Ezequiel (CNB) 37

 As ossadas revivem

37 1 A mão do Senhor estava sobre mim, e o Senhor me levou em espírito para fora e me deixou no meio de uma planície repleta de ossos. 2 Fez-me circular no meio dos ossos em todas as direções. Vi que havia muitíssimos ossos sobre a planície e estavam bem ressequidos. 3 Ele me perguntou: “Filho do homem, estes ossos poderão reviver?” E eu respondi: “Senhor Deus, és tu que sabes!” 4 E ele me disse: “Profetiza sobre estes ossos e dize-lhes: Ossos ressequidos, ouvi a palavra do Senhor! 5 Assim diz o Senhor Deus a estes ossos: Vou infundir-vos, eu mesmo, um espírito para que revivais. 6 Eu vos darei nervos, farei crescer carne e estenderei por cima a pele. Porei em vós um espírito para que revivais. Então sabereis que eu sou o Senhor”.
7
Profetizei conforme me fora ordenado. Enquanto eu profetizava, ouviu-se primeiro um rumor, e logo um estrondo, quando os ossos se aproximaram uns dos outros. 8 Eu olhei e vi nervos e carne crescendo sobre eles e, por cima, a pele que se estendia. Mas faltava-lhes o sopro de vida. 9 Ele me disse: “Profetiza para o espírito, profetiza, filho do homem! Dirás ao espírito: Assim diz o Senhor Deus: Vem, ó espírito, dos quatro ventos, soprar sobre estes mortos para que eles possam reviver!” 10 Profetizei conforme me fora ordenado, e o espírito entrou neles. Eles reviveram e se puseram de pé qual imenso exército.
11
Então ele me disse: “Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eles dizem: ‘Nossos ossos estão secos, nossa esperança acabou, estamos perdidos! 12 Por isso, profetiza e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Ó meu povo, vou abrir vossas sepulturas! Eu vos farei sair de vossas sepulturas e vos conduzirei para a terra de Israel. 13 Ó meu povo, quando abrir vossas sepulturas e vos fizer sair delas, sabereis que eu sou o Senhor. 14 Quando incutir em vós o meu espírito para que revivais, quando vos estabelecer em vossa terra, sabereis que eu, o Senhor, digo e faço – oráculo do Senhor”.

 A reunificação de Israel e Judá

15 A palavra do Senhor veio a mim nestes termos: 16 “Quanto a ti, filho do homem, toma um pedaço de madeira e escreve nele: ‘Pertence a Judá e aos israelitas que lhe estão associados’. Toma outro pedaço de madeira e escreve em cima: ‘Pertence a José, lenho de Efraim, e a toda a casa de Israel a ele associada’. 17 Depois junta um com o outro, para que formem um só pedaço e fiquem unidos em tua mão. 18 Quando teus compatriotas te perguntarem: ‘Não vais explicar-nos o que queres dizer com isso?’, 19 tu lhes falarás: Assim diz o Senhor Deus: Vou tomar o pedaço de madeira de José, que está nas mãos de Efraim, com as tribos que lhe estão associadas, e juntá-lo com o pedaço de Judá, a fim de fazer um só pedaço, para que fiquem unidos em minha mão. 20 Segurando os dois pedaços de madeira escritos em sua presença, 21 tu lhes falarás: Assim diz o Senhor Deus: Vou tomar os israelitas do meio das nações para onde foram, vou recolhê-los de todos os lados e conduzi-los para a sua terra. 22 Farei deles uma única na­ção no país, sobre as montanhas de Israel, e um só rei será o rei de todos eles. Nunca mais formarão duas nações nem tornarão a se dividir em dois reinos.
23
Não mais se contaminarão com os ídolos, com seus objetos abomináveis e com todos os seus crimes. Eu os libertarei de todas as infidelidades com que pecaram e os purificarei. Eles serão meu povo e eu serei o seu Deus. 24 Meu servo Davi reinará sobre eles e haverá para todos eles um único pastor. Viverão segundo meus preceitos e guardarão minhas leis, pondo-as em prática. 25 Habitarão na terra que dei ao meu servo Jacó, onde moraram vossos pais. Ali habitarão com os filhos e netos para sempre, e meu servo Davi será seu príncipe para sempre. 26 Farei com eles uma aliança de paz; será uma aliança eterna com eles. Eu os estabelecerei e multiplicarei, e no meio deles porei meu santuário para sempre. 27 Minha morada estará junto deles. Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. 28 Assim as nações saberão que eu, o Senhor, santifico Israel, por estar meu santuário no meio deles para sempre”.

 Ameaças e ruína de Gog

38 1 A palavra do Senhor veio a mim nestes termos: 2 “Filho do homem, volta o rosto em direção a Gog, na terra de Magog, príncipe supremo de Mosoc e Tubal, e profetiza contra ele. 3 Dirás: Assim diz o Senhor Deus: Aqui estou contra ti, Gog, príncipe supremo de Mosoc e Tubal. 4 Eu te porei em movimento, meterei freios em tuas mandíbulas e te farei sair com todo o exército, com cavalos e cavaleiros, todos vestidos impecavelmente, uma horda imensa com escudos e broquéis, todos manejando a espada. 5 A Pérsia, a Etiópia e Líbia estão com eles, todos com escudos e capacetes; 6 Gomer com todas as tropas, Bet-Togorma, do extremo norte, com todas as tropas; muitos povos estão contigo. 7 Prepara-te bem com todas as hordas que se ajuntaram ao teu redor e põe-te à minha disposição. 8 Após muito tempo receberás uma tarefa. Depois de muitos anos deverás ir a uma terra cuja população escapou da espada, do meio dos povos reunida novamente sobre os montes de Israel, que por longo tempo estiveram em ruínas. Retirados do meio dos povos, vivem todos em segurança. 9 Subirás como tempestade, como nuvem cobrindo a terra. Virás com todas as tuas tropas, acompanhado de numerosos povos.
10
Assim diz o Senhor Deus: Naquele dia surgirão planos em tua mente, maquinarás projetos malignos 11 e dirás: ‘Invadirei um país indefeso, atacarei gente pacata que vive em segurança, morando todos em vilarejos sem muralhas, sem trancas ou portas. 12 Vou espoliar e saquear, voltando minha mão contra as ruínas repovoadas, contra um povo recolhido do meio das nações, que se dedica à pecuária e ao comércio e mora no umbigo da terra’. 13 Sabá, Dadã, os negociantes de Társis e todos os seus mercadores te perguntarão: ‘Então vieste para espoliar? Reuniste tua horda para saquear, carregar prata e ouro, levar embora rebanhos e bens e recolher um enorme saque?’
14
Por isso, profetiza, filho do homem! Dirás para Gog: Assim diz o Senhor Deus: Não te insurgirás naquele dia contra o meu povo Israel, enquanto mora em segurança? 15 Proveniente de teu lugar no extremo norte, com numerosos povos aliados, todos montados em cavalos, com uma horda imensa e um exército numeroso, 16 atacarás o meu povo Israel, cobrindo a terra como nuvem. Isto acontecerá no fim dos tempos. Então eu te farei vir contra o meu país, a fim de que as nações me conheçam quando, à vista delas, mostrar minha santidade por meio de ti, ó Gog.
17
Assim diz o Senhor Deus: Não és tu aquele de quem eu havia falado antigamente por meio de meus servos, os profetas de Israel? Eles profetizaram naqueles dias que eu te haveria de trazer contra eles. 18 Naquele dia, quando Gog invadir a terra de Israel – oráculo do Senhor Deus – minha ira e indignação vão transbordar. 19 É no meu zelo e no ardor de minha fúria que eu juro: Naquele dia haverá um grande terremoto na terra de Israel. 20 Diante de mim tremerão os peixes do mar, os pássaros do céu, os animais selvagens, todos os répteis que se arrastam sobre o chão e todos os seres humanos que se acham na face da terra. As montanhas des­moronarão, os rochedos despenharão e todas as muralhas do país desabarão. 21 Contra ele chamarei todo tipo de terror – oráculo do Senhor Deus – e a espada de uns se voltará contra os outros. 22 Eu o processarei, castigando-o com a peste e com o sangue; farei cair trombas d’água, chuvas de pedra, fogo e enxofre sobre ele, suas hordas e os numerosos povos aliados. 23 Mostrarei assim minha grandeza e minha santidade e me darei a conhecer à vista de numerosas nações. Assim saberão que eu sou o Senhor.

 Outra profecia contra Gog

39 1 “Quanto a ti, filho do homem, profetiza contra Gog e dize: Assim diz o Senhor Deus: Aqui estou contra ti, Gog, príncipe supremo de Mosoc e Tubal. 2 Eu te porei em movimento, te instigarei e te farei subir do extremo norte, para te conduzir contra as montanhas de Israel. 3 Então, com um golpe te arrancarei o arco da mão esquerda, e as flechas cairão de tua mão direita. 4 Sobre as montanhas de Israel sucumbirás com tuas tropas e com os povos aliados. Eu te darei como pasto a toda espécie de aves de rapina e aos animais selvagens. 5 Tombarás em campo aberto, porque eu, o Senhor, falei – oráculo do Senhor Deus.
6
Mandarei fogo contra Magog e contra os habitantes das ilhas que vivem em segurança, e eles saberão que eu sou o Senhor. 7 Tornarei meu santo nome conhecido entre o meu povo Israel. Nunca mais deixarei profanar o meu santo nome. Então as nações saberão que eu sou o Senhor, santo em Israel. 8 Eis que já vem vindo e está acontecendo – oráculo do Senhor Deus! Este é o dia do qual falei!
9
Os habitantes das cidades de Israel sairão em busca de armas para queimar: broquéis, escudos, arcos, flechas, clavas e lanças. Durante sete anos acenderão o fogo com elas. 10 Não precisarão trazer lenha do campo nem cortá-la do mato, pois acenderão o fogo com as armas. Assim despojarão os que os despojaram e saquearão os que os saquearam – oráculo do Senhor Deus.
11
Naquele dia darei como sepultura a Gog um lugar famoso em Israel, o vale de Aba­rim, a leste do mar Morto – é o vale que barra o caminho dos passantes. Lá será sepultado Gog com toda sua multidão. O vale se chamará ‘Multidão de Gog’. 12 A casa de Israel precisará de sete meses para enterrá-los, a fim de purificar o país. 13 Todo o povo da terra estará ocupado em enterrá-los, e ficará famoso entre eles o dia em que eu manifestar a minha glória – oráculo do Senhor Deus. 14 Haverá permanentemente homens destacados para percorrer o país e enterrar os mortos que ficaram insepultos, a fim de purificá-lo. Estes começarão a busca ao fim dos sete meses. 15 Quando os que percorrem o país virem ossos humanos, levantarão um marco ao lado, até que os coveiros os enterrem no vale da Multidão de Gog. 16 (‘Multidão’ é também o nome de uma cidade.) Assim purificarão o país.
17
Quanto a ti, filho do homem, assim diz o Senhor Deus: Dize para toda espécie de aves e de animais selvagens: Reuni-vos e vinde! Acorrei de todas as partes ao sacrifício que eu vos preparei, um grande sacrifício sobre as montanhas de Israel. Comereis carne e bebereis sangue. 18 Comereis carne de heróis e bebereis sangue dos príncipes da terra. São todos como carneiros, cordeiros, bodes e touros cevados de Basã. 19 Comereis a fartar gordura do sacrifício que eu vos preparei e bebereis sangue até à embriaguez. 20 À minha mesa ficareis saciados com cavalos e cavaleiros, com heróis e guerreiros de todo tipo – oráculo do Senhor Deus.
21
Estabelecerei minha glória entre as nações. Todas as nações verão o julgamento que executo e minha mão que intervém no meio delas. 22 Daquele dia em diante, a casa de Israel saberá que eu sou o Senhor seu Deus.
23
As nações saberão que a casa de Israel foi deportada por própria culpa. Por me terem sido infiéis, ocultei-lhes a minha face, entreguei-os em poder dos inimigos e todos eles sucumbiram pela espada. 24 Agi com eles de acordo com sua impureza e suas transgressões, ocultando-lhes a minha face.

 Conclusão

25 “Por isso, assim diz o Senhor Deus: Agora vou mudar a sorte de Jacó, vou compadecer-me de toda a casa de Israel e zelar pelo meu santo nome. 26 Esquecerão sua vergonha e todas as infidelidades que contra mim cometeram, quando habitarem na sua terra em segurança, sem que ninguém os aterrorize. 27 Quando eu os fizer retornar do meio dos povos e os recolher dentre os países de seus inimigos, manifestarei neles a minha santidade à vista de numerosas nações. 28 Saberão que eu sou o Senhor seu Deus, quando, após tê-los deportado entre as nações, eu os reunir juntos na sua terra, sem deixar mais nenhum deles por lá. 29 Nunca mais ocultarei deles a minha face, porque derramarei sobre a casa de Israel o meu espírito – oráculo do Senhor Deus”.


utopia: o novo Israel

 O novo templo

40 1 No vigésimo quinto ano de nosso cativeiro, no princípio do ano, no dia dez do mês, catorze anos após a queda da cidade, nesse mesmo dia, a mão do Senhor esteve sobre mim, e ele me levou para lá. 2 Ele me levou em visão divina à terra de Israel e me deixou sobre um monte muito alto, no qual havia como que edifícios de uma cidade no lado sul. 3 Para lá ele me levou. E ali vi um homem que tinha o aspecto do bronze. Estava junto à porta e tinha na mão uma corda de linho e uma vara de medir. 4 E o homem me falou: “Filho do homem, olha bem e escuta atentamente! Presta bem atenção a tudo que eu te mostrar, pois foste trazido para cá a fim de que eu te mostrasse isso. Conta tudo que vires para a casa de Israel”.
5
Uma muralha circundava todo o perímetro externo do templo. O homem segurava na mão uma vara de medir, de seis côvados de comprimento – côvados aumentados de um palmo. Mediu a espessura e a altura da construção: ambas mediam três metros.
6
Dirigiu-se até à porta que olha para o leste, subiu os degraus e mediu a soleira da porta: tinha três metros de largura. 7 As guaritas mediam três metros de comprimento por três de largura, cada uma. O espaço entre as guaritas media dois metros e meio. Também a soleira interna da porta junto ao vestíbulo media três metros. 8 Mediu o vestíbulo da porta: 9 tinha quatro metros, e as pilastras um metro. O vestíbulo da porta estava voltado para dentro. 10 As guaritas da porta Leste eram três de cada lado, todas com as mesmas dimensões. Também as pilastras de um e de outro lado tinham as mesmas dimensões. 11 Mediu a entrada da porta: tinha cinco metros de largura e a profundidade era de seis metros e meio. 12 O parapeito na frente das guaritas de ambos os lados media meio metro, enquanto as próprias guaritas mediam três metros de um lado e três metros do outro lado. 13 Mediu transversalmente a porta: do extremo do telhado de uma guarita até o extremo do telhado da guarita oposta, tinha doze metros e meio. [14 ] 15 Da fachada externa da porta até a fachada do vestíbulo interno da porta, mediu vinte e cinco metros. 16 Havia janelas com grades que se afunilavam para o lado das guaritas, ao redor de toda a parte interna da porta. Da mesma forma havia janelas com grades em volta da parte interna do vestíbulo. As pilastras eram ornadas de palmeiras.
17
Depois levou-me ao pátio externo: Havia salas e um pavimento construído em volta de todo o pátio. Ao longo do pavimento havia trinta salas. 18 O pavimento que ladeava as portas tinha a mesma largura das portas. Era o pavimento inferior. 19 Mediu a extensão do pátio da fachada externa da porta inferior até à fachada externa da porta interior: eram cinqüenta metros.
20
Mediu também o comprimento e a largura da porta do pátio externo, que olha para o norte. 21 As guaritas, três de ambos os lados, as pilastras e o vestíbulo possuíam as mesmas dimensões da primeira porta: vinte e cinco metros de comprimento e doze metros e meio de largura. 22 Também as janelas com grades do vestíbulo e as palmeiras tinham as mesmas dimensões como as da porta Leste. Sete degraus a ela conduziam e tinha um vestíbulo interno. 23 Havia uma porta que dava para o pátio interno, tanto defronte da porte Norte como da porta Leste. De uma porta à outra mediu cinqüenta metros.
24
Conduziu-me para o sul, onde estava a porta Sul. Mediu as pilastras e o vestíbulo e tinham a mesma dimensão das outras portas. 25 Tanto a porta como o vestíbulo possuíam janelas com grades de ambos os lados, iguais às das outras portas. Mediu vinte e cinco metros de comprimento e doze e meio de largura. 26 Subia-se a ela por sete degraus. Ela tinha um vestíbulo interno cujas pilastras, uma de cada lado, eram ornadas de palmeiras. 27 Havia uma porta que dava para o pátio interno, do lado sul. De uma porta à outra, do lado sul, ele mediu cinqüenta metros.
28
Depois me levou ao pátio interno, pela porta Sul. Mediu-a, e ela tinha as mesmas dimensões das outras portas. 29 Igualmente as guaritas, as pilastras e o vestíbulo tinham as mesmas dimensões das outras portas. Tanto a porta como o vestíbulo possuíam seteiras de ambos os lados. Tinham vinte e cinco metros de comprimento por doze e meio de largura. 30 Os seus vestíbulos em toda a volta mediam doze metros e meio de comprimento e dois metros e meio de largura. 31 Seu vestíbulo, porém, estava voltado para o pátio externo. As pilastras eram ornadas de palmeiras e a escadaria possuía oito degraus. 32 Levou-me, pois, ao pátio interno, em direção leste. Medindo a porta, ela tinha as mesmas dimensões que as demais. 33 Igualmente as guaritas, as pilastras e o vestíbulo possuíam as mesmas dimensões. Tanto a porta como o vestíbulo dispunham de janelas com grades de ambos os lados. A porta media vinte e cinco metros de comprimento por doze e meio de largura. 34 Tinha o vestíbulo voltado para o pátio externo; as pilastras de um e de outro lado eram ornadas de palmeiras, e a escadaria possuía oito degraus.
35
Levou-me então, à porta Norte. Mediu-a, e tinha as mesmas dimensões das outras portas. 36 Possuía guaritas, pilastras, um vestíbulo e seteiras de ambos os lados. Tinha vinte e cinco metros de comprimento por doze e meio de largura. 37 O vestíbulo estava voltado para o pátio externo. As pilastras,?de um e outro lado, eram ornadas de palmei­ras, e a escadaria possuía oito degraus.
38
Havia um recinto cuja entrada dava para o vestíbulo da porta. Ali eram lavadas as vítimas para os holocaustos. 39 No vestíbulo da porta, de ambos os lados, havia duas mesas, sobre as quais se imolavam os holocaustos, as vítimas pelo pecado e as vítimas de reparação. 40 Do lado de fora do vestíbulo havia duas mesas de um lado e duas mesas de outro lado da entrada da porta Norte. 41 Havia, pois, quatro mesas de um lado e quatro mesas do outro lado da porta, ao todo oito mesas, sobre as quais se imolavam as vítimas. 42a As quatro mesas para os holocaustos eram de pedra talhada. Tinham setenta e cinco centímetros de comprimento e de largura e meio metro de altura. 43a Fixados ao longo da parede interna, havia ganchos de um palmo. 42b Neles se colocavam as ferramentas com as quais eram imoladas as vítimas dos holocaustos e sacrifícios. 43b Sobre as mesas ficava a carne das oferendas.
44
Fora da porta interna havia duas salas no pátio interno, uma no flanco da porta Norte, voltada para o sul, e outra no flanco da porta Sul, voltada para o norte. 45 E ele me falou: “A sala com a fachada voltada para o sul pertence aos sacerdotes que cuidam do serviço do templo. 46 A sala com a fachada voltada para o norte pertence aos sacerdotes que cuidam do serviço do altar. Estes são os descendentes de Sadoc, os quais estão mais próximos do Senhor para servi-lo do que os demais levitas”.
47
Ele mediu o pátio, o qual era quadrado. Tinha cinqüenta metros de comprimento por cinqüenta de largura. O altar estava situado em frente ao templo.
48
Depois me levou ao vestíbulo do templo e mediu as pilastras de ambos os lados. Elas mediam dois metros e meio. A largura das folhas da porta era de um metro e meio de cada lado. 49 O vestíbulo media dez metros de comprimento e seis de largura. Subia-se ao vestíbulo por dez degraus e havia colunas junto às pilastras, uma de cada lado.

41 1 Conduziu-me à nave do templo e mediu as pilastras. Tinham três metros de espessura, de cada lado. 2 A entrada media cinco metros de largura. As folhas da porta de entrada mediam dois metros e meio de cada lado. Mediu a nave, que tinha vinte metros de comprimento por dez de largura. 3 Penetrou no interior e mediu as pilastras da entrada. Elas tinham um metro. A entrada media três metros e as paredes laterais da entrada, três metros e meio. 4 Mediu o recinto atrás da nave: Tinha dez metros de comprimento por dez de largura. E ele me disse: “Este é o Santo dos Santos”.
5
Mediu depois o muro do templo, que tinha três metros de espessura, e as celas laterais que envolviam inteiramente o templo, dois metros. 6 Havia trinta celas laterais sobrepostas umas sobre as outras, em três andares. Suportes ao longo do muro do templo serviam de apoio às celas, de modo que elas não se apoiassem no próprio muro do templo. 7 À medida que subiam de um andar a outro em torno do templo, as celas se alargavam. Por isso, na parte superior eram mais largas em relação ao templo. Do andar inferior se podia subir ao andar do meio e deste ao superior. 8 Em volta de todo o templo havia uma elevação. Os fundamentos das celas laterais mediam três metros de lado. 9 A largura do muro externo das celas media dois metros e meio. O espaço entre o edifício anexo ao templo 10 e as salas do pátio media dez metros de largura em torno do templo. 11 As celas anexas dispunham de entradas para o vão, uma do lado norte e outra do lado sul. O vão em volta media dois metros e meio.
12
A construção defronte ao pátio, do lado ocidental, media trinta e cinco metros de largura por quarenta e cinco de comprimento, e as paredes ao redor, dois metros e meio de espessura.
13
Ele mediu o templo: tinha cinqüenta metros de comprimento. O pátio, junto com a construção e os muros, media cinqüenta metros de comprimento. 14 A largura da fachada do templo, incluindo o pátio do lado leste, media cinqüenta metros. 15 Mediu o comprimento da construção diante do pátio, do lado dos fundos, e suas galerias de um e de outro lado, que tinham cinqüenta metros.
O interior da nave do templo e o vestíbulo externo 16
eram revestidos. As seteiras afu­niladas e as galerias ao longo dos três lados, em relação à soleira, eram inteiramente re­vestidas de madeira desde o chão até à altura das janelas com grades, que também estavam recobertas, 17 e até a altura da porta. Dentro e fora do templo, em volta de todas as paredes internas e externas, 18 estavam pintados querubins e palmeiras. Havia uma palmeira no meio de cada dois querubins. Cada querubim apresentava duas faces: 19 Para o lado de uma palmeira mostrava rosto humano e para o lado da outra palmeira mostrava rosto de leão, e assim por diante, ao redor de todo o templo. 20 Desde o soalho até à altura do da porta havia querubins e palmeiras pintados na parede.
21
As ombreiras da porta da nave eram quadradas. Diante do Santo dos Santos havia algo como 22 um altar de madeira com um metro e meio de altura por um metro de comprimento e dois de largura. Seus ângulos, a base e as paredes eram de madeira. \O homem me falou: “Esta é a mesa que está na presença do Senhor”.
23
Tanto a nave do templo como o Santo dos Santos 24 tinham uma porta dupla. As portas tinham folhas móveis, duas folhas para uma porta e duas folhas para a outra porta. 25 Sobre as portas estavam pintados querubins e palmeiras, como sobre as paredes. Sobre a fachada externa do vestíbulo havia uma aba de madeira. 26 Havia janelas com grades afuniladas e palmeiras nas paredes laterais do vestíbulo do templo, além das abas.

42 1 Depois me fez sair para o pátio externo, em direção ao norte. Levou-me para as salas que estão defronte do pátio, isto é, defronte do edifício, do lado norte. 2 Tinha cinqüenta metros de comprimento por vinte e cinco de largura pelo lado norte. 3 Frente aos dez metros do pátio interno e do pavimento do pátio externo havia três galerias sobrepostas. 4 Diante das salas havia um corredor interno de cinco metros de largura e cinqüenta metros de extensão. As entradas das salas estavam do lado norte. 5 As salas superiores do edifício eram mais estreitas que as salas do meio e as inferiores, porque as galerias se alargavam de baixo para cima. 6 Como tinham três andares e não possuíam colunas como as dos pátios, por isso as salas inferiores se estreitavam em relação às superiores, a partir do chão. 7 O muro externo que corria paralelo às salas, ao longo do pátio externo, media vinte e cinco metros de comprimento defronte dos mesmos. 8 Pois as salas que davam para o pátio externo tinham vinte e cinco metros de comprimento, ao passo que diante da nave do templo tinham cinqüenta metros. 9 Ao pé destas salas havia uma entrada que lhes dava acesso pelo lado oriental de quem entra do pátio externo.
10
Ao longo da largura do muro do pátio, em direção sul, defronte do pátio e do edifício, havia salas. 11 Diante delas havia um corredor idêntico ao das salas do lado norte: Tinha o mesmo comprimento, a mesma largura, as mesmas saídas e disposições. Como as entradas das outras salas, 12 assim eram também as portas das salas do lado sul: uma porta na extremidade do corredor, isto é, do corredor diante do respectivo muro, a leste de quem entra. 13 Ele me disse: “As salas do norte e do sul defronte do pátio são recintos sagrados, onde os sacerdotes que se aproximam do Senhor comem os alimentos sacrossantos. Lá eles deixam os alimentos sacrossantos, a oblação, o sacrifício pelo pecado e o sacrifício de reparação, pois é um lugar santo. 14 Uma vez dentro, os sacerdotes não poderão sair do lugar santo para o pátio externo, sem antes terem ali deixado as vestes com que oficiaram, pois elas são sagradas. Somente após terem vestido outras roupas poderão aproximar-se do lugar destinado ao povo”.
15
Terminada a medição da área interna do templo, ele me fez sair pelo caminho da porta que olha para o leste e se pôs a medir o perímetro do templo. 16 Com a vara de medir mediu o lado leste: Tinha duzentos e cinqüenta metros, pela vara de medir. Voltou-se 17 e mediu o lado norte: Tinha duzentos e cinqüenta metros, pela vara de medir. Voltou-se 18 para o lado sul e mediu duzentos e cinqüenta metros com a vara de medir. 19 Voltou-se para o lado oeste e mediu duzentos e cinqüenta metros com a vara de medir. 20 Mediu, pois, pelos quatro lados o templo: estava circundado por um muro de duzentos e cinqüenta metros de comprimento por duzentos e cinqüenta metros de largura, para separar o sagrado do profano.

 O retorno da glória do Senhor

43 1 Conduziu-me até a porta que olha para leste, 2 e eu vi a glória do Deus de Israel vindo pelo lado oriental. Seu ruído era como o fragor de muitas águas, e a terra resplandecia com sua glória. 3 A visão era idêntica à visão que tive quando veio destruir a cidade, bem como a visão que tive junto ao rio Cobar, e eu caí prostrado.
4
A glória do Senhor entrou no templo pela porta que dá para o lado leste. 5 Então o espírito me arrebatou e me levou para o pátio interno, e vi que o templo ficou repleto da glória do Senhor. 6 Ouvi alguém falando para mim de dentro do templo, enquanto o homem estava de pé ao meu lado. 7 Ele me disse: “Filho do homem, este é o lugar do meu trono, é o lugar em que ponho a planta dos meus pés. É o lugar onde habitarei no meio dos israelitas para sempre. A casa de Israel e seus reis não tornarão a manchar o meu santo nome com suas prostituições nem com os cadáveres de seus reis mortos. 8 Quando eles instalaram sua soleira junto à minha e seus gonzos ao lado dos meus, com uma simples parede entre mim e eles, profanaram o meu santo nome pelas abominações que praticaram. Por isso eu os consumi em minha ira. 9 Agora, porém, manterão afastadas de mim suas prostituições e os cadáveres de seus reis, de modo que eu possa residir no meio deles para sempre.
10
Quanto a ti, filho do homem, descreve para a casa de Israel o templo para que se envergonhem de suas culpas. Ao medirem a planta 11 talvez se envergonhem de tudo o que fizeram. Faze-lhes conhecer a forma do templo, sua disposição, suas saídas e entradas, suas leis e determinações. Escreve tudo diante deles, para que observem todas as respectivas leis e determinações e as executem. 12 Esta é a lei do templo: toda a área em cima do monte é lugar sacrossanto. Eis a lei do templo”.

 O altar

13 Estas são as medidas do altar em côvados de um côvado e um palmo: a calha ao redor media meio metro de profundidade por meio metro de largura, e a margem de cintura media um palmo. A altura do altar era esta: 14 Da calha do chão até à plataforma inferior havia um metro de altura por meio metro de largura. Desta plataforma menor para a plataforma maior havia dois metros de altura por meio metro de largura. 15 A lareira do altar media dois metros de altura. Da lareira sobressaíam quatro pontas.
16
A lareira era quadrada, medindo seis metros de comprimento por seis de largura. 17 A plataforma maior também era quadrada, medindo sete metros de comprimento por sete de largura. A borda em volta media vinte e cinco centímetros, e o rodapé, meio me­tro. Os degraus do altar estavam voltados pa­ra o leste.
18
Ele me disse: “Filho do homem, assim diz o Senhor Deus: Estas são as leis referentes ao altar, no dia em que for construído para oferecer sacrifícios e derramar sangue sobre ele. 19 Darás um bezerro como sacrifício pelo pecado aos sacerdotes levitas da família de Sadoc, que se aproximam de mim para me servir – oráculo do Senhor Deus. 20 Pegarás um pouco do sangue e untarás as quatro pontas do altar, bem como os quatro ângulos da plataforma e a margem ao redor. Assim o purificarás e farás a expiação por ele. 21 Depois tomarás o bezerro do sacrifício pelo pecado, que será queimado no lugar designado do templo, fora do santuário. 22 No segundo dia oferecerás um bode sem defeito como sacrifício pelo pecado e será feita a purificação do altar como se fez com o bezerro.
23
Terminada a purificação oferecerás um bezerro e um carneiro do rebanho, ambos sem defeito. 24 Tu os oferecerás na presença do Senhor. Os sacerdotes jogarão sal sobre eles e os oferecerão em holocausto ao Senhor. 25 Durante sete dias oferecerás um bode por dia em sacrifício pelo pecado, um bezerro e um carneiro do rebanho. Devem ser oferecidos sem defeito. 26 Durante sete dias se fará a expiação e a purificação do altar, consagrando-o. 27 Terminados estes sete dias, do oitavo dia em diante os sacerdotes poderão oferecer sobre o altar vossos holocaustos e sacrifícios de comunhão. E eu vos acolherei de bom grado – oráculo do Senhor Deus”.

 A organização do culto

44 1 Fez-me, então, voltar até a porta externa do santuário, que dá para o leste. Estava fechada. 2 Ele me disse: “Esta porta deverá permanecer fechada. Não deverá ser aberta e ninguém deverá entrar, porque o Senhor Deus de Israel entrou por ela. Por isso ficará fechada. 3 O príncipe, so­mente ele, poderá sentar-se ali para comer pão na presença do Senhor. Entrará pelo caminho do vestíbulo e pelo mesmo caminho sairá”.
4
Em seguida me levou em direção à porta Norte, defronte da fachada do templo. Olhei e vi o templo do Senhor repleto da glória do Senhor e caí prostrado. 5 O Senhor me disse: “Filho do homem, presta bem atenção! Obser­va bem e escuta com atenção tudo o que eu te falar, no que diz respeito a todas as leis e determinações referentes ao templo do Senhor. Fica bem atento, em todos os acessos do santuário, a quem entra no templo. 6 Dirás a esses rebeldes, à casa de Israel: Assim diz o Senhor Deus: Já bastam tantas abominações, ó casa de Israel! 7 Introduzistes estrangeiros, incircuncisos no coração e na carne, para ficarem no meu santuário e o profanarem, quando me oferecíeis como alimento gordura e sangue. Rompestes, assim, minha aliança com todas as vossas abominações. 8 Em vez de cuidardes do serviço das minhas coisas santas, vós os estabelecestes para cuidarem em lugar de vós do meu serviço no santuário. 9 Assim diz o Senhor Deus: Nenhum estrangeiro, incircunciso no coração ou na carne, dos que vivem no meio dos israelitas, poderá entrar no meu santuário, 10 mas unicamente os levitas. Por se terem afastado de mim quando Israel se desviou de mim para seguir os ídolos, eles levarão sua culpa: 11 ficarão no meu santuário servindo como vigias­ das portas do templo e como servidores do templo. Eles imolarão a vítima do holocausto e do sacrifício para o povo e estarão diante dele para servi-lo. 12 Por terem servido o povo diante dos ídolos, tornando-se uma ocasião de culpa para a casa de Israel, por isso jurei de mão levantada contra eles – oráculo do Senhor Deus – que eles levariam a sua culpa. 13 Eles não poderão se aproximar de mim para me servir como sacerdotes, nem das coisas santas ou santíssimas. Pagarão pela sua desonra e pelas abominações que cometeram. 14 Eu os ponho como responsáveis pelo serviço do templo, no que se refere a todas as suas funções e a tudo o que nele se faz.
15
Mas os sacerdotes levitas, descendentes de Sadoc, que cuidaram do serviço do meu santuário quando os israelitas se apartaram de mim, se aproximarão de mim para me servir. Estarão de pé diante de mim para oferecer gordura e sangue – oráculo do Senhor Deus. 16 São eles que entrarão no meu santuário, que se acercarão de minha mesa para me servir e cuidarão do meu serviço.
17
Quando entrarem pelas portas do pátio interior, deverão vestir roupas de linho. Não usarão roupas de lã quando estiverem servindo nas portas do pátio interno e no templo. 18 Levarão turbantes de linho na cabeça e usarão roupa de baixo de linho. Não se cingirão com nada que provoque suor. 19 Ao saírem para o pátio externo até o povo, despirão as vestes com as quais estiveram oficiando, deixando-as nas salas do santuário, e vestirão outras vestes. Assim não consagrarão o povo com suas vestes.
20
Não raparão a cabeça, nem deixarão crescer livremente a cabeleira, mas manterão os cabelos bem alinhados. 21 Nenhum sacerdote tomará vinho ao entrar no pátio interno. 22 Não se casarão com mulher viúva ou divorciada, mas somente com uma virgem de descendência israelita. Contudo, poderão casar-se com uma viúva, se for viúva de um sacerdote. 23 Instruirão meu povo a respeito do que é santo e do que é profano, e o informarão sobre o impuro e o puro. 24 Intervirão nos processos para julgar, julgando de acordo com meus decretos. Observarão minhas leis e determinações em todas as minhas solenidades e santificarão os meus sábados.
25
Não se aproximarão de um cadáver humano, para não se tornarem impuros. Mas poderão tornar-se impuros pelo cadáver do pai, da mãe, do filho, da filha, do irmão e da irmã solteira. 26 Depois de purificado, serão contados mais sete dias, 27 e quando entrar no pátio interno para ministrar no santuário, o sacerdote deverá oferecer o seu sacrifício pelo pecado – oráculo do Senhor Deus.
28
Não terão propriedade hereditária. Eu sou a herança deles. Não receberão propriedade fundiária em Israel. Eu sou a propriedade deles. 29 Comerão as oblações, os sacrifícios pelo pecado e os sacrifícios de reparação. A eles pertence tudo o que foi dedicado ao Senhor. 30 O melhor dos primeiros frutos de tudo e todo o tributo tirado de vossos tributos pertencem aos sacerdotes. Entregai ao sacerdote a primeira porção de vossa farinha, para que a bênção repouse sobre vossas cabeças. 31 Os sacerdotes não poderão comer nenhum pássaro ou animal que tenha morrido ou tenha sido dilacerado por outro animal.


Ezequiel (CNB) 37