Dicionário Bíblico 1546

1546 O termo no plural designa os povos pagãos (ou os gentios), que não fazem parte do povo eleito, judeu ou cristão (Dt 7,6 Jr 10,25 Mt 4,15 1Co 5,1 1P 2,12). Ver "Gentio".

NAZIREU

3211 Pessoa consagrada a Deus. Em virtude desta consagração, tanto a mãe, durante a gestação, como o futuro nazireu deviam abster-se de certos alimentos e bebidas, ou de cortar o cabelo (Jg 13,4s). Sansão (Jg 13,4-7 Jg 16,17), Samuel (1S 1,11) e João Batista (Lc 1,15) eram nazireus. O nazireato foi institucionalizado e regulamentado por lei (cf. Nb 6,1-21 e nota). No NT S. Paulo, junto com outros cristãos, faz um voto temporário de nazireato (Ac 18,18 Ac 21,23-26).


NECROMANCIA

2228 Ou evocação dos mortos, é uma prática que supõe a possibilidade de entrar em contato com os mortos e de esses poderem comunicar mensagens do além, a até de aconselhar os vivos em problemas difíceis. A prática era conhecida na Mesopotâmia, no Egito e em Canaã. Apesar da proibição (cf. Lv 19,31 e nota), Saul recorreu à necromancia (cf. 1S 28,7-10) e foi por isso punido (cf. 1Ch 10,13 e nota). Ver "Espiritismo".

NEFTALI

Filho de Jacó e Bala, escrava de Raquel (Gn 30,7s), antepassado da tribo de Neftali (cf. 29,31-30,24 e nota), localizada na região mais tarde chamada Galiléia (Jos 19,32-39 Mt 4,15).

NEGUEB

Deserto localizado ao sul da Palestina (Dt 1,7).


NEOMÊNIA

Ver "Lua Nova".

NOIVO

1619 No AT o noivo, ou seu pai, tinha que pagar o preço da noiva (mohar em hebraico) ao pai da noiva ou ao seu substituto (Gn 34,12 Ex 22,15s; 1S 18,25). Este preço podia constar de uma prestação de serviços (Gn 29 1S 17,25 2S 3,14) ou ser pago com animais (Gn 30,25-41). A partir deste momento o noivo tornava-se de direito o "senhor" (baal) da noiva. Ver "Esposo", "Matrimônio".

NOME

2513 Na concepção antiga o nome não apenas distingue uma pessoa da outra, mas exprime seu caráter fundamental, sua personalidade, sua missão neste mundo (Gn 3,20 Mt 1,21 Mt 1,23). O nome vale pela pessoa; onde está o nome, está a pessoa (Jr 14,9). Mudar o nome de alguém é mudar a sua vocação (Mt 16,16-18). Dar nome a alguém é exercer certo poder sobre ele (Gn 2,19-21). Pronunciar o nome de Deus sobre alguém é garantir-lhe a proteção divina (Nb 6,27). Invocar o nome de Deus é prestar-lhe culto (Gn 4,26 Gn 12,8), pois o nome de Deus significa o próprio Deus. Por isso Deus "age por causa de seu nome" (Ez 20,14) e o pecado pronafa o seu nome (Lv 18,21). Por respeito ao nome de Deus Javé (= Senhor em nossa Bíblia), os israelitas não o pronunciavam e liam Senhor (escrito Adonai em hebraico) em vez de Javé .

O nome de Jesus é usado e pronunciado com respeito pelos cristãos (Ac 3,6 Col 3,17 Ph 2,10). O cristão se persigna "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo"e reza no Pai-Nosso: "Santificado seja o vosso nome".


NOVO TESTAMENTO

Ver "Aliança", "Testamento".

NÚMEROS

2377 Os números na Bíblia, além de seu valor aritmético exato, têm um valor simbólico. Assim, por exemplo, sete significa um número elevado (sete dias, sete anjos, sete demônios, perdoar sete vezes); 12 (tribos, apóstolos); 40 (dias de chuva, de oração no Sinai, de jejum de Jesus, dias da Ascensão). Muitas vezes os números elevados na Bíblia são fruto do exagero, próprio dos orientais (cf. Nb 1,21 Jg 16,27 e notas), para dar importância aos fatos.

NUVEM

2502 Em muitas religiões as nuvens pertencem à esfera do divino. Por isso são elemento integrante das teofanias ou aparições divinas. A coluna de nuvens é a presença divina que acompanha e protege os israelitas na saída do Egito (Ex 13,21). Nuvens envolvem o monte Sinai (Ex 19,16) e uma nuvem envolve a tenda da reunião (Nb 9,15-23 e nota), a cena da transfiguração e a da ascensão de Jesus (Lc 9,34 Ac 1,9). Quando Cristo voltar, na segunda vinda, virá sobre as nuvens do céu (Mc 14,62).



OBEDIÊNCIA

2614 Obediência de Cristo (Lc 2,1-5 Jn 4,34 Jn 5,30 Jn 6,38 Rm 5,19 Ph 2,5-12 He 5,8s).

Obediência dos cristãos (Mt 7,24 Mt 17,5 Lc 10,16 Ac 4,19 1P 1,22 Ph 2,3-5 Ac 5,29 Rm 1,5 1P 5,5s; Col 3,22-25).

OBLAÇÃO

2386 Ver Lv 2,1 e nota.


OBLATOS

Ver NM 3,6-10 e nota.

OBRA

3888 No AT obras de Deus são a criação (Ps 104) e sua revelação, enquanto ele elege o homem e age em sua história. No NT Jesus cumpre as obras do Pai, que são os milagres e a salvação dos homens (Mt 11,2-19 Jn 17,4). As obras de Jesus revelam o Pai (Jn 14,9s).

As obras do ser humano podem ser boas ou más e se revelam pelo confronto com Cristo (Jn 3,19-21 Ep 5,6-14). O que salva e justifica o homem não são as boas obras que pratica, mas a fé em Jesus Cristo (Rm 3,27s; Ga 2,16). Mas a fé sem as obras é morta (Ga 5,14 1Th 1,3 Jc 2,14-26).


OCEANO

Ou "Oceano primordial", "abismo (das águas)"é a massa de águas que, segundo a cosmologia antiga, envolve a terra seca, e está debaixo da terra e acima da abóbada celeste. No dilúvio foram abertas as fontes que controlam as águas das profundezas e as comportas do firmamento do céu (Gn 7,11). Mas o Criador, que habita acima das águas, pôs um limite para que as águas não voltassem a ameaçar as criaturas (Gn 9,11 Ps 104,3-9).

O Oceano, portanto, não é mais aquela força que nos mitos da Mesopotâmia (tiamat ) se opõe a Deus: "Tudo quanto o Senhor quis ele o fez no céu e na terra, nos mares e em todos os oceanos" (Ps 135,6). Ele controla a fúria do Oceano, punindo os inimigos e salvando o seu povo (Ex 15,5 Ex 15,8). Ver "Abismo".

OLHOS

São o espelho da alma (Si 13,25 Si 31,13 Mt 6,22 Lc 11,34). É preciso dominá-los (Jb 31,1 Ps 119,37 Mt 5,28s).

Exemplos (Gn 3,6 Gn 39,7 2S 11,2-5 Jdt 10,17-19 Jdt 12,15 Da 13,8).


OPERÁRIOS

3906 Submissão (Mt 8,9 Rm 13,5 Ep 6,5-8 1Th 4,11 1Tm 6,1s; 2Tm 2,24 Tt 2,9s; 1P 2,18s. -O prêmio do operário (Si 10,27 Lc 12,43 Col 3,22-24 2Th 3,10 1P 2,18 s). -Devem defender seus direitos com prudência (Si 8,1-4 1Co 6,1-9 1Tm 6,8 Jc 4,1). -O sofrimento dos trabalhadores injustiçados é grande (Jb 24,1-12 Qo 4,1-6 Mi 1,1s; Am 2,6-8). Ver "Patrões".

ORAÇÃO

2823 Algumas orações do AT (Gn 18,23-33 Ex 15,1-18 Nb 14,13-19 1S 1,11 1S 2,1-10 2S 7,18-29 1Ch 16,8-36 1Ch 29,10-20 1R 8,23-53 2R 19,15-19 Esd 9,6-15 2M 1,24-29 Tb 3,1-6 Tb 3,11-15 Tb 8,7-10 Tb 13,1-18 Jdt 9,2-18 Est 4,12-30 Jr 17,12-18 Jr 20,7-18 Jr 32,7-15 Da 3,26-45 Da 3,52-90 Jn 2,3-10 Ha 3,1-19).

Oração de Jesus (Lc 3,21 Lc 5,16 Lc 6,12 Lc 9,29 Lc 11,1 Lc 22,32 Mc 1,35 Mc 6,46 Mt 14,23 Mt 26,36-46 Jn 11,41s; Jn 17,1-26). Jesus ensinou a orar (Lc 11,1-13 Lc 18,9-14 Mt 6,5-13 Mt 7,7-11 Mt 18,20).

Oração da Igreja primitiva (Ac 2,42-47 Ac 4,23-31 Ac 12,5 Ac 16,25 Rm 1,9 1Co 14,13-19 1Th 1,2 2Tm 1,3 Ep 5,20).

Oração de louvor (Ps 34,2 Ps 117,1 Da 3,51s; Lc 19,37s).

Oração de agradecimento (Ps 107,1 Ep 5,20 Col 3,7 1Th 5,18).

Oração de petição (2Co 1,11 Col 1,9 1Th 1,2 1Th 5,25).

Oração por si, sobretudo no sofrimento (Ps 50,15 Ps 120,1 Mt 21,22 Jc 5,13).

Pelas autoridades e superiores (Ac 12,5 Ep 6,19 1Tm 2,1-3 He 13,18).

Por todas as pessoas, sem distinção (Mt 5,44 Lc 6,28 Ep 6,18 1Tm 2,1).


ORÁCULO

2660 É a resposta recebida da divindade a uma consulta que o fiel fazia através de um sacerdote, profeta ou vidente (Dt 33,8 1S 9,9 1S 28,6), sobre o futuro ou o êxito de alguma iniciativa. A expressão "oráculo do Senhor", freqüente nos livros proféticos, caracteriza o discurso em primeira pessoa, ou pronunciamento de Deus, do qual o profeta é o porta-voz junto ao povo. Ver "Palavra".

ORDÁLIO

Rito para provar, na falta de testemunhas, a inocência ou a culpa de uma pessoa. Ver "Ciúme"e as notas em Ex 32,20 e Nb 5,11-31.

ORDENS SACRAS

Instituídas por Cristo (Lc 22,19); são conferidas pela imposição das mãos (Ac 6,6 Ac 13,1-3 Ac 14,22); conferem graças (1Tm 4,14 2Tm 1,6).


ORGULHO

1722 É o pecado de Adão (Gn 2,17 Gn 3,3-6 Rm 5,19).

O orgulho insinua-se nas pessoas de todas as classes sociais (Dt 17,12-20 Dt 18,20 Dt 32,15 Os 13,5s; Am 3,10-15 Mi 3,9-11 Is 3,16s; Jr 5,27s). O orgulho é o pecado capital dos pagãos (Is 10,13s; Gn 11,4-8 So 2,15).

O Anticristo é a personificação do orgulho contra Deus (1M 1,59-61 1M 2,49 Da 8,11 Da 9,27 Da 11,31 2Th 2,4 1Jn 2,18 Ap 12-13 Ap 17 Ap 20).

O orgulho é natural ao homem (2Tm 3,2 Mc 7,22 Mc 10,37 Lc 18,11 1Jn 2,16); mas este deve vencê-lo pondo-se ao serviço dos irmãos (Jn 13,12-17 Lc 1,48 1P 5,5 Jc 4,6).



PACIÊNCIA

2691 A paciência de Deus é um aspecto do seu amor (Ex 34,6 Jn 4,2 Jl 2,13). O nosso Deus é um Deus de paz, de paciência, de consolação e de esperança (Rm 15,5 Rm 15,13 Rm 15,33).

Àqueles que se maravilham da demora da parusia, Pedro responde que Deus é paciente porque espera a conversão dos pecadores (2P 3,4-9 1P 3,20 Rm 11,25-27). A paciência de Deus faz parte da sua pedagogia (He 12,5-7 Jc 1,12 Rm 5,3s; Rm 15,4).

A paciência é uma virtude humana (Jb 2,10 Pr 3,11 Pr 14,29 Si 2,13s) e cristã (He 12,1 Rm 12,12 Jc 1,2-4 2Co 1,6 1P 2,19s; 2Tm 2,10-12), que favorece a convivência com o próximo (Pr 19,11 1Th 5,14 1P 3,14-17).


PADRE

2058 Ver "Sacerdote".

PÃES DA PROPOSIÇÃO

3269 Ou "pães sagrados"são os pães oferecidos cada sábado a Deus. Eram colocados sobre uma mesa de ouro, que estava no recinto do templo (cf. Nb 4,7). Só os sacerdotes os podiam comer (Ex 25,30 e nota; Lv 24,5-9 1S 21,2-7 Mc 2,26).

PAGÃO

1546
Do latim paganus, "camponês", o que vive nas vilas do interior. Nome dado aos não-cristãos que tiveram de retirar-se para o interior em conseqüência da expansão do cristianismo no mundo romano. Na Bíblia "pagão"designa o não-judeu (Mt 5,47 Mt 6,7), chamado também gentio, em oposição ao povo eleito. Mesmo desconhecendo a Deus (Gl 2,14s) os pagãos são guiados por ele (Is 45,14-25 Mt 8,10 Ac 14,16) e chamados à fé (Rm 9-11). Ver "Grego".


PAI

1669 Pai terreno: A autoridade paterna é protegida pelo decálogo (Ex 20,12 Dt 5,16). Rebelar-se contra o pai, maldizê-lo ou bater-lhe eram crimes castigados com a morte (Ex 21,15-17 Dt 21,18-21). A literatura sapiencial insiste no respeito aos pais (Si 3,1-16 Tb 4,3-5 Pr 1,8 Pr 4,1 Pr 6,20). Os pais, por sua vez, têm obrigações para com os seus filhos: devem amá-los (1S 1,11-20 Mt 7,9 Lc 11,11 Tt 2,4); devem educá-los (Dt 6,20s; Dt 32,46 Da 13,3); vigiá-los (Si 26,10s; Si 42,9-11 1Tm 5,8); castigá-los (1S 3,13 Pr 13,24 Pr 22,15 Pr 23,13s; Si 42,5), mas sem ira (Pr 19,18s; Si 20,2 Col 3,21 Ep 6,4); devem dar-lhes o bom exemplo (Ez 16,44 2M 6,28 2M 7,20-22 2Jn 1,4).

Jesus confirmou o sentido do quarto mandamento (Mc 7,10-13 Mc 10,19 Mt 15,4-7).

As exigências do amor de Deus podem levar a renunciar ao amor paterno (Mt 8,21s; Mt 10,37 Mt 19,29 Lc 9,59s; Lc 14,26).

1246 Deus-Pai: No AT raramente se aplica a Deus o nome de Pai (Dt 32,6s; 2S 7,14 Ps 89,27 Si 51,10). Jesus fala com freqüência de " vosso Pai", "teu Pai", "vosso Pai do céu" e chama a Deus pelo nome de "Pai": quando anuncia o Reino de Deus (Mt 13,43 Mt 20,23 Mt 25,34 Lc 12,32); quando se refere à ação do Espírito (Mt 10,20), ao conhecimento de Cristo (Mt 16,17), à oração (Mt 18,19), à recompensa (Mt 6,1); quando insiste na Providência do Pai (Mt 6,26-32 Mt 10,29 Lc 12,30).

2027 Cristo dá a Deus o nome de Pai (Mt 5,16 Mt 5,45 Mt 5,48 Mt 7,21 Mt 11,25 Mt 24,36 Lc 10,22 Mc 13,32). Revela a Deus como seu próprio Pai (Mc 14,36 Mt 7,21 Mt 11,27 Mt 16,27 Mt 26,39 Jn 2,16 Lc 2,49).

Para Paulo Deus é o "nosso Deus e Pai" (1Th 3,13 2Th 2,16 1Co 1,3 2Co 1,2 Ga 1,3 Ga 4,6 Ep 1,2 Col 1,12s; Rm 8,15).

João penetra mais no sentido da paternidade divina ao dizer que o homem é "gerado por Deus" (Jn 2,16 Jn 3,3).

PALAVRA

3640 Na Bíblia, "palavra" não é apenas a manifestação do pensamento ou da vontade, mas é algo concreto que continua existindo, carregado com a força da pessoa que a pronuncia. Assim, a bênção pronunciada sobre Jacó não podia ser revogada (Gn 27,35-37) e a maldição proferida por Josué (Jos 6,26) ou pelos gabaonitas (cf. 2S 21,1-14 e notas) continua agindo muito tempo depois (1R 16,34).

414 A Palavra de Deus é eficaz na criação (Gn 1,1s; Ps 147,15-18 Mt 8,24-27 Jb 36,5-13 Is 44,26-28 Is 55,11 Sg 18,14-19).

A palavra é simbolizada no pão que um dia se converterá no pão da Eucaristia (Am 8,11 Ex 16,4-15 Dt 8,3 Mt 4,3s; Jn 6,28-51).

Cristo é a Palavra encarnada (Jn 1,1s; Jn 8,31-47 1Jn 1,1 Ap 19,11-16 Mc 13,31), que continua a atuar na Igreja (Ac 4,29-31 Ph 1,12-14 He 13,7-9 Lc 10,16 2Co 2,14-16 2Tm 4,1-5).

O mutismo dos profetas prova que Deus já não está com o seu povo (1S 3,1 Is 28,7-13 Am 8,11s). A abundância da Palavra é sinal da presença dos tempos messiânicos (Jl 3,1s; Ac 2,1-4). Por isso, se desata a língua de Zacarias e Cristo faz ouvir os surdos e falar os mudos (Lc 1,64-67 Lc 11,14-28 Mt 9,32-34 Mt 12,22-24 Mc 9,17-27).


PÃO

536 Ver "Eucaristia".

PAPA

Ver "Pedro". 2746

PAPIRO

Ver "Manuscrito", "Códice".

PARÁBOLA

2768 É o desenvolvimento de uma comparação de dois termos, resultando numa narrativa. Por exemplo, a comparação "A palavra de Deus é como a semente" foi desenvolvida na parábola do semeador. A parábola é uma historieta inventada, mas baseada em fatos corriqueiros da vida. Como na comparação, assim também na parábola os termos devem ser tomados no sentido próprio. Na parábola, porém, o confronto não se verifica entre dois termos, e sim entre duassituações. É desse confronto que se deve tirar o ensinamento, fim principal da parábola.

Parábolas de Jesus:
2679 46. Administrador infiel: Lc 16,1-13.
47. Amigo importuno: Lc 11,5-8.
48. Avarento insensato: Lc 12,16-21.
49. Bodas do filho do rei: Mt 22,1-14.
50. Bom Pastor: Jn 10,1-16.
51. Bom samaritano: Lc 10,30-37.
52. Casa sobre rocha: Mt 7,24-27 Lc 6,47-49.
53. Cem moedas de prata: Lc 19,11-26.
54. Dez virgens: Mt 25,1-13.
55. Dois devedores: Lc 7,41s.
56. Fariseu e o cobrador de impostos: Lc 18,9-14.
57. Fermento: Mt 13,33 Lc 13,20s.
58. Figueira estéril: Lc 13,6-9.
59. Filho fingido: Mt 21,28-32.
60. Filho pródigo: Lc 15,11-32.
61. Grande ceia: Lc 14,16-24.
62. Grão de mostarda: Mt 13,31s; Mc 4,30-32 Lc 13,18-21.
63. Grão de trigo: Jn 12,24.
64. Joio entre o trigo: Mt 13,24-30 Mt 13,36-43.
65. Juiz iníquo: Lc 18,1-8.
66. Lavradores homicidas: Mt 21,33-46 Mc 12,1-12 Lc 20,9-19.
67. Moeda perdida: Lc 15,8-10.
68. Ovelha extraviada: Mt 18,12-14 Lc 15,1-7.
69. Pai de família: Mt 13,52.
70. Pérola preciosa: Mt 13,45s.
71. Rede de pesca: Mt 13,47-50.
72. Rei que vai guerrear: Lc 14,31-33.
73. Rico avarento e o pobre Lázaro: Lc 16,19-31.
74. Roupa velha: Mt 9,16 Mc 2,21 Lc 5,36.
75. Semeador: Mt 13,1-9 Mt 13,18-23 Mc 4,3-20 Lc 8,4-15.
76. Semente que cresce: Mc 4,26-29.
77. Servo cruel: Mt 18,23-35.
78. Servos inúteis: Lc 17,7-10.
79. Servos vigilantes: Mt 24,42-51 Lc 12,35-48.
80. Talentos: Mt 25,14-30.
81. Tesouro no campo: Mt 13,44.
82. Torre a ser construída: Lc 14,28-30.
83. Trabalhadores na vinha: Mt 20,1-16.
84. Videira e ramos: Jn 15,1-8.
85. Vinho novo: Mt 9,17 Mc 2,22 Lc 5,37-39.


PARÁCLITO

Significa "advogado", "consolador". Termo com que João designa o Espírito Santo e sua função em relação a Cristo e na Igreja (cf. Jn 14,16 e nota).

PARAÍSO

2680 Termo grego que traduz o hebraico "jardim do Éden", ou de delícias. É o símbolo da alegria e da felicidade (Gn 2,15), da morada da divindade (Ez 28,12-19). No NT é o lugar onde se espera viver a felicidade eterna com Deus (2Co 12,4 Ap 2,7). Para o judaísmo era o lugar onde ficavam os mortos à espera da ressurreição (Lc 16,23 Lc 23,43). Ver "Éden".

PARTICIPAÇÃO

Herança comum, ou sorte comum que os cristãos terão com Cristo no fim do mundo (Mt 24,51 Lc 10,42 Jn 13,8 Ap 20,6 Ap 21,8). Significa também ter comunhão ou parte em alguma coisa. Os cristãos têm parte no Evangelho (Ph 1,5), no Espírito (2Co 2,13), na ressurreição de Cristo (1Co 1,9). Esta participação na glória de Cristo supõe uma participação na sua paixão (Rm 6,4-8 Rm 8,17 Col 2,12s; Ph 3,10). Pela Eucaristia o cristão entra em comunhão com o corpo do Senhor sacrificado e pelo seu sangue derramado entra em comunhão de vida com Cristo (1Co 10,14-22 1Co 11,17-29), garantindo para si a ressurreição no último dia (Jn 6,48-58).

PARUSIA

Significa a entrada solene do rei na sua capital (2S 6 1R 1,38-53 2R 11,1-16).

No AT aparecem duas tendências: parusia futura -vinda do Rei-Messias (Zc 9,9s; Is 40,9-11); outra, recordando que é Deus o Rei de Israel, anuncia uma vinda de Deus em pessoa (Is 46,9-13 Is 52,7s; Za 1,3 Za 1,16 Za 2,9-13 Za 8,2s).

A entrada de Cristo em Jerusalém é narrada num contexto de Parusia (Mt 21,1-11). O Batista é o arauto desta chegada (Mt 3,11s). Cristo, porém, diz que a hora de sua manifestação não chegou (Jn 7,2-9 Jn 18,35 Jn 14,3).

Na linha da segunda tendência do AT, acima descrita, a vinda do Filho do homem é apresentada com elementos divinos (Mt 16,27s; Mt 24-25 Lc 21,25-33).

Textos relativos à Parusia gloriosa (1Co 1,8 1Co 15,23 1Th 2,19 1Th 3,13 1Th 4,15 2P 1,16 2P 3,4 2P 3,12 1Jn 2,28). Veja "Dia do Senhor" e a nota em 2Th 2,1-12.


PÁSCOA

1092 Principal festa do judaísmo, que comemora a maravilhosa libertação dos hebreus do Egito, pela passagem do mar Vermelho (cf. as notas em Ex 12,1-13,16; Lv 23,5-8 Nb 9,1-14). A Páscoa cristã celebra a ressurreição de Jesus no domingo após o dia 14 de Nisã, data da Páscoa judaica (Lc 24,1 Ac 20,7 1Co 16,2 Ap 1,10). É a memória do sacrifício de Jesus na cruz, a nova vítima pascal (1Co 5,6-8 1Co 11,26), e de sua vitória sobre a morte pela ressurreição. Ver "Festa".

PASTOR

A figura do pastor era muito familiar na Palestina e no Médio Oriente. Diariamente o pastor sai com suas ovelhas para conduzi-las às pastagens ou, em determinados momentos, às fontes. De tarde reconduz as ovelhas ao curral. Na literatura universal o pastor tornou-se a figura do guia, político ou religioso, de uma comunidade. Em Israel os reis (cf. Ez 34,2-6 e nota), os sacerdotes e os profetas são chamados pastores.

Diante da infidelidade destes pastores, Deus promete ele mesmo tomar conta de seu povo, por meio do pastor fiel, o descendente de Davi (Jr 23,1-6). Jesus se apresenta como o bom pastor, solícito pelas suas ovelhas a ponto de dar por elas a própria vida (Jn 10,1-18). Após a ressurreição, Jesus constitui Pedro como pastor para tomar conta de seus discípulos em seu lugar (Jn 21,17).


PATRÕES

598 Devem usar de justiça (Lv 19,13 Dt 5,12-14 Dt 24,12-15 Tb 4,15 Si 34,26-27 Ml 3,5 Mt 7,2 Mt 10,10 Rm 4,4 Jc 5,4); devem respeitar os direitos humanos (Lv 25,43 Si 4,30 Ep 6,9 Col 4,1).

PAULO

2697 Em hebraico Saulo, é um judeu de Tarso, da tribo de Benjamim, cidadão romano de nascença (Ac 16,21 Ac 16, Ac 22,25-29 Ph 3,5). Perseguiu os discípulos de Jesus, mas depois converteu-se (Ac 9,1-30), tornando-se o apóstolo dos pagãos. Empreendeu três grandes viagens missionárias (Ac 13-14 Ac 15-18 Ac 19-21). A ele são atribuídas catorze epístolas, havendo dúvidas quanto à autoria de algumas, como as epístolas aos Efésios, a Timóteo, a Tito e aos Hebreus (ver as respectivas introduções ). É inegável a influência da doutrina de Paulo nos outros escritos do NT e na vida cristã em geral.

PAZ

3012 O conceito "paz" (xalom em hebraico) é muito rico na Bíblia. Ter paz é ser completo, inteiro; é gozar de prosperidade material e espiritual; é manter boas relações entre pessoas, famílias e povos. Paz é o oposto de tudo quanto perturba a prosperidade e as boas relações. É um dom de Deus, concedido a Israel em virtude da aliança (Nb 25,12 cf. Nb 6,22-26).

Quando Israel é fiel à aliança, goza de paz; quando é infiel, perde a paz, mas pode recuperá-la pela conversão (Lv 26). Em meio a tantas guerras, os profetas anunciam a paz para os tempos messiânicos, paz entre Deus e os homens, e entre os homens e animais (Is 2,2-4 Is 9,5s; Is 11,6-9 Is 60,17s; Os 2,20 Am 9,13s; Za 8,9-13).

Para haver paz é preciso que haja fidelidade à aliança e justiça entre os homens (Ps 72,3-7). Cristo veio a este mundo para trazer a paz (Lc 2,14 Lc 8,48 Mc 5,25-34), e reconciliar os homens com Deus (Jn 14,27 Ph 4,4-9 Ep 2,14-17). Unindo-se a Cristo, o homem participa desta paz (1P 5,14). Por isso o cristão deve não só desejar aos outros esta paz (Lc 10,5), mas promovê-la efetivamente (Mt 5,9).


PECADO

3338 O primeiro conceito de pecado está ligado à violação de um tabu (Jos 7,24-26 Jos 9,20 1S 15,3-32 2S 1,14s; 2S 6,1s).

No AT o pecado está ligado à relação do homem com Deus. O pecado implica em infidelidade à aliança, em traição ao amor de Deus, em separação da comunidade. Para Jesus, pecador é quem não observa a vontade de Deus expressa pela Lei (Mt 9,13 Mt 19,17-29). Jesus denuncia o pecado, mas é amigo dos pecadores (Mt 11,19 Lc 15,1s) e lembra que Deus está pronto a perdoar (Lc 11,4 Lc 15,1-34 Lc 18,13).

O pecado é a tentação do ser humano de dominar a Deus (Gn 3,1-19 Si 3,26-29 Si 10,12s; Jb 21,14-16 Jb 22,17s; 1S 2,1-10).

O pecado é uma desobediência a Deus, um atentado contra o amor de uma pessoa (Dt 11,16 Da 9,5-9 Is 50,1 Os 2,4-9 Jr 3 Ez 16 Jc 4,4-10).

Paulo descreve a origem do pecado, mal que aflige a humanidade toda (Rm 1-5), mas que encontra o remédio na redenção operada por Cristo (Rm 6-8). O pecado para ele é uma escravidão à Lei e ao mundo (Rm 6,6 Rm 7,5-23 Ga 4,3). Mas pela fé em Cristo e pela prática do amor ao próximo o cristão fica livre de todo pecado (Rm 13,8-10 1Co 13,4-7).

Para João, o pecado por excelência é o "príncipe deste mundo" (Jn 3,19-21 Jn 8,44 Jn 16,11).

Do coração procede todo o pecado (Ex 20,17 Jb 31,4-37 Mt 12,33-37 Mt 15,19s).

Cristo veio por causa dos pecadores, não por causa dos justos (Lc 12,1s; Lc 5,32 Lc 19,1-10 Mt 9,1-13).

Pecado original (Gn 3,1-24 Gn 11,1-9 Rm 5,12-21 1Co 15,21s; Rm 3,23).


PEDRO

2746 Recebe um novo nome que significa a sua nova função (Jn 1,41s; Mt 16,17s).

Ocupa o primeiro lugar como rocha da Igreja (Lc 6,14 Lc 8,45 Lc 9,32s; Lc 12,41 Mt 16,13-20 Jn 21,15-17). É a primeira testemunha da ressurreição (Ac 1,15-20).

Pedro faz-se missionário (Ac 8,14-25 Ac 9,32-10,48 Ga 2,8).

Os milagres proclamam a sua ação messiânica (Ac 3,1-8 Ac 9,31-43).

Predição, pecado e arrependimento de Pedro (Mt 26,30-35 Jn 13,36-38 Jn 18,15-27 Mt 26,69-75 Lc 22,54-61).

PEITORAL

540 Peça do ornamento do Sumo Sacerdote, vestida sobre o efod. Ver Ex 28,15-30 e nota.


PENITÊNCIA

834
É metanóia -conversão -mudança de vida (2S 12,14-23 Is 1,16-19 Jl 2,12-19 Ez 18,30s; Ez 33,10s; Lc 13,4s; Lc 24,46s; Mt 3,2 Mt 3,8 Mt 11,21s; Lc 13,3 Ap 2,5 Ac 3,19 Ep 4,20-24 1Jn 1,8-10).

A penitência deve ser interior (Is 58,5-7 Jr 4,4 Jr 9,24s; Rm 2,29 Col 2,11 Ga 5,6 Ga 6,15), mas manifesta-se também em ritos exteriores (Lv 4-5 Lv 16,1-19 Nb 29,7-11 Lc 5,8 Lc 18,9).

É uma virtude: Dt 4,9 Jb 42,6 Ps 51,10 Si 2,18 1Co 11,31 Col 3,9.

O Batismo - sacramento da penitência ou da conversão: Batismo de João (Mt 3,6 Mc 1,4s; Lc 3,3-14). Batismo cristão (Ac 2,38 Ac 3,19 Ac 5,31 Ac 11,18 Ac 17,30 Ac 22,16 Ac 26,20).


PENSAMENTOS

1194 Podem ser pecaminosos (Pr 6,18 Sg 1,3 Za 8,17 Mt 15,19 He 4,12). É preciso evitá-los (Ps 1,2 Ps 39,4 Ps 85,9 Ps 119,92 Ps 119,97 Rm 1,19s).

PENTATEUCO

O termo vem do grego e significa "cinco rolos", isto é, os cinco primeiros livros da Bíblia, chamados também "Lei de Moisés" (2Ch 23,18) ou "Lei" (Ne 8,2). Os samaritanos reconhecem apenas o Pentateuco como canônico. Ver Introdução geral .

PENTECOSTES

1257 Ver "Festa".


PERDÃO

1314 O poder de perdoar é um poder messiânico, pertence ao "Messias-Juiz" (Is 33,24 Jr 31,34 Jr 33,8 Ez 16,63 Ez 36,25-33). Está ligado ao dom do Espírito (Ez 36,27 Is 11,1-3 Jn 20,19-23). É um poder do Filho do homem (Mt 9,3-7 Lc 7,48s; cf. s).

O perdão de Deus está subordinado à fé do pecador arrependido (Mt 9,1-8 Lc 5,17-26 Lc 7,48-50 Ac 10,42s; Ac 13,38 Ac 26,18). Esta fé pode ser também a de uma comunidade (Mc 2,2-5).

O poder de perdoar dos ministros da Igreja (Mt 9,8 Mt 16,19 Mt 18,28 Jn 20,19-23).

Os cristãos devem ser portadores do perdão de Deus (Mt 5,23-26 Mt 6,12-15 Mt 18,21-25 Lc 11,4 Lc 17,3s; 2Co 2,5-11). Devem perdoar até aos inimigos (Si 28,1-7 Mt 5,44s; Mt 6,12 Mt 18,21s. Mt 35 Lc 6,36 Lc 17,3 Rm 12,17-19 Ep 4,32 1Th 5,15 1P 3,9 1Jn 2,11).


PEREGRINAÇÃO

1271 O Êxodo é uma peregrinação para a Terra Prometida, para o país da liberdade. As peregrinações a Jerusalém situam-se neste movimento (Ps 48 Ps 84 Ps 121-122 Dt 16,16s; Lc 2,41). Também o regresso do Exílio é previsto como uma peregrinação processional (Is 35,6-10 Is 60 Jr 31,12-14 Ne 12,31-40).

A entrada dos pagãos na Igreja é descrita como uma peregrinação-procissão (cf. Is 60 Mt 2,1-12).

A procissão da Arca da Aliança (1R 8,1-4 Ps 131 2Ch 5,2-5) renova-se com a subida de Cristo a Jerusalém (Lc 2,22-51 Lc 19,28-38).

Lc apresenta o ministério de Cristo como uma subida a Jerusalém (Lc 9,51-53 Lc 13,22 Lc 13,33 Lc 17,11 Lc 18,31).

E a missão dos apóstolos é descrita como uma peregrinação da Palavra, de Jerusalém a Roma (Ac 1,8 Ac 8,1 Ac 10,1-48 Ac 11,19-21 Ac 13,1-51 Ac 27,1s; Ac 28,30-31).

Também João constrói o seu Evangelho sobre as "subidas"de Cristo a Sião (Jn 2,13 Jn 5,1 Jn 7,1-10 Jn 10,22s; Jn 12,12). Mas, na sua última peregrinação Cristo deixa a cidade, caminhando para a Cruz (Jn 19,16s).

A meta da nossa peregrinação é a Jerusalém celeste, onde Cristo está ressuscitado (Ap 7,1-11 1P 2,11s; He 11,8-16). Por isso, Cristo e o cristianismo são "caminho" (Jn 14,4-6 Ac 9,2 Ac 19,9 Ac 19,23 Ac 22,4 Ac 24,22).


PERFEIÇÃO

2728 No AT: Gn 17,1 Lv 11,44 Lv 19,2 Lv 20,7 Lv 20,26 Nb 15,40 Dt 7,6 Dt 18,13 Jos 24,14.

A perfeição dos escribas e fariseus estava no cumprimento da Lei (Ps 119 Jb 1,1 Lc 1,6 Lc 18,9-14 Jn 5,44 Rm 10,3s; Ga 3,10s).

A perfeição cristã está no amor que é Deus em Cristo (Mt 5,48 Lc 6,36 Col 3,14 1Co 11,1 Ph 2,5-8 1Th 4,1-4 1P 2,21-25 1P 3,18 1Jn 3,24).


PERGAMINHO

Pele de cabra, ovelha ou de outro animal, que é raspada e polida para servir de material de escrita. O método de preparar o pergaminho foi inventado e aperfeiçoado na Ásia Menor, graças a um boicote. O rei de Pérgamon (hoje Bérgama, na Turquia), Ecumênio II (197-159 aC), queria fazer da biblioteca real de 200.000 manuscritos a maior biblioteca do mundo. Diante destes esforços, o rei do Egito boicotou a exportação de papiro, para salvaguardar a primazia cultural de Alexandria. O novo material de escrita inventado em Pérgamon foi chamado "pergaminho". Em razão de sua durabilidade difundiu-se no mundo greco-romano. Os mais antigos códices da Bíblia são de pergaminho. Ver "Manuscrito".

PERSEGUIÇÃO

É a sorte dos profetas (1R 19,1-18 Jr 13-18 Is 28,9s; Lc 11,49s; Mt 22,6s; Mt 23,34-39 Ac 7,51s).

3475 Cristo é o Servo de Javé perseguido (Is 53 Ps 69 Mt 2,13-21 Mc 3,6 Mc 3,22 Lc 4,28-30 Jn 11,47-54 Jn 16,1-4 Mc 14,43-15,47; Ac 8,26-35).

A perseguição é um exercício expiatório da Igreja (Ph 3,10 Rm 8,17 1P 4,13); é a glória dos discípulos de Cristo (Mt 5,10-12 Mt 10,17-22 Rm 8,35 1Co 4,12 2Co 4,9 2Co 12,10 2Tm 3,12).


PERSEVERANÇA

A perseverança bíblica é a confiança em Deus e resistência ao mal (Ps 25,2 Si 22,18 Tg 5,10s).

2008 O justo persevera, esperando a intervenção de Deus (Jb 6,8-13 Jn 15,31 Mt 24,13 Mc 13,13).

Perseverança nas boas obras (2Ch 15,7 Si 2,16 Si 5,11s; Ez 33,18 1Co 15,58 2Th 2,2 2Th 3,13 Jc 1,8).

Perseverança na fé (Ac 14,21s; 1Co 16,13 Ep 4,14 1Tm 1,19 He 10,38).

Perseverança na vocação (Pr 27,8 Si 11,23s; 1Co 7,20 He 3,14 He 10,23).

Perseverança na graça especial (1Co 1,8 Ep 6,10 1Th 5,24).

Prêmio da perseverança (Mt 10,22 Rm 2,6s; 1Tm 3,16 Ap 2,10 Ap 3,21).


PLENITUDE

1124 A vinda de Cristo constitui a plenitude dos tempos (Ga 4,4 Ep 1,10).

Pela sua ressurreição, Cristo torna-se Cabeça da Igreja e do Universo (Col 1,15-19 Col 2,9-15 1Co 15,20s; Ep 5,25 Col 2,9 Jn 1,14).

A Igreja é a plenitude de Cristo (Ep 1,22s; 1Co 12,6 1Co 15,28 Col 3,11).

1123 Os carismas, a fé e a caridade tornam os cristãos participantes da plenitude de Cristo (Ep 4,11-13 Ep 1,17-19 Ep 3,17-19 Ep 4,10-13).

A caridade é a plenitude de todas as virtudes (Rm 13,8-10 Ep 1,10 Col 3,14).


POBRE

2785 "Pobre" na Bíblia traduz o termo grego ptochós que, por sua vez, é a tradução de vários termos hebraicos com conotações diferentes. Pobre pode significar alguém que é dependente, está a serviço, perdeu a propriedade fundiária por causa da injustiça e opressão; é também o fraco, sem peso social, o mendigo, o sem-teto, o indigente. O orante, nos salmos de lamentação individual (veja Introdução ao Livro dos Salmos), apresenta-se como "pobre e miserável", isto é, injustiçado por sua fidelidade a Deus e totalmente dependente de Deus, a quem implora auxílio.

Em Israel a propriedade tinha um fim eminentemente social. Por isso, a pobreza prolongada é vista como fruto da injustiça, uma desobediência a Deus que leva à falência da sociedade. O único proprietário da terra é Deus. Por isso o latifúndio de alguns, à custa da miséria de outros, é intolerável.

Para combater a pobreza e a ganância, criaram-se leis sociais humanitárias:

1. a libertação, no sétimo ano, dos israelitas que caíram em servidão por causa de dívidas (
Ex 21,2);
2. no sétimo ano a terra não era cultivada pelos donos e as colheitas pertenciam aos pobres (Ex 23,10s);
3. proibia-se a opressão e exploração dos pobres (Ex 22,22-26);
4. condenava-se a manipulação da lei em prejuízo dos pobres (Ex 23,6-9).
O próprio Deus se apresenta como defensor dos pobres e oprimidos, ele que libertou Israel da opressão do Egito (Ex 22,21s; Ex 23,9).

Os profetas Amós (Am 2,7 Am 4,1 Am 5,11 Am 8,4), Isaías (Is 3,14s; Is 5,8s; Is 10,2) e Miquéias (Mi 2,2 Mi 3,2-4) denunciaram a opressão dos pobres e miseráveis, pecado que levou à ruína do reino de Judá (Ez 22,29).

No NT a mensagem de Jesus se dirige especialmente aos pobres (Mt 11,5 Lc 4,18). Chama-os de "bem-aventurados" (Mt 5,3 Lc 6,20), mas critica os ricos satisfeitos com sua riqueza (Lc 6,24-26 cf. Jc 2,2-7). Dos ricos exige desapego dos bens e o uso social dos mesmos (Mc 10,17-27 cf. Lc 19,8). No juízo final o cristão será julgado pela maneira como tratou os pobres e necessitados (Mt 25,31-46 Jc 2,13). Ver "Ano Jubilar".


POBREZA EVANGÉLICA

2797 Natureza: Mt 10,9 1Co 7,29-31; Ph 3,8 1Tm 6,7s; vantagens: Qo 5,14 Si 20,21 Mt 19,21-24 Lc 6,20 Lc 14,33 Lc 18,28-30 1Co 9,25; exemplos: Lc 5,11 Ac 2,44s; Ac 4,32-35 2Co 6,10.

PÔNCIO PILATOS

2763
Foi governador (procurador) romano da Judéia do ano 26 a 36 dC. Pelo fato de ter usado do dinheiro do templo para construir um aqueduto (adutora), e pela violência com que reprimiu os samaritanos, acabou sendo deposto. Nos Evangelhos é conhecido como juiz no processo de Jesus (Mt 27 Jn 18-19 Ac 3,13 1Tm 6,13).

PORTA

1391 As cidades mais importantes eram cercadas por muralhas. A saída e a entrada da cidade eram controladas por uma ou mais portas. A porta, além de significar segurança (Ps 87,2), tornou-se também um lugar público onde se faziam negócios, decidiam-se questões judiciais (Rt 4). Em sentido simbólico, Jesus comparou-se à porta, pois somente por ele temos acesso às realidades celestes e recebemos os dons divinos (Jn 10,7).


POSTES SAGRADOS

3948 Chamados também "estacas sagradas"ou "estacas da idolatria", são símbolos de Asera, deusa fenícia da vegetação, considerada como companheira do deus da fertilidade, Baal. Em geral o seu símbolo é uma árvore verde. Na falta desta, podia ser uma estaca ou poste de madeira.

POTESTADES

717 Ver "Dominações".


Dicionário Bíblico 1546