Isaías (CNB) 12

12 1 Naquele dia haverás de dizer:
“Eu te agradeço, Senhor:
estavas irado contra mim,
mas deixaste a tua ira
e de mim tiveste compaixão.
2
Eis o Deus que me salva,
eu confio e nada temo!
O Senhor é minha força e meu alegre canto.
O Senhor é a minha salvação”.
3
Com alegria tirareis água
nas fontes da salvação.
4
E naquele dia direis:
“Louvai o Senhor,
aclamai o seu nome!
Divulgai entre os povos
as proezas que ele faz!
Comemorai, sublime é o seu nome!
5
Cantai ao Senhor, ele fez maravilhas.
Seja isso conhecido pela terra inteira.
6
Clama e grita de alegria,
tu que moras em Sião,
pois o Deus Santo de Israel
é grandioso em teu meio.
Oráculos contra as nações

 Poema fúnebre sobre Babilônia

13 1 Proclamação contra a Babilônia,
recebida em visão por Isaías, filho de Amós.
2
Sobre o morro escalvado, erguei a bandeira!
Soltai a voz! Dai sinal com a mão!
Eles entrarão pela porta dos nobres.
3
Já dei ordem a meus guerreiros escolhidos,
e também chamei os meus valentes a
serviço da minha ira,
entusiastas da minha honra.
4
Escuta! Um barulho nas montanhas!
Parece enorme multidão!
Escuta! É o alvoroço dos reinos!
As nações estão reunidas!
O Senhor dos exércitos vai passando
em revista
seu pelotão de guerreiros!
5
Vieram de terras longínquas,
do horizonte mais distante.
É o Senhor com as armas de sua ira,
para acabar com o país inteiro.
6
Gritai! O dia do Senhor está perto,
vem chegando a violência do Poderoso.
7
Por isso os punhos amolecem,
a coragem dos soldados desfalece.
8
Todos apavorados, cheios de dores e aflições,
contorcendo-se qual mulher que dá à luz,
cada um olhando espantado para o outro,
os olhos esbugalhados.
9
Lá vem o terrível dia do Senhor,
com o furor e o calor da sua ira,
a transformar o país num deserto,
e dele arrancar os pecadores.
10
Pois as estrelas do céu e suas constelações
deixarão de irradiar a sua luz,
o sol já nascerá escuro
e a lua não mais dará o seu clarão.
11
Virei cobrar a maldade do mundo,
os crimes de todos que praticam injustiça.
Ponho um fim no orgulho dos soberbos,
e rebaixo a vaidade dos prepotentes.
12
Farei que homem seja mais raro do que ouro puro,
gente, mais rara do que o ouro de Ofir.
13
É por isso que vou balançar os céus
e a terra vai tremer em suas bases,
pela indignação do Senhor dos exércitos,
no dia do calor da sua ira.
14
Pois, então, qual cabrita assustada
ou ovelha que ninguém recolhe,
cada qual procura de novo seu rebanho,
corre a se esconder na própria terra.
15
Quem for encontrado é traspassado,
quem for alcançado morre à espada.
16
Suas crianças serão despedaçadas
bem diante dos seus olhos,
suas casas serão roubadas
e as mulheres, violentadas.
17
Levantarei contra eles o povo da Média
gente que não se importa com prata
nem se preocupa com ouro.
18
Suas armas abatem meninos,
não têm compaixão dos bebês,
seu olhar não se comove com as criancinhas.
19
A Babilônia, a pérola dos reinos,
jóia e adorno dos caldeus,
será transformada em ruína
como a que Deus provocou em Sodoma e Gomorra.
20
Geração após geração, nunca mais será habitada,
nunca mais ocupada;
lá os árabes não armarão suas tendas,
nem pastores irão descansar seus rebanhos.
21
Aí se abrigarão os animais silvestres,
as casas da cidade estarão povoadas de grunhidos,
lá dormirão bandos de avestruzes
e cabritos do deserto lá estarão saltando,
22
chacais uivarão nos palácios vazios,
e lobos, nos salões confortáveis.
Chegou a hora da Babilônia,
sua existência não será prorrogada.

 A volta do exílio

14 1 Sim, o Senhor terá compaixão de Jacó,
continuará escolhendo Israel,
vai assentá-los na sua terra,
o migrante vai juntar-se a eles,
integrando a casa de Jacó.
2
Povos os recolhem,
a fim de levá-los a seu lugar;
a casa de Israel os possuirá,
na terra do Senhor,
fazendo-os escravos e escravas.
Farão cativos os que os aprisionaram,
dominarão aqueles que os dominaram.

 Sátira sobre o rei da Babilônia 

3 Naquele dia, quando o Senhor te livrar do sofrimento,
do teu desespero e da escravidão que te foi imposta,
4
deverás cantar em tom de desafio ao rei da Babilônia:
“Como acabou o ditador! Como acabou a arrogância!
5
O Senhor quebrou o bastão do opressor,
a vara do dominador,
6
que castigava o povo com violência,
com torturas que não acabavam mais;
que com raiva subjugava as nações,
em perseguição sem limite.
7
Agora o país inteiro vai bem, tranqüilo,
e todos entoam um cântico!
8
Estão rindo de ti até os ciprestes,
e os cedros do Líbano.
Dizem: ‘Depois que tu te deitaste,
ninguém mais sobe aqui para nos cortar!’
9
A mansão dos mortos, nas profundezas,
por tua causa se agita,
prepara-te uma recepção.
Acorda os grandes da terra
que estão naquelas sombras,
faz levantarem-se dos tronos
os reis todos das nações.
10
E todos eles te acolhem dizendo:
‘Também tu foste derrubado como nós!
Acabaste igual a nós!’
11
Teu esplendor foi jogado na sepultura,
junto com a música de tuas harpas.
Teu colchão agora é de vermes,
tua coberta é de bichos.
12
Como despencaste das alturas do céu,
tu, estrela da manhã, clarão da madrugada?
Estás derrubado por terra,
tu que derribavas as nações!
13
Bem que havias planejado:
‘Hei de subir até o céu e meu trono colocar
bem acima das estrelas divinas,
hei de sentar-me no alto das montanhas,
pelas bandas do norte,
onde os deuses se reúnem!
14
Vou subir acima das nuvens,
tornando-me igual ao Altíssimo!’
15
Foste, porém, precipitado à mansão dos mortos,
chegaste ao fundo do Abismo!
16
Quem te vê fica olhando, observando.
É este o homem que abalou a terra,
que fez tremerem os reinos,
17
que fez do mundo um deserto,
destruindo todas as cidades.
É este quem aos prisioneiros
jamais abria o cárcere.
18
Os reis das nações são sepultados com honras,
cada qual no seu túmulo.
19
Tu, porém, serás jogado fora, sem sepultura,
como “adubo-de-bolor” ,
coberto de gente assassinada,
corpos traspassados pela espada,
cadáveres jogados sobre a pedra do túmulo.
Cadáver pisoteado,
20
não irás juntar-te aos outros na sepultura!
Foi a tua pátria que humilhaste,
assassinaste o teu próprio povo.
Geração de malfeitores nunca será lembrada.
21
Decretai a matança dos filhos,
por culpa de seus pais!
Que não se levantem de novo
para se fazerem donos da terra
e mais uma vez encherem o mundo de ruínas.
22
“Hei de levantar-me contra eles,
– oráculo do Senhor dos exércitos –,
para tirar da Babilônia
o nome e os sobreviventes,
a semente e a geração, diz o Senhor.
23
Farei dela propriedade dos ouriços
e uma região de brejos.
Hei de varrê-la com a vassoura da ruína”,
diz o Senhor dos exércitos.

 A Assíria

24 Assim jurou o Senhor dos exércitos:
“Do jeito que pensei, assim será!
Tudo o que planejei realizar-se-á:
25
Liquidar a Assíria dentro da minha terra,
no alto da minha montanha pisoteá-la.
Sairá do pescoço a canga que ela colocou,
dos ombros cairá a carga que ela impôs”.
26
É esse o plano a respeito da terra inteira,
o braço já erguido contra todas as nações.
27
Se o Senhor dos exércitos planejou
quem há de revogar?
Se o braço ele ergueu,
quem vai fazê-lo recolher?

 A Filistéia

28 No ano em que morreu o rei Acaz
veio-me esta proclamação:
29
“Não te alegres, Filistéia inteira,
só por ter-se quebrado a vara que te batia!
Pois, de geração de víboras,
só nascem outras víboras,
seu produto é serpente voadora.
30
Mas os filhinhos dos pobres
poderão matar a fome,
os humildes da terra
poderão dormir tranqüilamente.
A tua gente, porém, hei de matar de fome
o que restar de ti, liquidarei.
31
Geme, ó porta! Grita, cidade!
Treme Filistéia inteira!
É uma nuvem que vem lá do norte,
sem que ninguém abandone o seu posto”.
32
Que resposta terão os mensageiros desta nação?
“Foi o Senhor quem fundou Sião,
lá se abrigam os pobres, seu povo.”

 Moab

15 1 Proclamação contra Moab:
Na noite em que foi invadida, Ar-Moab foi silenciada;
na noite em que foi invadida, Quir-Moab foi silenciada.
2
O povo de Dibon sobe aos lugares altos para chorar,
por causa de Nebo e Medaba, Moab grita de dor.
Cortaram-lhe os cabelos, raparam-lhe a barba.
3
O povo nas ruas, vestido de luto,
nos terraços e nas praças todos clamando,
as lágrimas rolando.
4
Hesebon e Elale estão gritando,
sua voz é ouvida até em Jasa.
Os soldados de Moab por isso estão
desorientados, perdidos.
5
Meu coração geme por causa de Moab,
seus fugitivos na direção de Segor, de Eglat-Selisia,
sobem chorando a ladeira de Luit,
na estrada de Horonaim vibram gritos de aflição.
6
Esgotou-se a água do Nemrim
o pasto secou, a erva murchou
e de verde nada mais existe.
7
Por isso ajuntam as sobras e carregam seus recursos
para lá da torrente dos Salgueiros.
8
Pois o clamor percorre todo o território de Moab,
os gritos chegam até Eglaim e a Beer-Belim.
9
Pois as águas do Dimon estão cheias de sangue,
e ao Dimon ajunto ainda uma desgraça:
um leão contra os fugitivos de Moab,
e contra os que restarem no país.

16 1 De Petra do deserto,
mandai à montanha da filha de Sião
um cordeiro ao soberano deste país.
2
Como pássaros que fogem, expulsos dos ninhos,
as filhas de Moab tentam atravessar o rio Arnon.
3
Delibera, toma decisão,
estende tua sombra como noite em pleno meio-dia,
para esconder os refugiados,
manter em segredo os fugitivos.
4
Recebe em tua terra os refugiados moabitas,
sê para eles um abrigo contra aqueles que os perseguem.
Quando essa pressão acabar, a destruição chegar ao fim
e se eliminarem os invasores do país,
5
um poder real vai se instalar, alicerçado na misericórdia.
Quem o ocupar será o legítimo sucessor na tenda de Davi,
a julgar e promover o direito
e ministrar uma justiça sem delongas.
6
Ouvimos falar do orgulho de Moab
– orgulhou-se demais – e também
da soberba, da vaidade, da arrogância,
da tagarelice sem limites,
bravatas que nada valem.
7
Por isso, aos moabitas só resta chorar por Moab,
todos irão chorar.
Por causa dos bolos de passas de Quir-Hareset
gemerão de pura tristeza.
8
Os campos de Hesebon estão abandonados
bem como os vinhedos de Sabama.
Suas uvas de qualidade seduziam os
chefes das nações.
As vinhas se estendiam até Jazer,
transitavam pelo deserto,
seus ramos se alastravam, atravessando o mar.
9
Por isso é que choro com Jazer pelos vinhedos de Sabama.
Rego-te com minhas lágrimas, Hesebon e Elale,
porque os gritos de alegria sumiram
da tua vindima, da tua safra.
10
A alegria e a animação sumiram dos pomares.
Nos vinhedos ninguém mais alegre cantando,
ninguém mais pisando as uvas no lagar;
acabou aquela algazarra!
11
Por Moab sinto em mim um pulsar
igual ao das cordas da lira.
Meu coração palpita por causa de Quir-Hares!
12
Moab se cansará de ir aos lugares altos,
vai cansar de procurar santuários para orar,
sem nada conseguir.
13
Foi o que o Senhor disse sobre Moab na­quela ocasião. 14 Agora, assim diz o Senhor: “Den­tro de três anos bem contados como anos de serviço, a alta classe de Moab será elimina­da pela multidão do povo. Sobrará apenas uma parcela insignificante”.

 Damasco

17 1 Proclamação contra Damasco:
“Damasco está sendo tirada do número das cidades,
em montão de ruínas será transformada.
2
Abandonadas para sempre,
as cidades do país ficarão entregues aos rebanhos.
Nelas o gado vai descansar,
sem que ninguém o incomode.
3
Acabará a força de Efraim,
o poderio de Damasco.
Ao que sobrar de Aram
acontecerá como à elite de Israel,
diz o Senhor dos exércitos.
4
Naquele dia o peso de Jacó vai diminuir,
a gordura do seu corpo vai murchar.
5
Será como quando o lavrador corta os talos
e no braço recolhe as espigas,
e depois vem alguém catar restolhos no
vale dos Refaítas.
6
Fica apenas uma sobra, como na colheita da azeitona,
ficam duas ou três na ponta do galho,
quatro ou cinco no topo da árvore”
– oráculo do Senhor, Deus de Israel.
7
Naquele dia, o homem olhará para o Criador,
voltará os olhos para o Santo de Israel.
8
Aos altares construídos por suas mãos,
trabalhados por seus dedos, não dará mais atenção
nem olhará mais para os troncos sagrados,
para os altares de incenso.
9
Naquele dia ficarão abandonadas suas cidades fortificadas,
como as fortalezas dos heveus e amorreus
com a invasão dos filhos de Israel.
Tudo ficará deserto.
10
Pois esqueceste o Deus que te salva
e não te lembraste da Rocha que é tua fortaleza,
plantas com capricho um jardim para o culto
e formas um canteiro de mudas extravagantes.
11
Hoje plantas e a semente nasce,
amanhã terás feito tua planta brotar,
a colheita, porém, te escapa, ao chegar o dia da desgraça.
Será uma dor incurável.
12
Ah! O tumulto de povos numerosos!
Parece o barulho das ondas do mar!
Ecoa o alarido das gentes
qual estrondo de águas violentas.
13
As gentes ecoam qual estrondo das águas.
Deus, porém dá um grito
e para longe elas fogem,
voam como palhas do monte tocadas pelo vento
como cisco no redemoinho.
14
Ao anoitecer vem aquele pavor
e antes de o dia clarear não sobra mais nada.
Tal é a parte de quem nos assalta,
a herança daqueles que nos roubam.

 O Alto-Nilo (Etiópia)

18 1 Ai do país do zumbido de asas,
lá do outro lado dos rios da Etiópia,
2
que manda mensageiros pelo mar,
em barcos de junco, boiando na água:
“A caminho, mensageiros velozes,
a uma nação de alta estatura e pele lustrosa,
ao povo por toda a parte temido,
nação forte e dominadora, cuja terra é cortada de rios!”
3
Todos vós habitantes do mundo,
moradores da terra,
quando levantarem sobre a montanha a bandeira, procurai ver,
quando a trombeta tocar, escutai.
4
Pois assim me preveniu o Senhor:
“Fico quieto observando, aqui do meu lugar,
como o calor tórrido do meio-dia,
como a névoa no mormaço da colheita”.
5
Assim, depois da florada e antes da colheita,
as uvas granadas começando a madurar,
cortam-se as gavinhas com a foice podadeira
e atiram-se fora os brotos cortados.
6
Serão abandonados para os gaviões das montanhas,
ou para os animais da floresta,
no verão, para as aves de rapina
e, no inverno, para os animais selvagens.
7
– Vai chegar, porém, um tempo, quando uma nação de alta estatura e pele lustrosa, povo temido por toda a parte, nação forte e dominadora, cuja terra é cortada de rios, há de vir trazendo oferendas ao lugar onde se invoca o nome do Senhor dos exércitos: a montanha de Sião.

 O Egito

19 1 Proclamação contra o Egito.
Vede o Senhor, montado em nuvem veloz,
invadindo o Egito!
À sua presença, vacilam os deuses do Egito
e derretem-se no peito os corações dos egípcios.
2
“Provocarei o Egito contra o Egito,
porei a guerrear irmão contra irmão,
companheiro contra companheiro,
cidade contra cidade,
reino contra reino.
3
O espírito do Egito vai diluir-se dentro dele,
vou embaralhar sua política.
Terão de consultar seus ídolos,
pedir conselho aos feiticeiros,
aos que evocam os mortos, aos adivinhos...
4
Entregarei o Egito nas mãos de um ditador,
um rei prepotente governará o país”
– oráculo do Senhor, Deus dos exércitos.
5
A água do mar há de secar, o rio ficará
vazio e seco,
6
os canais de irrigação, exalando mau cheiro,
os braços do rio Nilo, diminuindo até secar;
e murcham o caniço e o junco.
7
O verde do Nilo, das margens do Nilo,
tudo o que cresce ao longo do Nilo,
há de secar, cair, desaparecer.
8
Os pescadores vão chorar e lamentar,
os que pescam de anzol ou de rede
estarão todos desanimados.
9
Passarão vergonha os que trabalham
com linho,
fiandeiros e tecelões de linho branco.
10
Os produtores do Egito estarão preocupados
e os assalariados, de ânimo abatido.
11
Como são tolos os chefes de Tânis,
conselheiros que ao Faraó dão conselhos ingênuos.
Como podeis dizer ao Faraó:
“Sou filho de sábios, filho de reis antigos”?
12
Onde estão os teus sábios?
Que eles te revelem, te desvendem
o plano do Senhor dos exércitos em relação ao Egito!
13
Tornaram-se tolos os chefes de Tânis,
enlouqueceram os chefes de Mênfis.
As elites das tribos desorientam o Egito.
14
Para eles o Senhor misturou uma bebida que embriaga.
Assim vai cambaleando o Egito em tudo o que faz,
como bêbado, cambaleando e vomitando.
15
O Egito não terá, então, o que fazer –
nada que cabeça ou cauda, palmeira ou erva rasteira possam fazer.
16
Naquele dia os egípcios estarão parecendo mulheres, cheios de pavor e medo, ao movimento da mão o Senhor dos exércitos que se ergue contra eles. 17 A terra de Judá será um?pe­sadelo para o Egito. Sempre que alguém lembrar Judá, entrará em pânico, por causa do pla­no do Senhor dos exércitos contra o Egito.­
18
Naquele dia, cinco cidades do Egito estarão falando a língua de Canaã e fazendo seus juramentos no nome do Senhor dos exércitos. (Uma delas chama-se Cidade do Sol.)
19
Naquele dia haverá um altar para o Senhor­ no interior do Egito, e, na fronteira, um obe­lis­co em homenagem ao Senhor. 20 Será na terra do Egito sinal e testemunha do Senhor dos exér­citos. Quando, então, clamarem a ele por causa do opressor, o Senhor há de mandar sal­vador e defensor para libertá-los. 21 O Senhor será conhecido no Egito, naquele dia os egípcios conhecerão o Senhor. Hão de prestar-lhe culto com sacrifícios e oferendas e vão cum­prir as promessas que fizerem ao Senhor. 22 O Senhor vai ferir o Egito, ferir para depois cu­rar. Os egípcios se voltam ao Senhor, ele os atende e cura.
23
Naquele dia haverá uma estrada do Egito para a Assíria. O Egito poderá ir até a Assíria e a Assíria poderá ir até o Egito. Os egípcios prestarão o culto junto com os assírios.
24
Naquele dia Israel será uma terceira força­ ao lado do Egito e da Assíria. Haverá no meio da terra uma bênção 25 pronunciada pelo Senhor dos exércitos, nestes termos: “Bendito seja o meu povo, o Egito, bendita a obra de mi­nhas mãos, a Assíria, bendita a minha he­rança, Israel”.

 O Egito está nu

20 1 No ano em que o chefe do exército da Assíria, mandado pelo rei Sargon, veio até Azoto para atacar e tomar a cidade, 2 assim falou o Senhor por meio de Isaías, filho de Amós: “Vai! Tira a roupa do corpo e o calçado dos pés!” Assim fez Isaías, que passou a andar nu e descalço. 3 Depois o Senhor disse: “Como Isaías, meu servo, andou nu e descalço por três anos, sinal e presságio contra o Egito, a Etiópia, 4 da mesma forma o rei da Assíria levará os cativos do Egito, os exilados da Etiópia, jovens ou velhos, todos nus e descalços, com as nádegas de fora, vergonha para o Egito. 5 Os \filisteus ficarão consternados e envergonhados por causa da Etiópia, seu apoio, por causa do Egito, sua soberba. 6 O morador deste litoral há de dizer: ‘Vede como ficou o nosso apoio, aquele que a gente procurava em busca de ajuda para livrar-nos da ameaça do rei da Assíria! E nós, como vamos escapar?’”.

 A Babilônia

21 1 Proclamação contra o deserto da beira-mar:
Qual furacão que no Negueb galopa
ela vem do deserto, de um horrível lugar.
2
É a visão pavorosa que me foi revelada:
O ladrão já rouba,
o invasor já entrou!
À luta, Elam,
ao cerco, \país da Média!
Acabo com todo gemido!
3
E o meu interior se enche de tremor,
vou sentindo uma aflição
qual mulher ao dar à luz.
Fico tonto ao ouvir,
tremo só de ver.
4
A cabeça gira, o pavor me domina!
A desejada sombra da tarde
tornou-se hora de medo para mim!
5
Mesa posta, tapete estendido,
comida e bebida!
De pé, comandantes,
untai os escudos!
6
Pois foi assim que me disse o Senhor:
“Vai, põe de prontidão uma sentinela!
Deve contar tudo o que avistar.
7
Se avistar caravanas, parelhas de cavaleiros,
caravanas de mulas, caravanas de camelos,
presta atenção, muita atenção!”.
8
Gritou a sentinela:
“No meu posto de vigia, meu senhor,
estou de pé o dia inteiro.
Passo a noite a postos,
no lugar de onde vigio.
9
Olha aí que vem vindo
alguém no carro,
uma parelha de cavalos.
Ele anuncia:
“Caiu! Caiu a Babilônia!
As imagens dos seus deuses
se despedaçaram no chão”.
10
Tu, malhado por mim,
grão do meu terreiro,
o que ouvi do Senhor dos exércitos, o
Deus de Israel,
eu te anunciei.

 Edom 

11 Proclamação sobre Duma.
Alguém me chama de Seir:
“Guarda, a quantas está a noite
Guarda, a quantas está a noite?”
12
O guarda responde:
“Chega o amanhecer, mas outra noite também.
Se quiserdes saber é só perguntar.
Voltai novamente!”.

 A Arábia

13 Proclamação sobre a região desértica.
Na capoeira da região desértica
passais a noite, caravanas de Dedã.
14
Levai água aos sedentos,
cidadãos de Tema,
com pão, ide em busca do fugitivo.
15
Estão fugindo por causa das espadas,
por medo da espada desembainhada,
medo do arco esticado,
medo da violência do combate.
16
Pois assim disse-me o Senhor: “Daqui a um ano, contado como ano de serviço, vai aca­bar o poderio de Cedar. 17 Sobrará bem pou­co do grande número de arqueiros do exército­ de Cedar. Foi o Senhor, Deus de Israel, quem falou”.

 Jerusalém

22 1 Proclamação sobre o Vale da Visão.
Que te aconteceu,
para subires em massa aos terraços,
2
toda barulhenta, cidade agitada, vila
festeira?
Tuas vítimas não morreram à espada,
teus mortos não tombaram em combate,
3
mas os comandantes fugiram todos,
capturados de vez, sem as armas,
todos os teus que foram encontrados
e juntos foram presos,
vinham fugindo lá de longe.
4
É por isso que eu digo:
“Afastai-vos de mim,
deixai-me chorar amargamente,
não tenteis consolar-me
da derrota da filha do meu povo”.
5
Este é mesmo um dia de vergonha,
de angústia e de tormento,
obra do Senhor, o Deus dos exércitos,
no Vale da Visão.
Arrombadas as muralhas da cidade,
pede-se socorro às montanhas.
6
Elamitas carregam caixas de flechas,
cavaleiros nas suas montarias,
gente de Quir se arma de escudos.
7
Teus recantos mais aprazíveis
estão cheios de carros de guerra
e na praça da porta a cavalaria toma posição.
8
Foi assim que se abriu a defesa de Judá.
Naquele dia olhastes para o depósito de armas
do “Palácio da Floresta”.
9
Também vistes que eram muitas as
brechas na Cidade de Davi
e cuidastes de abastecer de água o
reservatório de baixo.
10
Contastes as casas de Jerusalém
e demolistes algumas para reforçar as muralhas.
11
Entre as duas muralhas fizestes um depósito
para a água do antigo reservatório.
Só não voltastes o olhar para Aquele que fez tudo isso,
só não enxergastes quem, lá de longe, tudo planejou.
12
Naquele dia o Senhor, Deus dos exércitos,
estava convocando
para chorar e bater no peito,
rapar a cabeça e vestir luto.
13
Em vez disso o que se viu
foi divertimento e alegria,
matança de bois e abate de cordeiros,
gente comendo carne e bebendo vinho:
“Vamos comer e beber, que amanhã morreremos!”
14
O Senhor dos exércitos soprou aos meus ouvidos:
“Juro que este pecado não vos será perdoado até que morrais”
– disse o Senhor, Deus dos exércitos.

 O ministro Sobna

15 Assim diz o Senhor, Deus dos exércitos:
“Vai dizer ao ministro Sobna,
administrador do Palácio:
16
“Que tens aqui? Tens aqui alguém de tua casa?
Pois estás aqui cortando pedras para teu túmulo!”
Ele está fazendo para si uma sepultura no morro,
escavando no rochedo sua última morada!
17
Pois, olha, homem, o Senhor te lançará para longe.
Ele vai te agarrar,
18
embolar e rolar como bola
para uma terra de larga extensão.
Lá morrerás.
Lá estarão os carros que fazem teu prestígio
– mancha da casa do teu patrão.
19
Vou tirar-te de tua função, depor-te do cargo.
20
No mesmo dia chamarei
o meu servo Eliacim, filho de Helcias,
21
para vesti-lo com tua túnica,
prender-lhe a cintura com teu cinturão,
colocando-lhe nas mãos o poder que era teu.
Ele será um pai para os cidadãos de Jerusalém
e para a casa de Judá.
22
Colocarei em seus ombros
as chaves do palácio de Davi,
quando ele abrir, ninguém poderá fechar,
quando fechar, ninguém poderá abrir.
23
Hei de fixá-lo como estaca firme no lugar
e o seu desempenho
será prestígio para a casa do seu patrono.
24
Nele vão pendurar tudo o que  há de importante na casa do seu patrono:
ramos e rebentos, vasilhas e vasos,
desde taças até jarros.
25
Mas naquele dia, diz o Senhor dos exércitos,
a estaca, firme no lugar, será retirada:
ela vai ceder e cair,
e tudo o que nela estava pendurado virá ao chão
– porque assim falou o Senhor”.

 As cidades da Fenícia

23 1 Proclamação sobre Tiro.
Uivai, navios de Társis,
pois vossa morada foi destruída!
Souberam da notícia ao chegarem da
ilha de Chipre.
2
Ficai calados, cidadãos da península,
comerciantes de Sidônia
cujos representantes atravessam o mar.
3
Pelas águas imensas,
os cereais do delta, as colheitas do rio Nilo
eram sua fonte de renda,
tornou-se o empório das nações.
4
Envergonha-te, Sidônia, fortaleza à beira-mar,
que o mar está dizendo:
“Eu mesmo não gerei, nem dei à luz ninguém,
não criei meninos, nem eduquei meninas!”
5
Quando se ouvir falar disso no Egito,
vão se afligir com as notícias de Tiro.
6
Ide para Társis uivando,
cidadãos da península!
7
Não era ela para vós uma cidade festiva,
que vinha lá de trás, dos tempos antigos?
Seus pés não a tinham levado
a se estabelecer em lugares distantes?
8
Quem planejou isso contra Tiro,
a distribuidora de impérios,
seus negociantes eram príncipes,
seus empresários, os nobres do país.
9
Foi o Senhor dos exércitos quem o planejou,
para rebaixar todo orgulho e esplendor,
e humilhar os nobres do país.
10
Agora, trata de lavrar a terra como o
Egito, filha de Társis,
pois o teu porto já não existe mais!
11
Quando ergueu a mão sobre o mar,
ele fez os reinos tremerem.
O Senhor mandou atacar Canaã
para destruir-lhe as fortalezas.
12
Ele disse: “Tu não mais contarás vantagens,
virgem violentada, filha de Sidônia!
Vamos! Vai para Chipre!
Nem lá haverá descanso para ti”.
13
Olha a terra dos caldeus!
Esse povo já não existe,
os assírios o entregaram aos animais do deserto.
Tinham erguido torres de vigia,
mas estes derrubaram suas construções,
tudo transformando em ruínas.
14
Uivai, navios de Társis,
pois vosso abrigo foi destruído!
15
Acontecerá naquele dia que Tiro ficará esquecida, durante setenta anos, idade de um rei. Depois dos setenta anos, servirá para ela a canção da prostituta:
16
“Pega um instrumento, sai pela cidade, prostituta esquecida!
Toca bonito, multiplica as canções, a ver se ainda se lembram de ti!”
17
Depois dos setenta anos, o Senhor se lembrará de Tiro novamente e ela voltará aos seus negócios. Vai se prostituir com todos os reinos do mundo, por toda a face da terra. 18 Seu ganho, seu lucro de prostituta, será consagrado ao Senhor e, assim, não juntará dinheiro nem ficará rica, pois tudo vai pertencer aos que moram na presença do Senhor, a fim de que possam comer à vontade e vestir-se com todo o luxo.
Apocalipse

 Juízo e destruição

24 1 Aí está o Senhor, esvaziando, devastando a terra,
põe toda ela em confusão e dispersa os habitantes.
2
Como for tratado o povo, assim será o sacerdote,
como o escravo, assim o senhor,
como a serva, assim a patroa,
como o que compra, assim o que vende,
como o que empresta, assim o que toma emprestado,
como o credor, assim o devedor.
3
A terra ficará mesmo vazia, saqueada de ponta a ponta,
pois foi o Senhor quem o decretou.
4
A terra está de luto e doente,
o mundo definha, está doente,
com a terra, o céu murchou.
5
A terra foi poluída sob os pés dos moradores,
pois passaram por cima das leis,
violaram o mandamento,
romperam a aliança eterna.
6
Por isso, a maldição devora a terra,
os moradores pagam o pecado,
diminuem os que a cultivam,
sobra pouca gente.
7
Secou o suco da uva, a videira murchou,
agora geme quem estava de coração alegre.
8
Acabou a alegria dos tamborins!
Parou a algazarra dos foliões!
Acabou o entusiasmo da cítara.
9
Já não se bebe vinho ao som da música,
o licor ficou amargo a quem o bebe.
10
Arrebentou-se a cidade do vazio,
as casas estão fechadas, ninguém entra!
11
Gritam nas ruas à procura de vinho!
O riso foi eliminado,
a alegria foi expulsa do país!
12
O que sobrou na cidade foi a solidão,
a porta arrombada, arrebentada em pedaços.
13
O que vai acontecer no interior do país,
no meio dos povoados,
será como na cata da azeitona
ou na rebusca, depois da colheita da uva.
14
Eles, porém, elevam a voz,
celebram a majestade do Senhor,
cantam hinos do lado do mar.
15
Pelo mesmo motivo glorificam o Senhor
do lado do oriente,
e também nas ilhas do mar,
o nome do Senhor, o Deus de Israel.
16
Dos confins da terra
ouvimos cantar “Glória ao Justo”.
Eu, porém disse:
“Infeliz de mim! Infeliz de mim! Ai de mim!”
Há traidores traindo,
traiçoeiramente tramando traição.
17
Terror, buraco e laço
é o que te espera, cidadão do país!
18
Aí, então, quem fugir ao grito de terror,
acaba caindo no buraco,
se escapar do buraco,
será pego pelo laço.
Pois as comportas do céu vão abrir-se
e a terra vai tremer desde a base.
19
O país será inevitavelmente atingido,
irremediavelmente partido,
violentamente sacudido.
20
Vai cambalear como bêbado, balançar como a rede.
Seu crime lhe pesa às costas, cai para não
mais se levantar.
21
Naquele dia, o Senhor há de passar em revista
o exército das estrelas lá no alto
e os reis da terra cá em baixo.
22
Serão todos amontoados
como prisioneiros na masmorra
e só depois de muito tempo
terão de acertar as contas.
23
Envergonhada, a lua ficará vermelha,
e o sol, acanhado,
pois o Senhor dos exércitos estará reinando
na montanha de Sião, em Jerusalém,
e sua glória resplandece
diante dos seus anciãos.

 Ação de graças  

25 1 Senhor, meu Deus és tu!
Eu te exalto e canto ao teu nome,
porque realizaste a maravilha do teu projeto,
antigo, fiel, verdadeiro.
2
Pois transformaste a cidade em montão de ruínas,
a cidadela fortificada, em monte de entulhos,
a fortaleza dos arrogantes já não é um reduto,
nunca mais será reconstruída.
3
Por isso, um povo forte te glorifica,
um reduto de nações poderosas te respeita.
4
Tu te tornaste proteção para o fraco,
fortaleza do pobre na hora da angústia,
abrigo na tempestade,
sombra no tempo do calor;
pois o hálito dos opressores
é como aguaceiro de inverno,
5
ou calor ardente em chão seco.
A celeuma dos arrogantes tu acalmas;
e como a sombra de uma nuvem
abranda o calor,
assim abafas o canto de vitória dos tiranos.

 O banquete do tempo final

6 O Senhor dos exércitos dará nesta montanha
para todos os povos um banquete de carnes gordas,
um banquete de vinhos finos,
de carnes suculentas e vinhos depurados.
7
Nesta montanha ele vai destruir
o véu que envolvia os povos todos,
a mortalha estendida sobre as nações.
8
Acabou com a morte para sempre.
O Senhor Deus enxugará as lágrimas de todas as faces
e, pela terra inteira, eliminará os
vestígios da desonra do seu povo.
Foi o Senhor quem falou!
9
Naquele dia vão comentar:
“Este é o nosso Deus,
dele esperávamos que nos salvasse,
este é o Senhor, nele confiamos,
vamos exultar de alegria porque ele nos salvou.
10
Pois é nesta montanha que repousa
a mão do Senhor.

 Moab

Moab será pisada onde está,
como palha que se pisa no lodo da esterqueira.
11 Lá no meio dá com os braços
como faz o nadador dentro d’água,
mas sua soberba acaba caindo,
apesar da agilidade de suas mãos.
12
A fortaleza altíssima de teus muros,
o Senhor a rebaixou e derrubou,
atirou ao chão, jogou na poeira.

 Jerusalém, a cidade forte do Senhor

26 1 Naquele dia se há de cantar este cântico na terra de Judá:
“Uma cidade fortificada é nosso refúgio,
o Senhor a guarneceu de muro e antemuro.
2
Abri as portas! Deixai entrar uma nação justa,
que mantém a fidelidade,
3
firme de caráter .
Tu lhe conservas a paz,
porque em ti ela confia.
4
Confiai sempre no Senhor:
ele é uma rocha eterna.
5
Resolveu humilhar os que moram nas alturas,
a cidadela inacessível,
vai humilhá-los até o chão,
até esfregá-los na poeira.
6
Eles serão pisados,
estarão debaixo dos pés dos pobres,
dos passos dos humildes.
7
Para o justo, porém, o caminho é reto,
tu aplainas o trajeto para o justo.
8
Sim, Senhor, a nossa segurança
está na estrada dos teus decretos,
o atrativo da alma é o teu nome, a tua memória.
9
Durante a noite minh’alma te deseja,
com a força interior do meu espírito te procuro ansioso.
Quando tuas sentenças \se cumprirem na terra,
a população do mundo aprenderá o que é justiça.
10
Se a gente desculpa o malvado,
ele nunca aprende o que é justiça,
até na terra do direito vai praticar a injustiça,
sem ver a majestade do Senhor.
11
Teu braço, Senhor está erguido,
mas eles não percebem!
Que vejam a tua paixão por este povo
e acabem envergonhados.
O fogo preparado para teus inimigos
há de queimá-los.
12
Senhor, dá-nos a felicidade,
pois és tu que realizas tudo o que fazemos.
13
Senhor, nosso Deus,
outros senhores além de ti quiseram nos dominar,
nós, porém, só celebramos
a tua memória, o teu nome.
14
Estão mortos, não reviverão,
são sombras, não se levantam mais.
Tu castigaste, destruíste, apagaste
a memória dessa gente.
15
Aumentaste o povo, Senhor,
o nosso povo aumentaste.
Foste glorificado.
Alargaste as fronteiras do país.
16
Nos momentos de aflição, Senhor,
eles te procuraram.
Derreteram-se em preces,
tu lhes deste uma lição.
17
Como a mulher grávida na hora de dar à luz,
contorcendo-se e gemendo no trabalho de parto,
estávamos nós, Senhor, na tua presença.
18
Engravidamos e chegamos ao trabalho de parto,
mas parimos vento.
Não trouxemos qualquer melhora ao país,
nem novos habitantes ao mundo.
19
Teus mortos, porém reviverão!
Seus cadáveres vão se levantar!
Acordai para cantar,
vós que dormis debaixo da terra!
Pois teu orvalho é orvalho de luz
e a terra restituirá à luz seus mortos”.

 A passagem do Senhor

20 “Corre, meu povo, entra no teu quarto,
fecha a porta atrás de ti,
fica escondido um pouquinho,
até que passe a minha ira”.
21
Pois o Senhor sai de casa
para apurar os crimes dos habitantes da terra.
A terra terá de revelar seus crimes de morte,
não poderá mais ocultar suas vítimas.


Isaías (CNB) 12