Isaías (CNB) 48

 Deus exorta os exilados 

48 1 Ouvi isto, casa de Jacó,
que recebestes o nome de Israel,
que brotastes da fonte de Judá,
que jurais pelo nome do Senhor
e celebrais o Deus de Israel,
mas sem fidelidade e sem justiça.
2
Pois da Cidade Santa eles têm o nome,
recebem apoio do Deus de Israel,
cujo nome é “Senhor dos exércitos”.
3
Aqueles fatos lá do princípio,
que de há muito eu anunciara,
foi dos meus lábios que eles saíram,
eu já havia noticiado:
num instante entrei em ação, e eles aconteceram.
4
Eu sabia que eras teimoso,
que teu pescoço era uma barra de ferro
e tua testa era de bronze.
5
E, então, tudo te anunciei há tanto tempo,
antes que acontecesse, eu te avisei.
Senão poderias dizer:
“Foi meu ídolo que fez isso,
foi minha escultura ou imagem que mandou!”
6
Se tu ouviste e previste tudo,
por que não anuncias?
Pois vou te anunciar uma coisa nova,
deste momento,
coisa guardada no segredo, e que tu não sabias.
7
É coisa criada agora mesmo, não faz uma hora.
Antes do dia de hoje não a tinhas ouvido,
senão ainda poderias dizer: ‘Eu já sabia disso’.
8
Nunca tinhas ouvido, jamais soubeste,
hora alguma se alertaram teus ouvidos.
Sei que és um grande trapaceiro
e desde o ventre tens o nome de velhaco.
9
Mas por causa do meu nome
dominarei a raiva,
por honra de minha glória
vou conter meu ímpeto contra ti.
10
Vê que eu te pus num fogo a derreter,
não, porém, como a prata,
eu te apurei na fornalha da pobreza.
11
Foi só por minha causa que fiz isso,
para que eu não fosse injuriado.
A minha glória eu não cedo a ninguém.
12
Escuta-me, Jacó, dá-me atenção, Israel!
Eu sou! Sou o primeiro e também o último!
13
Foi minha mão que assentou os alicerces da terra,
minha direita estendeu o céu.
Basta eu chamá-los,
e todos comparecem prontamente.
14
Reuni-vos todos para ouvir:
Qual \dos ídolos anunciou estas coisas?
O Senhor quis a ele, \Ciro,
para realizar o seu plano na Babilônia,
será ele o seu braço poderoso entre os caldeus.
15
Eu mesmo lhe falei, mais ainda, eu o chamei,
e fui eu que o conduzi e tornei vitorioso o seu caminho.
16
Achegai-vos e escutai bem:
Desde o princípio, nunca falei às escondidas,
desde o início dos acontecimentos, lá estava eu.

 Legitimação do profeta

Agora o Senhor Deus me enviou com seu espírito.
17 Assim diz o Senhor, o teu Libertador,
o Santo de Israel:
Sou eu, o Senhor teu Deus,
sou quem te ensina o que vale a pena,
quem te conduz pelo caminho que deves seguir.
18
Quem dera tivesses levado a sério as minhas ordens!
Tua paz seria grande qual um rio,
a justiça que receberias, como as ondas do mar.
19
Tua descendência seria numerosa como a areia da praia,
os filhos de ti nascidos, incontáveis
como grãos de areia.
Jamais teu nome seria cortado,
jamais seria eliminado de minha presença.
20
Saí da Babilônia, fugi dos caldeus!
Anunciai num cântico alegre,
levai a todos esta notícia,
fazei que ela chegue aos confins do mundo:
“O Senhor libertou o seu servo Jacó!”
21
Eles nunca passaram sede,
mesmo quando os conduzia pelo deserto.
Para eles tirou água de uma pedra:
bateu na pedra e a água correu.
22
Para os malvados – diz o Senhor –
nada de paz!

Restauração de Sião e salvação universal

 Segundo cântico do Servo

49 1 Escutai-me, terras de além-mar,
povos distantes, atenção!
Desde o seio materno, o Senhor me chamou,
desde o ventre de minha mãe, já sabia meu nome.
2
Fez de minha língua uma espada afiada
que ao alcance da mão ele guardou,
fez de mim uma seta pontiaguda
e em sua aljava me escondeu.
3
Disse-me: “O meu servo és tu,
Israel, é em ti que vou brilhar”.
4
E eu que pensava: “Batalhei por coisa alguma,
acabei com minhas forças à toa, por um nada!”
A minha defesa, entretanto, estava com o Senhor,
a minha recompensa estava com meu Deus.
5
E agora o Senhor vai falar,
ele que desde o útero me vem formando
para que eu seja seu servo,
de volta lhe traga Jacó,
e reúna Israel para ele.
Fui valorizado aos olhos do Senhor,
o meu Deus é a minha força.
6
Ele disse: “É bem pouco seres o meu servo
só para restaurar as tribos de Jacó,
só para trazer de volta os israelitas que escaparam,
quero fazer de ti uma luz para as nações,
para que a minha salvação chegue até os confins da terra”.

 Regresso dos exilados

7 Assim diz o Senhor,
o Libertador de Israel, o seu Santo,
dirigindo-se àquele cuja vida nada vale,
ao desprezado pela nação,
ao escravo dos dominadores:
“Ao ver, os reis ficarão de pé,
os governantes vão se ajoelhar,
por causa do Senhor – ele é fiel –
pelo Santo de Israel – ele te escolheu!”
8
Assim diz o Senhor:
“No tempo da graça eu te escutei
no dia da salvação eu te ajudei.
Eu te guardei e coloquei como aliança entre o povo,
para reergueres o país,
devolveres as propriedades arrasadas,
9
para dizeres aos cativos: “Saí livres!”,
aos presos em cárcere escuro: “Vinde para a luz!”
Por todo o caminho terão o que comer,
em qualquer chão seco poderão se alimentar;
10
jamais terão fome ou sede,
sol ou calor não os atingirá,
pois Aquele que deles se condoeu
é que vai conduzindo este povo,
ele os guia para as fontes de água.
11
Transformarei minhas montanhas em caminhos,
vão surgindo os aterros de minha estrada.
12
E uns, então, vêm do oriente,
outros do norte, outros do lado do mar
e outros da terra de Assuã”.
13
Dá louvores, ó céu! Fica feliz, ó terra!
Montanhas, soltai gritos de louvor,
pois o Senhor vem consolar seu povo,
mostrar ternura para com seus pobres.
14
Sião vinha dizendo: “O Senhor me abandonou,
o Senhor esqueceu-se de mim!”
15
Acaso uma mulher esquece o seu neném,
ou o amor ao filho de suas entranhas?
Mesmo que alguma se esqueça,
eu de ti jamais me esquecerei!
16
Vê que escrevi teu nome na palma de minha mão,
tenho sempre tuas muralhas diante dos olhos.
17
Já apertam o passo os que vão te reconstruir,
os que te derrubaram e destruíram,
bateram em retirada.
18
Ergue os olhos ao derredor e vê:
a multidão que se reúne está vindo para ti!
“Pela minha vida \eu juro
– oráculo do Senhor –:
como jóias, eles te virão ornar,
serão para ti qual vestido de noiva”.
19
Pois tuas ruínas, teus escombros,
o país devastado...
Sim, agora tu ficas muito pequena
para essa multidão de habitantes,
enquanto já vão longe aqueles que te arruinaram.
20
De novo hão de falar aos teus ouvidos
os filhos que consideravas já perdidos:
“O lugar está apertado para mim,
dá-me espaço, para que eu possa me abrigar”.
21
E tu, então, ficarás pensando:
“Quem gerou para mim esses filhos?
Sou mãe já sem filhos e estéril,
no exílio e escravizada.
Quem foi que os criou?
Eu estava abandonada e sozinha,
e eles, onde estavam?”
22
Assim diz o Senhor Deus:
“Vou levantar a mão para as nações,
erguer uma bandeira para os povos
e eles virão trazendo teus filhos ao colo,
carregando aos ombros tuas filhas.
23
Os reis cuidarão de tuas crianças,
as rainhas serão tuas amas-de-leite.
Virão prostrar-se à tua frente, o rosto em terra,
lambendo a poeira dos teus pés.
Saberás, então, que eu sou o Senhor,
jamais fracassa quem em mim confia”.
24
Pode alguém tirar de um valente o que ele agarrou?
Ou livrar um prisioneiro da mão do tirano?
25
Pois assim diz o Senhor:
“O prisioneiro será tirado da mão do valente,
e vai livrar-se do tirano o que foi agarrado.
Pois eu vou condenar quem te quis acusar,
e a teus filhos vou eu mesmo salvar.
26
Farei teus inimigos comerem a própria carne,
embriagarem-se com o próprio sangue
como se fosse vinho novo.
E todo o mundo ficará sabendo
que eu sou o Senhor, o teu Salvador,
o teu Libertador, o Herói de Jacó”.

 Processo de Deus com o povo

50 1 Assim diz o Senhor:
“Onde está a carta de repúdio,
a prova de que eu abandonei a vossa mãe?
Ou a qual dos meus credores eu vos teria vendido?
Por vossos pecados fostes vendidos,
por força de seus crimes foi abandonada a vossa mãe.
2
Por que, ao chegar, não encontrei ninguém;
ao chamar, ninguém me respondeu?
Acaso meu braço ficou tão curto que já não posso libertar?
Será que já não tenho mais forças e sou incapaz de salvar?
Com uma simples ameaça empurro o mar e seco o rio,
os peixes fora d’água apodrecendo,
mortos de sede.
3
Posso vestir o céu todo de preto,
nele colocar uma roupa de luto”.

 Terceiro cântico do Servo

4 Deu-me o Senhor Deus uma língua habilidosa
para que aos desanimados eu saiba ajudar com uma palavra.
Toda manhã ele desperta meus ouvidos
para que, como bom discípulo, eu preste atenção.
5
O Senhor Deus abriu-me os ouvidos,
e eu não fiquei revoltado, para trás não andei.
6
Apresentei as costas aos que me queriam bater,
ofereci o queixo aos que me queriam arrancar a barba
e nem desviei o rosto dos insultos e dos escarros.
7
O Senhor Deus é o meu aliado
por isso jamais ficarei derrotado,
fico de rosto impassível, duro como pedra,
porque sei que não vou me sentir um fracassado.
8
Ao meu lado está aquele que me declara justo:
Quem vai demandar contra mim?
Compareçamos juntos.
Quem será meu adversário? Que venha enfrentar-me!
9
Eis, meu advogado é o Senhor Deus:
quem vai condenar-me?
Eis todos eles apodrecendo qual trapo,
a traça os vai devorar.
10
Se alguém de vós teme o Senhor
e escuta o que diz o seu servo,
mesmo caminhando no escuro
sem luz que o ilumine,
confie no nome do Senhor,
ponha em Deus sua esperança!
11
Vós, porém, que acendeis o fogo
e preparais setas incendiárias,
tereis de ir com a fornalha do vosso fogo,
com as flechas que acendestes.
É por mim que isso há de acontecer,
no sofrimento morrereis.

 Exortações

51 1 Escutai o que digo, vós que procurais a justiça,
que buscais o Senhor,
olhai bem para a rocha de onde fostes tirados,
reparai o talho de onde fostes cortados.
2
Observai Abraão, vosso pai,
e também Sara que vos deu à luz!
Ele estava só, quando o chamei,
mas quando o abençoei, eu o multipliquei.
3
Sim, o Senhor ficou com pena de Sião,
teve dó de tanta ruína.
Transformará esse deserto num paraíso,
fará deste ermo um jardim divino.
Será aí o lugar da alegria e da festa,
lugar de comemorar e cantar.
4
Escuta-me, povo meu,
presta atenção minha gente,
pois de mim sairá a lei,
estabeleço meu direito como luz para as nações.
5
Minha justiça está perto,
minha salvação já brotou;
meu poder governará os povos,
em mim esperarão os continentes,
em meu poder colocarão sua esperança.
6
Erguei os olhos para o céu,
olhai a terra cá em baixo!
Os céus evaporam qual fumaça,
a terra, como trapo, se acaba,
seus habitantes morrem como moscas.
Só minha salvação é eterna,
só minha justiça não tem fim!
7
Ouvi-me, vós que conheceis a justiça,
povo que no coração tem minha lei:
Não tenhais medo dos insultos dos homens,
nem vos deixeis abater por suas gozações!
8
Serão roídos pela traça como trapo,
por insetos, qual pedaço de lã.
Enquanto isso, a minha justiça é eterna,
a minha salvação vai de geração em geração.

 Acordando o braço de Deus

9 Acorda! Acorda com toda a força, braço do Senhor!
Acorda, como nos tempos passados,
acorda, como nas eras antigas.
Acaso não és aquele que derrotou o dragão,
que venceu o monstro marinho?
10
Acaso não és aquele que secou o mar,
as águas imensas do abismo?
Não és aquele que fez no mar um caminho
para os libertados passarem?
11
Agora voltam os que o Senhor resgatou
e chegam a Sião cantando hinos.
Vêm carregando uma alegria sem fim,
festa e alegria são a sua bagagem,
o medo e a tristeza ficaram para trás.
12
Eu, eu mesmo sou o vosso consolador!
E tu, então, para que teres medo de um mortal,
de criatura humana, que acaba igual à erva?
13
Tu te esqueces do Senhor, teu criador,
que estendeu o céu e lançou os alicerces da terra.
Tu continuas tremendo todo dia,
ante a violência de quem te explora,
como se ainda fosse capaz de te destruir.
Mas, agora, onde está a fúria do opressor?
14
Logo sairá livre aquele que anda cabisbaixo,
não há de ir morto para a cova
e nunca mais lhe faltará o alimento.
15
Sou eu, o Senhor teu Deus,
aquele que balança o mar e provoca o fragor das ondas.
(Seu nome é Senhor dos exércitos.)
16
Coloquei minhas palavras em tua boca
e à sombra da minha mão te resguardei,
quando ainda estendia o céu,
lançava os alicerces da terra
e dizia a Sião: “Tu és o meu povo”.

 Acordando Jerusalém

17 Desperta! Desperta! De pé, Jerusalém!
Bebeste da mão do Senhor o cálice
cheio do seu ódio,
bebeste até à borra esse cálice que tonteia!
18
Ela, que gerou tantos filhos,
não encontrou quem dela cuidasse.
Dos filhos todos que criou,
não se achou um que lhe desse a mão.
19
Duas coisas te aconteceram ao mesmo tempo
– quem vai te dar pêsames? –,
destruição e ruína, fome e guerra
– quem vai te consolar?
20
Teus filhos estão prostrados,
desfalecidos pelas esquinas,
tal como caça que caiu na armadilha.
A ira do Senhor os embriagou,
o castigo do teu Deus os derrubou.
21
Por isso, escuta aqui, ó infeliz,
embriagada, mas não por bebida forte:
22
Assim diz o teu soberano,
o Senhor, teu Deus, o advogado do seu povo:
“Vou tirar de tua mão o cálice que tonteia!
Nunca mais hás de beber a taça da minha ira!
23
Vou passá-la para as mãos daqueles que te humilharam
daqueles que te disseram ‘Deita no chão para pisarmos em cima!’
E tiveste que pôr o pescoço na terra,
como se fosse estrada para eles passarem por cima.

 Acordando Sião

52 1 Acorda! Acorda!
Veste tua força, ó Sião!
Veste roupa de festa,
Jerusalém, cidade santa!
Pois nunca mais entrarão aí o gentio ou o impuro!
2
Sacode a poeira, levanta-te, Jerusalém cativa,
tira a coleira do pescoço, cativa Filha de Sião!
3
Assim diz o Senhor: “De graça fostes vendidos, sem dinheiro sereis remidos”. 4 Pois assim diz o Senhor Deus: “No princípio, para o Egito, o meu povo foi como migrante, depois foi a Assíria que, a troco de nada, o explorou. 5 E, agora, que faço eu? – oráculo do Senhor. Pois meu povo foi aprisionado de graça e quem o dominou dá gritos de alegria – oráculo do Senhor – e meu nome vem sendo insultado continuamente, todos os dias. 6 Pois, então, naquele dia o meu povo ficará sabendo qual o meu nome. Eu sou aquele que diz: ‘Aqui a teu lado eu estou!’”.

 A Boa-nova

7 Que beleza, pelas montanhas,
os passos de quem traz boas-novas,
daquele que traz a notícia da paz,
que vem anunciar a felicidade, noticiar a salvação,
dizendo a Sião: “Teu Deus começou a reinar!”
8
Escuta! Tuas sentinelas levantam a voz!
Juntas cantam de alegria,
pois estão vendo frente a frente
o Senhor de volta para Sião!
9
Vamos explodir de alegria,
ruínas de Jerusalém, vamos cantar em coro,
pois o Senhor consolou o seu povo,
recuperou a liberdade para Jerusalém!
10
O Senhor arregaçou as mangas de seu
braço santo,
enfrentando todos os povos.
E, assim, os confins da terra hão de ver
a salvação que vem do nosso Deus.
11
Embora! A caminho! Saí dessa \Babilônia!
Não toqueis essas coisas impuras!
Saí do meio disso, conservai-vos puros,
vós que transportais os objetos sagrados.
12
Ninguém precisa sair apressado,
nem precisa fugir correndo,
pois o Senhor caminha à vossa frente,
e, cobrindo a retaguarda, vem o Deus de Israel.

 Quarto cântico do Servo

13 Eis! O meu servo terá êxito,
vai crescer, subir, elevar-se muito.
14
De tal forma ele já nem parecia gente,
tanto havia perdido a aparência humana,
que muitos se horrorizaram com ele,
15
assim também causará surpresa à multidão das nações.
Por sua causa, reis levarão a mão à boca,
pois estarão vendo coisas
que ninguém jamais lhes tinha contado,
das quais nunca ouviram falar.

531 Quem vai acreditar na notícia que trazemos?
A quem relatar o poder do Senhor?
2
Crescia diante dele como um broto,
qual raiz que nasce da terra seca:
Não fazia vista, nem tinha beleza a atrair o olhar,
não tinha aparência que agradasse.
3
Era o mais desprezado e abandonado de todos,
homem do sofrimento, experimentado na dor,
indivíduo de quem a gente desvia o olhar,
repelente, dele nem tomamos conhecimento.
4
Eram na verdade os nossos sofrimentos que ele carregava,
eram as nossas dores, que levava às costas.
E a gente achava que ele era um castigado,
alguém por Deus ferido e massacrado.
5
Mas estava sendo traspassado por causa
de nossas rebeldias,
estava sendo esmagado por nossos pecados.
O castigo que teríamos de pagar caiu sobre ele,
com os seus ferimentos veio a cura para nós.
6
Como ovelhas estávamos todos perdidos,
cada qual ia em frente por seu caminho.
Foi então que o Senhor fez cair sobre ele
o peso dos pecados de todos nós”.
7
Oprimido, ele se rebaixou, nem abriu a boca!
Como cordeiro levado ao matadouro
ou ovelha diante do tosquiador,
ele ficou calado, sem abrir a boca.
8
Sem ordem de prisão e sem sentença, foi detido,
e quem se preocupou com a vida dele?
Foi arrancado da terra dos vivos,
ferido de morte pelas rebeldias do meu povo.
9
Sua sepultura foi colocada junto à dos criminosos,
seu túmulo ao lado da tumba dos ricos.
Mas ele jamais cometeu injustiça,
mentira nunca esteve em sua boca.
10
Que o sofrimento o esmagasse era
projeto do Senhor.
Se, então, entregar a sua vida em reparação pelos pecados,
ele há de ver seus descendentes,
prolongará sua existência,
e por ele a bom termo chegará o projeto do Senhor.
11
Em virtude de seus trabalhos ele há de ver e ficará realizado.
Com a sua experiência, o meu servo, o justo,
fará que a multidão se torne justa,
pois é ele que carrega os pecados dela.
12
Por isso vou partilhar com ele as multidões,
como conquista, ele recolherá os fortes,
pois entregou à morte a própria vida,
foi contado entre os criminosos.
Ele, porém, estava carregando os pecados da multidão
e intercedendo pelos criminosos.

 Jerusalém, estéril e agora mãe

54 1 Canta, ó estéril, tu que não mais dás à luz!
Explode de alegria e dá vivas,
tu que já não tens as dores do parto!
Pois os filhos da mulher abandonada
são mais numerosos que os da casada,
diz o Senhor!
2
Alarga o espaço de tua tenda,
ligeira estende a tua lona
– nada de economia –
estica a corda, finca a estaca!
3
Para todos os lados irás te expandir,
a tua descendência conquistará nações
que virão repovoar as cidades abandonadas.
4
Não tenhas medo, não ficarás desapontada!
Não fiques com vergonha, não há motivo de corar o rosto!
Deverás esquecer para sempre
a vergonha que passavas na juventude,
nunca mais hás de lembrar
as desilusões do tempo de viúva.
5
Pois teu marido é o teu criador,
Senhor dos exércitos é o seu nome!
Quem te resgata é o Santo de Israel!
Ele será chamado o Deus de toda a terra!
6
Mulher abandonada e aflita,
o Senhor te chama.
Esposa da juventude um dia abandonada,
contigo fala o teu Deus.
7
Por um breve instante eu te abandonei,
com imenso amor de novo te recolho.
8
Na raiva, por um momento eu te escondi meu rosto,
com amor eterno voltei a me apaixonar por ti.
É o que diz o Senhor, teu redentor.
9
Como nos tempos de Noé, agora faço a mesma coisa:
A ele jurei que nunca mais derramaria
dilúvio sobre a terra,
da mesma forma agora eu juro que
nunca mais terei raiva de ti,
que nunca mais vou castigar-te.
10
Mesmo que as serras mudem de lugar,
ou que as montanhas balancem,
meu amor para contigo nunca vai mudar,
minha aliança perfeita nunca há de vacilar
– diz o Senhor, o teu apaixonado.
11
Pobrezinha, flagelada e sem consolo,
agora vou assentar as tuas pedras
com argamassa de rubis,
teu alicerce eu faço de safira,
12
as muralhas faço de diamante
e as portas, de cristal,
eu te cerco toda de pedras preciosas.
13
Teus filhos serão todos discípulos do Senhor
e grande será a felicidade deles.
14
Serás alicerçada na justiça.
Longe estarás do opressor e não precisarás
ter medo,
longe do terror, que não mais se
aproximará de ti.
15
Se alguém, acaso, te atacar, não será de
minha parte.
Quem quiser atacar-te, cairá à tua frente.
16
Olha! Fui eu quem criou o ferreiro que
sopra as brasas no fogo
e produz ferramentas de trabalho.
E também fui eu quem criou o homem
violento e destruidor.
17
Qualquer ferramenta forjada contra ti
jamais terá sucesso.
Toda boca que contra ti depuser no
tribunal, condenarás.
Esse será o prêmio dos servos do Senhor,
essa a recompensa que de mim receberão
– oráculo do Senhor!

 O banquete da Instrução e a Aliança do Senhor

55 1 Oh! Todos que estais com sede, vinde buscar água!
Quem não tem dinheiro venha também!
Comprar para comer, vinde,
comprar sem dinheiro vinho e mel, sem pagar!
2
Para que gastar dinheiro com coisas que não alimentam?
Por que trabalhar tanto pelo que não
mata a fome?
Escutai, ouvi bem o que eu digo
e comereis o que há de melhor,
o vosso paladar se deliciará
com o que há de mais saboroso.
3
Atenção! Vinde procurar-me,
ouvi-me e tereis vida nova,
farei convosco uma aliança definitiva,
um compromisso firme com Davi.
4
Fiz dele uma autoridade entre os povos,
um guia que dá ordens às nações.
5
E vais, agora, convocar uma gente que não conhecias,
gente que nunca te conheceu virá
correndo te procurar,
por causa do Senhor teu Deus,
do Santo de Israel que te glorificou.
6
Procurai o Senhor enquanto é possível encontrá-lo
chamai por ele, agora que está perto.
7
Que o malvado abandone o mau caminho,
que o perverso mude seus planos,
cada um se volte para o Senhor, que vai ter compaixão,
retorne para o nosso Deus, imenso no perdoar.
8
Pois os meus pensamentos não são os vossos pensamentos,
e vossos caminhos não são os meus
– oráculo do Senhor.
9
Pois tanto quanto o céu acima da terra,
assim estão os meus caminhos acima
dos vossos
e meus pensamentos distantes dos vossos.
10
E como a chuva e a neve que caem do céu
para lá não voltam sem antes molhar a terra
e fazê-la germinar e brotar,
a fim de produzir semente para quem planta
e alimento para quem come,
11
assim também acontece com a minha palavra:
Ela sai da minha boca
e para mim não volta sem produzir seu resultado,
sem fazer aquilo que planejei,
sem cumprir com sucesso a sua missão.
12
Em clima de alegria saireis,
em clima de paz sereis conduzidos.
Montanhas e serras cantarão diante de vós um hino de louvor,
e todas as árvores da região estarão batendo palmas.
13
Em lugar de espinheiros crescerão pinheiros,
em vez de urtigas, crescerão murtas.
Isso será uma glória para o Senhor,
ficará como sinal permanente,
que nunca se há de apagar.


Exortaçães a justiça

 Casa de oração para todos os povos  

56 1 Assim diz o Senhor:
“Guardai o direito, praticai a justiça!
A minha salvação está para chegar,
minha justiça vai aparecer”.
2
Feliz o homem que pratica,
o indivíduo que é firme em tudo isto:
que guarda o sábado com todo o respeito
e toma cuidado em não fazer o mal.
3
Que não diga o migrante que aderiu ao Senhor:
“O Senhor certamente vai manter-me separado do seu povo”.
Que não diga o homem castrado:
“Eu não passo de um galho seco”.
4
Pois assim diz o Senhor:
“Aos castrados que guardam meus sábados,
que preferem sempre o que me agrada
e ficam firmes na minha aliança,
5
darei na minha casa, dentro de minhas muralhas,
um membro e um nome melhor que filhos e filhas.
Dou-lhes um nome duradouro que nunca há de acabar.
6
E aos migrantes que aderiram ao Senhor
para prestar-lhe culto e amar o nome do Senhor,
para serem seus servos,
os que guardam o sábado com todo respeito,
e ficam firmes na minha aliança,
7
vou levá-los para minha santa montanha,
vou fazê-los felizes em minha casa de oração:
seus holocaustos e oferendas
serão todos aceitos com agrado no meu altar.
Porque a minha casa será chamada
casa de oração para todos os povos”.
8
Oráculo do Senhor Deus, que reúne os
dispersos de Israel:
“Vou reunir outros ainda aos que já foram reunidos”.

 O festim das feras

9 Vinde buscar comida, animais silvestres,
animais todos da floresta.
10
Nossos guardas estão cegos, nenhum deles percebe.
São todos cachorros mudos, nem sabem latir.
Estão sonhando deitados, seu prazer é dormir.
11
Cachorros gulosos, nada os deixa satisfeitos.
Tais são os pastores: incapazes de entender.
Todos, a começar dos últimos,
só pensam na carreira,
cada qual em busca do próprio interesse.
12
“Vinde, vou buscar vinho!
Ou vamos embriagar-nos de licor?!
E amanhã, será  como hoje,
quem sabe até, muito melhor!”

57 1 O justo desaparece e ninguém se incomoda,
homens de bem são eliminados e ninguém percebe!
Vítima da injustiça, o justo é eliminado.
2
Que venha a paz, e possa repousar no leito
todo aquele que anda na retidão.

 Pedras em herança

3 Vós, vinde aqui, filhos de feiticeira,
nascidos de adultério e prostituição!
4
De quem estais zombando?
Para quem fazeis caretas e mostrais a língua?
Não sois vós os filhos do pecado,
a descendência da mentira?
5
Não sois vós que buscais o ardor do sexo
ao pé dos carvalhos,
ou debaixo de qualquer árvore frondosa?
Acaso não sois vós que sacrificais crianças
à beira dos córregos, ou onde há fenda
nas rochas?
6
As pedras redondas dos córregos serão a tua herança,
sim, elas serão a parte que te toca!
Foi sobre elas que derramaste o vinho da libação,
sobre elas ofereceste teu sacrifício.
Pensas que me agradas com estas coisas?
7
Arrumaste tua cama no morro alto e elevado,
lá subiste para oferecer teus sacrifícios...
8
Atrás da porta e do portal colocaste o teu símbolo.
Sem me respeitar, tiraste a roupa, depois subiste
e te estiraste na cama para manter
relações com aquele
com quem gostas de deitar,
os olhos fixos no símbolo sexual.
9
Tu te pintaste toda e te perfumaste para conquistar Moloc.
Depois mandaste teus mensageiros a lugares bem distantes,
desceste até a Morada dos mortos.
10
Cansada de tanto andar,
não disseste: “Chega!”.
Achaste um modo de recobrar as forças,
e por isso não te entregas.
11
De quem tens tanto medo, quem te impõe tanto respeito,
para mentires e não te lembrares mais de mim e nem te preocupares comigo?
É porque eu fico quieto e como que alheio,
que tu não me respeitas?
12
Eu mesmo vou mostrar o que é tua justiça e o bem que fazes:
Não te valem de nada!
13
E quando pedires socorro, tuas riquezas te venham livrar!
A todas elas o vento leva, um simples sopro as carrega.
Mas quem busca a minha proteção vai herdar a terra,
será proprietário da montanha sagrada.

 Consolação dos oprimidos,   castigo dos injustos

14 Alguém vai dizer: “Rasgai! Rasgai! Abri estrada!
Arrancai as pedras do caminho do meu povo!”
15
Pois assim diz o Excelso, o Altíssimo,
Aquele que mora na eternidade e cujo nome é Santo:
“Em lugar elevado e santo eu moro,
mas também ao lado do massacrado e do humilde,
para levantar o ânimo dos humildes,
e fortalecer a coragem dos massacrados.
16
Não ficarei eternamente em litígio,
nem terei raiva o tempo todo,
senão, longe de mim, desapareceria o sopro da vida,
o hálito vital que eu criei.
17
Fiquei indignado com a covardia de sua cobiça,
e eu o feri escondendo-me indignado.
E ele, rebelde, continuava pelo caminho que queria.
18
Estou vendo o caminho por onde vai.
Vou curá-lo, reanimá-lo,
deixá-lo totalmente restabelecido,
a ele e aos seus que estão sofrendo.
19
Farei brotar nos seus lábios o sorriso de felicidade,
felicidade para os de longe e para os de perto,
– diz o Senhor – sim, hei de curá-lo!”
20
Os injustos, porém, são um mar agitado,
que nunca pode parar;
mas as águas que eles agitam
são pura lama e lodo.
21
“Para os malvados – diz o meu Deus –
a paz não existe!”

 Jejum e sábado que  agradem a Deus 

58 1 Grita sem parar com toda a força!
Solta a voz como trombeta!
Mostra a meu povo os seus crimes,
os pecados da casa de Jacó.
2
Dia após dia eles parecem me procurar,
seu desejo é conhecer os meus caminhos.
Como se fosse gente que pratica a justiça,
sem nunca abandonar a lei do seu Deus,
eles vêm me pedir as normas da justiça,
querem estar sempre junto de Deus.
3
“Por que foi que jejuamos e tu nem olhaste?
Nós nos humilhamos totalmente e nem
tomaste conhecimento”.
Acontece que, mesmo no dia de jejum,
só cuidais dos vossos interesses
e continuais explorando os trabalhadores.
4
Acontece que jejuais criando caso,
brigando e esmurrando.
Deixai de jejuar como até agora,
para que vossa voz chegue ao Altíssimo.
5
Será este o jejum que eu prefiro,
um dia em que a pessoa se humilha:
Curvar o pescoço como vara,
ou deitar na cinza vestido de luto?
É a isso que chamais de jejum,
um dia agradável ao Senhor?
6
Acaso o jejum que eu prefiro não será isto:
soltar as cadeias injustas;
desamarrar as cordas do jugo;
deixar livres os oprimidos,
acabar com toda espécie de imposição?
7
Não será repartir tua comida com quem tem fome?
Hospedar na tua casa os pobres sem destino?
Vestir uma roupa naquele que encontras nu
e jamais tentar te esconder do pobre teu irmão?
8
Aí, então, qual novo amanhecer, vai brilhar a tua luz,
e tuas feridas hão de sarar rapidamente.
Teus atos de justiça irão à tua frente
e a glória do Senhor te seguirá.
9
E quando o invocares, o Senhor te atenderá,
e ao clamares, ele responderá: “Aqui estou!”
Se, pois, tirares do teu meio toda espécie de opressão,
o dedo que acusa e a conversa maligna,
10
se entregares ao faminto o que mais gostarias de comer,
matando a fome de um humilhado,
então a tua luz brilhará nas trevas,
o teu escuro será igual ao meio-dia.
11
O Senhor te guiará todos os dias
e vai satisfazer teu apetite, até no meio do deserto.
Ele dará a teu corpo nova vida,
e serás um jardim bem irrigado,
mina d’água que nunca pára de correr.
12
E a tua gente reconstruirá as ruínas que pareciam eternas,
farás subir os alicerces que atravessaram gerações,
serás chamado reparador de brechas,
restaurador de caminhos, para que lá se possa morar.
13
Se tomares cuidado com o que fazes no sábado,
para evitar negócios no dia santificado,
se disseres que o sábado é um dia agradável,
que o dia santificado merece todo respeito
e de verdade o respeitares, deixando de viajar,
deixando teus negócios e qualquer outro assunto,
14
então serás agradável ao Senhor.
Eu te farei cavalgar triunfante sobre os
pontos mais altos do país
e te sustentarei com a herança do teu pai Jacó.
Foi a boca do Senhor que falou.

 Pecado e julgamento. Liturgia penitencial

59 1 Não foi o braço do Senhor
que ficou curto demais para salvar,
nem ficaram surdos seus ouvidos
e, ele, incapaz de escutar.
2
Ao contrário, vossas injustiças é que
viraram um abismo
a distanciar-vos do vosso Deus,
foram vossos pecados que esconderam a
\divina Face,
impedindo-o de escutar.
3
Acontece que vossas mãos estão
manchadas de sangue,
vossos dedos, manchados de crimes,
vossos lábios proferem mentiras,
vossas línguas murmuram calúnias.
4
Não é de boa fé que se recorre à justiça,
nunca se faz um julgamento com
honestidade.
Só se confia no que não tem valor,
só se fala o que não é verdade.
Grávidos de más intenções,
dão à luz a desgraça.
5
Chocam ovos de víboras,
tecem teias de aranha:
se alguém lhes come os ovos, morre,
se lhes quebram a casca, saem cobras
venenosas.
6
As tramas que eles tecem não servem
para fazer roupas,
ninguém consegue cobrir-se com o
produto do seu trabalho.
Seu trabalho fabrica a maldade,
produzem violência com a habilidade de
suas mãos.
7
Seus passos levam ao crime,
para derramar sangue inocente eles correm.
Seus planos só projetam a maldade,
de violência e destruição é feita sua estrada.
8
Os caminhos da paz eles não conhecem,
a justiça não está no seu trajeto,
fazem para si trilhos cheios de curvas,
quem por eles passa não conhece a paz.
9
Por isso, o direito está longe de nós
e a justiça nunca chega até onde estamos.
Esperávamos a luz, chegou a escuridão,
aguardávamos a luz do dia,
tivemos de andar em plena noite.
10
Vamos apalpando a parede como cegos,
tateando como alguém que não enxerga.
Tropeçamos em pleno dia como se fosse noite,
em plena saúde, parecemos mortos.
11
Estamos todos rugindo como ursos,
gemendo quais pombas que arrulham.
A gente esperava a justiça, e nada!
Aguardava a salvação, e ela ficou longe!
12
Sim, multiplicaram-se diante de ti
nossos atos de rebeldia,
nossos pecados depõem contra nós.
Sim, a nossa rebeldia nos acompanha,
conhecemos bem os nossos pecados:
13
rebeldia e falsidade para com o Senhor,
distanciar-nos do nosso Deus,
só falar de violência e rebeldia,
só meditar e remoer projetos traiçoeiros...
14
Levaram embora o direito,
a justiça fica parada ao longe,
a verdade desmaiou em praça pública,
a sinceridade não pôde chegar.
15
A verdade, então, foi deixada de lado,
e quem se afastou da malícia foi roubado.

 Intervenção de Deus e nova aliança

O Senhor viu tudo isso e não achou nada bom,
pois o direito já não existe.
16 Ele viu que não havia ninguém,
ficou admirado por não haver quem
tomasse providências.
Então, sua própria força veio em ajuda,
sua própria justiça veio em apoio.
17
Revestiu-se da justiça qual couraça,
e na cabeça o capacete da salvação,
vestiu a vingança como túnica
e aos ombros jogou a capa do ciúme.
18
Dará a cada um o que merece:
aos adversários, o ódio,
aos inimigos, o castigo
(e uma paga também para as terras de além-mar).
19
E a partir do ocidente respeitarão o nome do Senhor,
e desde o oriente respeitarão a sua glória,
pois há de chegar como rio numa garganta,
empurrado por um vento impetuoso.
20
Esta chegando o Libertador para Sião
e para aqueles de Jacó que da rebeldia voltaram atrás
– oráculo do Senhor.
21
E esta será a minha aliança pessoal com eles,
diz o Senhor:
“O meu espírito que está em ti
e minhas palavras que pus em teus lábios
de teus lábios jamais se afastarão,
nem dos lábios dos teus filhos
e dos filhos dos teus filhos.
– disse o Senhor, agora a para sempre”.
A nova glória de Jerusalém

 A glória de Deus se  levanta sobre Jerusalém 


Isaías (CNB) 48