AUDIÊNCIAS 2003 - AUDIÊNCIA


PAPA JOÃO PAULO II

AUDIÊNCIA

Quarta-Feira 18 de junho de 2003

Júbilo do profeta pela nova Jerusalém





1. Abriu-se como um Magnificat o admirável Cântico que a Liturgia das Laudes nos propõe e que agora foi proclamado: "Com grande alegria rejubilei no Senhor, e o meu coração exulta no meu Deus" (Is 61,10). O texto está inserido na terceira parte do Livro do profeta Isaías, uma parte que os estudiosos enquadram numa época mais tardia, quando Israel, tendo voltado do exílio na Babilónia (VI século a.C.), recomeça a sua vida como povo livre na terra dos antepassados e edifica de novo Jerusalém e o templo. Não é por acaso que a cidade santa, como veremos, está no centro do Cântico e o horizonte que se está a abrir é luminoso e repleto de esperança.

2. O profeta abre o seu cântico representando o povo renascido, envolvido em maravilhosas vestes, como um casal de esposos, preparado para o grande dia da celebração nupcial (cf. v. 20). Imediatamente a seguir, é recordado outro símbolo, expressão de vida, de alegria e de novidade: o vegetal das sementes (cf. v. 11).

Os profetas recorrem à imagem das sementes, de formas diferentes, para representar o rei messiânico (cf. Is Is 11,1 Jr 23,5 Za 3,8 Za 6,12). O messias é uma semente fecunda que renova o mundo, e o profeta explicita o sentido profundo desta vitalidade: "o Senhor Deus fará germinar a justiça" (Is 61,11), portanto a cidade santa tornar-se-á um jardim de justiça, isto é, de fidelidade e de verdade, de direito e de amor. Como dizia pouco antes o profeta, "Darás às tuas muralhas o nome de "Salvação", e de "Glória" às tuas portas" (Is 60,18).

3. O profeta continua a levantar a sua voz: o cântico é incansável e quer representar o renascimento de Jerusalém, diante da qual está para começar uma nova era (cf. Is Is 62,1). A cidade é representada como uma esposa que se prepara para celebrar as núpcias.

O simbolismo esponsal, que sobressai com vigor nesta passagem (cf. vv. 4-5), é, na Bíblia, uma das imagens mais intensas para exaltar o vínculo de intimidade e o pacto de amor estabelecido entre o Senhor e o povo eleito. A beleza feita de "salvação", de "justiça" e de "glória" (cf. vv. 1-2) será tão maravilhosa que ela poderá ser "coroa fúlgida na mão do Senhor" (cf. v. 3). O elemento decisivo será a mudança do nome, como acontece também nos nossos dias quando a jovem se casa. Assumir um "nome novo" (cf. v. 2) significa quase revestir uma nova identidade, empreender uma missão, mudar radicalmente a vida (cf. Gn Gn 32,25-33).

4. O novo nome que assumirá a esposa Jerusalém, destinada a representar todo o povo de Deus, é ilustrado no contraste que o profeta especifica: "Não mais serás chamada a "Desamparada", nem a tua terra a "Deserta", antes serás chamada: "Minha dilecta" e a tua terra a "Desposada"" (Is 62,4). Os nomes que indicavam a situação anterior de abandono e de desolação, ou seja, a devastação da cidade por obra dos Babilónios e o drama do exílio, é agora substituído pelos nomes do renascimento e são palavras de amor e de ternura, de festa e de felicidade.

A este ponto toda a atenção se concentra no esposo. E eis a grande surpresa: o próprio Senhor atribui a Sião o novo nome nupcial. É maravilhosa, sobretudo, a declaração final, que resume o tema do cântico de amor que o povo entoou: "Assim como o jovem desposa a donzela, assim o teu construtor te desposará; e assim como a esposa faz a felicidade do seu marido, assim tu serás a alegria do teu Deus" (v. 5).

5. O cântico já não celebra as núpcias entre um rei e uma rainha, mas celebra o amor profundo que une para sempre Deus e Jerusalém. Na sua esposa terrena, que é a nação santa, o Senhor encontra a mesma felicidade que o marido experimenta na esposa amada. O Deus distante e transcendente, juiz justo, é substituído agora por um Deus próximo e enamorado. Este simbolismo nupcial transferir-se-á para o Novo Testamento (cf. Ef Ep 5,21-32) e será retomado e desenvolvido pelos Padres da Igreja. Por exemplo, Santo Ambrósio recorda que nesta perspectiva "o marido é Cristo, a esposa é a Igreja, esposa pelo amor, virgem pela pureza intacta" (Exposições do Evangelho segundo Lucas: Obras exegéticas X/II, Milão-Roma 1978, pág. 289).

E prossegue, noutra obra sua: "A Igreja é bela. Por isso o Verbo de Deus lhe diz: "És toda bela, minha amiga, e em ti não há motivos de censura" (Ct 4,7), porque a culpa foi cancelada... Por isso o Senhor Jesus levado pelo desejo de um amor tão grande, da beleza das suas vestes e da sua graça, porque agora naqueles que foram purificados já não há qualquer mancha de culpa diz à Igreja: "coloca-me como selo no teu coração, como selo no teu braço" (Ct 8,6), ou seja: és bela, minha alma, és toda bela, nada te falta! "Coloca-me como selo no teu coração", para que através dele a tua fé resplandeça na plenitude do sacramento. Resplandeçam também as tuas obras e mostrem a imagem de Deus, à semelhança do qual foste criada" (Os mistérios, n. 49.41: Obras dogmáticas, III, Milão-Roma 1982, págts. 156-157).



Saudações

Queridos Irmãos e Irmãs

Saúdo com particular afecto os visitantes de língua portuguesa, desejando a todos felicidades em Jesus Cristo Senhor. Faço votos por que o Senhor vos ajude a viver segundo o seu Espírito, com um "coração novo", pelos caminhos da justiça, do amor e da fraternidade. Com a minha Bênção apostólica.

Apresento as minhas cordiais boas-vindas a todos os peregrinos e visitantes de expressão inglesa, presentes na Audiência do dia de hoje, provenientes da Inglaterra, Serra Leoa, Canadá e Estados Unidos da América. Agradeço aos coros o seu louvor a Deus através dos cânticos. Saúdo de modo especial os numerosos grupos de estudantes aqui presentes. Sobre todos vós, invoco cordialmente os dons espirituais da sabedoria, da alegria e da paz.

Saúdo com afecto os peregrinos de língua espanhola. De modo especial, os membros da Instituição Teresiana, que se alegram pela recente Canonização do seu Fundador, São Pedro Poveda. E saúdo ambém os estudantes de vários Colégios, assim como os fiéis argentinos de Los Lobos.
Muito obrigado pela vossa atenção!

É com cordialidade que saúdo os peregrinos de língua polaca. Saúdo de modo especial os funcionários do Hospital de Bielsko-Biala, onde trabalhou também meu irmão e ao qual quisestes dar o seu nome. Muito obrigado por esta comemoração!

Na Catequese de hoje meditamos sobre o Cântico do Livro de Isaías. O profeta glorifica a Deus, que está presente no meio do seu povo, e o sinal desta presença é o novo templo de Jerusalém, que foi reconstruído depois do exílio da Babilónia.

Este Cântico introduz-nos na Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, que celebraremos amanhã. É precisamente a particular presença que experimentamos, não já no sinal do templo, mas no sacramento da Eucaristia, que constitui o conteúdo desta Solenidade. Eis o motivo pelo qual saímos pelas ruas da cidade e dos campos, a fim de caminhando atrás de Cristo, escondido na Hóstia Ele seja glorificado e bendito, porque está verdadeira e ininterruptamente presente no meio de nós, com o Corpo e o Sangue, com a alma e a divindade.
Louvado seja Jesus Cristo!

Agora, dirijo as minhas cordiais boas-vindas aos peregrinos de língua italiana. Em particular, saúdo os fiéis da Diocese de Placência-Bobbio, acompanhados do seu Bispo, D. Luciano Monari, e de alguns Cardeais e Prelados da Cúria, naturais dessa terra. Eles estão aqui reunidos por ocasião do 1700º aniversário do martírio de Santo Antonino, principal Padroeiro da sua Comunidade diocesana.

Além disso, saúdo os sacerdotes das Dioceses de Bérgamo e de Bréscia, juntamente com os seus familiares; a Associação Nacional de Fiscais e os Representantes da Caixa Rural de Empréstimos de Pontassieve. A todos asseguro uma particular lembrança na oração, para que sejam revigorados nos seus generosos propósitos de fidelidade ao Evangelho.

Dirijo uma saudação especial aos jovens, aos doentes e aos recém-casados. Caríssimos a iminente solenidade do "Corpus Domini" convida-nos a aprofundar a nossa fé no Mistério eucarístico.

Caros jovens, o Corpo e o Sangue de Cristo sejam o vosso alimento de todos os dias, para progredirdes cada vez mais no caminho da santidade. Constitua para vós, dilectos doentes, o sustentáculo e o alívio no vosso sofrimento. E vos ajude a vós, estimados recém-casados, a incutir na vossa família o amor de que Cristo nos deu provas, entregando-se a si mesmo na Eucaristia.

Por ocasião da solene Festividade do Corpus Domini, convido os romanos e os peregrinos a participarem em grande número na celebração que terá lugar amanhã à tarde na Praça de São João de Latrão, e na solene Procissão eucarística, que se concluirá em Santa Maria Maior.

No próximo Domingo, irei à Bósnia e Herzegovina, para confirmar na fé aquela comunidade católica, comprometida num importante caminho de reconciliação e de concórdia. Peço-vos que me acompanheis com a vossa oração nesta minha viagem apostólica, que confio à solicitude materna da Virgem Maria.





PAPA JOÃO PAULO II

AUDIÊNCIA

Quarta-Feira 25 de junho de 2003


Comemoração do 40º aniversário da eleição do

Card. João Baptista Montini ao Sumo Pontificado



1. O trecho de João, que acabámos de escutar, voltou a propor-nos uma sugestiva cena evangélica. O Filho de Deus confia a Pedro o seu rebanho, a sua Igreja, contra a qual já anteriormente tinha assegurado que as portas do inferno não prevaleceriam (cf. Mt Mt 16,17-18). Jesus faz preceder esta recomendação de uma interrogação de amor: "Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? (...)" (Jn 21,15). Pergunta inquietante que, repetida por três vezes, leva o pensamento à tríplice negação do Apóstolo. Mas ele, apesar da triste experiência, protesta humildemente: "Senhor, Tu conheces tudo e sabes que te amo!" (Jn 21,17).

O amor é o segredo da missão de Pedro! O amor é o segredo de quantos são chamados a imitar o Bom Pastor na orientação do Povo de Deus. "Officium amoris pascere dominicum gregem... A tarefa de amor é apascentar a grei do Senhor...", gostava de dizer Paulo VI, fazendo sua uma famosa expressão de Santo Agostinho.

2. "Simão, filho de João, amas-me mais do que estes?". Quantas vezes ouviu ressoar na sua alma estas palavras de Jesus, o meu venerado Predecessor, o Servo de Deus Paulo VI, que hoje recordamos. Passaram quarenta anos da sua eleição à Cátedra de Pedro, a 21 de Junho de 1963, e vinte e cinco anos da sua morte, em 6 de Agosto de 1978. Desde jovem, ele trabalhou ao serviço directo da Sé Apostólica, ao lado de Pio XI. Por um longo período foi um dos colaboradores mais fiéis e preciosos de Pio XII. E foi o imediato Sucessor do Beato João XXIII, que tive a alegria de elevar às honras dos altares há três anos. O seu ministério de Pastor universal da Igreja durou quinze anos e foi assinalado sobretudo pelo Concílio Vaticano II e por uma grande abertura às exigências da época moderna.

Também eu tive a graça de participar nos trabalhos conciliares e de viver o período do pós-Concílio. Pude apreciar pessoalmente o compromisso que Paulo VI não cessava de assumir, em ordem à necessária "actualização" da Igreja às exigências da nova evangelização. Sucedendo-lhe na Cátedra de Pedro, tive o cuidado de continuar a acção pastoral por ele começada, inspirando-me nele como num Pai e num Mestre.

3. Apóstolo forte e manso, Paulo VI amou a Igreja e trabalhou pela unidade e pela intensificação da sua acção missionária. Nesta perspectiva, compreende-se plenamente a iniciativa inovadora das Viagens apostólicas, que hoje constitui uma parte integrante do ministério do Sucessor de Pedro.

Ele queria que a Comunidade elcesial se abrisse ao mundo, mas sem ceder ao espírito do mundo. Com sabedoria prudente, soube resistir à tentação de "se adaptar" à mentalidade moderna, suportanto com fortaleza evangélica as dificuldades, as incompreensões e, nalguns casos, até as hostilidades. Mesmo nos momentos mais difíceis, não deixou faltar ao Povo de Deus a sua palavra iluminadora. No termo dos seus dias, o mundo inteiro pareceu descobrir a sua grandeza e reuniu-se à sua volta num abraço fraternal.

4. O seu magistério é rico e, em boa parte, orientado para educar os fiéis para o sentido da Igreja.

Entre as suas numerosas intervenções, limito-me a recordar, além da Encíclica inaugural do Pontificado, Ecclesiam suam, a comovedora profissão de fé, conhecida como o Credo do Povo de Deus, pronunciada com vigor na Praça de São Pedro, a 30 de Junho de 1968. Além disso, como deixar de recordar as suas corajosas tomadas de posição em defesa da vida humana, com a Encíclica Humanae vitae, e em benefício dos povos em vias de desenvolvimento, com a Encíclica Populorum progressio, para construir uma sociedade mais justa e solidária?

Há também as suas reflexões pessoais, que ele gostava de anotar durante os retiros espirituais, quando se "retirava" em si mesmo, como que "na cela do coração". Meditava com frequência sobre o lugar para o qual Deus o tinha chamado, no serviço à Igreja "sempre amada", no espírito da vocação de Pedro. "Nesta meditação anotava ele, durante um destes retiros ninguém poderia estar mais comprometido do que eu... Como a compreender, como a viver! Senhor, que realidade, que mistério! (...) É uma aventura em que tudo depende de Cristo..." (Retiro de 5-13 de Agosto de 1963, Meditazioni inedite, Ed. Studium).

5. Caríssimos Irmãos e Irmãs, damos graças a Deus pelo dom deste Pontificado, guia sólido e sábio da Igreja. Na homilia de 29 de Junho de 1978, a pouco mais de um mês da sua diligente existência terrestre, Paulo VI confiava: "Diante dos perigos que delineámos... sentimo-nos impelidos a caminhar para Cristo, como para a única salvação, e a gritar-lhe: "Senhor, para quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna" (Jn 6,68). Só Ele é a verdade, só Ele é a nossa força, só Ele é a nossa salvação. Confortados por Ele, continuaremos juntos o nosso caminho" (Insegnamenti XVI, 1978, pág. 524).

À luz da meta eterna, compreendemos melhor como é urgente amar Cristo e servir a sua Igreja com alegria. Que nos obtenha esta graça Maria, que paulo VI quis proclamar, com amor filial, Mãe da Igreja. E precisamente Ela, Nossa Senhora, envolva com os seus braços este seu filho devoto, na eterna bem-aventurança reservada aos servos fiéis do Evangelho.



Saudações

Saúdo cordialmente os peregrinos francófonos, em particular os jovens do Liceu de Santa Maria, em Blois. Esta peregrinação a Roma abra o vosso coração ao mistério da Igreja, para que sejais as suas pedras vivas!

Dirijo as minhas cordiais boas-vindas aos peregrinos e visitantes de língua inglesa, presentes na Audiência de hoje, especialmente os da Inglaterra, Noruega e Estados Unidos da América. Agradeço aos coros os seus cânticos de louvor a Deus. Saúdo de modo particular os numerosos grupos de estudantes aqui presentes. Sobre todos vós, invoco cordialmente a alegria e a paz em nosso Senhor Jesus Cristo.

Saúdo cordialmente os peregrinos da Espanha e da América Latina, de forma especial os das paróquias de São Francisco de la Vega, em La Nou; a Associação dos Portadores de Deficiência Física, de Aragão; e os fiéis da Arquidiocese de Durango, no México. Pela intercessão maternal de Maria, Mãe da Igreja, que o Senhor nos conceda a graça de compreender a urgência de amar a Cristo e de servir a sua Igreja com alegria!

Saúdo cordialmente os peregrinos da Polónia! Hoje lembrámos a pessoa do Papa Paulo VI. Com efeito, no sábado passado foi o dia do 40º aniversário da sua eleição à Cátedra de Pedro. Este Servo de Deus, nos quinze anos do seu Pontificado, introduziu com grande sabedoria o ensinamento do Concílio Vaticano II. O seu serviço pastoral foi sempre caracterizado pelo amor a Deus, aos homens e à Igreja.
Abençoo-vos a todos de coração, bem como as vossas famílias. Louvado seja Jesus Cristo!

Dirijo a minha saudação e abençoo todos os peregrinos aqui presentes, vindos da Lituânia, Roménia, República Checa, Eslováquia e Croácia.

Agora, dirijo as minhas cordiais boas-vindas aos peregrinos de língua italiana. Saúdo de maneira especial os fiéis da Diocese de Teggiano-Policastro, acompanhados do seu Pastor, D. Ângelo Spinillo, os representantes da Associação dos Bibliotecários Eclesiásticos Italianos, chefiados pelo Bispo, D. Ciriaco Scanzillo, a Federação Italiana das Comunidades Terapêuticas e os Alunos Oficiais da Academia da Guarda Fiscal.

Além disso, saúdo os jovens, os doentes e os recém-casados.

No domingo passado, a Providência Divina concedeu-me realizar uma nova viagem apostólica à Bósnia e Herzegovina, à cidade de Banja Luka, a seis anos de distância da minha visita pastoral a Sarajevo. Uma viagem breve, mas intensa e cheia de esperança naquele país, tão provado pelos recentes conflitos.

Renovo o meu cordial agradecimento a quantos me escutaram, aos Bispos e às Autoridades, aos Responsáveis políticos do País e aos membros do Conselho Inter-Religioso, com quem tive a oportunidade de me encontrar, constatando com alegria a sua disponibilidade ao diálogo. Observei em todos a vontade de superar as dolorosas experiências do passado para construir, na verdade e no perdão recíproco, uma sociedade digna do homem e agradável a Deus.

O ponto culminante da viagem foi a solene Liturgia eucarística, para a Beatificação de Ivan Merz que, aos católicos e especialmente aos jovens dessa Terra, propus como um exemplo. Através da sua intercessão, rezemos ao Senhor para que esta viagem apostólica produza os frutos esperados para a Igreja e para toda a população da Bósnia e Herzegovina. Peço a Deus que, sustentadas também pela Comunidade internacional, aquelas populações sejam capazes de resolver os complexos problemas ainda não resolvidos, e possam realizar a legítima aspiração de viver em paz e de fazer parte da Europa unida.



                                                                                  Julho de 2003

PAPA JOÃO PAULO II


AUDIÊNCIA


Quarta-Feira 2 de julho de 2003

Feliz quem espera no Senhor


1. O Salmo 145, que acabámos de escutar, é um "aleluia", o primeiro dos cinco, que encerram toda a colecção do Saltério. Já a tradição hebraica utilizava este hino como cântico de louvor para a manhã: ele tem o seu vértice na proclamação da soberania de Deus sobre a história humana. Com efeito, no final do Salmo declara-se, "que o Senhor reina para sempre" (v. 10).

Daqui segue uma verdade consoladora: não estamos abandonados a nós mesmos, as vicissitudes dos nossos dias não são dominadas pelo caos ou pelo acaso, os acontecimentos não representam uma mera sucessão de actos desprovidos de qualquer sentido e meta. É a partir desta convicção que se desenvolve uma verdadeira e própria profissão de fé em Deus, celebrado com uma espécie de ladainha, em que se proclamam os atributos de amor e de bondade que lhe são próprios (cf. vv. 6-9).

2. Deus é Criador do céu e da terra, é guarda fiel do pacto que o liga ao seu povo, é Aquele que age com justiça em relação aos oprimidos, dá o pão que sustém os famintos e liberta os prisioneiros. É Ele que abre os olhos aos cegos, ergue quem caiu, ama os justos, protege o estrangeiro e ajuda o órfão e a viúva. É Ele que transforma o caminho dos ímpios e reina soberano sobre todos os seres e em todas as épocas.

Trata-se de doze afirmações teológicas que, com o seu número perfeito, querem exprimir a plenitude e a perfeição da acção divina. O Senhor não é um soberano distante das suas criaturas, mas faz parte da sua história, como Aquele que fomenta a justiça, pondo-se da parte dos últimos, das vítimas, dos oprimidos e dos infelizes.

3. Então, o homem encontra-se diante de uma opção radical, entre duas possibilidades opostas: por um lado, há a tentação de "confiar nos poderosos" (cf. v. 3), adoptando os seus critérios inspirados no mal, no egoísmo e no orgulho. Na realidade, este é um caminho ameaçador e traiçoeiro, é "uma senda tortuosa e uma via oblíqua" (cf. Pr Pr 2,15), que tem como meta o desespero.

Com efeito, o Salmista recorda-nos que o homem é um ser frágil e mortal, como diz o próprio vocábulo 'adam que, em hebraico, remete para a terra, a matéria e o pó. O homem repete com frequência a Bíblia é semelhante a um edifício que se desfaz (cf. Co 12, 1-7), a uma teia de aranha que o vento pode despedaçar (cf. Job Jb 8,14), a um fio de relva, verdejante na aurora e seco no crepúsculo (cf. Sl Ps 89,5-6 Ps 102,15-16). Quando a morte se lhe apresenta, todos os seus projectos se dissipam e ele volta a ser pó: "Exalam o espírito e voltam ao pó, e no mesmo dia perecem os seus planos" (Ps 145,4).

4. Porém, há também outra possibilidade diante do homem, exaltada pelo Salmista com uma bem-aventurança: "Feliz aquele que recebe a ajuda do Deus de Jacob, feliz aquele que espera no Senhor seu Deus" (v. 5). Este é o caminho da confiança no Deus eterno e fiel. O amen, que é a palavra hebraica da fé, significa precisamente um fundamentar-se na solidez inabalável do Senhor, na sua eternidade e no seu poder infinito. Mas significa, sobretudo, compartilhar as suas opções, realçadas pela profissão de fé e de louvor, como antes descrevemos. É necessário viver na adesão à vontade divina, oferecer o pão aos famintos, visitar os prisioneiros, ajudar e confortar os doentes, defender e acolher os estrangeiros, dedicar-se aos pobres e aos miseráveis. A nível concreto, é o próprio espírito das bem-aventuranças; é aderir à proposta de amor que nos salva já nesta vida e, além disso, será o objecto do nosso exame no juízo final, que selará a história. Então, seremos julgados a partir da opção de servir Cristo no faminto, no sedento, no forasteiro, na pessoa nua, no enfermo e no prisioneiro. "Todas as vezes que fizestes isto a um dos menores dos meus irmãos, foi a mim que o fizestes" (Mt 25,40): então, é isto que o Senhor dirá.

5. Concluímos a nossa meditação do Salmo 145, com um ponto de reflexão, que nos é oferecido pela tradição cristã seguinte.

Quando Orígenes, o grande escritor do século III, chegou ao v. 7 deste Salmo, que diz: "O Senhor dá o pão aos famintos e liberta os prisioneiros", viu nisto uma referência implícita à Eucaristia: "Temos fome de Cristo, e é Ele mesmo que nos dará o pão do céu: "O pão nosso de cada dia nos dai hoje". Aqueles que falam assim, são os famintos; quem sente necessidade do pão, é o faminto". E esta fome é plenamente saciada pelo Sacramento eucarístico, em que o homem se nutre do Corpo e do Sangue de Cristo (cf. Orígenes Jerónimo, 74 omelie sul libro dei Salmi, Milão 1993, PP 526-527).

Saudações

Saúdo cordialmente os peregrinos francófonos, em particular o grupo da Cidade dos Jovens de Nazaré, de Mbare; a Associação Nolite temere, os acólitos de Bruges; os jovens da Alsácia, de Dijon e de Gap. Neste período de férias, permanecei atentos ao Senhor através da oração, da leitura da Escritura e da participação na Eucaristia!

Dou as minhas boas-vindas aos peregrinos e visitantes, presentes na Audiência de hoje, especialmente aos da Serra Leoa, da Inglaterra, da Escócia, do Canadá e dos Estados Unidos da América. Agradeço aos coros os seus cânticos de louvor a Deus. Saúdo de modo especial os numerosos grupos estudantis aqui presentes. Sobre todos vós, invoco cordialmente a alegria e a paz de nosso Senhor Jesus Cristo.

Saúdo os peregrinos de língua espanhola, em particular o grupo da Custódia da Terra Santa e as crianças do Centro de Menores, de Quintana de Tiloco. Exorto todos a não perderem a esperança, fundamentada em nosso Senhor, que nunca nos esquece.
Obrigado pela vossa atenção!

Saúdo cordialmente os fiéis húngaros. Concedo-vos a todos, de coração, a Bênção apostólica.
Louvado seja Jesus Cristo!

Dirijo uma saudação cordial aos fiéis provenientes da Bielo-Rússia, assegurando para todos a minha lembrança na oração. Abençoo-vos a todos do íntimo do coração, bem como os vossos entes queridos.

Dirijo uma saudação especial aos fiéis oriundos da Roménia, garantindo-lhes a lembrança na oração. É de coração que vos abençoo, assim como os vossos familiares.

É com cordiais palavras de boas-vindas que me dirijo aos peregrinos croatas aqui presentes, concedendo-lhes, bem como às suas famílias, a Bênção apostólica.
Louvados sejam Jesus e Maria!

Saúdo cordialmente os meus compatriotas!
O Salmo 145, que hoje meditámos, sublinha a necessidade da esperança e a confiança no Senhor. Somente Deus conhece o objectivo e a finalidade da existência humana: "Quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor" (Rm 14,8). "Louvarei o Senhor por toda a minha vida, enquanto viver, cantarei hinos ao meu Deus" (Ps 145,2).

Feliz daquele que, durante a sua vida, espera em Deus. Devemos recordar-nos sempre disto, mesmo durante as férias e nos dias do nosso descanso. Obrigado por esta visita.
Louvado seja Jesus Cristo!

Agora, dirijo as minhas cordiais boas-vindas aos peregrinos de língua italiana. Em particular, saúdo os participantes na reunião promovida pelo Centro "Beato Filippo Smaldone", e os participantes no Encontro de Missiologia.

Além disso, saúdo os jovens, os doentes e os recém-casados.Amanhã vai celebrar-se a festa do Apóstolo Tomé. A sua intercessão aumente a fé em vós, dilectos jovens, a fim de que estejais prontos para dar testemunho de Cristo em todos os ambientes. E vos ajude a vós, estimados doentes, em ordem a oferecerdes todo o sofrimento para que, no mundo, se realize o projecto salvífico de Deus. Por fim, que ela vos apoie a vós, estimados recém-casados, no compromisso com vista a nutrir a vossa família com a oração diária e fiel.

Apelo em favor da Libéria e de Uganda

É com profunda tristeza que acompanho as dramáticas vicissitudes da Libéria e da região setentrional de Uganda. Faço um apelo ao compromisso de todos, a fim de que aquelas queridas populações africanas voltem a encontrar a paz e a segurança, e não lhes seja negado o futuro a que têm direito. Além disso, exprimo a minha proximidade às Igrejas locais, duramente atingidas nas pessoas e nas obras, enquanto encorajo todos os Pastores e fiéis a serem fortes e firmes na esperança. Que a nossa oração insistente obtenha isto da Misericórdia divina!



PAPA JOÃO PAULO II


AUDIÊNCIA


Quarta-Feira 9 de julho de 2003

A oração na tribulação




Queridos irmãos e irmãs,

1. Acaba de ser proclamado o Salmo 142, o último dos chamados "Salmos penitenciais", na série de sete súplicas distribuídas no Saltério (cf. 6, 31, 37, 50, 101, 129 e 142). A tradição cristã utilizou-os todos para invocar do Senhor o perdão dos pecados. O texto que hoje queremos aprofundar era particularmente caro a São Paulo, que nele reconheceu uma pecaminosidade radical em cada criatura humana: "Nenhum ser vivo é justo na vossa presença (ó Senhor)" (v. 2). Esta frase é vista pelo Apóstolo como a base do seu ensinamento sobre o pecado e a graça (cf. Gl Ga 2,16 Rm 3,20).

A Liturgia das Laudes propõe-nos esta súplica como um propósito de fidelidade e pedido de socorro divino no despontar do dia. Com efeito, o Salmo faz-nos dizer a Deus: "Fazei-me sentir pela manhã a vossa bondade, porque em Vós confio" (v. 8).

2. O Salmo começa com uma intensa e insistente súplica dirigida a Deus, fiel às promessas de salvação oferecidas ao povo (cf. v. 1). O orante reconhece que não tem qualquer mérito para fazer valer e, portanto, pede humildemente a Deus que não o julgue (cf. v. 2).

Em seguida, ele fala sobre a situação dramática, semelhante a um pesadelo mortal, em que se está a debater: o inimigo, que é a representação do mal da história e do mundo, levou-o até ao limiar da morte. Com efeito, eis que está prostrado no pó da terra, que já é uma imagem do sepulcro; eis as trevas, que constituem uma negação da luz, sinal divino de vida; eis, por fim, "os mortos de há muito tempo", ou seja, os que já passaram (cf. v. 3), entre os quais ele parece ter sido relegado.

3. A própria existência do Salmista está ameaçada: já lhe falta a respiração e o seu coração parece um bloco de gelo, incapaz de continuar a bater (cf. v. 4). O fiel, prostrado por terra e espezinhado, só tem as mãos livres, que se elevam para o céu num gesto que é, ao mesmo tempo, de pedido de ajuda e de procura de socorro (cf. v. 6). Efectivamente, o seu pensamento corre ao passado, em que Deus realizou prodígios (cf. v. 5).

Esta centelha de esperança aquece o gelo do sofrimento e da provação, em que o orante se sente mergulhado, prestes a desfalecer (cf. v. 7). Em todo o caso, a tensão é sempre forte; mas um raio de luz parece vislumbrar-se no horizonte. Assim, passamos à outra parte do Salmo (cf. vv. 7-11).

4. Ela começa com uma nova e urgente súplica. Sentindo que a vida quase lhe escapa, o fiel lança o seu clamor a Deus: "Senhor, apressai-vos a responder-me, [porque] estou a ponto de desfalecer" (v. 7). Aliás, ele teme que Deus tenha escondido o seu Rosto, afastando-se, abandonando-o e deixando sozinha a sua criatura.

O desaparecimento do Rosto divino faz com que o homem caia na desolação, aliás, na própria morte, porque o Senhor é a fonte da vida. É precisamente neste tipo de fronteira extrema que floresce a confiança no Deus que não abandona. O orante multiplica as suas invocações, sustentando-as com declarações de confiança no Senhor: "Porque em Vós confio... porque é para Vós que elevo a minha alma... é em Vós que me refugio... porque Vós sois o meu Deus...". Ele pede para ser salvo dos seus inimigos (cf. vv. 8-10) e libertado da angústia (cf. v. 11), mas faz continuamente um pedido, que manifesta uma profunda aspiração espiritual: "Ensinai-me a cumprir a vossa vontade, porque Vós sois o meu Deus" (v. 10 a; cf. vv. 8 b e 10 b). Temos o dever de fazer nosso este pedido admirável. Devemos compreender que o nosso maior bem é a união da nossa vontade à vontade do nosso Pai celestial, porque é somente assim que podemos receber em nós todo o seu amor, que nos traz a salvação e a plenitude da vida. Se não for acompanhada de um forte desejo de docilidade a Deus, a confiança nele não será autêntica.

O orante está consciente disto e, por conseguinte, exprime este desejo. Então, a sua é uma verdadeira e própria confissão de confiança em Deus salvador, que tira da angústia e volta a dar o gosto da vida, em nome da sua "justiça", ou seja, da sua fidelidade amorosa e salvífica (cf. v. 11). Partindo de uma situação mais angustiante do que nunca, a oração chegou à esperança, à alegria e à luz, graças a uma adesão sincera a Deus e à sua vontade, que é uma vontade de amor. Este é o poder da oração, geradora de vida e de salvação.

5. Fixando o olhar na luz matutina da bondade (cf. v. 8), no seu comentário aos sete Salmos penitenciais, São Gregório Magno descreve desta maneira aquele alvorecer de esperança e de júbilo: "É o dia iluminado por aquele sol verdadeiro, que não conhece ocaso, que as nuvens não tornam tenebroso e que a neblina não obscurece... Quando aparecer Cristo, nossa vida, e começarmos a ver Deus abertamente, então desaparecerá todo o vestígio das trevas, esvaecendo-se toda a nuvem da ignorância, dissipando-se toda a névoa da tentação... Esse será o dia luminoso e maravilhoso, preparado para todos os eleitos por Aquele que nos tirou do poder das trevas e nos transferiu para o reino do seu Filho predilecto".

"A manhã desse dia é a ressurreição futura... Naquela manhã resplandecerá a felicidade dos justos, aparecerá a glória, ver-se-á a alegria, quando Deus enxugar todas as lágrimas dos olhos dos santos, quando por fim for destruída a morte, quando os justos brilharem como o sol no reino do Pai".

"Naquela manhã, o Senhor fará experimentar a sua misericórdia... dizendo: "Vinde, benditos de meu Pai" (Mt 25,34). Então, tornar-se-á manifesta a misericórdia de Deus que, na vida presente, a mente humana não consegue conceber. Com efeito, para aqueles que O amam, o Senhor preparou aquilo que os olhos não viram, nem o ouvido ouviu, nem entrou no coração do homem" (PL 79, coll. 649-650).



Saudações


Queridos Irmãos e Irmãs

Saúdo com afecto todos os peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente os fiéis da paróquia de São Sebastião de Mogi das Cruzes, no Brasil, e os afiliados da União Missionária Franciscana, de Portugal, sobre todos invocando a paz e a graça de Jesus Cristo.

Acolho com alegria os peregrinos de língua francesa, em particular o grupo internacional das Filles de la Sagesse, os membros da Manécanterie Saint-Grégoire de Sales, de Dijon. Possa a vossa peregrinação a Roma reavivar em vós o espírito de oração e de fé, e fazer de vós verdadeiras testemunhas de Cristo!

Dou a minha cordial saudação aos visitantes de língua inglesa, hoje aqui presentes, especialmente os que vêm da Escócia, Nova Zelândia e Estados Unidos da América. Que este período de Verão, de descanso e de tranquilidade, vos possa trazer alegria e fortaleza em nosso Senhor Jesus Cristo. Boas férias!

Saúdo afectuosamente os peregrinos de língua espanhola. Em especial, os membros da Equipa de Casais de Nossa Senhora, de Tuy-Vigo, a Escola de Acólitos da Basílica de Llidón, de Castellón, bem como os peregrinos de Zumárraga e Figueres, em Espanha e os de Porto Rico e Peru. A todos vos desejo um feliz tempo de veraneio, bem aproveitado para o vosso crescimento espiritual. Obrigado pela vossa atenção.

Saúdo cordialmente os peregrinos romenos, em particular os fiéis e o coro da paróquia de Onesti, na diocese de Iasi, acompanhados pelo seu pároco.
Caríssimos, cantai ao Senhor um cântico novo, com o coração e com a vossa vida. Abençoo-vos de coração a cada um de vós e aos que vos são queridos.
Seja louvado Jesus Cristo!

Uma cordial saudação para os peregrinos de Ropice u Trince.
Desejo-vos a todos umas alegres férias de Verão, nao só com a saúde do corpo, mas também com a da alma. Com estes votos, de boa vontade vos abençôo.
Louvado seja Jesus Cristo!

O Salmo 142, que escutámos durante a audiência de hoje, é um dos chamados "Salmos penitenciais". Exprime o drama espiritual do homem pecador que, consciente da própria fraqueza, espera a reconciliação com Deus e se confia à Sua misericórdia. Todos nós fazemos a experiência deste drama na nossa vida e estamos no caminho para a conversão. É preciso recordar que todo o homem se torna melhor no campo espiritual somente pela graça de Deus, que purifica, justifica e santifica: "Senhor, livrai-me da angústia, pela vossa justiça".

Louvado seja Jesus Cristo!

Agora, dirijo uma cordial saudação de boas-vindas aos peregrinos de língua italiana. Em particular, saúdo as Irmãs da Imaculada Conceição de Nossa Senhora de Lourdes, as Missionárias do Coração de Maria e as Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição de Lípari, que celebram nestes dias o seu Capítulo geral. Queridas Irmãs, durante as vossas assembleias capitulares vós quereis reflectir sobre o modo como as vossas respectivas Famílias religiosas devem prosseguir o seu caminho apostólico, percorrendo fielmente os passos dos Fundadores. A Virgem Santa torne frutuoso o vosso esforço espiritual. O Papa acompanha-vos com a oração.

Saúdo, também, os fiéis da paróquia "São Filipe Néri", de Frattamaggiore. Caríssimos, desejo que o encontro de hoje constitua para cada um de vós uma ocasião para crescer na fé.

O meu pensamento vai agora, como de costume, para os jovens, os doentes e os novos casais.

Vamos penetrando cada vez mais no período do Verão, tempo de turismo e de peregrinação, de férias e de repouso. Caros jovens, convido-vos a aproveitar o Verão para úteis experiências sociais e religiosas. Desejo-vos a vós, queridos doentes, que encontreis conforto na proximidade dos vossos familiares. E a vós, amados novos casais, dirijo o convite a utilizar este período de Verão para aprofundar a vossa importante missão na Igreja e na sociedade.




AUDIÊNCIAS 2003 - AUDIÊNCIA