Compêndio 533


QUARTA PARTE

A ORAÇÃO CRISTÃ

PRIMEIRA SECÇÃO

A ORAÇÃO NA VIDA CRISTÃ




534 O que é a oração?

CEC 2558-2565
CEC 2590

A oração consiste em elevar a alma a Deus ou em pedir a Deus bens conformes à sua vontade. Ela é sempre um dom de Deus que vem ao encontro do homem. A oração cristã é relação pessoal e viva dos filhos de Deus com o Pai infinitamente bom, com o seu Filho Jesus Cristo e com o Espírito Santo que habita no coração daqueles.



CAPÍTULO PRIMEIRO

A REVELAÇÃO DA ORAÇÃO




535 Porque é que existe um chamamento universal à oração?

CEC 2566-2567

Porque primeiramente Deus, através da criação, chama do nada todos os seres e ainda porque, mesmo depois da queda, o homem continua a ser capaz de reconhecer o seu Criador, conservando o desejo d’Aquele que o chamou à existência. Todas as religiões e, em especial, toda a história da salvação, testemunham este desejo de Deus por parte do homem, se bem que é sempre Deus que primeiro e incessantemente atrai cada uma das pessoas para o encontro misterioso da oração.



A REVELAÇÃO DA ORAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO




536 Como é que Abraão é um modelo de oração?

CEC 2570-2573
CEC 2592

Abraão é um modelo de oração porque caminha na presença de Deus, O escuta e Lhe obedece. A sua oração é um combate da fé, porque ele continua a crer na fidelidade de Deus mesmo nos momentos de provação. Além disso, depois de receber na sua tenda a visita do Senhor, que lhe confia os seus desígnios, Abraão ousa interceder pelos pecadores, com audaciosa confiança.


537 Como rezava Moisés?

CEC 2574-2577
CEC 2593

A oração de Moisés é o tipo da oração contemplativa: Deus, que, da Sarça ardente, chama Moisés, conversa muitas vezes e longamente com ele «face a face, como um homem com o seu amigo» (Ex 33,11). Nesta intimidade com Deus, Moisés recebe a força para interceder tenazmente em favor do povo: a sua oração prefigura assim a intercessão do único mediador, Cristo Jesus.


538 Quais as relações do templo e do rei com a oração, no Antigo Testamento?

CEC 2578-2580
CEC 2594

À sombra da morada de Deus – a Arca da Aliança e mais tarde o templo – cresce a oração do Povo de Deus, sob a orientação dos seus pastores. Entre eles, David é o rei «segundo o coração de Deus», o pastor que reza pelo seu povo. A sua oração é um modelo da oração do povo pois é adesão à promessa divina e confiança cheia de amor n’Aquele que é o único Rei e Senhor.


539 Qual a importância da oração na missão dos profetas?

CEC 2581-2584

Os profetas recebem da oração luz e força para exortar o povo à fé e à conversão do coração. Entram numa grande intimidade com Deus e intercedem pelos irmãos, aos quais anunciam tudo o que viram e ouviram da parte do Senhor. Elias é o pai dos profetas, isto é, dos que procuram o Rosto de Deus. No Monte Carmelo, obtém o regresso do povo à fé, graças à intervenção de Deus, a quem suplica: «Responde-me Senhor, responde-me!» (1R 18,37).


540 Qual é a importância da oração dos salmos?

CEC 2579
CEC 2585-2589
CEC 2596-2597

Os Salmos são o vértice da oração no Antigo Testamento: a Palavra de Deus torna-se oração do homem. Inseparavelmente pessoal e comunitária, esta oração, inspirada pelo Espírito Santo, canta as maravilhas de Deus na criação e na história da salvação. Cristo rezou os Salmos, e deu-lhes pleno cumprimento. E é por isso que eles permanecem um elemento essencial e permanente da oração da Igreja, adaptados aos homens de todas as condições e de todos os tempos.



A ORAÇÃO PLENAMENTE REVELADA

E REALIZADA EM JESUS




541 Quem ensinou Jesus a rezar?

CEC 2599
CEC 2620

Jesus, segundo o seu coração de homem, foi ensinado a rezar por sua Mãe e pela tradição judaica. Mas a sua oração brota duma fonte secreta, porque Ele é o Filho eterno de Deus, que, na sua santa humanidade, dirige a seu Pai a oração filial perfeita.


542 Quando Jesus rezava?

CEC 2600-2604
CEC 2620

O Evangelho apresenta muitas vezes Jesus em oração. Ele retira-se para a solidão, mesmo de noite. Jesus reza antes dos momentos decisivos da sua missão ou da missão dos Apóstolos. De facto, toda a sua vida é oração, porque Ele existe numa comunhão constante de amor com o Pai.


543 Como rezou Jesus na sua paixão?

CEC 2605-2606
CEC 2620

A oração de Jesus durante a agonia no Jardim de Getsemani e nas últimas palavras sobre a cruz revelam a profundidade da sua oração filial: Jesus conduz à sua realização o desígnio de amor do Pai e toma sobre si todas as angústias da humanidade, todas as interrogações e intercessões da história da salvação. Ele apresenta-as ao Pai que as acolhe e escuta, para lá de toda a esperança, ressuscitando-O dos mortos.


544 Como Jesus nos ensina a rezar?

CEC 2608
CEC 2621

Jesus ensina-nos a rezar, não só com a oração do Pai nosso, mas também com a sua própria oração. Assim, para além do conteúdo, ensina-nos as disposições requeridas para uma verdadeira oração: a pureza do coração que procura o Reino e perdoa aos inimigos; a confiança audaz e filial que se estende para além do que sentimos e compreendemos; a vigilância que protege o discípulo da tentação; a oração no Nome de Jesus, nosso Mediador junto do Pai.


545 Porque é eficaz a nossa oração?

CEC 2615-2616

A nossa oração é eficaz porque está unida à de Jesus mediante a fé. N’Ele, a oração cristã torna-se comunhão de amor com o Pai. Podemos, neste caso, apresentar os nossos pedidos a Deus e ser atendidos: «Pedi e recebereis, assim a vossa alegria será completa» (Jn 16,24).


546 Como é que a Virgem Maria rezava?

CEC 2617 CEC 2622
CEC 2618 CEC 2674
CEC 2679

A oração de Maria caracteriza-se pela fé e pela oferta generosa de todo o seu ser a Deus. A Mãe de Jesus é a Nova Eva, a «Mãe dos viventes»: ela pede a Jesus, seu Filho, pelas necessidades de todos os homens.


547 Existe no Evangelho uma oração de Maria?

CEC 2619

Para além da intercessão de Maria em Caná da Galileia, o Evangelho apresenta-nos o Magnificat (Lc 1,46-55), cântico da Mãe de Deus e da Igreja, jubilosa acção de graças que se eleva do coração dos pobres porque a sua esperança foi realizada pelo cumprimento das promessas divinas.



A ORAÇÃO NO TEMPO DA IGREJA




548 Como rezava a primeira comunidade cristã de Jerusalém?

CEC 2623

No início dos Actos dos Apóstolos está escrito que na primeira comunidade de Jerusalém, educada pelo Espírito Santo na vida de oração, os crentes «eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, fiéis à união fraterna, à fracção do pão e às orações» (Ac 2,42).


549 Como intervém o Espírito Santo na oração da Igreja?

CEC 2623 CEC 2625

O Espírito Santo, Mestre interior da oração cristã, forma a Igreja para a vida de oração e a faz entrar cada vez mais profundamente na contemplação e na união com o insondável mistério de Cristo. As formas de oração, tais como as revelam os Escritos apostólicos e canónicos, permanecerão sempre normativas para a oração cristã.


550 Quais são as formas essenciais da oração cristã?

CEC 2643

São a bênção e a adoração, a oração de petição e a intercessão, a acção de graças e o louvor. A Eucaristia contém e exprime todas as formas de oração.


551 O que é a bênção?

CEC 2626-2627
CEC 2645

A bênção é a resposta do homem aos dons de Deus: nós bendizemos o Omnipotente que primeiramente nos abençoa e enche dos seus dons.


552 Como se pode definir a adoração?

CEC 2628

A adoração é a prostração do homem que se reconhece criatura diante do seu Criador três vezes santo.


553 Quais são as diversas formas da oração de petição?

CEC 2629-2633
CEC 2646

Pode ser um pedido de perdão ou mesmo uma súplica humilde e confiante em relação a todas as nossas necessidades espirituais ou materiais. Mas a primeira realidade a desejar é a vinda do Reino.


554 Em que consiste a intercessão?

CEC 2634
CEC 2647

A intercessão consiste no pedir em favor doutro. Ela conforma-nos e une-nos à oração de Jesus que intercede junto do Pai por todos os homens, em especial pelos pecadores. A intercessão deve estender-se também aos inimigos.


555 Quando se dá a Deus acção de graças?

A Igreja dá graças a Deus incessantemente, sobretudo ao celebrar a Eucaristia, na qual Cristo a faz participar na sua acção de graças ao Pai. Todos os acontecimentos se convertem para o cristão em motivo de acção de graças. ( 2637-2638; 2648 )


556 O que é a oração de louvor?

CEC 2639
CEC 2649

O louvor é a forma de oração que mais imediatamente reconhece que Deus é Deus. É completamente desinteressada: canta Deus por Ele ser quem é e glorifica-O porque Ele é.



CAPÍTULO SEGUNDO

A TRADIÇÃO DA ORAÇÃO




557 Qual a importância da Tradição em relação à oração?

CEC 2650-2651

Na Igreja, é através duma Tradição viva que o Espírito Santo ensina os filhos de Deus a orar. A oração não se reduz, com efeito, ao brotar espontâneo dum impulso interior, mas implica contemplação, estudo e compreensão das realidades espirituais que se experimentam.



NAS FONTES DA ORAÇÃO




558 Quais as fontes da oração cristã?

CEC 2652

São: a Palavra de Deus, que nos dá a «sublime ciência de Cristo» (Ph 3,8); a Liturgia da Igreja que anuncia, actualiza e comunica o mistério da salvação; as virtudes teologais; as situações quotidianas, porque nelas podemos encontrar Deus.



«Eu Vos amo, Senhor, e a única graça que Vos peço é a de Vos amar eternamente. Meu Deus, se a minha língua não pode repetir, a todo o momento, que Vos amo, quero que o meu coração o repita tantas vezes quantas eu respiro» (S. João Maria Vianney).



O CAMINHO DA ORAÇÃO




559 Na Igreja existem diferentes caminhos de oração?

CEC 2663

Na Igreja existem diferentes caminhos de oração, segundo os diferentes contextos históricos, sociais e culturais. Pertence ao Magistério discernir a sua fidelidade à tradição da fé apostólica e aos pastores e catequistas o explicar-lhe o sentido, que é sempre referido a Jesus Cristo.


560 Qual é o caminho da nossa oração?

CEC 2664
CEC 2680

O caminho da nossa oração é Cristo, porque ela se dirige a Deus nosso Pai, mas aquela só chega até Ele, se, ao menos implicitamente, rezamos no Nome de Jesus. A sua humanidade é, pois, o único caminho pelo qual o Espírito Santo nos ensina a rezar a Deus nosso Pai. Por isso as orações litúrgicas concluem-se com a fórmula: «Por nosso Senhor Jesus Cristo».


561 Qual o papel do Espírito Santo na oração?

CEC 2670-2672
CEC 2680

Uma vez que o Espírito Santo é o Mestre interior da oração cristã e «nós não sabemos o que devemos pedir» (Rm 8,26), a Igreja exorta-nos a invocá-lo e a implorá-lo em todas as ocasiões: «Vinde, Espírito Santo!».


562 Em que é que a oração cristã é mariana?

CEC 2673-2679
CEC 2682

Em virtude da sua singular cooperação com a acção do Espírito Santo, a Igreja gosta de orar a Maria e de orar com Maria, a Orante perfeita, para com Ela engrandecer e invocar o Senhor. De facto, Maria, «mostra-nos o caminho» que é o Seu Filho, o único Mediador.


563 Como é que a Igreja reza a Maria?

CEC 2676-2678
CEC 2682

Antes de mais com a Ave Maria, oração mediante a qual a Igreja pede a intercessão da Virgem. Outras orações marianas são o Rosário o hino Acatistos, a Paraclisis, os hinos e os cânticos das diversas tradições cristãs.



GUIAS PARA A ORAÇÃO




564 Como é que os Santos são guias de oração?

CEC 2683
CEC 2692

Os santos são modelos de oração e a eles pedimos para, junto da Santíssima Trindade, intercederem por nós e pelo mundo inteiro. A sua intercessão é o mais alto serviço que prestam ao desígnio de Deus. Na comunhão dos santos, desenvolveram-se, ao longo da história da Igreja, diversos tipos de espiritualidade, que ensinam a viver e a pôr em prática a oração.


565 Quem pode educar na oração?

CEC 2685-2690
CEC 2694-2695

A família cristã é o primeiro lugar da educação na oração. A oração familiar quotidiana é especialmente recomendada porque é o primeiro testemunho da vida de oração da Igreja. A catequese, os grupos de oração, a «direcção espiritual» constituem uma ajuda e uma escola de oração.


566 Quais os lugares favoráveis à oração?

CEC 2691 CEC 2696

Em toda a parte se pode rezar, mas a escolha de um lugar apropriado não é indiferente para a oração. A igreja é o lugar próprio da oração litúrgica e da adoração eucarística. Também outros lugares ajudam a rezar, como um «recanto de oração» em casa; um mosteiro; um santuário.



CAPÍTULO TERCEIRO

A VIDA DE ORAÇÃO




567 Quais os momentos mais indicados para a oração?

CEC 2697-2698
CEC 2720

Todos os momentos são indicados para a oração, mas a Igreja propõe aos fiéis ritmos destinados a alimentar a oração contínua: orações da manhã e da noite, antes e depois das refeições, liturgia das Horas; Eucaristia dominical; Santo Rosário; festas do ano litúrgico.



«Devemos lembrar-nos de Deus, com mais frequência do que respiramos» (S. Gregório de Nazianzo).




568 Quais as expressões da vida de oração?

CEC 2697

A tradição cristã conservou três modos para expressar e viver a oração: a oração vocal, a meditação e a oração contemplativa. Têm em comum o recolhimento do coração.



AS EXPRESSÕES DA ORAÇÃO




569 Como se caracteriza a oração vocal?

CEC 2700-2704
CEC 2722

A oração vocal associa o corpo à oração interior do coração. Mesmo a mais interior das orações não poderia prescindir da oração vocal. Em todo o caso, ela deve brotar duma fé pessoal. Com o Pai Nosso, Jesus ensinou-nos uma fórmula perfeita de oração vocal.


570 O que é a meditação?

CEC 2705-2708
CEC 2723

A meditação é uma reflexão orante, que parte sobretudo da Palavra de Deus na Bíblia. Mobiliza a inteligência, a imaginação, a emoção, o desejo, para aprofundar a nossa fé, suscitar a conversão do nosso coração e fortalecer a nossa vontade de seguir a Cristo. É uma etapa preliminar em direcção à união de amor com o Senhor.


571 O que é a oração contemplativa?

CEC 2709-2719
CEC 2724
CEC 2739-2741

A oração contemplativa é um simples olhar sobre Deus no silêncio e no amor. É um dom de Deus, um momento de fé pura durante o qual o orante procura Cristo, se entrega à vontade amorosa do Pai e concentra o seu ser sob a acção do Espírito. Santa Teresa de Ávila define-a como uma íntima relação de amizade, «em que muitas vezes dialogamos a sós com Deus, por Quem sabemos ser amados».



O COMBATE DA ORAÇÃO




572 Porque é que a oração é um combate?

CEC 2725

A oração é um dom da graça, mas pressupõe sempre uma resposta decidida da nossa parte, porque o que reza combate contra si mesmo, contra o ambiente e sobretudo contra o Tentador, que faz tudo para retirá-lo da oração. O combate da oração é inseparável do progresso da vida espiritual. Reza-se como se vive, porque se vive como se reza.


573 Quais as objecções à oração?

CEC 2726-2728
CEC 2752-2753

Para lá das formas erróneas de conceber a oração, muitos pensam que não têm tempo para rezar ou então que seja inútil. Os que rezam podem desanimar perante as dificuldades e os insucessos aparentes. Para vencer estes obstáculos são necessárias a humildade, a confiança e a perseverança.


574 Quais as dificuldades da oração?

CEC 2729-2733
CEC 2754-2755

A distracção é a dificuldade habitual da nossa oração. Ela afasta da atenção a Deus e pode também revelar aquilo a que estamos apegados. O nosso coração deve então regressar humildemente ao Senhor. A oração é muitas vezes insidiada pela aridez, cuja superação, na fé, permite aderir ao Senhor, mesmo sem uma consolação sensível. A acédia é uma forma de preguiça espiritual devida ao relaxamento da vigilância e à negligência na guarda do coração.


575 Como fortalecer a nossa confiança filial?

CEC 2734-2741
CEC 2756

A confiança filial é posta à prova quando pensamos que não somos atendidos. Devemos interrogar-nos, então, se Deus é para nós um Pai do qual procuramos cumprir a vontade, ou não será antes um simples meio para obter o que queremos. Se a nossa oração se une à de Jesus, sabemos que Ele nos concede muito mais do que este ou aquele dom: recebemos o Espírito Santo que transforma o nosso coração.


576 É possível rezar a todo o momento?

CEC 2742-2745 CEC 2757

Orar é sempre possível porque o tempo do cristão é o tempo de Cristo ressuscitado, o qual «permanece connosco todos os dias» (Mt 28,20). Oração e vida cristã são por isso inseparáveis.



«É possível, mesmo no mercado ou durante um passeio sozinho, fazer oração frequente e fervorosa. É possível mesmo sentados na vossa loja, a tratar de compras e vendas, ou até mesmo a cozinhar»(S. João Crisóstomo).




577 O que é a oração da Hora de Jesus?

CEC 2604
CEC 2746-275
CEC 2758

É a chamada oração sacerdotal de Jesus na Última Ceia. Jesus, o Sumo Sacerdote da Nova Aliança, dirige-a ao Pai quando chega a Hora da sua «passagem» para Ele, a Hora do seu sacrifício.



SEGUNDA SECÇÃO

A ORAÇÃO DO SENHOR:

PAI NOSSO



Pai Nosso

Pai Nosso que estais nos Céus,
santificado seja o vosso Nome,
venha a nós o vosso Reino,
seja feita a vossa vontade
assim na terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje,
perdoai-nos as nossas ofensas
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido,
e não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do Mal.

Pater Noster

Pater noster, qui es in caelis:
sanctificétur Nomen Tuum:
advéniat Regnum Tuum:
fiat volúntas Tua,
sicut in caelo, et in terra.
Panem nostrum
cotidiánum da nobis hódie,
et dimítte nobis débita nostra,
sicut et nos
dimíttimus debitóribus nostris.
et ne nos indúcas in tentatiónem;
sed líbera nos a Malo.




578 Qual é a origem da oração do Pai Nosso?

CEC 2759-2760 CEC 2773

Jesus ensinou-nos esta oração cristã insubstituível, o Pai Nosso, um dia quando um dos discípulos, vendo-O rezar, lhe pediu: «Ensina-nos a rezar» (Lc 11,1). A tradição litúrgica da Igreja usou sempre o texto de S. Mateus (Mt 6,9-13).



«A SÍNTESE DE TODO O EVANGELHO»




579 Qual é o lugar do Pai Nosso nas Escrituras?

CEC 2761-2764
CEC 2774

O Pai Nosso é a «síntese de todo o Evangelho» (Tertuliano), «a oração perfeitíssima» (S. Tomás de Aquino). Situado no centro do Discurso da Montanha (Mt 5-7), retoma, sob a forma de oração, o conteúdo essencial do Evangelho.


580 Porque se chama «a oração do Senhor»?

CEC 2765-2766
CEC 2775

O Pai Nosso é a «Oração dominical», ou seja «a oração do Senhor», porque nos foi ensinado pelo próprio Senhor Jesus.


581 Que lugar ocupa o Pai Nosso na oração da Igreja?

CEC 2767-2772
CEC 2776

O Pai Nosso é a oração da Igreja por excelência e é «entregue» no Baptismo para manifestar o novo nascimento para a vida divina dos filhos de Deus. A Eucaristia mostra-lhe o sentido pleno, visto que as suas petições, fundadas no mistério da salvação já realizada, e que serão plenamente atendidas na vinda do Senhor. O Pai Nosso é também parte integrante da liturgia das Horas.



«PAI NOSSO, QUE ESTAIS NOS CÉUS»




582 Porque podemos «ousar aproximar-nos com toda a confiança» do Pai?

CEC 2777-2778
CEC 2797

Porque Jesus, nosso Redentor, nos apresenta diante do Rosto do Pai, e o seu Espírito faz de nós filhos. Podemos assim rezar o Pai Nosso com uma confiança simples e filial, com uma alegre segurança e uma audácia humilde, com a certeza de ser amados e atendidos.


583 Como é possível invocar a Deus como «Pai»?

CEC 2779-2785
CEC 2789
CEC 2798-2800

Podemos invocar o «Pai», porque Ele nos foi revelado por seu Filho feito homem e porque o seu Espírito no-Lo faz conhecer. A invocação do Pai introduz-nos no seu mistério com uma admiração sempre nova e suscita em nós o desejo dum comportamento filial. Ao rezar a oração do Senhor estamos conscientes de sermos filhos no Filho do eterno Pai.


584 Porque dizemos «Pai Nosso»?

CEC 2786-2790
CEC 2801

«Nosso» exprime uma relação totalmente nova com Deus. Sempre que rezamos ao Pai, adoramo-Lo e glorificamo-Lo com o Filho e o Espírito. Em Cristo, somos o «seu» Povo e Ele é o «nosso» Deus, desde agora e para a eternidade. Dizemos, com efeito, Pai «nosso», porque a Igreja de Cristo é a comunhão duma multidão de irmãos que têm «um só coração e uma só alma» (Ac 4,32).


585 Com que espírito de comunhão e missão dizemos ao rezar a Deus Pai «nosso»?

CEC 2791-2793
CEC 2801

Dado que rezar o Pai «nosso» é um bem comum de todos os baptizados, estes sentem o apelo urgente a participar na oração de Jesus pela unidade dos seus discípulos. Rezar o «Pai Nosso» é rezar com e por todos os homens, para que conheçam o único e verdadeiro Deus e sejam reunidos na unidade.


586 Que significa a expressão «que estais nos céus»?

CEC 2794-2796
CEC 2802

Esta expressão bíblica não indica um lugar mas uma maneira de ser: Deus está para lá e acima de tudo. Designa a majestade, a santidade de Deus, e também a sua presença no coração dos justos. O céu, ou a Casa do Pai, constitui a verdadeira pátria para a qual tendemos na esperança, enquanto estamos ainda na terra. Nós vivemos já nela «escondidos com Cristo em Deus» (Col 3,3).



AS SETE PETIÇÕES




587 Como é composta a oração do Senhor?

CEC 2803-2806
CEC 2857

A oração do Senhor contém sete petições a Deus Pai. As primeiras três, mais teologais, aproximam-nos d’Ele, para a sua glória: pois é próprio do amor pensar antes de mais n’Aquele que amamos. Elas sugerem o que em especial devemos pedir-Lhe: a santificação do seu Nome, a vinda do seu Reino, a realização da sua Vontade. As últimas quatro apresentam ao Pai de misericórdia as nossas misérias e as nossas expectativas. Pedimos que nos alimente, nos perdoe, nos defenda nas tentações e nos livre do Maligno.


588 O que quer dizer «santificado seja o Vosso nome»?

CEC 2807-2812
CEC 2858

Santificar o Nome de Deus é, antes de mais, um louvor que reconhece Deus como Santo. De facto, Deus revelou o seu santo Nome a Moisés e quis que o seu povo lhe fosse consagrado como uma nação santa na qual Ele habita.


589 Como é santificado o Nome de Deus em nós e no mundo?

CEC 2813-2815

Santificar o Nome de Deus que nos chama «à santificação» (1Th 4,7) é desejar que a consagração baptismal vivifique toda a nossa vida. É pedir, além disso, com a nossa vida e a nossa oração, que o Nome de Deus seja conhecido e bendito por todos os homens.


590 Que pede a Igreja rezando: «Venha a nós o vosso Reino»?

CEC 2816-2821
CEC 2859

A Igreja pede a vinda final do Reino de Deus mediante o regresso de Cristo na glória. Mas a Igreja reza, também, para que o Reino de Deus cresça, já hoje, graças à santificação dos homens no Espírito e graças ao seu empenho ao serviço da justiça e da paz, segundo as Bem-aventuranças. Este pedido é o grito do Espírito e da Esposa: «Vem Senhor Jesus» (Ap 22,20).


591 Porque pedir: «Seja feita a Vossa vontade assim na terra como no céu»?

CEC 2822-2827
CEC 2860

A vontade do Pai é que «todos os homens sejam salvos» (1 Tim 1Tm 2,3). Para isso é que Jesus veio: para realizar perfeitamente a Vontade salvífica do Pai. Nós pedimos a Deus Pai que una a nossa vontade à do seu Filho, a exemplo de Maria Santíssima e dos Santos. Pedimos que o seu desígnio de benevolência se realize plenamente na terra como no céu. É mediante a oração que podemos «discernir a vontade de Deus» (Rm 12,2) e obter a «perseverança para a cumprir» (He 10,36).


592 Que significa o pedido: «O pão nosso de cada dia nos dai hoje»?

CEC 2828-2834
CEC 2861

Ao pedir a Deus, com o confiante abandono dos filhos, o alimento quotidiano necessário a todos para a subsistência, reconhecemos o quanto Deus nosso Pai é bom e está acima de toda a bondade. Pedimos também a graça de saber agir de modo que a justiça e a partilha façam com que a abundância de uns possa prover às necessidades dos outros.


593 Qual é o específico sentido cristão deste pedido?

CEC 2835-2837
CEC 2861

Porque «o homem não vive só de pão, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus» (Mt 4,4), este pedido refere-se igualmente à fome da Palavra de Deus e à do Corpo de Cristo recebido na Eucaristia, bem como à fome do Espírito Santo. Pedimo-Lo, com uma confiança absoluta, para hoje, o hoje de Deus, o qual nos é dado sobretudo na Eucaristia que antecipa o banquete do reino que há-de vir.


594 Porque dizer: «Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido»?

CEC 2838-2839
CEC 2862

Ao pedir a Deus Pai para nos perdoar, reconhecemo-nos pecadores diante d’Ele. E, ao mesmo tempo, confessamos a sua misericórdia, porque, no seu Filho e através dos sacramentos, «recebemos a redenção, o perdão dos pecados» (Col 1,14). Porém, o nosso pedido só será atendido se tivermos perdoado aos que nos ofenderam.


595 Como é que é possível o perdão?

CEC 2840-2845
CEC 2862

A misericórdia penetra no nosso coração só se também nós soubermos perdoar, até aos nossos inimigos. Ora, mesmo que ao homem pareça impossível satisfazer esta exigência, o coração que se oferece ao Espírito Santo pode, como Cristo, amar até ao extremo do amor, mudar a ferida em compaixão, transformar a ofensa em intercessão. O perdão participa da misericórdia divina e é um vértice da oração cristã.


596 O que significa: «Não nos deixeis cair em tentação»?

CEC 2846-2849
CEC 2863

Pedimos a Deus Pai que não nos deixe sozinhos e à mercê da tentação. Pedimos ao Espírito para sabermos discernir entre a provação que ajuda a crescer no bem e a tentação que conduz ao pecado e à morte, e, ainda, entre ser tentados e consentir na tentação. Esta petição coloca-nos em união com Jesus, que, com a sua oração, venceu a tentação e solicita a graça da vigilância e da perseverança final.


597 Porque concluímos pedindo: «Mas livra-nos do Mal»?

CEC 2850-2854
CEC 2864

O Mal indica a pessoa de Satanás que se opõe a Deus e que é «o sedutor de toda a terra» (Ap 12,9). A vitória sobre o diabo já foi alcançada por Cristo. Mas nós pedimos para que a família humana seja libertada de Satanás e das suas obras. Pedimos também o dom precioso da paz e a graça da esperança perseverante da vinda de Cristo, que nos libertará definitivamente do Maligno.


598 O que significa o Ámen final?

CEC 2855
CEC 2865

«Depois, acabada a oração, tu dizes: Ámen, corroborando com o Ámen, que significa “Assim seja, que isso se faça”, tudo o que está contido na «oração que Deus nos ensinou»(S. Cirilo de Jerusalém).



APÊNDICE

A) ORAÇÕES COMUNS

B) FÓRMULAS DE DOUTRINA CATÓLICA

A) ORAÇÕES COMUNS

Sinal da Cruz

Em nome do Pai e do Filho
e do Espírito Santo. Ámen.

Glória ao Pai

Glória ao Pai e ao Filho
e ao Espírito Santo.
Como era, no princípio,
agora e sempre.
Ámen.

Avé Maria

Avé Maria, cheia de graça,
o Senhor é convosco,
bendita sois vós entre as mulheres
e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus,
rogai por nós pecadores,
agora e na hora da nossa morte. Ámen

Ao Anjo da Guarda

Santo Anjo do Senhor,
meu zeloso guardador,
pois que a ti me confiou a Piedade divina,
hoje e sempre
me governa, rege, guarda e ilumina.
Ámen.

Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso

Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso
Entre os esplendores da luz perpétua.
Descansem em paz. Ámen.

Angelus (A Trindades)

V. O Anjo do Senhor anunciou a Maria

R. E Ela concebeu pelo Espírito Santo
Avé Maria...

V. Eis a escrava do Senhor.

R. Faça-se em mim,
segundo a Vossa palavra.
Avé Maria....

V. E o Verbo Divino encarnou.

R. E habitou entre nós.
Avé Maria.......

V. Rogai por nós, santa Mãe de Deus.

R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo

Oremos:

Infundi, Senhor, a vossa graça, em nossas almas,
para que nós, que, pela anunciação do Anjo,
conhecemos a encarnação de Cristo,
vosso Filho,
pela sua paixão e morte na cruz,
sejamos conduzidos à glória da Ressurreição.
Pelo mesmo Cristo Senhor nosso. Ámen.

Rainha do Céu
(no Tempo Pascal)

Rainha dos céus, alegrai-vos. Aleluia!
Porque Aquele que merecestes trazer em vosso seio. Aleluia!
Ressuscitou como disse. Aleluia!
Rogai por nós a Deus. Aleluia!
D./ Alegrai-vos e exultai, ó Virgem Maria. Aleluia!
C./ Porque o Senhor ressuscitou, verdadeiramente. Aleluia!

Oremos.
Ó Deus, que enchestes o mundo de alegria
com a ressurreição do Vosso Filho, nosso
Senhor Jesus Cristo,
concedei, nós vo-lo pedimos,
que pela intercessão da Virgem Maria,
Sua Mãe,
alcancemos as alegrias da vida eterna.
Por Cristo, Senhor nosso.

Salvé Rainha

Salvé, Rainha,
mãe de misericórdia,
vida, doçura, esperança nossa, salve!
A Vós bradamos,
os degredados filhos de Eva.
A Vós suspiramos, gemendo e chorando
neste vale de lágrimas.
Eia, pois, advogada nossa,
esses Vossos olhos misericordiosos
a nós volvei.
E, depois deste desterro,
nos mostrai Jesus, bendito fruto
do Vosso ventre.
Ó clemente, ó piedosa,
ó doce Virgem Maria.
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,
para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Magnificat

A minha alma glorifica ao Senhor
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua serva:
de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas:
Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração
sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu braço
e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos
e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens
e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu Israel seu servo,
lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais,
a Abraão e à sua descendência
para sempre.
Glória ao Pai e ao Filho
e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre.
Ámen.

Sob a Tua Protecção

À Vossa protecção, recorremos,
Santa Mãe de Deus;
não desprezeis as nossas súplicas
em nossas necessidades;
mas livrai-nos
de todos os perigos,
ó Virgem gloriosa e bendita.

Benedictus

Bendito o Senhor Deus de Israel
que visitou e redimiu o seu povo,
e nos deu um Salvador poderoso
na casa de David, seu servo,
conforme prometeu pela boca
dos seus santos,
os profetas dos tempos antigos,
para nos libertar dos nossos inimigos,
e das mãos daqueles que nos odeiam.
Para mostrar a sua misericórdia a favor dos nossos pais,
recordando a sua sagrada aliança,
e o juramento que fizera a Abraão,
nosso pai,
que nos havia de conceder esta graça:
de O servirmos um dia, sem temor,
livres das mãos dos nossos inimigos,
em santidade e justiça, na sua presença,
todos os dias da nossa vida.
E tu, menino, serás chamado profeta
do Altíssimo,
porque irás à sua frente a preparar os seus caminhos,
para dar a conhecer ao seu povo a salvação
pela remissão dos seus pecados,
graças ao coração misericordioso
do nosso Deus,
que das alturas nos visita
como sol nascente,
para iluminar os que jazem nas trevas
e na sombra da morte
e dirigir os nossos passos no caminho da paz.
Glória ao Pai e ao Filho
e ao Espírito Santo.
Como era no princípio,
agora e sempre. Ámen.

Te Deum

Nós Vos louvamos, ó Deus,
nós Vos bendizemos, Senhor.
Toda a terra Vos adora,
Pai eterno e omnipotente.
Os Anjos, os Céus
e todas as Potestades,
os Querubins e os Serafins
Vos aclamam sem cessar:
Santo, Santo, Santo,
Senhor Deus do Universo,
o céu e a terra proclamam a vossa glória.
O coro glorioso dos Apóstolos,
a falange venerável dos Profetas,
o exército resplandecente dos Mártires
cantam os vossos louvores.
A santa Igreja anuncia por toda a terra
a glória do vosso nome:
Deus de infinita majestade,
Pai, Filho e Espírito Santo.
Senhor Jesus Cristo, Rei da glória,
Filho do Eterno Pai,
para salvar o homem, tomastes
a condição humana no seio da Virgem Maria.
Vós despedaçastes as cadeias da morte
e abristes as portas do céu.
Vós estais sentado à direita de Deus,
na glória do Pai,
e de novo haveis de vir para julgar
os vivos e os mortos.
Socorrei os vossos servos, Senhor,
que remistes com vosso Sangue precioso;
e recebei-os na luz da glória,
na assembleia dos vossos Santos.
Salvai o vosso povo, Senhor,
e abençoai a vossa herança;
sede o seu pastor e guia através dos tempos
e conduzi-o às fontes da vida eterna.
Nós Vos bendiremos todos os dias da nossa vida
e louvaremos para sempre o vosso nome.
Dignai-Vos, Senhor, neste dia, livrar-nos do pecado.
Tende piedade de nós,
Senhor, tende piedade de nós.
Desça sobre nós a vossa misericórdia,
Porque em Vós esperamos.
Em Vós espero, meu Deus,
não serei confundido eternamente.

Veni Creator Spiritus

Vem, ó Espírito Santo,
E da tua luz celeste
Soltando raios piedosos
Nossos ânimos reveste.
Pai carinhoso dos pobres.
Distribuidor da riqueza,
Vem, ó luz dos corações,
Amparar a natureza.

Vem, Consolador supremo,
Das almas hóspede amável,
Suavíssimo refrigério
Do mortal insaciável.

És no trabalho descanso,
Refresco na calma ardente;
És no pranto doce alívio
De um ânimo penitente.

Suave origem do bem,
Ó fonte da luz divina,
Enche nossos corações,
Nossas almas ilumina.

Sem o teu celeste influxo,
No mortal nada há perfeito;
A tudo quanto é nocivo
Está o homem sujeito.

Lava o que nele há de impuro,
Quanto há de árido humedece;
Sara-lhe quanto é moléstia,
Quanto na vida padece.

O que há de dureza abranda,
O que há de mais frio aquece;
Endireita o desvairado
Que o caminho desconhece.

Os sete dons com que alentas
Os que humildes te confessam,
Aos teus devotos concede
Sempre fiéis to mereçam.

Por virtudes merecidas,
Dá-lhes fim que leve aos Céus;
Dá-lhes eternas delícias
Que aos bons prometes, meu Deus.

Vem, Espírito Santo
(Sequência de Pentecostes)

Vinde, ó santo Espírito,
vinde Amor ardente,
acendei na terra vossa luz fulgente.
Vinde, Pai dos pobres:
na dor e aflições,
vinde encher de gozo
nossos corações.
Benfeitor supremo
em todo o momento,
habitando em nós
sois o nosso alento.
Descanso na luta
e na paz encanto,
no calor sois brisa,
conforto no pranto.
Luz de santidade,
que no Céu ardeis,
abrasai as almas
dos vossos fiéis,
Sem a vossa força
e favor clemente,
nada há no homem
que seja inocente.
Lavai nossas manchas,
a aridez regai,
sarai os enfermos
e a todos salvai.
Abrandai durezas
para os caminhantes,
animai os tristes,
guiai os errantes.
Vossos sete dons
concedei à alma
do que em Vós confia:
Virtude na vida,
amparo na morte,
no Céu alegria.

Alma de Cristo

Alma de Cristo, santificai-me.
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Água do lado de Cristo, lavai-me
Paixão de Cristo, confortai-me.
Ó bom Jesus, ouvi-me.
Dentro das Vossas chagas, escondei-me.
Não permitais que eu me separe de Vós.
Do inimigo maligno defendei-me.
Na hora da minha morte, chamai-me.
Mandai-me ir para Vós,
Para que Vos louve com os Vossos Santos
Pelos séculos dos séculos. Ámen.

Lembrai-vos

Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria,
que nunca se ouviu dizer que algum
daqueles que tenha recorrido à Vossa protecção,
implorado a Vossa assistência e reclamado o Vosso socorro,
fosse por Vós desamparado.

Animado eu, pois, de igual confiança,
a Vós, Virgem entre todas singular,
como a Mãe recorro, de Vós me valho,
e, gemendo sob o peso dos meus pecados,
me prostro aos Vossos pés.
Não desprezeis as minhas súplicas,
ó Mãe do Filho de Deus humanado,
mas dignai- Vos de as ouvir propícia
e de me alcançar o que Vos rogo. Ámen.

Rosário

Mistérios Gozosos
(Segundas e Sábados)

A anunciação do Anjo à Virgem Maria.
A visita de Maria a Santa Isabel.
O nascimento de Jesus em Belém.
A apresentação de Jesus no Templo.
A perda e encontro de Jesus no Templo.

Mistérios da Luz
(Quintas Feiras)

O baptismo de Jesus no Jordão.
A auto-revelação de Jesus nas bodas de Caná.
O anúncio do Reino e o convite à conversão.
A transfiguração de Jesus no Tabor.
A instituição da Eucaristia.

Mistérios Dolorosos
(Terças e Sextas)

Agonia de Jesus no Horto das Oliveiras.
Flagelação de Jesus, preso à coluna.
Coroação de espinhos.
Jesus carrega a cruz a caminho do Calvário.
Jesus é crucificado e morre na cruz.

Mistérios Gloriosos
(Quartas e Domingo )

A ressurreição de Jesus.
A ascensão de Jesus ao céu.
A descida do Espírito Santo.
A assunção da Santíssima Virgem ao céu.
A coroação de Nossa Senhora,
como Rainha do céu e da terra.

Oração no fim do Santo Rosário

D./ Rogai por nós, santa Mãe de Deus.
C./ Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos:

Ó Deus, que, pela vida, morte e ressurreição do Vosso Filho Unigénito, nos adquiristes o prémio da salvação eterna: concedei-nos, Vos pedimos, que venerando os mistérios do santíssimo Rosário da Virgem Maria, imitemos o que eles contêm e alcancemos o que eles prometem. Por Cristo Senhor nosso. Ámen.

Oração do Incenso
(Tradição Copta)

Ó Rei da paz, concedei-nos a Vossa paz e perdoai os nossos pecados. Afugentai os inimigos da Igreja e defendei-a, para que não pereça. O Emanuel, nosso Deus, está no meio de nós na glória do Pai e do Espírito Santo. Ele nos abençoe, purifique o nosso coração e cure as doenças da alma e do corpo. Nós Vos adoramos, ó Cristo, com o Vosso Pai misericordioso e o Espírito Santo, porque viestes até junto de nós e nos salvastes.

Oração de «Adeus ao Altar», antes de deixar a Igreja após a liturgia
(Tradição Siro-Maronita)

Permanece em paz, ó Altar de Deus. A oblação que de ti recebi me sirva para remissão das ofensas e perdão dos pecados, e me obtenha a graça de comparecer diante do tribunal de Cristo sem condenação e sem confusão. Não sei se me será concedido voltar e oferecer sobre ti um outro Sacrifício. Protegei-me, Senhor, e conservai a Vossa Igreja, como caminho de verdade e salvação. Ámen.

Oração pelos Defuntos
(Tradição bizantina)

Ó Deus dos espíritos e de toda a carne, que vencestes a morte, aniquilastes o diabo e destes a vida ao mundo; Vós, ó Senhor, concedei à alma do Vosso servo N. defunto o descanso num lugar luminoso, num lugar verdejante, num lugar de frescura, onde não há sofrimento, dor e gemidos.

Porque sois um Deus bom e misericordioso, perdoai toda a culpa por ele cometida em palavras, obras ou pensamentos, uma vez que não há homem que não peque, que só Vós sois sem pecado, a Vossa justiça é justiça eterna e a Vossa palavra é a verdade.

Vós que sois a ressurreição, a vida e o repouso do Vosso servo N. defunto, ó Cristo nosso Deus, nós Vos damos glória, em comunhão com o Vosso Pai ingénito e com o Vosso santíssimo bom e vivificante Espírito, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Descanse em paz. Ámen.

Acto de Fé

Meu Deus, eu creio tudo o que Vós revelastes e a Santa Igreja nos ensina, porque não podeis enganar-Vos nem enganar-nos.

E, expressamente, creio em Vós, único e verdadeiro Deus em três pessoas iguais e distintas: Pai, Filho e Espírito Santo; e creio em Jesus Cristo, Filho de Deus encarnado, morto e ressuscitado por nós, e que a cada um dará, segundo as suas obras, o prémio ou o castigo eterno. Nesta fé quero viver e morrer.

Senhor, aumentai a minha fé. Ámen.

Acto de Esperança

Meu Deus, porque sois omnipotente, infinitamente misericordioso e fidelíssimo às Vossas promessas, eu espero da Vossa bondade que, em atenção aos méritos de Jesus Cristo, nosso Salvador, me dareis a vida eterna e as graças necessárias para a alcançar, como prometestes aos que praticassem as boas obras, que eu me proponho realizar ajudado com o auxílio da Vossa divina graça. Senhor, minha esperança, na qual quero viver e morrer: jamais serei confundido. Ámen.

Acto de Caridade

Meu Deus, porque sois infinitamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, eu Vos amo de todo o meu coração, a exemplo de Jesus; e, por Vosso amor, amo também o meu próximo como a mim mesmo. Senhor, fazei que eu Vos ame cada vez mais. Ámen.

Acto de Contrição

Meu Deus, porque sois infinitamente bom e Vos amo de todo o meu coração, pesa-me de Vos ter ofendido e, com o auxílio da Vossa divina graça, proponho firmemente emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender. Peço e espero o perdão das minhas culpas pela Vossa infinita misericórdia. Ámen.



Signum Crucis

In nómine Patris
et Filii
et Spíritus Sancii. Amen.


Gloria Patri

Glória Patri
et Fílio
et Spirítui Sancto.
Sicut erat in princípio,
et nunc et semper
et in s?cula saeculórum. Amen.


Ave, Maria

Ave, Maria, grátia plena,
Dóminus tecum.
Benedícta tu in muliéribus,
et benedíctus fructus ventris tui, Iesus.
Sancta María, Mater Dei,
ora pro nobis peccatóribus, nunc et in hora mortis nostrae.
Amen.


Angele Dei

Ángele Dei,
qui custos es mei,
me, tibi commíssum pietáte supérna,
illúmina, custódi,
rege et gubérna.
Amen.


Requiem AEternam

Réquiem aetérnam dona eis, Dómine,
et lux perpétua lúceat eis.
Requiéscant in pace. Amen.


Angelus Domini

Ángelus Dómini
nuntiávit Mariae.
Et concépit
de Spíritu Sancto.
Ave, María...
Ecce ancílla Dómini.
Fiat mihi secúndum
verbum tuum.
Ave, María...
Et Verbum caro factum est.
Et habitávit in nobis.
Ave, Maria...
Ora pro nobis, sancta Dei génetrix.
Ut digni efficiámur
promissiónibus Christi.

Orémus.
Grátiam tuam, qu?sumus,
Dómine, méntibus nostris infunde;
ut qui, Ángelo nuntiánte,
Christi Fílii tui incarnatiónem
cognóvimus,
per passiónem eius et crucem,
ad resurrectiónis glóriam perducámur.
Per eúndem Christum
Dóminum nostrum. Amen.
Glória Patri...
Regina Caeli

Regína caeli laetáre,
allelúia.
Quia quelli merúisti portáre,
allelúia.
Resurréxit, sicut dixit,
allelúia.
Ora pro nobis Deum,
allelúia.
Gaude et laetáre, Virgo María,
allelúia.
Quia surréxit Dominus vere,
allelúia.

Orémus.
Deus, qui per resurrectiónem Filii tui Dómini nostri Iesu Christi mundum laetificáre dignátus es, praesta, qu?sumus, ut per eius Genetrícem Virginem Maríam perpétuae capiámus gáudia vitae.
Per Christum Dóminum nostrum. Amen.


Salve, Regina

Salve, Regína,
Mater misericórdiae,
vita, dulcédo et spes nostra, salve.
Ad te clamámus,
éxsules filii Evae.
Ad te suspirámus geméntes et flentes
in hac lacrimárum valle.
Eia ergo, advocáta nostra,
illos tuos misericórdes óculos
ad nos convérte.
Et Iesum benedíctum fructum
ventris tui,
nobis, posi hoc exsílium, osténde.
O clemens, o pia, o dulcis Virgo María!


Magnificat

Magníficat ánima mea Dóminum,
et exsultávit spíritus meus
in Deo salvatóre meo,
quia respéxit humilitátem
ancíllae suae.
Ecce enim ex hoc beátam
me dicent omnes generatiónes,
quia fecit mihi magna,
qui potens est,
et sanctum nomen eius,
et misericórdia eius in progénies
et progénies timéntibus eum.
Fecit poténtiam in bráchio suo,
dispérsit supérbos mente cordis sui;
depósuit poténtes de sede
et exaltávit húmiles.
Esuriéntes implévit bonis
et divites dimisit inanes.
Suscépit Ísrael púerum suum,
recordátus misericórdiae,
sicut locútus est ad patres nostros,
Àbraham et sémini eius in s?cula.

Glória Patri et Fílio
et Spirítui Sancto.
Sicut erat in princípio,
et nunc et semper,
et in s?cula saeculórum.
Amen.


Sub tuum praesidium

Sub tuum praesídium confúgimus,
sancta Dei Génetrix;
nostras deprecatiónes ne despícias
in necessitátibus;
sed a perículis cunctis
líbera nos semper,
Virgo gloriósa et benedícta.


Benedictus

Benedíctus Dóminus, Deus Ísrael,
quia visitávit
et fecit redemptiónem plebi suae,
et eréxit cornu salútis nobis
in domo David púeri sui,
sieut locútus est per os sanctórum,
qui a saeculo sunt, prophetárum eius,
salútem ex inimícis nostris
et de manu ómnium,
qui odérunt nos;
ad faciéndam misericórdiam
eum pátribus nostris
et memorári testaménti sui sancti,
iusiurándum, quod iurávit
ad Ábraham patrem nostrum,
datúrum se nobis,
ut sine timóre,
de manu inimicórum liberáti,
serviámus illi
in sanetitáte et iustítia coram ipso
omnibus diébus nostris.
Et tu, puer,
prophéta Altíssimi vocáberis:
praeíbis enim ante fáciem Dómini
paráre vias eius,
ad dandam sciéntiam salútis
plebi eius
in remissiònem peccatòrum eòrum,
per víscera misericòrdiae Dei nostri,
in quibus visitábit nos óriens ex alto,
illumináre his, qui in ténebris
et in umbra mortis sedent,
ad dirigéndos pedes nostros
in viam pacis.
Glória Patri et Fílio
et Spirítui Sancto.
Sicut erat in princípio,
et nunc
et semper,
et in s?cula saeculòrum. Amen.


Te Deum

Te Deum laudámus:
te Dóminum confitémur.
Te aetérnum Patrem,
omnis terra venerátur.
tibi omnes ángeli,
tibi caeli
et univérsae potestátes:
tibi chérubim et séraphim
incessábili voce proclámant:
Sanctus, Sanctus, Sanctus,
Dòminus Deus Sábaoth.
Pleni sunt caeli et terra
maiestátis glóriae tuae.
Te gloriòsus
apostolòrum chorus,
te prophetárum
laudábilis númerus,
te mártyrum candidátus
laudat exércitus.
Te per orbem terrarum
sancta confitétur Ecclésia,
Patrem imménsae maiestátis;
venerándum tuum verum
et únicum Filium;
Sanctum quoque
Paráclitum Spíritum.
Tu rex glòriae, Christe.
Tu Patris sempitérnus es Filius.
Tu, ad liberándum susceptúrus
hóminem,
non horrúisti Virginis úterum.
Tu, devícto mortis acúleo,
aperuísti credéntibus regna caelórum.
Tu ad déxteram Dei sedes,
in glória Patris.
Iudex créderis esse ventúrus.
Te ergo qu?sumus,
tuis famulis súbveni,
quos pretiòso sanguine redemísti.
AEtérna fac curo sanctis tuis
in glória numerári.
Salvum fac pópulum tuum, Dómine,
et bénedic hereditáti tuae.
Et rege eos, et extólle illos
usque in aetérnum.
Per síngulos dies benedícimus te;
et laudámus nomen tuum
in s?culum, et in s?culum s?culi.
Dignáre, Dòmine,
die isto sine peccáto nos custodíre.
Miserére nostri, Dómine, miserére nostri.
Fiat misericórdia tua,
Dómine, super nos,
quemádmodum sperávimus in te.
In te, Dómine, sperávi:
non confúndar in aetérnum.


Veni, Creator Spiritus

Veni, creátor Spíritus,
mentes tuòrum vísita,
imple supérna grátia,
quae tu creásti péctora.

Qui díceris Paráclitus,
altíssimi donum Dei,
fons vivus, ignis, cáritas,
et spiritális únctio.

Tu septifòrmis múnere,
dígitus patérnae déxterae,
tu rite promíssum Patris,
sermóne ditans gúttura.

Accénde lumen sénsibus,
infúnde amórem córdibus,
infírma nostri córporis
virtúte firmans pérpeti.

Hostem repéllas lóngius
pacémque dones prótinus;
ductóre sic te praevio
vitémus omne nóxium.

Per Te sciámus da Patrem
noscámus atque Fílium,
teque utriúsque Spíritum
credámus omni témpore.

Deo Patri sit glória,
et Fílio, qui a mórtuis
surréxit, ac Parác1ito,
in saeculórum s?cula. Amen.


Veni, Sancte Spiritus

Veni, Sancte Spíritus,
et emítte c?litus
lucis tuae rádium.

Veni, pater páuperum,
veni, dator múnerum,
veni, lumen córdium.

Consolátor óptime,
dulcis hospes ánimae,
dulce refrigérium.

In labóre réquies,
in aestu tempéries,
in fletu solácium.

O lux beatíssima,
reple cordis íntima
tuórum fidélium.

Sine tuo númine,
nihil est in hómine
nihil est innóxium.

Lava quod est sórdidum,
riga quod est áridum,
sana quod est sáueium.

Flecte quod est rígidum,
fove quod est frígidum,
rege quod est dévium.
Da tuis fidélibus,
in te confidéntibus,
sacrum septenárium.

Da virtútis méritum,
da salútis éxitum,
da perénne gáudium.
Amen.


Anima Christi

Ánima Christi, sanctífica me.
Corpus Christi, salva me.
Sanguis Christi, inébria me,
Aqua láteris Christi, lava me.
Pássio Christi, confórta me,
O bone Iesu, exáudi me.
Intra tua vúlnera abscónde me.
Ne permíttas me separári a te.
Ab hoste malígno defénde me.
In hora mortis meae voca me.
Et iube me veníre ad te,
ut cum Sanctis tuis laudem te
in s?cula saeculórum.
Amen.


Memorare

Memoráre, o piíssima Virgo María, non esse auditum a s?culo, quemquam ad tua curréntem praesidia, tua implorántem auxilia, tua peténtem suffrágia, esse derelíctum. Ego tali animátus confidéntia, ad te, Virgo Virginum, Mater, curro, ad te vénio, coram te gemens peccator assisto. Noli, Mater Verbi, verba mea despícere; sed áudi propitia et exáudi.
Amen.


Rosarium

Mystéria gaudiosa
(in feria secunda et sabbato)

Annuntiátio.
Visitátio.
Natívitas.
Praesentátio.
Invéntio in Tempio.

(in feria quinta)

Baptísma apud Iordánem.
Autorevelátio apud Cananénse
matrimónium.
Regni Dei proclamátio
coniúcta cum invitaménto
ad conversiónem.
Transfigurátio.
Eucharístiae Institútio.

Mystéria dolorósa
(in feria tertia et feria sexta)

Agonía in Hortu.
Flagellátio.
Coronátio Spinis.
Baiulátio Crucis.
Crucifíxio et Mors.

Mystéria gloriósa
(in feria quarta et Dorninica)

Resurréctio.
Ascénsio.
Descénsus Spíritus Sancti.
Assúmptio.
Coronátio in Caelo.

Oratio ad finem Rosarii dicenda

Ora pro nobis, sancta Dei génetrix.
Ut digni efficiámur
promissiónibus Christi.
Orémus.
Deus, cuius Unigénitus per vitam, mortem et resurrectiónem suam nobis salútis aetérnae pr?mia comparávit, concéde, qu?sumus: ut haec mystéria sacratíssimo beátae Maríae Virginis Rosário recoléntes, et imitémur quod cóntinent, et quod promíttunt assequámur. Per Christum Dóminum nostrum. Amen.


Actus fidei

Dómine Deus, firma fide credo et confíteor ómnia et síngula quae sancta Ecclésia Cathólica propónit, quia tu, Deus, ea ómnia revelásti, qui es aetérna véritas et sapiéntia quae nec fállere nec falli potest.
In hac fíde vívere et mori státuo. Amen.


Actus spei

Dómine Deus, spero per grátiam tuam remissiónem ómnium peccatórum, et post hanc vitam aetérnam felicitátem me esse consecutúrum: quia tu promisísti, qui es infiníte potens, fidélis, benígnus, et miséricors.
In hac spe vívere et mori státuo.
Amen.


Actus caritatis

Dómine Deus, amo te super ómnia et próximum meum propter te, quia tu es summum, infinítum, et perfectíssimum bonum, omni dilectióne dignum. In hac caritáte vívere et mori státuo. Amen.

Actus contritionis

Deus meus, ex toto corde p?nitet me ómnium meórum peccatórum, éaque detéstor, quia peccándo, non solum poenas a te iuste statútas proméritus sum, sed praesértim quia offéndi te, summum bonum, ac dignum qui super ómnia diligáris. Ideo fírmiter propóno, adiuvánte grátia tua, de cétero me non peccatúrum peccandíque occasiónes próximas fugitúrum. Amen.




B) FÓRMULAS DE DOUTRINA CATÓLICA



Os dois mandamentos de caridade

1. Amarás o Senhor teu Deus,
com todo o teu coração,
com toda a tua alma
e com toda a tua mente.

2. Amarás ao próximo como a ti mesmo.

A regra de ouro (Mt 7,12)

Tudo quanto quiserdes que os homens vos façam, fazei-lho vós também.

As Bem-aventuranças (Mt 5,3-12)

Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados os que choram,
porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos,
porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração,
porque verão a Deus.
Bem-aventurados os pacificadores,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça,
porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados sereis quando vos insultarem,
vos perseguirem e, mentindo,
disserem toda a espécie de calúnias contra vós.
Alegrai-vos e exultai,
porque será grande a vossa recompensa nos céus.

As três virtudes teologais:


1. Fé

2. Esperança
3. Caridade.

As quatro virtudes cardeais:

1. Prudência
2. Justiça
3. Fortaleza
4. Temperança.

Os sete dons do Espírito Santo:

1. Sabedoria
2. Entendimento
3. Conselho
4. Fortaleza
5. Ciência
6. Piedade
7. Temor de Deus.

Os doze frutos do Espírito Santo:

1. Amor
2. Alegria
3. Paz
4. Paciência
5. Longanimidade
6. Benignidade
7. Bondade
8. Mansidão

9. Fé

10. Modéstia
11. Continência
12. Castidade.

Os cinco preceitos da Igreja:

1. Participar na Missa, aos domingos e festas de guarda e abster-se de trabalhos e actividades que impeçam a santificação desses dias.
2. Confessar os pecados ao menos uma vez cada ano.
3. Comungar o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa.
4. Guardar a abstinência e jejuar nos dias determinados pela Igreja.
5. Contribuir para as necessidades materiais da Igreja, segundo as possibilidades.

As sete obras de misericórdia corporais:

1. Dar de comer a quem tem fome
2. Dar de beber a quem tem sede
3. Vestir os nus
4. Dar pousada aos peregrinos
5. Visitar os enfermos
6. Visitar os presos
7. Enterrar os mortos.

As sete obras de misericórdia espirituais:

1. Dar bons conselhos
2. Ensinar os ignorantes
3. Corrigir os que erram
4. Consolar os tristes
5. Perdoar as injúrias
6. Suportar com paciência as fraquezas do nosso próximo
7. Rezar a Deus por vivos e defuntos.

Os sete pecados capitais:

1. Soberba
2. Avareza
3. Luxúria
4. Ira
5. Gula
6. Inveja
7. Preguiça.

Os quatro novíssimos:

1. Morte
2. Juízo
3. Inferno
4. Paraíso.

ABREVIATURAS BÍBLICAS



Ap                   Apocalipse de João

Act                  Actos dos Apóstolos

Cl                    Epístola aos Colossenses

1 Cor               1ª Epístola aos Coríntios

2 Cor               2ª Epístola aos Coríntios

Dt                    Livro do Deuteronómio

Ef                    Epístola aos Efésios

Ex                    Livro do Êxodo

Ez                    Profecia de Ezequiel

Fl                     Epístola aos Filipenses

Gl                    Epístola aos Gálatas

Gn                   Livro do Génesis

Heb                 Epístola aos Hebreus

Is                     Livro de Isaías

Jo                    Evangelho segundo S. João

1 Jo                 1ª Epístola de S. João

Lc                    Evangelho segundo S. Lucas

2 Mac              2º Livro dos Macabeus

Mc                  Evangelho segundo S. Marcos

Mt                   Evangelho segundo S. Mateus

1 Pe                 1ª Epístola de S. Pedro

2 Pe                 2ª Epístola de S. Pedro

1 Rs                 1º Livro dos Reis

Rm                  Epístola aos Romanos

Sl                     Livro dos Salmos

Tg                    Epístola de S. Tiago

1 Ts                 1ª Epístola aos Tessalonicenses

1 Tm                1ª Epístola a Timóteo

2 Tm                2ª Epístola a Timóteo

Tt                    Epístola a Tito





  





Compêndio 533