Daniel (CNB) 1





A história de Daniel

 Daniel na corte do rei da Babilônia

1 1 No terceiro ano do reinado de Joaquim em Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia, chegou a Jerusalém e pôs cerco à cidade.­ 2 O Senhor entregou, então, em suas mãos o rei de Judá, Joaquim, e parte dos objetos da Ca­sa de Deus. Ele levou tudo para a terra de Se­naar e guardou os objetos no tesouro do templo dos seus deuses.
3
Depois o rei deu ordem a Asfenez, o chefe­ do pessoal, para escolher entre os israelitas, da família real ou da nobreza, 4 alguns jovens­ sem qualquer defeito físico e de boa aparência, instruídos em toda a espécie de sabedoria, práticos no conhecimento, gente de ciência, capazes de servir na corte do rei. Ordenou também que se ensinasse a eles a literatu­ra­ e a língua dos caldeus. 5 O rei determinou que a alimentação diária deles fosse do seu próprio cardápio, e o vinho da mesa real. De­veriam ser revigorados durante três anos, an­tes­ de comparecer à presença do rei. 6 Entre eles estavam Daniel, Ananias, Mizael e Aza­rias, que eram judeus. 7 O chefe do pessoal deu-lhes outros nomes: Daniel passou a chamar-se Baltazar, Ananias, Sidrac, Misael, Misac, e Azarias, Abdênago.
8
Daniel decidiu que não iria se contaminar com as comidas e o vinho da mesa do rei. Pediu, então, ao chefe do pessoal que o dispen­sasse dessa contaminação. 9 Deus fez com que Daniel ganhasse a simpatia daquele chefe do pessoal. 10 Este lhe disse: “Eu só temo o meu senhor, o rei, que determinou pessoalmente o que deveríeis comer e beber! Se ele notar os vossos rostos mais pálidos do que os dos ou­tros jovens da mesma idade, vós me estareis condenando à morte perante o rei”. 11 Daniel disse, então, ao guarda a quem o chefe do pes­soal havia confiado Daniel, Ananias, Mi­zael e Azarias: 12 “Faze uma experiência com os teus servos: durante dez dias tu nos darás para comer apenas vegetais e só água para beber. 13 Depois, vais comparar a nossa aparên­cia com a dos outros jovens que comem do cardápio do rei. Então, poderás fazer dos teus servos o que quiseres”.
14
Ele aceitou a proposta e fez a experiência­ por dez dias. 15 Ao final dos dez dias eles es­tavam com melhor aparência e corpo mais sadio do que todos os outros jovens que co­miam do cardápio do rei. 16 A partir de então o guarda definitivamente eliminou aquelas iguarias e o vinho da alimentação deles, fornecendo-lhes apenas vegetais.
17
Aos quatro rapazes Deus concedeu o co­nhecimento e a compreensão de toda a litera­tura, bem como a sabedoria e, a Daniel, espe­cialmente, o dom de interpretar toda espécie de visão ou sonho.
18
Ao fim do período determinado pelo rei para que os rapazes lhe fossem apresentados,­ o Chefe do Pessoal levou-os à presença de Nabucodonosor. 19 O rei conversou com eles e não encontrou ninguém melhor do que Da­niel, Ananias, Mizael e Azarias. Daí em diante eles ficaram prestando serviços diretamente ao rei.
20
Por tudo o que procurou saber deles em termos de conhecimento e sabedoria, o rei os considerou dez vezes mais capazes do que todos os sábios e magos que havia no império. 21 Aí permaneceu Daniel até o primeiro ano do rei Ciro.

 A grande estátua

2 1 No segundo ano de seu reinado, Nabucodonosor teve sonhos que o deixaram confuso a ponto de perder o sono. 2 Mandou chamar os sábios, os magos, os adivinhos e os astrólogos para que viessem interpretar os sonhos do rei. Ao chegarem, foram levados à sua presença. 3 Disse-lhes o rei: “Tive um sonho que me deixou com a mente confusa ao procurar entendê-lo”. 4 Os adivinhos disseram ao rei: [texto em aramaico] “Viva o rei para sempre! Conta o sonho a teus servos, e nós te daremos a explicação!” 5 E o rei disse aos adivinhos: “O que falo é sério: Se não me disserdes como foi o sonho que tive e qual a sua interpretação, sereis esquartejados e vossa
s casas, transformadas em entulho. 6
Se disserdes, entretanto, qual foi o sonho e qual a sua interpretação, eu lhes darei vantagens, presentes e muitas homenagens. Dizei, pois, qual foi o sonho que tive e qual é a sua interpretação!” 7 Os adivinhos tornaram a dizer: “Tu, ó rei, nos dirás qual foi o sonho e nós daremos a sua interpretação”. 8 O rei respondeu: “Bem vejo que quereis ganhar tempo! Vós sabeis que o que falo é sério: 9 se não me disserdes qual foi o meu sonho, vossa sentença­ é uma só. Combinastes mentir e tapear, enquanto o tempo vai passando. Basta dizerdes qual foi o meu sonho e eu terei certeza de que sereis capazes de interpretá-lo”. 10 Os adivinhos responderam ao rei: “Não há ninguém nes­te mundo capaz de deslindar esse caso do rei. Nenhum rei, governador ou ministro jamais pediu tal coisa a qualquer mago, feiticeiro ou adivinho. 11 O que tu, ó rei, estás pedindo é difícil demais, não existe quem seja capaz de deslindar uma coisa dessas para ti, ó rei, a não ser os deuses, que não convivem com a gente”. 12 A essas palavras, o rei, indignado e enfurecido, mandou matar todos os sábios da Babilônia.
13
Quando foi publicado o decreto que condenava os sábios à morte, procuraram Daniel e seus companheiros a fim de executá-los também. 14 Daniel dirigiu-se, então, com inteligência e bons modos, a Arioc, carrasco chefe do rei, encarregado de matar todos os sábios da Babilônia, 15 perguntando-lhe por que fora publicado um decreto tão severo da parte do rei. Arioc contou o caso a Daniel. 16 Daniel procurou o rei para pedir um prazo a fim de que pudesse apresentar a solução do caso. 17 Voltou para casa e contou aos companheiros Ananias, Misael e Azarias o que estava acontecendo, 18 para que pedissem ao Senhor do céu a graça de desvendarem esse segredo e não serem mortos com os outros sábios da Babilônia. 19 O mistério foi, então, revelado a Daniel numa visão noturna. E ele glorificou ao Deus do céu, 20 proclamando:

“Bendito seja o nome do Senhor,
desde sempre e para sempre!
Pois sabedoria e capacidade
são coisas que dele vêm!
21
É ele quem muda os tempos e estações,
reis ele derruba e põe outros no lugar;
é ele quem aos sábios dá sabedoria
e inteligência a quem sabe discernir.
22
É ele quem revela o que existe de profundo
e também o escondido.
É ele quem sabe o que existe no escuro.
Com ele mora a luz.
23
A ti, Deus de meus pais, eu louvo e celebro,
pois tu me confiaste sabedoria e capacidade,
e agora nos revelaste o que te pedimos,
desvendaste para nós o enigma do rei.”

24
Depois disso, Daniel procurou Arioc, a quem o rei tinha encarregado de executar os sábios da Babilônia, e disse-lhe: “Já não precisas matar os sábios! Leva-me até o rei. Vou dar-lhe a interpretação que ele está querendo”. 25 Mais que depressa, Arioc levou Daniel à presença do rei, dizendo: “Entre os exilados judeus, encontrei este moço que é capaz de explicar o sonho do rei”. 26 O rei disse a Daniel, cujo nome era Baltassar: “Serás mesmo capaz de me contar e depois interpretar o sonho que tive?” 27 E Daniel falou na presença do rei: “Sábios, feiticeiros, magos ou adivinhos não são capazes de decifrar o enigma proposto pelo rei. 28 Lá no alto, porém, existe o Deus do céu que revela os mistérios. Ele quis revelar a ti, ó rei Nabucodonosor, o que vai acontecer nos últimos dias. O teu sonho, ó rei, a visão que te veio à mente quando estavas dormindo, é a seguinte:
29
Tu, ó rei, estavas na cama, os pensamentos andando à procura do que deve acontecer no futuro. E, então, Aquele que revela os segredos contou-te o que deve acontecer. 30 Não é por ter maior sabedoria do que os outros que deslindo essa questão. É apenas para que eu possa dar a explicação, fazendo-te saber que imagens te povoaram a mente.
31
Tu, ó rei, tiveste uma visão: Era uma está­tua, grande como ela só, alta e muito brilhante.­ Ela surgiu bem diante de ti, ó rei, e tinha apa­rência terrível. 32 A cabeça da estátua era?de ouro maciço, o peito e os braços de prata, o ven­tre e as coxas de bronze, 33 as canelas de ferro e os pés eram parte de ferro e parte de barro. 34 Tu, ó rei, estavas olhando a estátua quando, sem ninguém jogar, caiu uma pedra que veio bater exatamente nos pés de ferro e argila da estátua, quebrando-os. 35 Com isso, quebrou-se tudo o que era de ferro, de bronze,­ de prata e de ouro. Ficou tudo como se fosse palha no terreiro em final de colheita,­ palha que o vento carrega sem deixar sinal. De­pois, a pedra que atingira a estátua se transformou numa montanha que cobriu o mundo inteiro.
36
Esse foi o sonho. Agora vou dar te, ó rei, a interpretação: 37 Tu, ó rei, és o rei dos reis, a quem o Deus do céu concedeu poder, autoridade e fama. 38 Em todo o mundo habitado, ele te entregou os seres humanos, os animais silvestres e as aves do céu, dando-te o domínio sobre tudo. E tu, ó rei, és a cabeça de ouro. 39 Depois de ti, ó rei, ele fará surgir um outro reino, inferior ao teu, ó rei, em seguida, um terceiro, o de bronze, a dominar sobre toda a terra. 40 O quarto império será duro como o ferro, pois assim como o ferro quebra e esmigalha tudo, assim também esse rei vai quebrar e esmigalhar todos os outros. 41 Os pés e os dedos que tu, ó rei, viste, parte de ferro e parte de barro, significam um império dividido. Ele ainda traz a dureza do ferro, já que tu, ó rei, viste uma parte de ferro misturada com outra de argila. 42 Os dedos dos pés, metade de ferro e metade de barro significam que o tal império será firme por um lado, mas por outro será fraco. 43 A mistura que tu, ó rei, viste de parte de ferro e parte de argila significa também que os reinos tentarão unir-se através de casamentos, mas não conseguirão juntar-se, da mesma forma como o ferro não faz liga com a argila. 44 Na época desses reis o Deus do céu fará surgir um império que nunca há de ser destruído. Será um império que jamais passará para as mãos de outro povo. Ao contrário, ele é que há de humilhar e arrasar todos os outros impérios, enquanto ele mesmo permanecerá para sempre. 45 Tu, ó rei, também viste aquela pedra que despencou da montanha sem que ninguém a jogasse e esmigalhou o que era de ferro, de bronze, de prata e de ouro. O grande Deus mostrou assim ao rei o que está para acontecer em breve. O sonho é esse mesmo e sua interpretação está correta”.
46
O rei Nabucodonosor prostrou-se, então, de rosto no chão diante de Daniel, mandando oferecer-lhe sacrifícios e incensá-lo. 47 A Daniel o rei disse: “O vosso Deus é de fato o Deus dos deuses! É ele o Senhor dos impérios, é ele quem revela os mistérios, pois só ele foi capaz de deslindar essa questão”. 48 O rei promoveu Daniel. Deu-lhe uma quantidade enorme de presentes e queria fazer dele o governador de todas as províncias da Babilônia e chefe geral de todos os sábios do país. 49 Daniel só pediu ao rei que nomeas­se Sidrac, Misac e Abdênago para a adminis­tração das províncias da Babilônia, enquanto­ o próprio Daniel ficaria prestando serviços na ante-sala do rei.

 Os três jovens na fornalha 

3 1 O rei Nabucodonosor mandou fazer uma estátua de ouro com trinta metros de altura por três de diâmetro e colocou-a na planície de Dura, província da Babilônia. 2 Em seguida mandou reunir os sátrapas, prefeitos, governadores, conselheiros, funcionários do tesouro, juizes, enfim, todas as autoridades do país, para a inauguração da estátua­ que ele havia construído. 3 Reuniram-se, pois, os sátrapas, prefeitos. governadores, conselheiros, funcionários do tesouro, juizes, enfim, todas as autoridades do país, para a inauguração da estátua que o rei Nabucodonosor mandara fazer. Todos estavam de pé diante da estátua. 4 O porta-voz do rei gritou forte: “Esta mensagem é para todos os povos, nações e línguas: 5 Quando ouvirem o som de cor­neta, flauta, cítara, harpa, saltério, gaita e outros instrumentos musicais, devem todos­ por-se de joelhos para adorar a estátua de ouro erguida pelo rei Nabucodonosor. 6 Quem não fizer isso, será imediatamente jogado na fornalha com o fogo aceso”. 7 Quando ouviram o som de corneta, flauta, cítara, harpa, saltério, gaita e outros instrumentos musicais, todos os povos, nações e línguas caíram­ de joelhos, adorando a estátua erguida pelo rei Nabucodonosor.
8
Alguns caldeus quiseram denunciar os judeus 9 e foram ao rei Nabucodonosor para di­zer-lhe: “Viva o rei para sempre! 10 Tu, ó rei, de­cretaste que toda pessoa que ouvisse o som de corneta, flauta, cítara, harpa, saltério, gaita­ e outros instrumentos musicais, deveria colocar-se de joelhos para adorar a estátua de ouro. 11 E quem não se ajoelhasse para adorar deveria ser jogado na fornalha acesa. 12 Pois bem, alguns judeus, que Tu, ó rei, nomeaste gover­nadores das províncias da Babilônia – são eles Sidrac, Misac e Abdênago – não respeitaram a tua ordem, ó rei, não prestaram culto ao?teu deus, não adoraram a imagem de ouro erguida­ por Ti, ó rei,”.
13
Nabucodonosor, então, indignado e enfurecido, mandou buscar Sidrac, Misac e Abdê­nago. Eles chegaram à presença do rei 14 e este lhes perguntou: “Sidrac, Misac e Abdênago, foi de propósito que não prestastes culto ao meu deus e recusastes adorar a estátua de ouro que eu ergui? 15 Agora, então, ficai preparados.­ Quando ouvirdes o som de corneta, flauta, cítara, harpa, saltério, gaita e outros instrumentos musicais devereis cair de joelhos e adorar a estátua de ouro que eu fiz! Se não adorardes, na mesma hora sereis atirados na fornalha acesa. E qual é o Deus que vos há de livrar da minha mão?”.
16
Sidrac, Misac e Abdênago responderam: “Nem precisamos dar resposta a esta ordem. 17 Existe o nosso Deus a quem cultuamos ele nos pode livrar da fornalha acesa, salvando-nos da tua mão. 18 Mas mesmo que isso não aconteça, fica sabendo, ó rei, que não vamos prestar culto ao seu deus, nem vamos adorar a estátua de ouro construída por ti, ó rei”.
19
Nabucodonosor ficou tão furioso contra os três, que seu rosto empalideceu. Mandou, então, acender na fornalha um fogo sete ve­zes maior que o de costume, 20 em seguida, mandou que os soldados mais fortes do seu exército amarrassem os três e os atirassem na fornalha acesa. 21 Amarraram, pois, Sidrac, Misac e Abdênago vestidos de suas túnicas, calções gorros e outras roupas e os atiraram na fornalha acesa. 22 Como a ordem do rei?era rigorosa e o fogo da fornalha exagerado, as labaredas mataram aqueles que se aproximaram para atirar Sidrac, Misac e Abdênago. 23 Os três jovens, entretanto, caíram amarrados dentro da fornalha acesa.

 Cântico de Azarias 

24 Os três ficaram passeando por entre as chamas, cantando hinos a Deus e louvando ao Senhor. 25 Azarias, de pé, orou assim, soltando a voz no meio do fogo:

26
Bendito és tu, Senhor, Deus dos nossos pais!
Que teu nome seja louvado e glorificado para sempre!
27
Pois foste justo em tudo o que por nós fizeste,
as tuas obras são todas verdadeiras,
retos, os teus caminhos
e as tuas decisões são a verdade.
28
Foi justa a sentença que proferiste,
justos os castigos que nos mandaste a nós
e a Jerusalém, cidade santa dos nossos pais.
Tudo aquilo nos mandaste foi sentença justa,
por causa dos nossos pecados.
29
Sim! Pecamos! Foi um crime afastarmo-nos de ti!
Em tudo praticamos o pecado,
30
jamais dando ouvidos aos teus preceitos.
Não os guardamos nem pusemos em prática,
como nos mandaste para o nosso bem.
31
Todos os castigos, portanto, que nos aplicaste,
tudo o que nos fizeste, foi sentença justa.
32
Tu nos entregaste nas mãos de inimigos
desleais, perversos e covardes,
à mercê de um rei injusto, o pior malfeitor
em toda a terra.
33
E agora não podemos sequer abrir a boca:
decepção e vergonha chegaram para teus
servos, aqueles que te adoram.
34
Não nos abandones até o fim, por causa do teu nome.
Não rejeites a tua aliança,
35
não retires de nós o teu amor,
por causa de Abraão, o teu querido,
por causa de Isaac, o teu servo,
por causa de Israel, o teu escolhido.
36
A eles tu falaste,
prometendo multiplicar sua descendência
como as estrelas no céu,
como a areia que existe na praia.
37
Sim, Senhor, estamos reduzidos no meio
de todas as nações,
estamos hoje humilhados na terra inteira,
por causa dos nossos pecados.
38
Não há, neste tempo, chefe, profeta ou governante,
não há holocausto, nem sacrifício,
oferenda ou incenso,
não há local para te entregar as primícias
a fim de podermos encontrar misericórdia.
39
Mas, de alma esmagada e espírito
humilhado sejamos aceitos,
como holocaustos de carneiros, de touros
40
e milhares de gordos cordeiros.
Seja esse, agora, o sacrifício que te oferecemos,
e que, diante de ti ele seja completo,
pois jamais haverá decepção para
aqueles que em ti confiam.
41
Mas, agora, vamos te seguir sempre,
de todo o coração,
andando no temor e buscando a tua face.
42
Ah! Não nos deixes decepcionados!
Mas trata-nos conforme a tua bondade,
e tua misericórdia.
43
Liberta-nos, repetindo os teus milagres,
glorifica o teu nome, Senhor!
44
Fiquem envergonhados
aqueles que prejudicam teus servos,
fiquem eles decepcionados
com todo o seu poder e autoridade,
e que a sua força seja esmagada.
45
Fiquem eles sabendo, Senhor,
que és o único Deus, glorioso por todo o mundo”.

46
Os funcionários do rei que tinham atirado os três jovens na fornalha, não paravam, contudo de alimentar o fogo com óleo combustível, piche, estopa e gravetos, 47 tanto que as labaredas subiam uns vinte e cinco metros acima da fornalha, 48 alcançando e queimando os caldeus que estavam por perto.
49
O anjo do Senhor, porém, desceu para junto de Azarias e seus companheiros na fornalha. Impeliu as labaredas para fora da fornalha 50 e fez surgir no meio da fornalha um vento úmido refrescante. O fogo não os atingiu nem causou-lhes qualquer incômodo.

 O cântico dos três jovens

51 Os três, então, cantavam hinos, glorifica­vam e louvavam a Deus a uma só voz, dentro­ da fornalha, assim:
52
“Bendito és tu, Senhor, Deus dos nossos pais,
sejas louvado e exaltado para sempre!
Bendito seja o teu nome santo e glorioso!
Sejas louvado e exaltado para sempre!
53
Bendito és tu em teu templo santo e glorioso,
sejas superaclamado e superglorificado para sempre.
54
Bendito és tu em teu trono de rei;
sejas aclamado e bem superexaltado para sempre!
55
Bendito és tu sentado sobre os querubins
e observando as profundezas;
louvado e glorificado para sempre!
57
Bendizei ao Senhor, todas as obras do Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
58
Anjos do Senhor, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
59
Céus bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
60
Águas todas que há acima do céu
bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
61
Todos os astros, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
62
Sol e lua bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
63
Estrelas do alto céu, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
64
Chuva e sereno, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
65
Ventos todos, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
66
Mormaço e calor, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
67
Geada e frio, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
68
Orvalho e neve, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
69
Geleiras e frio, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
70
Orvalho e neve, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
71
Noite e dia, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
72
Luzes e trevas, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
73
Relâmpagos e nuvens, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
74
Que a terra bendiga ao Senhor;
que o aclame e superexalte para sempre!
75
Serras e montanhas, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
76
Tudo o que brota do chão, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
77
Mares e rios, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
78
Nascentes de água, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
79
Monstros do mar e tudo o que nada pelas águas, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
80
Todas as aves do céu, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
81
Animais silvestres e domésticos, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
82
Filhos dos homens, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
83
Israel, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
84
Sacerdotes do Senhor, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
85
Servos do Senhor, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
86
Espíritos e almas dos justos, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
87
Corações puros e humildes, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre!
88
Ananias, Azarias, Misael, bendizei ao Senhor;
aclamai e superexaltai-o para sempre;
pois ele nos retirou da morada dos mortos,
salvou-nos da mão da morte,
livrou-nos do meio da fornalha acesa,
libertou-nos do fogo.
89
Reconhecei que o Senhor é bondoso,
que a sua misericórdia é para sempre.
90
Bendizei a Deus todos os que têm o temor de Deus;
aclamai e reconhecei que sua misericórdia é para sempre
e pelos séculos dos séculos”.

 A conversão do rei 

91 24O rei Nabucodonosor ouviu o cântico dos jovens e ficou muito admirado. Imediatamente dirigiu-se aos ministros, dizendo-lhes: “Não foram três os homens que atiramos na fornalha?” Eles responderam: “Sem dúvida, ó rei!” 92 25E ele lhes disse: “Como, então, estou vendo­ quatro homens soltos e andando dentro da for­nalha acesa, sem qualquer ferimento e o quarto com a aparência de um ser divino”. 93 26Nabucodonosor aproximou-se, então, da fornalha acesa e disse: “Sidrac, Misac e Abdênago, servos do Deus altíssimo, saiam daí!” Imedia­tamente os três saíram da fornalha. 94 27Reuniram-se os sátrapas, prefeitos, governadores e mi­nistros do rei para ver os jovens. A fornalha­ não os tinha atingido em nada, nem os cabelos­ de suas cabeças se tinham queimado, nem as roupas sofreram qualquer dano, nem mesmo o cheiro da fumaça os tinha afetado. 95 28Nabu­codonosor disse então: “Bendito seja o Deus de Sidrac, Misac e Abdênago, que mandou um anjo libertar seus servos que nele confiaram. Eles não fizeram caso do decreto do rei, e entregaram os próprios corpos, por se negarem a cultuar ou adorar outro deus que não fos­se o Deus deles. 96 29E de minha parte fica estabelecido um decreto determinando que o in­divíduo de qualquer povo, raça ou língua que disser alguma blasfêmia contra o Deus de Sidrac, Misac e Abdênago, seja esquartejado e sua casa transformada em entulho, pois não existe deus capaz de salvar igual a este.” 97 30E promoveu Sidrac, Misac e Abdênago na província da Babilônia.

 A grande árvore

98 4,1Do rei Nabucodonosor, a todos os povos, raças e línguas que existem neste mundo: “Muitas felicidades a todos! 99 2Tantas coisas significativas e maravilhosas fez comigo o Deus Altíssimo, que me pareceu bem publicá-las.
100
3Como são grandiosos os seus sinais,
quanta força em seus milagres!
Seu império é eterno,
e sua autoridade atravessa gerações!

4 1 4Eu, Nabucodonosor, vivia tranqüilo em minha casa, feliz no meu palácio. 2 5Tive, então, um sonho que me assustou. Os fantasmas da minha cama, as visões de minha mente acabaram me perturbando. 3 6Por isso, publiquei um decreto, pelo qual mandava trazer à minha presença todos os sábios da Babilônia, para que me dessem a conhecer a interpretação do meu sonho. 4 7Vieram os magos, os adivinhos, os astrólogos e os feiticeiros. Contei-lhes o sonho, mas eles não foram capazes de interpretá-lo. 5 8Veio, então, Daniel, chamado Baltassar por causa do nome do meu deus. Ele tem o espírito dos deuses santos.
Contei-lhe o meu sonho: 6
9‘Baltassar, chefe dos magos, sei que tens o espírito dos deuses santos e que nenhum mistério te embaraça. Escuta a visão que tive num sonho e, depois, dá-me a interpretação. 7 10Na cama ia eu observando as imagens que me vinham à cabeça quando vi:
Lá estava uma árvore, bem no centro da terra!
E era ela muito alta.
8
11A tal árvore cresceu e ficou forte,
chegando o seu topo até o céu, e sua
copa se alargou até o extremo da terra.
9
12Folhagem bonita e frutos com fartura,
nela havia alimento para todos!
Debaixo dela tinham sombra os animais silvestres
e em seus galhos se aninhavam as aves do céu!
Dela se alimentava todo ser vivo.
10
13Ia eu observando as imagens que em
minha cabeça se formavam,
quando apareceu um vigia santo descido do céu.
11
14Em alta voz ele gritou:
‘Cortai a árvore! Cortai seus ramos!
Arrancai as folhas! Derrubai os seus frutos!
Fugi, feras, de sua sombra!
Fugi, pássaros, de seus galhos!
12
15Deixai no chão, porém, o tronco com as raízes
numa corrente de ferro e de bronze,
no meio da grama do pasto.
Que ele seja orvalhado pelo sereno do céu,
tenha o mesmo destino que os animais
silvestres e a erva rasteira.
13
16O coração humano lhe seja tirado
e um coração de animal lhe seja dado.
Sete eras por ele hão de passar.
14
17Está resolvido no decreto dos vigias,
o que decide é a palavra dos santos,
para que todo ser vivente reconheça
que é o Altíssimo quem manda nos
impérios humanos
e põe como rei a quem ele quer.
Seja ele o mais humilde dos homens,
querendo, o Altíssimo o põe nas alturas’.
15
18Foi esse o sonho que tive eu, o rei Nabucodonosor. Tu, agora, Baltassar, vais dar-me a interpretação deste sonho. Nenhum sábio do meu império foi capaz de dar-me a interpretação, mas tu podes, porque tens o espírito dos deuses santos”.
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19Daniel, que se chamava também Bal­tas­sar, ficou uma hora apavorado, as idéias fervi­lhando. Disse-lhe o rei: “Baltassar, não deixes­ que este sonho ou o seu significado te apavorem.” Baltassar respondeu: “Meu senhor, que o sonho valha para os teus inimigos, que o seu significado seja para os teus adversários! 17 20Tu, ó rei, viste uma árvore muito grande e forte. Seu topo atingia o céu e a copa podia ser vista do mundo inteiro. 18 21Sua folhagem era bonita e tinha frutos suficientes para alimentar todo o mundo. À sua sombra viviam os animais silves­tres e nos ramos aninhavam-se as aves do céu. 19 22Pois bem, essa árvore és tu, ó rei, tão grandioso, tão magnífico! A tua grandeza, ó rei, é tal que alcança até o céu, e teu poder vai até os confins do mundo. 20 23Tu, ó rei, viste também um vigia santo que descia do céu e dizia: ‘Derrubai a árvore, destrui-a! No chão, porém deixai só o tronco com as raízes, numa corrente­ de ferro e bronze, no meio da grama do pasto. Que ele seja orvalhada pelo sereno do céu e tenha o mesmo destino que os animais silvestres. Sete eras por ele hão de passar. 21 24Eis a explicação, ó rei: Aqui estão os decretos do Altíssimo que dizem respeito a ti, ó rei, meu senhor: 22 25Tu, ó rei, serás tirado da companhia­ dos homens e obrigado a morar com os animais silvestres. Capim, como aos bois, é o que lhe darão para comer. Tu, ó rei, terás de viver no sereno­ e sete anos hão de passar até que o rei aprenda­ que é o Altíssimo quem manda nos impérios dos homens e dá o poder a quem ele quer. 23 26Mandaram deixar o tronco com as raízes. Significa que o teu império ficará de pé, desde que tu, ó rei, reconheças que é o Céu quem manda. 24 27Neste sentido, ó rei, te seja agradá­vel o meu conselho: paga teus peca­dos praticando a compaixão e repara tuas faltas cuidan­do dos pobres. Talvez assim tua felicida­de possa durar”.
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28Tudo isso aconteceu ao rei Nabucodonosor. 26 29Doze meses mais tarde, estava ele passeando no terraço do seu palácio em Ba­bi­lônia. 27 30Ia falando consigo mesmo: “Aí está a grande Babilônia que construí para mo­radia do rei, com o poder da minha autori­dade e para o esplendor da minha glória!” 28 31Ainda falava, quando uma voz do céu se fez ouvir: “rei Nabucodonosor, fica sabendo­ que perderás teu poder real! 29 32Serás tira­do da companhia dos homens para morar com os animais silvestres. Deverão alimentar-te com capim como se fosses um boi; e sete anos deverão passar até que aprendas que é o Altíssimo quem manda nos impérios dos homens e dá o poder a quem ele quer”. 30 33Na mesma hora essa palavra se cumpriu para Na­bucodonosor. Ele foi retirado do meio das pessoas, passou a comer capim co­mo boi e a ficar no sereno. Seu cabelo ficou comprido­ como penas de águia e as unhas cresceram como unhas de passarinho.
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34“Terminada aquela fase, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos para o céu e a consciência me voltou. Passei, então, a bendizer o Altíssimo e a glorificar Aquele que vive eter­namente. Seu poder é eterno, seu domínio atravessa as gerações! 32 35Os habitantes do mundo diante dele nada valem, ele trata co­mo quer os astros do céu e os habitantes do mundo. Ninguém há que resista à sua mão ou possa perguntar-lhe: ‘Que fizeste?’
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36Naquele momento a consciência me voltou e, para o esplendor da minha autoridade de rei, também voltaram minha glória e majestade. Meus ministros e conselheiros foram procurar-me. Fui recolocado em minha autoridade real e meu poder ficou ainda maior. 34 Agora, então, eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico o rei do céu, porque­ tudo o que ele faz é honesto, seus caminhos são justos, e a quem anda com soberba ele sabe rebaixar!”

 O banquete do rei Baltazar

5 1 O rei Baltazar fez um grande banquete para mil altos funcionários seus e, na presença desses mil, se pôs a beber vinho. 2 Toca­do pelo vinho, Baltazar mandou trazer os cá­lices de ouro e prata que seu pai, Nabucodonosor, tinha retirado do templo de Jerusalém, para neles beberem o rei, os altos funcionários, suas esposas e concubinas. 3 Trouxeram, pois, os cálices de ouro tirados do tem­plo que havia em Jerusalém; e neles começaram a beber o rei, seus altos funcionários, suas esposas e concubinas. 4 Bebiam vi­nho e louvavam seus deuses de ouro, prata, bronze, ferro, madeira ou pedra.
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Naquele momento surgiu um dedo de mão humana riscando traços no reboco da parede do palácio real. O rei acompanhou com o olhar a mão que riscava. 6 Seu rosto mudou de cor, os pensamentos se embaralharam, sua espinha­ parecia desconjuntar-se, os joelhos batiam um no outro. 7 Aos gritos começou a chamar os magos, feiticeiros e adivinhos, dizendo assim: “Qualquer sábio da Babilônia que seja capaz de decifrar esses traços e dar a sua interpretação, há de vestir a púrpura com o cordão de ouro ao pescoço e será a terceira autoridade no império. 8 Vieram todos os sábios da Babilônia, mas nenhum conseguia decifrar os riscos e dar-lhe a interpretação. 9 O rei ia ficando cada vez mais perturbado e mais pálido e seus altos funcionários, perdidos de susto. 10 Alarmada com os gritos do rei, a rainha-mãe entrou na sala do banquete e disse: “Viva o rei para sempre! Não deixes tuas idéias se confundirem, nem fiques pálido deste jeito! 11 Existe uma pessoa no teu império que tem o espírito dos deuses santos. No tempo do rei, teu pai, achavam que ele possuía uma inteligência e uma luz parecida com a sabedoria dos deuses. O rei Nabucodonosor, teu pai, fez dele o chefe dos sábios da Babilônia, dos magos, dos feiticeiros e dos astrólogos. 12 Pois bem, já que esse Daniel, a quem o rei deu o nome de Baltassar, tem tanto espírito, conhecimento e luz para interpretar os sonhos, decifrar os enigmas e desatar os nós, mandai chamá-lo, que ele dará a interpretação.
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Daniel foi, então, levado à presença do rei, que lhe perguntou: “És tu esse tal Daniel que meu pai trouxe entre os exilados de Judá? 14 Ouvi falar que tens o espírito dos deuses, que tens muita luz, muita inteligência, muita sabedoria. 15 À minha presença compareceram sábios e adivinhos para me decifrar estes traços e explicar sua interpretação, mas não foram?ca­pazes de me mostrar o significado de nada. 16 De ti, porém, ouvi falar que és capaz de dar in­terpretações e de desfazer emaranhados. Agora, então, se fores mesmo capaz de decifrar­ esses traços e explicar seu significado, irás ves­tir a púrpura, com o cordão de ouro ao pescoço, como terceira autoridade no meu império”.
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Daniel respondeu ao rei: “Fica com teus presentes ou dá a outros o teu prêmio. Vou de­cifrar os traços e explicar o seu significado.­ 18 O Deus Altíssimo foi quem deu o império, a grandeza, o prestígio e a fama ao teu pai, Nabu­codonosor. 19 Por causa da grandeza que Deus lhe deu, todos os povos, nações e línguas­ te­miam e tremiam diante dele, pois ele matava?ou deixava vivo a quem queria, exaltava ou humilhava à vontade. 20 Ficando, porém com idéias de grandeza e espírito soberbo, orgulho­so, foi derrubado do seu trono real e perdeu­ a majestade. 21 Foi afastado da companhia dos seres humanos, pois sua mente se tornara igual à dos animais, em cuja companhia passou a morar, alimentando-se de capim como os bois, enquanto o sereno orvalhava-lhe o corpo. As­sim ficou, até aprender que o Deus altíssimo é quem manda nos impérios humanos e dá o poder a quem lhe agrada. 22 Tu, porém, filho dele, Baltazar, não tiveste um coração humilde, apesar de saberes disso. 23 Tu te julgaste maior que o Senhor dos céus e trouxeste para cá os cálices do seu templo, a fim de que tu, teus ministros, esposas e concubinas neles be­bessem vinho, louvando os deuses de prata ou ouro, de bronze, de ferro, madeira ou pedra,­ deuses que não enxergam, não escutam, não entendem. Ao Deus, porém, em cujas mãos está toda a tua vida e todo o teu caminho, tu não glorificaste. 24 Foi por isso que ele mandou­ fazer esses riscos.­ 25 Eis o que está naqueles traços: Mina, Siclo e Feres. 26 A interpretação disto é a seguinte: Mina vem de contar. Deus contou o tempo do teu reinado e já acabou. 27 Siclo vem de pesar: Deus te pesou na balança­ e te faltava peso. 28 Feres vem de dividir: o teu império será dividido e entregue aos medos e aos persas”.
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Baltazar mandou vestir Daniel com a púrpura e colocar-lhe ao pescoço o cordão de ouro, proclamando-o terceira autoridade no império. 30 Nessa mesma noite, porém, Baltazar o rei dos caldeus foi morto.


Daniel (CNB) 1