AUDIÊNCIAS 2000 - AUDIÊNCIA



AUDIÊNCIA

Quarta-feira 9 de Agosto de 2000




O encontro decisivo com Cristo, Palavra que se fez carne

1. Nas nossas reflexões precedentes seguimos a humanidade no seu encontro com Deus, que a criou e se pôs nos seus caminhos para a procurar. Hoje meditaremos sobre o encontro supremo entre Deus e o homem, o qual se celebra em Jesus Cristo, a Palavra divina que se faz carne e vem habitar no meio de nós (cf. Jo Jn 1,14). A revelação definitiva de Deus - como observava no século II Santo Ireneu, Bispo de Lião - efectuou-se "quando o Verbo se fez homem, tornando-se semelhante ao homem e o homem semelhante a Ele, a fim de que, através da semelhança com o Filho, o homem se tornasse precioso diante do Pai" (Adversus Haereses V, 16, 2). Este íntimo abraço entre divindade e humanidade, que São Bernardo compara ao "ósculo" de que fala o Cântico dos cânticos (cf. Sermones super Cantica canticorum II) estende-se da pessoa de Cristo àqueles que por Ele são atingidos. Esse encontro de amor manifesta várias dimensões que agora procuraremos ilustrar.

2. É um encontro que se realiza na quotidianidade, no tempo e no espaço. É sugestivo, quanto a isto, o trecho do Evangelho de João há pouco lido (cf. Jo Jn 1,35 Jo Jn 1,42). Nele encontramos uma indicação cronológica precisa de um dia e de uma hora, uma localidade e uma casa onde residia Jesus. Há homens de vida simples que são transformados, até no seu nome, por aquele encontro.

Ter a vida atravessada por Cristo significa, de facto, ver subvertidos a própria história e os próprios projectos. Quando aqueles pescadores da Galileia encontram Jesus na margem do lago e ouvem a sua chamada, "depois de terem reconduzido as barcas para a terra, deixaram tudo e seguiram-n'O" (Lc 5,11). É uma viragem radical que não admite hesitações e se encaminha por uma estrada repleta de dificuldades, mas muito libertadora: "Se alguém quiser vir após Mim, renegue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me" (Mt 16,24).

3. Quando cruza a vida de uma pessoa, Cristo inquieta-lhe a consciência, lê no seu coração, como acontece com a Samaritana, à qual diz "tudo quanto ela tinha feito" (cf. Jo Jn 4,29). Sobretudo faz nascer o arrependimento e o amor, como acontece para Zaqueu que dá metade dos seus bens aos pobres e restitui o quádruplo de quanto defraudou (cf. Lc Lc 19,8). Assim acontece também à pecadora arrependida, a quem são perdoados os pecados "porque muito amou" (Lc 7,47), e à adúltera que não é julgada mas exortada a levar uma nova existência longe do pecado (cf. Jo Jn 8,11). O encontro com Jesus é semelhante a uma regeneração: dá origem à criatura nova, capaz de um verdadeiro culto, que consiste na adoração do Pai "em espírito e verdade" (Jn 4,23-24).

4. Encontrar Cristo no caminho da própria vida significa muitas vezes encontrar a cura física. Aos seus próprios discípulos, Jesus confiará a missão de anunciar o reino de Deus, a conversão e o perdão dos pecados (cf. Lc Lc 24,47), mas também de curar os doentes, libertar de todo o mal, consolar e sustentar. Com efeito, os discípulos "pregaram para que as pessoas se convertessem.

Expulsavam muitos demónios e curavam muitos doentes, ungindo-os com óleo" (Mc 6,12-13). Cristo veio para procurar, encontrar e salvar o homem inteiro. Como condição para a salvação, Jesus exige dele a fé, com a qual se abandona plenamente a Deus que age nele. Com efeito, à hemorroíssa que, como última esperança, Lhe tocara na capa, Jesus declara: "Minha filha, foi a tua fé que te curou. Vai em paz e fica curada dessa doença" (Mc 5,34).

5. A vinda de Cristo ao meio de nós tem como finalidade conduzir-nos ao Pai. De facto, "ninguém jamais viu a Deus; quem nos revelou Deus foi o Filho único que está junto do Pai" (Jn 1,18). Esta revelação histórica, feita por Jesus com gestos e palavras, atinge-nos profundamente através da acção interior do Pai (cf. Mt Mt 16,17 Jn 6,44-45) e da iluminação do Espírito Santo (cf. Jo Jn 14,26 Jn 16,13). Por isto Jesus ressuscitado efunde-o como princípio de remissão dos pecados (cf. Jn 20,22-23) e fonte do amor divino em nós (cf. Rm Rm 5,5). Tem-se, assim, uma comunhão trinitária que inicia já durante a existência terrena e tem como meta de chegada a plenitude da visão, quando "seremos semelhantes a Ele, porque O veremos como Ele é" (1Jn 3,2).

6. Agora Cristo continua a caminhar ao nosso lado ao longo das veredas da história, que tem como base a sua promessa: "Eis que Eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo" (Mt 28,20). Está presente através da sua Palavra, "uma Palavra que chama, que convida, que pessoalmente interpela, como aconteceu com os Apóstolos. Quando uma pessoa é atingida pela Palavra, nasce a obediência, isto é, a escuta que muda a vida. Diariamente (o fiel) alimenta-se com o pão da Palavra. Privado dele, é como se estivesse morto, e não tem mais nada para comunicar aos irmãos, porque a Palavra é Cristo" (Orientale lumen, 10).

Cristo está presente, depois, na Eucaristia, fonte de amor, de unidade e de salvação. Ressoam constantemente nas nossas igrejas as palavras que Ele pronunciou certa vez na sinagoga da pequena cidade de Cafarnaum, no lago de Tiberíades. Elas são palavras de esperança e de vida: "Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue vive em Mim e Eu vivo nele... Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna, e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia" (Jn 6,54 Jn 6,56).

No final desta Audiência geral, o Santo Padre dirigiu-se a todos os peregrinos fazendo dois apelos, expressando-se do seguinte modo:

1. Mais uma vez sinto a necessidade de vos convidar a orar pelo fim das violências que estão a perturbar, na Indonésia, o arquipélago das Molucas.

Ao confiarmos à misericórdia divina as numerosíssimas vítimas daquela tragédia, queremos fazer chegar um pensamento de intensa proximidade espiritual a quantos sofrem por causa da morte dos seus entes queridos, pela privação dos bens necessários à existência e pela destruição dos lugares de culto. Muitos deles foram obrigados a deixar a terra onde viviam e na qual têm direito de viver, em dignidade e segurança.

Com fé supliquemos o Senhor a fim de que, restabelecida a ordem, se encontre de novo quanto antes a harmonia de outrora e cristãos e muçulmanos consigam conviver em paz.

A Virgem Santa, Mãe dos que sofrem, sustente estes nossos pedidos com a Sua poderosa intercessão.

2. Ontem, em Moscovo, numa passagem subterrânea perto do Cremlin, uma bomba que explodiu na hora de maior movimento, causou numerosos mortos e feridos. Não posso deixar de exprimir a minha profunda deploração por este grave atentado, enquanto asseguro a minha solidariedade, que acompanho com a oração.

Desejaria manifestar sentimentos análogos às vítimas dos atentados que, infelizmente, continuam na Espanha.

Faço votos de coração por que cesse toda a forma de violência semeadora de lutos e dor, e que os ânimos se orientem para pensamentos de entendimento e de convivência pacífica.
***


Saúdo os peregrinos de língua portuguesa com votos de saúde e de paz em seus lares. Ao numeroso grupo de portugueses e aos jovens que se preparam para a Jornada Mundial da Juventude, nomeadamente os de Angola que vieram a Roma também para pedir pela paz em sua Pátria, e aos membros brasileiros do Instituto Secular Maria de Nazaré, penhor de abundantes dons divinos, que sirvam de estímulo para a sua vida cristã, concedo a minha Bênção Apostólica.



JOÃO PAULO II


AUDIÊNCIA


Quarta-feira 23 de Agosto de 2000




1. Roma viveu, na semana passada, um evento inesquecível: a Jornada Mundial da Juventude, que suscitou em todos uma impressão intensa e profunda. Foi uma peregrinação sob o sinal da alegria, da oração e da reflexão.

Do coração surge espontâneo um primeiro sentimento, que é um sincero agradecimento ao Senhor por este dom, deveras grande, não só à nossa Cidade e à Igreja que está na Itália, mas ao mundo inteiro. Agradeço também a quantos, de vários modos, cooperaram na concreta realização deste encontro, que se desenvolveu com serenidade e na máxima ordem. A todos, desde o Pontifício Conselho para os Leigos, até ao Comité Central do Jubileu, à Conferência Episcopal Italiana, à Diocese de Roma, às Autoridades civis e administrativas, às Forças da Ordem, aos Serviços da Saúde, à Universidade de Tor Vergata, às várias Organizações de Voluntariado, renovo o meu pensamento de gratidão.

2. Com a mente retorno naturalmente a este encontro, deveras extraordinário, que superou todas as expectativas e, diria, até mesmo qualquer previsão humana. Sinto um desejo muito vivo de expressar de novo a estes jovens a minha alegria por ter podido acolhê-los, na noite da solenidade da Assunção de Nossa Senhora, na Praça de São João de Latrão e na Praça de São Pedro.

Conservo ainda a profunda comoção com que participei em Tor Vergata na vigília do sábado à noite e presidi, no dia depois, à solene celebração eucarística conclusiva.

Ao sobrevoar de helicóptero aquela área, admirei do alto um espectáculo único e impressionante: um enorme tapete humano de gente jubilosa, feliz por estar junta. Jamais poderei esquecer o entusiasmo daqueles jovens. Desejaria abraçá-los todos e exprimir a cada um o afecto que me une à juventude deste nosso tempo, à qual o Senhor confia uma grande missão ao serviço da civilização do Amor.

O que, ou melhor, a quem vieram buscar os jovens senão a Jesus Cristo? O que é a Jornada Mundial da Juventude senão um encontro pessoal e comunitário com o Senhor, que dá sentido verdadeiro à existência humana? Na realidade, foi Ele mesmo o primeiro a chamá-los e a procurá-los, assim como procura e chama todo o ser humano para o conduzir à salvação e à plena felicidade. E no termo do encontro, foi ainda Ele que confiou aos jovens a singular missão de serem suas testemunhas em todos os ângulos da terra. Foram jornadas marcadas pela descoberta duma presença amiga e fiel, a de Jesus Cristo, do qual celebramos os dois mil anos do nascimento.

3. Os jovens, com o entusiasmo típico da sua idade, responderam que desejam seguir Jesus. Querem fazê-lo, porque se sentem parte viva da Igreja. Querem fazê-lo caminhando juntos, porque se sentem Povo de Deus em caminho.

Não os atemoriza a sua fragilidade, porque contam com o amor e a misericórdia do Pai celeste, que os sustenta na vida de cada dia. Para além de toda a raça e cultura, sentem-se irmãos congregados por uma única fé, por uma única esperança, por uma mesma missão: incendiar o mundo com o amor de Deus. Os jovens puseram em evidência que neles há uma exigência de sentido. Eles procuram razões de esperança e têm fome de autênticas experiências espirituais.

Possa a mensagem da Jornada Mundial da Juventude ser acolhida e aprofundada por todos os que nela participaram, assim como pelos outros seus coetâneos, que seguiram as suas diferentes fases e manifestações através dos jornais, da rádio e da televisão!

É necessário que o clima evangélico, respirado nesses dias, não seja desperdiçado, mas ao contrário continue a ser o clima das comunidades juvenis e das associações, das paróquias e das dioceses especialmente no decurso deste Ano jubilar, que convida todos os crentes a encontrarem-se com Jesus, morto e ressuscitado por nós.

A todos os jovens desejaria repetir: sede orgulhosos da missão que o Senhor vos confiou e levai-a avante com humilde e generosa perseverança. Sustente-vos a ajuda materna de Maria, que velou sobre vós durante os dias do vosso Jubileu. Cristo e a sua Igreja contam convosco!
***


Amados peregrinos do Brasil, Portugal e Angola! Saúdo a todos com grande afecto e alegria, saboreando ainda o ar de festa dos dias passados no rosto amigo dos jovens de Luanda e doutros mais que aqui estão. Deus não deixou o homem, sozinho, a escalar o céu; mandou à terra o Filho que levantou a sua tenda entre nós: em Luanda, em Leça do Balio, na terra de cada um de vós. A vossa força vem da certeza da sua presença ao vosso lado. Em nome de Jesus, vos abençoo, a vós, aos vossos familiares e comunidades cristãs.




AUDIÊNCIA

Quarta-feira 30 de Agosto de 2000




Queridos Irmãos e Irmãs,

1. Canta o Salmista: "Vós contastes o meu peregrinar" (Ps 56,9). Nesta frase breve e essencial está contida a história do homem que vagueia no deserto da solidão, do mal, da aridez. Com o pecado ele rompeu a admirável harmonia da criação estabelecida por Deus na origem: "Deus viu tudo o que tinha feito, e tudo era muito bom", como se poderia exprimir o sentido do conhecido texto genesíaco (Gn 1,31). No entanto, Deus jamais está distante da sua criatura, ao contrário, permanece sempre presente no seu íntimo, segundo a esplêndida intuição de Santo Agostinho: "Onde Vos encontráveis então e quanto estáveis longe de mim? Eu vagueava longe de Vós (...). No entanto, estáveis dentro de mim mais do que a minha parte mais profunda e mais elevado que a minha parte mais alta" (Confissões 3, 6, 11).

Mas já o salmista delineara num hino estupendo a vã fuga do homem do seu Criador: "Para onde irei, longe do Teu sopro? Para onde fugirei, longe da Tua presença? Se subo ao céu, Tu lá estás. Se desço ao abismo, lá Te encontro. Se levanto voo para as margens da aurora, se emigro para os confins do mar, aí me alcançará a Tua esquerda, e a Tua direita me sustentará. Se eu digo: "Ao menos as trevas me cubram, e a luz se transforme em noite ao meu redor", mesmo as trevas não são trevas para Ti, e a noite é clara como o dia" (Ps 139,7-12).

2. Uma busca que Deus faz com particular insistência e amor, é a do filho rebelde que foge para longe do seu olhar. Deus põe-se nos caminhos tortuosos dos pecadores através do seu Filho, Jesus Cristo, que precisamente no seu irromper no cenário da história é apresentado como "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (Jn 1,29). As primeiras palavras que Ele pronuncia em público são estas: "Convertei-vos, porque o Reino do Céu está próximo!" (Mt 4,17). Parece um termo importante que Jesus ilustrará repetidas vezes em palavras e actos: "Convertei-vos", em grego metanoéite, isto é, fazei uma metanoia, uma mudança radical da mente e do coração. É preciso deixar para trás o mal e entrar no reino da justiça, do amor e da verdade, que se está a inaugurar.

A trilogia das parábolas da misericórdia, recolhidas por Lucas no capítulo 15 do seu Evangelho, constitui a representação mais incisiva da busca activa e da expectativa amorosa de Deus em relação à criatura pecadora. Ao fazer a metanoia, a conversão, o homem volta, como o filho pródigo, a abraçar o Pai que jamais o esqueceu nem abandonou.

3. Santo Ambrósio, ao comentar esta parábola do pai pródigo de amor para com o filho pródigo de pecado, introduz a presença da Trindade: "Levanta-te, vem depressa à Igreja: aqui está o Pai, aqui está o Filho, aqui está o Espírito Santo. Ele vem ao teu encontro, para que te acolha enquanto estás a reflectir contigo mesmo no segredo do coração. E quando ainda estás longe, vê-te e põe-se a correr. Ele vê no teu coração, acorre para que ninguém te detenha, e além disso abraça-te... Lança-se ao regaço de quem estava por terra, para o reerguer, e para fazer com que aquele que estava oprimido pelo peso dos pecados e inclinado para as coisas terrenas, dirija de novo o olhar para o céu, onde devia procurar o próprio Criador. Cristo lança-se ao teu regaço, porque quer tirar dos teus ombros o jugo da escravidão e impor sobre eles um jugo suave" (In Lucam VII, 229-230).

4. O encontro com Cristo muda a existência de uma pessoa, como ensina a vicissitude de Zaqueu que escutámos no início desta audiência. Assim aconteceu também aos pecadores e pecadoras que se cruzaram com Jesus nos seus caminhos. Na cruz há um extremo acto de perdão e de esperança dado ao malfeitor, que faz a sua metanoia quando chega à fronteira última entre a vida e a morte, e diz ao seu companheiro: "Quanto a nós é justo, porque recebemos o que merecemos" (Lc 23,41). A ele que implora: "Lembra-Te de mim, quando vieres no Teu Reino", Jesus responde: "Eu te garanto, hoje mesmo estarás comigo no Paraíso" (cf. ibid., vv. 42-43). Deste modo, a missão terrena de Cristo iniciada com o apelo a converter-se para entrar no reino de Deus, conclui-se com uma conversão e um ingresso no seu reino.

5. Também a missão dos Apóstolos começou com um premente apelo à conversão. Aos ouvintes do seu primeiro discurso, que sentiam o coração trespassado e pediam com anseio: "Que devemos fazer?". Pedro respondeu: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja baptizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos pecados; depois recebereis do Pai o dom do Espírito Santo" (Ac 2,37-38). Esta resposta de Pedro foi acolhida prontamente: "cerca de três mil pessoas" converteram-se nesse dia (cf. ibid., v. 41). Depois da cura milagrosa de um homem, coxo de nascença, Pedro renovou a sua exortação. Recordou aos habitantes de Jerusalém o horrendo pecado que tinham cometido: "Vós, porém, renegastes o Santo e o Justo... matastes o Autor da vida" (Ac 3,14-15); entretanto atenuou-lhes a culpabilidade, dizendo: "Apesar disso, meus irmãos, sei que agistes por ignorância" (Ibid., v. 17); chamou-os depois à conversão (cf. 3, 19) e deu-lhes uma imensa esperança: "Deus enviou-O em primeiro lugar a vós, para vos abençoar e para que cada um de vós se converta das suas maldades" (3, 26).

De igual modo, o Apóstolo Paulo pregava a conversão. Di-lo no seu discurso ao rei Agripa, descrevendo assim o próprio apostolado: a todos, "vivendo da maneira que corresponde a essa conversão, anunciei o arrependimento e a conversão... também aos pagãos" (Ac 26,20 cf. 1Th 1,9-10). Paulo ensinava que "a bondade de Deus (nos) convida à conversão" (Rm 2,4). No Apocalipse é Cristo mesmo que exorta várias vezes à conversão. Inspirada pelo amor (cf. Ap Ap 3,19), a exortação é vigorosa e manifesta toda a urgência da conversão (cf. Ap Ap 2,5 Ap Ap 2,16 Ap Ap 2,21-22 Ap 3, 3-l9), mas é acompanhada de promessas maravilhosas de intimidade com o Salvador (cf. 3, 20-21).

A todos os pecadores, portanto, está sempre aberta uma porta de esperança. "O homem não é deixado sozinho a tentar, de mil maneiras e muitas vezes frustradas, uma subida impossível ao céu: existe um tabernáculo de glória, que é a pessoa santíssima de Jesus, o Senhor, onde o divino e o humano se encontram num abraço que nunca poderá ser desfeito: o Verbo fez-Se carne, em tudo semelhante a nós, excepto no pecado. Ele derrama a divindade no coração doente da humanidade e, infundindo-lhe o Espírito do Pai, torna-a capaz de tornar-se Deus pela graça" (Orientale lumen, 15).

Apelo do Santo Padre para a pacificação no Burundi

Segunda-feira passada, 28 de Agosto, foi assinado em Aruska, na Tanzânia, um primeiro e parcial acordo para a pacificação da querida nação do Burundi, ensanguentada por sete absurdos anos de guerra civil.
Convido-vos a orar para que o desejo de reconciliação daquelas populações seja acolhido por todas as partes interessadas e também pelos Estados vizinhos, e se possa chegar quanto antes a uma paz estável e duradoura, em benefício da inteira região dos Grandes Lagos.

Saudações

Queridos Irmãos e Irmãs!

Amados peregrinos de língua portuguesa, a minha saudação cordial a todos vós, nomeadamente aos paroquianos de Itamonte no Brasil e às paróquias portuguesas de Coimbra e Bougado. O céu cubra de graças o vosso caminho jubilar para que os vossos corações possam, domingo-a-domingo, hospedar Jesus-Eucaristia no meio dos homens.
Sobre vós, vossos familiares e comunidades eclesiais, desça a minha Bênção.


Dirijo agora cordiais boas-vindas a todos os peregrinos de língua italiana, em particular aos fiéis da Diocese de Trieste, vindos em peregrinação a Roma com o seu Bispo, D. Eugénio Ravignani, assim como os da Diocese de Mântua, guiados pelo seu Pastor, D. Egídio Caporello. Queridos Irmãos e Irmãs, recordo a minha visita às vossas Comunidades diocesanas, e muito me alegra o encontro de hoje, que me oferece a ocasião para renovar o afecto que a vós me une. De bom grado abençoo os sacerdotes, as religiosas, os religiosos, as paróquias, as famílias e as inteiras Igrejas particulares, fazendo votos por que o Ano jubilar a todos traga paz, alegria e um renovado espírito de fé.

Saúdo depois a comunidade dos Diáconos permanentes de Florença com os familiares, acompanhados pelo seu Arcebispo, Cardeal Silvano Piovanelli; o grupo de seminaristas que em Frascati participam no Encontro de Verão sobre o tema "A santidade cristã: um ideal a propor às novas gerações?"; e os alunos do Seminário Menor e Maior, com os seus Superiores, da Arquidiocese de Brindes-Ostumi. Caríssimos, ao exprimir-vos os votos por que este encontro revigore a vossa adesão a Cristo, acompanho-vos com uma particular lembrança na oração, para que o Senhor vos cumule sempre dos seus dons da graça.

Saúdo também D. Ducoli, Bispo Emérito de Belluno, e os participantes na peregrinação a cavalo, promovida pela Província de Belluno, pela Associação "Natureza a cavalo" e pelo Comité Trivéneto para o Jubileu. Desejo manifestar-vos o meu vivo apreço pela louvável iniciativa bem preparada, que no seu percurso propôs numerosas actividades de carácter religioso e cultural. De coração formulo votos por que ela sirva para estimular em todos um renovado empenho no testemunho cristão, para uma atitude de atenta solidariedade para com o próximo, segundo os ditames do Evangelho.

E agora uma particular saudação a todos os Jovens, Doentes e jovens Casais. Exorto-vos, queridos jovens, a pôr Cristo no centro da vossa vida, para serdes verdadeiras testemunhas de esperança e de paz nesta sociedade. Vós, doentes, acolhei com fé o mistério do sofrimento a exemplo de Jesus, que sofreu pela redenção de todos os homens. E vós, jovens esposos, cada dia hauri do Senhor o sentido do vosso amor, para que este seja verdadeiro, duradouro e aberto aos outros.

A todos a minha Bênção.



                                                                           Setembro de 2000

AUDIÊNCIA

Quarta-feira 6 de Setembro de 2000



Queridos Irmãos e Irmãs,

1. O encontro com Cristo muda radicalmente a vida de uma pessoa, leva-a à metanoia ou conversão profunda do espírito e do coração e estabelece uma comunhão de vida que se torna seguimento. No Evangelho o seguimento é expresso com duas atitudes: a primeira consiste no "fazer estrada" com Cristo (akolouteîn); a segunda, no "caminhar atrás" d'Ele que faz de guia, seguindo as Suas pegadas e direcção (érchesthai opíso). Nasce, assim, a figura do discípulo que se realiza de maneiras diferentes. Há quem segue de modo ainda genérico e muitas vezes superficial, como a multidão (cfr. Mc 3,7 Mc 5,24 Mt 8,1 Mt 8,10 Mt 14,13 Mt 19,2 Mt 20,29). Há os pecadores (cfr. Mc 2,14-15); são várias vezes indicadas as mulheres que sustentam com o seu serviço concreto, a missão de Jesus (Cfr. Lc Lc 8,2-3 Mc 15,41). Alguns recebem uma chamada específica da parte de Cristo e, entre estes, é reservada uma posição particular aos Doze.

A tipologia dos chamados é, por isso, muito variada: gente dada à pesca e cobradores de impostos, honestos e pecadores, casados e pessoas solitárias, pobres e ricos como José de Arimateia (cfr Jn 19,38), homens e mulheres. E também o zelota Simão (cfr Lc 6,15), que é um membro da oposição revolucionária anti-romana. Não falta depois quem recuse o chamamento, como o jovem rico, que às palavras exigentes de Cristo, se entristece e se vai embora, abatido, "porque era muito rico" (Mc 10,22).

2. As condições para percorrer o mesmo caminho de Jesus são poucas, mas fundamentais. Como ouvimos no trecho evangélico lido há pouco, é preciso deixar para trás o passado, tomando uma decisão clara, uma metanóia no sentido profundo do termo: uma mudança de espírito e de vida.

O caminho que Cristo propõe é estreito, exige sacrifício e o dom total de si: "se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me" (Mc 8,34). É um caminho que conhece as dificuldades da provação e da perseguição: "se Me perseguiram a Mim, também vos perseguirão a vós" (Jn 15,20). É um caminho que torna missionários e testemunhas da palavra de Cristo, mas exige que os apóstolos não levem "coisa nenhuma para a viagem: nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura" (Mc 6,8 cfr . Mt Mt 10,9-10).

3. O seguimento não é, por conseguinte, uma viagem fácil por uma estrada plana. Ele pode registar ainda, momentos de desconforto a tal ponto que, numa ocasião "muitos discípulos voltaram para trás e já não andavam mais com Ele" (Jn 6,66), isto é, com Jesus, que foi obrigado a interpelar os Doze com uma pergunta decisiva: "também vós quereis ir embora?" (Jn 6,67). Noutra ocasião, o próprio Pedro é bruscamente repreendido, quando se revolta perante a perspectiva da cruz, com uma palavra que, segundo uma ideia do texto original, poderia ser um convite a pôr-se outra vez "atrás" de Jesus, depois de ter tentado recusar a meta da cruz: "afasta-te de Mim, satanás! Porque não tens o pensamento de Deus, mas o dos homens!" (Mc 8,33).

O perigo de traição permanecerá um ardil para Pedro que, porém, e no fim, seguirá o seu Mestre e Senhor no amor mais generoso. De facto, ao longo das margens do lago de Tiberíades, Pedro fará a sua profissão de amor: "Senhor, Tu sabes tudo; Tu sabes que Te amo". E Jesus anunciar-lhe-á "com que género de morte ele há-de glorificar a Deus", acrescentando por duas vezes: "segue-Me!" (Jn 21,17 Jn 21,19 Jn 21,22).

O seguimento exprime-se de modo especial no discípulo amado, que entra na intimidade de Cristo, recebe como dom a sua Mãe e reconhece n'Ele o ressuscitado (cfr. Jo Jn 13,23-26 Jn 18,15-16 Jn 19,26-27 Jn 20,2-8 Jn 21,2 Jn 21,7 Jn 21,20-24).

4. A última meta do seguimento é a glória. O caminho é o da "imitação de Cristo", que viveu no amor e morreu por amor sobre a cruz. O discípulo "deve, por assim dizer, entrar em Cristo com tudo aquilo que ele é, deve "apropriar-se" e assimilar toda a realidade da incarnação e da redenção para se reencontrar a si mesmo" (Redemptor hominis, RH 10). Cristo deve entrar no seu eu para o libertar do egoísmo e do orgulho, como diz, a propósito, S.to Ambrósio: "Entre Cristo na tua alma, Jesus tenha morada nos teus pensamentos, para impedir todo o espaço ao pecado na sagrada tenda da virtude" (Comentário ao Salmo CXVIII, carta "daleth", 26)

5. Por conseguinte, a cruz, sinal de amor e de doação total, é o estandarte do discípulo chamado a configurar-se com Cristo glorioso. Um Padre da Igreja do Oriente, que é também um inspirado poeta, Romano o Melodioso, interpela assim o discípulo: "Tu possuis a cruz como bastão, apoia sobre ela a tua juventude. Leva-a para a tua oração, leva-a para a mesa comum, leva-a para o teu leito e para toda a parte como teu título de glória... Diz ao teu esposo que agora se uniu a ti: Eu me prostro a teus pés. Dá, na tua grande misericórdia a paz ao teu universo, a tua ajuda às tuas Igrejas, a solicitude aos pastores, a concórdia ao rebanho, a fim de que todos e sempre cantemos a nossa ressurreição" (Hino 52 "Aos novos Baptizados", estrofes 19 e 22).

Saudações

Amados peregrinos de língua portuguesa, é com grande alegria e afecto que vos saúdo a todos em Cristo Jesus. No seu Coração Sagrado, encontre novas forças e ardor apostólico o grupo de Padres Dehonianos na sua formação permanente que decorre em Roma. A minha Bênção e oração acompanham também os restantes grupos de romeiros vindos do Brasil e de Portugal, nomeadamente as paróquias da Sé de Braga e de Bragança-Miranda: viestes "ver Pedro". Agora que o vistes, sabei que ele precisa da vossa ajuda para apascentar o Rebanho que o Senhor lhe confiou.

Muito obrigado!




AUDIÊNCIA

Quarta-feira 13 de Setembro de 2000




Caríssimos irmãos e irmãs:

1. No Cenáculo, na última noite da sua vida terrena, Jesus promete por cinco vezes o dom do Espírito Santo (cf. Jo Jn 14,16-17 Jn 14,26 Jn 15,26-27 Jn 16, 7-11, Jn 16,12-15). No mesmo lugar, na tarde da Páscoa, o Ressuscitado apresenta-se diante dos apóstolos e efunde o Espírito prometido, com o gesto simbólico do soprar e com as palavras: "Recebei o Espírito Santo!" (Jn 20,22). Cinquenta dias depois, sempre no Cenáculo, o Espírito Santo irrompe com o seu poder transformando os corações e a vida das primeiras testemunhas do Evangelho.

A partir de então toda a história da Igreja, nas suas dinâmicas mais profundas, está penetrada pela presença e acção do Espírito, "doado sem medida" àqueles que acreditam em Cristo (cf. Jo Jn 3,34). O encontro com Cristo comporta o dom do Espírito Santo que, como dizia o grande Padre da Igreja, Basílio - "se difunde em todos sem que sofra alguma diminuição, está presente em cada um dos que são capazes de O receber como se existisse só ele, e em todos infunde a graça suficiente e completa" (De Spiritu Sancto IX, 22).

2. O apóstolo Paulo, no trecho da Carta aos Gálatas que há pouco escutámos (cf. 5, 16-18.22-25), delineia "o fruto do Espírito" (5, 22) enumerando a gama múltipla de virtudes que se manifestam na existência do fiel. O Espírito Santo está na raiz da experiência da fé. Com efeito, no Baptismo tornámo-nos filhos de Deus precisamente mediante o Espírito: "A prova de que sois filhos é o facto de que Deus enviou aos nossos corações o Espírito do Seu Filho que clama: Abbá, Pai!" (Ga 4,6). Na própria fonte da existência cristã, quando nascemos como criaturas novas, está o sopro do Espírito que nos torna filhos no Filho e nos faz "caminhar" pelas vias da justiça e da salvação (cf. ibid., 5, 16).

3. A inteira vicissitude do cristão deverá realizar-se, então, sob a influência do Espírito. Quando Ele nos apresenta a Palavra de Cristo, resplandece dentro de nós a luz da verdade, como havia prometido Jesus: "O Advogado, o Espírito Santo, que o Pai vai enviar em Meu nome, Ele ensinar-vos-á todas as coisas e vos fará recordar tudo o que Eu vos disse" (Jn 14,26 cf. Jn 16,12-15). O Espírito está ao nosso lado no momento da provação tornando-se o nosso defensor e sustento: "Quando vos entregarem, não fiqueis preocupados como ou com aquilo que deveis dizer, porque, nessa hora, ser-vos-á sugerido o que deveis dizer. Com efeito, não sereis vós a falar, o Espírito do vosso Pai é Quem falará através de vós" (Mt 10,19-20). O Espírito está na raiz da liberdade cristã, que é remoção do jugo do pecado. Assim diz Paulo com clareza: "A lei do Espírito, que dá a vida em Jesus Cristo, libertou-nos da lei do pecado e da morte" (Rm 8,2). A vida moral - como nos recorda São Paulo - precisamente porque irradiada pelo Espírito, produz frutos de "amor, alegria, paz, paciência, bondade, benevolência, fé, mansidão e domínio de si" (Ga 5,22).

4. O Espírito anima toda a comunidade dos crentes em Cristo. É ainda o Apóstolo que celebra, através da imagem do corpo, a multiplicidade e a riqueza, mas também a unidade da Igreja como obra do Espírito Santo. Por um lado, Paulo enumera a variedade dos carismas, isto é, dos dons particulares oferecidos aos membros da Igreja (cf. 1Co 12,1-10); por outro, reafirma que "é o único e mesmo Espírito quem realiza tudo isto distribuindo os seus dons a cada um, conforme Ele quer" (1Co 12,11). Com efeito, "todos fomos baptizados num só Espírito para sermos um só corpo, quer sejamos judeus ou gregos, quer escravos ou livres. E todos bebemos de um só Espírito" (ibid., v. 13).

Por fim, devemos ao Espírito a realização do nosso destino de glória. A respeito disso, São Paulo usa a imagem do "selo" e da "garantia": "Fostes marcados com o selo do Espírito prometido, o Espírito Santo que é a garantia da nossa herança, enquanto esperamos a completa libertação do povo que Deus adquiriu para o louvor da sua glória" (Ep 1,13-14 cf. 2Co 1,22 2Co 5,5). Em síntese, toda a vida do cristão, desde as origens até à sua meta última, está sob a insígnia e a obra do Espírito Santo.

5. É-me grato recordar, durante este ano jubilar, o que eu afirmava na Encíclica dedicada ao Espírito Santo: "O grande Jubileu do Ano 2000 contém, pois, uma mensagem de libertação por obra do Espírito Santo, o único que pode ajudar as pessoas e as comunidades a libertarem-se dos antigos e dos novos determinismos - guiando-as com a "lei do Espírito que dá a vida em Cristo Jesus" - descobrindo e actuando, deste modo, a medida plena da verdadeira liberdade do homem. Com efeito - como escreve São Paulo - "onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade"" (Dominum et vivificantem, DEV 60).

Abandonemo-nos, pois, à acção do Espírito, fazendo nossa a admiração de Simeão o Novo Teólogo, que se dirige à terceira Pessoa divina nestes termos: "Contemplo a beleza da vossa graça, vejo o seu brilho, irradio a sua luz; fico cativado pelo seu inefável esplendor; acabo arrebatado longe de mim, sempre que penso no meu próprio ser; vejo como era e no que me tornei. Ó maravilha! Presto toda a minha atenção, fico cheio de respeito por mim mesmo, de reverência e de temor, como se estivesse diante de Vós mesmo; não sei o que fazer, porque a timidez se apoderou de mim; não sei onde sentar-me, de onde me aproximar, onde repousar estes membros que Vos pertencem; em que iniciativa, em que obra empregá-las, estas encantadoras maravilhas divinas" (Hinos II, 19-27; cf. Exortação Apostólica pós-sinodal Vita consecrata VC 20).

Apelo do Papa em favor do jovem condenado à morte

No espírito de clemência que é próprio do Ano Jubilar, uno mais uma vez a minha voz à de todos os que pedem que não se tire a vida ao jovem Derek Rocco Barnabei.
Além disso, mais em geral, formulo votos por que se chegue a renunciar ao recurso à pena capital, a partir do momento em que o Estado dispõe hoje de outros meios para reprimir de maneira eficaz o crime, sem tirar definitivamente ao réu a possibilidade de se redimir.

Saudações

Caríssimos Irmãos e Irmãs!

Saúdo cordialmente quantos me ouvem na língua portuguesa, desejando-lhes felicidades e muita paz em suas vidas. Ao dar as boas-vindas aos visitantes brasileiros de São Paulo e do Rio de Janeiro aqui presentes, faço votos por que a presença do Espírito que dá a vida, seja também penhor do amor de Deus derramado em seus corações, com a minha Bênção, extensiva aos que lhes são queridos.

Caros Irmãos e Irmãs da Croácia: faço votos por que possais experimentar o Grande Jubileu do Ano 2000 como um verdadeiro tempo da misericórdia do Senhor. É este o tempo que nos é dado para o santificar, santificando-nos. O Jubileu, dom da bondade do nosso Deus, enriqueça ainda mais a vossa vida com abundantes frutos de santidade.

Saúdo com afecto os fiéis da Paróquia dos Mártires croatas em Mississauga, e de outras Paróquias católicas croatas do Ontário do Sul, no Canadá, acompanhados do Padre Ivica Kecerin, assim como os grupos de peregrinos provenientes de Zagrábia e Beliséc, na Croácia. Invoco sobre todos a bênção de Deus.

Louvados sejam Jesus e Maria!

Saúdo agora os numerosos fiéis de várias dioceses italianas, que participam na peregrinação jubilar juntamente com os seus respectivos Bispos: os fiéis de Savona-Noli, com D. Dante Lanfranconi; de Montepulciano-Chiusi-Pienza, com D. Rodolfo Cetoloni; de Crignola-Ascoli Satriano, com D. Felice Di Molfeta; de Melfi-Rapolla-Venosa, com D. Vincenzo Cozzi; de Agrigento, com D. Carmelo Ferraro; de Piazza Armerina, com D. Vincenzo Cirrincione; de Cefalú, com D. Francesco Sgalambro; assim como os fiéis das Dioceses da Sardenha, acompanhados de D. Tarcísio Pillolla.
Saúdo cada um de vós, queridos Irmãos e Irmãs, e agradeço a vossa presença. Desejo cordialmente que a vossa peregrinação seja rica de frutos espirituais e pastorais, em benefício das respectivas Comunidades diocesanas, rs quais envio um afectuoso pensamento de bençao. Possa esta vossa visita à Cidade dos Apóstolos Pedro e Paulo revigorar em vós a fé no Redentor, de maneira a serdes testemunhas sempre mais críveis do Evangelho na família e na sociedade.

E agora uma particular saudação a todos os Jovens, Doentes e jovens Casais.
Caros jovens, o recomeço das actividades de trabalho e escolares, neste mes de Setembro, seja para cada um de vós ocasiao e estímulo para um renovado empenho na busca e na realização dos grandes valores humanos e cristãos.

Queridos doentes, a vossa participação na cruz do Senhor sustente os vossos propósitos de bem e infunda nos corações força e esperança.

Prezados jovens esposos, enquanto consagrais a Cristo as primícias do vosso amor conjugal, sede na vida quotidiana sinal e instrumento do seu amor para com os irmãos.

A todos a minha Bênção.



AUDIÊNCIAS 2000 - AUDIÊNCIA