Discursos João Paulo II 2000 469

AOS PARTICIPANTES NO ENCONTRO PROMOVIDO


PELO SERVIÇO MISSIONÁRIO DOS JOVENS ITALIANOS (SERMIG)


22 de Dezembro de 2000




470 Caros amigos do SERMIG

1. Bem-vindos e obrigado por esta vossa agradável visita. O meu pensamento vai, antes de tudo, para Ernesto Olivero e agradeço-lhe pelas palavras calorosas que quis dirigir-me em vosso nome. Saúdo, depois, os Senhores Cardeais, os Irmãos no Episcopado, as Autoridades presentes e quantos quiseram participar neste momento de intensa espiritualidade. Saúdo-vos especialmente a vós, caros jovens e famílias jovens, que sois a esperança da Comunidade civil e eclesial. O encontro de hoje oferece-me uma ocasião propícia para renovar o meu sincero apreço pelo SERMIG-Arsenal da paz de Turim, empenhado há muitos anos em iniciativas concretas em favor da paz nas diversas partes da terra.

2. Dentro de poucos dias celebraremos a solenidade do Natal, em que fazemos memória do nascimento do filho de Deus, luz do mundo. Jesus é a luz, e os seus discípulos são chamados a ser o seu reflexo, dando dele um testemunho de alegria e coerência. Mas, para poder anunciar e testemunhar Jesus e o seu Evangelho, é necessário, antes de tudo, conhecê-Lo e acolhê-Lo pessoalmente. Por conseguinte o Natal convida-nos a dar um espaço no nosso coração a Cristo que vem. Isto, em primeiro lugar, através da oração, que permite ao homem encontrar Deus no mais profundo do seu espírito e estabelecer com Ele um diálogo constante de fé e de amor. Cheios da sua luz, os amigos de Jesus poderão tornar-se faróis de esperança.

Isto é válido de um modo particular para vós, caros jovens, que olhais a vida com legítimas esperanças e dais conta de quão complexas são as perspectivas do futuro. Por vezes o mundo parece envolvido de obscuridades: a obscuridade de quem tem fome e de quem morre, de quem não tem casa, trabalho ou uma adequada assistência; a obscuridade da violência e do desespero que leva alguns, talvez, até ao suicídio.

Quem poderá vencer estas trevas? Vós bem o sabeis: o mundo tem necessidade da luz de Cristo. Precisa também de vós, do vosso entusiasmo e do vosso contributo pra difundir esta luz em toda a parte. Alguns dos vossos contemportâneos, como há pouco escutámos, já fizeram a sua opção e, seguindo o divino Mestre, dedicam a sua existência à causa da paz. Com a sua generosidade, desejam contagiar muitos outros rapazes e moças para difundir a luz do Evangelho e mudar o curso da história. Possa o seu esforço ser coroado dos frutos desejados, para que cresça o número dos artífices da paz.

3. Caros amigos do SERMIG, escutei com grande atenção a leitura da vossa "Carta aos jovens". O vosso compromisso humano e cristão, assim formulado solenemente, chama-vos a ser testemunhas da esperança evangélica no novo milénio. Leva-vos, também, a ser artífices de unidade entre as diversas culturas e religiões, através de gestos concretos de solidariedade, como os que estais a realizar no Médio Oriente. Continuai neste caminho: consagrai a vida à causa da paz.

O Papa olha para vós com confiança e também hoje vos encoraja a perseverar no vosso propósito. Escrevei, caros amigos, cada um com o seu próprio contributo, uma página da história dos jovens e para os jovens, de onde emergem as novas gerações como protagonistas apaixonados de uma fecunda estação da civilização do amor.

O Apóstolo Paulo recorda que "Deus ama quem dá com alegria" (
2Co 9,7). Eis a perspectiva que deve dominar sempre a vossa acção missionária: dar-vos a vós mesmos com alegria pela causa do Evangelho, sem pedir nada em troca; ajudar quem tem necessidade e quem nada tem, sem esperar alguma recompensa.

Quão largo e complexo é o campo de acção que se abre diante de vós, caros apóstolos do terceiro milénio! Na era da globalização é preciso "globalizar" a solidariedade e o amor, a fim de que a mensagem libertadora do Evangelho chegue a toda a parte. Isto exige, também, andar contra a corrente, ser incompreendidos e, talvez, até marginalizados. Mas é indispensável permanecer coerentes com os próprios princípios e fiéis a Cristo e à Igreja.

4. Nestes dias de Advento e no mistério do Natal sobressai a imagem silenciosa de Maria, Virgem fiel e Mãe cheia de carinhos. Nestes dias vós quisestes pensar n'Ela, ao oferecer-me um dom como recordação deste nosso encontro. Obrigado por me haverdes dado uma característica imagem de "Maria, Mãe dos Jovens". Seja Ela, a Senhora, a acompanhar-vos e proteger-vos neste vosso itinerário espiritual e comunitário. Inspirai-vos n'Ela que, como insígnia do Concílio Vaticano II, é o modelo incomparável e perfeito da vida e da missão da Igreja, é a mãe que gera os cristãos e os conduz à perfeição da caridade (cf. Lumen gentium LG 63-65).

Maria ajudar-vos-á a ser apóstolos de paz e a atingir o cume da santidade, como aconteceu a não poucos dos vossos coetâneos que vos precederam. Apraz-me aqui recordar, de modo singular, o beato Piergiorgio Frassati, um verdadeiro atleta de Deus, morto aos vinte e quatro anos, depois de uma vida de amor e de fé. Ele escrevia numa sua carta: "Com o amor semeia-se nos homens a paz, mas não a paz do mundo, a verdadeira paz que só a fé em Jesus Cristo pode dar". Eis a paz que vós quereis e deveis construir sempre e em toda a parte.

471 Quanto a mim, acompanho-vos com a oração, para que nunca diminua em vós o entusiasmo que hoje mostrais. E, enquanto formulo ardentes votos natalícios, de coração vos concedo a vós, às vossas famílias e a quantos fazem parte do SERMIG uma especial Bênção Apostólica.



PALAVRAS DO SANTO PADRE


AOS PEREGRINOS JUBILARES


Sábado, 23 de dezembro de 2000



Dilectos Irmãos e Irmãs

1. É-me grato dar a todos vós as cordiais boas-vindas a este encontro, que reflecte a atmosfera espiritual do Natal, já iminente. O grandioso mistério da Encarnação, que nos preparamos para celebrar com especial solenidade no termo do grande Jubileu, constitui uma ocasião propícia para renovarmos a nossa fé no Filho de Deus, que nasceu em Belém há dois mil anos.

O Jubileu caminha rumo à sua conclusão. É importante que neste período final do itinerário jubilar cada fiel se empenhe de maneira mais intensa na purificação e no revigoramento da própria fé, diante dos perigos e das insídias que a podem ameaçar neste nosso tempo. E entre as intrigas, não estão porventura também as formas aberrantes do sentimento religioso, que exploram as necessidades e as aspirações mais profundas do ânimo humano, propondo perspectivas de realização ilusórias e falazes? Infelizmente, numerosas famílias são atingidas por este problema terrível, devido ao envolvimento de alguns dos seus membros, de forma especial os filhos, que com frequência são os mais frágeis e expostos a tais perigos.

Desde há tempos a Igreja considera com preocupação estas problemáticas, que atingem o coração da vida dos cristãos. Para os fiéis, a difusão das "seitas" deve constituir um estímulo a aprofundar as suas convicções de fé. Somente um testemunho mais vigoroso dos valores cristãos e uma sólida renovação do compromisso pastoral poderão ser uma resposta válida a este desafio. Só uma fé profunda, vivida com coerência, constitui um antídoto eficaz para tão perigosos desvios do sentimento e da prática religiosa.

Aos funcionários da Agência romana para a preparação do Jubileu

2. Agora dirijo o meu pensamento aos funcionários da Agência romana para a preparação do Jubileu, acompanhados dos seus familiares. Caríssimos, o encontro de hoje oferece-me a agradável oportunidade de vos expressar um cordial apreço e um profundo reconhecimento pela generosa obra que levais a cabo nestes meses de trabalho intenso. Estou-vos grato de forma especial pela cooperação que prestais aos Organismos da Santa Sé. Com efeito, foi também em virtude do vosso compromisso que o Jubileu pôde desenrolar-se de modo activo e profícuo. Com competência e responsabilidade, ajudastes os numerosos peregrinos e turistas, vindos neste período à Capital, a desfrutar uma permanência mais serena e tranquila.

Faço votos de coração para que o serviço que ofereceis à celebração do Ano jubilar vos tenha ajudado e continue a auxiliar-vos na assimilação dos nobres valores espirituais e culturais, próprios do Jubileu.

Aos fiéis de Grumo Nevano e aos sócios do Clube automobilístico

3. Além disso, gostaria de saudar os peregrinos provenientes de várias paróquias, entre os quais o numeroso grupo de Grumo Nevano e de maneira especial as crianças, acompanhadas dos seus pais. A vós, que sois os mais pequeninos, formulo votos a fim de que sigais o exemplo do Menino Jesus, de quem o Evangelho diz que "se submeteu" aos pais e "crescia em sabedoria, idade e graça" (cf. Lc Lc 2,51-52). Recordo a todos que o Santo Natal nos chama a medir a nossa fé com a mensagem fulcral do Cristianismo; ou seja, que nos convida a receber com coração humilde e reconhecido a Jesus que, ao nascer, vem ao encontro do homem na pobreza e no escondimento.
472 Saúdo ainda os sócios do Clube automobilístico, aqui vindos em peregrinação jubilar.

Caríssimos, sabei encontrar sempre motivações profundas e altos ideais a compartilhar nas vossas actividades associativas e desportivas. O Jubileu constitui uma premente chamada à conversão do coração e à solidariedade para com os irmãos. Para que isto se concretize, é preciso crescer na escuta de Cristo e na recepção da sua mensagem salvífica.

Aos demais grupos de peregrinos

4. Enfim, dirijo uma cordial saudação aos fiéis que aqui vieram em grupo ou individualmente. Caríssimos, enquanto vos manifesto a sincera gratidão pela visita de hoje, exorto todos vós a dirigir o olhar para Maria, Mãe do Redentor. Oxalá Ela nos ajude a receber com dignidade o Filho de Deus que se fez homem no seu seio virginal, a fim de participar na nossa existência humana.

Façamos nossa a sua atitude sapiencial e contemplativa, descrita por Lucas, o Evangelista do nascimento e da infância de Jesus. "Maria ele observa por sua vez, conservava todas estas coisas, meditando sobre elas no seu coração" (cf. 2, 19). Assim seja também para cada um de vós, a quem concedo de coração a minha Bênção, acompanhada de ardentes bons votos de um jubiloso e santo Natal.




DURANTE O ENCONTRO COM OS


PEREGRINOS JUBILARES


Sábado, 30 de dezembro de 2000

Caríssimos Irmãos e Irmãs

1. É com grande alegria que vos recebo nesta Audiênca singular, a última do Ano 2000. Juntamente convosco, desejaria agradecer ao Senhor os inúmeros benefícios que nos concedeu durante os meses passados.

Aos peregrinos da Arquidiocese de Monreale

Entre os grupos provenientes da Itália, sinto-me feliz por acolher e saudar, em primeiro lugar, os fiéis da Arquidiocese de Monreale, chefiados pelo seu Arcebispo, D. Pio Vittorio Vigo. Para vós, caríssimos, a peregrinação deste dia é a última de um ano que testemunhou a vinda de numerosos peregrinos da vossa Arquidiocese às Basílicas romanas, já a partir de 27 de Dezembro de 1999. Estou persuadido de que a paragem junto dos túmulos dos Apóstolos e as várias outras iniciativas jubilares promovidas a nível local não deixarão de promover a desejável renovação espiritual e apostólica no tecido social da vossa terra.

Saúdo inclusivamente os numerosos grupos paroquiais aqui presentes e de maneira especial os de San Tammaro em Grumo Nevano, de San Cantalice e de Cristo Rei em Pisticci. Aproveito de bom grado este ensejo para formular a cada paróquia os bons votos de um sereno e fecundo ano pastoral.

473 À representação das Organizações de Voluntariado

2. Agora, dirijo-me à numerosa representação das Organizações de Voluntariado, que actuam no âmbito da Protecção Civil, congregadas em Roma para o seu Jubileu. Saúdo com deferência as Autoridades aqui presentes, a começar pelo Ministro do Interior, a quem agradeço as cordiais palavras que há pouco me dirigiu. Além disso, estou grato aos dois representantes dos Voluntários, que se fizeram porta-vozes dos sentimentos de todos os presentes. Caríssimos Voluntários, obrigado ainda pelos vossos dons: pela pá, antigo e novo instrumento de trabalho, e pelo capacete dos Bombeiros, sempre presentes quando há uma vida a salvar.

Vós constituís uma das expressões mais recentes e amadurecidas da longa tradição de solidariedade, que enterra as raízes na generosidade e no altruísmo do povo italiano. Nas vossas associações confluem crentes e não-crentes, animados pelo comum desejo de socorrer quem se encontra em necessidade. Recentemente as nobres finalidades e os propósitos dos vossos organismos encontraram o devido reconhecimento em apropriadas normas legislativas, que contribuíram para a formação de uma identidade nacional do voluntariado de protecção civil, atenta às necessidades primordiais da pessoa humana e do bem comum.

Hoje as vossas associações, de carácter tanto nacional como local, contam na Itália cerca de um milhão e trezentos mil membros, subdivididos em mais de três mil organizações. Elas, que assumem cada vez mais o papel de sentinelas naturais do território, escreveram nos últimos anos maravilhosas páginas de generosa solidariedade e na realidade contemporânea representam um promissor sinal de esperança.

Como deixar de recordar, por exemplo, as intervenções em favor das vítimas das aluviões na região da Versília, dos terremotos na Úmbria e nas Marcas, das vítimas do desmoronamento de uma colina de Sarno, do Piemonte e do Vale de Aosta? E como não considerar com admiração os milhares de voluntários que participaram em missões humanitárias na Bósnia-Herzegovina, na Albânia e no Kossovo, ou ainda nas operações de socorro às populações turcas, atingidas pelo recente sismo, e das populações francesas da região da Dordonha? Nestas ocasiões, a colaboração dos voluntários com as forças institucionais não só deu remédio às consequências de tragédias graves, mas também contribuiu para suscitar no meio do povo um mais vigoroso impulso de solidariedade.

A vossa presença em Roma no dia de hoje, para celebrar o Jubileu, exprime claramente o vosso compromisso em dar continuidade à nobre obra que caracteriza as associações de voluntariado da protecção civil. Caríssimos, continuai a testemunhar no vosso trabalho benemérito o primado do ser sobre o ter, típico de toda a visão religiosa do homem e do mundo. Desta forma, contribuireis para lançar as bases da civilização do amor. Em toda a parte onde insídias e perigos atentam contra a tranquilidade e a paz, deixando o homem humilhado e abandonado, sede sentinelas vigilantes e ícones vivos do Bom Samaritano!

A Virgem Maria que, ao ser informada acerca das necessidades da sua prima Isabel, se dirige "à pressa" para onde precisam dela (cf. Lc
Lc 1,39), seja o vosso modelo e sustento.

À Federação Nacional dos Colégios das Obstetrizes

3. Agora saúdo todos vós, caríssimos participantes na peregrinação promovida pela Federação Nacional dos Colégios das Obstetrizes. A vossa visita está em justa harmonia com o tempo de Natal, quando nos recordamos de um nascimento extraordinário, que mudou a sorte da história. O meu pensamento dirige-se ainda aos responsáveis dos vários Colégios locais, que formam a vossa Federação, espalhada em todo o território italiano, aos operadores que vos coadjuvam na profissão e aos vossos familiares que se uniram a este vosso gesto de fé por ocasião do Jubileu.
O século XX conheceu um extraordinário progresso médico e científico na preservação e melhoramento da vida do homem. Trata-se de um dom por que devemos estar gratos a Deus e àqueles que se dedicaram ao estudo dos processos reguladores da existência humana. Todavia, não podemos negar que as passadas décadas viram também instaurar-se, em muitas pessoas, uma mentalidade que vai contra a vida, de maneira especial quando ela se acha em situações de máxima precariedade e é incapaz de se defender. Não obstante a consciência não cesse de indicar o valor da vida como sagrada e intangível, pode-se dizer que ele padece em não poucos casos como que de um eclipse, também em virtude da autorização jurídica concedida pela lei a práticas objectivamente contrárias à vida. Contudo em nome da verdade, a Igreja continua a não se calar diante de decisões que se colocam contra a vontade de Deus, inscrita na própria natureza do ser humano.

A mentalidade contemporânea é tentada a considerar o filho, ora como um direito, ora como um perigo. Mas ao contrário, o filho é sempre uma dádiva de Deus e d'Ele recebe imediatamente o direito a existir. Portanto, somente a Deus pertence a senhoria sobre a sua vida. Consciente disto, a Igreja não se cansa de confessar com as palavras do antigo mestre de Israel: ó Deus, "Tu tens poder sobre a vida e a morte" (Sg 16,13).

474 Caríssimas obstetrizes, que escolhestes como profissão sustentar com os vossos cuidados a vida nascente, é a vós que cabe a comprometedora missão de ser, em todas as circunstâncias, solícitas promotoras deste bem fundamental do ser humano. A fé vos oriente para que saibais anunciar o evangelho da vida em toda a parte.

Maria, Mãe do Senhor, que contemplamos juntamente com José ao lado do berço do Filho de Deus, sustenha a vossa obra ao serviço da vida.

Aos féis de línguas francesa, inglesa, alemã, portuguesa e holandesa

4. Saúdo cordialmente os peregrinos de língua francesa, especialmente um grupo da União Apostólica do Clero, os membros da Comunidade Apostólica de São Francisco Xavier e os leigos que colaboram com eles, um grupo do Centro de Estudos Religiosos de Paris e enfim um grupo de fiéis da Diocese de Tulle e de Châlons. O tempo do Natal convida-nos a acolher na alegria Jesus de Nazaré, Deus verdadeiro e Homem perfeito. Oxalá a vossa peregrinação jubilar reanime a vossa fé e renove em vós o desejo de vos comprometer no seguimento de Cristo, que "na sua pessoa destruiu o ódio" (
Ep 2,16)! A todos vós, concedo do, íntimo do coração, a minha Bênção apostólica!

Faço extensiva uma calorosa saudação aos peregrinos e visitantes de expressão inglesa que vieram a Roma nestes últimos dias do grande Jubileu. Que a experiência de passar pela Porta Santa que é Cristo vos confirme na fé e na santidade de vida. A graça do Jubileu encoraje os cristãos em toda a parte a fazer com que Jesus, nosso Salvador, seja melhor conhecido e amado. Ele é a nossa verdadeira esperança! Ele é a autêntica riqueza do mundo! Sobre vós e as vossas famílias, invoco cordialmente a alegria e a paz que os Anjos anunciaram em Belém. Deus permaneça com todos vós!

É com grande cordialidade que saúdo todos os presentes, provindos dos países de língua alemã. Dou particulares boas-vindas aos peregrinos oriundos da Alemanha e da Suíça. A vossa peregrinação a Roma, no contexto do Ano Santo, vos aproxime de Cristo, a Porta que conduz à vida eterna. A luz do Natal resplandeça no Novo Ano e vos indique o caminho no terceiro milénio. Como penhor, concedo a cada um de vós e aos vossos entes queridos em casa a bênção apostólica.

Saúdo cordialmente quantos me ouvem e a peregrinação dos responsáveis de algumas comunidades de Santo Egídio na África, particularmente os grupos provindos de Moçambique, Cabo Verde e Angola. Ainda dentro das festas natalícias, convido-vos a acolher com júbilo e paz o Menino Jesus, para compreender que somos amados por Deus e quanto seremos felizes se lhe correspondermos com fé, esperança e amor. Desejo a todos um Feliz Ano Novo e concedo-lhes de coração a minha Bênção.

É com cordialidade que saúdo os peregrinos holandeses e belgas. O Verbo fez-se carne e veio habitar no meio de nós, a fim de que todos nós recebêssemos a paz interior. Damos testemunho desta paz a todos os homens de boa vontade. Concedo-vos de coração a Bênção Apostólica!
Louvado seja Jesus Cristo!

Aos peregrinos de expressão polaca

Estendo a minha saudação a todas as pessoas aqui presentes, peregrinos da Polónia.
475 O festivo tempo natalício, que num certo sentido encerra o ano do grande Jubileu, aproxima-nos de modo especial dos mistérios que constituíram o cerne das experiências jubilares. Quando nos reunimos em redor do presépio, que representa a gruta de Belém, anima-se na nossa consciência a verdade segundo a qual "Deus [...] amou de tal forma o mundo, que entregou o seu Filho único, a fim de que quem acreditar nele não morra, mas tenha a vida eterna" (Jn 3,16). Referimo-nos a esta verdade ao longo do ano inteiro, agradecendo a Deus o imenso dom do seu amor.

Conscientes de que nem sempre fomos capazes de corresponder plenamente a este amor, pedimos o perdão pela nossa infidelidade e, confiantes na misericórdia de Deus, fizemos propósitos para o novo milénio. Persuadidos de que não somos capazes de os cumprir somente com as nossas forças, pedimos ao Filho de Deus a luz e o poder do Espírito Santo, para poder amadurecer na fé, na esperança e na caridade, tornando-nos cada vez mais testemunhas da Redenção.

Uma vez mais, neste dia desejo agradecer convosco a Deus este tempo de graça e formular bons votos a vós e aos vossos familiares, para que os frutos deste ano perdurem nos vossos corações e enriqueçam o novo século e o novo milénio. Deus vos abençoe!

5. A Audiência de hoje foi enriquecida por outras presenças significativas, sobretudo de leigos e de jovens. Entre elas, desejaria citar a Comissão Nacional Italiana de Amigos de São Rocco, e também os membros de pretigiosas academias italianas aqui reunidos e os jovens aderentes à Obra de Dom Orione, vindos a Roma para viver em conjunto um "início de ano alternativo", em conformidade com a fórmula já experimentada desde há vários anos. Queridos amigos, obrigado pela vossa presença!

Formulo a todos vós os votos para que o Novo Ano tenha início na luz e na paz de Cristo Salvador enquanto, de coração, abençoo cada um de vós.











Discursos João Paulo II 2000 469