Discursos João Paulo II 2001

Uma vez mais, confio-vos à protecção de Nossa Senhora de Jasna Góra, a vós, os vossos pais, os vossos pastores e toda a juventude da Polónia.

Abençoo- vos a todos do íntimo do coração.


Castelgandolfo, 13 de Agosto de 2001.



DISCURSO DO SANTO PADRE AOS


JOVENS PARTICIPANTES NO


II ENCONTRO INTERNACIONAL DENOMINADO


"JOVENS RUMO A ASSIS"


Sábado, 18 de agosto de 2001

1. Bem-vindos, caríssimos jovens participantes no II encontro internacional "Jovens rumo a Assis"! Sinto-me feliz por vos receber e é com alegria que vos dirijo a saudação evangélica que vos é tão querida: "O Senhor vos conceda a paz!". Reunistes-vos de muitas regiões do mundo para aprofundar em conjunto, na simplicidade dos lugares franciscanos, o testemunho de dois campeões do Espírito: São Francisco e Santa Clara de Assis.


Obrigado por esta vossa grata visita. Saúdo de maneira particular o Ministro-Geral dos Frades Menores Conventuais, Rev.do Pe. Joachim Anthony Giermek, e agradeço-lhe as palavras que me dirigiu em nome de todos. Cumprimento os Religiosos e as Religiosas, que para vós são guias ao longo da senda da vida evangélica.

O tema escolhido para o vosso encontro internacional é o da alegria. Trata-se de um tema de grande interesse e muita actualidade, porque todos nós temos necessidade da alegria autêntica e duradoura.

2. Os amigos do jovem Francisco chamavam-lhe rei das festas, em virtude da sua disponibilidade e generosidade, pela sua alegria e simpatia. Humanamente, podia ter muitos motivos para ser feliz, e contudo faltava-lhe algo. Abandonou tudo, quando encontrou o que lhe era mais necessário. Encontrou Cristo e descobriu a verdadeira felicidade. Compreendeu que só é possível ser feliz dando a vida por um ideal, construindo algo de duradouro à luz dos conselhos exigentes do Evangelho.

Dilectos jovens, muitos mestres falsos indicam caminhos perigosos, que levam a alegrias e satisfações efémeras. Hoje, em muitas manifestações da cultura predominante, há uma grande indiferença e superficialidade. Caros jovens, imitando Francisco e Clara, não desperdiceis os vossos sonhos! Sonhai, mas na liberdade! Fazei projectos, mas na verdade!

Também a nós, o Senhor pergunta: "Quem desejais seguir?". Respondei com o Apóstolo Pedro: "Senhor, para quem havemos nós de ir? Tu tens palavras de vida eterna" (Jn 6,68). Somente Deus é o horizonte infinito da vossa existência. Quanto mais O conhecerdes, tanto mais descobrireis que só Ele é amor e fonte inexaurível de alegria.

Porém, para entrar e permanecer em contacto com Deus, é indispensável estabelecer com Ele um profundo relacionamento na oração. Quando é autêntica, a oração difunde a energia divina em todos os âmbitos e momentos da vida. Faz-nos viver de maneira nova. Não é porventura a oração que fez de Francisco um homem novo e de Clara uma fonte de luz?

3. Vós sois de Deus e Ele é vosso! A consciência de pertencer a Deus há-de tornar-vos, como Francisco e Clara, criaturas pacificadas pela sua presença: "O amor de Deus infunde felicidade escreve Santa Clara numa das suas cartas a sua suavidade permeia a alma inteira, que é a mais digna entre todas as criaturas, e a graça de Deus torna-a maior do que o céu. De facto, enquanto os céus com todas as outras coisas criadas não podem conter o Criador, a alma fiel por sua vez, e somente ela, é a sua morada e estadia" (FF 2901; 2892).

A alma é maior do que o céu! Tendo compreendido esta íntima realidade espiritual, Francisco e Clara não hesitaram em correr para os píncaros da santidade. A santidade não é uma espécie de percurso ascético extraordinário, praticável apenas por alguns "génios" mas, como recordei na recente Carta Apostólica Novo millennio ineunte, é a "medida alta" da vida cristã ordinária (cf. NMI, 32). A santidade consiste em fazer cada dia algo de belo por Deus, mas também em reconhecer aquilo que Ele fez e continua a realizar em nós e por nós. Sede santos, caríssimos jovens, porque a falta de santidade é o que faz do mundo um lugar triste! Os santos em que vos inspirais continuam a exercer um fascínio extraordinário, porque dedicaram incessantemente a sua existência a Cristo. E, sem o desejar, deram origem a um estilo evangélico "revolucionário", que ainda hoje continua a encantar um grande número de jovens, e não só jovens. Inclusivamente vós ficastes extasiados com o fascínio do seu testemunho e a vossa presença neste encontro salienta o vosso desejo de imitá-los fielmente.

4. Francisco e Clara tornaram-se irmão e irmã de cada ser humano. E não só, mas de todas as criaturas animadas e inanimadas. Ao contemplar a natureza, o olhar enche-se de júbilo, quando Francisco descobre que tudo lhe fala de Deus, e exclama no Cântico do irmão sol: tudo "... de ti, Altíssimo, adquire significado" (FF 263).

Caríssimos jovens, aprendei também vós a observar o próximo e a criação com os olhos de Deus. Respeitai principalmente o seu ápice, que é a pessoa humana. Na escola de mestres tão valorosos, aprendei o uso sóbrio e atento dos bens. Prodigalizai-vos a fim de que eles sejam melhor distribuídos e compartilhados, no pleno respeito dos direitos de cada pessoa. Lendo o grande livro da criação, o vosso espírito se abra para o louvor reconhecido ao Criador.

5. Como Clara e Francisco, aprendei a recorrer constantemente ao auxílio divino. Eles repetem a cada um de vós: "Deposita a tua confiança no Senhor e Ele cuidará de ti" (FF 367). Sim, queridos rapazes e moças, tende confiança em Deus! Imitai Francisco e Clara inclusivamente na sua confiança filial a Nossa Senhora e procurai n'Ela o afecto e a protecção. Estreitai-vos a Maria, Mãe dulcíssima, que desde há séculos a Igreja evoca como causa da nossa alegria. Será motivo de júbilo inclusivamente para vós, porque Maria é para todos Mãe zelosa!

Com estes bons votos asseguro-vos a minha lembrança na oração e, de coração, abençoo-vos a todos.



CARTA DO SANTO PADRE AO SUPERIOR-GERAL DA


CONGREGAÇÃO DOS FILHOS DO AMOR MISERICORDIOSO


PELO 50° ANIVERSÁRIO DA SUA FUNDAÇÃO


: Rev.do Pe. MAXIMIANO LUCAS
Superior-Geral da Congregação dos Filhos do Amor Misericordioso


1. Foi com alegria que tomei conhecimento de que, neste ano, a vossa Família religiosa está a celebrar o 50º aniversário da sua fundação, e é de bom grado que me uno à acção de graças que elevais ao Senhor numa circunstância tão feliz.

Há 50 anos, a Serva de Deus Madre Esperança Alhama Valera, inspirada pelo Senhor, deu vida ao vosso Instituto. Recordando com emoção aquele dia, de todos vós, queridos Filhos do Amor Misericordioso, eleva-se um louvor comum a Deus omnipotente. Evocando o ensinamento da venerada Fundadora, agradeceis Àquele que "nos abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo" (Ep 1,3). Ao mesmo tempo, unidos num só coração, tendes a intenção de renovar a vossa filial adesão ao Magistério do Sucessor de Pedro.

2. Além de dar graças a Deus, esta celebração significativa oferece-vos a oportunidade de meditar sobre o carisma específico que vos caracteriza. É o que desejais fazer, através do Congresso que se realiza nestes dias em Collevalenza, sobre o tema: "Os Filhos do Amor Misericordioso e a fraternidade sacerdotal". Este tema, que põe em grande evidência a vossa missão e o vosso serviço aos presbíteros, impele-vos a ser em toda a parte intrépidos e incansáveis apóstolos da misericórdia divina.

Portanto formulo-vos votos para que, com as palavras do Apóstolo Paulo, "Cristo habite pela fé nos vossos corações, de sorte que, arraigados e fundados na caridade, possais compreender com todos os santos, qual é a largura, o comprimento, a altura e a profundidade do amor de Cristo e conhecer a sua caridade, que excede toda a ciência" (Ep 3,17-19). Com efeito, é o seu amor que haveis de difundir; é a sua graça que sois chamados a comunicar com todos os instrumentos à vossa disposição.

"Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, estando nós mortos pelos nossos delitos, deu-nos a vida juntamente com Cristo" (Ep 2,4-5). Recordai com frequência estas palavras do Apóstolo Paulo aos Efésios. A vida de um sacerdote é "mistério de misericórdia". É quanto eu quis recordar na Carta que, por ocasião da Quinta-Feira Santa deste ano, enviei aos presbíteros do mundo inteiro.

Embora a mentalidade contemporânea, mais do que no passado, pareça querer afastar da vida e tirar do coração do homem a própria ideia da misericórdia, é preciso proclamar incessantemente a absoluta gratuidade com que Deus nos escolheu e nos ama. "Misericórdia observava eu na mencionada Carta aos Sacerdotes é a condescendência com que Ele nos chama a agir como seus representantes... é o perdão que Ele nunca nos recusa" (n. 6).

3. É com emoção que recordo a peregrinação que tive a alegria de realizar ao Santuário do Amor Misericordioso, em Collevalenza, há vinte anos. Essa foi a minha primeira viagem apostólica depois do incidente de 13 de Maio, na Praça de São Pedro. Agora, regresso em peregrinação espiritual a Collevalenza, onde a vossa Comunidade se reúne para as celebrações jubilares. Ajoelho-me juntamente convosco e contemplo o grande e sugestivo Crucifixo, diante do qual inúmeros peregrinos se detêm em oração.

Do Coração traspassado do Redentor brota a fonte infinita do amor misericordioso. Deus é "rico em misericórdia": a vossa existência seja inteiramente um cântico a este sublime mistério de salvação. Fazei com que as pessoas com quem vos encontrais no vosso apostolado quotidiano sintam que o Pai celestial está "particularmente próximo do homem, sobretudo quando este sofre, quando é ameaçado no próprio núcleo da sua existência e da sua dignidade" (Dives in misericordia, DM 2).

Sim! Recebei e difundi o amor do Senhor, amor que tudo compreende e renova; amor que abarca todo o homem e o homem todo; amor que transforma a tristeza em alegria, as trevas em luz e a morte em vida. Num mundo assinalado pela solidão e pela angústia, pede-se-vos que façais resplandecer a verdade e o calor do Amor divino, manancial de paz e de esperança.

4. Caríssimos Filhos do Amor Misericordioso! Para um Instituto religioso 50 anos não são muitos, mas constituem uma meta significativa. Nestes dias, voltais oportunamente com o pensamento às origens, para vos projectardes rumo ao futuro com um impulso mais generoso. A Igreja conta convosco! No alvorecer de um novo milénio, pede-vos que vos façais ao largo com confiança, conservando o vosso olhar fixo em Cristo.

A Mãe do Verbo que se fez Homem esteja ao vosso lado e vos sustenha. A Ela, que na sua total disponibilidade foi "a serva do Senhor" (Lc 1,38) e fez da sua existência um cântico de louvor e de bênção à imensa ternura de Deus, deveis recorrer com a confiança devota que caracteriza a vossa inesquecível Fundadora.

Quanto a mim, asseguro-vos a minha oração enquanto te abençoo com afecto, Rev.do Padre, os membros do Instituto e quantos fazem parte da vossa Família espiritual.

Castelgandolfo, 11 de Agosto de 2001.



MENSAGEM DO SANTO PADRE


AO PREPÓSITO-GERAL DA


CONGREGAÇÃO DA PAIXÃO DE JESUS CRISTO


(PADRES PASSIONISTAS)





Rev.do Pe. OTTAVIANO D'EGIDIO
Prepósito-Geral da Congregação da Paixão de Jesus Cristo

Também este ano vai realizar-se, à sombra do Santuário de São Gabriel da Virgem das Dores, o encontro promovido pelos Padres Passionistas, que já chegou à sua XXI edição.

Saúdo quantos nele participam e aqueles que o prepararam com cuidado. De modo especial, saúdo o Senhor Cardeal Agostino Cacciavillan, que presidirá à solene celebração eucarística, no sábado 25 de Agosto. Espiritualmente presente, gostaria de me dirigir a cada um dos participantes com a confiança que deposito no seu entusiasmo juvenil.

Queridos jovens! Cristo pede que sejais protagonistas, na sociedade moderna, de uma profunda renovação religiosa, centrada na oração, na conversão pessoal e na constante busca da comunhão eclesial. Muitos de vós, como catequistas e animadores de grupos, movimentos e associações, estão comprometidos de várias formas nas paróquias e em diversas dioceses, de maneira especial no Centro e no Sul da Itália. Esta vossa acção missionária vos torne cada vez mais atentos aos "sinais" e aos "desafios" do nosso tempo.

O vosso encontro tem como tema: "Habita na terra e vive com fé; globalização ou homem global?", e oferece-vos a ocasião para reflectir sobre uma das questões mais actuais. O moderno desenvolvimento económico e técnico tende a fazer da humanidade uma "aldeia global", com uma estreita rede de intercâmbios e de comunicações. Encontramo-nos na presença de uma mudança histórica que, porém, deve ser orientada a fim de que não seja nociva à dignidade do homem e do bem comum. A este respeito, os cristãos são chamados a oferecer a sua contribuição, imbuindo este processo complexo com os valores evangélicos. É necessário "globalizar" a solidariedade e o amor, segundo o novo mandamento de Jesus. Cabe também a vós, caros jovens, trabalhar com todos os meios para construir uma civilização e uma cultura inspiradas no Evangelho da caridade.

O futuro do mundo estará em grande medida nas vossas mãos.

A este propóstio, vem-me à mente a recomendação que confiei aos jovens do mundo inteiro, durante a inesquecível vigília em Tor Vergata, por ocasião do Dia Mundial da Juventude, no Grande Jubileu de 2000. Nessa ocasião, eu dizia: "Vejo em vós as sentinelas da manhã, nesta aurora do terceiro milénio".

Repito este convite também a vós, estimados participantes neste encontro. Para realizar esta importante tarefa, segui com fidelidade o caminho de formação da vossa espiritualidade típica, que vos pede que sejais "peregrinos, sentinelas e testemunhas". Peregrinos em busca de Deus, sentinelas que velam, preparando a volta gloriosa do Senhor ressuscitado, testemunhas intrépidas e corajosas da sua mensagem de salvação.

Neste itinerário espiritual vos sustente o exemplo de São Gabriel da Virgem das Dores que, da grande Tenda do Santuário, vos protege. Guie-vos sempre a Virgem Maria, Mãe da Esperança e Estrela da nova evangelização.

Com estes sentimentos, concedo-lhe de coração, Rev.do Padre Prepósito-Geral, ao Senhor Cardeal Agostino Cacciavillan, aos organizadores do encontro e a todos os jovens participantes a implorada Bênção apostólica.

Castel Gandolfo, 6 de Agosto de 2001.



MENSAGEM À SUPERIORA-GERAL DA


CONGREGAÇÃO DAS RELIGIOSAS FRANCISCANAS


DE SANTO ANTÓNIO



Rev.da Madre MARIA GORETTI MANZO
Superiora-Geral da Congregação das Religiosas Franciscanas de Santo António

1. Foi com filial devoção que tu, juntamente com as Irmãs capitulares, manifestaste o desejo de encontrar o Sucessor de Pedro, durante o Capítulo Geral desta Fraternidade, que se realiza em concomitância com as celebrações do centenário de fundação do Instituto. Grato pelo afecto que a vossa presença manifesta, saúdo-te, Rev.da Madre, e o Conselho Geral que a coadjuva; saúdo as Irmãs capitulares aqui reunidas e, através da tua pessoa, transmito a expressão do meu apreço paterno a todas as Religiosas Franciscanas de Santo António, comprometidas em trabalhar pelo Senhor em várias partes do mundo. Caríssimas Religiosas, encorajo-vos a continuar generosamente a "servir os mais necessitados, vivendo na pobreza, simplicidade, humildade, caridade, sacrifício, oração e alegria, em conformidade com o ideal de São Francisco de Assis", como diz a vossa Regra.

Comemorando o primeiro século desde o nascimento da vossa Família religiosa, como deixar de elevar sentimentos de gratidão a Deus que, por meio do seu Espírito vos chamou, na humildade, a seguir Cristo, pobre, casto e obediente? Esta celebração especial constitui uma ocasião propícia para renovar o vosso testemunho de amor e fidelidade ao Senhor e à Igreja, confirmando a adesão sincera e total ao carisma que vos é próprio.

2. Nascestes para servir os pobres e as pessoas em necessidade. Em quem bate à vossa porta para pedir assistência, apoio e alívio nas tribulações, é o próprio Cristo que se faz presente e vos pede para ser recebido. Era assim que a vossa Fundadora Madre Miradio Bonifácio, falecida há 65 anos, gostava de apresentar o vosso apostolado. Quantas vezes recorria a Jesus, invocando com confiança o seu santo Nome! Pode dizer-se que o nome de Jesus se tornou uma fonte inexaurível da caridade e do bem que ela realizou.

Ela indicou-vos também onde encontrar Cristo e haurir luz e sustento para poder corresponder às necessidades dos irmãos. É no mistério da Eucaristia que se encontra a fonte do amor. Por conseguinte, continuai a fazer brotar da adoração eucarística todo o vosso impulso e compromisso apostólico e missionário. Trabalhai pela glória de Deus, servindo os mais pobres e abandonados.

A Eucaristia seja o manancial que vos alimenta e vos sustém e à qual, por isso, recorreis quotidianamente. São Francisco, em cujo carisma vos inspirais, recorda que nada "do Altíssimo possuímos e vemos fisicamente neste mundo, a não ser o corpo e o sangue, os nomes e as palavras mediante os quais fomos criados e redimidos da morte para a vida" (FF 207/a).

Além do amor pelo Santíssimo Sacramento do altar, a vossa venerável Fundadora quis deixar-vos outra recomendação peculiar: a confiança incondicionada na Providência divina. De Deus ela esperava todo o apoio, para realizar os projectos de caridade que o Espírito suscitava no seu coração. De Jesus, Redentor da humanidade, hauria o estilo de solicitude concreta para com a pessoa e todas as suas exigências, solicitude esta que caracterizava a sua actividade apostólica. Com efeito, prodigalizava-se para trabalhar pela glória do Senhor, ao serviço dos irmãos, mediante uma existência vivida no amor total a Cristo e à sua Igreja, e na dedicação incondicionada ao serviço dos irmãos.

3. Caríssimas Franciscanas de Santo Anónio! Percorrei incessantemente o caminho iniciado pela vossa Fundadora. A Igreja conta também com a vossa contribuição para anunciar Cristo aos homens do nosso tempo. "A vida da Igreja e a própria sociedade têm necessidade de pessoas capazes de se dedicarem totalmente a Deus e aos outros, por amor a Deus. A Igreja não pode absolutamente renunciar à vida consagrada, porque esta exprime de modo eloquente a sua íntima essência "esponsal"" (n. 105).

Vivei as Bem-aventuranças evangélicas com alegria, simplicidade e caridade, em atitude de abandono confiante no amor providente e misericordioso de Deus, segundo o ideal de São Francisco de Assis. É o que o povo cristão espera de vós, para ser ajudado a crescer na adesão incondicionada ao seu Mestre e Pastor divino.

Estai sempre unidas pela comunhão fraternal, sustentadas pela esperança que não engana (cf. Rm Rm 5,5). Sensíveis ao mandato do Senhor, que envia os discípulos para proclamar o Evangelho a todos os povos, também vós deveis cultivar uma profunda ansiedade missionária. Sede em toda a parte testemunhas do amor misericordioso de Deus.

Olhai para a Virgem Imaculada, a quem renovo a consagração da vossa Família religiosa e as tarefas que lhe são próprias. Maria, a quem a Fundadora se dirigia com devoção humilde e filial, vos assista no vosso apostolado com a sua poderosa intercessão. Além disso, vos protejam os Santos Francisco e António, assim como a ilustre plêiade de amigos de Deus, que nasceram da árvore minorista.

Acompanhem-vos inclusivamente os meus bons votos de paz e de bem, em penhor de uma especial Bênção apostólica.

Castelgandolfo, 20 de Agosto de 2001.



DISCURSO AO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO


DA INSTITUIÇÃO "PERDONANZA CELESTINIANA"


23 de Agosto de 2001

: Venerados Irmãos no Episcopado
Ilustres Senhores e Senhoras

1. Sinto-me feliz por receber em vós os membros do Júri do prémio internacional denominado "Perdonanza". Quisestes pensar em mim, como primeiro destinatário deste prémio ligado à memória do meu santo predecessor, Celestino V. Enquanto vos exprimo a minha gratidão, saúdo cada um de vós, com um especial pensamento para D. Giuseppe Molinari, Pastor da Arquidiocese, ao Senhor Biagio Tempesta, Presidente da Câmara Municipal de Áquila, e ao Presidente do Júri, Dr. António Ciccheti, a quem agradeço as cordiais palavras que me dirigiu em nome de todos.

É com alegria que constato que, no final do Grande Jubileu do Ano 2000, como que para prolongar o seu espírito em ligação com o antigo privilégio concedido por São Celestino V, destes vida a este Prémio, que será atribuído anualmente a uma personalidade que se vier a distinguir na promoção da paz, da reconciliação e da solidariedade. Com efeito, foi nestes valores que se inspirou, há 700 anos, o santo eremita de Morrone, Pedro Angelerio. Eleito Papa num período não fácil da história da Igreja ele, como se lê no regulamento que institui o Prémio, quis ligar de maneira indelével à amada Abadia de Collemaggio o dom de uma indulgência plenária, da qual pudessem fruir todos os cristãos, "respeitando a simples regra da tríplice reconciliação: com o Criador, com as criaturas e consigo mesmos" (art. 2).

2. O Prémio "Perdonanza" contém uma mensagem que está em perfeita harmonia com o corajoso compromisso de renovação espiritual a que é chamada a Igreja neste início do terceiro milénio. Efectivamente a Indulgência, concedida por Celestino V "universis Christi fidelibus", propunha à cristandade dessa época, assinalada por profundos contrastes, o remédio da humilde e sincera conversão a Cristo. Não é acaso esta a "terapia" justa também para os cristãos de hoje, com frequência atormentados por discórdias não menos graves?

O perdão tem um conteúdo não só religioso, mas também cultural e social, que o Prémio por vós instituído coloca em justa evidência. Aos homens do nosso tempo, que aspiram à justiça e à solidariedade, ao amor e à paz, ela recorda que sem uma sólida referência a Deus não é possível recuperar estes altos valores morais, universalmente válidos.

3. Portanto, ao receber este reconhecimento formulo votos para que a vossa iniciativa contribua para manter viva a memória de São Celestino, sublinhando o seu ensinamento espiritual com os seus concretos aspectos sociais. Possa ela contribuir para difundir e consolidar uma autêntica cultura de paz e de solidariedade, fruto de verdadeira e estável reconciliação "com o Criador, com a criatura e consigo mesmos".

Com estes bons votos, enquanto invoco a intercessão de Maria que subiu aos Céus, venerada na Basílica de Áquila, em Collemaggio, de São João Baptista e de São Celestino V, é de bom grado que vos concedo a vós aqui presentes, às pessoas que vos são queridas a toda a comunidade de Áquila, uma especial Bênção apostólica.




NA VIGÍLIA DA MEMÓRIA LITÚRGICA DE


NOSSA SENHORA DE CZESTOCHOWA


Sábado, 25 de agosto de 2001





"Ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher..." (Ga 4,4). Este mistério salvífico, em que Deus confiou um papel insubstituível à mulher Maria de Nazaré faz-se incessantemente presente na Eucaristia. Quando celebramos a Santa Missa, no meio de nós encontra-se a Mãe do Filho de Deus e introduz-nos no mistério da sua Oferenda de Redenção. Desta forma, Ela torna-se mediadora das graças que, para a Igreja e para todos os fiéis, brotam desta mesma Oferenda.

Amanha realizar-se-á a comemoração litúrgica da Santíssima Virgem Maria de Czestochowa. O meu pensamento dirige-se para Jasna Góra onde, desde há séculos, o povo polaco venera Nossa Senhora Negra como Mãe e como Rainha. Volto a confiar a nossa Pátria e todos os concidadãos à sua protecção.

A memória de Nossa Senhora de Czestochowa faz vir à mente a figura do seu grande devoto, o Cardeal Stefan Wyszynski. No corrente ano, a Igreja que está na Polónia recorda solenemente o centenário do nascimento deste Purpurado. Hoje, desejo participar nestas celebrações de forma especial, dando graças a Deus por todo o bem que recebi do inesquecível Primaz do Milénio.
Apraz-me oferecer esta manifestação de agradecimento juntamente com as suas filhas espirituais, do Instituto Secular das Auxiliadoras de Maria de Jasna Góra (Monte Claro), Mãe da Igreja. Saúdo-vos cordialmente a vós, enquanto vos transmito a minha gratidao por procurardes dar continuidade à obra do vosso padre fundador.

Saúdo-vos a todos aqui presentes. Confio-vos todos, e cada um de vós, à protecção de Nossa Senhora de Jasna Góra.



DISCURSO DO SANTO PADRE AOS REITORES DAS UNIVERSIDADES E DAS ESCOLAS SUPERIORES POLACAS


Sexta-feira, 30 de Agosto de 2001

: Ilustríssimos Senhores e Senhoras

1. Dou-vos as boas-vindas e saúdo-vos a todos do íntimo do coração. Estou feliz por poder receber novamente os Reitores Magníficos das Escolas Superiores Polacas. Agradeço ao Prof. Woznicki, Presidente do Colégio dos Reitores Académicos das Escolas Polacas, a introdução e as benévolas palavras que me quis dirigir.

Os nossos encontros já pertencem a uma tradição e, de certa forma, representam um sinal do diálogo que se realiza entre os mundos da ciência e da fé. Parece que já passaram, irrevogavelmente, os tempos em que se procurava contrapor estes dois mundos. Graças aos esforços de muitos ambientes de intelectuais e de teólogos, coadjuvados pela graça do Espírito Santo, aumenta cada vez mais a consciência de que a ciência e a fé não sao alheias entre si mas, pelo contrário, tem necessidade uma da outra e se completam reciprocamente. Parece-me que a boa recepção da Encíclica Fides et ratio foi orientada precisamente pela consciência cada vez mais profunda da necessidade do diálogo entre o saber intelectual e a experiencia religiosa. Dou graças a Deus por cada inspiração que nos conduz rumo a esta direcção.

2. Durante os nossos encontros, já abordei vários temas que dizem respeito à universidade, à escola superior dos estudos ou ao instituto científico como ambientes que influem vigorosamente sobre a existência no tempo do homem, da sociedade e da humanidade. A consciencia do papel extraordinário da universidade e da escola superior está sempre viva em mim, e é por isso que desejo prestar grande atenção à sua forma, de tal maneira que o influxo que ela exerce no mundo e na vida de cada homem signifique sempre o bem possivelmente, o maior bem em cada um dos sectores. Só então a universidade e a escola superior serão portadoras de verdadeiro progresso e não de perigo para o homem.

Recordo que quando, há mais de vinte anos, escrevi a minha primeira Encíclica Redemptor hominis, a minha reflexão era acompanhada da interrogação sobre o mistério do medo que o homem contemporâneo experimenta. Entre as suas várias fontes, pareceu-me justo sublinhar uma: a experiência da ameaça por parte daquilo que é o produto do próprio homem, o fruto do trabalho das suas mãos, e ainda mais, do trabalho da sua inteligência, das tendências da sua vontade. Parece que hoje em dia, no início do terceiro milénio, esta experiência aumenta ainda mais. Efectivamente, acontece com muita frequência que aquilo que o homem consegue produzir graças às sempre novas possibilidades do pensamento e da técnica se torna o objecto da "alienação" e, se no totalmente, pelo menos de forma parcial, escapa ao controlo do artífice e se volta contra ele (cf. Redemptor hominis, RH 15). Existem muitos exemplos desta situação. É suficiente citar as conquistas no campo da informação, do processo de exploração dos recursos naturais da terra ou, enfim, das experiências no campo da genética e da biologia. Infelizmente, isto diz respeito também àqueles sectores da ciência que estao ligados mais ao desenvolvimento do pensamento do que aos instrumentos técnicos. Sabemos quais são as ameaças que nasceram, no século passado, da filosofia colocada ao serviço da ideologia. Estamos conscientes de como é fácil usar as conquistas no sector da psicologia contra o homem, contra a sua liberdade e a sua integridade pessoal. Cada vez mais frequentemente, descobrimos que destruições da personalidade sobretudo das pessoas jovens podem provocar a literatura, a arte ou a música, se na sua formação for inserido um conteúdo hostil ao homem.

Experimentando os resultados da "alienação" da obra em relação ao autor, tanto a nível pessoal como social, a humanidade encontra-se de certa forma numa encruzilhada. Por um lado, é claro que o homem é chamado e preparado pelo Criador a criar e a dominar a terra. Sabe-se também que o cumprimento desta vocação se tornou o motor do desenvolvimento nos vários sectores da vida de um progresso que deveria conservar-se ao serviço do bem comum. Por outro lado, porém, a humanidade tem medo que os frutos do esforço criativo possam ser orientados contra ela e até mesmo se tornem instrumentos de destruição.

3. No contexto desta tensão, todos nós nos damos conta de que a universidade e todo o instituto superior de estudos, como ambiente que promove directamente o desenvolvimento nos diversos campos da vida, desempenha um papel-chave. Portanto, é necessário interrogar-se: qual deveria ser a forma intrínseca destas instituições, a fim de que se realize um processo ininterrupto de criaçao, de tal forma que os seus frutos nao sejam passíveis de "alienação" e não se voltem contra o próprio artífice, contra o homem?

Parece que na base da aspiração a esta orientação da universidade está a solicitude pelo homem, pela sua humanidade. Qualquer que seja o campo da investigação, do trabalho científico ou criativo, quem quer que comprometa nela o seu saber, talento e esforços, deveria perguntar-se em que medida a sua obra forma em primeiro lugar a sua própria humanidade e, em seguida, se ela torna a vida mais humana sob todos os pontos de vista, mais digna do homem; e enfim, se no contexto do desenvolvimento, cujo autor é ele mesmo, o homem "se torna verdadeiramente melhor, isto é, mais amadurecido sob o ponto de vista espiritual, mais consciente da dignidade da sua humanidade, mais responsável, mais aberto para com o outros, em particular para com os mais necessitados e os mais fracos, e mais disponível para proporcionar e prestar ajuda a todos" (Redemptor hominis, RH 15).

Este delineamento da ciência, compreendida em sentido lato, manifesta o seu carácter de serviço. Com efeito, se não for exercida no sentido de serviço ao homem, a ciência pode tornar-se facilmente um elemento de concorrência económica, com o consequente desinteresse pelo bem comum, ou entao o que é pior ainda pode ser utilizada para dominar os outros e inserida entre as aspirações dos indivíduos e dos grupos sociais. Eis por que motivo tanto os cientistas amadurecidos como os estudantes principiantes deveriam ter em consideração e perguntar-se se o seu justo desejo de aprofundar os mistérios do saber se insere nos fundamentos principais da justiça, da solidariedade, da caridade social, do respeito por cada indivíduo, pelo povo e pela nação.

Do carácter de serviço da ciência derivam obrigações nao só relativas ao homem ou à sociedade, mas também, ou talvez sobretudo, no que se refere à própria verdade. O cientista não é um criador da verdade, mas o seu investigador. A medida em que ele lhe for fiel, será a mesma medida em que ela se lhe há-de revelar. O respeito pela verdade obriga o cientista ou o pensador a fazer tudo o que puder para a aprofundar e, na medida do possível, para a apresentar aos outros com exactidão. Sem dúvida como diz o Concílio Vaticano II "as coisas criadas e as próprias sociedades tem as suas leis e os valores que lhes são próprios, que o homem gradualmente deve descobrir, utilizar e organizar" e, em ligação a isto, é necessário reconhecer as exigências metódicas, próprias de cada ciência e arte (Gaudium et ). Todavia, há que recordar que a investigação da única verdade justa é a que procede segundo um exame metódico, de maneira verdadeiramente científica e no respeito pelas normas morais. A justa aspiração ao conhecimento da verdade jamais pode descuidar aquilo que pertence à essencia da verdade: o reconhecimento do bem e do mal.

Aqui abordamos a questão da autonomia das ciências. Hoje, levanta-se não raro o postulado da liberdade ilimitada das investigações científicas. A este propósito, se por um lado como eu disse é necessário reconhecer o direito que as ciências tem de aplicar os métodos da investigação que lhes são próprios, por outro, não se pode estar de acordo com a afirmação segundo a qual o campo dos próprios estudos científicos nao está sujeito a qualquer limite. O seu confim é indicado precisamente pela distinção fundamental entre o bem e o mal. Esta distinção realiza-se na consciência do homem. Por conseguinte, pode dizer-se que a autonomia das ciências termina lá onde a recta consciência do cientista reconhece o mal o mal do método, do resultado ou do efeito. Eis por que motivo é importante que a universidade e o instituto superior das ciências não se limitem unicamente a transmitir o saber, mas sejam o lugar da formação da consciência recta. Com efeito, é nela e não no saber que se encontra o mistério da sabedoria. E "mais que qualquer outra, a nossa época como afirma o Concílio Vaticano II tem necessidade desta sabedoria, para que todas as novas descobertas do homem se tornem mais humanos. Com efeito, a sorte futura do mundo estaria em perigo, se não houvesse homens mais instruídos na sabedoria" (Gaudium et spes, GS 15).

4. Hoje, fala-se muito da globalização. Parece que este processo atinge também a ciência e nem sempre tem uma influência positiva sobre a mesma. Uma das ameaças ligadas à globalização constitui uma rivalidade insalubre. Aos investigadores, aliás a ambientes científicos inteiros, pode parecer que para suportar o confronto no âmbito do mercado mundial, a reflexão, as investigações e as experiências não podem ser levadas a cabo apenas com a aplicação dos métodos justos, mas devem ser adequadas às finalidades antecipadamente indicadas e às expectativas do mais vasto público possível, mesmo que isto exigisse uma transgressão dos direitos humanos inalienáveis. Nesta perspectiva, as exigências da verdade cedem o lugar às chamadas regras do mercado. Isto pode facilmente levar à hesitação no que diz respeito a determinados aspectos da verdade ou até mesmo à sua manipulação, somente para a tornar aceitável pela chamada opiniao pública. Esta aceitação, por sua vez, parece ser uma prova suficiente do fundamento destes métodos injustificáveis. Em tal situação, é difícil manter até mesmo as regras fundamentais da ética.

Portanto, se é justa e desejável a concorrência entre os centros científicos, ela não pode realizar-se à custa da verdade, do bem e do belo, à custa de valores como a vida humana, desde a concepção até à morte natural, ou então, dos recursos do meio ambiente natural. Por conseguinte, a universidade e todo o centro científico, além da transmissão do saber, deveriam ensinar o modo de reconhecer claramente a honestidade dos métodos e também a ter a coragem de renunciar àquilo que é metodologicamente possível mas inaceitável sob o ponto de vista ético.

Esta exigência não pode realizar-se de outra forma, senão com base na clarividencia, ou seja, na capacidade de prever os efeitos dos actos humanos e de assumir a responsabilidade pela situação do homem, nao só aqui e neste momento, mas também no mais remoto recanto do mundo e no futuro indefinido. Tanto o cientista como o estudante devem aprender a prever as direcções do desenvolvimento e os efeitos para a humanidade, que podem derivar das suas investigações científicas.

5. Estas são apenas algumas sugestões que nascem do cuidado pela forma humana das escolas de carácter universitário. Parece que o cumprimento destes postulados se torna mais fácil, se se empreender uma estreita colaboração e um intercâmbio de experiências entre os representantes das ciências técnicas e humanísticas, inclusive a teologia. Existem muitas possibilidades de contactos no âmbito das estruturas universitárias já existentes. Estou convicto de que encontros como este oferecem novas perspectivas de cooperação para o desenvolvimento da ciência e para o bem do homem e de sociedades inteiras.

Se hoje falo de tudo isto, faço-o porque "a Igreja, que é animada pela fé escatológica, considera esta solicitude pelo homem, pela sua humanidade e pelo futuro dos homens sobre a face da terra e, por consequência, pela orientação de todo o desenvolvimento e progresso, como um elemento essencial da sua missão, indissoluvelmente ligado com ela. E o princípio de uma tal solicitude encontra-o a mesma Igreja no próprio Jesus Cristo, como testemunham os Evangelhos. E é por isso mesmo que ela deseja engrandece-la continuamente n'Ele, ao reler a situação do homem no mundo contemporâneo, segundo os mais importantes sinais do nosso tempo" (Redemptor hominis, RH 15).

Ilustres Senhores e Senhoras, agradeço-vos a vossa presença e a vossa vontade de ampla colaboração para o desenvolvimento da ciência polaca e mundial, que manifestais não somente em ocasiões tão solenes como esta, mas inclusivamente na vossa actividade universitária quotidiana. Vós formais um ambiente especial que faço votos para que assim seja encontrará o seu elemento equivalente nas estruturas da Europa que se unifica.

Rogo-vos que leveis aos vossos colaboradores, aos estimados professores, aos adidos científicos e administrativos, assim como a toda a multidão dos estudantes a minha cordial saudação e a certeza da minha lembrança constante na oração. A luz do Espírito Santo acompanhe todo o ambiente dos cientistas, dos intelectuais e dos homens de cultura na Polónia!

A bênção de Deus seja sempre o vosso sustentáculo!





Discursos João Paulo II 2001