, praticou adivinhação e agouros, mandou evocar os mortos e multiplicou os leitores de sorte, em suma, fez o que é mau diante do Senhor e suscitou a sua ira. 7 Ele fez também um tronco sagrado de Asera e instalou-o no templo, do qual o Senhor tinha fala­do a Davi e a seu filho?Sa­lomão: “Nesta Casa e em Jerusalém, que es­colhi dentre todas as tribos de Israel, estabelecerei meu nome para sempre, 8 e não permitirei que Israel deva vaguear fora da terra que dei a seus pais, se obser­varem as obras que lhes prescrevi e todas as leis que lhes ordenou meu servo Moisés”. 9 Eles, porém, não deram ouvidos, mas foram seduzidos por Manassés, para fazerem pior do que as nações que o Senhor havia aniquilado à vista dos israelitas.
10
O Senhor falou por meio de seus servos, os profetas, dizendo: 11 “Manassés, rei de Judá, praticou essas abominações, piores­ do que tudo que os amorreus tinham feito antes dele, e fez Judá pecar com seus ídolos. 12 Por isso, diz o Senhor, Deus de Israel,­ farei cair sobre Jerusalém e Judá uma desgraça que fará tinir os ouvidos de quem ouvir falar. 13 Vou medir Jerusalém com a medida que usei para Samaria e pesá-la com o peso que usei para a casa de Acab. Limparei Jerusalém como quem limpa um prato: limpa e vira para baixo. 14 Vou abandonar o resto da minha herança e a entregarei nas mãos de seus inimigos, 15 pois fizeram o que é mau a meus olhos e suscitaram sem cessar a minha­ ira, desde o dia em que seus pais saíram do Egito até hoje”.
16
Além disso, Manassés derramou o sangue de muitos inocentes, a ponto de inundar Jerusalém até a borda, sem falar do pecado que ele levou Judá a cometer, fazendo o que é mau aos olhos do Senhor.
17
Os demais feitos de Manassés, tudo que fez e o pecado que cometeu, está escrito no livro dos anais dos reis de Judá. 18 Manassés adormeceu com seus pais e foi sepultado no jardim de sua casa, no jardim de Oza. Seu filho Amon tornou-se rei em seu lugar.

 Amon, rei de Judá

19 Amon tinha vinte e dois anos quando se tornou rei. Reinou durante dois anos em Jeru­salém. Sua mãe chamava-se Mesalemet e era filha de Harus de Jeteba. 20 Fez o que é mau aos olhos do Senhor, assim como o fizera Ma­nassés, seu pai; 21 seguiu em tudo os caminhos nos quais seu pai tinha andado. Serviu aos ídolos aos quais seu pai servira e os adorou. 22 Abandonou o Senhor, Deus de seus pais, e não andava no caminho do Senhor.
23
Seus servos armaram-lhe uma emboscada e mataram-no em sua casa. 24 Mas o povo da terra matou todos os que tinham conspira­do contra o rei Amon e, em seu lugar, consti­tuíram para si Josias, seu filho, como rei.
25
Os demais feitos de Amon, o que fez, está escrito no livro dos anais dos reis de Judá. 26 Se­pultaram-no no túmulo do jardim de Oza. Seu filho Josias tornou-se rei em seu lugar.


De Josias até a queda de Jerusalém

 Josias, rei de Judá

22 1 Josias tinha oito anos quando se tornou rei, e reinou durante trinta e um anos em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Idida e era filha de Hadaia, natural de Besecat. 2 Fez o que era reto aos olhos do Senhor e andou por todos os caminhos de Davi, seu pai, não desviando-se nem para a direita nem para a esquerda.

 Descoberta do livro da Lei

3 No ano dezoito do seu reinado, Josias mandou seu secretário Safã filho de Aslias, filho de Mesolam, à Casa do Senhor, com esta ordem: 4 “Vai ter com o sumo sacerdote Helcias, para que junte o dinheiro que tem sido levado à Casa do Senhor e que os portei­ros recolheram das mãos do povo. 5 Seja ele entregue nas mãos dos contramestres encarregados das obras na Casa do Senhor, para que possam pagar os operários que executam­ os trabalhos de reparação na Casa do Senhor, 6 os carpinteiros, construtores e pedreiros, e também para a madeira necessária à reforma­ do templo. 7 Mas não lhes peçam contas do di­nheiro que lhes foi entregue, pois procedem com honestidade”.
8
O sumo sacerdote Helcias disse ao secretário Safã: “Achei o livro da Lei na Casa do Senhor!” Helcias deu o livro a Safã, que também o leu. 9 Então o secretário Safã foi à presença do rei e fez-lhe um relatório nestes termos: “Os teus servos juntaram o dinheiro que se achou no templo e entregaram-no aos contramestres encarregados da Casa do Senhor”.
10
Em seguida, o secretário Safã comunicou ao rei: “O sacerdote Helcias entregou-me um livro”. Safã leu o livro diante do rei. 11 Ao ouvir as palavras do livro da Lei, o rei rasgou suas ves­tes 12 e ordenou ao sacerdote Helcias, a Ai­cam filho de Safã, a Acobor filho de Miquéias, ao secretário Safã e a Asaías, ministro do rei: 13 “Ide consultar o Senhor a meu respeito, a respeito do povo e de todo Judá, sobre as pa­lavras deste livro que foi encontrado. Grande deve ser a ira do Senhor que se inflamou con­tra nós, porque nossos pais não obedeceram às palavras deste livro, nem puseram em prática tudo que nos fora prescrito”.

 Oráculo da profetisa Hulda

14 O sacerdote Helcias, Aicam, Acobor, Safã e Asaías dirigiram-se à profetisa Hulda, espo­sa do encarregado do vestiário real Selum filho de Tícua, filho de Haraas. Hulda morava no bair­ro novo de Jerusalém. Quando lhe expuse­ram o caso, 15 ela respondeu: “Eis o que diz o Senhor, Deus de Israel: Falai ao homem que vos manda a mim: 16 Eis o que diz o Senhor: ‘Fa­rei cair a desgraça sobre este lugar e seus ha­bitantes, cumprindo todas as ameaças do livro que o rei de Judá acaba de ler. 17 Porque eles me abandonaram e ofereceram sacrifícios­ a deuses estrangeiros, suscitando minha ira com todas as obras de suas mãos. A minha indignação se acenderá contra este lugar e não se extinguirá’. 18 Contudo, ao rei de Judá, que vos mandou para consultar o Senhor, falareis assim: ‘Eis o que diz o Senhor, Deus de Israel:­ Deste ouvidos às palavras do livro. 19 Teu cora­ção se encheu de temor e tu te humilhaste dian­te do Senhor, ao ouvir as ameaças que proferi contra este lugar e seus habitantes, quando anunciei que se tornariam objeto de hor­ror e alvo de maldição. Rasgaste as tuas ves­tes e choraste na minha presença – por isso, também eu te escuto – oráculo do Senhor. 20 Eu te farei descansar junto de teus pais; serás­ sepultado em paz no teu sepulcro, para que teus olhos não vejam todos os males que vou fazer cair sobre este lugar’”. Essas palavras foram transmitidas ao rei.

 Leitura solene da Lei

23 1 Então o rei mandou que se apresentassem diante dele todos os anciãos de Judá e de Jerusalém. 2 Ele subiu à Casa do Senhor com todos os homens de Judá e todos­ os habitantes de Jerusalém, os sacerdotes, os profetas e todo o povo, do menor ao maior. Leu diante deles todo o conteúdo do livro da Aliança que fora achado na Casa do Senhor. 3 De pé, sobre o estrado, o rei concluiu diante do Senhor a aliança que obriga a seguir o Senhor e a observar seus mandamentos, pre­ceitos e decretos, de todo o cora­ção e de toda a alma, cumprindo as palavras da Aliança escritas naquele livro. E todo o povo aderiu à Aliança.

 Reforma religiosa de Josias em Judá 

4 O rei ordenou ao sacerdote Helcias, aos sacerdotes de segunda ordem e aos porteiros que lançassem fora do templo todos os utensí­lios que tinham sido feitos para Baal, Astarte e toda a milícia do céu. Mandou queimá-los fora de Jerusalém, no vale do Cedron e levou as cinzas para Betel. 5 Depôs os sacerdotes ile­gais que os reis de Judá tinham constituído para fazer sacrifícios nos lugares altos nas ci­dades de Judá e ao redor de Jerusalém, os?que queimavam incenso para Baal, para o sol, para a lua e o zodíaco e toda a milícia do céu. 6 Fez levar o tronco sagrado da Casa do Senhor para o vale do Cedron, fora de Jerusalém, e ali o?queimou, reduzindo-o a cinzas, que lançou na vala comum. 7 Destruiu também todos os prostíbulos sagrados encontrados na Casa do Senhor, nos quais mulheres teciam vestes para Asera.
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Reuniu todos os sacerdotes das cidades de Judá, desde Gaba até Bersabéia, e profanou os lugares altos onde os sacerdotes ofereciam sacrifícios. Destruiu os lugares altos das portas, como o que se encontra à esquerda quando se entra pela porta de Josué, chefe da cidade. 9 Aos sacerdotes dos lugares altos não era permitido subir para oficiar no altar do Senhor em Jerusalém, mas podiam comer os ázimos em meio a seus irmãos. 10 Josias profanou também o Tofet, no vale de Ben-Enom, para que ninguém sacrificasse no fogo seu filho ou sua filha a Moloc. 11 Retirou os ca­va­los que os reis de Judá tinham dedicado ao?sol na entrada da Casa do Senhor, junto ao quarto do eunuco Natã Melec, nas colunadas, e queimou os carros do sol. 12 O rei demoliu os altares que os reis de Judá instalaram no teto do aposento superior de Acaz, destruiu os altares que Manassés fizera nos dois pátios da Casa do Senhor e jogou as cinzas no vale do Cedron. 13 Ele profanou também os lugares altos que estavam em frente a Jerusalém, à direita do monte da Perdição – lugares altos construídos por Salomão, rei de Israel, para Astarot, ídolo dos sidônios, para Camos, ídolo de Moab, e para Melcom, ídolo dos amonitas. 14 Destruiu as colunas sagradas e arrancou os troncos sagrados, enchendo seu lugar com ossadas humanas.

 Reformas em Israel

15 Além disso, destruiu o altar que estava em Betel e o lugar alto em que fora erguido por Jeroboão filho de Nabat, para induzir Israel a pecar; ele os queimou e reduziu-os a cinzas, derrubando o tronco sagrado. 16 Voltando-se, Josias viu ali os sepulcros que havia no monte. Mandou que tirassem os ossos dos sepulcros e queimou-os sobre o altar; assim o profanou, conforme a palavra do Senhor proclamada pelo homem de Deus quando Jeroboão estava no altar, no dia de festa. Voltando-se, ergueu os olhos para o sepulcro do homem de Deus que pronunciara essas palavras 17 e disse: “De quem é este monumento que estou vendo?” Responderam-lhe os homens da cida­de: “É o sepulcro do homem de Deus que?veio de Judá proclamando as palavras que citaste a respeito do altar de Betel”. 18 Então ele orde­nou: “Deixai-o. Ninguém toque em seus ossos”. E deixaram intactos aqueles ossos, juntamente com os ossos do profeta que viera de Samaria. 19 Além disso, Josias destruiu todos os santuários dos lugares altos que havia nas cidades de Samaria, e que os reis de Israel instalaram, suscitando a ira do Senhor. Procedeu com eles exatamente como procedera em Betel. 20 Imolou todos os sacerdotes dos lugares altos sobre os altares que ali havia e queimou sobre eles ossos humanos. Voltou en­tão para Jerusalém.

 A Páscoa de Josias

21 Josias ordenou ao povo: “Celebrai a Páscoa para o Senhor, vosso Deus, conforme está escrito neste livro da Aliança”. 22 Desde a épo­ca dos juízes que governaram Israel, e durante­ to­da a época dos reis de Israel e de Judá, não?se havia celebrado uma Páscoa 23 como a que foi celebrado em honra do Senhor em Jerusalém,­ no ano décimo oitavo do reinado de Josias.

 Outras reformas religiosas 

24 Josias aboliu a evocação de espíritos, os leitores de sorte, os ídolos domésticos e todos­ os abomináveis ídolos que havia na terra de Judá e em Jerusalém. E assim cumpriu as?pa­lavras da Lei escritas no livro que o sacerdote­ Helcias encontrara na Casa do Senhor. 25 Não houve antes um rei semelhante a ele, que se convertesse ao Senhor com todo o coração e com toda a alma e com toda a sua força, de acordo com a Lei de Moisés, nem surgiu ou­tro­ igual depois dele. 26 Contudo, o Senhor não desistiu de sua grande ira, pois estava muito irado com Judá por causa de todas as provocações que Manassés lhe fizera. 27 O Senhor disse: “Afastarei também Judá para longe de minha presença, como afastei Israel, e abandonarei a cidade que escolhi, Jerusalém, e o templo do qual falei: Ali estará meu nome”.

 Batalha de Meguido. Fim de Josias

28 Os demais feitos de Josias, tudo que fez, está escrito no livro dos anais dos reis de Judá. 29 Em seus dias, o faraó Necao, rei do Egito, su­biu contra o rei dos assírios até o rio Eu­frates. O rei Josias marchou para enfrentá-lo, mas o faraó o matou no primeiro confronto, em Meguido. 30 Seus servos transportaram-no, mor­to, no carro, de Meguido para Jerusalém, onde o sepultaram em seu túmulo. O povo da terra tomou então Joacaz filho de Josias, ao qual ungiram e constituíram rei no lugar de seu pai.

 Joacaz, rei de Judá

31 Joacaz tinha vinte e três anos quando se tornou rei, e reinou durante três meses em Jerusalém. Sua mãe se chamava Amital e era filha de Jeremias, natural de Lebna. 32 Ele fez o que é mau aos olhos do Senhor, imitando tudo que seus antepassados tinham feito. 33 O faraó Necao aprisionou-o em Rebla, na terra de Emat, para que não reinasse em Jerusalém, e impôs ao país um tributo de cem talentos (\umas três toneladas) de prata e um talento (\trinta quilos) de ouro. 34 O faraó Necao nomeou rei a Eliacim filho de Josias, no lugar­ de Josias, seu pai, mudando-lhe o nome para Joaquim. Levou Joacaz prisioneiro para o Egito, onde morreu. 35 Joaquim pagou ao faraó a prata e o ouro. Para reunir a prata de acordo com a ordem do faraó, cobrava impostos no país; de cada um do povo da terra, segundo suas posses estimadas, exigia determinada quantia de prata e de ouro como tributo para o faraó Necao.

 Joaquim, rei de Judá

36 Joaquim tinha vinte e cinco anos quando se tornou rei. Ele reinou durante onze anos em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Zebida e era filha de Fadaia. 37 Ele fez o que é mau aos olhos do Senhor, imitando tudo que tinham feito seus antepassados.


2Reis (CNB) 17