Discursos João Paulo II 2000 27

27 Esta sugestiva procissão de velas, que percorreu a "Via della Conciliazione" partindo do Castelo de Santo Ângelo, conclui a jornada hodierna totalmente dedicada a Nossa Senhora. O espectáculo significativo, oferecido por este longo cortejo de velas, traz à mente aquele que, mais ou menos nesta mesma hora, está a realizar-se em Lourdes, cidadela de Maria, na qual inúmeros peregrinos sadios e doentes vivem uma experiência espiritual intensa e consoladora.

Maria guia e ilumina o nosso caminho, caríssimos Irmãos e Irmãs, que saúdo com grande afecto. Maria, Mãe terníssima, acompanha-nos na alegria e no sofrimento, nos momentos felizes e de provação física e espiritual, para nos ajudar a repetir em toda a circunstância o nosso "sim" à vontade de Deus.

Hoje de manhã, nesta mesma Praça de São Pedro, celebrámos o Jubileu dos Doentes e dos Agentes no campo da saúde. Nesta noite, estamos aqui de novo para pedir a Maria, "Saúde dos enfermos", que faça do Ano Santo um verdadeiro "ano de graça". A Virgem Imaculada ajude cada um a experimentar, "em virtude de uma sincera conversão do coração, a abundância da misericórdia de Deus e a alegria de uma comunhão mais plena com os irmãos, primícias da alegria sem fim do Céu" (Oração a Maria Santíssima, "Saúde dos enfermos").

Irmãos e Irmãs caríssimos, ao confiar-vos à protecção da Virgem Santíssima concedo-vos, às vossas famílias e a todas as pessoas que vos são queridas uma especial Bênção, que de bom grado faço extensiva a quantos estão unidos a nós espiritualmente, de modo especial junto da Gruta de Lourdes e noutros santuários marianos.





DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


À PEREGRINAÇÃO NACIONAL DA REPÚBLICA ESLOVACA


POR OCASIÃO DO JUBILEU


Terça-feira, 15 de Fevereiro de 2000

Venerados Irmãos no Episcopado
Estimados Representantes das outras Confissões cristãs
Senhor Presidente da República Eslovaca
Caríssimos peregrinos eslovacos!

1. Com grande alegria vos dou as boas-vindas e vos agradeço a visita que me quisestes fazer por ocasião da vossa peregrinação nacional. Dirijo a minha saudação fraterna ao Senhor Cardeal Ján Chrisostom Korec, Bispo de Nitra, e a D. Rudolf Baláz, Presidente da Conferência Episcopal Eslovaca, a quem agradeço as significativas e cordiais expressões que me dirigiu em nome de todos. Saúdo também os demais Prelados, os sacerdotes, os religiosos, as religiosas, os seminaristas e os fiéis presentes. Saúdo-vos, Representantes e Delegados da Igreja Evangélica e das outras Confissões cristãs presentes na República Eslovaca. Depois, dirijo uma particular e grata saudação ao Senhor Presidente da República Eslovaca, que me quis honrar com esta sua visita e me dirigiu um significativo discurso.

É sobretudo à inteira população da República Eslovaca que, através de vós, amados peregrinos, desejaria fazer chegar a minha calorosa e reconhecida saudação. De facto, ainda são vivas no coração as recordações ligadas à Viagem apostólica, que a Providencia me deu a oportunidade de efectuar na vossa amada terra em 1995, e não posso esquecer o acolhimento que me foi reservado naqueles dias ricos de encontros e de experiências espirituais. De modo especial, retorno com o espírito ao Santuário de Sastin onde, sob o olhar da Virgem Maria das Dores, os católicos eslovacos, que a escolheram como Padroeira e Protectora, Lhe renovaram a consagração, afirmando que a vossa Nação considera a fé cristã como um dos fundamentos da própria identidade.

28 Obrigado por esta vossa visita que se inscreve no Grande Jubileu do Ano 2000, no qual a Igreja inteira, meditando o mistério de amor revelado na encarnação do Verbo, se sente circundada pela ternura do Pai celeste, que vem ao encontro de todos os seus filhos e filhas para a todos dar paz e salvação.

2. Caríssimos Irmãos e Irmãs! Os propósitos de bem e de renovado empenho cristão, por vós expressos há cinco anos durante a minha peregrinação na República Eslovaca, obtém junto do Túmulo do apóstolo Pedro um forte apoio proveniente dos frutos da redenção, que a Igreja concede com particular generosidade neste Ano de graça e de misericórdia. Corroborados por esses dons, vós quereis aqui renovar a vossa fé em Cristo, o "Filho de Deus vivo", e confirmar a decisão de O seguir no seu modelo de vida que é exigente, mas traz paz e salvação.

O Evangelho constitui a preciosa herança que o vosso povo recebeu desde há muitos séculos. Longos anos de dura opressão comunista não a destruíram, ainda que as dificuldades tenham sido deveras grandes. Agora é o tempo do renascimento espiritual; a hora da primavera da esperança, depois do inverno do ateísmo militante. Não faltam, nem sequer agora, provações e dificuldades, mas o constante retorno às raízes evangélicas é fonte segura de recuperação humana e religiosa. Sede fiéis a Cristo! Sede fiéis ao seu Evangelho de salvação, capaz de renovar o homem e a sociedade! A fé vivida integralmente exige um coerente testemunho nos diversos âmbitos em que se desenvolve a vicissitude humana, pessoal e comunitária.

Neste momento particularmente significativo para a história da fé do vosso Povo, desejo dirigir-vos, a vós e a quantos na dilecta Nação eslovaca compartilham a honra e a alegria de serem crentes, o convite a serdes testemunhas corajosas de Cristo na família, no lugar de trabalho e na sociedade. Com efeito, não seria possível conservar a identidade crista de um povo, se nos âmbitos mais importantes da sua vida viesse a faltar um testemunho coerente e corajoso, capaz de reter os perigos sempre traiçoeiros do comprometimento, do hedonismo e do secularismo.

3. No centro do caminho de renovação espiritual e civil, que o Jubileu propõe aos homens do nosso tempo, está o encontro com Cristo. É Ele a Porta santa que nos introduz na Vida nova do Reino do Pai, mediante a luz da sua palavra e a ajuda eficaz da sua graça.

A Palavra de Deus, que a Igreja proclama e oferece à nossa meditação, guia-nos no nosso caminho quotidiano, oferecendo-nos os critérios para julgar, segundo a verdade, os eventos sociais e as acções pessoais, e abrindo ao nosso empenho perspectivas sempre novas de santidade e de autentica civilização. O Jubileu exorta-nos a ser ouvintes atentos e disponíveis da Palavra divina, crescendo na fidelidade a Cristo e à sua imutável mensagem de salvação. Todos os crentes são chamados e com veemência convidados pelo Jubileu a encontrarem-se com o único Senhor e Redentor do homem, Jesus de Nazaré, crucificado e ressuscitado. Ele chama-nos a curar as divisões e a caminhar com decisão rumo à unidade da fé, por meio da graça do Espírito Santo.

Elevemos a Deus a nossa oração com fervor renovado para que, neste ano de misericórdia, conceda a todos os cristãos a graça de favorecerem com generosidade a acção do Espírito Santo, para se apresentarem à humanidade na profunda sintonia da caridade, prelúdio à perfeita unidade da fé.

4. Cristo vem em auxilio do homem, não só com a palavra, mas também com a graça dos sacramentos, a começar pelo Baptismo, no qual se renasce "da água e do Espírito" (
Jn 3,5). Ele alimenta esta nova vida sobretudo com o dom do seu Corpo e do seu Sangue na Eucaristia, banquete divino no qual, segundo a advertência do Apóstolo, somente se pode participar se se forma "um só corpo" (1Co 10,17). É na Eucaristia que Cristo nutre e fortifica o crente, para que possa viver segundo o Evangelho. Ao aproximar-se da mesa eucarística, o discípulo do Senhor aprende a fazer opções conscientes e responsáveis, para viver de maneira digna diante de Deus, Pai bom e misericordioso, que le no íntimo da consciência e julga com verdade o comportamento de cada um. Ao alimentar-se do "Pão partido", o fiel aprende a considerar o outro como próximo e irmão a ser respeitado e acolhido, e empenha-se na construção paciente e operosa da comunidade, valor a perseguir apesar das limitações e desilusões.

Porventura, não é este o modelo de comunidade crista que nos apresentam os Actos dos Apóstolos, quando afirmam que os crentes "eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fracção do pão e às orações" (Ac 2,42)? Somente cristãos unidos entre si de tal modo que formem "uma coisa só" podem oferecer um testemunho plenamente crível perante o mundo (cf. Jo Jn 17,21). A unidade continua também hoje a ser a via privilegiada da evangelização.

5. Caríssimos Irmãos e Irmãs da República Eslovaca, que neste dia tenho a alegria de encontrar, formulo de coração votos por que retorneis às vossas casas revigorados no desejo de seguirdes o Evangelho e de o testemunhardes com coragem. Oro ao Senhor para que também este nosso encontro vos sirva de ajuda para realizardes, com empenho renovado e sob a sábia orientação dos vossos Pastores, comunidades vivas e corajosas, sempre prontas a proclamar aos homens do nosso tempo a verdade que liberta e salva.

Confio o inteiro Povo eslovaco, a mim particularmente caro, à celeste protecção da Virgem das Dores, a Mãe boa e solícita que vela com amor sobre a vossa terra. Maria Santíssima vos ajude a viver de maneira frutuosa a graça do grande Jubileu e a acolher cada dia, com coração humilde e fiel, o Salvador.

29 Com estes sentimentos, invoco sobre cada um de vós e a inteira Nação Eslovaca a abundância das bênçãos divinas.





DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


AOS REITORES DOS SEMINÁRIOS


DE LÍNGUA INGLESA NA EUROPA


Quinta-feira, 17 de Fevereiro de 2000



Aos Participantes
na Conferência anual dos Reitores
dos Seminários de língua inglesa
na Europa

Saúdo-vos com grande alegria, Reitores dos Seminários de língua inglesa na Europa, e por vosso intermédio tenho o prazer de apresentar cordiais saudações aos membros das comunidades de cada um dos vossos Seminários. Por ocasião deste grande Jubileu do Ano 2000, escolhestes Roma como lugar para o vosso encontro anual. Oro para que o Ano Santo seja para vós uma ocasião de graça especial e de empenho e fervor renovados, enquanto procurais cumprir as tarefas que exerceis para o bem da Igreja e a salvação das almas.

Os vossos deveres particulares de Reitores são caracterizados pela vossa relação com os Bispos, que vos enviam homens a fim de os preparardes para o serviço sacerdotal, com o corpo docente que participa na formação dos seminaristas, com os estudantes confiados à vossa solicitude e supervisão, com o clero e as comunidades diocesanas onde estes homens servirão como sacerdotes. Por esta razão, é evidente que deveis ser homens de sólidas relações humanas a todos os níveis eclesiástico, académico e espiritual e homens de comunhão. Tendes a responsabilidade de pôr à disposição dos outros os vossos dons e talentos e de agir como guias competentes, orientando os indivíduos e a comunidade do Seminário no seu complexo, com firmeza e sensibilidade pastoral.

Em tudo isto, é de primordial importância que sejais homens de oração, autênticos discípulos do Senhor Jesus. A formação filosófica, teológica e pastoral que os vossos Institutos oferecem, será vã e ineficaz se não for permeada pela pessoa de Jesus Cristo, por um conhecimento íntimo do Filho de Deus, pela experiência quotidiana do único Salvador de toda a humanidade. O primeiro e principal dos vossos muitos deveres e responsabilidades, de facto é o testemunho fiel de uma activa vida de oração.Se vos esforçardes deveras por ser homens de oração e procurardes infundir este mesmo espírito nos vossos seminaristas, podeis estar certos de que a Igreja, entrando no terceiro milénio cristão, estará pronta a corresponder com alegria e eficiência às necessidades do povo, ao qual é chamada a servir. De facto, os seus sacerdotes terão aprendido a pôr-se constantemente na presença do Senhor - falando com Ele, escutando-O, aprendendo d'Ele, deixando-se amar por Ele - de maneira que, por sua vez, possam fazer o mesmo com os outros, falando com eles, ouvindo-os, ensinando-os e amando-os no nome do Senhor.

Dado que transcorreis juntos estes dias para debater e reflectir, possa o Espírito Santo iluminar-vos e conceder-vos nova coragem para realizardes esta obra vital para o Povo de Deus.

De modo especial durante este Ano Santo, confio-vos a Maria, Mãe dos Sacerdotes e Mãe da Igreja, e de coração concedo a minha Bênção Apostólica a vós, ao corpo docente e aos estudantes dos vossos Seminários.



DISCURSO DE JOÃO PAULO II


AOS PARTICIPANTES NO CAPÍTULO GERAL


DOS OBLATOS DE SÃO JOSÉ


30

Quinta-feira, 17 de Fevereiro de 2000

Caríssimos Oblatos de São José

1. Por ocasião da celebração do Capítulo Geral do vosso Instituto, manifestastes o desejo de vos encontrardes comigo para reafirmar a vossa convicta adesão ao Sucessor de Pedro. Anuí de bom grado ao vosso pedido, consciente de quanto o vosso Fundador insistisse sobre o dever de permanecer estreitamente unidos com a mente e com o coração à Santa Sé. A primeira obediência que os Oblatos de São José devem observar fielmente, dizia ele, é a adesão aos ensinamentos e às directrizes do Sumo Pontífice, considerando o seu serviço como um mandato recebido da própria Igreja, segundo as regras específicas do Instituto.

Por conseguinte, dou-vos as cordiais boas-vindas. Dirijo um pensamento especial ao Padre Lino Mela, eleito nestes dias para o cargo de Superior-Geral; o Senhor o ilumine e ampare no cumprimento da sua nova missão. Desejo, ao mesmo tempo, exprimir a minha grata complacência ao ex-Superior-Geral, Padre Vito Calabrese, que dirigiu a Congregação durante doze anos com sábio equilíbrio e paterna bondade. Por fim, manifesto os meus sentimentos de afecto a toda a Família religiosa que vós, Padres Capitulares representais aqui, e encorajo todos vós à generosa perseverança no respectivo âmbito de trabalho.

2. A vossa actividade situa-vos no centro da Igreja. De facto, o carisma de Oblatos de São José exige que reproduzais na vida e no apostolado o ideal de serviço da mesma forma como o viveu o Guardião do Redentor. Ele, juntamente com a sua santa Esposa, estabeleceu uma inefável familiaridade com o Verbo encarnado, que tinha continuamente sob o seu olhar. Eis, por conseguinte, o estilo de vida simples e activo que desejais levar, difundindo a devoção a São José com a pregação, as publicações e, sobretudo, com o testemunho apostólico. Esta é a típica missão pastoral que desempenhais em ambientes humildes, no meio de pessoas pobres, imitando o artesão de Nazaré, que protegeu Jesus e o apoiou na preparação para a grande tarefa da Redenção.

O Beato Marello exortava os seus filhos espirituais a serem "pacientes em casa" a fim de poderem ser "eficazes apóstolos fora de casa". Este ensinamento, sempre presente no vosso espírito, empenha todos vós, queridos Oblatos de São José, a manter nas casas religiosas um clima de recolhimento e de oração, favorecido pelo silêncio e por oportunos encontros comunitários. O Espírito de família é fundamento para a união das comunidades e de toda a Congregação.

3. Centrastes os trabalhos capitulares sobre estas temáticas, e desejo que possais colher os desejados frutos espirituais da vossa importante reunião, realizada no ano em que a Igreja celebra o Grande Jubileu da Redenção. Não é difícil ver nesta feliz coincidência um sinal da Providência, que vos convida a entrar pela "Porta Santa", símbolo de Cristo, para iniciar renovados interiormente, como indivíduos e como Instituto, uma nova estação espiritual da Igreja. Desta forma sereis fiéis testemunhas de Cristo na vossa época: confiantes no poder saneador do amor de Deus, dedicar-vos-eis ao esforço da nova evangelização. Desta forma realizareis a vossa missão, "fazendo as obras de Deus em silêncio", como gostava de dizer o vosso Fundador, o qual acrescentava que se trabalhamos "sem confiar nos homens e nem sequer em nós próprios, mas repletos de esperança nas ajudas sobrenaturais, tudo correrá da melhor forma" (Briciole d'oro, 15 de Fevereiro).

Nesta perspectiva, é oportuna como nunca a reflexão capitular acerca do carisma das vossas origens, que vos conduz ao início da vossa espiritualidade, não tanto para repetir servilmente o que então se fazia, mas para actualizar a mensagem do Fundador na vida de hoje, de maneira a incidir na sociedade contemporânea com a mesma eficácia de então.

4. A característica típica do vosso ministério é a formação humana e religiosa da juventude, privilegiando a catequese e trabalhando activamente nos centros juvenis e nas escolas, nas paróquias e nos oratórios, nos movimentos e nas associações. Assim como o semeador sabe escolher o terreno adequado para cada tipo de semente, também vós procurais aprofundar o conhecimento dos jovens que a Providência vos faz encontrar, a fim de os poderdes ajudar a maturar na respectiva vocação. Esta é a vossa missão. Pode-se dizer que o Oblato de São José é por constituição um catequista, que educa evangelizando com um estilo simples, claro e incisivo.

Sabei falar ao coração dos jovens, propondo-lhes de maneira audaz o Evangelho. Fazei com que amem a Igreja. Persuadi-vos de que quanto mais eloquente for o testemunho do vosso exemplo tanto mais aceite será a vossa palavra.

Para responder às exigências hodiernas da evangelização, vai-se tornando cada vez mais indispensável a colaboração dos leigos. Não se trata apenas de uma necessidade operativa proporcionada pela redução do pessoal religioso, mas de uma nova e inédita possibilidade que Deus nos oferece. A época que estamos a viver pode ser chamada, em certos aspectos, a época dos leigos. Sabei, por conseguinte, abrir-vos ao contributo dos leigos. Ajudai-os a compreender as motivações espirituais do serviço que eles prestam ao vosso lado, para que sejam aquele "sal" que dá à vida o sabor cristão e aquela "luz" que resplandece nas trevas da indiferença e do egoísmo. Como leigos fiéis à própria identidade, eles são chamados a animar cristãmente a ordem temporal, transformando de forma activa e eficaz a sociedade de acordo com o espírito do Evangelho.

31 5. Estimados Oblatos de São José, já estais empenhados em várias partes do mundo. A ampla difusão, que a vossa Família religiosa atingiu hoje, exige um esforço vigilante para manter a unidade e o vínculo da caridade a todos os níveis. O Capítulo Geral ressaltou de maneira oportuna que, apesar de estardes empenhados num contexto local, jamais devem faltar a sintonia com o conjunto da Congregação e sobretudo a visão universal da Igreja. Isto verificar-se-á se o olhar de todos permanecer sempre fixo em Cristo, Caminho, Verdade e Vida; se souberdes aderir pessoal e comunitariamente a Ele, que vos convida a ir ver aonde mora (cf. Jo Jn 1,39).

A sólida prática da oração, a atenção aos sinais dos tempos e a indispensável formação permanente ajudar-vos-ão a fazer das vossas obras não um simples serviço social, mas um testemunho do amor misericordioso de Deus. O método é-vos ensinado pelo Beato Marello quando diz que "vos inspireis em São José, o primeiro na terra a cuidar dos interesses de Jesus; que para nós o guardou recém-nascido, o protegeu quando era criança e foi seu pai durante os primeiros trinta anos da sua vida na terra" (Briciole d'oro, 24 de Março). Assim seja para cada um de vós e para todas as vossas Comunidades.

Maria, a terna Esposa do carpinteiro de Nazaré, torne frutuosas, com a sua intercessão, as decisões do Capítulo Geral. Ajude todos os Oblatos de São José a tender para a santidade, vocação de cada baptizado e, a um título ainda mais alto, de cada pessoa consagrada. Garanto-vos a minha constante recordação na oração, enquanto de bom grado lhe concedo, estimado Padre Lino Mela, ao renovado Conselho Geral e a todos os membros da Congregação dos Oblatos de São José uma especial bênção.



JUBILEU DOS DIÁCONOS PERMANENTES


DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


NA CELEBRAÇÃO DO JUBILEU


DOS DIÁCONOS PERMANENTES


Sábado, 19 de Fevereiro de 2000

Senhores Cardeais
Venerados Irmãos
no Episcopado e no Sacerdócio
Caríssimos Diáconos e familiares!

1. Com grande alegria encontro-me convosco nessa significativa circunstância jubilar. Saúdo o Prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Darío Castrillón Hoyos, e os seus colaboradores, que cuidaram destas intensas jornadas de oração e fraternidade. Saúdo os Senhores Cardeais e os Bispos aqui presentes. De modo especial saúdo-vos, caríssimos Diáconos permanentes, as vossas famílias e quantos vos acompanharam nesta peregrinação aos túmulos dos Apóstolos.

Viestes a Roma para celebrar o vosso Jubileu: acolho-vos com afecto! A ocasião é mais do que nunca propícia para aprofundar o significado e o valor da vossa identidade estável, e não transitória, de ordenados não para o sacerdócio, mas para o diaconado (cf. Conc. Ecum. Vat. II, Lumen gentium LG 29). Como ministros do povo de Deus, sois chamados a trabalhar com a acção litúrgica, com a actividade didáctico-catequética e com o serviço da caridade em comunhão com o Bispo e o Presbitério. E este singular ano de graça, que é o Jubileu, tem em vista fazer com que descubrais de modo ainda mais radical a beleza da vida em Cristo. A vida n'Ele, que é a Porta Santa!

2. Com efeito, o Jubileu é tempo forte de verificação e de purificação interior, mas também de recuperação daquela missionariedade que está inserida no próprio mistério de Cristo e da Igreja. Aquele que crê que Cristo Senhor é o caminho, a verdade e a vida, que sabe que a Igreja é o seu prolongamento na história, quem de tudo isto faz experiência pessoal não pode deixar de se tornar, por isso mesmo, ardentemente missionário. Queridos Diáconos, sede apóstolos activos da nova evangelização. Levai todos a Cristo! Dilate-se, graças também ao vosso empenho, o seu Reino na vossa família, no vosso ambiente de trabalho, na paróquia, na Diocese, no mundo inteiro!

32 A missão, pelo menos quanto à intenção e paixão, deve urgir no coração dos ministros sagrados e incentivá-los até ao dom total de si. Não vos detenhais diante de nada, prossegui na fidelidade a Cristo, seguindo o exemplo do diácono Lourenço, cuja venerada e insigne relíquia a quisestes aqui, para esta ocasião.

Também nos nossos tempos não faltam pessoas que Deus chama ao martírio cruento; muito mais numerosos, porém, são os fiéis submetidos ao "martírio" da incompreensão. Não se turve o vosso espírito pelas dificuldades e os contrastes, mas, ao contrário, cresça na confiança em Jesus que remiu os homens mediante o martírio da Cruz.

3. Queridos Diáconos, avancemos no novo milénio juntamente com a Igreja, que impele os seus filhos a purificarem-se pelo arrependimento de erros, infidelidades, incoerências e retardamentos (cf. Tertio millennio adveniente,
TMA 33). Os primeiros a oferecer o exemplo não poderiam deixar de ser os ministros ordenados: Bispos, Presbíteros, Diáconos. Esta purificação e este arrependimento devem ser entendidos sobretudo em referência a cada um de nós pessoalmente. São interpeladas em primeiro lugar as nossas consciências de ministros sagrados que trabalham neste tempo.

Diante da Porta Santa, percebemos a necessidade de "sair" da nossa terra egoísta, das nossas dúvidas, das nossas infidelidades e sentimos premente o convite a "entrar" na terra santa de Jesus, que é a terra da plena fidelidade à Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica. Ressoam na nossa alma as palavras do divino Mestre: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e aliviar-vos-ei" (Mt 11,28).

Queridos Diáconos, alguns de vós talvez estejam cansados pelos empenhamentos pesados, pela frustração a seguir a iniciativas apostólicas não bem sucedidas, pela incompreensão de muitos. Não desanimeis! Abandonai-vos nos braços de Cristo: Ele vos aliviará. Seja este o vosso Jubileu: uma peregrinação de conversão a Jesus.

4. Em tudo fiéis a Cristo, caríssimos Diáconos, sereis também fiéis aos vossos ministérios que a Igreja vos confia. Como é precioso o vosso serviço à Palavra e à catequese! Depois, o que dizer da diaconia da Eucaristia, que vos põe em contacto directo com o altar do Sacrifício no serviço litúrgico?

Além disso, justamente estais empenhados em viver de modo inseparável o serviço litúrgico com o da caridade nas suas expressões concretas. Isto torna evidente que o sinal do amor evangélico não é redutível a categorias puramente de solidariedade, mas se põe como coerente consequência do mistério eucarístico.

Em virtude do vínculo sacramental, que vos une aos Bispos e aos Presbíteros, viveis plenamente a communio eclesial. A fraternidade diaconal na vossa Diocese, embora não constitua uma realidade estrutural análoga à dos Presbíteros, leva-vos a compartilhar a solicitude dos Pastores. Da identidade diaconal brotam com clareza todos os elementos da vossa espiritualidade específica, que se apresenta essencialmente como espiritualidade de serviço.

5. Caríssimos, o Jubileu é tempo propício para restituir a esta identidade e espiritualidade a própria fisionomia originária e autêntica, de maneira a renovar interiormente e mobilizar todas as energias apostólicas.

A pergunta de Cristo: "Quando o Filho do Homem voltar encontrará fé sobre a terra?" (Lc 18,8) ressoa com singular eloquência nesta ocasião jubilar.

A fé deve ser transmitida e comunicada. É também vossa tarefa participar às jovens gerações o único e imutável Evangelho da salvação, afim de que o futuro seja rico de esperança para todos.
33 Sustente-vos nesta missão a Santa Virgem. Acompanho-vos com a minha oração, corroborada por uma especial Bênção Apostólica, que de coração concedo a vós, às vossas esposas, aos vossos filhos e a todos os Diáconos que servem o Evangelho em toda a parte do mundo.





DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


AOS RESPONSÁVEIS DA COMUNIDADE MUNDIAL


DE VIDA CRISTÃ


Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2000



Aos Responsáveis da
Comunidade Mundial de Vida Cristã

Com grande alegria dou-vos as boas-vindas ao Vaticano, Responsáveis da Comunidade Mundial de Vida Cristã, e em particular saúdo o vosso Presidente, Senhor José Maria Riera, os membros do Comité Executivo da Comunidade e o vosso Vice-Assistente eclesiástico, que representa o Prepósito-Geral da Companhia de Jesus. Quisestes vir aqui hoje para poderdes proclamar publicamente, durante este Grande Jubileu do Ano 2000, o vosso desejo de que Jesus Cristo, Filho de Deus e Filho de Maria, seja o centro autêntico da vida apostólica de toda a vossa Comunidade.

Vossa é a longa e rica tradição das Congregações Marianas, cuja origem remonta ao século XVI, por iniciativa de Santo Inácio de Loiola e dos seus companheiros. No decurso dos séculos, os Sumos Pontífices sustentaram e encorajaram o apostolado das Congregações, também através da publicação de documentos pontifícios. Em 1968, as Congregações Marianas, unidas numa Federação Mundial, pediram a Paulo VI que aprovasse os novos Princípios Gerais e os Estatutos da Federação, e em 1971 o nome da Congregação transformou-se em "Federação Mundial das Comunidades de Vida Cristã". Mais recentemente, em 1990, com a aprovação por parte da Sé Apostólica dos Princípios Gerais e das Normas, tornastes-vos a "Comunidade Mundial de Vida Cristã". Não obstante estas mudanças de nome e de estrutura, a Comunidade permanece fiel às comuns raízes espirituais, que compartilha com a Companhia de Jesus, e à tradição inaciana que herdou.

Actualmente, estais presentes em cinquenta e oito Países do mundo como comunidade de leigos, homens e mulheres, que dão testemunho de Jesus Cristo e trabalham para edificar o seu Reino. Para esta tarefa, hauris inspiração e força dos Exercícios espirituais de Santo Inácio. A ênfase que dedicais a uma radical e completa formação cristã é de particular benefício para cumprirdes o vosso apostolado. Como membros do laicado, sois chamados a ser fiéis testemunhas de Jesus Cristo em todos os sectores da vida: na família, na vida profissional, no mundo da política e da cultura, nas comunidades locais a que pertenceis. É-me grato saber que, como responsáveis da Comunidade de Vida Cristã, pedistes aos vossos grupos individuais que cooperassem de maneira mais intensa com os seus Pastores durante este ano jubilar e fortalecessem os vínculos de união com os Bispos diocesanos.

Em obediência ao "poder de Deus" (Rm 1,16), esforçais-vos por levar ao coração da cultura humana os ensinamentos da Igreja, que iluminam e orientam o anseio por uma sociedade mais justa e fraterna. De modo particular sois sensíveis à necessidade de levar o Evangelho como sustentáculo de todas as realidades humanas, pois "o Evangelho de Cristo renova continuamente a vida e cultura do homem decaído... Purifica sem cessar e eleva os costumes dos povos" (Gaudium et spes GS 58). A habilidade de exercitar este difícil apostolado deriva do esforço quotidiano por serdes conformes a Cristo, vivendo na sua graça e cultivando em vós os seus mesmos sentimentos (cf. Fl Ph 2,5). Mediante a adesão fiel a estas nobres finalidades, a vossa vida de fé tornar-se-á enriquecida e o vosso testemunho de Jesus Cristo na sociedade moderna produzirá frutos abundantes na vida da Igreja.

Convido-vos a recordar sempre a vossa história e tradição, em particular aquelas encarnadas pelas primeiras Congregações Marianas, das quais haure inspiração a actual Comunidade Mundial de Vida Cristã. Renovai a vossa confiança na Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de nosso Senhor Jesus Cristo e nossa Mãe. O seu exemplo de fé e de oração levar-vos-á a níveis cada vez mais elevados de serviço generoso à Igreja e à sociedade. É o exemplo mais eloquente de obediência ao Senhor e de aceitação da sua vontade. Tendo-a como modelo, Jesus será sem dúvida o centro da vossa vida e do vosso apostolado. Ao invocar sobre todos os membros da Comunidade Mundial de Vida Cristã a graça e a paz de nosso Senhor Jesus Cristo, concedo de coração a minha Bênção Apostólica.



MENSAGEM DO PAPA JOÃO PAULO II


AOS PARTICIPANTES DA VI SESSÃO PLENÁRIA


DA PONTIFÍCIA ACADEMIA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS


Aos participantes
na VI Sessão Plenária
34 da Pontifícia Academia
das Ciências Sociais

1. É-me grato saudar-vos por ocasião da VI Sessão Plenária da Pontifícia Academia das Ciências Sociais. Agradeço-lhe, Presidente, Professor Edmond Malinvaud, e a todos vós, membros da Academia, a dedicação e o empenho na obra que empreendeis para o bem da Igreja e da família humana.

Como sabeis, a doutrina social da Igreja quer ser um veículo através do qual pode levar o Evangelho de Jesus Cristo às diferentes situações culturais, económicas e políticas que os homens e as mulheres de hoje devem enfrentar. É neste preciso contexto que a Pontifícia Academia das Ciências Sociais oferece um importantíssimo contributo: como especialistas nas várias disciplinas sociais e seguidores do Senhor Jesus, participais naquele diálogo entre a fé cristã e a metodologia científica, que procura respostas autênticas e eficazes aos problemas e dificuldades que afligem a família humana. Como disse o meu Predecessor Papa Paulo VI: "toda a acção social acarreta uma doutrina" (Populorum progressio
PP 39) e a Academia contribui para garantir que as doutrinas sociais não ignorem a natureza espiritual dos seres humanos, o seu profundo anélito à felicidade e o seu destino sobrenatural que transcende os aspectos vitais meramente biológicos e materiais. A tarefa da Igreja, seu direito e dever é anunciar os fundamentais princípios éticos que governam a base e o justo funcionamento da sociedade, no interior da qual homens e mulheres realizam a própria peregrinação rumo ao seu destino transcendente.

2. O tema escolhido para a VI Sessão Plenária da Academia, "Democracia - Realidade e Responsabilidade", representa um tema muito importante para o novo milénio. Ainda que seja verdade que a Igreja não oferece um modelo concreto de governo ou de sistema económico (cf. Centesimus annus CA 43), "a Igreja encara com simpatia o sistema da democracia, enquanto assegura a participação dos cidadãos nas opções políticas e garante aos governados a possibilidade quer de escolher e controlar os próprios governantes, quer de os substituir pacificamente, quando tal se torna oportuno" (ibidem, 46).

No alvorecer do Terceiro Milénio a democracia deve enfrentar uma grave questão. Existe, de facto, a tendência a considerar o relativismo intelectual como o corolário necessário de formas democráticas de vida política. Sob esse ponto de vista, a verdade é determinada pela maioria e varia segundo transitórias tendências culturais e políticas. Todos os que estão convictos de que há verdades absolutas e imutáveis são considerados insensatos e inacreditáveis. Por outro lado, como cristãos nós cremos firmemente que "se não existe nenhuma verdade última que guie e oriente a acção política, então as ideias e as convicções podem ser facilmente instrumentalizadas para fim de poder. Uma democracia sem valores converte-se facilmente num totalitarismo aberto ou dissimulado, como a história demonstra" (ibidem).

Por isso é importante que os cristãos sejam ajudados a demonstrar que a defesa das normas morais universais e imutáveis é um serviço prestado não só aos indivíduos, mas também à sociedade no seu conjunto: tais normas "constituem, de facto, o fundamento inabalável e a sólida garantia de uma justa e pacífica convivência humana e, portanto, de uma verdadeira democracia" (Veritatis splendor VS 96). Com efeito, a própria democracia é um meio e não um fim, e "o valor da democracia vive ou morre nos valores que ela encarna e promove" (Evangelium vitae EV 70). Estes valores não se podem basear numa opinião mutável, mas só no reconhecimento de uma lei moral objectiva, que permanece sempre o necessário ponto de referência.

3. Ao mesmo tempo, a Igreja rejeita aceitar o extremismo ou o fundamentalismo que, no nome de uma ideologia que se declara científica ou religiosa, reivindica o direito de impor aos outros a sua ideia daquilo que é justo e bom. A verdade cristã não é uma ideologia. Antes, reconhece que as mutáveis realidades políticas e sociais não podem estar confinadas no âmbito de estruturas rígidas. A Igreja afirma constantemente a dignidade transcendente da pessoa humana e defende sempre a liberdade e os direitos humanos. A liberdade que a Igreja promove só encontra o seu pleno desenvolvimento e a sua expressão autêntica na abertura e na aceitação da verdade. "Num mundo sem verdade, a liberdade perde a sua consistência, e o homem acaba exposto à violência das paixões e a condicionalismos visíveis ou ocultos" (Centesimus annus CA 46).

4. Sem dúvida, o novo milénio assistirá ao progredir do fenómeno de globalização, aquele processo por meio do qual o mundo se torna sempre mais homogéneo. Nesse contexto, é importante recordar que a "saúde" de uma comunidade política se pode avaliar sobretudo com base na participação livre e responsável de todos os cidadãos nas questões públicas. Com efeito, esta participação é "condição necessária e garantia segura de desenvolvimento do homem todo e de todos os homens" (Sollicitudo rei socialis SRS 44). Por outras palavras, as unidades sociais mais pequenas, sejam elas nações, comunidades, grupos étnicos ou religiosos, famílias ou indivíduos, não devem ser absorvidas de maneira anónima num conglomerado maior, perdendo desse modo a própria identidade e vendo usurpadas as suas prerrogativas. Antes, a autonomia própria de toda a classe e organização social, cada uma na sua esfera, deve ser defendida e sustentada. Trata-se do princípio de subsidiariedade, que exige que uma comunidade de ordem superior não interfira na vida interna de uma comunidade de ordem inferior, privando esta última das suas funções legítimas. Ao contrário, a ordem superior deveria sustentar a inferior e ajudá-la a coordenar a própria actividade com a do resto da sociedade, tendo sempre presente o serviço ao bem comum (cf. Centesimus annus CA 48). A opinião pública deve ser educada para a importância do princípio de subsidiariedade, para a sobrevivência de uma sociedade autenticamente democrática.

Os desafios globais, que a família humana deve enfrentar no novo milénio, servem também para iluminar outra dimensão da doutrina social da Igreja: o seu âmbito é a cooperação ecuménica e inter-religiosa. O século há pouco terminado assistiu a enormes progressos, mediante iniciativas multilaterais para defender a dignidade humana e promover a paz. A era que estamos para viver deve assistir à continuação desses esforços: sem uma acção concertada e conjunta de todos os crentes, homens e mulheres de boa vontade, muito pouco pode ser feito para tornar a democracia autêntica, baseada sobre os valores, uma realidade para os homens e mulheres do século XXI.

5. Ilustres e queridos Académicos, exprimo mais uma vez o meu apreço pelo serviço inestimável que prestais iluminando, de maneira cristã, estas áreas da moderna vida social nas quais a confusão sobre os elementos essenciais muitas vezes obscurece e sufoca os elevados ideais arraigados no coração humano. Ao orar pelo bom êxito do vosso encontro, concedo de coração a minha Bênção Apostólica, que de bom grado faço extensiva às vossas famílias e aos vossos entes queridos.

35 Vaticano, 23 de Fevereiro de 2000.


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