Compêndio 199


«CREIO NA REMISSÃO DOS PECADOS»




200 Como são perdoados os pecados?

CEC 976
CEC 984

O primeiro e principal sacramento para o perdão dos pecados é o Baptismo. Para os pecados cometidos depois do Baptismo, Cristo instituiu o sacramento da Reconciliação ou Penitência, por meio do qual o baptizado é reconciliado com Deus e com a Igreja.


201 Porque é que a Igreja tem o poder de perdoar os pecados?




A Igreja tem a missão e o poder de perdoar os pecados, porque o próprio Cristo lho conferiu: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes serão retidos» (
Jn 20,22-23).



«CREIO NA RESSURREIÇÃO DA CARNE»




202 Que indica a palavra carne e qual é a sua importância?

CEC 990
CEC 1015

O termo carne designa o homem na sua condição de debilidade e de mortalidade. «A carne é o eixo da salvação» (Tertuliano). Com efeito, nós cremos em Deus que é o Criador da carne; cremos no Verbo que se fez carne para redimir a carne; cremos na ressurreição da carne, acabamento da criação e da redenção da carne.


203 O que significa a «ressurreição da carne»?

CEC 990

Significa que o estado definitivo do homem não será só a alma espiritual separada do corpo, mas também que os nossos corpos mortais um dia retomarão a vida.


204 Qual a relação entre a Ressurreição de Cristo e a nossa?

CEC 988
CEC 1002

Como Cristo verdadeiramente ressuscitou dos mortos e vive para sempre, assim Ele próprio nos ressuscitará a todos no último dia, com um corpo incorruptível: «os que tiverem feito o bem para uma ressurreição de vida, e os que tiverem feito o mal para uma ressurreição de condenação».


205 Com a morte, que sucede ao nosso corpo e à nossa alma?

CEC 992
CEC 1016

Com a morte, separação da alma e do corpo, o corpo cai na corrupção, enquanto a alma, que é imortal, vai ao encontro do Julgamento divino e espera reunir-se ao corpo quando este, transformado, ressuscitar no regresso do Senhor. Compreender como acontecerá a ressurreição supera as possibilidades da nossa imaginação e do nosso entendimento.


206 Que significa morrer em Cristo Jesus?

CEC 1005-1014
CEC 1019

Significa morrer na graça de Deus, sem pecado mortal. O que crê em Cristo e segue o Seu exemplo pode assim transformar a própria morte num acto de obediência e de amor ao Pai. «É certa esta palavra: se morrermos com Ele, também com Ele viveremos» (2 Tim 2Tm 2,11).



«CREIO NA VIDA ETERNA»




207 O que é a vida eterna?

CEC 1020 CEC 1051

A vida eterna é a que se iniciará imediatamente após a morte. Ela não terá fim. Será precedida para cada um por um juízo particular realizado por Cristo, juiz dos vivos e dos mortos, e será confirmada pelo juízo final.


208 O que é o juízo particular?

CEC 1021
CEC 1051

É o julgamento de retribuição imediata, que cada um, a partir da morte, recebe de Deus na sua alma imortal, em relação à sua fé e às suas obras. Tal retribuição consiste no acesso à bem-aventurança do céu, imediatamente ou depois de uma adequada purificação, ou então à condenação eterna no inferno.


209 O que se entende por «céu»?

CEC 1023
CEC 1053

Por «céu» entende-se o estado de felicidade suprema e definitiva. Os que morrem na graça de Deus e não precisam de ulterior purificação são reunidos à volta de Jesus e de Maria, dos anjos e dos santos. Formam assim a Igreja do céu, onde vêem Deus «face a face» (1 Cor 1Co 13,12), vivem em comunhão de amor com a Santíssima Trindade e intercedem por nós.



«A vida na sua própria realidade e verdade é o Pai que, pelo Filho e no Espírito Santo, sobre todos derrama como fonte, os seus dons celestes. E, pela sua bondade, promete verdadeiramente também a nós homens os bens divinos da vida eterna. (S. Cirilo de Jerusalém)




210 O que é o purgatório?

CEC 1030
CEC 1054

O purgatório é o estado dos que morrem na amizade de Deus, mas, embora seguros da sua salvação eterna, precisam ainda de purificação para entrar na alegria de Deus.


211 Como podemos ajudar a purificação das almas do purgatório?

CEC 1032

Em virtude da comunhão dos santos, os fiéis ainda peregrinos na terra podem ajudar as almas do purgatório oferecendo as suas orações de sufrágio, em particular o Sacrifício eucarístico, mas também esmolas, indulgências e obras de penitência.


212 Em que consiste o inferno?




Consiste na condenação eterna daqueles que, por escolha livre, morrem em pecado mortal. A pena principal do inferno é a eterna separação de Deus, o único em quem o homem encontra a vida e a felicidade para que foi criado, e a que aspira. Cristo exprime esta realidade com as palavras: «Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno» (
Mt 25,41).


213 Como conciliar o inferno com a bondade infinita de Deus?

CEC 1036

Deus, apesar de querer «que todos tenham modo de se arrepender» (2P 3,9), tendo criado o homem livre e responsável, respeita as suas decisões. Portanto, é o próprio homem que, em plena autonomia, se exclui voluntariamente da comunhão com Deus se, até ao momento da própria morte, persiste no pecado mortal, recusando o amor misericordioso de Deus.


214 Em que consistirá o Juízo final?




O juízo final (universal) consistirá na sentença de vida bem-aventurada ou de condenação eterna, que o Senhor Jesus, no seu regresso como juiz dos vivos e dos mortos, pronunciará em relação aos «justos e injustos» (
Ac 24,15), reunidos todos juntos diante d’Ele. A seguir a tal juízo final, o corpo ressuscitado participará na retribuição que a alma teve no juízo particular.


215 Quando terá lugar este juízo final?

CEC 1040

O juízo final terá lugar no fim do mundo, do qual só Deus conhece o dia e a hora.


216 Em que consiste a esperança dos novos céus e da nova terra?

CEC 1042
CEC 1060

Depois do juízo final, o próprio universo, libertado da escravidão da corrupção, participará na glória de Cristo com a inauguração dos «novos céus e da nova terra» (2 Ped 2P 3,13). Será assim alcançada a plenitude do Reino de Deus, ou seja a realização definitiva do desígnio salvífico de Deus de «recapitular em Cristo todas as coisas, as do céu e as da terra» (Ep 1,10). Deus será então «tudo em todos» (1 Cor 1Co 15,28), na vida eterna.

«ÁMEN»


217 Que significa o Ámen, que conclui a nossa profissão de fé?

CEC 1064

A palavra hebraica Amen, que conclui o último livro da Sagrada Escritura, algumas orações do Novo Testamento e as orações litúrgicas da Igreja, significa o nosso «sim» confiante e total a tudo o que professamos crer, confiando totalmente n’Aquele que é o «Ámen» (Ap 3,14) definitivo: Cristo Senhor.



SEGUNDA PARTE

A CELEBRAÇÃO DO MISTÉRIO CRISTÃO

PRIMEIRA SECÇÃO

A ECONOMIA SACRAMENTAL




218 O que é a liturgia?

CEC 1066

A liturgia é a celebração do Mistério de Cristo e em particular do seu Mistério Pascal. Na liturgia, pelo exercício da função sacerdotal de Jesus Cristo, a santificação dos homens é significada e realizada mediante sinais, e é exercido, pelo Corpo místico de Cristo, ou seja pela Cabeça e pelos membros, o culto público devido a Deus.


219 Qual o lugar da liturgia na vida da Igreja?

CEC 1071

A liturgia, acção sagrada por excelência, constitui o cume para onde tendem todas as acções da Igreja e, simultaneamente, a fonte donde provém toda a sua força vital. Através da liturgia, Cristo continua na sua Igreja, com ela e por meio dela, a obra da nossa redenção.


220 Em que consiste a economia sacramental?

CEC 1076

A economia sacramental consiste na comunicação (ou «dispensação») dos frutos da redenção de Cristo mediante a celebração dos sacramentos da Igreja, principalmente da Eucaristia, «até que Ele venha» (1 Cor 1Co 11,26).



CAPÍTULO PRIMEIRO

O MISTÉRIO PASCAL NO TEMPO

DA IGREJA

LITURGIA – OBRA DA SANTÍSSIMA TRINDADE




221 De que modo o Pai é a fonte e o fim da liturgia?

CEC 1077
CEC 1110

Na liturgia, o Pai enche-nos das suas bênçãos no Filho encarnado, morto e ressuscitado por nós, e derrama o Espírito Santo nos nossos corações. Ao mesmo tempo a Igreja bendiz o Pai, mediante a adoração, o louvor e a acção de graças, e implora o dom do seu Filho e do Espírito Santo.


222 Qual é a obra de Cristo na liturgia?

CEC 1084

Na liturgia da Igreja, Cristo significa e realiza principalmente o seu Mistério pascal. Doando o Espírito Santo aos Apóstolos, concedeu-lhes a eles e aos seus sucessores o poder de realizar a obra da salvação por meio do Sacrifício eucarístico e dos sacramentos, nos quais Ele próprio age agora para comunicar a sua graça aos fiéis de todos os tempos e em todo o mundo.


223 Na liturgia, como actua o Espírito Santo em relação à Igreja?

CEC 1091
CEC 1112

Na liturgia, realiza-se a mais estreita cooperação entre o Espírito Santo e a Igreja. O Espírito Santo prepara a Igreja para encontrar o seu Senhor; recorda e manifesta Cristo à fé da assembleia; torna presente e actualiza o Mistério de Cristo; une a Igreja à vida e à missão de Cristo e faz frutificar nela o dom da comunhão.



O MISTÉRIO PASCAL NOS SACRAMENTOS DA IGREJA

224. O que são e quais são os sacramentos?


CEC 1113

Os sacramentos são sinais sensíveis e eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, mediante os quais nos é concedida a vida divina. Os sacramentos são sete: o Baptismo, a Confirmação, a Eucaristia, a Penitência, a Unção dos enfermos, a Ordem e o Matrimónio.


225 Qual a relação dos sacramentos com Cristo?

CEC 1114-1116

Os mistérios da vida de Cristo constituem o fundamento do que, de ora em diante, pelos ministros da sua Igreja, Cristo dispensa nos sacramentos.

«O que era visível no nosso Salvador passou para os seus sacramentos» (S. Leão Magno).


226 Qual a ligação entre os sacramentos e a Igreja?

CEC 1117

Cristo confiou os sacramentos à sua Igreja. Eles são «da Igreja» num duplo sentido: enquanto acção da Igreja, que é sacramento da acção de Cristo, e enquanto existem «para ela», ou seja, enquanto edificam a Igreja.


227 O que é o carácter sacramental?

CEC 1121

É um selo espiritual, conferido pelos sacramentos do Baptismo, da Confirmação e da Ordem. Este selo é promessa e garantia da protecção divina. Em virtude de tal selo, o cristão é configurado a Cristo, participa de diversos modos no seu sacerdócio, e faz parte da Igreja segundo estados e funções diversas, sendo pois consagrado ao culto divino e ao serviço da Igreja. Dado que o carácter é indelével, os sacramentos que o imprimem recebem-se uma só vez na vida.


228 Qual é a relação dos sacramentos com a fé?

CEC 1122-1126
CEC 1133

Os sacramentos não apenas supõem a fé como também, através das palavras e elementos rituais, a alimentam, fortificam e exprimem. Ao celebrá-los, a Igreja confessa a fé apostólica. Daí o adágio antigo: «lex orandi, lex credendi», isto é, a Igreja crê no que reza.


229 Porque é que os sacramentos são eficazes?

CEC 1127-1128
CEC 1131

Os sacramentos são eficazes ex opere operato («pelo próprio facto de a acção sacramental ser realizada»), porque é Cristo que neles age e comunica a graça que significam, independentemente da santidade pessoal do ministro, ainda que os frutos dos sacramentos dependam também das disposições de quem os recebe.


230 Porque motivo os sacramentos são necessários para a salvação?

CEC 1129

Embora nem todos os sacramentos sejam conferidos a cada um dos fiéis, eles são necessários para a salvação dos que crêem em Cristo, porque conferem as graças sacramentais, o perdão dos pecados, a adopção de filhos de Deus, a conformação a Cristo Senhor e a pertença à Igreja. O Espírito Santo cura e transforma aqueles que os recebem.


231 O que é a graça sacramental?

CEC 1129 CEC 1131
CEC 1134 CEC 2003

A graça sacramental é a graça do Espírito Santo, dada por Cristo e própria de cada sacramento. Tal graça ajuda o fiel, no seu caminho de santidade, bem como a Igreja no seu crescimento na caridade e no testemunho.


232 Qual é a relação entre os sacramentos e a vida eterna?

CEC 1130

Nos sacramentos, a Igreja recebe já as arras da vida eterna, embora «aguardando a ditosa esperança e manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo» (Tt 2,13).



CAPÍTULO SEGUNDO

A CELEBRAÇÃO SACRAMENTAL DO MISTÉRIO PASCAL

CELEBRAR A LITURGIA DA IGREJA

Quem celebra?


233 Quem age na liturgia?

CEC 1135
CEC 1187

Na liturgia age «o Cristo todo inteiro» («Christus Totus»), Cabeça e Corpo. Como sumo-sacerdote, Ele celebra com o seu Corpo, que é a Igreja celeste e terrestre.


234 Por quem é celebrada a liturgia celeste?

CEC 1138

A liturgia celeste é celebrada pelos anjos, pelos santos da Antiga e da Nova Aliança, em particular pela Mãe de Deus, pelos Apóstolos, pelos mártires e por uma «numerosa multidão, que ninguém» pode contar, «de todas as nações, tribos, povos e línguas» (Ap 7,9). Quando nos sacramentos celebramos o mistério da salvação, participamos nesta liturgia eterna.


235 Como é que a Igreja na terra celebra a liturgia?


CEC 1188

A Igreja, na terra, celebra a liturgia, como povo sacerdotal, no qual cada um actua segundo a própria função, na unidade do Espírito Santo: os baptizados oferecem-se em sacrifício espiritual; os ministros ordenados celebram segundo a Ordem recebida para o serviço de todos os membros da Igreja; os Bispos e os presbíteros agem na pessoa de Cristo Cabeça.


Como celebrar?

236 Como é celebrada a liturgia?

CEC 1145

A celebração litúrgica é tecida de sinais e de símbolos, cujo significado, radicado na criação e nas culturas humanas, se esclarece nos acontecimentos da Antiga Aliança e se revela plenamente na Pessoa e na obra de Cristo.


237 Donde provêm os sinais sacramentais?

CEC 1146-1152 CEC 1189

Alguns provêm da criação (luz, água, fogo, pão, vinho, óleo); outros da vida social (lavar, ungir, partir o pão); outros da história da salvação na Antiga Aliança (os ritos da Páscoa, os sacrifícios, a imposição das mãos, as consagrações). Estes sinais, alguns dos quais são normativos e imutáveis, assumidos por Cristo tornam-se portadores da acção salvífica e de santificação.


238 Qual o nexo entre as acções e as palavras, nas celebração sacramental?

CEC 1153-1155
CEC 1190

Na celebração sacramental, acções e palavras estão intimamente ligadas. Mesmo que as acções simbólicas sejam já em si uma linguagem, é todavia necessário que as palavras do rito acompanhem e vivifiquem estas acções. Enquanto sinais e ensino, as palavras e os gestos são inseparáveis, uma vez que realizam aquilo que significam.


239 Quais os critérios do canto e da música na celebração litúrgica?

CEC 1156
CEC 1191

Uma vez que o canto e a música estão intimamente conexos com a acção litúrgica, eles devem respeitar os seguintes critérios: a conformidade à doutrina católica dos textos, tomados de preferência da Escritura e das fontes litúrgicas; a beleza expressiva da oração; a qualidade da música; a participação da assembleia; a riqueza cultural do Povo de Deus e o carácter sacro e solene da celebração. «Quem canta reza duas vezes» (S. Agostinho).


240 Qual a finalidade das imagens sagradas?

CEC 1159
CEC 1192

A imagem de Cristo é o ícone litúrgico por excelência. As outras, que representam Nossa Senhora e os santos, significam Cristo, que nelas é glorificado. Elas proclamam a mesma mensagem evangélica que a Sagrada Escritura transmite através da palavra e ajudam a despertar e a alimentar a fé dos fiéis.


Quando celebrar?





241 Qual é o centro do tempo litúrgico?

CEC 1163-1167
CEC 1193

O centro do tempo litúrgico é o Domingo, fundamento e núcleo de todo o ano litúrgico, que tem o seu cume na Páscoa anual, a festa das festas.


242 Qual é a função do ano litúrgico?




No ano litúrgico, a Igreja celebra todo o Mistério de Cristo, da Encarnação até à sua vinda gloriosa. Nos dias estabelecidos, a Igreja venera com especial amor a bem-aventurada Virgem Maria Mãe de Deus e também faz memória Santos, que por Cristo viveram, com Ele sofreram e com Ele são glorificados.


243 O que é a liturgia das horas?

CEC 1174
CEC 1196

A liturgia das horas, oração pública e comum da Igreja, é a oração de Cristo com o seu Corpo, a Igreja. Por ela, o Mistério de Cristo, que celebramos na Eucaristia, santifica e transfigura o tempo de cada dia. Ela compõe-se principalmente de Salmos e de outros textos bíblicos, e também de leituras dos Padres e dos mestres espirituais.


Onde celebrar?





244 A Igreja tem necessidade de lugares para celebrar a liturgia?




O culto «em espírito e verdade» (
Jn 4,24) da Nova Aliança não está ligado a nenhum lugar exclusivo, porque Cristo é o verdadeiro templo de Deus, por meio do qual também os cristãos e toda a Igreja se tornam, sob a acção do Espírito Santo, templos do Deus vivo. Todavia o Povo de Deus, na sua condição terrena, tem necessidade de lugares nos quais a comunidade se possa reunir para celebrar a liturgia.


245 O que são os edifícios sagrados?

CEC 1181
CEC 1198-1199

São as casas de Deus, símbolo da Igreja que vive num lugar e também da morada celeste. São lugares de oração, nos quais a Igreja celebra sobretudo a Eucaristia e adora Cristo realmente presente no tabernáculo.


246 Quais são os lugares privilegiados no interior dos edifícios sagrados?

CEC 1182

São: o altar, o tabernáculo, o lugar onde se guarda o santo crisma e os outros óleos sagrados, a cadeira do Bispo (cátedra) ou do presbítero, o ambão, a fonte baptismal, o confessionário.



DIVERSIDADE LITÚRGICA E UNIDADE DO MISTÉRIO




247 Porque é que a Igreja celebra o único Mistério de Cristo segundo tradições litúrgicas diferentes?

CEC 1200-1204
CEC 1207-1209

Porque a insondável riqueza do Mistério de Cristo não pode ser esgotada por uma única tradição litúrgica. Desde as origens, esta riqueza encontrou, nos vários povos e culturas, expressões caracterizadas por uma admirável variedade e complementaridade.


248 Qual é o critério, que assegura a unidade na diversidade?

CEC 1209

É a fidelidade à Tradição Apostólica, isto é, à comunhão na fé e nos sacramentos recebidos dos Apóstolos, comunhão que é significada e garantida pela sucessão apostólica. A Igreja é católica: pode, portanto, integrar na sua unidade todas as verdadeiras riquezas das culturas.


249 Na liturgia, tudo é imutável?

CEC 1205

Na liturgia, sobretudo na dos sacramentos, existem elementos imutáveis, porque de instituição divina, e dos quais a Igreja é guardiã. Existem depois elementos susceptíveis de mudança, que a Igreja tem o poder, e, muitas vezes o dever, de adaptar às culturas dos diferentes povos.



SEGUNDA SECÇÃO

OS SETE SACRAMENTOS DA IGREJA

Os sete Sacramentos da Igreja


O Baptismo
a Confirmação
a Eucaristia
a Penitência,
a Unção dos Enfermos
a Ordem o Matrimónio.


250 Como agrupar os sacramentos da Igreja?

CEC 1210-1211

Em: sacramentos da iniciação cristã (Baptismo, Confirmação e Eucaristia); sacramentos da cura (Penitência e Unção dos enfermos); sacramentos ao serviço da comunhão e da missão (Ordem e Matrimónio). Os sacramentos tocam todas as etapas e momentos importantes da vida cristã. Todos os sacramentos estão ordenados para a Eucaristia «como para o seu fim» (S. Tomás de Aquino).



CAPÍTULO PRIMEIRO

OS SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO CRISTÃ




251 Como se realiza a iniciação cristã?

CEC 1210

Realiza-se mediante os sacramentos que lançam os alicerces da vida cristã: os fiéis, renascidos pelo Baptismo, são fortalecidos pela Confirmação e alimentados pela Eucaristia.



O SACRAMENTO DO BAPTISMO




252 Quais os nomes do primeiro sacramento da iniciação?

CEC 1213
CEC 1276

Antes de mais, chama-se Baptismo por causa do rito central com que é celebrado: baptizar significa «imergir» na água. O que é baptizado é imerso na morte de Cristo e ressurge com Ele como «nova criatura» (2 Cor 2Co 5,17). Chama-se também «banho da regeneração e da renovação no Espírito Santo» (Tt 3,5) e «iluminação», porque o baptizado se torna «filho da luz» (Ep 5,8).


253 Como é prefigurado o Baptismo na Antiga Aliança?

CEC 1217-1222

Na Antiga Aliança encontram-se várias prefigurações do Baptismo: a água, fonte de vida e de morte; a arca de Noé, que salva por meio da água; a passagem do Mar Vermelho, que liberta Israel da escravidão do Egipto; a travessia do Jordão, que introduz Israel na terra prometida, imagem da vida eterna.


254 Quem conduz ao cumprimento tais prefigurações?

CEC 1223-1224

É Jesus Cristo, o qual, no início da sua vida pública, se fez baptizar por João Baptista, no Jordão: na cruz, do seu lado trespassado, derramou sangue e água, sinais do Baptismo e da Eucaristia, e depois da Ressurreição confia aos Apóstolos esta missão: «Ide e ensinai todos os povos, baptizando-os no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo» (Mt 28,19-20).


255 Desde quando e a quem é que a Igreja administra o Baptismo?

CEC 1226

Desde o dia de Pentecostes que a Igreja administra o Baptismo a quem crê em Jesus Cristo.


256 Em que consiste o rito essencial do Baptismo?

CEC 1229-1245
CEC 1278

O rito essencial deste sacramento consiste em imergir na água o candidato ou em derramar a água sobre a sua cabeça, enquanto é invocado o Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.


257 Quem pode receber o Baptismo?

CEC 1246

É capaz para receber o Baptismo toda a pessoa ainda não baptizada.


258 Porque é que a Igreja baptiza as crianças?

CEC 1250

Porque tendo nascido com o pecado original, elas têm necessidade de ser libertadas do poder do Maligno e de ser transferidas para o reino da liberdade dos filhos de Deus.


259 O que se requer dum baptizando?

CEC 1253-1255

Ao baptizando é exigida a profissão de fé, expressa pessoalmente no caso do adulto, ou então por parte dos pais e da Igreja no caso da criança. Também o padrinho ou madrinha e toda a comunidade eclesial têm uma parte de responsabilidade na preparação para o Baptismo (catecumenado), bem como no desenvolvimento da fé e da graça baptismal.


260 Quem pode baptizar?

CEC 1266
CEC 1284

Os ministros ordinários do Baptismo são o Bispo e o presbítero; na Igreja latina, também o diácono. Em caso de necessidade, qualquer pessoa pode baptizar, desde que entenda fazer o que faz a Igreja e derrame água sobre a cabeça do candidato, dizendo a fórmula trinitária baptismal: «Eu te baptizo em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo».


261 É necessário o Baptismo para a salvação?

CEC 1257

O Baptismo é necessário para a salvação daqueles a quem foi anunciado o Evangelho e que têm a possibilidade de pedir este sacramento.


262 É possível ser salvo sem o Baptismo?

CEC 1258-1261
CEC 1281-1283

Porque Cristo morreu para a salvação de todos, podem ser salvos mesmo sem o Baptismo os que morrem por causa da fé (Baptismo de sangue), os catecúmenos, e todos os que sob o impulso da graça, sem conhecer Cristo e a Igreja, procuram sinceramente a Deus e se esforçam por cumprir a sua vontade (Baptismo de desejo). Quanto às crianças, mortas sem Baptismo, a Igreja na sua liturgia confia-as à misericórdia de Deus.


263 Quais são os efeitos do Baptismo?

CEC 1262-1274
CEC 1279-1280

O Baptismo perdoa o pecado original, todos os pecados pessoais e as penas devidas ao pecado; faz participar na vida divina trinitária mediante a graça santificante, a graça da justificação que incorpora em Cristo e na Igreja; faz participar no sacerdócio de Cristo e constitui o fundamento da comunhão entre todos os cristãos; confere as virtudes teologais e os dons do Espírito Santo. O baptizado pertence para sempre a Cristo: com efeito, é assinalado com o selo indelével de Cristo (carácter).


264 Que significado assume o nome cristão recebido no Baptismo?

CEC 2156-2159
CEC 2167

O nome é importante, porque Deus conhece cada um pelo nome, isto é, na sua unicidade. Com o Baptismo, o cristão recebe na Igreja o próprio nome, de preferência o de um santo, de maneira que este ofereça ao baptizado um modelo de santidade e lhe assegure a sua intercessão junto de Deus.



O SACRAMENTO DA CONFIRMAÇÃO




265 Qual é o lugar da Confirmação no desígnio divino da salvação?

CEC 1285-1288
CEC 1315

Na Antiga Aliança, os profetas anunciaram a comunicação do Espírito do Senhor ao Messias esperado e a todo o povo messiânico. Toda a vida e missão de Jesus se desenvolvem numa total comunhão com o Espírito Santo. Os Apóstolos recebem o Espírito Santo no Pentecostes e anunciam «as grandes obras de Deus» (Ac 2,11). Comunicam aos neófitos, através da imposição das mãos, o dom do mesmo Espírito. Ao longo dos séculos, a Igreja continuou a viver do Espírito e a comunicá-lo aos seus filhos.


266 Porque se chama Crisma ou Confirmação?

CEC 1289

Chama-se Crisma (nas Igrejas Orientais: Crismação com o Santo Myron) por causa do rito essencial que é a unção. Chama-se Confirmação, porque confirma e reforça a graça baptismal.


267 Qual o rito essencial da Confirmação?

CEC 1290-1301
CEC 1318
CEC 1320-1321

O rito essencial da Confirmação é a unção com o santo crisma (óleo misturado com bálsamo, consagrado pelo Bispo), feita com a imposição da mão por parte do ministro que pronuncia as palavras sacramentais próprias do rito. No Ocidente, tal unção é feita sobre a fronte do baptizado com as palavras: «Recebe por este sinal, o Espírito Santo, o Dom de Deus». Nas Igrejas Orientais de rito bizantino, a unção faz-se também noutras partes do corpo, com a fórmula: « Selo do dom do Espírito Santo».


268 Qual é o efeito da Confirmação?

CEC 1302-1305
CEC 1316

O efeito da Confirmação é a efusão especial do Espírito Santo, como no Pentecostes. Tal efusão imprime na alma um carácter indelével e traz consigo um crescimento da graça baptismal: enraíza mais profundamente na filiação divina; une mais firmemente a Cristo e à sua Igreja; revigora na alma os dons do Espírito Santo; dá uma força especial para testemunhar a fé cristã.


269 Quem pode receber este sacramento?


CEC 1319

Pode e deve recebê-lo, uma só vez, quem já foi baptizado, o qual, para o receber eficazmente, deve estar em estado de graça.


270 Quem é o ministro da Confirmação?

CEC 1312

O ministro originário é o Bispo. Assim se manifesta o laço do crismado com a Igreja na sua dimensão apostólica. Quando o presbítero confere este sacramento – como acontece ordinariamente no Oriente e em casos especiais no Ocidente – o laço com o Bispo e com a Igreja é expresso pelo presbítero, colaborador do Bispo, e pelo santo crisma, consagrado pelo Bispo.



O SACRAMENTO DA EUCARISTIA




271 O que é a Eucaristia?

CEC 1322-1323
CEC 1409

É o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o sacrifício da cruz no decorrer dos séculos até ao seu regresso, confiando assim à sua Igreja o memorial da sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da vida eterna.


272 Quando é que Jesus Cristo instituiu a Eucaristia?

CEC 1323
CEC 1337-1340

Instituiu-a na Quinta Feira Santa, «na noite em que foi entregue» (1 Cor 1Co 11,23), ao celebrar a Última Ceia com os seus Apóstolos.


273 Como é que a instituiu?

CEC 1337-1340
CEC 1365,126

Depois de reunir os Apóstolos no Cenáculo, Jesus tomou nas suas mãos o pão, partiu-o e deu-lho dizendo: «Tomai e comei todos: isto é o meu corpo entregue por vós». Depois tomou nas suas mãos o cálice do vinho e disse-lhes: «tomai e bebei todos: este é o cálice do meu sangue para a nova e eterna aliança, derramado por vós e por todos para a remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim».


274 O que significa a Eucaristia na vida da Igreja?

CEC 1324-1327
CEC 1407

É fonte e cume da vida cristã. Na Eucaristia, atingem o auge a acção santificadora de Deus em nosso favor e o nosso culto para com Ele. Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja: o próprio Cristo, nossa Páscoa. A comunhão da vida divina e a unidade do Povo de Deus são significadas e realizadas na Eucaristia. Pela celebração eucarística unimo-nos desde já à liturgia do Céu e antecipamos a vida eterna.


275 Como é chamado este sacramento?

CEC 1328

A insondável riqueza deste sacramento exprime-se com diferentes nomes que evocam alguns dos seus aspectos particulares. Os mais comuns são: Eucaristia, Santa Missa, Ceia do Senhor, Fracção do pão, Celebração Eucarística, Memorial da paixão, da morte e da ressurreição do Senhor, Santo Sacrifício, Santa e Divina Liturgia, Santos Mistérios, Santíssimo Sacramento do altar, Santa Comunhão.


276 Qual o lugar da Eucaristia no desígnio da salvação?

CEC 1333

Na Antiga Aliança, a Eucaristia é preanunciada sobretudo na ceia pascal anual, celebrada cada ano pelos judeus com os pães ázimos, para recordar a imprevista e libertadora partida do Egipto. Jesus anuncia-a no seu ensino e institui-a, celebrando com os seus Apóstolos a última Ceia, durante um banquete pascal. A Igreja, fiel ao mandamento do Senhor: «Fazei isto em memória de mim» (1 Cor 1Co 11,24), sempre celebrou a Eucaristia, sobretudo ao Domingo, dia da ressurreição de Jesus.


277 Como se desenrola a celebração da Eucaristia?

CEC 1345
CEC 1408

Desenrola-se em dois grandes momentos que formam um só acto de culto: a liturgia da Palavra, que compreende a proclamação e escuta da Palavra de Deus; e a liturgia eucarística, que compreende a apresentação do pão e do vinho, a oração ou anáfora, que contém as palavras da consagração, e a comunhão.


278 Quem é o ministro da celebração da Eucaristia?

CEC 1348
CEC 1411

É o sacerdote (Bispo ou presbítero), validamente ordenado, que age na Pessoa de Cristo Cabeça e em nome da Igreja.


279 Quais os elementos essenciais e necessários para realizar a Eucaristia?

CEC 1412

São o pão de trigo e o vinho da videira.


280 Como é que a Eucaristia é memorial do sacrifício de Cristo?



A eucaristia é memorial no sentido que torna presente e actual o sacrifício que Cristo ofereceu ao Pai, uma vez por todas, na cruz, em favor da humanidade. O carácter sacrificial da Eucaristia manifesta-se nas próprias palavras da instituição: «Isto é o meu corpo, que vai ser entregue por vós» e «este cálice é a nova aliança no meu sangue, que vai ser derramado por vós» (
Lc 22,19-20). O sacrifício da cruz e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício. Idênticos são a vítima e Aquele que oferece, diverso é só o modo de oferecer-se: cruento na cruz, incruento na Eucaristia.


281 Como é que a Igreja participa no sacrifício eucarístico?

CEC 1368
CEC 1414

Na Eucaristia, o sacrifício de Cristo torna-se também o sacrifício dos membros do seu Corpo. A vida dos fiéis, o seu louvor, o seu sofrimento, a sua oração, o seu trabalho são unidos aos de Cristo. Enquanto sacrifício, a Eucaristia é também oferecida por todos os fiéis vivos e defuntos, em reparação dos pecados de todos os homens e para obter de Deus benefícios espirituais e temporais. A Igreja do céu está unida também à oferta de Cristo.


282 Como é que Jesus está presente na Eucaristia?

CEC 1373
CEC 1413

Jesus Cristo está presente na Eucaristia dum modo único e incomparável. De facto, está presente de modo verdadeiro, real, substancial: com o seu Corpo e o seu Sangue, com a sua Alma e a sua Divindade. Nela está presente em modo sacramental, isto é, sob as espécies eucarísticas do pão e do vinho, Cristo completo: Deus e homem.


283 Que significa transubstanciação?

CEC 1376
CEC 1413

Transubstanciação significa a conversão de toda a substância do pão na substância do Corpo de Cristo e de toda a substância do vinho na substância do seu Sangue. Esta conversão realiza-se na oração eucarística mediante a eficácia da palavra de Cristo e a acção do Espírito Santo. Todavia as características sensíveis do pão e do vinho, isto é as «espécies eucarísticas», permanecem inalteradas.


284 A fracção do pão divide Cristo?

CEC 1377

A fracção do pão não divide Cristo: Ele está presente todo inteiro em cada uma das espécies eucarísticas e em cada uma das suas partes.


285 Até quando continua a presença eucarística de Cristo?

CEC 1377

Ela continua enquanto subsistem as espécies eucarísticas.


286 Que tipo de culto é devido ao sacramento da Eucaristia?

CEC 1378
CEC 1418

É devido o culto de latria, isto é, de adoração reservado só a Deus quer durante a celebração eucarística quer fora dela. De facto, a Igreja conserva com a maior diligência as Hóstias consagradas, leva-as aos enfermos e às pessoas impossibilitadas de participar na Santa Missa, apresenta-as à solene adoração dos fiéis, leva-as em procissão e convida à visita frequente e à adoração do Santíssimo Sacramento conservado no tabernáculo.


287 Porque é que a Eucaristia é banquete pascal?

CEC 1382
CEC 1391

A Eucaristia é o banquete pascal, porque Cristo, pela realização sacramental da sua Páscoa, nos dá o seu Corpo e o seu Sangue, oferecidos como alimento e bebida, e nos une a si e entre nós no seu sacrifício.


288 Que significa o altar?

CEC 1383
CEC 1410

O altar é o símbolo do próprio Cristo, presente como vítima sacrificial (altar- sacrifício da cruz) e como alimento celeste que se nos dá (altar-mesa eucarística).


289 Quando é que a Igreja obriga a participar na santa Missa?

CEC 1389
CEC 1417

A Igreja obriga os fiéis a participar na santa Missa cada Domingo e nas festas de preceito, e recomenda a participação nela também nos outros dias.


290 Quando se deve comungar?

CEC 1389

A Igreja recomenda aos fiéis que participam na santa Missa que também recebam, com as devidas disposições, a sagrada Comunhão, prescrevendo a obrigação de a receber ao menos pela Páscoa.


291 Que se requer para receber a sagrada Comunhão?


CEC 1415

Para receber a sagrada Comunhão é preciso estar plenamente incorporado à Igreja católica e em estado de graça, isto é, sem consciência de pecado mortal. Quem tem consciência de ter cometido pecado grave deve receber o sacramento da Reconciliação antes da Comunhão. São também importante o espírito de recolhimento e de oração, a observância do jejum prescrito pela Igreja e ainda a atitude corporal (gestos, trajes), como sinal de respeito para com Cristo.


292 Quais são os frutos da sagrada Comunhão?

CEC 1391
CEC 1416

A sagrada Comunhão aumenta a nossa união com Cristo e com a sua Igreja, conserva e renova a vida da graça recebida no Baptismo e no Crisma, e faz-nos crescer no amor para com o próximo. Fortalecendo-nos na caridade, perdoa os pecados veniais e preserva-nos dos pecados mortais, no futuro.


293 Quando é possível administrar a sagrada Comunhão aos outros cristãos?

CEC 1398-1401

Os ministros católicos administram licitamente a sagrada comunhão aos membros das Igrejas orientais que não têm plena comunhão com a Igreja católica, sempre que estes espontaneamente a peçam e com as devidas disposições.

No que se refere aos membros doutras Comunidades eclesiais, os ministros católicos administram licitamente a sagrada comunhão aos fiéis, que, por motivos graves, a peçam espontaneamente, tenham as devidas disposições e manifestem a fé católica acerca do sacramento.


294 Porque é que a Eucaristia é «penhor da futura glória»?

CEC 1402

Porque a Eucaristia nos enche das graças e bênçãos do Céu, fortalece-nos para a peregrinação desta vida, faz-nos desejar a vida eterna, unindo-nos desde já a Cristo, sentado à direita do Pai, à Igreja do Céu, à santíssima Virgem e a todos os santos.



Na Eucaristia, partimos «o mesmo pão, que é remédio de imortalidade, antídoto para não morrer, mas para viver eternamente em Jesus Cristo» (S. Inácio de Antioquia).



Compêndio 199