Dicionário Bíblico 1126

FIM DO MUNDO

1126 Ver "Parusia".

FINÉIAS

2760 Sacerdote da família de Aarão. Por ter-se mostrado zeloso pela pureza religiosa e racial de Israel nos campos de Moab (cf. Nb 25,8 e nota), recebeu a garantia de um sacerdócio permanente para seus descendentes.


FIRMAMENTO

O céu era imaginado como uma abóbada consistente, na qual Deus pendurou as luminárias (sol, lua e estrelas: Gn 1,14-18). Ver "Céu".

FOGO

1282 O fogo é símbolo da majestade e da força divina (Dt 4,24 Is 33,14 So 1,18). Deus apareceu a Moisés na sarça ardente (Ex 3,2), manifestou-se como fogo no Sinai (19,18). O fogo purifica e limpa o impuro (Lv 1,9 Lv 10,2 Nb 11,1-3 Is 1,25 Is 6,7 Mt 7,19 Mt 13,40-42 Jn 15,6). Por isso a ira divina é representada pelo fogo que pune os maus (Gn 19,24s; Ps 50,3 Mc 9,49). Jesus compara a punição definitiva dos maus com o fogo que não se apaga (Mt 18,8 Mt 25,41); mas também a virtude renovadora do Espírito Santo é um "batismo de fogo" (Mt 3,11 Ac 2,3).

FORNICAÇÃO

665 Ver "Adultério". 55 1662


FORTALEZA

1318 A nossa força vem de Deus (Dt 8,17 Dt 32,27 Jr 9,22 1S 14,6 Ez 30,6 Lv 26,19 Am 6,13 Jg 7,2s; Rm 8,31 1Co 16,13 Ep 6,10 Ph 4,13 1Jn 2,14).

368 Só ele é onipotente. Manifestou o seu poder na criação e na libertação do Egito (Ps 74,13-14 Jb 25,1-6 Jb 26,5-14 Jr 27,5 Ps 106,7-12 Ex 15).

No combate escatológico, Deus manifesta a sua força (He 3 Ap 20,9-13 Is 51,9-11 Jr 50,33s). Manifesta-se ao realizar a obra da salvação, ressuscitando a Cristo (Lc 1,37 Mt 19,26 Ep 3,20-22 Ac 5,29-31).

Cristo recebeu plenos poderes (Mt 28,18). Os apóstolos devem também ser revestidos da força do Alto (Ac 1,8 Lc 24,49).

FRUTOS

1337 Ver "Boas Obras".



GALAAD

1417 Originariamente era o nome de uma montanha ao sul do rio Jaboc, na Transjordânia (Gn 31,47s). Depois passou a indicar a região ao norte e ao sul do Jaboc, inclusive a de Mádaba (cf. Nb 32,1 e nota). Outras vezes pode ser o nome do filho de Maquir ou até de uma tribo (cf. Jg 11,1 e nota).


GALÁCIA

1382 Região do planalto central da Ásia Menor, onde se fixaram os celtas, que ali chegaram no séc. III aC. Paulo visitou esta região durante sua segunda viagem missionária (Ac 16,6). Mais tarde escreveu uma epístola à nova comunidade cristã dos gálatas. Ver a Introdução da epístola aos Gálatas.


GALILÉIA

1384 Região norte da Palestina, que formava junto com a Peréia o território administrado por Herodes (4 dC). A população era formada sobretudo de judeus. Mas pela sua mistura com pagãos e dialeto próprio (Mt 26,73) os galileus eram desprezados pelos judeus como ignorantes e violadores da Lei (Jn 7,41 Mc 14,70). Cidades da Galiléia, como Nazaré, Caná, Cafarnaum, Betsaida e Tiberíades, além do lago da Galiléia, são o cenário mais familiar da vida pública de Jesus.

GAMALIEL

1388 Famoso escriba e fariseu, neto de Hillel, que foi mestre de Paulo (Ac 22,3). Como membro do Sinédrio conseguiu a liberdade dos apóstolos presos (5,34-39).

GEENA

1374 Forma grega do nome geográfico hebraico "vale do Enom", lugar situado aos pés de Jerusalém, onde se sacrificavam crianças em homenagem a Moloc (2R 16,3 2R 21,6 Jr 32,35). Como punição pela idolatria, Jeremias anunciou que o vale seria um lugar amaldiçoado (Jr 7,30-8,3). O vale tornou-se um símbolo da punição escatológica (Is 66,22-24). Mais tarde tornou-se depósito de lixo de Jerusalém. No NT a geena é o símbolo da condenação eterna dos pecadores (Mt 5,29 Mc 9,43 e nota). Ver "Inferno".


GENTIO

4038 Termo judaico e cristão para indicar aqueles que professam religiões não-monoteístas, isto é, pagãos. A qualificação "gentio"distingue o "povo eleito"dos demais povos.

Esta separação dos judeus, que se consideram eleitos, dos demais povos constituiu um problema sério para a admissão dos pagãos na Igreja. Muitos queriam que eles se submetessem à Lei mosaica (s;
Ac 10,1s; Ac 21,17-21). Paulo, que se gloria de ter sido chamado por Deus para pregar o Evangelho diretamente aos pagãos, reflete longamente sobre a eleição dos gentios (Ga 1,15-16 Rm 9,24-26 Rm 10,19-21 Rm 15,7-13 1Co 1,26-31); por isso é chamado "apóstolo dos gentios" (pagãos).

Certos textos dos evangelhos refletem os problemas entre os cristãos de origem judia e os de origem pagã (Mt 1,1-16 Mt 8,5-13 Mt 11,20-24 Mt 21,28-43 Mt 2,1-12).


GION

Fonte aos pés da colina sobre a qual estava construída Jerusalém, no vale do Cedron, hoje chamada pelos cristãos "fonte de Maria". A fonte já dispunha no tempo dos jebuseus de um sistema de captação, permitindo que por meio de um túnel e um poço a água fosse captada sem precisar sair das muralhas. O rei Ezequias mandou construir um túnel de 550 m sob a colina de Ofel (Is 22,9-11 2R 20,20 e nota) a fim de conduzir a água da fonte para o interior das muralhas, até a parte baixa da cidade, onde construiu a "piscina de Siloé". Na descrição de Ezequiel a fonte que nasce aos pés do futuro templo torna-se o símbolo da renovação escatológica de Israel (Ez 47,1-12 Za 14,8).

GLÓRIA

1426 Em hebraico (kabod ), o termo significa aquilo que dá peso, torna importante e confere estima, como a riqueza, o esplendor e o poder. Muitas vezes significa a manifestação radiante da grandeza divina (Ex 24,15s; Ex 29,43 Ez 1,28 Ez 9,3). A glória de Deus enche o tabernáculo ou o templo (Ex 40,35 1R 8,11), manifesta seu poder e sua santidade nas obras da criação (Ps 19,2), nos prodígios em favor de seu povo (Nb 14,22 Is 40,5). Jesus possuía esta glória (Jn 1,14), que se manifesta nos milagres, no monte Tabor (Mt 17,2-8 2Co 3,7s; Jn 2,11) e na paixão (Jn 17,1 Jn 12,23 Jn 13,31-32). O cristão, pela esperança (Ph 3,21), dela participa já neste mundo.

GLOSA

Diz-se de um texto, em geral de poucas palavras, que não pertence à obra original do autor mas foi acrescentado por outros (glosadores). A finalidade de uma glosa é explicar o texto existente. Inicialmente as glosas eram escritas à margem do texto. Mais tarde os copistas as introduziram no próprio texto. As modernas edições críticas dos textos originais, que são a base para as traduções vernáculas modernas, procuram eliminar tais glosas.


GÓLGOTA

1434 O termo aramaico significa "lugar do crânio"ou da caveira (em latim Calvaria, donde "Calvário"); é o lugar onde Jesus foi crucificado (Mt 27,33 Jn 19,17). Era uma pequena colina, fora dos muros de Jerusalém, onde os condenados eram executados.

GOMORRA

Cidade ao sul do mar Morto, destruída por Deus por causa da perversidade de seus habitantes (Gn 19). Sua ruína, hoje encoberta pelas águas do mar Morto, é o símbolo do juízo implacável de Deus (Is 1,9).

GOVERNADOR

2763 Título dado no NT aos mais altos magistrados nos territórios ocupados pelos romanos. São chamados também "procuradores" e administravam, em nome do imperador, territórios que apresentavam dificuldades especiais. A Judéia foi administrada por tais governadores do ano 6 a 36 dC e de 44 a 66 dC; os mais conhecidos são Pôncio Pilatos, Félix e Festo.

GRAÇA

4030 Pode significar favor, benevolência, benefício. É a amizade de um poderoso. O rei concede graça (Gn 30,27 1S 16,22 2S 14,22). Graça e também beleza e encanto. Esta noção implica sempre uma nota de amor (Rt 2,10-13 Est 2,17 Ct 5,10-16 Lc 1,28-30).

Muitas vezes é a fidelidade de Deus, que perdoa e ama (Ps 51,3 Ps 40,12 Is 63,7); o justo encontra graça aos olhos de Deus (Gn 6,8 Gn 18,3 Nb 11,11 Nb 11,15). A graça e a unção repousam sobre o Messias (Jn 1,14 Lc 2,40 Lc 2,52 Lc 3,22 Ps 45,3).

Graça é igual a tempo de graça, tempo de salvação, tempo messiânico (Jn 1,16-17 Rm 5,12-17 Rm 6,14s; Rm 3,23s; Ac 15,11 He 13,9 Tt 2,11s). Juntamente com a paz, a graça é um bem messiânico (Rm 1,7 1Co 1,3 2Co 1,2 1P 1,2 Col 4,18 He 13,25 Ap 1,4 Ap 22,21).

São chamados "graça" os dons do Espírito Santo (Rm 5,15s; 1Co 7,7), especialmente a salvação e a justificação (Rm 5,2 Ep 2,5). A graça supõe também a nossa cooperação (Mt 25,27s; 1Co 15,10 2Co 6,1 1Tm 4,14 He 13,9).

Maria está repleta de benevolência divina (Lc 1,28 cf. Rt 2,2 Rt 2,10 Rt 2,13 Est 2,9 Est 2,15 Est 2,17).

GRATIDÃO

1450 Para com Deus (Dt 8,7-14 Ps 107,1 Ps 116,12 Si 32,13 Ep 5,20 Col 3,15 1Th 5,18); para com o próximo (Pr 17,13 Si 29,15 1Tm 2,1s; 1Tm 5,4).


GREGO

1464 Pessoa que pela educação se apropriou da língua e cultura dos gregos, independentemente de sua nacionalidade; todos os demais são bárbaros (Jn 19,20 Ac 19,11 Rm 1,14). Havia gregos simpatizantes com a religião judaica (Jn 12,20 Ac 14,1). Paulo prega o Evangelho tanto a gregos como a judeus (Ac 17,4 Ac 18,4 Rm 2,9s; Rm 3,9), pois segundo o seu Evangelho foi abolida a distinção entre judeu e grego (Ga 3,28 Col 3,11). Ver "Pagão".

GUILGAL

Lugar a leste de Jericó, onde foi erguido um monumento de pedra comemorando a passagem dos israelitas pelo rio Jordão (Jos 4,20). Guilgal tornou-se um santuário e serviu como base para a conquista da Palestina (Jg 2,1 1S 10,8 1S 13,8-15). Mas os profetas o rejeitaram por se ter tornado um centro de idolatria (Am 4,4 Os 4,15 Mi 6,5). Havia outra Guilgal, nas montanhas de Efraim, perto de Betel (Dt 11,30 2R 2,1).






HADES

1375 Nome grego para a morada ou região dos mortos, que corresponde ao hebraico Xeol (abismo, ou infernos). O Hades é o lugar onde estão reunidos todos os mortos, com repartições para bons e maus (Mt 12,40 Ac 2,27 Ap 6,9). O Hades terá fim com a ressurreição dos mortos (Ap 20,14s): os bons irão para junto de Deus e os maus para a geena, ou sofrimento eterno (Mt 25,46 Ap 19,20). Ver Sg 16,13 Ba 2,17 e notas.

HASMONEUS

Nome dado à família e à dinastia dos Macabeus (167-63 aC). A origem deste nome é discutida: pode vir do apelido dado por Flávio Josefo ao avô de Matatias, ou do nome de um de seus filhos, Simão.

HEBRON

Antiga cidade de Judá, ao sul de Jerusalém (cf. 2S 2,1 e nota). Fundada sete anos antes de Tânis, teria sido habitada pelos gigantes enaquitas (Nb 13,22 Jos 11,21-23 e notas). Abraão comprou ali um campo com uma gruta, que se tornou o túmulo dos patriarcas (Gn 23 Gn 25,7-11 Gn 35,27s). Em Hebron estava o santuário patriarcal de Mambré (13,18). Mais tarde Hebron tornou-se cidade de refúgio (Jos 20,7); Davi reinou ali durante sete anos, antes de se apoderar de Jerusalém (2S 5,4-9).

HERANÇA

1751 No sentido em que nós entendemos a palavra, o israelita herdava a propriedade de seu pai (Lv 25,46). Mas a palavra hebraica "herdar" (nahal ) tem um sentido mais amplo que em português. Israel recebe como herança Canaã, que é propriedade do Senhor (Jos 22,19), prometida aos patriarcas (Gn 12,7). Canaã e o povo de Israel são herança de Deus, sem que ele os tenha recebido de outrem (Ex 15,17 Dt 9,26-29). O sacerdócio é a herança da tribo de Levi (Jos 18,7). Quanto à legislação sobre a herança, que passa de pais a filhos, ver Nb 27,1-19 e Dt 21,15-17.

No NT, além de seu sentido comum, o termo "herança"assume um novo significado, porque a relação entre Deus e os homens é vista como a existente entre pai e filho. Cristo é o herdeiro de Deus (He 1,2) e os cristãos, como filhos de Deus, são "co-herdeiros de Cristo" (Rm 8,17 Ga 3,29). Este direito de herdar, recebido no batismo (1P 1,3-5), é garantido pelo Espírito Santo (Tt 3,5-7).

HERESIA

1577 No AT existiam falsos profetas (1R 18,19-40 Jr 23,13 1R 22,1-22). Eram os que recomendavam meios humanos e estavam dominados por vícios; eram "cães mudos"perante as injustiças (Is 28,7-22 Jr 14,13-16 Jr 23,9-40 Mi 3,5-11 So 3,4 Is 56,10).

No NT aparecem também irmãos que se separam da comunidade levados por doutrinas estranhas a ela (1Jn 2,19 2Co 11,1-15 Ap 2,20-23).

Deus permite o aparecimento de hereges para a provação dos fiéis (Mt 24,5 Jn 5,43 2Tm 2,16-18), que os devem evitar (Dt 13,2-6 Jr 23,16 Mt 7,15s; Rm 16,17 2Th 3,14s; 2Tm 3,5 Tt 3,10s; 2Jn 1,10-11).

HERMON

2434 Montanha de 2.814 m de altura, coberta de neves perpétuas, que forma a parte norte da Palestina. Nela se venerava o deus Hermon (Baal-Hermon).

HERODES

1578
No NT vários personagens levam este nome: Herodes o Grande (73-4 aC), filho do idumeu Antípatro e de Kypros, filha de um rei árabe; foi nomeado rei da Judéia pelos romanos no ano 40 aC. Foi um grande construtor: construiu as cidades helenísticas de Sebaste (antiga Samaria), Cesaréia Marítima, Antipátrida e reconstruiu o Templo. Foi um eficiente administrador, mas muito cruel; por isso, e por ser amigo dos romanos e idumeu, era odiado pelos judeus. Segundo Mt 2,16-18, massacrou os meninos de Belém. Ao morrer, dividiu seu reino entre três de seus filhos: Arquelau, Antipas e Filipe, chamados também Herodes. Ver "Agripa".

HERODÍADES

1582 Filha de Aristóbulo e Berenice, casada com Herodes Filipe, uniu-se ilicitamente com Herodes Antipas. João Batista denunciou esta união e acabou sendo decapitado por causa do ódio de Herodíades (Mt 14,1-12).


HERODIANOS

3173 Gente da corte de Herodes Antipas, adversários de Jesus, ao lado dos fariseus (Mc 3,6 Mc 12,13).

HIPOCRISIA

2994 É o esforço por aparecer como bom, sem o ser verdadeiramente (Mt 6,2-5 Mt 6,16 Mt 22,18 Mt 23,13-15 Mt 23,23-29 1P 2,1).

Paulo censura Pedro pela sua duplicidade de comportamento (Ga 2,13-16).

Jesus chama "hipócrita"ao povo que não conhece os sinais dos tempos (Lc 12,56 Lc 13,15s). O mesmo chama aos fariseus que davam mais importância às tradições humanas que à vontade divina (Mt 15,2-7).


HITITAS (HETEUS)

1594 População não-semita em Canaã (Gn 23,3 Ez 16,3), cuja relação com os hititas da Ásia Menor é obscura. Podem ter emigrado para Canaã, provenientes de alguma parte do império hitita, que conheceu dois períodos de expansão: entre 1750 e 1590 aC e entre 1450 e 1200 aC.

HOLOCAUSTO

122 É o sacrifício no qual, excetuando a pele (Lv 7,8), a vítima era inteiramente queimada ao fogo, para a glória de Deus, senhor da vida (Ex 29,15-28 Lv 1,3-17 1S 10,8 e nota). No templo oferecia-se diariamente um holocausto pela manhã e outro pela tarde (Ez 46,13-15 Da 8,11 Da 11,31). Havia também holocaustos oferecidos por particulares: pela purificação da mulher após o parto (Lv 12,6-8), do leproso curado (Lv 14,10-13) e do nazireu (Nb 6,10-12).

HOMICÍDIO

2449 É crime proibido (Gn 4,1-14 Gn 9,6 Ex 20,13 Ex 21,12-14 Dt 32,39 Mt 5,21-26 Ap 21,8). Mas há a legítima defesa (Ex 22,2 Dt 19,11s; Jos 10,16-26 1S 15,2s; 1R 20,42 Rm 13,3s).

No NT Jesus aponta para uma perfeição maior: evitar as mínimas ofensas que podem ser um primeiro passo para levar ao homicídio (cf. Mt 5,22 e nota). O simples ódio ao irmão já é homicídio (1Jn 3,15).

HONRAR

3971 A Deus (Jos 7,19 1S 2,30 Ml 1,6 Jn 5,22s; Ac 12,23 1Co 10,31); a autoridade civil (1S 10,24 Rm 13,7 1Tm 6,1 1P 2,17); a autoridade eclesiástica (Si 7,31 Lc 10,16 Rm 13,4s; 1Tm 5,17-19); os pais (Ex 20,12 Ex 21,17 Dt 5,16 Dt 27,16 Si 7,27s; Mt 15,4).

HOREB

2436 O monte onde Deus apareceu a Moisés na sarça (Ex 3,1-6), concluiu a aliança com Israel e lhe deu a Lei, é chamado Horeb pelas tradições eloísta e deuteronomista; mas as tradições javista e sacerdotal lhe dão o nome de Sinai. Sobre as tradições ver Introdução ao Pentateuco .

HOSANA

1703 Grito de alegria para saudar a Deus ou ao rei, que significa "salva, ajuda, por favor". Era usado nas festas (Ps 118,25s), como Páscoa e Tabernáculos. Jesus foi saudado com esta aclamação ao entrar triunfalmente em Jerusalém (Mt 21,9 Mt 21,15).


HOSPITALIDADE

3398 Virtude importante no mundo nômade (Gn 18,1-8 Gn 19,1-8 Jg 19,16-24 Nb 35,9-34), um verdadeiro mandamento (Dt 10,18s; Is 58,7 Mt 10,40-42), gesto de caridade cristã (Rm 12,13 1Tm 3,2 Tt 1,8 He 13,2 1P 4,9 3Jn 1,5-8).

Havia ritos de acolhida, com oferta de pão e vinho (Gn 14,18-24), ação de lavar os pés (Lc 7,36-46 Jn 13,1-15 1Tm 5,10).

Acolher o pobre e o pequenino, os apóstolos e a Palavra, é acolher a Cristo (Mt 25,35 Lc 9,1-6 Lc 9,46-48 Ga 4,14 1Th 1,6).

Cristo experimentou a hospitalidade humana: em casa de Simão Pedro (Lc 4,38), em Caná (Jn 2,2), em casa de Zaqueu (Lc 19,1-10), em casa de Lázaro, Marta e Maria (Jn 12,2-3 Mt 21,17), em casa de Simão (Mt 26,6-7), em casa dos discípulos de Emaús (Lc 24,29-30). Foi também rejeitado pelo seu povo (Jn 1,11), pelos habitantes de Belém (Lc 2,7), pelos seus conterrâneos (Lc 4,16-29 Mt 13,57s) e pelos samaritanos (Lc 9,53-56).


HUMILDADE

1714 Não se identifica com a falta de caráter. Consiste em ter consciência das próprias limitações, não apropriar-se dos dons, valores, qualidades, reconhecendo que tudo se recebeu de Deus para o serviço de todos os irmãos (Jn 1,16 Lc 18,9-14 Mt 10,8 1Co 4,7 Jn 3,27 Jc 1,17 1Co 12,25-27).

O orgulho é o vício oposto à humildade. É o pecado do ser humano (Gn 2,17 Gn 3,3-6). É o pecado capital dos pagãos (Is 10,13s; Gn 11,4-8 So 2,15).

Antíoco Epífanes encarna o orgulho dos poderosos (1M 2,49 1M 1,54-61). É o Anticristo (Da 9,27 Da 11,31 Da 8,11 2Th 2,4 1Jn 2,18 Ap 12,3s; Ap 13,1-8).

Deus exalta os humildes e rejeita os soberbos (Lc 1,52s; Pr 29,23 2S 22,28 Mt 23,12 Jc 4,6).

A humildade é condição indispensável para receber o Reino de Deus (Mt 18,1-5 Mt 19,13s; Mt 5,5 Ps 37,8-18) e para entender os mistérios do Reino (Mt 11,25 1Co 1,26-31).

Cristo, sendo Senhor, fez-se servo para curar o orgulho dos homens (Ph 2,5-11 Mt 20,28 Jn 13,12-16 2Co 8,9). Ele é manso e humilde de coração (Mt 11,29). Veja "Cristo, o Servo de Javé".



IDOLATRIA

3928 Só o Senhor Deus de Israel deve ser cultuado. Todo outro culto é proibido e constitui idolatria (Ex 20,3-6 Dt 5,7-10). Israel acreditou na existência de outros deuses (Jg 11,23s) e se deixou seduzir pelo culto a deuses cananeus, assírios e babilônios (Nb 25,3 Jg 2,12 1R 14,22-24 2R 21,2-15). Os deuses e suas imagens (cf. Dt 4,15-24 e nota) são invenção dos homens (Ba 6 Rm 1,23) e um grave pecado (Ps 96,5 Sg 13,1-5 Rm 1,23-25 1Co 5,10s). Também a cobiça de riquezas é idolatria (Col 3,5 Ep 5,5). Ver "Culto" e "Prostituição".

IDUMÉIA

Nome greco-romano de Edom. O território, porém, só abrange a parte ocidental do antigo Edom (a oriental pertencia aos nabateus) e o sul da Judéia, até Hebron. Pertencia à tetrarquia de Arquelau e depois foi administrada pelos governadores romanos. Ver mapa do NT.

IMAGEM

4044 Cristo é a imagem visível do Deus invisível (Gn 1,26s; 1Co 11,7 Sg 7,6 2Co 4,1-6 Col 1,15). O cristão é imagem de Deus (2Co 3,18 Col 3,1-11 Rm 8,29 1Co 15,49). O homem e a mulher são imagem de Deus (Gn 1,26s; Gn 9,6 Gn 5,1 1Co 11,7 Jc 3,9).

No AT é proibido fabricar imagens de Deus (Dt 4,9-28 Dt 27,1-5 Ex 20,4). Entretanto, Deus manifesta a sua glória, não através dos bezerros de ouro (Ex 32 1R 12,26-33), nem de outras imagens fabricadas pelos homens, mas através da criação (Os 8,5s; Sg 13 Rm 1,19-23).


IMITAÇÃO DE CRISTO

4045 O cristão deve assemelhar-se a ele (Mt 10,38 Mt 11,29 Mt 16,24 Jn 8,12 Jn 12,26 Jn 13,14-16 Ph 2,5 1P 4,1 1Jn 2,6 1Jn 3,16), a exemplo de Paulo (1Co 4,16 1Co 10,33 1Co 11,1 Ga 2,19s; Ph 3,10s), na esperança da recompensa (Mt 10,22 Jn 12,26 Rm 8,17 2Tm 2,11s).

IMPOSIÇÃO DAS MÃOS

1489 Na Bíblia, a mão significa poder (Ex 14,31 Ps 19,2 1R 18,46 Ez 3,14 Ez 30,21). O gesto de impor as mãos criava uma relação especial entre o sujeito e o objeto da ação, comunicando-lhe algo da força do agente (Lv 9,22 Lc 24,50). É sinal de consagração (Nb 8,10 Dt 34,9), símbolo de identificação com a vítima do sacrifício (Lv 1,4 Lv 3,2 Lv 4,4). Servia assim para transmitir a culpa (Lv 16,21) ou poderes (Nb 27,18-23); era usado para abençoar (Gn 48,14-20), curar doentes (Mt 9,18 Mc 8,23 Lc 4,40 Lc 13,13), abençoar crianças (Mc 10,16).

Como Jesus, os discípulos também impunham as mãos para curar os doentes (Mc 16,18 Ac 9,12 Ac 28,8), comunicar o Espírito Santo (Ac 8,17 Ac 19,6) ou conferir um ministério ou missão (Ac 6,6 Ac 13,3 1Tm 4,14 2Tm 1,6s).


IMPRECAÇÃO (MALDIÇÃO)

476 Fórmula composta de palavras próprias para amaldiçoar. Os primitivos atribuíam a tais fórmulas um efeito mágico: bastava pronunciá-las para se obter o resultado desejado. Israel também conhece fórmulas de bênção ou maldição, mas o efeito é atribuído ao poder de Deus (Gn 12,3). A maldição uma vez pronunciada deve se cumprir (Jos 6,26 1R 16,34 2S 21,3 e nota). Mas Deus pode impedir que uma maldição seja pronunciada e transformá-la em bênção, como no caso de Balaão (Nb 22,12 Dt 23,6).

Em alguns salmos o orante faz imprecações contra os que lhe causam sofrimentos (Ps 109 Ps 129). Tais salmos devem ser entendidos no contexto e mentalidade daquele tempo. Jesus, porém, proíbe amaldiçoar os inimigos ou perseguidores (Lc 9,51-56 Lc 23,34); ao contrário, manda amar os inimigos (Mt 5,44 Rm 12,14) para imitar a perfeição de Deus (Mt 5,45 Mt 5,48).

IMPURO

957 Ver "Puro-Impuro"e as notas de Lv 11,1-47 Lv 12,1-8.


INCREDULIDADE

1219 De Israel (Nb 20,10 Dt 9,12-24 Os 10,2 Os 7,11s; Jr 2,4s).

Incredulidade frente a Jesus (Mt 11,20-24 Mt 23,37s; Mt 8,10 Lc 24,25 Lc 24,37-41 Mt 28,17 Mc 16,11-14).

A causa da incredulidade (Lc 16,27-31 Jn 3,19s; Jn 5,44 Jn 15,22 Ac 13,45s; Rm 10,14 Rm 11,30-33 Ph 3,18s; 1Tm 1,13).

Israel não acredita em Cristo (Mt 21,42 1P 2,4-7 Rm 9,2s; Rm 11,13s; 1Jn 2,22s; 1Jn 5,1-5 1Jn 5,10). Explicação cristã deste fato (Jn 12,37-40 Rm 9,1s; Is 53,1 Is 53,6 Is 53,9 Mc 4,12).

Conseqüências da incredulidade (Mc 16,16 Jn 3,18 Jn 12,48 He 11,6).


INFERNO

1558 O termo latino significa "lugar inferior", "abismo". No AT conhece-se o lugar dos mortos (xeol), uma gruta subterrânea. Para lá vão todos os mortos, bons e maus (Gn 37,25 Dt 32,22 1R 2,6 Jb 10,21s; Ps 9,18 Ps 31,18 Is 38,10 Is 38,18).

Com o progresso da Revelação foi-se esclarecendo o destino dos bons e dos maus: os justos ressuscitarão para a vida (Da 12,2 2M 7,9-23 Sg 5,15s; Sg 6,18); os ímpios sofrerão castigo (Is 50,11 Is 66,24 Sg 4,19) e ressuscitarão para o opróbrio (Da 12,2 Is 50,11 Jdt 16,17).

Na Bíblia aparece também a imagem da Geena, vale de Jerusalém, lugar de culto idolátrico, lixeira da cidade, espécie de boca-do-lixo (Jr 7,30-32 Jr 19,6 Is 30,33 Mc 9,43).

O termo xeol é traduzido na versão grega dos Setenta por Hades (Lc 16,23s; Ap 20,13s).

O Apocalipse fala-nos no "lago de fogo", que é a segunda morte, no qual a morte e o hades serão lançados (Ap 20,6 Ap 20,14 Ap 21,8).

A descida de Cristo aos infernos significa a dimensão cósmica do mistério pascal. O mundo era então imaginado como uma casa com três compartimentos: gruta subterrânea - morada dos mortos: rés-do-chão -morada dos homens; primeiro andar -palácio de Deus. Pela sua sepultura, ressurreição e ascensão Cristo penetrou em cada um destes três lugares (1P 3,18-20 Ep 4,8-10 Ac 2,24-31 Rm 10,6s; 1P 4,5s). Esta "descida" é sinal do triunfo de Cristo sobre a morte (Ap 1,18 Ap 20,1).

Na mentalidade bíblica, as "águas inferiores" (infernais) combateram contra Deus na criação (Jb 26,5-14 Mt 16,18). Por isso, o cristão, ao ser submergido nas águas batismais, ritualiza a sepultura de Cristo, descendo com ele aos infernos (Rm 6,3s; Col 2,12). Ver "Geena", "Abismo", "Xeol".


INIMIGOS

1128 Devemos amá-los (Mt 5,23-48 Lc 6,35 Rm 12,14-21). Cristo e Estêvão perdoaram a quem os matava (Lc 23,34 Ac 7,60). Ver "Amor".

INSPIRAÇÃO

1774 Ver "Bíblia"e "Revelação".

INVEJA

1137 É vício detestável, que torna a pessoa incapaz de se alegrar com um bem que é do outro (Qo 4,4 Sg 2,24s; Mt 20,9-15 Ga 5,26 Ph 1,15 1P 2,1 Ac 5,17 Jc 4,1s). Dá origem a contradições, ultrajes e perseguições (Ac 13,45-50 Ac 17,5); tem como conseqüência a violência (Gn 4,4 Gn 27,41 Gn 37,3-5 Pr 14,30 Mt 27,18 Jc 3,14s).


IRA

3953 A ira do homem pode ser justa e sã (2S 12,5 Ex 16,20 Ex 32,19-22 Nb 31,14 Lv 10,16 Mc 3,5 Ac 17,16). Normalmente é má (Pr 14,17 Pr 29,22 Pr 15,18 Jb 18,4 Mt 5,22 Col 3,8 ).

A ira de Deus é descrita no AT como ardor, fogo, tempestade (Ps 2,12 Ps 83,16 Is 13,13 Is 30,27s; Jr 15,14 Jr 30,23). Fala-se do cálice da ira divina (Is 51,17 Ap 14,10), que Cristo teve de beber.

O dia do Senhor, anunciado para os tempos messiânicos, será um dia de ira (Am 5,18-20 So 1,14-18 Ml 3,2s; Rm 2,5).

Paulo vê a imoralidade dos pagãos como um efeito da ira de Deus (Rm 1,24-28); esta desencadeia-se também sobre Israel (Rm 11,25-32); "todos são por natureza filhos da ira" (Ep 2,3 Rm 3,25s).


IRMÃOS DE JESUS

544 Passagens (Mt 12,47 Mt 13,55 Mc 3,31 Mc 6,3 Lc 8,19 Jn 2,12). São parentes próximos (Gn 11,31 Gn 13,8 Gn 14,14 Gn 16,12 Gn 24,27 Gn 31,23 Rm 9,3 He 7,5). Ver as notas em Gn 29,4.12 e Mt 12,46-50.

ISMAELITAS

1805 Tribo de beduínos, descendentes de Ismael, filho de Abraão, e de sua concubina Agar (Gn 16,15s).

ISRAEL

1807 Nome que Jacó recebeu depois que lutou com Deus (cf. Gn 32,23-33 e nota). O nome passou aos seus descendentes e ao povo eleito.



JAFA (JOPE)

1914 Antigo porto na costa mediterrânea da Palestina (Jn 1,3). Pedro ressuscitou ali Tabita (Ac 9,36-43) e teve uma visão que o levou a batizar a família do pagão Cornélio, em Cesaréia Marítima (Ac 10-11).

JAVÉ

1867 Nome do Deus de Israel, revelado a Moisés (cf. Ex 3,14 e nota), que os judeus evitam pronunciar.

JEJUM

3212 É a abstinência total ou parcial de comida e bebida, e às vezes de relações sexuais. Tinha o caráter de auto-humilhação e acompanhava a oração. Era recomendada em grandes provações (cf. Dt 9,18s; Ne 1,4 Jl 1,13s e nota), depois de um falecimento (2S 3,35) ou para afastar calamidades (cf. Jn 3,8 e nota). A Lei mosaica conhece apenas um dia de jejum oficial: o dia da Expiação (Nb 29,7 Ac 27,9). Após o exílio se introduziram outros dias de jejum, comemorando calamidades nacionais (Za 7,3-19).

Os profetas mostraram a inutilidade da prática do jejum quando não acompanhada da conversão (Is 58,1-5 Jr 14,12). Por isso os fariseus, que jejuavam duas vezes por semana (Mt 9,14 Lc 18,12), foram criticados por Jesus (Mt 6,16-18). Mas Jesus jejuou quarenta dias (Mt 4,2) e incluiu a prática do jejum na vida normal da Igreja (Mc 2,18-20).


JERICÓ

1878 A mais antiga cidade da Palestina, no vale do rio Jordão, 20 km ao norte do mar Morto, que teria sido destruída por Josué (Jos 6,1-10). Jesus hospedou-se ali na casa de Zaqueu (Lc 19,1-10).

JERUSALÉM

1881 A teologia bíblica vê em Jerusalém uma cidade eleita por Deus (2S 5-7); torna-se um novo Sinai (monte Sião) com uma nova Lei (2R 22 Ps 15,1-4 Is 2,3 Ps 68,16-18 Ps 48,2-6); torna-se o centro cultual de todas as tribos (Dt 12,1-14 Dt 14,22-26).

Mas Jerusalém está longe de ser o ideal duma cidade celeste (Is 1,21-23 Jr 11,1-13 Ez 16 Ez 23 Lc 19,41-47 Lc 21,5-36 Mt 23,37-39); Deus pensa na construção de uma nova Jerusalém (Ez 40-48 Za 14,1s; Is 2,2-5 Is 60 Ac 2,1-11) que é Cristo e o seu Corpo que é a Igreja (Jn 2,18-22 1Co 3,16-17 Ep 5,22-30 Ap 21-22 Ga 4,22-31).

Os cristãos viram na queda de Jerusalém (Mc 13 Mt 24) a realização das convulsões cósmicas anunciadas para os tempos messiânicos. Destruída Jerusalém no ano 70, os cristãos vêem na Igreja a nova cidade de Deus (Ga 4,26 He 12,22 21,9-27).

Subia-se a Jerusalém em peregrinação porque era o lugar do sacrifício (Dt 12,1-13,14; 14,22-26) e da manifestação da glória de Deus (Ps 132,13-15 Ps 134); é também a meta da esperança escatológica; lá se reunirão todas as tribos e nações (Is 60 Is 35,6-10 Jr 31,12-14 Ne 12,31-38).

Os evangelhos, sobretudo Lc 9,51s, organizam a vida de Jesus como uma subida a Jerusalém (Mt 20,17-19 Mc 10,32-34). João escreve o seu evangelho como uma sucessão de subidas a Jerusalém, prelúdios da última e definitiva (Jn 2,13 Jn 5,1 Jn 7,1-10 Jn 10,22s; Jn 11,55s; Jn 12,12).

Entrada em Jerusalém : Os profetas anunciam a entronização do Rei messiânico no monte Sião (Ps 2,6 Ps 110,1-3 Mi 4,1-3 Za 8,20-22 Za 14,16-19).

Os evangelistas narram a entrada de Jesus nesta cidade como a entronização do Rei messiânico, pobre e humilde (Za 9,9 Mc 11,1-7 Lc 19,28-35). Os cânticos e os ramos da multidão são os próprios da Festa dos Tabernáculos que se realizava em setembro (Ne 8,14-18 Ps 118). Zc 14,21 anuncia que não mais haverá comerciantes no Templo. Ver "Sião".


JESUS CRISTO

1891 Ver "Cristo", "Messias".

JOÃO

Há cinco personagens bíblicos com este nome que significa " o Senhor é favorável":

1903 1. João Batista, filho de Zacarias e Isabel, precursor de Jesus (Lc 1,57-80). É de família aristocrático-sacerdotal (Lc 1,5-7 1Ch 24,10 Nb 18,9). É o novo Elias (Mt 3,1-3 Mt 11,14 e nota; Lc 1,17 Ml 3,1-2 Ml 3,23 Si 48,10). É o novo Samuel que deve ungir o Rei-Messias (Lc 1,7 Lc 1,15 Lc 3,21s; 1S 1,5-11e 1S 16,12s). É o profeta-monge, separado do mundo (Mt 3,1 Mt 11,7-10).

1902 2. João Apóstolo e Evangelista, irmão de Tiago e filho de Zebedeu. A ele se atribui a autoria do Quarto Evangelho, de três epístolas e do Apocalipse. Junto com Pedro e Tiago forma o trio dos discípulos prediletos de Jesus (Mc 9,2 Mc 14,33), chamados "colunas da Igreja" (Ga 2,9).

2253 3. João Marcos, companheiro de Paulo e Barnabé na primeira viagem apostólica e autor do Segundo Evangelho (Ac 12,12 Ac 12,25).
4. João Hircano (135-104 aC), terceiro filho de Simão Macabeu (1M 16,19-24).
5. João ou Jonas, pai do apóstolo Pedro (Mt 16,17).


JORDÃO

1915 Rio formado por três nascentes (Bânias, Hasban) que jorram aos pés do monte Hermon. Entra no lago de Genesaré (208 m abaixo do Mediterrâneo). Saindo do lago, atinge o mar Morto (a 394 m abaixo do nível do mar), 110 km ao sul, depois de percorrer 320 km de sinuosas curvas. No trajeto recebe alguns afluentes, como o Jarmuc e o Jaboc pela margem oriental. Embora não muito largo, são poucos os vaus que permitem atravessá-lo a pé.

JUBILEU

Ver "Ano Jubilar". 1953

JUDAS

1959 Há seis personagens bíblicos com este nome:

1. Judas, o terceiro filho de Matatias (
1M 2,4), apelidado o Macabeu (maqqabah = martelo) por causa dos duros golpes infligidos aos inimigos do povo de Deus (1M 3-6).
2. Judas o Apóstolo, identificado como Tadeu (Mt 10,3 Lc 6,16).
3. Judas, "irmão de Jesus" (cf. Mc 6,3 Mt 12,46-50 e nota).
4. Judas, que morava em Damasco, com o qual Paulo se hospedou depois da conversão (Ac 9,11).
5. Judas Iscariotes, que traiu Jesus (Mt 10,4).
6. Judas o Galileu, que provocou uma revolta contra Roma (Ac 5,37).


JUDÉIA

1954 Denominação helenística e romana para a parte da Palestina habitada por judeus. No NT em geral é o distrito que, junto com a Samaria e a Iduméia, formava a província romana da Judéia (Lc 3,1). A capital era Jerusalém, mas os governadores romanos moravam habitualmente em Cesaréia Marítima (Ac 23,33). Ver mapa do NT.

JUIZ

1821 Título dado aos líderes que libertaram Israel da opressão inimiga, ou o governaram entre Josué (1200 aC) e o início da monarquia (1030 aC). Ver a Introdução ao livro dos Juízes e as notas em Ex 18,13-27 e Jg 2,18.

JULGAMENTO (JUÍZO)

4123 As questões judiciais na sociedade israelita se resolviam diante de testemunhas (os anciãos) ou eram levadas à decisão de um juiz (Dt 1,16s). Podia-se também recorrer a um tribunal superior, seja ao templo (Dt 17,8-13), seja à decisão divina dada pelo ordálio (cf. Nb 5,11-31 e nota). O rei podia também julgar questões (1R 3,16-28). Para contornar os abusos nos julgamentos (cf. Ps 58 Ps 94) foram estabelecidas normas legislativas (Ex 23,1-9 Dt 16,18s).

A ação de Deus na história é apresentada como um julgamento. Deus ora liberta seu povo ora o pune por causa das infidelidades (Dt 32,36 Jr 30,11-13). O julgamento de Israel e das nações se dará no dia do Senhor (cf. Am 5,18 e nota). No NT o julgamento é relacionado com Jesus (Jn 3,17-21 Jn 8,15 Jn 12,31). O cristão deve viver na expectativa do julgamento do último dia, que marcará o triunfo definitivo de Cristo (Mt 25,31 1Th 4,16 2Th 2,3-10). Ver "Parusia".



Dicionário Bíblico 1126