Êxodo (CNB) 10

 A praga dos gafanhotos (8ª praga)

10 1 O Senhor disse a Moisés: “Apresenta-te ao faraó, porque eu endureci o coração do faraó e de seus ministros para rea­lizar no meio deles os meus prodígios. 2 Assim poderás contar a teus filhos e netos a maneira implacável como tratei os egípcios­ e os prodígios que realizei no meio deles. As­sim sabereis que eu sou o Senhor”.
3
Moisés e Aarão apresentaram-se ao faraó e lhe disseram: “Assim diz o Senhor, o Deus dos hebreus: Até quando recusarás submeter-te a mim? Deixa partir o meu povo para me prestar culto. 4 Se recusares deixar o meu povo partir, amanhã trarei gafanhotos para o teu território. 5 Eles encobrirão de tal modo a superfície do solo que não se poderá ver o chão. Comerão o resto que sobrou, poupado pelo granizo, devorando todas as árvores que crescem no campo. 6 Encherão tuas casas, as casas dos ministros e de todos os egípcios, como nunca o viram teus pais, nem teus avós, desde que começaram a existir sobre a terra até hoje”. Moisés voltou as costas e saiu da presença do faraó.
7
Os ministros do faraó disseram-lhe: “Até quando este indivíduo será para nós uma armadilha? Deixa essa gente sair para que prestem culto ao Senhor seu Deus. Ainda não vês que o Egito está sendo arruinado?” 8 Mandaram pois Moisés e Aarão voltar à presença do faraó, que lhes disse: “Ide prestar culto ao Se­nhor vosso Deus. Quem são os que vão?” 9 Moisés respondeu: “Iremos com as crianças e os velhos, com nossos filhos e filhas, com as ovelhas e os bois, pois é uma festa do Senhor para nós”. 10 E o faraó respondeu: “Pudesse o Senhor estar convosco, bem como eu vos deixar sair com os filhos! Vê-se que tendes­ más intenções. 11 Não será assim! Ide somente vós, os homens, e prestai culto ao Senhor, pois foi isso que pedistes”. E assim foram ex­pulsos da presença do faraó.
12
Então o Senhor disse a Moisés: “Estende a mão sobre o Egito, para que os gafanhotos invadam a terra e devorem toda a vegetação do país, tudo o que o granizo poupou”. 13 Moisés estendeu a vara sobre o Egito, e o Senhor fez soprar o vento oriental sobre o país duran­te o dia todo e a noite inteira. De manhã, o vento­ oriental tinha trazido os gafanhotos. 14 Os gafa­nhotos invadiram todo o Egito, pousando sobre todo o território do Egito em tão grande­ quantidade como nunca havia acontecido an­tes, nem jamais acontecerá. 15 Encobriram de tal modo a superfície do solo que escureceu. Devoraram toda a vegetação do país, os frutos­ das árvores e tudo o que o granizo havia deixa­do. Em todo o Egito não ficou nada de verde nas árvores e nas pastagens.
16
O faraó mandou chamar com urgência Moisés e Aarão e disse: “Pequei contra o Se­nhor vosso Deus e contra vós. 17 Perdoai só mais esta vez o meu pecado e suplicai ao Se­nhor vosso Deus que afaste de mim ao menos esta praga mortal”. 18 Moisés saiu da presença do faraó e suplicou ao Senhor. 19 O Se­nhor mudou a direção do vento, que começou­ a soprar muito forte do ocidente, arrastando os gafanhotos e lançando-os no mar Vermelho. Não ficou um só gafanhoto em todo o território do Egito. 20 O Senhor, porém, endureceu o coração do faraó, que não deixou os israelitas partir.

 As trevas do Egito (9ª praga)

21 O Senhor disse a Moisés: “Estende a mão para o céu, e faça-se tal escuridão sobre a terra do Egito, que se possa apalpá-la”. 22 Moisés es­tendeu a mão para o céu, e fez-se densa es­curidão em todo o Egito durante três dias. 23 Um não podia ver o outro e, durante três dias, ninguém se moveu do lugar onde estava.­ Mas onde moravam os israelitas havia luz.
24
O faraó mandou chamar Moisés e disse: “Ide prestar culto ao Senhor. Também as crian­ças podem ir convosco, contanto que fi­quem aqui as ovelhas e os bois”. 25 Moisés respondeu: “Mesmo que nos desses as vítimas dos sacrifícios e os holocaustos para ofe­recer ao Senhor nosso Deus, 26 ainda assim o nosso gado deveria ir conosco. Não ficará ne­nhum animal, porque precisamos deles pa­ra prestar culto ao Senhor nosso Deus. Pois enquanto não chegarmos lá, nós nem sequer sabemos o que deveremos oferecer ao Senhor”. 27 Mas o Senhor endureceu o coração do faraó, e este negou-se a deixá-los partir. 28 O faraó disse a Moisés: “Afasta-te de mim e cuida-te de não tornar a ver a minha face, pois no dia em que vires minha face morrerás”. 29 Moisés respondeu: “Falaste bem! Nun­ca mais verei a tua face!”

 A morte dos primogênitos (10ª praga)

11 1 O Senhor disse a Moisés: “Farei vir mais uma praga sobre o faraó e sobre o Egito. Depois, ele vos deixará partir daqui, e não só vos deixará partir, como vos expulsará definitivamente daqui. 2 Comunica, pois, ao povo para que cada homem peça ao vizinho e cada mulher à vizinha objetos de prata e de ouro”. 3 O Senhor fez com que o povo conquistasse as boas graças dos egípcios. O próprio Moisés também era um homem muito considerado na terra do Egito pelos ministros do faraó e pelo povo.
4
Moisés disse: “Assim diz o Senhor: À meia-noite farei uma incursão entre os egípcios, 5 e morrerão todos os primogênitos do Egito, desde o primogênito do faraó, o herdeiro do seu trono, até o primogênito da es­crava que gira a mó do moinho, e até os pri­mogênitos do gado. 6 Então haverá, em toda a terra do Egito, tamanho grito de aflição como nunca se ouviu, nem jamais se ouvirá. 7 Mas contra os israelitas nem mesmo­ um cão latirá, nem contra as pessoas, nem con­tra os animais, para que saibais que o Se­nhor faz distinção entre egípcios e israeli­tas. 8 Então descerão a mim todos estes teus ministros e se prostrarão diante de mim, dizendo: ‘Sai com todo o povo que te segue!’ Só então eu sairei”. E, fervendo de indignação, Moisés retirou-se da presença do faraó.
9
O Senhor havia dito a Moisés: “O faraó não vos atenderá, para que se multipliquem os meus prodígios na terra do Egito”. 10 De fa­to, Moisés e Aarão tinham realizado todos esses prodígios diante do faraó, mas o Senhor endureceu o coração do faraó, e ele não deixou que os israelitas saíssem de sua terra.­

 A Páscoa e o Cordeiro

12 1 O Senhor disse a Moisés e a Aarão no Egito: 2 “Este mês será para vós o começo dos meses, será o primeiro mês do ano. 3 Falai assim a toda a comunidade de Is­rael: No dia dez deste mês, cada um tome um animal por família – um animal para cada casa. 4 Se a gente da casa for pouca para co­mer um animal, convidará também o vizinho­ mais próximo, de acordo com o número de pessoas. Para cada animal deveis calcular o número de pessoas que vão comer. 5 O animal­ será sem defeito, macho de um ano. Podereis escolher tanto um cordeiro como um cabrito. 6 Devereis guardá-lo até o dia catorze deste mês, quando, ao cair da tarde, toda a comuni­dade de Israel reunida o imolará. 7 Tomarão um pouco do sangue e untarão as ombrei­ras da porta das casas onde comerem. 8 Comerão a carne nesta mesma noite. Deverão comê-la assada ao fogo, com pães sem fermento e ervas amargas. 9 Não deveis comer dessa carne nada de cru, ou cozido em água, mas assado ao fogo, inteiro, com cabeça, per­nas e vísceras. 10 Não deixareis nada para o dia seguinte. O que sobrar, devereis queimá-lo no fogo.
11
Assim devereis comê-lo: com os cintos na cintura, os pés calçados, o cajado na mão; e comereis às pressas, pois é a Páscoa (isto é, Passagem) do Senhor.
12
Nessa noite eu passarei pela terra do Egito­ e matarei todos os primogênitos no país, tanto das pessoas como dos animais. Fa­rei jus­tiça contra todos os deuses do Egito – eu, o Senhor.
13
O sangue servirá de sinal nas casas onde estiverdes. Ao ver o sangue, passarei adiante,­ e não vos atingirá a praga exterminadora quando eu ferir a terra do Egito.
14
Este dia será para vós um memorial em honra do Senhor, que haveis de celebrar por todas as gerações, como instituição perpétua.

 A festa dos Pães sem Fermento

15 “Durante sete dias comereis pães sem fer­mento. Já no primeiro dia fareis desaparecer o fermento de vossas casas, pois quem, entre­ o primeiro e o sétimo dia, comer pão fermentado, será eliminado de Israel. 16 No primeiro e no sétimo dia tereis uma assembléia sagrada. Nesses dias não fareis nenhum trabalho, exceto preparar-vos a comida que cada um vai comer.
17
Assim observareis a festa dos Pães sem Fermento, pois foi nesse dia que eu fiz sair os vossos exércitos do Egito. Guardareis esse dia, por todas as gerações, como instituição per­pétua. 18 Comereis pães sem fermento des­de a tarde do dia catorze do primeiro mês até a tarde do dia vinte e um.
19
Durante sete dias não haja fermento em vossas casas; quem comer pão fermentado se­rá eliminado da comunidade de Israel, seja?es­trangeiro ou natural do país. 20 Não comereis coisa alguma fermentada. Em todas as vossas­ moradias comereis pães sem fermento”.

 Páscoa: passagem do Exterminador

21 Moisés convocou todos os anciãos de Is­rael e lhes disse: “Ide, tomai um animal para cada família e imolai a vítima da Páscoa. 22 Tomai um ramo de hissopo, molhai-o no san­gue que estiver na bacia e marcai com o sangue a moldura das portas. Mas ninguém de vós saia fora de casa até ao amanhecer. 23 Quando o Senhor passar pelo Egito para castigá-lo, e reparar o sangue sobre a moldu­ra das portas, passará por vossas portas e não permitirá que o Exterminador entre em vossas casas para causar dano.
24
Observareis este preceito como decreto perpétuo para vós e vossos filhos. 25 Quando tiverdes entrado na terra que o Senhor vos da­rá, conforme prometeu, observareis este ri­to. 26 Quando vossos filhos vos perguntarem: ‘Que significa este rito?’ 27 respondereis: ‘É o sacrifício da Páscoa do Senhor, que pas­sou ao lado das casas dos israelitas no Egito, quando feriu os egípcios e salvou as nossas casas’”.
Então o povo prostrou-se em adoração, 28
e saindo dali, os israelitas fizeram o que o Se­nhor tinha ordenado a Moisés e Aarão.

 A morte dos primogênitos. Saída do Egito

29 Era meia-noite quando o Senhor feriu to­dos os primogênitos no Egito, desde o primogênito do faraó, herdeiro de seu trono, até o pri­mogênito do prisioneiro no cárcere, e todos­ os primogênitos dos animais. 30 Naquela noite,­ o faraó levantou-se e, com ele, todos os minis­tros e todos os egípcios. E ouviu-se no Egito um grande clamor, pois não havia casa onde não houvesse um morto. 31 O faraó chamou Moi­sés e Aarão de noite e disse: “Ide. Saí do meio de meu povo, tanto vós como os israeli­tas! Ide sacrificar ao Senhor, como dissestes. 32 Levai convosco também as ovelhas e o gado, como pedistes; e ao partir abençoai-me”.
33
Os egípcios pressionavam o povo, urgindo sua saída de sua terra, pois diziam: “Vamos morrer todos!” 34 Por isso, o povo teve de levar a massa do pão antes de fermentar, car­regando aos ombros as amassadeiras envolvidas nos mantos. 35 Os israelitas tinham feito o que Moisés lhes havia dito e pediram aos egípcios objetos de ouro e de prata e rou­pas. 36 O Senhor os fez conquistar as boas gra­ças dos egípcios, que lhes deram o que eles pediram. Assim espoliaram os egípcios.

 Partida para Sucot. Os pães sem fermento

37 Os israelitas partiram de Ramsés para Su­cot. Eram cerca de seiscentos mil homens a pé, sem contar as crianças. 38 Além disso, mui­ta outra gente subiu com eles, assim co­mo um numerosíssimo rebanho de ovelhas e bois. 39 Com a massa trazida do Egito assaram pães sem fermento, pois a massa não pudera fermentar, já que foram expulsos do Egito e não puderam esperar, nem preparar provisões.
40
A permanência dos israelitas no Egito foi de quatrocentos e trinta anos. 41 Foi no mesmo dia em que se completaram quatrocentos e trinta anos que todos os exércitos do Senhor saíram da terra do Egito.
42
Aquela foi uma noite de vigília para o Se­nhor, quando os fez sair da terra do Egito. Essa mesma noite do Senhor deve ser observada por todos os israelitas, por todas as gerações.

 Instruções sobre a Páscoa

43 O Senhor disse a Moisés e Aarão: “Eis a lei da Páscoa. Nenhum estrangeiro dela poderá comer. 44 Todo escravo comprado a dinheiro, depois de circuncidado, poderá co­mê­-la. 45 O hóspede e o assalariado não pode­rão dela participar. 46 O cordeiro será consumido numa só casa. Não levareis para fora da casa nada das carnes, nem lhe quebrareis osso algum. 47 Toda a comunidade de Israel celebrará a Páscoa. 48 Se um estrangeiro que vive contigo quiser celebrar a Páscoa do Se­nhor, fará circuncidar todos os homens da família, e só então poderá participar como se fosse um nativo do país. Mas nenhum in­circunciso poderá tomar parte. 49 A mesma lei servirá para o nativo do país e para o es­trangeiro que mora em vosso meio”.
50
Todos os israelitas fizeram como o Senhor tinha ordenado a Moisés e Aarão.
51
Foi naquele mesmo dia que o Senhor fez sair do Egito os israelitas, por exércitos.

 Os primogênitos e os  pães sem fermento

13 1 O Senhor falou a Moisés: 2 “Consagra-me todo primogênito: todo o primeiro parto entre os israelitas, tanto de homens como de animais, será meu”.
3
Moisés disse ao povo: “Lembrai-vos do dia em que saístes do Egito, da casa da escra­vidão, quando, com mão poderosa, o Senhor vos tirou de lá. Não se comerá nada fermentado. 4 O dia da saída é no mês de Abib, mes do Trigo novo. 5 Quando o Senhor te introdu­zir na terra dos cananeus, heteus, amorreus, heveus e jebuseus, terra que jurou a teus pais te dar, terra onde corre leite e mel, observarás­ neste mesmo mês este rito: 6 Durante sete dias comereis pão sem fermento, e no sétimo dia haverá uma festa em honra do Senhor. 7 Durante os sete dias comer-se-á pão sem fermento, e não se verá pão fermentado, nem fermento em todo o território. 8 Naquele dia explicarás a teu filho: ‘Isto é pelo que o Se­nhor fez por mim ao sair do Egito’. 9 Servirá para ti de sinal em tua mão e de lembrança em tua fronte, para que tenhas na boca a lei do Senhor, porque com mão poderosa o Senhor te fez sair do Egito. 10 Observarás este decreto cada ano no tempo fixado.
11
Quando o Senhor te houver introduzido na terra dos cananeus e a tiver dado a ti, con­for­me jurou a ti e aos teus pais, 12 separarás para o Senhor todo o primeiro parto do ventre materno, e toda a primeira cria masculina­ dos teus animais pertence ao Senhor. 13 A pri­meira cria dos jumentos resgatarás por um cordeiro; se não a resgatares, deverás matá-la. Resgatarás também todo primogênito en­tre os teus filhos.
14
E quando teu filho, amanhã, te perguntar:­ ‘Que significa isto?’ tu lhe dirás: ‘Com mão poderosa o Senhor nos tirou do Egito, da ca­sa­ da escravidão. 15 Como o faraó teimasse em não nos deixar partir, o Senhor matou todos os primogênitos na terra do Egito, tanto os pri­mogênitos dos homens como os primo­gê­nitos dos animais. Por isso eu sacrifico ao Senhor todo primogênito macho dos animais, enquanto resgato todo primogênito de meus filhos’.
16
Isto servirá como sinal em tua mão e co­mo­ faixa escrita em tua fronte; pois foi com mão poderosa que o Senhor nos tirou do Egito”.

 Deus conduz a saída

17 Quando o faraó deixou sair o povo, Deus não guiou o povo pelo caminho que passa pela ter­ra dos filisteus, embora mais curto, pois achava que, diante de um combate, o povo poderia arrepender-se e voltar para o Egito. 18 Deus fez o povo dar uma volta pela rota do de­serto do mar Vermelho. E os israelitas saíram do Egito bem armados. 19 Moisés levou consigo os ossos de José, pois este tinha feito jurar os filhos de Israel: “Quando Deus vos vi-
si­tar, levai embora convosco os meus ossos!”­

 De Sucot a Etam. A nuvem e o fogo

20 Partiram de Sucot e acamparam em Etam, na periferia do deserto. 21 O Senhor os prece­dia, de dia, numa coluna de nuvem, para lhes mostrar o caminho; de noite, numa coluna de fogo para iluminar, a fim de que pudessem­ andar de dia e de noite. 22 De dia não se afastava do povo a coluna de nuvem, nem de noi­te­ a coluna de fogo.

 O faraó persegue Israel

14 1 O Senhor falou a Moisés: 2 “Ordena aos israelitas para que mudem de rumo e acampem diante de Piairot, entre Mag­dol e o mar, diante de Baal Sefon. Ali acampareis perto do mar. 3 O faraó pensará a respeito dos israelitas: ‘Eles andam perdidos­ pelo país: o deserto fecha-lhes a passagem’. 4 Vou endurecer o coração do faraó para que os persiga. Mas eu me cobrirei de glória às cus­tas do faraó e de todo o seu exército, e os egípcios saberão que eu sou o Senhor”.
E os israelitas assim fizeram. 5
O rei do Egi­to foi informado que o povo tinha fugido. O faraó e os ministros mudaram, então, de atitude em relação ao povo e disseram: “Que fi­zemos? Deixamos Israel partir, privando-nos dos seus serviços!” 6 O faraó mandou pre­parar o seu carro e levou consigo as suas tro­pas. 7 Tomou seiscentos carros escolhidos e todos os carros do Egito, com os respectivos escudeiros. 8 O Senhor endureceu o cora­ção do faraó, rei do Egito, e este perseguiu os israelitas, enquanto eles saíam livremente.­
9
Os egípcios perseguiram-nos com os cava­los e carros do faraó, com os cavaleiros e o exér­cito, e alcançaram-nos acampados perto­ do mar, na altura de Piairot, defronte de Baal Sefon. 10 Enquanto o faraó se aproximava, os israelitas, levantando os olhos, viram os egípcios que vinham chegando pela retaguarda. Aterrorizados, os israelitas clamaram ao Senhor 11 e disseram a Moisés: “Foi por não haver sepulturas no Egito que nos trouxeste para morrermos no deserto? Que vantagem nos deste tirando-nos do Egito? 12 Não te falávamos assim no Egito: ‘Deixa-nos em paz servir aos egípcios’? Era melhor servir como escravos aos egípcios do que morrer no deserto”. 13 Moisés respondeu ao povo: “Não temais! Permanecei firmes e vereis a vitória que o Senhor hoje vos dará. Pois os egípcios que hoje estais vendo, nunca mais os tornareis a ver. 14 O Senhor combaterá por vós; e vós, ficai tranqüilos”.

 Passagem pelo meio do mar

15 O Senhor disse a Moisés: “Por que clamas­ a mim por socorro? Dize aos israelitas que se ponham em marcha. 16 Quanto a ti, ergue a tua vara, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os israelitas passem em seco pelo meio do mar. 17 De minha parte, vou endurecer o coração dos egípcios para que os persigam, e eu seja glorificado às custas do faraó e de todo seu exército, seus carros e cavaleiros. 18 Os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando eu for glorificado às custas do faraó, dos seus carros e cavaleiros”.
19
Então o anjo de Deus, que caminhava à frente das tropas de Israel, tomou posição atrás deles: a coluna de nuvem que estava na frente postou-se atrás, 20 inserindo-se entre o acampamento dos egípcios e o de Israel – a nuvem era tenebrosa, mas iluminava a noite – de modo que durante a noite inteira uns não podiam ver os outros.

 21
Moisés estendeu a mão sobre o mar, e du­rante a noite inteira o Senhor fez soprar so­bre o mar um vento leste muito forte, fa­zen­do recuar o mar e transformando-o em terra seca. As águas se dividiram 22 e os israelitas en­traram pelo meio do mar a pé enxuto,­ enquanto as águas formavam uma muralha à di­reita e outra à esquerda deles. 23 Os egípcios pu­seram-se a persegui-los, e todos os ca­valos do faraó, carros e cavaleiros os segui­ram mar adentro.
24
Na vigília da manhã, de cima da coluna de fogo e de nuvem, o Senhor lançou um olhar sobre as tropas egípcias e as pôs em pânico. 25 Emperrou as rodas dos carros, de modo que só a muito custo podiam avançar. Então os egíp­cios disseram: “Vamos fugir de Israel,?pois o Senhor combate a favor deles, contra nós”.
26
Mas o Senhor disse a Moisés: “Estende a mão sobre o mar, e as águas se voltarão contra­ os egípcios, seus carros e cavaleiros”. 27 Moisés­ estendeu a mão sobre o mar e, ao romper da manhã, o mar voltou ao estado normal, enquanto os egípcios em fuga corriam ao encon­tro das águas. Assim o Senhor lançou os egípcios ao meio do mar. 28 As águas voltaram e cobriram carros, cavaleiros e todo o exército do faraó, que tinha entrado no mar em perseguição a Israel. Não escapou um só. 29 Os israelitas, ao contrário, tinham passado a pé enxuto pelo meio do mar, enquanto as águas formavam uma muralha à direita e outra à esquerda deles. 30 Naquele dia o Senhor livrou Israel da mão dos egípcios, e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar. 31 Israel viu a mão poderosa do Senhor agir contra o Egito.­ O povo temeu o Senhor e teve fé no Senhor e em Moisés, seu servo.

 Cântico de Moisés e Maria

15 1 Então Moisés e os israelitas cantaram ao Senhor este cântico:
“Cantarei ao Senhor porque estupenda foi a vitória;
cavalo e cavaleiro ele jogou no mar.
2
Minha força e meu canto é o Senhor,
ele foi para mim a salvação.
Ele é meu Deus, eu o glorificarei;
o Deus de meu pai, eu o exaltarei.
3
O Senhor é um guerreiro,
seu nome é Senhor.
4
Precipitou no mar os carros do faraó e
seu exército;
a elite das tropas afogou-se no mar
Vermelho.
5
Vagalhões os encobriram;
mergulharam nas profundezas como pedra.
6    Tua direita, Senhor, majestosa em poder,
tua direita, Senhor, destroça o inimigo.
7
Com tua grande majestade arrasas o adversário,
desencadeias teu furor, que os consome como palha.
8
Ao sopro de tua ira amontoaram-se as águas, as ondas ergueram-se como um dique, as vagas congelaram no coração do mar.
9
O inimigo tinha dito: ‘Vou perseguir, alcançar,
repartir os despojos, saciar-me deles.
Vou tirar minha espada
e despojá-los com minha mão’.
10
Sopraste com teu vento, e o mar os cobriu;
afundaram como chumbo em águas profundas.
11
Quem entre os deuses é como tu, Senhor?
Quem como tu, magnífico na santidade,
terrível nas proezas, autor de prodígios?
12
Estendeste tua direita,
e a terra os tragou.
13
Guiaste com amor o povo que resgataste,
conduziste-o com poder à tua morada santa.
14
Os povos ouviram e se alarmaram,
o terror apoderou-se dos habitantes da Filistéia.
15
Então os chefes de Edom estremeceram de medo
e os fortes de Moab foram tomados de tremor;
perderam a coragem todos os habitantes de Canaã.
16
Caíram sobre eles o espanto e o pavor.
Pela força de teu braço ficaram imóveis como pedra,
enquanto teu povo passava, ó Senhor,
enquanto passava o povo que adquiriste.
17
Tu os introduzirás e os plantarás
no monte da tua herança,
no lugar que preparaste para tua morada, Senhor,
no santuário, ó Senhor, que tuas mãos fundaram.
18
O Senhor reina por todo o sempre!”
19
De fato, apenas os cavalos do faraó, carros e cavaleiros tinham entrado no mar, o Senhor fez voltar sobre eles as águas do mar. Ao passo que os israelitas passaram pelo meio do mar a pé enxuto.
20
Maria, a profetisa, irmã de Aarão, apanhou um tamborim, e atrás dela saíram todas­ as mulheres tocando pandeiro e dançando, 21 enquanto Maria lhes repetia:
“Cantai ao Senhor porque estupenda foi a vitória;
cavalo e cavaleiro ele jogou no mar!”


Deus sustenta Israel na caminhada pelo deserto

 Mara: as águas da amargura

22 Moisés fez Israel partir do mar Vermelho. Tomaram a direção do deserto de Sur. Caminharam três dias pelo deserto sem achar água. 23 Chegando a Mara, não puderam beber­ a água de Mara, por ser amarga; por isso de­ram ao lugar o nome de Mara,  Amargura.24 O povo murmurou contra Moisés, dizendo:­ “Que vamos beber?” 25 Moisés clamou ao Senhor, e o Senhor lhe indicou um tipo de planta que ele jogou na água, e esta tornou-se doce.
Foi ali que ele deu ao povo lei e decreto e os pôs à prova, 26
dizendo: “Se de fato escuta­res a voz do Senhor teu Deus, se fizeres o que é reto a seus olhos, se prestares atenção a seus mandamentos e observares todas as suas leis, não te causarei nenhuma das enfer­midades que causei aos egípcios, pois eu sou o Senhor que te cura”.
27
Depois chegaram a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras; eles acam­param ali perto da água.

 As codornizes e o maná

16 1 Toda a comunidade dos israelitas partiu de Elim e chegou ao deserto de Sin, entre Elim e o Sinai, no dia quinze do segundo mês depois da saída do Egito. 2 Toda a comunidade dos israelitas pôs-se a murmurar contra Moisés e Aarão, no deserto, 3 dizendo-lhes: “Quem dera que tivéssemos mor­rido pela mão do Senhor no Egito, quando nos sentávamos junto às panelas de carne e comíamos pão com fartura! Por que nos trou­xestes a este deserto? Para matar de fome toda esta gente?”
4
O Senhor disse a Moisés: “Eu farei chover­ do céu pão para vós. Cada dia o povo deverá sair para recolher a porção diária. Assim vou pô-lo à prova, para ver se anda, ou não, segundo a minha lei. 5 Ora, no sexto dia, quando­ prepararem o que tiverem trazido, terão o dobro da colheita diária”.
6
Moisés e Aarão disseram aos israelitas: “Esta tarde sabereis que foi o Senhor quem vos fez sair do Egito, 7 e amanhã cedo vereis a glória do Senhor. Ele ouviu as murmurações contra o Senhor; pois quem somos nós para que reclameis contra nós?” 8 Moisés con­tinuou: “De fato, esta tarde o Senhor vos da­rá carne para comerdes, e amanhã cedo pão com fartura, quando tiver atendido as murmu­rações que fizestes contra ele. Nós, porém, quem somos nós? Vossas reclamações não são contra nós, mas contra o Senhor”.
9
Moisés disse a Aarão: “Dize a toda a comu­nidade dos israelitas: Aproximai-vos do Senhor, pois ele atendeu vossas reclamações”. 10 Enquanto Aarão falava a toda a comunidade­ dos israelitas, voltaram-se estes para o deserto­ e viram aparecer na nuvem a glória do Senhor. 11 O Senhor disse, então, a Moisés: 12 “Eu ouvi as murmurações dos israelitas. Dize-lhes: Ao anoitecer, comereis carne e amanhã cedo vos fartareis de pão. Assim sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus”.
13
Com efeito, à tarde veio um bando de co­dornizes que cobriu o acampamento; e, pela manhã, formou-se uma camada de orva­lho ao redor do acampamento. 14 Quando o orvalho evaporou, apareceram na superfície do deserto pequenos flocos, como cristais?de gelo sobre a terra. 15 Ao verem isso, os israelitas perguntavam uns aos outros: “Man hu?” (que significa: o que é isto?), pois não sabiam o que era. Moisés lhes disse: “Isto é o pão que o Senhor vos dá para comer. 16 Eis o que o Senhor vos mandou: Recolhei a quantia que cada um de vós necessita para comer,­ um jarro \de quatro litros por pessoa; cada um recolherá  de acordo com o número de pes­soas que moram em sua tenda”.
17
Assim fizeram os israelitas. Uns recolheram mais, outros menos. 18 Mas depois, ao me­direm as quantias, não sobrava a quem ti­nha recolhido mais, nem faltava a quem tinha recolhido menos. Cada um recolhia o que necessitava para comer.
19
Moisés lhes disse: “Ninguém guarde nada para amanhã”. 20 Alguns, porém, desobedece­ram a Moisés e guardaram o maná para o?dia seguinte; mas ele bichou e apodreceu. Moisés­ irritou-se contra eles. 21 Manhã por manhã, cada qual ajuntava o maná que ia comer. Mas quando o sol esquentava, o maná se derretia.
22
No sexto dia recolhiam dupla quantidade de alimento, dois jarros \de quatro litros por pessoa. Os chefes da comunidade informaram a Moisés, 23 que lhes disse: “É precisamente isso que o Senhor mandou: Amanhã é sábado, dia de repouso consagrado ao Senhor. Assai o que quiserdes assar e cozinhai o que quiserdes cozinhar, e o que sobrar fique­ como reserva para amanhã”. 24 Eles separaram o maná para o dia seguinte, e ele não apo­dreceu nem bichou. 25 Moisés disse: “Co­mei este maná hoje, pois hoje é sábado consagrado ao Senhor. Hoje não encontrareis maná no descampado. 26 Ajuntareis maná du­rante seis dias e no sétimo, que é sábado, não encontrareis nada”.
27
No sétimo dia alguns saíram para recolhê-lo, mas nada encontraram.28 E o Senhor disse­ a Moisés: “Até quando recusareis guardar meus mandamentos e minhas leis? 29 Con­si­derai que foi o Senhor que vos instituiu o sábado. Por isso, no sexto dia ele vos dá pão para dois dias. Cada um fique no seu lugar e dali não saia no sétimo dia”. 30 Assim, no sétimo dia, o povo descansou.
31
Os israelitas deram a esse alimento o no­me de maná. Era branco como as sementes do coentro e tinha gosto de bolo de mel. 32 Moisés disse: “O Senhor ordenou que se encha um jarro de maná para guardá-lo, a fim de?que as gerações futuras possam ver com que alimento vos sustentei no deserto, quando vos fiz sair da terra do Egito”. 33 Moisés disse a Aa­rão: “Toma um vaso, enche-o com um jarro­ de maná e deposita-o diante do Senhor, para que seja guardado para as gerações futuras”. 34 Como o Senhor tinha mandado a Moisés, Aarão depositou o maná para que fosse guardado diante do documento da aliança.
35
Os israelitas comeram maná durante quarenta anos, até entrarem em terra habitada. Comeram maná até chegarem às fronteiras de Canaã. 36 (O jarro é a décima parte do efá.)

 A água do rochedo

17 1 Toda a comunidade dos israelitas partiu do deserto de Sin, seguindo as etapas indicadas pelo Senhor, e acamparam em Rafidim. Mas ali não havia água para o povo beber. 2 Então o povo pôs-se a discutir com Moisés, dizendo: “Dá-nos água para beber!” Moisés respondeu-lhes: “Por que vos meteis a disputar comigo? Por que pondes à prova o Senhor?” 3 Mas o povo, sedento de água, murmurava contra Moisés e dizia: “Por que nos fizeste sair do Egito? Foi para matar-nos de sede junto com nossos filhos e nossos rebanhos?” 4 Moisés clamou ao Senhor, dizendo: “Que vou fazer com este povo? Por pouco não me apedrejam”.
5
O Senhor disse a Moisés: “Passa à frente?do povo e leva contigo alguns anciãos de Is­rael. Pega a vara com que feriste o rio Nilo?e vai. 6 Eu estarei lá, diante de ti, sobre o roche­do, no monte Horeb. Baterás no rochedo, e sairá água para o povo beber”. Moisés assim o fez na presença dos anciãos de Israel. 7 Chamou o lugar com o nome de Massa e Meriba, \Prova e Discussão, porque ali os israelitas dis­cu­tiram e puseram à prova o Senhor, dizendo: “O Senhor está no meio de nós, ou não?”

 A vitória sobre os amalecitas

8 Então os amalecitas vieram combater con­tra os israelitas em Rafidim. 9 Moisés disse a Jo­sué: “Escolhe alguns homens e sai para com­bater contra os amalecitas. Amanhã esta­rei de pé no alto da colina com a vara de po­der­ divino na mão”. 10 Josué fez o que Moi­sés lhe tinha mandado e atacou os amalecitas,­ enquanto Moisés, Aarão e Hur subiram ao topo da colina. 11 Enquanto mantinha a mão levanta­da, Israel vencia, mas quando abaixava a mão, vencia Amalec. 12 Como as mãos de Moisés se tornassem pesadas, alguns pegaram uma pedra e a colocaram debaixo dele para que se sentasse. Aarão e Hur, um de cada lado, sustentavam-lhe as mãos. Assim as mãos ficaram­ firmes até o pôr do sol, 13 e Josué derrotou Amalec e sua gente a fio de espada.
14
O Senhor disse a Moisés: “Escreve isto para recordação num livro e comunica a Jo­sué­ que eu apagarei a lembrança de Amalec debaixo do céu”. 15 Moisés ergueu um altar e deu-lhe o nome “o Senhor é meu estandarte”, 16 dizendo:
“Levantou a mão contra o trono do Senhor, por isso o Senhor estará em guerra
contra Amalec,
de geração em geração”.

 A visita de Jetro

18 1 Jetro, sacerdote de Madiã e sogro de Moisés, ouviu falar de tudo quanto Deus tinha feito em favor de Moisés e de Israel, seu povo, quando o Senhor fizera Is­rael­ sair do Egito. 2 Quando Moisés tinha mandado de volta Séfora, sua mulher, Jetro, sogro de Moisés, a acolhera, 3 junto com os dois filhos. Um se chamava Gérson, porque Moisés havia dito: “Tornei-me hóspede em terra estrangeira”; 4 o outro se chamava Eliezer, pois Moisés havia dito: “O Deus de meu pai veio em meu socorro e salvou-me da espada do faraó”. 5 Acompanhado da mulher e dos filhos, Jetro, seu sogro, foi visitá-lo no deserto, onde Moisés estava acampado no monte de Deus. 6 Mandou dizer a Moisés: “Eu sou Jetro, teu sogro; estou indo visitar-te com tua mulher e os dois filhos”.
7
Moisés saiu ao encontro do sogro e, prostrando-se, o beijou. Em seguida, depois de mú­tua saudação, os dois entraram na tenda. 8 Moisés contou ao sogro tudo quanto o Senhor tinha feito ao faraó e aos egípcios por cau­sa de Israel, as dificuldades que encontraram no caminho, e como o Senhor os salvara.­ 9 Jetro alegrou-se por todo o bem que o Senhor tinha feito a Israel salvando-o das mãos dos egípcios 10 e disse: “Bendito seja o Senhor que vos salvou das mãos dos egípcios e do poder do faraó. 11 Agora sei que o Senhor se mostrou maior do que todos os deuses, libertando o povo dos egípcios, quando agiram com arrogância contra eles”. 12 Jetro, sogro de Moisés, ofereceu um holocausto e sacrifícios a Deus. Aarão e todos os anciãos de Israel vie­ram comer com ele na presença de Deus.
13
No dia seguinte Moisés sentou-se para jul­gar as questões do povo, e o povo ficou diante­ dele desde a manhã até a tarde. 14 Vendo tudo o que fazia pelo povo, o sogro de Moi­sés disse:­ “Que estás fazendo com o po­vo? Por que ape­nas tu ficas aí sentado, com tanta gente parada diante de ti desde a manhã­ até à tarde?” 15 Moisés respondeu ao sogro: “É que o povo vem a mim para consultar a Deus. 16 Quando têm alguma questão, vêm a mim para que de­cida e lhes comunique os de­cretos e as leis de Deus”. 17 Mas o sogro?de Moisés disse-lhe: “Não está bem o que fazes. 18 Acabarás esgota­do, tu e este povo que está contigo. É uma ta­refa acima de tuas forças. Não poderás exe­cutá-la sozinho. 19 Agora escuta-me: vou dar-te um conselho, e que Deus esteja contigo. Tu deves representar o povo diante de Deus e levar a Deus os problemas. 20 Esclarece o povo a respeito dos decretos e das leis, e dá-lhe a conhecer o caminho a seguir e o que devem fa­zer. 21 Mas procura entre todo o povo homens­ de valor, que temem a Deus, dignos de confiança e inimigos do suborno, e estabelece-os como chefes de mil, de cem, de cinqüenta e de dez. 22 Eles julgarão o povo em casos coti­dianos. A ti levarão as questões de importância­ maior, decidindo eles mesmos as menores. Assim eles repartirão contigo o peso e tu fica­rás aliviado. 23 Se assim procederes, serás capaz de manter-te de pé quando Deus te der or­dens, e o povo poderá chegar em segurança a seu destino”.
24
Moisés atendeu ao conselho do sogro e fez tudo o que ele disse. 25 Escolheu entre todo o povo homens de valor e colocou-os à frente­ do povo como chefes de mil, de cem, de cin­qüenta e de dez. 26 Eles julgavam o povo em casos cotidianos. Levavam a Moisés as questões mais graves, resolvendo eles mesmos as menores. 27 Moisés despediu-se do sogro, e este voltou para sua terra.


A Aliança: o Povo de Deus

 Anúncio da eleição e da Aliança


Êxodo (CNB) 10