Discursos Bento XVI 9911

AO SENHOR NIGEL MARCUS BACKER NOVO EMBAIXADOR DO REINO UNIDO DA GRÃ BRETANHA E IRLANDA DO NORTE, 9 de Setembro de 2011

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JUNTO DA SANTA SÉ POR OCASIÃO DA APRESENTAÇÃO DAS CARTAS CREDENCIAIS

Palácio Pontifício de Castel Gadolfo
Sexta-feira, 9 de Setembro de 2011



Excelência

É-me grato dar-lhe as boas-vindas e aceitar as Cartas que o acreditam como Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte junto da Santa Sé. Estou grato pelas calorosas saudações que Vossa Excelência me transmite da parte de Sua Majestade a Rainha, e peço-lhe que comunique os meus sinceros bons votos pela sua saúde e prosperidade. É com prazer que manifesto as minhas cordiais saudações ao Governo de Sua Majestade e a todo o povo britânico.

A Santa Sé e o Reino Unido gozaram de excelentes relações ao longo dos trinta anos que transcorreram desde o estabelecimento das plenas relações diplomáticas. O vínculo estreito existente entre nós foi ulteriormente fortalecido no ano passado, durante a minha Visita ao seu país, uma ocasião singular no curso da história comum da Santa Sé e dos países que hoje compõem o Reino Unido. Por conseguinte, gostaria de iniciar as minhas observações reiterando a minha gratidão ao povo britânico pela calorosa hospitalidade que me reservou durante a minha Visita. Sua Majestade e Sua Alteza Real o Duque de Edimburgo receberam-me com grande afabilidade e tive o prazer de me encontrar com os líderes dos três partidos políticos principais e de debater com eles sobre questões de interesse comum. Como Vossa Excelência sabe, um dos motivos particulares da minha Visita foi a Beatificação do Cardeal John Henry Newman, um grande Inglês que admiro desde há muitos anos e cuja elevação aos altares foi a realização de um desejo pessoal. Estou persuadido da relevância dos conhecimentos de Newman a propósito da sociedade, dado que hoje o Reino Unido, a Europa e o Ocidente em geral enfrentam desafios que ele identificou com notável clarividência profética. Faço votos a fim de que uma renovada consciência dos seus escritos dê mais frutos entre aqueles que se põem em busca de soluções para as problemáticas políticas, económicas e sociais da nossa época.

Como o Senhor Embaixador justamente observou no seu discurso, a Santa Sé e o Reino Unido continuam a compartilhar uma solicitude comum pela paz entre as nações, pelo desenvolvimento integral dos povos do mundo inteiro, de maneira especial dos mais pobres e frágeis, e pela propagação dos direitos humanos autênticos, particularmente através do exercício da lei e de um justo governo participativo, com especial atenção aos necessitados e àquelas pessoas às quais são negados os direitos naturais. A respeito do tema da paz, foi com prazer que tomei conhecimento do bom êxito da recente visita de Sua Majestade à República da Irlanda, um marco miliário no processo de reconciliação, que felizmente se está a estabelecer de maneira cada vez mais sólida na Irlanda do Norte, não obstante as agitações que ali se verificaram durante o Verão passado. Aproveito esta oportunidade para exortar mais uma vez todos aqueles que recorreriam à violência, a fim de que renunciem aos respectivos rancores e, ao contrário, procurem o diálogo com os próprios vizinhos, em vista da paz e da prosperidade de toda a comunidade.

Como Vossa Excelência ressaltou no seu discurso, o seu Governo deseja pôr em prática políticas fundamentadas em valores duradouros, que não podem ser expressos simplesmente em termos legais. Isto é importante, de forma particular, à luz dos acontecimentos ocorridos no Verão passado. Quando as políticas não presumem nem promovem valores objectivos, o consequente relativismo moral, em vez de conduzir a uma sociedade livre, equitativa, justa e misericordiosa, tende a produzir frustração, desespero, egoísmo e desprezo pela vida e pela liberdade do próximo. Portanto, quem toma decisões políticas age com justiça quando procura urgentemente novas modalidades para sustentar a excelência na educação, para promover oportunidades sociais e mobilidade económica, para examinar modos de favorecer o emprego a longo prazo e difundir a riqueza de uma maneira mais equitativa e ampla na sociedade. Além disso, a promoção concreta dos valores essenciais de uma sociedade sadia, através da salvaguarda da vida e da família, de uma sólida educação moral dos jovens e da solicitude fraterna para com os pobres e os mais vulneráveis, certamente contribuirá para reconstruir um sentido positivo do próprio dever — na caridade — em relação aos amigos e igualmente aos estrangeiros no seio da comunidade local. Tenha a certeza de que a Igreja católica no seu país se sente desejosa de continuar a oferecer a sua contribuição essencial para o bem comum mediante os seus departamentos e agências, em conformidade com os seus princípios e à luz da visão cristã dos direitos e da dignidade da pessoa humana.

Olhando mais além, Vossa Excelência mencionou diversas áreas em que a Santa Sé e o Reino Unido já concordaram e trabalharam juntos, incluindo iniciativas em vista da redução da dívida e do financiamento para o progresso. O desenvolvimento sustentável das populações mais pobres do mundo, mediante uma assistência oportunamente orientada, permanece uma finalidade digna, uma vez que as populações dos países em fase de desenvolvimento são nossos irmãos e irmãs, com iguais dignidade e valor, e merecem o nosso respeito de todas as formas, e tal assistência deveria visar sempre o melhoramento das suas vidas e das suas perspectivas económicas. Como o Senhor Embaixador sabe, o desenvolvimento beneficia inclusive os países doadores, e não apenas mediante a criação de mercados económicos, mas também da promoção do respeito mútuo, da solidariedade e principalmente da paz, através da prosperidade para todos os povos do mundo. Promover modelos de desenvolvimento que empreguem conhecimentos modernos para gerir os recursos naturais contribuirá também para salvaguardar melhor o meio ambiente dos países emergentes e já industrializados. Foi por este motivo que no ano passado, na Westminster Hall, observei que o desenvolvimento humano integral, e tudo aquilo que o mesmo comporta, constitui uma iniciativa que verdadeiramente merece a atenção do mundo, e que é demasiado importante para permitir que fracasse. Por conseguinte, a Santa Sé aprecia o recente anúncio feito pelo Primeiro-Ministro David Cameron, sobre a sua intenção de defender o orçamento da Grã-Bretanha para as ajudas. Excelência, gostaria de o convidar também, durante o seu mandato, a encontrar formas para promover ulteriormente a cooperação no desenvolvimento entre o seu Governo e as agências eclesiais de caridade e de desenvolvimento, especialmente as que têm sede em Roma e no seu país.

Finalmente, Senhor Embaixador, ao transmitir-lhe os meus sinceros votos pelo bom êxito da sua missão, permita que o certifique de que todos os Departamentos da Cúria Romana estão prontos para o ajudar no cumprimento dos seus deveres. Sobre Vossa Excelência, a sua família e todo o povo britânico, invoco cordialmente as abundantes bênçãos de Deus.


VISITA PASTORAL A ANCONA


ENCONTRO COM AS FAMÍLIAS E COM OS SACERDOTES Catedral de São Ciríaco, Ancona Domingo, 11 de Setembro de 2011

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Queridos sacerdotes e estimados esposos!

A colina sobre a qual está construída esta Catedral permitiu que tivéssemos uma linda vista sobre a cidade e sobre o mar; mas ao passar a porta majestosa o ânimo permanece fascinado pela harmonia do estilo românico, enriquecido por um enlace de influências bizantinas e de elementos góticos. Também na vossa presença — sacerdotes e casais provenientes das diversas dioceses italianas — se vê a beleza da harmonia e da complementariedade das vossas diferentes vocações. O conhecimento mútuo e a estima recíproca, na partilha da mesma fé, levam a apreciar o carisma do próximo e a reconhecer-se no interior do único «edifício espiritual» (
1P 2,5) que, tendo como pedra angular o próprio Jesus Cristo, cresce bem organizado para ser templo santo no Senhor (cf. Ef Ep 2,20-21). Portanto, obrigado por este encontro: ao querido Arcebispo, D. Edoardo Menichelli — também pelas expressões com que o introduziu — e a cada um de vós.

Gostaria de me deter brevemente sobre a necessidade de reconduzir Ordem sagrada e Matrimónio para a única nascente eucarística. De facto, estes dois estados de vida têm a mesma raíz no amor de Cristo, que se doa a si mesmo para a salvação da humanidade; estão chamados a uma missão comum: testemunhar e tornar presente este amor ao serviço da comunidade, para a edificação do Povo de Deus (cf. Catecismo da Igreja Católica CEC 1534). Esta perspectiva permite antes de tudo que se supere uma visão limitada da família, que a considera como mera destinatária da acção pastoral. É verdade que, nesta época difícil, ela precisa de atenções especiais. Mas, por este motivo, não deve ser diminuída a sua identidade e mortificada a sua responsabilidade específica. A família é riqueza para os esposos, bem insubstituível para os filhos, fundamento indispensável da sociedade, comunidade vital para o caminho da Igreja.

A nível eclesial valorizar a família significa reconhecer a sua relevância na acção pastoral. O ministério que nasce do Sacramento do Matrimónio é importante para a vida da Igreja: a família é lugar privilegiado de educação humana e cristã e permanece, por esta finalidade, a melhor aliada do ministério sacerdotal; ela é um dom precioso para a edificação da comunidade. A proximidade do sacerdote à família, por sua vez, ajuda-a a tomar consciência da própria realidade profunda e da sua missão, favorecendo o desenvolvimento de uma forte sensibilidade eclesial. Nenhuma vocação é uma questão privada, muito menos a do matrimónio, porque o seu horizonte é a Igreja inteira. Trata-se, portanto, de saber integrar e harmonizar, na acção pastoral, o ministério sacerdotal com «o Evangelho autêntico do matrimónio e da família» (Directório de pastoral familiar, Conferência Episcopal Italiana, 25 de Julho de 1993, n. 8) para uma comunhão efectiva e fraterna. E a Eucaristia é o centro e a nascente desta unidade que anima toda a acção da Igreja.

Queridos sacerdotes, pelo dom que recebestes na Ordenação, sois chamados a servir como Pastores a comunidade eclesial, que é «família de famílias», e por conseguinte a amar cada um com coração paterno, com desapego autêntico de vós mesmos, com dedicação total, contínua e fiel; vós sois sinal vivo que remete para Cristo Jesus, o único Bom Pastor. Conformar-vos com Ele, com o seu estilo de vida, com aquele serviço total e exclusivo do qual o celibato é expressão. Também o sacerdote tem uma dimensão esponsal; é identificar-se com o coração de Cristo Esposo, que dá a vida pela Igreja sua esposa (cf. Exort. ap. pós-sinodal Sacramentum caritatis, 24). Cultivai uma familiaridade profunda com a Palavra de Deus, luz no vosso caminho. A celebração quotidiana e fiel da Eucaristia seja o lugar onde ir buscar a força para vos oferecerdes todos os dias no ministério e viver constantemente na presença de Deus: é Ele a vossa morada e a vossa herança. Disto deveis ser testemunhas para a família e para cada pessoa que o Senhor coloca no vosso caminho, também nas circunstâncias mais difíceis (cf. ibid., 80). Encorajai os casais, partilhai as suas responsabilidades educativas, ajudai-os a renovar continuamente a graça do seu matrimónio. Fazei com que a família seja protagonista na acção pastoral. Sede acolhedores e misericordiosos, também com os que têm mais dificuldade em cumprir os compromissos assumidos com o vínculo matrimonial e com aqueles que, infelizmente, não os mantiveram.

Queridos esposos, o vosso Matrimónio radica-se na fé que «Deus é amor» (1Jn 4,8) e que seguir Cristo significa «permanecer no amor» (cf. Jn 15,9-10). A vossa união — como ensina o apóstolo são Paulo — é sinal sacramental do amor de Cristo pela Igreja (cf. Ef Ep 5,32), amor que culmina na Cruz e que «tem o seu significado e realização na Eucaristia» (Exort ap. Sacramentum caritatis, 29). O Mistério eucarístico incida cada vez mais profundamente na vossa vida quotidiana: deste Sacramento tirai inspiração e força para o vosso relacionamento conjugal e para a missão educativa à qual sois chamados; construí as vossas famílias na unidade, dom que vem do alto e que alimenta o vosso compromisso na Igreja e na promoção de um mundo justo e fraterno. Amai os vossos sacerdotes, expressai-lhes o apreço pelo generoso serviço que desempenham. Sabei suportar também os seus limites, sem nunca renunciar a pedir-lhes que sejam entre vós ministros exemplares que vos falam de Deus e que conduzem a Ele. A vossa fraternidade é para eles uma ajuda espiritual preciosa e um apoio nas provações da vida.

Queridos sacerdotes e estimados esposos, sabei encontrar sempre na santa Missa a força para viver a pertença a Cristo e à sua Igreja, no perdão, no dom de si mesmo e na gratidão. O vosso agir quotidiano tenha na comunhão sacramental a sua origem e o seu centro, para que tudo seja feito para glória de Deus. Deste modo, o sacrifício de amor de Cristo transformar-vos-á, até vos tornar n’Ele «um só corpo e um só espírito» (cf. Ef Ep 4,4-6). A educação na fé das novas gerações passa também através da vossa coerência. Testemunhai-lhes a beleza exigente da vida cristã, com a confiança e com a paciência de quem conhece o poder da semente lançada à terra. Como no episódio evangélico que ouvimos (Mc 5,21-24 Mc 5,35-43), sede, para quantos estão confiados à vossa responsabilidade, sinal da benevolência e da ternura de Jesus: n’Ele torna-se visível como o Deus que ama a vida não é alheio ou distante das vicissitudes humanas, mas é o Amigo que nunca abandona. E nos momentos em que se insinue a tentação de que qualquer compromisso educativo é vão, ide buscar à Eucaristia a luz para fortalecer a fé, na certeza de que a graça e o poder de Jesus Cristo podem alcançar o homem em todas as situações, também na mais difícil.

Queridos amigos, confio todos vós à protecção de Maria, venerada nesta Catedral com o título de «Rainha de todos os Santos». A tradição liga a sua imagem ao ex voto de um marinheiro, em agradecimento pela salvação do filho, que se salvou de uma tempestade no mar. O olhar materno da Mãe acompanhe também os vossos passos na santidade rumo a uma meta de paz.

Obrigado.


ENCONTRO COM OS NAMORADOS Praça do Plebiscito, Ancona Domingo, 11 de Setembro de 2011

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Queridos namorados!

Sinto-me feliz por concluir este dia intenso, ápice do Congresso Eucarístico Nacional, encontrando-me convosco, como que querendo confiar a herança deste acontecimento de graça às vossas jovens vidas. De resto, a Eucaristia, dom de Cristo para a salvação do mundo, indica e contém o horizonte mais verdadeiro da experiência que estais a viver: o amor de Cristo como plenitude do amor humano. Agradeço a saudação cordial do Arcebispo de Ancona-Osimo, D. Edoardo Menichelli, e a todos vós por esta vivaz participação; obrigado também pelas perguntas que me fizestes e que acolho confiando na presença entre nós do Senhor Jesus: só Ele tem palavras de vida eterna para vós e para o vosso futuro!

Aquilo que pondes em questão, no actual contexto social, assume um peso maior. Gostaria de vos oferecer apenas algumas orientações para uma resposta. Em certos aspectos, o nosso é um tempo difícil, sobretudo para vós jovens. A mesa está posta com tantas coisas apetecíveis, mas, como no episódio evangélico das bodas de Caná, parece que faltou o vinho da festa. Sobretudo a dificuldade de encontrar um trabalho estável é causa de incerteza sobre o futuro. Esta condição contribui para adiar a tomada de decisões definitivas, e incide de modo negativo sobre o crescimento da sociedade, que não consegue valorizar plenamente a riqueza de energias, de competências e de criatividade da vossa geração.

Falta o vinho da festa também a uma cultura que prescinde com frequência de critérios morais claros: na desorientação, cada qual é estimulado a mover-se de maneira individual e autónoma, muitas vezes unicamente só no perímetro do presente. A fragmentação do tecido comunitário reflecte-se num relativismo que afecta os valores essenciais; a consonância de sensações, de estados de ânimo e de emoções parece mais importante do que a partilha de um projecto de vida. Também as opções fundamentais se tornam assim frágeis, expostas a uma revogabilidade perene, que com frequência é considerada expressão de liberdade, mas ao contrário, indica a sua carência. Faz parte de uma cultura privada do vinho da festa também a aparente exaltação do corpo, que na realidade banaliza a sexualidade e tende a fazê-la viver fora de um contexto de comunhão de vida e de amor.

Queridos jovens, não tenhais medo de enfrentar estes desafios! Nunca percais a esperança. Tende coragem, também nas dificuldades, permanecendo firmes na fé. Tende a certeza de que, em todas as circunstâncias, sois amados e protegidos pelo amor de Deus, que é a nossa força. Deus é bom. Por isso é importante que o encontro com Ele, sobretudo na oração pessoal e comunitária, seja constante, fiel, precisamente como o caminho do vosso amor: amar a Deus e sentir que Ele me ama. Nada nos pode separar do amor de Deus! Depois, tende a certeza de que também a Igreja está próxima de vós, vos ampara, não cessa de olhar para vós com grande confiança. Ela sabe que tendes sede de valores, dos verdadeiros, sobre os quais vale a pena construir a vossa casa! O valor da fé, da pessoa, da família, das relações humanas, da justiça. Não desanimeis face às carências que parecem afastar a alegria da mesa da vida. Nas bodas de Caná, quando o vinho terminou, Maria convidou os servos a dirigirem-se a Jesus e deu-lhes uma indicação clara: «Fazei o que Ele vos disser» (
Jn 2,5). Valorizai estas palavras, as últimas de Maria descritas nos Evangelhos, quase um seu testamento espiritual, e tereis sempre a alegria da festa: Jesus é o vinho da festa!

Como namorados estais a viver uma fase única, que abre para a maravilha do encontro e faz descobrir a beleza de existir e de ser preciosos para alguém, de poder dizer um ao outro: tu és importante para mim. Vivei com intensidade, gradualidade e verdade este caminho. Não renuncieis a perseguir um ideal alto de amor, reflexo e testemunho do amor de Deus! Mas como viver esta fase da vossa vida, como testemunhar o amor na comunidade? Gostaria de vos dizer antes de tudo que eviteis fechar-vos em relações intimistas, falsamente animadoras; fazei antes com que a vossa relação se torne fermento de uma presença activa e responsável na comunidade. Depois, não vos esqueçais de que para ser autêntico, também o amor exige um caminho de amadurecimento: a partir da atracção inicial e do «sentir-se bem» com o outro, educai-vos a «amar» o outro, a «querer o bem» do outro. O amor vive de gratuidade, de sacrifício de si, de perdão e de respeito do outro.

Queridos amigos, cada amor humano é sinal do Amor eterno que nos criou, e cuja graça santifica a escolha de um homem e de uma mulher de se entregarem reciprocamente a vida no matrimónio. Vivei este tempo do namoro na expectativa confiante desse dom, que deve ser aceite percorrendo um caminho de conhecimento, de respeito, de atenções que nunca deveis perder: só sob esta condição a linguagem do amor permanecerá significativa também com o passar dos anos. Depois, educai-vos desde já para a liberdade da fidelidade, que leva a proteger-se reciprocamente, até viver um para o outro. Preparai-vos para escolher com convicção o «para sempre» que conota o amor: a indissolubilidade, antes de ser uma condição, é um dom que deve ser desejado, pedido e vivido, para além de qualquer mutável situação humana. E não penseis, segundo uma mentalidade difundida, que a convivência seja uma garantia para o futuro. Acelerar as etapas acaba por «comprometer» o amor, que ao contrário precisa de respeitar os tempos e a gradualidade nas expressões: tem necessidade de dar espaço a Cristo, que é capaz de tornar um amor humano fiel, feliz e indissolúvel. A fidelidade e a continuidade do vosso gostar um do outro tornar-vos-ão capazes de estar também abertos à vida, de ser pais: a estabilidade da vossa união no Sacramento do Matrimónio permitirá que os filhos que Deus vos conceder cresçam confiantes na bondade da vida. Fidelidade, indissolubilidade e transmissão da vida são os pilares de qualquer família, verdadeiro bem comum, património precioso para toda a sociedade. Desde já, fundai sobre eles o vosso caminho rumo ao matrimónio e testemunhai-o também aos vossos coetâneos: é um serviço precioso! Sede gratos a quantos vos acompanham na formação com zelo, competência e disponibilidade: são sinal da atenção e da solicitude que a comunidade cristã vos dedica. Não estejais sós: sede os primeiros a procurar e a acolher a companhia da Igreja.

Gostaria de voltar mais uma vez a falar de um aspecto essencial: a experiência do amor tem no seu interior a propensão para Deus. O verdadeiro amor promete o infinito! Por conseguinte, fazei deste vosso tempo de preparação para o matrimónio um percurso de fé: redescobri para a vossa vida de casal a centralidade de Jesus Cristo e do caminhar na Igreja. Maria ensina-nos que o bem de cada um depende do escutar com docilidade a palavra do Filho. Em quem confia n’Ele, a água da vida quotidiana transforma-se no vinho de um amor que torna a vida boa, bela e fecunda. De facto, Caná é anúncio e antecipação do dom do vinho novo da Eucaristia, sacrifício e banquete no qual o Senhor nos alcança, nos renova e transforma. Não percais a importância vital deste encontro: a assembleia litúrgica dominical vos encontre sempre plenamente partícipes: da Eucaristia brota o sentido cristão da existência e um novo modo de viver (cf. Exort. ap. pós-sinodal Sacramentum caritatis, 72-73). Então, não tereis medo de assumir a importante responsabilidade da escolha conjugal; não receareis entrar neste «grande mistério», no qual duas pessoas se tornam uma só carne (cf. Ef Ep 5,31-32).

Caríssimos jovens, confio-vos à protecção de São José e de Maria Santíssima; seguindo o convite da Virgem Mãe — «Fazei o que Ele vos disser» — não vos faltará o gosto da verdadeira festa e sabereis levar o «vinho» melhor, aquele que Cristo dá à Igreja e ao mundo. Também eu gostaria de vos dizer que estou próximo de vós e de todos os que, como vós, vivem este maravilhoso caminho de amor. Abençoo-vos de coração!



AOS PARTICIPANTES NO ENCONTRO COM OS NOVOS BISPOS PROMOVIDO PELA CONGREGAÇÃO PARA OS BISPOS E PARA AS IGREJAS ORIENTAIS Quinta-feira, 15 de Setembro de 2011

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Pátio do Palácio Apostólico, Castel Gandolfo



Amados Irmãos no Episcopado

Como o cardeal Ouellet mencionou, há já dez anos que os Bispos de recente nomeação se reúnem em Roma para realizar uma peregrinação ao Túmulo de São Pedro e para meditar sobre os principais compromissos do ministério episcopal. Este encontro, promovido pela Congregação para os Bispos e pela Congregação para as Igrejas Orientais, insere-se entre as iniciativas para a formação permanente, almejadas pela Exortação Apostólica pós-sinodal Pastores gregis (cf. n. 24). Também vós, a pouco tempo da vossa consagração episcopal, sois assim convidados a renovar a profissão da vossa fé junto do Túmulo do Príncipe dos Apóstolos e a vossa adesão confiante a Jesus Cristo, com impulso de amor do próprio Apóstolo, intensificando os vínculos de comunhão com o Sucessor de Pedro e com os Irmãos Bispos.

A este aspecto interior de tal iniciativa une-se uma forte experiência de colegialidade afectiva. Como vós bem sabeis, o Bispo não é um homem só, mas está inserido naquele corpus episcoporum que se transmite a partir da origem apostólica até aos nossos dias, unindo-se a Jesus, «Pastor e Bispo das nossas almas» (Missal Romano, Prefácio após a Ascensão). A fraternidade episcopal que viveis nestes dias se prolongue no sentir e no agir quotidiano do vosso serviço, ajudando-vos a trabalhar sempre em comunhão com o Papa e com os vossos Irmãos no Episcopado, procurando cultivar inclusive a amizade com eles e com os vossos presbíteros. Neste espírito de comunhão e de amizade recebo-vos com grande afecto, Bispos de Rito latino e de Rito oriental, enquanto em cada um de vós saúdo as Igrejas confiadas aos vossos cuidados pastorais, com um pensamento particular para aquelas que, de modo especial no Médio Oriente, vivem no meio de sofrimentos. Agradeço ao Cardeal Marc Ouellet, Prefeito da Congregação para os Bispos, as palavras que me dirigiu em vosso nome, bem como o livro que me ofereceu, e ao Cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais.

O encontro anual com os Bispos nomeados durante o ano ofereceu-me a possibilidade de sublinhar alguns aspectos do ministério episcopal. Hoje, gostaria de meditar brevemente convosco sobre a importância do acolhimento, por parte do Bispo, dos carismas que o Espírito suscita para a edificação da Igreja. A consagração episcopal conferiu-vos a plenitude do sacramento da Ordem que, no seio da Comunidade eclesial, é posto ao serviço do sacerdócio comum dos fiéis, do seu crescimento espiritual e da sua santidade. Com efeito, o sacerdócio ministerial — como bem sabeis — tem a finalidade e a missão de fazer viver o sacerdócio dos fiéis que, em virtude do Baptismo, participam à sua maneira do único sacerdócio de Cristo, como afirma a Constituição conciliar Lumen gentium: «O sacerdócio comum dos fiéis e o sacerdócio ministerial ou hierárquico, embora se diferenciem essencialmente um do outro, e não apenas em grau, contudo ordenam-se mutuamente um para o outro: na verdade ambos participam, a seu modo peculiar, do único sacerdócio de Cristo» (n. 10). Por este motivo, os Bispos têm a tarefa de vigiar e trabalhar a fim de que os baptizados possam crescer na graça e em conformidade com os carismas que o Espírito Santo suscita nos seus corações e nas suas comunidades. O Concílio Vaticano II recordou que, enquanto unifica a Igreja na comunhão e no ministério, o Espírito Santo enriquece-a e dirige-a com diversos dons hierárquicos e carismáticos, adornando-a com os seus frutos (cf. ibid., n. 4). A recente Jornada Mundial da Juventude em Madrid demonstrou, mais uma vez, a fecundidade da riqueza dos carismas na Igreja, precisamente hoje, e a unidade eclesial de todos os fiéis reunidos ao redor do Papa e dos Bispos. Uma vitalidade que fortalece a obra de evangelização e a presença da Igreja no mundo. E vemos, podemos quase tocar, o facto de que também hoje o Espírito Santo está presente na Igreja, cria carismas e fomenta a unidade.

O dom fundamental que sois chamados a alimentar nos fiéis confiados aos vossos cuidados pastorais consiste, antes de tudo, na filiação divina, que é participação de cada um na comunhão trinitária. O essencial é que nos tornemos realmente filhos e filhas no Filho. O Baptismo, que faz dos homens «filhos no Filho» e membros da Igreja, é a raiz e a fonte de todos os outros dons carismáticos. Mediante o vosso ministério de santificação, vós educais os fiéis a participar cada vez mais intensamente no ofício sacerdotal, profético e real de Cristo, ajudando-os a edificar a Igreja em conformidade com os dons reebidos de Deus, de maneira concreta e co-responsável. Com efeito, devemos ter sempre presente o facto de que as dádivas do Espírito, quer sejam extraordinárias quer simples e humildes, são sempre concedidas gratuitamente para a edificação de todos. O Bispo, enquanto sinal visível da unidade da sua Igreja particular (cf. ibid., n. 23), tem a tarefa de unificar e harmonizar a diversidade carismática na unidade da Igreja, favorecendo a reciprocidade entre o sacerdócio hierárquico e o sacerdócio baptismal.

Portanto, acolhei os carismas com gratidão, para a santificação da Igreja e a vitalidade do apostolado! E este acolhimento e gratidão ao Espírito Santo, que age também hoje no meio de nós, são inseparáveis do discernimento, que é próprio da missão do Bispo, como reiterou o Concílio Vaticano ii, que confiou ao ministério pastoral o juízo a respeito da autenticidade dos carismas e do seu exercício ordenado, sem extinguir o Espírito, mas examinando e considerando aquilo que é bom (cf. ibid., n. 12). Isto parece-me importante: por um lado, não extinguir, mas por outro, distinguir, ordenar e considerar, examinando. Por isso, deve ser sempre claro o facto de que nenhum carisma dispensa da referência e da submissão aos Pastores da Igreja (cf. Exortação Apostólica Christifideles laici
CL 24). Acolhendo, julgando e ordenando os vários dons e carismas, o Bispo presta um serviço grandioso e inestimável ao sacerdócio dos fiéis e à vitalidade da Igreja, que resplandecerá como esposa do Senhor, revestida da santidade dos seus filhos.

Este ministério complexo e delicado exige que o Bispo alimente com atenção a sua própria vida espiritual. Somente assim cresce o dom do discernimento. Como afirma a Exortação Apostólica Pastores gregis, o bispo torna-se «pai» precisamente porque é «filho» da Igreja (cf. n. 10). Por outro lado, em virtude da plenitude do sacramento da Ordem, é mestre, santificador e Pastor, que age no nome e na pessoa de Cristo. Estes dois aspectos inseparáveis chamam-no a crescer como filho e como Pastor no seguimento de Cristo, de maneira que a sua santidade pessoal manifeste a santidade objectiva, recebida mediante a consagração episcopal, porque a santidade objectiva do sacramento e a santidade pessoal do bispo caminham juntas. Portanto, caros Irmãos, exorto-vos a permanecer sempre na presença do Bom Pastor e a assimilar cada vez mais os seus sentimentos e as suas virtudes humanas e presbiterais, mediante a oração pessoal que deve acompanhar as vossas importantes jornadas apostólicas. Na intimidade com o Senhor encontrareis conforto e sustento para o vosso ministério exigente. Não tenhais medo de confiar ao Coração de Jesus Cristo todas as vossas preocupações, persuadidos de que Ele cuida de vós, como já admoestava o apóstolo Pedro (cf. 1P 5,6). A oração seja sempre alimentada pela meditação da Palavra de Deus, pelo estudo pessoal, pelo recolhimento e pelo justo descanso, a fim de que possais, com tranquilidade, saber ouvir e acolher «o que o Espírito diz às Igrejas» (Ap 2,11) e conduzir todos para a unidade da fé e do amor. Com a santidade da vossa vida e a caridade pastoral sereis de exemplo e de ajuda para os sacerdotes, vossos primeiros e indispensáveis colaboradores. Tereis o cuidado de fazer com que eles cresçam na co-responsabilidade, como guias sábios dos fiéis que, juntamente convosco, são chamados a edificar a Comunidade com os seus dons, os seus carismas e com o testemunho da sua própria vida, para que a Igreja dê testemunho de Jesus Cristo na coralidade da comunhão, a fim de que o mundo creia. E precisamente hoje, esta proximidade dos sacerdotes em relação a todos os problemas é de enorme importância.

Enquanto confio o vosso ministério a Maria, Mãe da Igreja que resplandece diante do Povo de Deus, repleta dos dons do Espírito Santo, concedo com carinho a cada um de vós, às vossas dioceses e especialmente aos vossos presbíteros, a Bênção apostólica. Obrigado!



AOS BISPOS DA ÍNDIA EM VISITA «AD LIMINA APOSTOLORUM», 19 de Setembro de 2011

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Sala do Consistório Apostólico de Castel Gandolfo
Segunda-feira, 19 de Setembro de 2011



Amados Irmãos Bispos

Dou-vos calorosas e fraternas boas-vindas, por ocasião da vossa visita ad limina Apostolorum, uma alegre oportunidade para fortalecer os vínculos de comunhão entre a Igreja que está na Índia e a Sé de Pedro. Desejo agradecer ao Reverendíssimo D. Vincent Concessao as amáveis expressões que me transmitiu em nome de quantos foram confiados aos vossos cuidados pastorais. Dirijo as minhas saudações cordiais aos sacerdotes, aos religiosos, às religiosas e aos leigos das vossas diversas Dioceses. Peço-vos que lhes assegureis as minhas preces e a minha solicitude espiritual.

Os recursos concretos mais significativos das Igrejas às quais vós presidis não são os seus edifícios, escolas, orfanatos, conventos ou reitorias, mas os homens, as mulheres e as crianças da Igreja presente na Índia, que dão vida à fé e prestam testemunho da presença amorosa de Deus através de uma vida de santidade. Como parte da sua antiga e rica herança, a Índia conta com uma presença cristã prolongada e distinta, que tem contribuído para o bem da sociedade indiana e beneficiado a vossa cultura de numerosas maneiras, enriquecendo a vida de inúmeros cidadãos, e não só dos católicos. A grande bênção da fé em Deus e no seu Filho Jesus Cristo, de quem os membros da Igreja dão testemunho no vosso país, estimula-os a agir com abnegação, docilidade, amor e caridade (cf.
2Co 5,14). O mais importante é que a Igreja na Índia proclama a sua fé e o seu amor à sociedade em geral, pondo-os em acção através da solicitude por todas as pessoas, em cada aspecto da sua vida espiritual e material. Quer os seus fiéis sejam ricos, quer pobres, idosos ou jovens, homens ou mulheres, de antiga herança cristã ou recém-acolhidos na fé, a Igreja não pode deixar de ver na fé dos seus membros, individual e colectivamente, um grandioso sinal de esperança para a Índia e para o seu porvir.

Em particular, a Igreja católica é amiga dos pobres. Como Cristo, também ela acolhe sem excepção todos aqueles que se aproximam dela para ouvir a mensagem divina de paz, esperança e salvação. Além disso, em obediência ao Senhor, continua a fazê-lo sem qualquer consideração «pela tribo, língua, povo e nação» (cf. Ap 5,9), porque em Cristo somos «um só corpo» (cf. Rm 12,5). Por conseguinte, é imperativo que o clero, os religiosos e os catequistas nas vossas Dioceses prestem atenção às diversificadas circunstâncias linguísticas, culturais e económicas de quantos eles servem.

Além disso, se as Igrejas locais garantirem uma formação apropriada àqueles que, genuinamente motivados pelo amor a Deus e ao próximo, desejam ser cristãos, estes permanecerão fiéis ao mandato de Cristo, de «fazer discípulos de todas as nações» (cf. Mt 28,19). Estimados Irmãos, não obstante tenhais que enfrentar os desafios implícitos na natureza missionária da Igreja, deveis estar sempre prontos para propagar o Reino de Deus e para seguir os passos de Cristo que foi, Ele mesmo, incompreendido, desprezado e falsamente acusado, e sofreu pelo bem da verdade. Não desanimeis, quando surgirem tais provações no vosso ministério, e no dos vossos presbíteros e religiosos. O nosso credo na certeza acerca da Ressurreição de Cristo infunde-nos confiança e coragem para enfrentar tudo o que pode acontecer e para ir em frente, edificando o Reino de Deus, coadjuvados como sempre pela graça dos sacramentos e pela meditação orante das Escrituras. Deus acolhe todas as pessoas, sem qualquer distinção, em união com Ele através da Igreja. Assim, também eu rezo a fim de que a Igreja que está na Índia continue a acolher todos, principalmente os pobres, e a ser uma ponte exemplar entre os homens e Deus.

Por fim, meus dilectos Irmãos Bispos, observo com agrado os vários esforços levados a cabo pelas Igrejas locais na Índia, em vista de comemorar o vigésimo quinto aniversário da primeira visita apostólica do Papa João Paulo II ao vosso país. Durante aqueles dias memoráveis, ele teve diversos encontros com responsáveis de outras tradições religiosas. Manifestando o seu respeito pessoal por tais interlocutores, este Papa Beato deu um testemunho autêntico do valor do diálogo inter-religioso. Renovo os sentimentos que então ele expressou tão bem: «Trabalhar pela consecução e defesa de todos os direitos humanos, inclusive o direito fundamental a adorar a Deus segundo os ditames de uma consciência recta e de professar externamente esta fé, deve tornar-se ainda mais um tema de colaboração entre as religiões a todos os níveis» (João Paulo II, Encontro com os representantes das várias tradições religiosas e culturais e com os jovens no Estádio «Indira Gandhi», 2 de Fevereiro de 1986). Caros Irmãos, encorajo-vos a dar continuidade aos esforços da Igreja em vista de fomentar o bem-estar da sociedade indiana, prestando uma atenção constante à promoção dos direitos básicos — direitos compartilhados por toda a humanidade — e exortando os vossos irmãos cristãos e os seguidores de outras tradições religiosas a enfrentar o desafio de afirmar a dignidade de cada um e de todas as pessoas humanas. Esta dignidade, expressa no respeito pela promoção dos direitos morais, espirituais e materiais inatos da pessoa, não constitui meramente uma concessão feita por qualquer autoridade terrena. Ela é um dom do Criador, e deriva do facto de que somos criados à sua imagem e semelhança. Rezo a fim de que os seguidores de Cristo na Índia continuem a ser promotores da justiça, portadores da paz, pessoas de diálogo respeitador e amantes da verdade acerca de Deus e do homem.

Queridos Irmãos Bispos, com estes sentimentos renovo-vos os meus sentimentos de afecto e de estima. Confio-vos todos à intercessão do Beato Papa João Paulo II, que certamente apresenta o seu carinho pela Índia diante do trono do nosso Pai celestial. Ao garantir as minhas preces por vós e por quantos foram confiados aos vossos cuidados pastorais, é de bom grado que vos concedo a minha Bênção Apostólica, como penhor de graça e de paz no Senhor.




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