Êxodo (CNB) 19

19 1 No terceiro mês depois da saída do Egito, nesse mesmo dia, os israelitas chegaram ao deserto do Sinai. 2 Partindo de Rafidim, chegaram ao deserto do Sinai, onde acamparam. Israel acampou ali, diante da montanha, 3 enquanto Moisés subiu ao encontro de Deus. O Senhor o chamou do alto da montanha e disse:
“Assim deverás falar à casa de Jacó
e anunciar aos israelitas:
4
Vistes o que fiz aos egípcios,
e como vos levei sobre asas de águia
e vos trouxe a mim.
5
Agora, se realmente ouvirdes minha voz
e guardardes a minha aliança,
sereis para mim a porção escolhida entre
todos os povos.
Na realidade é minha toda a terra,
6
mas vós sereis para mim um reino de
sacerdotes
e uma nação santa.
São essas as palavras que deverás dizer
aos israelitas”.
7
Moisés voltou e convocou os anciãos do povo, para lhes expor tudo o que o Senhor lhe havia ordenado. 8 O povo inteiro respondeu a uma só voz: “Faremos tudo quanto o Senhor falou”. Moisés foi transmitir a resposta do povo ao Senhor. 9 E o Senhor disse a Moisés: “Virei a ti em nuvem escura, para que o povo ouça quando eu falar contigo e creia sempre em ti”.
Depois que Moisés transmitiu ao Senhor a resposta do povo, 10
o Senhor lhe disse: “Vai ao povo, santifica-os hoje e amanhã. Que lavem as suas vestes 11 e estejam prontos para o terceiro dia, pois nesse dia o Senhor descerá à vista de todo o povo sobre a montanha do Sinai. 12 Fixarás em torno da montanha um limite para o povo, dizendo: Guardai-vos de subir a montanha e até de tocar sua base. Quem tocar na montanha será morto, 13 sem que o toque mão alguma ; deverá ser morto a pedradas ou a flecha. Seja pessoa ou animal, não deverá ficar com vida. Só quando soar a trombeta poderão subir a montanha”.
14
Moisés desceu da montanha até onde estava o povo. Santificou-os e mandou que la­vassem as vestes. 15 Depois disse ao povo: “Estai preparados para o terceiro dia, e ninguém se aproxime de mulher”.

 A manifestação de Deus no terceiro dia

16 Quando chegou o terceiro dia, ao raiar da manhã, houve trovões e relâmpagos. Uma nuvem espessa cobriu a montanha, e um for­tíssimo som de trombetas se fez ouvir. No acampamento todo o povo se pôs a tremer. 17 Moisés fez sair o povo do acampamento ao encontro de Deus, e eles ficaram parados ao pé da montanha. 18 Todo o monte Sinai fu­megava, pois o Senhor havia descido sobre­ ele em meio ao fogo. A fumaça subia como de uma fornalha, e todo o monte tremia vio­lentamente. 19 O som da trombeta ia aumentando cada vez mais. Moisés falava, e o Senhor lhe respondia através do trovão.
20
O Senhor desceu sobre o Sinai, sobre o cume do monte. O Senhor chamou Moisés ao cume do monte, e Moisés subiu.
21
Então o Senhor disse a Moisés: “Desce e adverte o povo para não se precipitar na direção do Senhor para vê-lo, pois muitos morre­riam. 22 Mesmo os sacerdotes que se aproximam do Senhor devem santificar-se, para que o Senhor não se volte contra eles”. 23 Moisés disse ao Senhor: “O povo não pode subir ao monte Sinai, pois tu mesmo assim nos advertiste: delimita a montanha e declara-a santa!” 24 O Senhor insistiu: “Vai, desce, e depois su­birás com Aarão. Mas os sacerdotes e o povo não devem precipitar-se para subir na direção do Senhor, do contrário o Senhor se voltará contra eles”. 25 Então Moisés desceu para junto­ do povo e lhes falou.

 O Decálogo ou “Dez Mandamentos”

20 1 Deus pronunciou todas estas palavras: 2 “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirou do Egito, da casa da escravidão.
3
Não terás outros deuses além de mim.
4
Não farás para ti imagem esculpida, nem fi­gura alguma do que existe em cima nos céus, ou embaixo na terra, ou nas águas debaixo da terra. 5 Não te prostrarás diante dos ídolos, nem lhes prestarás culto, pois eu sou o Senhor teu Deus, um Deus ciumento. Castigo a culpa dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração dos que me odeiam, 6 mas uso de misericórdia­ por mil gerações para com os que me amam e guardam os meus mandamentos.
7
Não pronunciarás o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não deixará?sem castigo quem pronunciar seu nome em vão.
8
Lembra-te de santificar o dia do sábado. 9 Trabalharás durante seis dias e farás todos os trabalhos, 10 mas o sétimo dia é sábado, \descanso dedicado ao Senhor teu Deus. Não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu escravo, nem tua es­cra­va, nem teu gado, nem o estrangeiro que vive em tuas cidades. 11 Porque em seis dias o Senhor fez o céu e a terra, o mar e tudo o que eles contêm; mas no sétimo dia descansou. Por isso o Senhor abençoou o dia do sá­bado e o santificou.
12
Honra teu pai e tua mãe, para que vivas longos anos na terra que o Senhor teu Deus te dará.
13
Não cometerás homicídio.
14
Não cometerás adultério.
15
Não furtarás.
16
Não darás falso testemunho contra o teu próximo.
17
Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu boi, nem seu jumento, nem coisa alguma do que lhe pertença”.

 Ainda a teofania

18 O povo todo presenciou os trovões, os?re­lâmpagos, o som da trombeta e a montanha fumegando. À vista disso, o povo permaneceu ao longe, tremendo de pavor. 19 Disseram­ a Moisés: “Fala-nos tu, e te escutaremos. Mas que não nos fale Deus, do contrário morrere­mos”. 20 Moisés respondeu: “Não temais, pois Deus veio para vos provar, para que tenhais sempre presente o temor de Deus e não pe­queis”. 21 E o povo manteve-se à distância,?en­quanto Moisés aproximou-se da nuvem, na qual estava Deus.

 O “Código da Aliança”. Lei sobre o altar

22 O Senhor disse a Moisés: “Fala assim aos israelitas: Vós mesmos vistes que eu vos fa­lei lá do céu. 23 Não me coloqueis entre os deuses de prata ou de ouro, deuses que não de­vereis fabricar para vós.
24
Deverás fazer para mim um altar de terra,­ sobre o qual me oferecerás os holocaustos, os sacrifícios de comunhão, as ovelhas e os bois. Em qualquer lugar em que eu fizer re­cordar o meu nome, virei a ti e te abençoarei.­ 25 Se me construíres um altar de pedra, não o faças de pedras lavradas, porque ao manejar o cinzel sobre a pedra, tu a profanarias. 26 Não subirás ao meu altar por meio de degraus, para que não se descubra tua nudez”.

 Lei sobre os escravos

21 1 “Estes são os decretos que promul­garás:­
2
Ao comprares um escravo hebreu, ele te servirá durante seis anos, mas no sétimo sairá livre, sem pagar nada. 3 Se veio sozinho, sozi­nho sairá; se veio com uma mulher, a mulher­ sairá com ele. 4 Se foi seu dono que lhe deu a mulher, e ela teve filhos ou filhas, a mulher­ e os filhos ficarão com o dono, e ele sairá so­zinho. 5 Se o escravo disser: ‘Eu quero bem ao meu senhor, à minha mulher e aos meus filhos, e não quero sair livre’, 6 então o dono?o levará diante de Deus e, encostando-o na porta ou no umbral, perfurará a orelha do es­cravo com uma sovela, e ele o servirá para sempre.
7
Se alguém vender sua filha como escrava,­ esta não sairá como saem outros escravos. 8 Se ela não agradar ao dono que a tinha desti­nado como mulher para si, ele deve permitir­ que seja resgatada. Não tem direito de vendê-la a estrangeiros, pois seria desleal para com ela. 9 Se \o dono a destinar ao filho, deve tratá-la segundo o direito das filhas. 10 Se tomar?ou­tra­ mulher para si, não deve privar a primeira­ do alimento, das vestes e da convivên­cia con­jugal. 11 E se lhe negar estas três coisas, ela po­de sair, sem nenhum pagamento.

 Casos de atentado à vida

12 “Quem ferir mortalmente um homem será punido de morte. 13 Se não lhe fez emboscada, mas Deus permitiu que caísse em suas mãos, eu marcarei um lugar onde possa refugiar-se. 14 Mas se alguém tiver a ousadia de levantar-se contra o próximo para matá-lo à traição, deverás arrancá-lo até mesmo do altar, para executá-lo.
15
Quem ferir o pai ou a mãe será punido de morte.
16
Quem seqüestrar uma pessoa, quer a tenha vendido ou ainda a tenha em seu poder, será punido de morte.
17
Quem amaldiçoar o pai ou a mãe será punido de morte.

 Casos diversos de ferimento ou morte

18 “Se dois homens estiverem brigando, e um ferir o outro a pedradas ou a socos, e este não morrer, mas tiver de ficar de cama: 19 se o fe­ri­do se levantar e puder caminhar fo­ra, apoiado no seu bastão, o agressor será ino­centado. De­verá apenas indenizá-lo pelo tempo que ficou­ inativo e pelos gastos da convalescença.
20
Se alguém ferir o escravo ou a escrava a ca­cetadas, de modo que lhe morra nas mãos, o escravo deverá ser vingado. 21 Mas se o es­cravo sobreviver por um ou mais dias, não será vingado, uma vez que era propriedade sua.
22
Se alguns homens ao brigarem atingirem uma mulher grávida, fazendo-a abortar mas sem maiores danos, o culpado será multado de acordo com aquilo que o marido da mulher exigir e os juízes decidirem. 23 Se, porém,­ houver dano maior, então pagarás vida por vida, 24 olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, 25 queimadura por queimadura, ferimento por ferimento, contusão por contusão.
26
Se alguém ferir o olho do escravo ou da escrava e o cegar, deverá dar-lhe a liberdade pelo olho perdido. 27 E se quebrar um dente do escravo ou da escrava, deverá dar-lhe a liberdade pelo dente quebrado.
28
Se um boi matar a chifradas um homem ou uma mulher, será apedrejado e não se lhe comerá a carne; o dono do boi, porém, será inocentado. 29 Mas se o boi costumava chifrar já antes, e o dono, mesmo advertido, não o mantinha fechado, e se este boi matar algum homem ou alguma mulher, o boi será apedrejado e o dono também será morto. 30 Se lhe?im­puserem uma multa em resgate da vida, deve­rá pagar a quantia em que for multado. 31 Se o boi chifrar um menino ou uma menina, será aplicada a mesma lei. 32 Se o boi chifrar um es­cravo ou uma escrava, o proprietário do boi pagará trinta moedas de prata ao dono do es­cravo ou da escrava, e o boi será apedrejado.
33
Se alguém deixar uma cisterna aberta ou cavar uma cisterna e não a cobrir, e se nela cair um boi ou um jumento, 34 o dono da cisterna indenizará em dinheiro o seu proprietá­rio, mas o animal morto será dele.
35
Se o boi de alguém matar a chifradas o boi de um outro, venderão o boi vivo, e repar­tirão ao meio tanto o dinheiro como o boi morto. 36 Mas se era sabido que o boi costumava dar chifradas há muito tempo, e o dono não o mantinha fechado, então este deverá dar um boi como indenização pelo boi morto,­ que ficará com ele.

 Casos relativos a furto e danos materiais

37 1“Se alguém roubar um boi ou uma ovelha e o tiver carneado ou vendido, dará cinco bois como indenização pelo boi e quatro ovelhas pela ovelha.

22 1 2(Se um ladrão for surpreendido arrombando uma casa e for mortalmente ferido, não haverá por ele vingança?de sangue. 2 Mas se for em plena luz do dia, ha­verá vingança de sangue.)
O ladrão deverá restituir o que roubou. Se não tiver meios, será vendido para compensar­ o que roubou. 3
4Se o boi, o jumento ou a?ove­lha roubados se encontrarem ainda vivos em suas mãos, restituirá tudo em dobro.
4
5Se alguém, ao levar o seu gado para pastar num campo ou numa vinha, soltar o gado para pastar num campo alheio, indenizará o prejuízo com o melhor do próprio campo ou da própria vinha.
5
6Se um fogo  por descuido se alastrar por moitas de espinheiros e queimar o trigo em­pilhado, a plantação ou o campo, o incendiário pagará os danos do incêndio.
6
7Se alguém confiar a um outro, em depósi­to, dinheiro ou utensílios, e estes forem roubados da casa dele, se o ladrão for descoberto, restituirá tudo em dobro. 7 8Se o ladrão não for encontrado, o dono da casa se apresentará diante de Deus e jurará que não tocou­ nas coisas do próximo.
8
9Em qualquer delito de propriedade envolvendo um boi, um jumento, uma ovelha, roupa ou qualquer coisa perdida, objeto de uma queixa formal, a questão seja levada diante de Deus. Quem Deus declarar culpado restituirá ao próximo o dobro.
9
10Se alguém confiar ao próximo a guarda de um jumento, um boi, uma ovelha ou qualquer outro animal, e este morrer, ficar aleija­do ou for levado sem que ninguém veja, 10 11a questão se resolverá por meio de um juramento ao Senhor, provando que um não pôs a mão nas coisas do outro. O dono do animal­ aceitará o juramento, e o depositário não será obrigado a restituir. 11 12Mas se o animal de fato tiver sido roubado dele, deverá indenizar­ o dono. 12 13Se o animal tiver sido dilacerado, apresente-o como prova, e não precisará indenizar o animal dilacerado.
13
14Se alguém pedir emprestado do próximo um animal, e este ficar aleijado ou morrer­ na ausência do dono, será obrigado a indeni­zar o prejuízo. 14 15Mas se o dono esteve presente, não terá que indenizar nada. Se o animal foi alugado, pagará o preço do aluguel.

 Caso de estupro

15 16“Se um homem seduzir uma virgem que ainda não tenha noivo e dormir com ela, pa­gará o seu dote e se casará com ela. 16 17Se o pai se recusar a lhe dar a moça, o sedutor pa­gará o dote que se dá pelas virgens.

 Coleção de leis apodícticas

17 18“Não deixarás com vida uma feiticeira.
18
19Quem tiver relações sexuais com um ani­mal será punido de morte.
19
20Quem oferecer sacrifícios aos deuses, e não unicamente ao Senhor, será votado ao interdito.
20
21Não maltrates o estrangeiro nem o oprimas, pois vós fostes estrangeiros no Egito.
21
23Não façais mal à viúva nem ao órfão. 22 23Se os maltratardes, clamarão a mim, e eu ouvirei seu clamor. 23 24Minha ira se inflamará, e eu vos matarei à espada. Vossas mulheres ficarão viúvas, e órfãos os vossos filhos.
24
25Se emprestares dinheiro a alguém do meu povo, a um pobre que vive ao teu lado, não agirás como um agiota. Não lhe deves co­brar juros.
25
26Se tomares como penhor o manto do pró­ximo, deverás devolvê-lo antes do pôr-do-sol. 26 27Pois é a única veste que tem para o corpo, é sua coberta para dormir. Se ele cla­mar por mim, eu o ouvirei, porque sou misericordioso.
27
28Não blasfemarás contra Deus, nem inju­riarás o chefe do teu povo.
28
29Não atrasarás a oferta de tua colheita de cereais, azeite ou vinho.
Deverás dar-me o primogênito de teus filhos. 29
30O mesmo farás com o primogênito das vacas e das ovelhas: ficará sete dias com a mãe, e no oitavo tu o entregarás a mim.
30
Sede homens santos para mim: não co­mais a carne de animal dilacerado no campo,­ mas lançai-a aos cães.

 Leis acerca da justiça   para com os irmãos

23 1 “Não espalharás boatos mentirosos,
nem colaborarás com o ímpio como testemunha falsa.
2
Não tomarás o partido da maioria para fazer o mal. Em processo, não deponhas inclinando-te pela maioria e distorcendo o direito.
3
Não favorecerás nem mesmo a um pobre no processo.
4
Se encontrares extraviados o boi ou o jumento de teu inimigo, faze-os retornar a ele.
5
Se vires o jumento de teu inimigo caído sob o peso da carga, não o deixes no abandono, mas presta ajuda.
6
Não distorcerás o direito do pobre em seu processo.
7
Afasta-te de causas mentirosas. Não mates­ o inocente e o justo, pois não vou declarar justo o culpado.
8
Não aceites suborno, pois o suborno cega os que têm os olhos abertos e perverte as pa­lavras dos justos.
9
Não oprimas o estrangeiro; vós sabeis o que é ser estrangeiro, pois fostes estrangeiros­ no Egito.

 Sábado, ano sabático, festas, culto

10 “Durante seis anos semearás a terra e recolherás os seus frutos. 11 No sétimo ano, porém,­ deixarás de preparar e de cultivar a terra, para que se alimentem os pobres do teu povo, e os animais selvagens comam o resto. O mesmo farás com a vinha e o olival.
12
Seis dias trabalharás e no sétimo descansarás, para que descansem também o boi e o jumento, e possam tomar fôlego o filho de tua escrava e o estrangeiro.
13
Guardai tudo o que vos disse: não invocareis o nome de deuses alheios; que seu nome não se ouça em tua boca.
14
Farás três festas de peregrinação por ano em minha honra.
15
Guardarás a festa dos Pães sem Fermento:­ durante sete dias comerás pães sem fermento, como te ordenei, no tempo marcado do mês de Abib, pois nesse mês saíste do Egito.
Ninguém compareça diante de mim com as mãos vazias.
16
Guardarás também a festa da Colheita dos primeiros frutos do teu trabalho, do que tive­res semeado em teu campo; e a festa da Co­lheita no fim do ano, quando tiveres recolhi­do do campo os frutos do teu trabalho.
17
Três vezes ao ano todos os homens comparecerão diante do Senhor Deus.
18
Não oferecerás o sangue do meu sacrifício juntamente com pão fermentado, nem dei­xarás a gordura de minha festa para o dia seguinte.
19
Levarás à casa do Senhor teu Deus os pri­meiros frutos do teu solo.
Não cozinharás o cabrito no leite de sua mãe.

 Admoestações e promessas 

20 “Mandarei um anjo à tua frente, para que te guarde pelo caminho e te introduza no lugar que eu preparei. 21 Respeita-o e ouve a sua voz. Não lhe sejas rebelde; ele não suportará vossas rebeliões, pois nele está o meu nome. 22 Mas se de fato ouvires sua voz e fizeres tudo quanto te disser, eu serei inimigo dos teus inimigos e adversário dos teus adversários.
23
Quando o anjo marchar à tua frente e te introduzir na terra dos amorreus, heteus, fe­re­seus, cananeus, heveus e jebuseus, e eu os ex­terminar, 24 não adorarás os seus deuses, nem lhes prestarás culto, imitando seus costumes. Ao contrário, derrubarás e quebrarás as suas colunas sagradas.
25
Servireis ao Senhor, vosso Deus, e ele abençoará teu pão e tua água, e afastará do teu meio as enfermidades. 26 Em tua terra não haverá mulher que aborte nem que seja estéril. E eu tornarei pleno o número de teus dias.
27
Enviarei à tua frente o meu terror, confun­direi todos os povos aonde chegares e farei que todos os inimigos fujam diante de ti. 28 En­viarei à tua frente vespas ferozes que po­rão em fuga os heveus, os cananeus, os he­teus. 29 Não os expulsarei em um só ano, para que a terra não fique deserta e não se multi­pliquem contra ti os animais ferozes. 30 Eu os expulsarei aos poucos, até que cresças e to­mes posse da terra. 31 Fixarei teus limites desde o mar Vermelho até o mar dos filisteus,­ e desde o deserto até o rio Eufrates; pois eu entregarei em tuas mãos os habitantes desse país para que os expulses de tua presença. 32 Não farás aliança com eles nem com seus deuses. 33 Não devem morar em tua terra, do contrário te fa­riam pecar contra mim. Servirias aos seus deuses, e isso seria uma armadilha para ti”.

 A conclusão da aliança

24 1 Ele disse a Moisés: “Sobe até o Senhor junto com Aarão, Nadab, Abiú e setenta anciãos de Israel, e vos prostrareis à distância. 2 Apenas Moisés se aproximará do Senhor. Os outros não se aproximarão, nem o povo subirá com ele”.
3
Moisés foi transmitir ao povo todas as palavras e todos os decretos do Senhor. O povo respondeu em coro: “Faremos tudo o que o Senhor nos disse!” 4 Então Moisés escreveu todas as palavras do Senhor.
Levantando-se na manhã seguinte, ergueu ao pé da montanha um altar e doze colunas sa­gradas, segundo as doze tribos de Israel. 5
Em seguida, mandou alguns jovens israelitas­ oferecer holocaustos e imolar novilhos como sacrifícios de comunhão ao Senhor. 6 Moisés pegou a metade do sangue, colocou-o em vasilhas e derramou a outra metade sobre o altar. 7 Tomou depois o livro da aliança e o leu em voz alta ao povo, que respondeu: “Faremos tudo o que o Senhor falou e obedeceremos”. 8 Moisés pegou, então, o sangue, aspergiu com ele o povo e disse: “Este é o sangue da aliança que o Senhor fez convosco, referente a todas estas cláusulas”.
9
Moisés subiu com Aarão, Nadab, Abiú e setenta anciãos de Israel, 10 e eles viram o Deus de Israel. Debaixo dos pés dele havia uma espécie de pavimento de safira, límpido como o próprio céu. 11 E ele não estendeu a mão contra os israelitas escolhidos: eles pu­deram contemplar a Deus e depois comeram­ e beberam.
Deus dá as tábuas da lei e o modelo do santuário

 As tábuas de pedra

12 O Senhor disse a Moisés: “Sobe para junto de mim no monte e fica ali. Eu quero dar-te as tábuas de pedra, a Lei e os mandamentos que escrevi para que instruas o povo”. 13 Moisés levantou-se com Josué, seu ajudante, e subiu ao monte de Deus. 14 Ele tinha dito aos anciãos: “Esperai por nós aqui até voltar­mos. Aarão e Hur ficam convosco. Quem ti­ver alguma questão dirija-se a eles”.
15
Quando Moisés subiu ao monte, a nuvem­ cobriu o monte. 16 A glória do Senhor pousou­ sobre o monte Sinai, e a nuvem o cobriu du­rante seis dias. No sétimo dia, ele chamou Moi­sés do meio da nuvem. 17 A glória do Se­nhor aparecia aos israelitas como um fogo devorador sobre o cume do monte. 18 Moisés,­ porém, penetrando na nuvem, subiu a montanha e permaneceu ali quarenta dias e quarenta noites.

 A coleta das ofertas

25 1 O Senhor falou a Moisés: 2 “Dize aos israelitas que ajuntem ofertas para mim. Recebereis a oferta de todos os que de­rem espontaneamente. 3 Estas são as ofertas­ que recebereis: ouro, prata, bronze, 4 tecidos?de púrpura violeta, vermelha e carmesim; linho fino e pêlos de cabra; 5 peles de carneiro tintas­ de vermelho e peles finas; madeira de acácia, 6 azeite de lâmpada, bálsamo para o óleo de un­ção e para o incenso aromático; 7 pedras de ônix e outras pedras de engaste para o efod e o peitoral. 8 Eles me farão um santuário, e eu habitarei no meio deles. 9 Fareis tudo conforme­ o modelo da morada e de seus utensílios que vou te mostrar.

 A arca da aliança

10 “Farás uma arca de madeira de acácia, com cento e vinte e cinco centímetros de comprimento, por setenta e cinco de largura e setenta e cinco de altura. 11 Revestirás a arca de ouro puro, por dentro e por fora. Em volta porás uma moldura de ouro. 12 Fundirás quatro argolas de ouro e as porás nos quatro pés: duas de um lado e duas de outro. 13 Farás varais de madeira de acácia e os revestirás de ouro. 14 Introduzirás os varais nas argolas dos lados da arca, para carregar a arca. 15 Os varais ficarão sempre nas argolas e não serão tirados.
16
Na arca porás o documento da aliança que te darei.

 O propiciatório e os querubins

17 “Farás também um propiciatório de ouro puro, de cento e vinte e cinco centímetros de comprimento e setenta e cinco de largura. 18 Farás dois querubins de ouro polido nas duas extremidades do propiciatório: 19 um de cada lado, de modo que os querubins estejam nos dois extremos do propiciatório. 20 Os querubins, com as asas estendidas por cima, estarão encobrindo o propiciatório, um em frente do outro, voltados para o propiciatório. 21 Porás o propiciatório sobre a arca, e dentro da arca o documento da aliança que te darei. 22 Ali me encontrarei contigo, e de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins colocados sobre a arca da aliança, eu te comunicarei tudo o que deves ordenar aos israelitas.

 A mesa da apresentação dos pães

23 “Farás de madeira de acácia uma mesa com cem centímetros de comprimento, cinqüenta de largura e setenta e cinco de altura. 24 Revestirás a mesa de ouro puro, e lhe farás uma moldura de ouro em volta. 25 Em torno da mesa farás também um friso de um palmo e uma moldura de ouro em volta do friso. 26 Farás também quatro argolas de ouro e as fixarás nos quatro ângulos correspondentes aos quatro pés. 27 As argolas estarão junto ao friso, para receber os varais de carregar a mesa. 28 Farás, de madeira de acácia, os varais para o transporte da mesa e os revestirás de ouro. 29 Farás de ouro puro também as bandejas, as panelas, os copos e as taças para as libações. 30 Sobre a mesa colocarás permanentemente diante de mim os pães sagrados.

 O candelabro de sete braços

31 “Farás um candelabro de ouro puro. O can­delabro será polido, tanto a base como a haste.­ Seus cálices, botões e flores formarão uma?só peça. 32 Seis braços sairão de seus lados, três de um e três do outro. 33 O primeiro braço terá três cálices em forma de flor de amendoeira, com botões e flores; o segundo braço terá três cálices em forma de flor de amendoeira, com botões e flores; e assim todos os seis braços que saem do candelabro. 34 O próprio candela­bro levará quatro cálices em forma de flor de amendoeira, com botões e flores. 35 Debaixo dos dois primeiros braços que saem do cande­labro haverá um capitel, outro debaixo dos?dois braços seguintes e outro debaixo dos últimos dois; portanto, para os seis braços do candelabro. 36 Os capitéis e os braços serão de uma só peça, toda de ouro puro, polido. 37 Farás também sete lâmpadas e as porás no candelabro, iluminando a parte dianteira. 38 Também as tesouras de cortar o pavio e os cinzeiros serão de ouro puro. 39 Para fazer o candelabro com todos os utensílios empregarás um talento, \trinta quilos de ouro puro. 40 Cuida de fazê-los conforme o modelo que te foi mostrado na montanha.

 A morada e as cortinas

­261 “Farás a morada com dez cortinas de linho fino retorcido, de púrpura violeta, vermelha e carmesim, e nelas bordarás querubins. 2 Cada cortina terá catorze metros de comprimento e dois de largura. Todas as cortinas terão as mesmas medidas. 3 Unirás as cortinas umas às outras em duas séries de cinco cada uma. 4 Porás presilhas de púrpura violeta na borda da cortina que termina o pri­meiro cortinado, e o mesmo farás na última do segundo cortinado. 5 Farás cinqüenta presilhas na primeira cortina e cinqüenta na extremidade da segunda cortina onde termina o segundo cortinado, de modo que as pre­silhas se correspondam umas às outras. 6 Farás cinqüenta colchetes de ouro, e com eles ligarás uma cortina à outra para que a morada­ forme um todo.
7
Farás também onze cortinas de pêlo de cabra para que sirvam de cobertura para a mo­rada. 8 O comprimento de cada cortina será de quinze metros por dois de largura. As onze cortinas terão as mesmas medidas. 9 Unirás as cortinas em dois grupos separados, um de cinco e o outro de seis cortinas, dobrando a sexta cortina sobre a parte dianteira da tenda. 10 Farás cinqüenta presilhas na barra da última cortina do primeiro cortinado e cinqüenta presilhas na barra do segundo cortinado. 11 Farás também cinqüenta colchetes de bronze, introduzindo-os nas presilhas e ligando assim a tenda para que forme um todo. 12 A parte que sobrar das cortinas da ten­da, isto é, a metade, penderá sobre a parte­ posterior da morada. 13 Os cinqüenta centíme­tros excedentes  de um e outro lado ao longo das cortinas da tenda, penderão sobre os dois lados da morada, cobrindo-a. 14 Para a tenda fa­rás também uma cobertura de peles de car­neiro, tintas de vermelho, e por cima, outra cobertura de peles finas.
15
Farás para a morada armações de madeira­ de acácia, que porás de pé. 16 Cada armação terá cinco metros de comprimento e setenta e cinco centímetros de largura. 17 Em cada ar­mação haverá dois encaixes para travar um no outro. Assim farás com todas as armações­ da morada. 18 Farás, portanto, para a morada vinte armações que ficarão do lado sul. 19 Farás quarenta bases de prata para as vinte ar­mações, duas bases para cada armação, em função dos dois encaixes. 20 No outro lado da morada, voltado para o norte, haverá também­ vinte armações 21 e quarenta bases de prata, duas por armação. 22 No flanco da morada vol­tado para o ocidente porás seis armações 23 e outras duas nos dois ângulos dos fundos da morada. 24 Estarão gemina­das e bem unidas de baixo até em cima, até à primeira ar­gola. Assim se fará com as duas armações des­tinadas para os ângulos. 25 Serão, portanto,­ oito armações com suas dezes­seis bases de prata, duas para cada tábua.
26
Farás ainda travessas de madeira de acá­cia, cinco para as armações de um lado da morada, 27 cinco para as armações do outro lado da morada e cinco para as armações da parte traseira da morada, voltada para o ocidente. 28 A travessa central atravessará à meia altura as armações de um extremo a outro. 29 Re­vestirás as armações de ouro. De ouro farás também as argolas em que passarão as travessas, recobrindo inclusive estas de ouro. 30 Construirás a morada conforme o modelo que te foi mostrado no monte.

 O véu do santuário

31 “Farás também um véu de púrpura violeta,­ vermelha e carmesim e de linho fino retorci­do, bordado de querubins. 32 Suspenderás o véu em quatro colunas de madeira de acácia recobertas de ouro, providas de ganchos de ouro e apoiadas em quatro bases de prata. 33 Pen­durarás o véu debaixo dos colchetes e ali, por trás do véu, introduzirás a arca da alian­ça. O véu servirá para separar o lugar San­to, do Santíssimo. 34 Sobre a arca da aliança porás o propiciatório, no lugar Santíssimo. 35 Do lado de fora do véu colocarás a mesa e, diante dela, o candelabro. Este ficará do lado sul da morada, e a mesa porás ao norte.
36
Para a entrada da Tenda farás uma cortina­ de púrpura violeta, vermelha e carmesim e de linho fino retorcido, artisticamente borda­da. 37 Para a cortina farás cinco colunas de madeira de acácia, revestidas de ouro e com ganchos de ouro, e fundirás para elas cinco bases de bronze.

 O altar dos holocaustos

27 1 “Farás um altar de madeira de acácia. Será quadrado e terá dois metros e meio de comprimento e de largura, e um me­tro e meio de altura. 2 Dos quatro cantos do altar farás sobressair pontas e o revestirás de bronze. 3 Farás vasos para as cinzas do altar, pás, aspersórios, garfos e braseiros, utensílios­ todos de bronze. 4 Farás uma grelha de bronze­ em forma de rede, e nos seus quatro ângulos porás quatro argolas de bronze. 5 Colocarás a grelha sob a beirada do altar, de modo que fique a meia altura. 6 Farás varais para o altar,­ varais de madeira de acácia, e os revestirás de bronze. 7 Os varais serão enfiados nas ar­golas, e ficarão de ambos os lados do altar, quando este for carregado. 8 Farás o altar de tábuas, oco por dentro, exatamente como te foi mostrado no monte.

 O átrio

9 “Farás a seguir o átrio da morada. Do lado sul o átrio terá cortinas de linho fino retorci­do, numa extensão de cinqüenta metros. 10 Te­rá vinte colunas com vinte bases de bronze. Os ganchos das colunas e as vergas serão de prata. 11 Do mesmo modo, do lado norte have­rá cortinas numa extensão de cinqüenta me­tros, vinte colunas com vinte bases de bronze,­ ganchos e vergas de prata. 12 Do lado ocidental, na largura do átrio, haverá um cortinado de vinte e cinco metros, dez colunas e dez ba­ses. 13 Do lado oriental a largura do átrio terá também vinte e cinco metros.
14
De um lado haverá um cortinado de sete metros e meio, com três colunas e três bases.­ 15 Do outro lado haverá um cortinado de sete metros e meio, com três colunas e três bases.­ 16 Para a entrada do átrio haverá um cortinado de dez metros, de púrpura violeta, vermelha e carmesim e de linho fino retorcido, artisti­camente bordada, com quatro colunas e quatro bases. 17 Todas as colunas ao redor do átrio terão vergas e ganchos de prata e bases de bron­ze. 18 O átrio terá cinqüenta metros de com­primento, vinte e cinco de largura e dois e meio de altura. Será todo de linho fino re­tor­cido e terá bases de bronze. 19 Todos os uten­sílios da morada, destinados para qualquer serviço, todas as suas estacas, bem co­mo todas as estacas do átrio serão de bronze.­

 O azeite das lâmpadas

20 “Ordena aos israelitas que tragam azeite puro de oliva moída no pilão, para a ilumina­ção, a fim de manter acesa sempre a lâmpada­  21 na Tenda do Encontro, do lado externo do véu na frente da arca da aliança. Aarão e seus filhos a manterão acesa desde a tarde até a manhã na presença do Senhor. É uma lei per­pé­tua para os israelitas por todas as gerações.­

 Os sacerdotes e suas vestes

28 1 “Depois manda que do meio dos israelitas se aproximem de ti o teu irmão Aarão e seus filhos Nadab, Abiú, Eleazar e Itamar, para que me sirvam como sacerdotes.­ 2 Mandarás fazer vestes sagradas para teu ir­mão Aarão, em sinal de honra e distinção. 3 Con­fiarás a artistas bem preparados, que do­tei do espírito de sabedoria, a tarefa de con­feccionar as vestes de Aarão, para que seja consagrado como sacerdote a meu serviço. 4 Estas são as vestes que deverão fazer: um peitoral, um efod, um manto, uma túnica bor­dada, uma mitra e um cinto. Farão essas ves­tes litúrgicas para teu irmão Aarão e seus?fi­lhos, para que sejam meus sacerdotes. 5 Utili­zarão ouro, púrpura violeta, vermelha e carmesim e linho fino.

 O efod 

6 “O efod será feito de ouro, de púrpura vio­leta, vermelha e carmesim e de linho fino re­torcido, artisticamente entretecidos. 7 Terá duas ombreiras pregadas nas duas extremida­des e assim será prendido. 8 O cinto  por cima do efod será do mesmo tecido: de ouro, de púrpura violeta, vermelha e carmesim e de linho fino retorcido. 9 Tomarás duas pedras de ônix e gravarás nelas os nomes das tribos is­raelitas: 10 seis nomes numa pedra e os restantes seis na outra pedra, por ordem de nas­cimento. 11 Nas duas pedras gravarás os nomes das tribos de Israel, assim como trabalha o lapidador gravando sinetes, e as embuti­rás em engastes de ouro. 12 Depois inserirás as duas pedras nas ombreiras do efod, como recordação para os israelitas. Deste modo le­vará Aarão os seus nomes sobre os dois om­bros na presença do Senhor, como recordação. 13 Farás também engastes de ouro 14 e duas cor­rentinhas de ouro puro, à maneira de cor­dão, e as prenderás nos engastes.

 O peitoral

15 “Farás o peitoral para usar no julgamento. Será artisticamente trabalhado, do mesmo­ tecido do efod: de ouro, de púrpura violeta, vermelha e carmesim e de linho fino retorci­do. 16 Dobrado, ele será quadrado, com um palmo de comprimento e um de largura. 17 Enfeitarás o peitoral com engastes de pedraria, quatro carreiras de pedras preciosas. Na primeira carreira haverá um rubi, um crisólito e uma esmeralda; 18 na segunda, uma turquesa, uma safira e um ônix; 19 na terceira, uma opala, uma ágata e uma ametista; 20 e na quarta, um crisólito, um berilo e um jaspe. Elas estarão engastadas em ouro. 21 As pedras levarão os doze nomes dos filhos de Israel. Serão gravadas como sinetes, cada uma com o nome de uma das doze tribos.
22
Farás para o peitoral correntinhas de ouro puro, trançadas como cordão, 23 e duas argolas de ouro, e as prenderás nas extremidades do peitoral. 24 Enfiarás os dois cordões de ouro pelas duas argolas presas nas pontas do peitoral 25 e fixarás as duas pontas dos cordões nos engastes do peitoral, unindo-as à parte dianteira das ombreiras do efod. 26 Farás duas argolas de ouro e as porás nas duas pontas do peitoral, na borda do lado de dentro do efod. 27 Farás outras duas argolas de ouro e as porás na parte inferior das ombreiras do efod, pela frente, perto da juntura e acima do cinto do efod. 28 O peitoral se unirá por suas argolas às argolas do efod com um cordão de púrpura violeta, para que o peitoral fique por cima do cinto do efod e não se desprenda.
29
Assim, quando Aarão entrar no santuário, levará sobre o coração os nomes das tribos de Israel no peitoral do julgamento, como recordação perpétua na presença do Senhor. 30 No peitoral do julgamento porás os Urim e Tumim. Estarão sobre o coração de Aarão quando se apresentar ao Senhor, e assim levará constantemente sobre o coração, na presença do Senhor, o julgamento dos israelitas.

 O manto

31 “Farás o manto do efod todo de púrpura violeta. 32 Terá no meio uma abertura para a cabeça, e esta abertura terá em toda a volta uma barra reforçada, como a borda do colete, que não se rasga. 33 Na parte inferior, ao redor de toda a borda, porás romãs de púrpura violeta, vermelha e carmesim, alternando-as com campainhas de ouro 34 – uma campainha de ouro e uma romã, sucessivamente, em volta de toda a barra do manto. 35 Aarão o vestirá para exercer o ministério e será ouvido quando entrar e sair do santuário, na presença do Senhor, para que não morra.

 O florão, a mitra, a túnica e o cinto

36“Farás uma lâmina de ouro puro e nela gravarás, como se gravam sinetes: ‘Consagrado ao Senhor’. 37 Prenderás a lâmina à mitra com um cordão de púrpura violeta pelo lado da frente. 38 Ela estará sobre a fronte de Aarão. Assim Aarão será responsável pelas faltas que os israelitas cometerem ao oferecerem qualquer oferta sagrada. Ficará constantemente sobre a fronte de Aarão, para que eles encontrem o agrado do Senhor.
39
Mandarás tecer de linho fino a túnica e a mitra, e bordar artisticamente o cinto.
40
Para os filhos de Aarão farás túnicas, cin­tos e turbantes em sinal de honra e distinção.­ 41 Destas vestimentas revestirás teu irmão Aarão e seus filhos e os ungirás, dando-lhes a investidura e consagrando-os para que me sirvam como sacerdotes. 42 Faze-lhes calções de linho para cobrirem a nudez, da cintura até as coxas. 43 Aarão e seus filhos os usarão quando entrarem na Tenda do Encontro ou quan­do se aproximarem do altar para servir no santuário, a fim de não incorrerem em fal­ta e não morrerem. Esta é uma lei perpétua­ para Aarão e seus descendentes.

 A consagração dos sacerdotes


Êxodo (CNB) 19