Discursos Bento XVI 30509

CELEBRAÇÃO MARIANA PARA A CONCLUSÃO DO MÊS DE MAIO NO VATICANO

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Jardins do Vaticano

Sábado, 30 de Maio de 2009


Venerados Irmãos
Queridos irmãos e irmãs

Saúdo-vos a todos com afecto, no final da tradicional vigília mariana que encerra o mês de Maio no Vaticano. Este ano ela adquiriu um valor todo especial porque coincide com a vigília de Pentecostes. Reunindo-vos, espiritualmente recolhidos em volta da Virgem Maria, e contemplando os mistérios do Santo Rosário, reviveis a experiência dos primeiros discípulos, reunidos no Cenáculo com "a mãe de Jesus", que "se entregavam assiduamente à oração", na expectativa da vinda do Espírito Santo (cf.
Ac 1,14). Também nós, nesta penúltima noite de Maio, da Colina do Vaticano, invoquemos a efusão do Espírito Paráclito sobre nós, sobre a Igreja que está em Roma e sobre todo o povo cristão.

A grande festa de Pentecostes convida-nos a meditar sobre a relação entre o Espírito Santo e Maria, uma relação estreitíssima, privilegiada, indissolúvel. A Virgem de Nazaré foi escolhida para se tornar a Mãe do Redentor por obra do Espírito Santo: na sua humildade, encontrou graça aos olhos de Deus (cf. Lc 1,30). Com efeito, no Novo Testamento vemos que a fé de Maria, por assim dizer, "atrai" o dom do Espírito Santo. Antes de tudo, na concepção do Filho de Deus, mistério que o próprio Arcanjo Gabriel assim explica: "O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra" (Lc 1,35). Logo depois, Maria foi ajudar Isabel, e quando chegou à sua casa e a saudou, o Espírito Santo fez saltar o menino no ventre da parente idosa (cf. Lc 1,44); e todo o diálogo entre as duas mães é inspirado pelo Espírito de Deus, sobretudo o cântico de louvor com o qual Maria exprime os seus sentimentos profundos, o Magnificat. Toda a vicissitude do nascimento de Jesus e da sua primeira infância está guiada de maneira quase palpável pelo Espírito Santo, embora nem sempre seja mencionado. O coração de Maria, em perfeita consonância com o Filho divino, é templo do Espírito da verdade, onde cada palavra e acontecimento são conservados na fé, na esperança e na caridade (cf. Lc 2,19 Lc 2,51).

Assim, podemos estar certos de que o santíssimo coração de Jesus em todo o arco da vida escondida em Nazaré sempre encontrou no coração imaculado da Mãe uma "chama" ardente de oração e de atenção constante à voz do Espírito. O que aconteceu durante as bodas de Caná é testemunho desta singular sintonia entre Mãe e Filho na busca da vontade de Deus. Numa situação cheia de símbolos da aliança, como é o banquete nupcial, a Virgem Maria intercede e provoca, por assim dizer, um sinal de graça superabundante: o "vinho bom" que remete para o mistério do Sangue de Cristo. Isto conduz-nos directamente ao Calvário, onde Maria se encontra aos pés da cruz juntamente com as outras mulheres e com o apóstolo João. A Mãe e o discípulo recolhem espiritualmente o testamento de Jesus: as suas últimas palavras e o seu último suspiro, no qual Ele começa a efundir o Espírito; e recolhem o brado silencioso do seu Sangue, inteiramente derramado por nós (cf. Jn 19,25-34). Maria sabia de onde provinha aquele sangue: tinha-se formado nela por obra do Espírito Santo, e sabia que aquele mesmo "poder" criador teria ressuscitado Jesus, como Ele tinha prometido.
Assim, a fé de Maria apoiou a dos discípulos até ao encontro com o Senhor ressuscitado, e continuou a acompanhá-los também depois da sua Ascensão ao céu, na expectativa do "baptismo no Espírito Santo" (cf. Ac 1,5). No Pentecostes, a Virgem Mãe aparece novamente como Esposa do Espírito, para uma maternidade universal em relação a todos os que são gerados por Deus para a fé em Cristo. Eis porque, para todas as gerações, Maria é imagem e modelo da Igreja, que juntamente com o Espírito caminha no tempo invocando o retorno glorioso de Cristo: "Vinde, Senhor Jesus" (cf. Ap 22,17 Ap 22,20).

Queridos amigos, na escola de Maria, aprendamos também nós a reconhecer a presença do Espírito Santo na nossa vida, a escutar as suas inspirações e a segui-las docilmente. Ele faz-nos crescer segundo a plenitude de Cristo, de acordo com aqueles bons frutos que o apóstolo Paulo enumera na Carta aos Gálatas: "Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, autodomínio" (5, 22). Desejo-vos que estejais sempre repletos destes dons e que caminheis com Maria segundo o Espírito e, enquanto vos exprimo a minha gratidão, o meu louvor, pela participação nesta celebração vespertina, de coração concedo a todos vós e aos vossos entes queridos a Bênção Apostólica.




AOS PROFESSORES E ALUNOS DO SEMINÁRIO FRANCÊS DE ROMA 6 de Junho de 2009

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Sala Clementina
Sábado, 6 de Junho de 2009




Senhores Cardeais
Queridos irmãos no Episcopado
Senhor Reitor
Queridos sacerdotes e seminaristas

É com alegria que vos recebo por ocasião das celebrações que marcam nestes dias um momento importante da história do pontifício Seminário francês de Roma. A Congregação do Espírito Santo que, depois da sua fundação, tinha assumido a sua tutela, confia-o agora, depois de um século e meio de serviço fiel, à Conferência Episcopal da França.

Devemos dar graças ao Senhor pelo trabalho realizado nesta instituição na qual, depois da sua abertura, cerca de 5.000 seminaristas ou jovens sacerdotes foram preparados para a sua futura vocação. Ao congratular-me pelo trabalho dos membros da Congregação do Espírito Santo, Sacerdotes e Irmãos, desejo confiar de modo particular ao Senhor os apostolados que a Congregação fundada pelo venerável Padre Liberman conserva e desenvolve no mundo e – sobretudo em África – a partir do seu carisma que nada perdeu da sua força e da sua pertinência. Possa o Senhor abençoar a Congregação e as suas missões.

A tarefa de formar os sacerdotes é uma missão delicada. A formação proposta ao seminário é exigente, pois é uma porção do povo de Deus que será confiada à solicitude pastoral dos futuros sacerdotes, este povo que Cristo salvou e pelo qual doou a sua vida. É bom que os seminaristas se recordem de que se a Igreja se mostra exigente com eles, é porque deverão ocupar-se de quantos Cristo adquiriu a alto preço. As aptidões exigidas aos futuros sacerdotes são muitas: a maturidade humana, as qualidades espirituais, o zelo apostólico, o rigor intelectual... Para possuir estas virtudes, os candidatos ao sacerdócio devem poder não só dar testemunho delas junto dos formadores, mas antes de tudo devem poder ser os primeiros beneficiários destas qualidades vividas e dispensadas por quantos têm a tarefa de as fazer crescer. É uma lei da nossa humanidade e da nossa fé, que sejamos capazes de dar, com frequência, aquilo que recebemos precedentemente de Deus através das mediações eclesiais e humanas que Ele instituiu. Quem recebe a tarefa de discernimento e de formação deve recordar-se de que a esperança que tem pelos outros, é em primeiro lugar um dever para si mesmo.

Esta transmissão de testemunho coincide com o início do Ano sacerdotal. É uma graça para a nova equipe de sacerdotes formadores reunida pela Conferência dos Bispos de França. Ao receber esta missão, é-lhe concedida, assim como a toda a Igreja, a possibilidade de perscrutar mais profundamente a identidade do sacerdote, mistério de graça e de misericórdia. Apraz-me citar aqui a eminente personalidade que foi o Cardeal Suhard, recordando quanto disse a propósito dos ministros de Cristo: "Eterno paradoxo do sacerdote. Ele encerra em si os opostos. Ele concilia, ao preço da sua vida, a fidelidade a Deus e a fidelidade ao homem. Ele tem o ar pobre e sem força... Não tem nas mãos os meios políticos, nem os recursos financeiros, nem a força das armas, das quais outros se servem para conquistar a terra. A sua força é estar desarmado e "tudo poder naquele que o fortalece"" (Ecclesia, n. 141, p. 21, Dezembro de 1960). Possam estas palavras que recordam tão bem a figura do santo Cura d'Ars ressoar como uma chamada vocacional para numerosos jovens cristãos da França que desejam uma vida útil e fecunda para servir o amor de Deus.

A particularidade do Seminário francês é estar situado na cidade de Pedro; para retomar os votos de Paulo VI (cf. Discurso aos ex-alunos do Seminário francês, 11 de Setembro de 1968), espero que durante a permanência em Roma, os seminaristas possam de modo privilegiado familiarizar-se com a história da Igreja, descobrir a grandeza da sua catolicidade e a sua unidade viva em volta do Sucessor de Pedro e que deste modo seja gravado para sempre no seu coração de pastores o amor da Igreja.

Ao invocar sobre todos vós a abundância das graças do Senhor por intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria, de Santa Clara e do Beato Pio IX, a todos concedo de coração, aos vossos familiares, aos ex-alunos que não puderam participar e ao pessoal do Seminário, a Bênção Apostólica.




AOS MEMBROS DA CONFERÊNCIA EPISCOPAL DA VENEZUELA EM VISITA «AD LIMINA APOSTOLORUM» Segunda-feira, 8 de Junho de 2009

Senhor Cardeal
Queridos Irmãos no Episcopado

1. Dou-vos as minhas cordiais boas-vindas, Pastores da Igreja na Venezuela, a este encontro durante a vossa visita ad limina e, como Sucessor de Pedro, dou graças ao Senhor por esta ocasião de confirmar os meus irmãos na fé (cf. Lc 22,32) e de participar juntamente convosco nas vossas alegrias e preocupações, nos vossos projectos e dificuldades.

Agradeço antes de tudo a D. Ubaldo Ramón Santana Sequera, Arcebispo de Maracaibo e Presidente da Conferência Episcopal Venezuelana, as suas palavras que manifestam a vossa comunhão com o Bispo de Roma e Cabeça do Colégio episcopal, assim como os desafios e as esperanças do vosso ministério pastoral.

2. Com efeito, os desafios que deveis enfrentar no vosso trabalho pastoral são cada vez mais abundantes e difíceis e, nos últimos tempos, vêem-se incrementados por uma grave crise económica mundial. No entanto, o momento actual oferece também numerosos e verdadeiros motivos de esperança, daquela esperança capaz de encher os corações de todos os homens, e que "só pode ser Deus o Deus que nos amou, e ama ainda agora, "até ao fim"" (Spe salvi ). Do mesmo modo como fez com os discípulos de Emaús (cf. Lc 24,13-35), o Senhor ressuscitado caminha também ao vosso lado, infundindo-nos o seu espírito de amor e fortaleza, para que possamos abrir os nossos corações a um futuro de esperança e de vida eterna.

969 3. Estimados Irmãos, tendes à vossa frente uma tarefa de evangelização apaixonadora e começastes a "Missão para a Venezuela", em sintonia com a Missão continental promovida pela v Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, em Aparecida. Também estes são tempos de graça para os que se dedicam inteiramente à causa do Evangelho. Confiai no Senhor. Ele há-de fazer fecundar a vossa abnegação e os vossos sacrifícios.

Portanto, animo-vos a incrementar as iniciativas para dar a conhecer em toda a integridade e beleza a figura e a mensagem de Jesus Cristo. Por isso, além de uma boa formação doutrinal de todo o Povo de Deus, é importante fomentar uma profunda vida de fé e de oração. Na liturgia e no diálogo íntimo da oração pessoal ou comunitária, o Ressuscitado vem ao nosso encontro, transformando o nosso coração com a sua presença amorosa.

Desejo recordar também a necessidade da vida espiritual dos Bispos. Configurados plenamente com Cristo Cabeça através do sacramento da Ordem, num certo sentido eles são para a Igreja que lhes é confiada um sinal visível do Senhor Jesus (cf. Lumen gentium
LG 21). Por isso, o ministério pastoral deve ser um reflexo coerente de Jesus, Servo de Deus, mostrando a todos a importância capital da fé, assim como a necessidade de pôr em primeiro lugar a vocação à santidade (cf. João Paulo ii, Exortação Apostólica Pastores gregis ).

4. Para levar a cabo uma acção pastoral fecunda, é indispensável a estreita comunhão afectiva e efectiva entre os Pastores do Povo de Deus, que "se considerem sempre unidos entre si e se mostrem solícitos por todas as Igrejas" (Christus Dominus CD 6). Esta unidade, que hoje e sempre deve ser promovida e expressa de maneira visível, será fonte de consolação e de eficácia apostólica no ministério que vos foi confiado.

5. O espírito de comunhão leva a prestar uma atenção especial aos vossos sacerdotes. Colaboradores imediatos do ministério episcopal, eles devem ser os primeiros destinatários do vosso cuidado pastoral, e haveis de tratá-los com proximidade e amizade fraterna. Isto ajudá-los-á a desempenhar com abnegação o ministério recebido e, quando for necessário, também a acolher com espírito filial as advertências sobre aqueles aspectos que eles devem melhorar ou corrigir. Por este motivo, animo-vos a dobrar os esforços para impelir o zelo pastoral entre os presbíteros, de modo particular durante este próximo Ano sacerdotal, que eu desejei declarar.

A isto acrescenta-se o interesse que se deve ter pelo Seminário diocesano, para alentar uma selecção e formação esmerada e competente das pessoas chamadas a ser pastores do Povo de Deus, sem para isto poupar recursos humanos e materiais.

6. Por sua vez, os fiéis leigos participam segundo o seu modo específico na missão salvífica da Igreja (cf. Lumen gentium LG 33). Como discípulos e missionários de Cristo, eles são chamados a iluminar e ordenar as realidades temporais de maneira a corresponder ao desígnio amoroso de Deus (cf. ibid., 31). Por isso, é necessário um laicado maduro, que dê testemunho fiel da fé e sinta a alegria da sua pertença ao Corpo de Cristo ao qual deve oferecer-se, entre outras coisas, um conhecimento adequado da doutrina social da Igreja. Neste sentido, aprecio o vosso compromisso em vista de irradiar a luz do Evangelho sobre os acontecimentos de maior relevância que atingem o vosso país, sem outros interesses a não ser a difusão dos valores cristãos mais genuínos, também para favorecer a busca do bem comum, a convivência harmónica e a estabilidade social.

Confio-vos de modo particular aqueles que estão em necessidade. Continuai a formentar as numerosas iniciativas de caridade da Igreja na Venezuela, de modo que os nossos irmãos mais indigentes possam experimentar a presença entre si daquele que entregou a suavida na Cruz por todos os homens.

7. Concluo com uma palavra de esperança e de encorajamento à vossa tarefa; contai sempre com o meu apoio, solicitude e proximidade espiritual. E peço-vos que transmitais a minha saudação afectuosa a todos os membros das vossas Igrejas particulares: aos Bispos Eméritos, aos sacerdotes, aos religiosos e aos fiéis leigos, e especialmente aos casais, aos jovens, aos idosos e às pessoas que sofrem. Com estes sentimentos, e invocando a salvaguarda da Virgem Maria, Nossa Senhora de Coromoto, tão querida em toda a Venezuela, concedo-vos de coração a Bênção Apostólica.






AOS CONGRESSISTAS DA FUNDAÇÃO «CENTESIMUS ANNUS - PRO PONTIFICE» Sala Clementina

Sábado, 13 de Junho de 2009


Venerados Irmãos
970 no Episcopado e no Sacerdócio
Ilustre e queridos amigos!

Obrigado por esta vossa visita, que se insere no contexto da vossa reunião anual. Saúdo-vos a todos com afecto e estou-vos grato por quanto fazeis, com provada generosidade, ao serviço da Igreja. Saúdo e agradeço ao Conde Lorenzo Rossi di Montelera, vosso Presidente, que interpretou com perspicaz sensibilidade os vossos sentimentos, expondo em linhas gerais a actividade da Fundação. Agradeço também a quantos, em línguas diversas, me quiseram manifestar a certeza da devoção comum. O nosso encontro de hoje assume um significado e um valor particular, à luz da situação que neste momento a inteira humanidade vive.

De facto, a crise financeira e económica que atingiu os países industrializados, os emergentes e os que estão em vias de desenvolvimento, mostra de modo evidente como se devem reconsiderar certos paradigmas económico-financeiros que foram predominantes nos últimos anos. A vossa Fundação fez bem, portanto, ao enfrentar no Congresso internacional realizado ontem, o tema da pesquisa e do reconhecimento de quais são os valores e as regras segundo as quais o mundo moderno se deveria regular para realizar um novo modelo de desenvolvimento mais atento às exigências da solidariedade e maisrespeitadorda dignidade humana.

Sinto-me feliz por tomar conhecimento de que examinastes, sobretudo, as interdependências entre instituições, sociedade e mercado, partindo, de acordo com a Encíclica Centesimus annus do meu venerado Predecessor João Paulo II, da reflexão segundo a qual a economia de mercado, entendida como "sistema económico que reconhece o papel fundamental e positivo da empresa, do mercado, da propriedade privada e da consequente responsabilidade pelos meios de produção, da livre criatividade humana no sector da economia" (n. 42), pode ser reconhecida como caminho de progresso económico e civil unicamente se for orientada para o bem comum (cf. n. 43). Mas esta visão deve ser acompanhada também pela outra reflexão segundo a qual a liberdade no sector da economia deve enquadrar-se "num sólido contexto jurídico que a ponha ao serviço da liberdade humana integral", uma liberdade responsável "cujo centro seja ético e religioso" (n. 42). Oportunamente, a Encíclica mencionada afirma: "Assim como a pessoa se realiza plenamente a si mesma na livre doação de si, também a propriedade se justifica moralmente ao criar, nos modos e nos tempos devidos, ocasiões de trabalho e de crescimento humano para todos" (n. 43).

Faço votos por que as pesquisas desenvolvidas nos vossos trabalhos, inspirando-se nos eternos princípios do Evangelho, elaborem uma visão da economia moderna respeitadora das necessidades e dos direitos dos débeis. Como sabeis, será publicada proximamente a minha Encíclica dedicada precisamente ao vasto tema da economia e do trabalho: nela serão postos em evidência aqueles que para nós, cristãos, são os objectivos que devem ser perseguidos e os valores que devem ser promovidos e defendidos incansavelmente, a fim de realizar uma convivência humana verdadeiramente livre e solidária. É também de bom grado que tomo conhecimento de quanto estais a fazer a favor do pisai (Pontifício Instituto de Estudos Árabes e de Islamística), a cujas finalidades, por vós partilhadas, atribuo grande valor para um diálogo inter-religioso cada vez mais fecundo.

Queridos amigos, mais uma vez obrigado pela vossa visita; garanto a cada um de vós uma recordação na oração, enquanto de coração a todos abençoo.






AO PATRIARCA DE ANTIOQUIA DOS SÍRIOS MAR IGNACE YOUSSEF III YOUNAN Sexta-feira, 19 de Junho de 2009

Beatitude!

A visita que realiza a Roma para venerar os túmulos dos Apóstolos e encontrar o Sucessor de Pedro é para mim um motivo de grande alegria. Renovo hoje com afecto sincero e fraterno a saudação e o ósculo de paz em Cristo que no início do ano tinha trocado consigo, no dia seguinte à sua eleição para Patriarca de Antioquia dos Sírios. Agradeço-lhe as palavras cordiais que me dirigiu em nome da sua Igreja patriarcal. Desejo expressar igualmente o meu reconhecimento a Suas Beatitudes o Cardeal Ignace Moussa Daoud, Prefeito emérito da Congregação para as Igrejas Orientais, e Ignace Pierre Abdel Ahah, Patriarcas eméritos da sua Igreja, assim como aos membros do Sínodo episcopal. O meu agradecimento torna-se oração sobretudo por Vossa Beatitude, novo Patriarca, e acompanho com uma solidariedade fraterna os primeiros passos do seu serviço eclesial.

Beatitude, a Providência divina constituiu-nos ministros de Cristo e Pastores do seu único rebanho. Mantenhamos portanto o olhar do coração fixo n'Ele, Pastor supremo e Bispo das nossas almas, na certeza de que depois de termos colocado sobre os nossos ombros o munus episcopal, ele nunca nos abandonará. Foi o próprio Cristo, nosso Senhor, que estabeleceu o Apóstolo Pedro como a "rocha" sobre a qual se baseia o edifício espiritual da Igreja, pedindo aos seus discípulos que caminhem em plena unidade com Ele, sob a sua guia certa e sob a dos seus Sucessores. Ao longo da sua história mais do que milenária, a comunhão com o Bispo de Roma foi sempre paralela com a fidelidade à tradição espiritual do Oriente cristão, e as duas formam os aspectos complementares de um único património de fé que a sua venerável Igreja professa. Juntos, nós professamos esta mesma fé católica, unindo a nossa voz com a dos Apóstolos, dos mártires e dos santos que nos precederam, elevando a Deus Pai, em Cristo e no Espírito Santo, o hino de louvor e de acção de graças pela riqueza imensa deste dom que está confiado nas nossas mãos frágeis.

971 Amados Irmãos da Igreja Sírio-Católica, pensei de modo particular em vós durante a solene Celebração eucarística da festa do Corpus Christi. Na homilia, que pronunciei diante da Basílica de São João de Latrão, citei o grande Doutor Santo Efrém o Sírio, o qual afirma: "Durante a Última Ceia, Jesus imolou-se a si mesmo; na cruz, foi imolado pelos outros". Esta interessante anotação permite-me ressaltar a raiz eucarística da ecclesiastica communio que lhe concedi, Beatitude, no momento da eleição sinodal. De modo muito oportuno, vossa Beatitude quis mostrar, com um gesto público, este vínculo estreito que o une ao Bispo de Roma e à Igreja universal, durante a Eucaristia que celebrou ontem, na Basílica de Santa Maria Maior, e na qual participou o meu representante com um mandato especial, o Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, o Senhor Cardeal Leonardo Sandri. De facto, é a Eucaristia que funda as nossas diversas tradições na unidade do único Espírito, tornando-as uma riqueza para todo o povo de Deus. Que a celebração da Eucaristia, fonte e ápice da vida eclesial, vos mantenha ancorados na antiga tradição siríaca, que reivindica possuir a própria língua do Senhor Jesus e, ao mesmo tempo, abre diante de vós o horizonte de universalidade eclesial! Que ela vos torne sempre atentos ao que o Espírito sugere às Igrejas; que ela abra os olhos do vosso coração para que possais perscrutar os sinais dos tempos à luz do Evangelho e para que saibais acolher as expectativas e as esperanças da humanidade, respondendo generosamente às necessidades de quantos vivem graves condições de pobreza. A Eucaristia é o Pão de Vida que alimenta as vossas comunidades e a todas faz crescer na unidade e na caridade. Sabei portanto tirar da Eucaristia, Sacramento de unidade e de comunhão, a força para superar as dificuldades que a vossa Igreja viveu nestes últimos anos, a fim de encontrar os caminhos do perdão, da reconciliação e da comunhão.

Queridos Irmãos, mais uma vez obrigado pela vossa visita que me permite expressar-vos a minha profunda solicitude em relação aos vossos problemas eclesiásticos. Acompanho com satisfação a plena retomada do funcionamento do vosso Sínodo, e encorajo os esforços em vista de favorecer a unidade, a compreensão e o perdão, que devereis considerar sempre como tarefas prioritárias para a edificação da Igreja de Deus. Além disso, rezo constantemente pela paz no Médio Oriente, em particular pelos cristãos que vivem na amada nação iraquiana, cujos sofrimentos apresento todos os dias ao Senhor durante o Sacrifício eucarístico.

Por fim desejo partilhar convosco uma das minhas maiores preocupações: a da vida espiritual dos sacerdotes. Justamente hoje, na Solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus, Dia da santificação sacerdotal, terei a grande alegria de abrir o Ano sacerdotal, em recordação do 150º aniversário da morte do Santo Cura d'Ars. Penso que este ano jubilar especial, que inicia no momento em que termina o Ano Paulino, será uma ocasião fecunda, oferecida a toda a Igreja. No Calvário, Maria estava com o Apóstolo João aos pés da Cruz. Hoje, também nós vamos espiritualmente aos pés da Cruz, com todos os vossos sacerdotes, para dirigir o nosso olhar Àquele que foi trespassado e do qual recebemos a plenitude de todas as graças. Maria, Rainha dos Apóstolos e Mãe da Igreja, vigie sobre vossa Beatitude, sobre o Sínodo e sobre toda a Igreja Sírio-Católica!

Da minha parte, garanto-lhe que o acompanho com a minha oração e lhe concedo a Bênção Apostólica, que faço extensiva a todos os fiéis da sua venerável Igreja, que se encontra em diversas nações do mundo.




AOS MEMBROS DA FUNDAÇÃO "ALCIDE DE GASPERI" Sábado, 20 de Junho de 2009

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Prezados amigos do Conselho
da Fundação "Alcide De Gasperi"

É-me muito grata a vossa visita e saúdo todos vós com afecto. De modo particular, saúdo a Senhora Maria Romana, filha de Alcide De Gasperi, e o Dep. Giulio Andreotti, que durante muito tempo foi seu estreito colaborador. Aproveito de bom grado a oportunidade, que a vossa presença me oferece, para evocar a figura desta grande personalidade que, em momentos históricos de profundas mudanças sociais na Itália e na Europa, repletos de não poucas dificuldades, soube prodigalizar-se eficazmente pelo bem comum. Formado na escola do Evangelho, De Gasperi foi capaz de traduzir em gestos concretos e coerentes a fé que ele professava. Com efeito, espiritualidade e política foram duas dimensões que conviveram na sua pessoa e caracterizaram o seu compromisso social e espiritual. Com clarividência prudente orientou a reconstrução da Itália, que saía do fascismo e da Segunda Guerra Mundial, e traçou com coragem o seu caminho rumo ao futuro; defendeu a sua liberdade e a democracia; relançou a sua imagem no âmbito internacional; e promoveu a sua retomada económica, abrindo-se à colaboração de todas as pessoas de boa vontade.

Espiritualidade e política integraram-se tão bem nele que, se quisermos compreender profundamente este estimado homem de governo, é necessário que não nos limitemos a salientar os resultados políticos por ele alcançados, mas é preciso ter em consideração também a sua requintada sensibilidade religiosa e a fé sólida que constantemente animou o seu pensamento e a sua acção. Em 1981, a cem anos do nascimento, o meu venerado predecessor João Paulo II prestou-lhe homenagem, afirmando que "nele a fé foi centro inspirador, força coesiva, critério de valores e razão de escolha" (Insegnamenti, IV, 1981, pág. 861). As raízes deste sólido testemunho evangélico devem ser buscadas na formação humana e espiritual, recebida na sua região, o Trentino, numa família onde o amor a Cristo constituía o pão de cada dia e a referência de toda a escolha. Ele tinha pouco mais de vinte anos quando, em 1902, participando no primeiro Congresso católico trentino, traçou as linhas de acção apostólica que haveriam de constituir o programa de toda a sua existência: "Não é suficiente conservar o cristianismo em nós mesmos – disse ele – mas é oportuno combater com todas as forças do exército católico a fim de reconquistar para a fé os campos perdidos" (cf. A. De Gasperi, I cattolici trentini sotto l'Austria, Ed. di storia e letteratura, Roma 1964, pág. 24). A esta orientação ele permanecerá fiel até à morte, mesmo à custa de sacrifícios pessoais, fascinado pela figura de Cristo. "Não sou antiquado – escrevia à sua futura esposa, Francesca – e talvez nem sequer religioso, como deveria ser; no entanto, a personalidade de Cristo vivo atrai-me, submete-me e eleva-me como uma criança. Vem, eu quero-te comigo e que me acompanhes na mesma atracção, como rumo a um abismo de luz" (A. De Gasperi, Cara Francesca, Lettere, por M. R. De Gasperi, Morcelliana, Bréscia 1999, págs. 40-41).

Então, não nos surpreendemos ao descobrir que durante o seu dia, cheio de compromissos institucionais, a oração e a relação com Deus conservaram um amplo espaço, começando cada dia, quando lhe era possível, com a participação na Santa Missa. Aliás, os momentos mais caóticos e movimentados assinalaram o ápice da sua espiritualidade. Quando, por exemplo, ele conheceu a experiência da prisão, quis ter consigo como primeiro livro a Bíblia, e em seguida conservou o hábito de anotar as referências bíblicas em folhetos para alimentar constantemente o seu espírito. Quase no final da sua actividade governamental, depois de um árduo confronto parlamentar, a um colega que lhe perguntava qual era o segredo da sua obra política, respondeu: "É o Senhor!".

Estimados amigos, gostaria de reflectir ainda mais sobre esta personagem que honrou a Igreja e a Itália, mas limito-me a evidenciar a sua reconhecida rectidão moral, assente numa inquestionável fidelidade aos valores humanos e cristãos, assim como a tranquila consciência moral que o orientou nas escolhas da política. "No sistema democrático afirma numa das suas intervenções é conferido um mandato político administrativo com uma responsabilidade específica... mas paralelamente existe uma responsabilidade moral perante a própria consciência, e a consciência para decidir deve ser sempre iluminada pela doutrina e pelo ensinamento da Igreja" (cf. A. De Gasperi, Discorsi politici 1923-1954, Cinque lune, Roma 1990, pág. 243). Sem dúvida, nalguns momentos não faltam dificuldades e, talvez, inclusive incompreensões da parte do mundo eclesiástico, mas De Gasperi não conheceu hesitações na sua adesão à Igreja, que foi como teve a oportunidade de testemunhar, num discurso em Nápoles, em Junho de 1954 "plena e sincera... também nas directrizes morais e sociais, contidas nos documentos pontifícios que quase diariamente alimentaram e formam a nossa vocação à vida pública".

Nessa mesma ocasião, notava que "para trabalhar nos campos social e político não é suficiente a fé, nem a virtude; é oportuno criar e alimentar um instrumento adequado aos tempos... que tenha um programa, um método próprio, uma responsabilidade autónoma, uma forma e uma gestão democrática". Dócil e obediente à Igreja, foi portanto autónomo e responsável nas suas escolhas políticas, sem se servir da Igreja para finalidades políticas e sem jamais comprometer a sua consciência recta. No crepúsculo dos seus dias, pôde dizer: "Fiz tudo o que podia, a minha consciência está em paz", falecendo confortado pelo carinho familiar, no dia 19 de Agosto de 1954, depois de ter murmurado três vezes o nome de Jesus. Queridos amigos, enquanto rezamos pela alma deste estadista de fama internacional, que com a sua obra política prestou serviço à Igreja, à Itália e à Europa, peçamos ao Senhor que a recordação da sua experiência de governo e do seu testemunho cristão sejam um encorajamento e um estímulo para aqueles que hoje regem a sorte da Itália e dos outros povos, especialmente para quantos se inspiram no Evangelho. Com estes bons votos, agradeço-vos de novo a vossa visita e, com afecto, abençoo todos vós.





VISITA PASTORAL A SAN GIOVANNI ROTONDO


ENCONTRO COM OS MÉDICOS, FUNCIONÁRIOS E DOENTES DO HOSPITAL 21 de Junho de 2009

21609
Casa Alívio do Sofrimento

Domingo, 21 de Junho de 2009


Queridos irmãos e irmãs
Caros doentes

Nesta minha visita a San Giovanni Rotondo, não podia faltar uma paragem na Casa Alívio do Sofrimento, idealizada e desejada por São Pio de Pietrelcina como "lugar de oração e de ciência onde o género humano se encontre em Cristo Crucificado como um só rebanho com um só pastor". Precisamente por isso, ele quis confiá-la ao apoio material e sobretudo espiritual dos Grupos de Oração, que aqui têm o centro da sua missão ao serviço da Igreja. Padre Pio queria que nesta equipada estrutura médica se pudesse tocar com a mão que o empenho da ciência em curar o doente nunca deve estar separado de uma filial confiança em Deus, infinitamente terno e misericordioso. Ao inaugurá-la, a 5 de Maio de 1956, definiu-a "criatura da Providência" e falava desta instituição como de "uma semente colocada por Deus na terra, que Ele aquecerá com os raios do seu amor".

Eis-me, então, entre vós para dar graças a Deus pelo bem que, há mais de cinquenta anos, fiéis às diretrizes de um humilde Frade Capuchinho, fazeis nesta Casa Alívio do Sofrimento, com resultados reconhecidos nos planos científico e médico. Infelizmente, não me é possível, não obstante o desejasse, visitar todos os pavilhões e saudar um por um os doentes, juntamente com os que se ocupam deles. Contudo, gostaria de fazer chegar a cada um – doentes, médicos, familiares, agentes que trabalham no campo da saúde e agentes pastorais – uma palavra de paterno conforto e de encorajamento a prosseguir juntos esta obra evangélica de alívio da vida que sofre, valorizando todos os recursos para o bem humano e espiritual dos doentes e dos seus familiares.

Com estes sentimentos, saúdo cordialmente todos, começando por vós, irmãos e irmãs que sois provados pela doença. Depois saúdo os médicos, os enfermeiros e os funcionários dos sectores médico e administrativo. Saúdo-vos, venerados Padres Capuchinhos que, como Capelães, prosseguis o apostolado do vosso santo Irmão. Saúdo os Prelados e, em primeiro lugar, o Arcebispo Domenico Umberto D'Ambrosio, ex-Pastor desta Diocese e actualmente chamado a guiar a comunidade arquidiocesana de Lecce; estou-lhe grato pelas palavras que quis dirigir-me em vosso nome. Depois, saúdo o Director-Geral do Hospital, Dr. Domenico Crupi, e o representante dos doentes, e agradeço as gentis e cordiais expressões que me dirigiram, permitindo-me conhecer melhor quanto é realizado aqui e o espírito com o qual o fazeis.

Cada vez que se entra num lugar de cura, o pensamento dirige-se naturalmente para o mistério da doença e da dor, para a esperança da cura e o valor inestimável da saúde, do qual com frequência nos damos conta só quando falta. Nos hospitais percebe-se realmente a preciosidade da nossa existência, mas também a sua fragilidade. Seguindo o exemplo de Jesus, que percorria toda a Galileia "curando entre o povo todas as doenças e enfermidades" (
Mt 4,23), a Igreja, desde a sua origem, impulsionada pelo Espírito Santo, considerou um próprio dever e privilégio estar ao lado de quem sofre, cultivando uma atenção preferencial pelos doentes.

A doença, que se manifesta de tantas formas e atinge de maneiras diferentes, suscita perguntas inquietadoras: Por que sofremos? A experiência da dor pode ser considerada positiva? Quem nos pode libertar do sofrimento e da morte? São interrogações existenciais, que muitas vezes, humanamente, permanecem sem resposta, dado que sofrer constitui um enigma imperscrutável à razão. O sofrimento faz parte do próprio mistério da pessoa humana. Realcei isto na Encíclica Spe salvi, escrevendo que "ele deriva, por um lado, da nossa finitude e, por outro, do volume de culpa que se acumulou ao longo da história e, mesmo actualmente, cresce de modo irreprimível". E acrescentei que "certamente é preciso fazer tudo o possível para diminuir o sofrimento... mas eliminá-lo completamente do mundo não entra nas nossas possibilidades, simplesmente porque... nenhum de nós é capaz de eliminar o poder do mal... que é fonte contínua de sofrimento" (cf. ).

Só Deus pode eliminar o poder do mal. Precisamente pelo facto de que Jesus Cristo veio ao mundo para nos revelar o desígnio divino da nossa salvação, a fé ajuda-nos a penetrar no sentido de todo o humano e, portanto, também do sofrimento. Por conseguinte, existe uma íntima relação entre a Cruz de Jesus símbolo da suprema dor e preço da nossa verdadeira liberdade e a nossa dor, que se transforma e se sublima quando é vivida na consciência da proximidade e da solidariedade de Deus. Padre Pio intuiu esta verdade profunda e, no primeiro aniversário da inauguração desta Obra, disse que nela "aqueles que sofrem, devem viver o amor de Deus por meio da aceitação sábia das próprias dores, da serena meditação do seu destino a Ele" (Discurso de 5 de Maio de 1957). Afirmou também que na Casa "Alívio" os "hospitalizados, médicos, sacerdotes serão reservas de amor, que quanto mais for abundante em um, mais se comunicará aos outros" (ibid.).

Ser "reservas de amor": eis, queridos irmãos e irmãs, a missão à qual esta tarde o nosso Santo vos exorta, que a vários títulos formais a grande família desta Casa Alívio do Sofrimento. O Senhor vos ajude a realizar o projecto iniciado por Padre Pio com a contribuição de todos: dos médicos e dos pesquisadores científicos, dos agentes que trabalham no campo da saúde e dos colaboradores dos vários departamentos, dos voluntários e dos benfeitores, dos Frades Capuchinhos e dos outros Sacerdotes. Sem esquecer os grupos de oração que, "ao apoiar a Casa do Alívio, são as posições de frente desta Fortaleza da caridade, viveiro de fé, chamas de amor" (Padre Pio, Discurso, de 5 de Maio de 1966).

Sobre todos e cada um, invoco a intercessão de Padre Pio e a materna protecção de Maria, Saúde dos enfermos. Obrigado mais uma vez pelo vosso acolhimento e, enquanto garanto a minha oração por todos vós, de coração vos abençoo.




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