Apocalipse (CNB) 14

14 1 Depois disso, eu vi: o Cordeiro estava de pé sobre o monte Sião, e com ele, os cento e quarenta e quatro mil que tinham o nome dele e o nome do seu Pai inscrito em suas frontes. 2 Ouvi uma voz que vinha do céu; parecia o fragor de águas torrenciais e o estrondo de um forte trovão. A voz que ouvi era como o som de músicos tocando harpa. 3 Estavam diante do trono, diante dos quatro Seres vivos e dos Anciãos, e cantavam um cântico novo. Era um cântico que ninguém podia aprender; só os cento e quarenta e quatro mil que foram resgatados da terra. 4 Estes são os que não se contaminaram com a prostituição, pois são virgens. Eles seguem o Cordeiro aonde quer que vá. Foram resgatados do meio da humanidade, como primeira oferta a Deus e ao Cordeiro. 5 Na sua boca nunca foi encontrada mentira. São íntegros!

 Anúncio do juízo 

6 Vi então outro anjo, que voava no ápice do céu, com uma mensagem a anunciar aos habi­tantes da terra, a toda nação, tribo, língua e po­vo – um evangelho eterno. 7 O anjo clamava em alta voz: “Temei a Deus e dai-lhe glória,­ porque chegou a hora do seu julgamento. Adorai aquele que fez o céu e a terra, o mar e as fontes das águas”.
8
Um segundo anjo o seguia, dizendo: “Caiu, caiu Babilônia, a grande, aquela que embriagou todas as nações com o vinho do furor da sua prostituição”.
9
E um terceiro anjo os acompanhava, clamando em alta voz: “Se alguém adora a Fera e sua estátua e recebe sua marca na fronte ou na mão, 10 esse vai beber também o vinho do furor de Deus, servido sem mistura na taça da sua ira. Será atormentado com fogo e enxo­fre diante dos santos anjos e do Cordeiro. 11 A fumaça do seu tormento subirá para sempre, e, dia e noite, não terão descanso aqueles que adoram a Fera e sua estátua, e quem quer que leve a marca com o seu nome”.
12
Aqui está a constância dos santos, daqueles que observam os mandamentos de Deus e a fidelidade a Jesus. 13 Ouvi, então, uma voz vin­da do céu, que dizia: “Escreve: Ditosos os mortos, os que desde agora morrem no Se­nhor. Sim, diz o Espírito, que eles descan­sem de suas fadigas, pois suas obras os acompanham.”

 A colheita 

14 E eu vi: era uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem alguém que parecia um “filho de homem”. Tinha sobre a cabeça uma coroa de ouro e, nas mãos, uma foice afiada. 15 Entre­tanto saiu do Santuário um outro anjo, gritando em alta voz para aquele que estava sentado?na nuvem: “Mete tua foice e ceifa. Chegou a hora da colheita. A seara da terra está madura!” 16 E aquele que estava sentado sobre a nuvem deu com a foice na terra, e a terra foi ceifada.
17
Então saiu do Santuário que está no céu mais um anjo. Também ele tinha uma foice afiada. 18 E saiu, de junto do altar, outro anjo ain­da, aquele que tem poder sobre o fogo. Ele gritou em alta voz para aquele que segurava a foice afiada: “Mete a tua foice afiada e colhe os cachos da vinha da terra, porque as uvas já estão maduras.” 19 E o anjo deu com a foice afiada na terra, e colheu os frutos da vinha da terra, despejando-os no grande lagar do furor de Deus. 20 E o lagar foi pisado, fora da cidade, e dele saiu sangue, que subiu até à altura do freio dos cavalos, numa extensão de trezen­tos quilômetros.

 Anúncio das pragas do Fim 

15 1 Depois, vi no céu outro sinal, grande e admirável: sete anjos, com as sete últimas pragas, com as quais o furor de Deus ia-se consumar.
2
Vi também como que um mar de vidro misturado com fogo. Todos aqueles que saíram vitoriosos do confronto com a Fera, com a sua estátua e com o número do seu nome, estavam de pé sobre o mar de vidro, tendo nas mãos harpas de Deus. 3 Entoavam o cântico de Moisés, o servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, e cantavam:
“Grandes e admiráveis são as tuas obras,
Senhor Deus, Todo-poderoso!
Justos e verdadeiros são os teus caminhos,
ó Rei das nações!
4
Quem não temeria, Senhor,
e não glorificaria o teu nome?
Só tu és santo!
Todas as nações virão prostrar-se diante de Ti,
porque tuas justas decisões se tornaram manifestas”.
5
Depois disto, vi abrir-se o Santuário, a Tenda do Testemunho, que está no céu. 6 Saíram do Santuário os sete anjos com as sete pragas.­ Estavam vestidos de linho puro e brilhante, cingidos à altura do peito com faixas de ouro. 7 Um dos quatro Seres vivos entregou aos sete anjos sete taças de ouro, cheias do furor de Deus, que vive para todo o sempre. 8 E o Santuário encheu-se de fumaça, por causa da glória e do poder de Deus, e ninguém podia entrar­ no Santuário, enquanto não estivessem consumadas as sete pragas dos sete anjos.

 O despejo das sete taças 

16 1 Depois, ouvi uma voz forte que saía do Santuário, dizendo aos sete anjos: “Ide, despejai sobre a terra as sete taças do furor de Deus”.
2
Saiu o primeiro anjo e despejou a sua taça na terra, e causou úlceras malignas e repugnantes nas pessoas que traziam a marca da?fera e adoravam a sua estátua.
3
O segundo anjo despejou a sua taça no mar, e o mar transformou-se em sangue, como o de um morto, e todos os seres vivos do mar morreram.
4
O terceiro anjo despejou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e a água transformou-se em sangue. 5 Então, ouvi o anjo das águas di­zer: “Justo és tu, Senhor, aquele ‘que é e?que era’, o Santo, por teres julgado deste modo. 6 Pois essa gente derramou o sangue de santos e profetas, e tu lhes deste sangue a beber! É o que eles merecem!” 7 Ouvi então o altar falar: “Sim, Senhor, Deus Todo-poderoso, teus julgamentos são verdadeiros e justos”.
8
O quarto anjo despejou a sua taça no sol, e ao sol foi concedido queimar os seres humanos com seu fogo. 9 Eles ficaram gravemente queimados e blasfemaram contra o nome de Deus, que tem o poder sobre essas pragas. Mas não se converteram para dar-lhe glória.
10
O quinto anjo despejou a sua taça sobre o trono da Fera, e o reino dela cobriu-se de trevas. As pessoas mordiam a língua de dor 11 e blasfemaram contra o Deus do céu, por causa de suas dores e úlceras, mas não se converteram de sua conduta.
12
O sexto anjo despejou a sua taça sobre o grande rio Eufrates. A água do rio secou, de modo que ficou livre o caminho para a invasão dos reis do Oriente. 13 Então vi da boca do Dragão, da boca da Fera e da boca do falso profeta, sairem três espíritos impuros, semelhantes a sapos. 14 São espíritos demoníacos, que realizam sinais. Eles se dirigem aos reis de toda a terra, para os reunir para a guerra do grande dia do Deus todo-poderoso. 15 (“Eis que venho como um ladrão. Feliz aquele que vigia e conserva suas vestes, para não andar nu e para que não se enxergue a sua vergonha.”) 16 Então os reis foram reunidos no lugar que, em hebraico, se chama Harmagedon.
17
O sétimo anjo despejou a sua taça no ar e uma voz forte saiu do templo, de junto do tro­no, e dizia: “Está feito!” 18 Houve então re­lâmpagos, vozes, trovões e um forte terremoto. Desde que o ser humano surgiu na terra nunca aconteceu terremoto assim tão violento.­ 19 A Grande Cidade partiu-se em três e as cidades das nações desmoronaram-se. E Babilônia, a grande, foi lembrada diante de Deus, para que lhe fosse dada a taça com o vinho do furor da sua ira. 20 Todas as ilhas fugiram e as montanhas desapareceram. 21 Do céu caiu granizo terrível, como pedras de trinta quilos­, e as pessoas blasfemaram contra Deus por causa do granizo, pois o flagelo foi extremamente devastador.

 A prostituta Babilônia 

17 1 Então, um dos sete anjos das sete taças convidou-me: “Vem! Vou mostrar-te a condenação da grande prostituta, que está sentada à beira de águas abundantes. 2 Os reis da terra prostituíram-se com ela e os habitantes da terra embriagaram-se com o vinho da sua prostituição”. 3 E o anjo me levou em espí­rito ao deserto, e eu vi uma mulher montada numa fera de cor escarlate, cheia de nomes blas­femos. A fera tinha sete cabeças e dez chifres. 4 A mulher estava vestida de púrpura e escarlate, e toda enfeitada de ouro, pedras preciosas e pérolas. Tinha na mão um cálice de ouro cheio de abominações, as imundícies da sua prostituição. 5 Na fronte da mulher estava escrito um nome enigmático: “Babilônia,­ a grande, a mãe das prostitutas e das abominações da terra”.
6
E reparei que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus. A visão desta mulher dei­xou-me profundamente admirado. 7 Disse-me então o anjo: “Por que estás admirado??Eu vou te explicar o segredo da mulher e da fera com sete cabeças e dez chifres, que a carrega. 8 A fera que viste existia, mas não existe mais. Ela está para subir do abismo, mas caminha para a perdição. E aqueles habitantes da terra cujos nomes não foram, desde a criação do mundo, inscritos no livro da vida, eles vão se surpreender ao verem que a fera existia, não existe mais e tornará a existir. 9 Aqui está a inteligência perspicaz: as sete cabeças são sete montanhas sobre as quais a mulher está sentada. Mas são também sete reis. 10 Cinco deles já caíram, o sexto está aí, o sétimo ainda não veio. E quando vier, deve durar pouco tempo. 11 A fera que existia e não existe mais é o próprio oitavo rei, mas é também um dos sete e está indo para a perdição. 12 E os dez chifres, que viste, são dez reis que ainda não receberam reinado, mas receberão por uma hora o poder de reinar juntamente com a fera. 13 Estes reis estão de comum acordo para dar sua força e poder à fera. 14 Eles vão combater contra o Cordeiro, mas o Cordeiro, Senhor dos Se­nhores e Rei dos reis, os vencerá, e também­ serão vencedores os que com ele são chamados, eleitos, fiéis.
15
O anjo disse-me ainda: “As águas que viste, onde está sentada a prostituta, são povos e multidões, nações e línguas. 16 E os dez chifres, que viste, como também a fera, vão odiar a prostituta e a deixarão desolada e nua, comerão as suas carnes e a queimarão com fogo. 17 Pois Deus os incitou a executarem o plano dele, entregando de comum acordo à fera o poder real que eles têm, até que se cumpram as palavras de Deus. 18 E a mulher que viste é a grande cidade, que exerce a realeza sobre os reis da terra”.

 Anúncio da queda de Babilônia 

18 1 Depois de tudo isso, vi outro anjo descendo do céu. Tinha grande poder, e a terra ficou toda iluminada com a sua glória. 2 Ele gritou com voz poderosa: “Caiu! Caiu Babilônia, a grande! Tornou-se morada de demônios, abrigo de todos os espíritos maus, abrigo de aves impuras e nojentas. 3 Pois ela embriagou todas as nações com o vinho do furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram os reis da terra, e os comerciantes da terra se en­riqueceram com seu luxo desenfreado”.
4
Ouvi outra voz do céu, que dizia: “Saí dela, ó meu povo! Não sejais cúmplices dos seus pecados, nem atingidos por suas pragas. 5 Seus pecados se amontoaram até o céu e Deus se lembrou das suas iniqüidades. 6 Pagai-lhe com a mesma moeda, restituí-lhe em dobro o que ela fez. Na taça que ela serviu, servi o dobro para ela. 7 O quanto ela se enchia de glória e de luxo, devolvei-lhe agora em dor e luto. Pois dizia para si mesma: ‘Estou num trono como rainha, não sou viúva, nunca conhecerei luto’. 8 Por isso, num só dia, as pragas a surpreenderão: morte, luto e fome. Ela será devorada pelo fogo, pois o Senhor Deus, que a julgou, é forte.
9
Os reis da terra, que se prostituíram com ela, aqueles que participavam do seu luxo, ao enxergarem a fumaça do incêndio vão chorar e bater no peito. 10 Vão ficar longe dela, com medo dos seus tormentos, e dirão: ‘Ai! Ai, ó Grande Cidade! Babilônia, cidade poderosa, uma hora bastou para o teu julgamento!’
11
Os comerciantes de toda a terra também hão de chorar e por causa dela ficarão de luto, porque ninguém mais vai comprar as suas mer­cadorias: 12 carregamentos de ouro e prata,­ pedras preciosas e pérolas, linho e púrpura, seda e escarlate, madeiras perfumadas de todo tipo, objetos de marfim e de madeira preciosa,­ de bronze, de ferro e de mármore, 13 canela, tem­peros, perfumes, mirra e incenso, vinho e azeite, flor de farinha e trigo, bois e ovelhas, cavalos e carros, escravos, vidas humanas. 14 Os frutos que almejavas afastaram-se de ti. A opulência e o esplendor terminaram para?ti, e nunca mais alguém há de encontrá-los.
15
Os comerciantes desses produtos, que se enriqueceram às custas dela, vão ficar longe, com medo dos seus tormentos e, chorando e ves­tindo luto, 16 dirão: ‘Ai! Ai, ó Grande Cida­de, vestida com linho fino, púrpura e escarlate, enfeitada com ouro e pedras preciosas e pérolas, 17 uma hora bastou para destruir toda essa riqueza’.
E todos os pilotos e navegantes, marinheiros e quantos trabalham no mar, ficaram longe 18
e, ao ver a fumaça do incêndio, gritaram: ‘Que cidade é igual à Grande Cidade?’ 19 E deitaram cinza na cabeça, choraram, ficaram de luto e gritavam: ‘Ai! Ai, ó Grande Cidade! Com tua grandeza se enriqueceram todos os armadores. Bastou uma hora para ficares arruinada. 20 E tu, ó Céu, alegra-te por causa dela, e também vós, santos, apóstolos e profetas, pois Deus julgou a vossa causa contra ela’”.
21
Nisto, um anjo forte levantou uma pedra do tamanho de uma grande mó e atirou-a ao mar, dizendo: “Com a mesma força será atira­da Babilônia, a Grande Cidade, e nunca mais será encontrada. 22 E o som de harpistas e músicos, de flautistas e tocadores de trombeta,­ em ti nunca mais se ouvirá; e nenhum artista de arte alguma em ti jamais se encontrará; e a cantilena do moinho em ti nunca mais se ouvirá; 23 e a luz da lâmpada em ti nunca mais brilhará; e a voz do noivo e da noiva em ti nun­ca mais se ouvirá, porque os teus comerciantes eram os grandes da terra, e com tua ma­gia enfeitiçaste todas as nações. 24 E nela foi encontrado o sangue dos profetas e dos san­tos e de todos os que foram imolados sobre a terra”.

 O júbilo no céu 

19 1 Depois disso, ouvi como que o forte vozerio de uma grande multidão que aclamava, no céu:
“Aleluia!
A salvação, a glória e o poder pertencem
ao nosso Deus,
2
porque seus julgamentos são verdadeiros
e justos.
Sim, Deus julgou a grande prostituta
que corrompeu a terra com sua prostituição,
e vingou nela o sangue dos seus servos”.
3
E continuaram: “Aleluia! A fumaça dela ficará subindo por toda a eternidade!”
4
E os vinte e quatro Anciãos e os quatro Seres vivos se prostraram diante de Deus, que está sentado no trono, e disseram: “Amém. Aleluia!”
5
Então, uma voz saiu do trono, convidando:
“Louvai o nosso Deus, todos os seus servos
e todos os que o temeis, pequenos e grandes”.
6
Eu ouvi ainda como que a voz de uma grande multidão, como que o fragor de águas torrenciais e o estrondo de fortes trovões. A multidão aclamava:
“Aleluia!
O Senhor, nosso Deus, o Todo-poderoso passou a reinar.
7
Fiquemos alegres e contentes, e demos glória a Deus,
porque chegou o tempo das núpcias do Cordeiro.
Sua esposa já se preparou.
8
Foi lhe dado vestir-se com linho brilhante e puro”.
(O linho significa as obras justas dos santos.)
 9 E o anjo me disse: “Escreve: Felizes os con­vidados para o banquete das núpcias do Cordeiro”. Disse ainda: “Estas são as verdadeiras palavras de Deus”. 10
Eu prostrei-me diante dele para adorá-lo, mas ele me disse: “Não faças isso! Eu sou um servo como tu e como os teus irmãos que guardam o testemunho de Jesus. A Deus é que deves adorar”. (O testemunho de Jesus é o espírito da profecia.)
11
Vi então o céu aberto, e apareceu um cavalo branco. Aquele que o montava chama-se ‘fiel’ e ‘verdadeiro’: ele julga e combate com justiça. 12 Seus olhos são como chama de fogo. Sobre sua cabeça há muitos diademas. Ele traz um nome que ninguém conhece, a não ser ele mesmo. 13 Está vestido com um manto embebido de sangue. Ele é chamado pelo nome de “Palavra de Deus”. 14 Os exércitos do céu o acompanham, montados em cavalos brancos, com roupas de linho branco e puro. 15 Da sua boca sai uma espada afiada, para com ela ferir as nações. Ele as governará com cetro de fer­ro. Ele é quem pisa o lagar do vinho que é a furiosa cólera de Deus Todo-poderoso. 16 No manto e na sua coxa, traz escrito um nome: “Rei dos Reis e Senhor dos Senhores”.
17
Vi então um anjo, em pé, no sol. Gritou em alta voz a todos os pássaros que voam pe­la abóbada celeste: “Vinde! Reuni-vos para o grande banquete de Deus, 18 para comer car­nes de reis e de capitães, carnes de podero­sos,­ carnes de cavalos e cavaleiros, carnes de to­dos,­ livres e escravos, pequenos e grandes”.
19
Vi então a Fera reunida com os reis da terra e seus exércitos, para combater contra o Cavaleiro e seu exército. 20 A Fera, porém, foi aprisionada, junto com o falso profeta, que realizava milagres a seu serviço, seduzindo todos os que haviam recebido a marca da fera e adorado a sua estátua. Ambos foram lançados vivos no lago de fogo com enxofre arden­te. 21 E os demais foram mortos pela espada que saía da boca do Cavaleiro, e todas as aves se fartaram com as suas carnes.

 O reinado de mil anos 

20 1 Depois disso, vi um anjo descer do céu. Tinha nas mãos a chave do Abismo e uma grande corrente. 2 Ele agarrou o Dragão, a antiga Serpente, que é o Diabo, Satanás.­ Acorrentou-o por mil anos 3 e lançou-o dentro­ do Abismo. Depois, trancou e lacrou o Abismo, para que o Dragão não seduzisse mais as na­ções, até que terminassem os mil anos. De­pois dos mil anos, o Dragão deve ser solto,­ mas por pouco tempo. 4 Vi então tronos, e os seus ocupantes sentaram-se e receberam o po­der de julgar. Vi também aqueles que foram­ decapitados por causa do Testemunho de Jesus e da Palavra de Deus e os que não tinham adorado a fera, nem a sua estátua, nem tinham recebido na fronte ou na mão a marca da fera. Eles voltaram a viver, para reinarem com Cristo durante mil anos. 5 (Os outros mortos não voltaram a viver enquanto não terminaram­ os mil anos.) Tal é a primeira ressurreição. 6 Di­toso e santo quem participa da primeira res­surreição! A segunda morte não tem poder­ sobre eles. Eles serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele durante mil anos.
7
E quando se completarem os mil anos, Sa­tanás será solto da sua prisão. 8 Ele sairá para seduzir as nações dos quatro cantos da terra, de Gog e Magog, a fim de reuni-las para o combate. O número delas é como a areia do mar. 9 Espalharam-se por toda a terra, cercaram­ o acampamento dos santos e a cidade amada. Mas do céu desceu fogo e devorou-as. 10 O?Dia­bo, que tinha seduzido a todas elas, foi atirado­ no lago de fogo e enxofre, onde já se achavam­ a Fera e o falso profeta. Lá eles serão atormentados noite e dia, por toda a eternidade.
11
Vi ainda um grande trono branco e quem nele estava sentado. O céu e a terra fugiram da sua presença e não se achou mais o lugar deles.­ 12 Vi também os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono. Foram abertos­ livros, e mais um outro livro ainda: o livro da vida. Então foram julgados os mortos, de acor­do com sua conduta, conforme está escrito nos livros. 13 O mar devolveu os mortos que nele se encontravam. A Morte e a Morada dos mortos entregaram de volta os seus mortos. E cada um foi?jul­gado conforme sua conduta. 14 A Morte e a Mo­rada dos mortos foram então­ atirados ao lago de fogo. Esta é a segunda mor­te: o lago de?fogo. 15 Quem não tinha o?seu nome escrito no livro da vida, foi também atirado no lago de fogo.

 A morada de Deus junto dos homens 

21 1 Vi então um novo céu e uma nova terra. Pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. 2 Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus, vestida como noiva enfeitada para o seu esposo. 3 Então, ouvi uma voz forte que saía do trono e dizia: “Esta é a morada de Deus-com-os-homens. Ele vai morar junto deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus-com-eles será seu Deus. 4 Ele enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem grito, nem dor, porque as coisas anteriores passaram”.
5
Aquele que está sentado no trono disse: “Eis que faço novas todas as coisas”. Depois, ele me disse: “Escreve, pois estas palavras são dignas de fé e verdadeiras”. 6 E disse-me ainda: “Está feito! Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem tiver sede, eu darei,­ de graça, da fonte da água vivificante. 7 Estas coisas serão a herança do vencedor, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho”. 8 Quanto aos covardes, infiéis, corruptos, assassinos, devassos, feiticeiros, idólatras e todos os mentirosos, o lugar deles é o lago ardente de fogo e enxofre, ou seja, a segunda morte”.

 A nova Jerusalém 

9 Depois veio até mim um dos sete anjos das sete taças cheias com as últimas pragas. Ele falou comigo e disse: “Vem! Vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro”. 10 Então me le­vou em espírito a uma montanha grande e alta. Mostrou-me a cidade santa, Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus, 11 brilhando com a glória de Deus. Seu brilho era como o de uma pedra preciosíssima, como o brilho de jaspe cristalino. 12 Estava cercada por uma muralha grande e alta, com doze portas. Sobre as portas estavam doze anjos, e nas portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel. 13 Havia três portas do lado do oriente, três portas do lado norte, três portas do lado sul e três portas do lado do ocidente. 14 A mu­ralha da cidade tinha doze alicerces, e sobre eles estavam escritos os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.
15
Aquele que estava falando comigo usava uma vara de ouro para medir a cidade, as por­tas e a muralha. 16 A cidade é quadrangular, com o comprimento igual à largura. O anjo me­diu a cidade com a vara: doze mil estádios­. O comprimento, a largura e a altura são iguais. 17 O anjo mediu a muralha: cento e quarenta e quatro côvados \de altura, em medidas huma­nas, usadas pelo anjo. 18 A muralha é feita de jaspe. A cidade é de ouro purificado, parecen­do cristal puro. 19 Os alicerces da muralha da cidade são ornamentados com todo o tipo de pedras preciosas. O primeiro alicerce é de jas­pe, o segundo de safira, o terceiro de cal­c­e­dô­nia, o quarto de esmeralda, 20 o quinto de sardônica, o sexto de cornalina, o sétimo de cri­sólito, o oitavo de berilo, o nono de topázio, o décimo de crisópraso, o décimo primeiro?de jacinto e o décimo segundo de ametista. 21 As doze portas são doze pérolas; cada porta é feita de uma única pérola. A praça da cidade?é de ouro purificado, como vidro transparente.
22
Não vi nenhum santuário na cidade, pois o seu Santuário é o próprio Senhor, o Deus Todo-poderoso, e o Cordeiro. 23 A cidade não precisa­ de sol nem de lua que a iluminem, pois a glória de Deus é a sua luz e a sua lâmpada é o Cordeiro. 24 As nações caminharão à sua luz e os reis da terra levarão a ela a sua glória. 25 Suas portas não precisam de ser fechadas cada dia, pois já não haverá noite; 26 e a ela serão levadas a glória e a riqueza das nações. 27 Nunca mais entrará nela o que é impuro, nem alguém que pratique a abominação e a mentira. Entrarão nela somente os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro.

22 1 Ele mostrou-me um rio de água vivificante, o qual brilhava como cristal. O rio brotava do trono de Deus e do Cordeiro. 2 No meio da praça e em ambas as margens do rio cresce a árvore da vida, frutifican­do doze vezes por ano, produzindo cada mês o seu fruto, e suas folhas servem para curar as nações. 3 Já não haverá maldição alguma. Na cidade estará o trono de Deus e do Cordei­ro e seus servos poderão prestar-lhe culto. 4 Verão a sua face e o seu nome estará sobre suas frontes. 5 Não haverá mais noite: não se precisará mais da luz da lâmpada, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus vai brilhar sobre eles e eles reinarão por toda a eternidade.

 A vinda de Cristo

6 Então ele me disse: “Estas palavras são dignas de fé e verdadeiras, pois o Senhor, o Deus que inspira os profetas, enviou o seu Anjo, para mostrar aos seus servos o que deve acontecer em breve. 7 Eis que eu venho em breve. Feliz aquele que observa as palavras­ da profecia deste livro”.

 Epílogo 

8 Eu, João, sou quem viu e ouviu estas coisas.­ E tendo-as ouvido e visto, prostrei-me para adorar o anjo que a mim as tinha mostrado. 9 Mas ele me falou: “Não faças isso! Eu sou ser­vo como tu e como teus irmãos, os profetas­ e aqueles que guardam as palavras deste livro.­ É a Deus que deves adorar”.
10
E Jesus disse-me: “Não deixes sob sigilo as palavras da profecia deste livro, pois o tempo marcado está próximo. 11 O malfeitor continue fazendo o mal, o sujo continue a sujar-se; e que o justo continue praticando a justiça e o santo santifique-se ainda mais.
12
Eis que venho em breve, trazendo comigo a minha recompensa, para retribuir a cada um segundo as suas obras. 13 Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Começo e o Fim. 14 Felizes os que lavam suas vestes, pois assim poderão dispor da árvore da vida e entrar na cidade pelas portas. 15 Mas ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os libertinos,?os assassinos e os idólatras,e todos os que amam a mentira e a praticam.
16
Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos dar este testemunho sobre as igrejas. Eu sou o rebento e a raiz de Davi. Eu sou a brilhante estrela da manhã”.
17
O Espírito e a Esposa dizem: “Vem”! Aquele que ouve também diga: “Vem”! Quem tem sede, venha, e quem quiser, receba de graça a água vivificante.
18
Para todo o que ouve as palavras da profecia deste livro vai aqui o meu testemunho: se alguém lhe acrescentar qualquer coisa, Deus lhe acrescentará as pragas que estão aqui descritas. 19 E se alguém retirar algo das palavras do livro desta profecia, Deus lhe retirará a sua parte da árvore da vida e da Cidade Santa, que se encontram descritas neste livro.
20
Aquele que dá testemunho destas coisas diz: “Sim, eu venho em breve”.
Amém! Vem, Senhor Jesus!

 Saudação final

21 A graça do Senhor Jesus esteja com todos.­ Amém.



Apocalipse (CNB) 14