AUDIÊNCIAS 1979 - AUDIÊNCIA GERAL


JOÃO PAULO II

AUDIÊNCIA GERAL

Quarta-feira, 18 de Abril de 1979




Tempo de Páscoa - Dia da Igreja

1. «Haec dies quam fecit Dominus».

Todos estes dias, entre o Domingo de Páscoa e o segundo Domingo depois da Páscoa, «in Albis», constituem em certo sentido o Dia Único. A liturgia concentra-se no acontecimento, no Mistério único. Ressuscitou, não está aqui (Mc 16,6). Realizou a Páscoa. Revelou o significado da Passagem. Confirmou a verdade das suas palavras. Disse a última palavra da sua mensagem: mensagem de Boa Nova, do Evangelho. O próprio Deus, que é Pai, isto é, Dador da vida, o próprio Deus que não quer a morte (Cfr. Ez Ez 18,23 Ez Ez 18,32) e tudo criou para a existência (Sg 1,14), manifestou até ao fundo, n'Ele e por Ele, o seu Amor. Amor quer dizer Vida.

A Ressurreição é o testemunho definitivo da Vida do Amor.

«Mors et vita duello conflixere mirando / Dux vitae mortuus regnat Vivus»! / «Morte e Vida combateram / um duelo prodigioso, / mas o Príncipe da Vida / reina vivo após a morte» (Sequência).

Este é o Dia que o Senhor fez (Ps 117 Ps 24): excelsior cunctis, lucidior universis, in quo Dominus resurrexit, in quo sibi novam plebem ... regenerationis spiritu conquisivit, in quo singulorum mentes gaudio et exsultatione perfudit («mais sublime que todos, mais luminoso que todos, no qual o Senhor ressuscitou, no qual conquistou para si ... um novo povo, mediante o espírito de regeneração, no qual encheu de alegria e exultação a alma de todos») (Santo Agostinho, Sermo 168 in Pascha X, 1: PL 39, 2070).

Este Dia Único corresponde, em certo modo, a todos os sete dias, de que fala o livro do Génesis, e que eram os dias da criação (Cfr. Gén Gn 1-2). Por isso os festejamos todos neste dia único. Por meio destes dias durante a oitava, celebramos o mistério da nova Criação. Este mistério exprime-se na Pessoa de Cristo Ressuscitado. Ele mesmo é já este Mistério e constitui para nós o seu anúncio, o convite para ele. O fermento. Em virtude deste convite e deste fermento tornamo-nos todos em Jesus Cristo a «nova criatura».

Celebremos, pois, a festa não com o fermento velho ... mas com os ázimos da pureza e da verdade (1Co 5,8).

2. Cristo, depois da sua ressurreição, volta ao mesmo lugar de que saíra a caminho da Paixão e Morte. Volta ao cenáculo, onde se encontravam os apóstolos. Estando fechadas as portas Ele veio, pôs-se no meio deles e disse: Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós ... Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; aqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos (Jn 20,19-23).

Quanto não são significativas estas primeiras palavras de Jesus a seguir à sua Ressurreição! Nelas se inclui a mensagem do Ressuscitado. Quando diz «Recebei o Espírito Santo», vem-nos ao espírito o cenáculo mesmo, em que Jesus pronunciou o discurso do adeus. Então pronunciou Ele as palavras carregadas do mistério do Seu coração: Convém-vos que Eu vá; porque, se Eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se Eu for, enviar-vo-Lo-ei (Jn 16,7). Falou assim pensando no Espírito Santo.

E eis que agora, depois de terminar o seu sacrifício, a sua «partida» por meio da Cruz, vem Ele de novo ao cenáculo para lhes trazer Aquele que prometera. Diz o Evangelho: Soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo (Jn 20,22). Enuncia a palavra última da sua Páscoa. Leva-lhes o Dom da Paixão e o Fruto da Ressurreição. Com este plasma-os de novo. Dá-lhes o poder de despertar os outros para a Vida, mesmo que esta Vida esteja neles morta: Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados (Jn 20 Jn 23).

Da Ressurreição ao Pentecostes decorrerão 50 dias. Mas já neste Dia Único, feito pelo Senhor (Cfr. Sl Ps 117,24), estão incluídos o Dom essencial e o Fruto do Pentecostes. Quando Cristo diz «Recebei o Espírito Santo», anuncia até ao fim o seu mistério pascal.

«Hoc autem est mysticum et secretissimum, quod nemo novit nisi qui accipit, nec accipit nisi qui desiderat, nec desiderat nisi quem ignis Spiritus Sancti medullitus inflammat, quem Christus misit in terram» («É esta uma realidade misteriosa e muito oculta, que ninguém conhece senão quem a recebe, ninguém recebe senão quem a deseja, ninguém deseja senão quem é inflamado no fundo do coração pelo Espírito Santo, enviado por Cristo à terra») (São Boaventura, Itinerarium mentis in Deum, cap. 7, 4: Opera omnia, ed. min. Quaracchi, 5, pág. 213).

3. O Concílio Vaticano II iluminou de novo o mistério pascal na peregrinação terrestre do Povo de Deus. A esse mistério foi buscar a imagem plena da Igreja, que sempre faz penetrar as suas raízes neste mistério salvífico e dele recebe o suco vital: «O Filho de Deus, unindo a Si a natureza humana e vencendo a morte com a Sua própria morte e ressurreição, remiu o homem e transformou-o em nova criatura (cfr. Gál Ga 6,15 2Co 5,17). E, pela comunicação do Espírito, constituiu com os seus irmãos, chamados de entre todas as gentes, o Seu Corpo Místico. Neste Corpo, a vida de Cristo comunica-se aos crentes, que através dos Sacramentos se unem, de modo misterioso e real, a Cristo que sofreu e foi glorificado» (Const. dogm. Lumen Gentium LG 7).

A Igreja mantém-se incessantemente no mistério do Filho que foi completado com a descida do Espírito, o Pentecostes.

A oitava pascal é Dia da Igreja!

Vivendo este Dia, devemos juntamente aceitar as palavras que, a primeira vez, ressoaram no cenáculo onde aparece o Ressuscitado: Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós (Jn 20,21).

Aceitar Cristo Ressuscitado quer dizer aceitar a missão, assim como a aceitaram aqueles que nesse momento estavam reunidos no cenáculo: os apóstolos.

Crer em Cristo Ressuscitado quer dizer tomar parte na missão salvífica em si mesma, que Ele levou a termo com o mistério pascal. A fé é convicção da inteligência e do coração.

Essa convicção atinge o seu pleno significado quando dela nasce a participação nesta missão, recebida por Cristo do Pai.

Crer quer dizer aceitar nas suas consequências esta missão de Cristo.

Dos apóstolos, estava ausente Tomé quando, pela primeira vez, Cristo Ressuscitado veio ao cenáculo. Este Tomé, que em alta voz declarava aos seus irmãos Se não vir ... não acreditarei (Jn 20,25), convenceu-se, com a vinda que se seguiu, de Cristo Ressuscitado. Então, como sabemos, desvaneceram-se todas as suas reservas, e professou a sua fé com estas palavras: Meu Senhor e meu Deus (Jn 20,28). Juntamente com a experiência do mistério pascal„ reconfirmou a sua participação na missão de Cristo. Como se, passados oito dias, chegassem também a ele estas palavras de Cristo: Assim como o Pai Me enviou, também Eu te envio a ti (Cfr. Jo Jn 20,21).

Tomé ficou sendo testemunha perfeita de Cristo.

4. O Concílio Vaticano II ensina a doutrina sobre a missão de todo o Povo de Deus, que foi chamado a participar na missão do próprio Cristo (Cfr. Const. dogm. Lumen Gentium LG 10-12). É a tríplice missão. Cristo-Sacerdote, Profeta e Rei expressou até ao fim a sua missão no mistério pascal, na Ressurreição. Cada um de nós, nesta grande comunidade da Igreja, do Povo de Deus, participa nesta missão mediante o sacramento do Baptismo.

Cada um de nós é chamado à fé na Ressurreição como o foi Tomé: Chega aqui o teu dedo e vê as Minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no Meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente (Jn 20,27).

Cada um de nós tem o dever de definir o sentido da própria vida por meio desta fé. Esta vida pode ter formas muito diversas. Somos nós próprios que lhe damos uma forma determinada. E precisamente a nossa fé leva a que a vida de cada um de nós seja penetrada em certa medida por esta missão, que Jesus Cristo, nosso Redentor, aceitou do Pai e partilhou connosco. A fé leva a que alguma parte do mistério pascal entre na vida de cada um de nós: certa irradiação sua.

É preciso tornarmos a encontrar esta irradiação para a viver-mos cada dia por todo este tempo, de novo começado no Dia que o Senhor fez.
***


Terminando a Audiência geral, antes de dar a Bênção Apostólica, o Santo Padre dirigiu ainda um fervoroso convite à oração pelos sofrimentos que nestes dias de alegria pascal atormentam numerosos povos:

Ainda uma palavra, a fim de vos convidar à oração. Gozamos juntos com a vitória de Cristo sobre a morte, provando a superabundância de graça e de vida que nos foi comunicada por Ele.

A Páscoa é verdadeiramente festa de alegria e de vida. Não podemos todavia esquecer a dor, a tristeza que assaltaram — precisamente nestes dias, com a perda de vidas humanas, com sofrimentos e privações de toda a espécie — os povos dalgumas regiões do mundo: por um imprevisto cataclismo, como o terremoto, que atingiu, na manhã de Páscoa, numerosos centros habitados na Jugoslávia e na Albânia; ou por se agravarem tensões políticas e sociais, de lutas armadas, na Rodésia, no Uganda e Nicarágua; ou por se reacenderem represálias, dolorosa sequência de precedentes revoluções.

Desejaria que a oração — que juntos dirigimos ao Senhor pela intercessão de Maria, rainha dos céus — conseguisse paz para os mortos, alívio para os feridos e os sem-casa, protecção para as populações ameaçadas de incursões ou represálias, humanidade para os prisioneiros e clemência para os vencidos, perdão e reconciliação para todos.



JOÃO PAULO II

AUDIÊNCIA GERAL

Quarta-feira, 25 de Abril de 1979




O nascimento de Roma

1. Muito nos diz esta palavra que, há alguns dias, foi recordada à Cidade e ao mundo! Diz muito também a cada homem. Porque o homem é um «ser histórico». Isto não significa apenas que ele está submetido ao tempo, como todos os outros seres vivos deste nosso mundo. O homem é um ser histórico, porque é capaz de fazer do tempo, do transitório e do passado, um conteúdo particular da própria existência, uma dimensão particular da própria «temporalidade». Tudo isto acontece nos vários sectores da vida humana. Cada um de nós, a começar desde o dia do nascimento, tem uma história sua. Contemporaneamente, cada um de nós, através da história, faz parte da comunidade. Pertencer cada um de nós, como «ser social», a certo grupo e a determinada sociedade, realiza-se sempre mediante a história. Realiza-se numa certa escala histórica.

Deste modo, têm a sua história as famílias. E têm a sua história também as nações. Um dos deveres da família consiste em penetrar a história e a cultura da nação, e ao mesmo tempo prolongar esta história no processo educativo.

Quando falamos do Nascimento de Roma encontramos uma realidade ainda mais vasta. Certamente, particular direito e dever de se referirem a este acontecimento, a esta data, têm-nos as pessoas para quem a Roma de hoje constitui a sua Cidade, a sua Capital.

Todavia, todos os Romanos do nosso tempo sabem que o carácter excepcional desta Cidade, desta Capital, consiste em não poderem limitar Roma apenas à própria história deles. É necessário remontar aqui a um passado muito distante no tempo e reevocar não só os séculos do antigo Império, mas tempos ainda mais remotos, até chegar àquela data que nos recorda o «Nascimento de Roma».

Um património imenso de história, várias épocas de cultura humana e de civilização, e diversas transformações sócio-políticas separam-nos daquela data e ao mesmo tempo ligam-nos a ela. Diria ainda mais: esta data, o Nascimento de Roma, não indica unicamente o início de uma sucessão de gerações humanas que habitaram nesta Cidade, e também nesta península; o Nascimento de Roma constitui também um início para povos e para nações distantes, que sentem um laço e uma unidade particular com a tradição cultural latina, nos seus conteúdos mais profundos.

Também eu, embora tenha vindo para cá da distante Polónia, me sinto ligado pela minha genealogia espiritual ao Nascimento de Roma, como toda a nação de que provenho, e muitas outras nações da Europa contemporânea, e não só dela.

2. O Nascimento de Roma tem uma eloquência muito particular para nós que cremos que a história do homem sobre a terra — a história de toda a humanidade — atingiu nova dimensão através do mistério da Encarnação. Deus entrou na história do homem fazendo-se Homem.Esta é a verdade central da fé cristã, o conteúdo fundamental do Evangelho e da missão da Igreja. Entrando na história do homem, fazendo-se Homem, Deus fez desta história, em toda a sua extensão, a história da salvação. O que se realizou em Nazaré, em Belém e em Jerusalém, é história e, ao mesmo tempo, é fermento da história. E embora a história dos homens e dos povos se tenha desenrolado e continue a desenrolar-se por caminhos próprios, embora a história de Roma — então no vértice do seu antigo esplendor — tenha passado quase inadvertidamente ao lado do nascimento, da vida, da paixão, da morte e da ressurreição de Jesus de Nazaré, todavia estes acontecimentos salvíficos tornaram-se novo fermento na história do homem. Tornaram-se novo fermento particularmente na história de Roma. Pode dizer-se que no tempo em que nasceu Jesus, no tempo em que Ele morreu na cruz e ressuscitou, a antiga Roma, então capital do mundo, conheceu um novo nascimento. Não é por acaso que a encontramos já inserida tão profundamente no Novo Testamento. São Lucas, concebendo o seu Evangelho como o caminho de Jesus para Jerusalém, onde se realiza o mistério pascal, indica, no Acto dos Apóstolos, como ponto de chegada das viagens apostólicas Roma, onde se manifestará o mistério da Igreja.

O resto é por nós bem conhecido. Os apóstolos do Evangelho, e primeiro entre eles Pedro da Galileia, e depois Paulo de Tarso, vieram a Roma e também aqui implantaram a Igreja. Assim, na capital do mundo antigo iniciou a sua existência a Sede dos sucessores de Pedro, dos bispos de Roma. Aos Romanos, ainda antes de vir aqui, escreveu São Paulo a sua carta magistral, a eles dirigiu o seu testamento espiritual o Bispo de Antioquia, Inácio, na véspera do martírio. O que era cristão meteu as suas raízes no que era romano, e ao mesmo tempo, depois de se ter arredondado no húmus romano, começou a germinar com nova força. Com o cristianismo, aquilo que era «romano» começou a viver uma nova vida, não deixando porém de se manter autenticamente «indígena».

Justamente escreveu D'Arcy: «Há na história uma presença, que faz dela algo mais que uma simples 'sucessão de acontecimentos'. Como num palimpsesto, o novo sobrepõe-se ao que já está escrito de modo indelével e alarga-lhe indefinidamente o significado» (M. C. D'Arcy, S.J., The Sense of History Secular and Sacred, Londres, 1959, 275). Roma deve ao cristianismo nova universalidade da sua história, da sua cultura, e do seu património. Esta universalidade cristã («católica») de Roma dura até hoje. Não tem só atrás de si dois mil anos de história, mas continua incessantemente a desenvolver-se: chega a novos povos, a novas terras. E assim as gentes de todas as partes do mundo afluem de bom grado a Roma, para se encontrarem, como se estivessem em sua casa, neste centro sempre vivo de universalidade.

3. Não esquecerei nunca os anos, os meses e os dias que estive aqui pela primeira vez. Lugar predilecto para mim, onde talvez fosse com mais frequência, era o antiquíssimo Foro Romano, ainda hoje muito bem conservado. Era muito eloquente, para mim, o templo de Santa Maria Antiga, que se ergue directamente sobre um antigo edifício romano.

O cristianismo não entrou na história de Roma nem com a violência, nem com a força militar, nem por conquista ou invasão, mas com a força do testemunho, pago ao caro preço do sangue dos mártires, ao longo de mais de três séculos de história. Entrou com a força do fermento evangélico que, revelando ao homem a sua última vocação e a sua suprema dignidade em Jesus Cristo (Cfr. Lumen Gentium LG 40 Gaudium et Spes GS 22), começou a agir no mais profundo da alma, para depois penetrar nas instituições humanas e em toda a cultura. Por isso este segundo nascimento de Roma é tão autêntico e tem em si tanta carga de verdade interior e tanta força de irradiação espiritual!

Aceitai, vós, Romanos de antiga data, este testemunho de um homem que veio aqui a Roma para se tornar, por vontade de Cristo, no final do segundo milénio, o vosso Bispo. Aceitai este testemunho e inseri-o no vosso magnífico património, no qual participamos todos nós. O homem é formado pela história. É filho da história, para depois se tornar o seu artífice responsável. Portanto o património desta história compromete-o profundamente. É um grande bem para a vida do homem que deve ser recordado não só nas festividades, mas todos os dias! Oxalá este bem possa encontrar sempre lugar adequado na nossa consciência e no nosso comportamento! E procuremos ser dignos da história, da qual prestam testemunho aqui os templos, as basílicas e ainda mais o Coliseu e as catacumbas da antiga Roma.

Por ocasião da festa do Nascimento de Roma, são estes os votos que vos dirige, caros Romanos, o vosso Bispo, que, há seis meses, acolhestes com tanta abertura de alma, como sucessor de São Pedro e testemunha daquela missão universal, que a Providência divina inscreveu no livro da história da Cidade Eterna.

Saudações

Às Peregrinações de Dioceses italianas

Hoje são verdadeiramente tantos os peregrinos italianos: este dia, que em Itália é feriado, permitiu-lhes estarem presentes em número particularmente elevado neste encontro com o Papa, para Lhe testemunharem a sua dedicação e o seu entusiasmo. Agradeço-vos sinceramente, caríssimos filhos, esta nova prova de afecto e aproveito de boa vontade a oportunidade para renovar, a vós e a todos os habitantes desta gloriosa terra, a expressão do meu amor paterno e os votos de uma convivência concorde e operosa, que consolide e promova as conquistas civis e sociais, germinadas pelo sofrimento, e pelo sacrifício de tantos vossos compatriotas.

A todos desejo as minhas cordiais boas-vindas. Infelizmente não me é possível dizer uma palavra a cada um dos grupos. Na entanto não posso deixar de mencionar explicitamente, antes de tudo, a peregrinação diocesana de Penne e Pescara, acompanhada pelo seu Pastor. Saúdo-vos de todo o coração, caríssimos irmãos, agradeço-vos a visita e benzo de boa vontade a primeira pedra que trouxestes aqui e que é destinada para a construção do Hospital que será instituído em Ouagadougou, no Alto Volta, como recordação do XIX Congresso Eucarístico realizado precisamente em Pescara em 1977.

Desejo igualmente saudar os participantes na peregrinação de Faenza, também eles acompanhados pelo seu Bispo. Caríssimos, encorajo-vos de todo o coração na devoção a Nossa Senhora das Graças, protectora da vossa cidade. Como bem sabeis, é a mesma imagem que tanto se venera em Cracóvia ena igreja dos polacos em Roma.

A Santíssima Virgem vos assista sempre com a sua materna protecção, e vos acompanhe também a minha bênção.

Dirijo depois o meu pensamento para a peregrinação das dioceses de Prato, de Volterra e de Comacchio, que se encontram aqui presentes com os respectivos Bispos. Para todos o meu apreço reconhecido pela vossa visita, a minha exortação a que revigoreis a vossa fé junto do Túmulo do Apóstolo Pedro, e a minha Bênção como penhor de benevolência e auspício de copiosos dons celestes.

A Delegados da Pastoral do trabalho

Dirige-se agora uma saudação cordial ao numeroso grupo de Sacerdotes, Delegados diocesanos para a pastoral do trabalho, que hoje concluem em Roma o seu Encontro anual, promovido pelo Secretariado Nacional da Pastoral no Mundodo Trabalho, da Conferência Episcopal Italiana.

Caríssimos Sacerdotes, exprimo-vos a minha viva satisfação pelo programa interessante que desenvolvestes nestes dias para uma eficaz "Pastoral do Trabalho nas Igrejas da Itália".

Como vós sabeis bem, a Igreja segue com todo o cuidado e inquietação a vasta, variada e às vezes dramática questão social, no que diz respeito aos trabalhadores. Não podendo Ela "permanecer insensível a tudo o que serve para o bem verdadeiro do homem, assim como não pode manter-se indiferente ao que o ameaça" (Enc. Redemptor Hominis RH 13), não se cansa de salvaguardar o sentido cristão do trabalho e ao mesmo tempo a dignidade inviolável do trabalhador, que é tanto mais sagrada quanto mais lhe reconhecido o primeiro lugar que, na escala dos valores, o Homem ocupa. O trabalho, na verdade, é para o homem, e não o homem para o trabalho. Este deve tender a servir o homem e não a sujeitá-lo: se não fosse assim, o homem voltaria a ser escravo e a sua estrutura seria medida — ai de nós! — unicamente segundo o parâmetro do materialismo sufocante.

E necessário reconsiderar a figura e a situação do trabalhador, para que lhe seja consentido ser mais homem e reconquistar a sua verdadeira grandeza de colaborador na obra criadora de Deus, imprimindo na matéria o sinal da sua inteligência realizadora.

A vós pertence, caros sacerdotes, empenhar-vos de todos os modos para que este voto se torne realidade, para que o espaço entre a Igreja e a Fábrica se encurte, e o fumo do incenso se misture, na subida ao céu, com o das indústrias. Tende cuidado, primeiramente, na vossa acção pastoral, de todos os que sofrem ainda, por causa do peso e da insalubridade do seu trabalho. da insegurança da ocupação, da insuficência das habitações e dos salários. Mas tende, também e sobretudo, cuidado que os trabalhadores consigam descobrir de novo e seguir a tendência ingénita para os valores mais altos do espírito: da fé, da esperança e da justiça. Sabei, numa palavra, projectar a luz do Evangelho no difícil mas atraente mundo do trabalho.

E para vós sacerdotes e para quantos vos ajudam nesta obra de solidariedade humana e cristã, ergo ao Pai do Céu as minhas orações, pedindo-Lhe, por meio da Virgem Santíssima, Mãe do divino Trabalhador, uma especial Bênção Apostólica.

A um grupo de língua inglesa

Queridos irmãos e irmãs

Sois todos muito bem-vindos a Roma. Saúdo de modo particular os seminaristas americanos que vão ser ordenados Diáconos amanhã: peço a Deus que vos abençoe abundantemente e ao vosso futuro ministério. As minhas felicitações são também para cada um de vós, seja qual for o país ou continente de proveniência.

A um grupo de Meninos de Coro

Desejo agora dirigir aos 8:000 Meninos de Coro, provenientes de todas as Regiões da Itália, uma paternal e afectuosa saudação.

Obrigado, obrigado; caríssimos, pela vossa presença, mas sobretudo pelo serviço que com tanto empenho prestais ao Altar do Senhor nas vossas paróquias. A Igreja, o Papa, os vossos sacerdotes e os Fiéis todos, apreciam e admiram a vossa obra, que contribui para aumentar o decoro das cerimónias litúrgicas.

Da vossa parte fazei que toda a vossa vida seja um exemplar serviço ao Senhor mediante a oração assídua, a caridade operosa para com outros e a pureza luminosa. E se Jesus fizer sentir no coração de algum de vós as palavras que dirigiu aos apóstolos e aos discípulos: "Vem e segue-me!" (cfr. Mt Mt 4,19 Mt 9,9 Mt 19,21 Mc 1,17 Mc 2,14 Lc 5,10 Lc 5,27), sede generosos e prontos em aceitar o convite que vos chama para subirdes ao Altar; amanhã, como Sacerdotes e Ministros de Cristo!

Invoco sobre todos vós, e sobre aqueles que vos são queridos; a abundância dos favores celestes e concedo-vos de todo o coração a minha Bênção Apostólica.

Ao Conselho Internacionalde Catequese

Desejo agora dirigir uma saudação especial aos Membros do Conselho Internacional de Catequese, formado por Bispos, Sacerdotes, Religiosas e Peritos leigos, que nestes dias marcaram reunião aqui em Roma, para examinar o importante assunto da "Formação dos Catequistas". Juntamente com os Superiores e alguns Oficiais da Sagrada Congregação para o Clero, que organizou o encontro, aqui vieram exprimir ao Papa a sua comunhão eclesial.

Agradeço-vos, caros Irmãos, esta vossa significativa presença e, mais ainda, o empenho prático que pondes na actualização do delicado e grave sector da Catequese, que sem duvida constitui o "opus princeps" da missão da Igreja. O tema por vós escolhido, vasto e de responsabilidade, não me permite que o trate nem sequer por alto: limitar-me-ei, por isso, a uma breve e simples exortação.

Penso que na formação do Catequista, além de toda a problemática a respeito do conteúdo e do método de ensino, são necessárias a probidade de vida e a sinceridade da fé cristã: Não bastam a preparação cultural nem a arte pedagógica, para tornarem as verdades reveladas acessíveis à mentalidade do homem de hoje. São coisas necessárias, mas não bastam: é preciso o Catequista ter alma, que viva e vivifique tudo ó que professa. A este propósito apraz-me confiar-vos, como motivo inspirador algumas expressões de São Boaventura de Bagnoregio, que, no seu " Itinerarium mentis in Deum" assim exortava, com limpidez escultórica, os mestres do seu tempo: "Nemo credat quod sibi sufficiat lectio sine unctione, speculatio sine devotione, investigatio sine admiratione circumspectio sine exultatione, industria sine pietate, scientia sine charitate, intelligentia sine humilitate, studium absque divina gratia, speculum absque sapientia divinitus inspirata" (Itinerarium mentis in Deum, Introdução, n. 4).

Tudo isto exige naturalmente do Catequista grande amor a Jesus Cristo, nosso Mestre. Exige disponibilidade para ouvir a Sua voz e O seguir todos os dias, a fim de conseguir aprender como Ele falava na sua contínua catequese às crianças, aos jovens, aos doutos e aos indoutos.

Eis, caros Irmãos, o breve pensamento que desejava manifestar-vos. Faça-vos perseverar no vosso trabalho o Espírito Santo e anime-vos nas dificuldades a Virgem Santíssima, Sedes Sapientiae. Para todos vós a minha Bênção paternal, que de coração torno extensiva a todos os que estão empenhados, a títulos diversos, no delicado campo da catequese.



JOÃO PAULO II


AUDIÊNCIA GERAL


Quarta-feira, 2 de Maio de 1979

Confio a Maria as vocações sacerdotais




1. Regina caeli laetare, alleluia / qui quem meruisti portare, alleluia / resurrexit, sicut dixit, alleluia / ora pro nobis Deum, alleluia.

Desejo dedicar de modo especial esta audiência geral de hoje à Mãe de Cristo Ressuscitado. O período pascal permite que nos dirijamos a Ela com as palavras de alegria puríssima com que a Igreja a saúda. O mês de Maio, começado ontem, anima-nos a pensar e falar de modo especial sobre Ela. Com efeito, este é o Seu mês. Assim, portanto, o período do ano litúrgico e ao mesmo tempo o mês corrente chamam e convidam os nossos corações a abrirem-se de maneira singular para Maria.

2. A Igreja com a sua antífona pascal «Regina caeli» fala à Mãe, Aquela que teve a felicidade de trazer no seio, abaixo do coração, e mais tarde nos braços, o Filho de Deus e nosso Salvador. A última vez recebeu-O nos braços quando O desceram da Cruz, no Calvário. A sua vista envolveram-n'O no lençol fúnebre e levaram-n'O ao sepulcro. A vista da Mãe! Mas eis que ao terceiro dia, foi o túmulo encontrado vazio. Não foi porém Ela a primeira pessoa a verificar o facto. Primeiro, estiveram lá as «três Marias», e entre elas especialmente Maria de Magdala, a pecadora convertida. Certificaram-se depois os apóstolos, prevenidos pelas mulheres. E embora os Evangelhos nada nos digam da visita da Mãe de Cristo ao local da Sua Ressurreição, nós pensamos todavia que Ela devia dalgum modo ser a primeira pessoa lá presente. Devia ser a primeira a participar no mistério da Ressurreição, porque tal era o direito da Mãe.

A liturgia da Igreja respeita este direito da Mãe ao dirigir-Lhe este especial convite à alegria da Ressurreição: Laetare! Resurrexit sicut dixit! E logo a seguir, a mesma antífona acrescenta o pedido de intercessão: ora pro nobis Deum. A revelação do poder divino do Filho mediante a Ressurreição é, ao mesmo tempo, revelação da «omnipotência de intercessão» (omnipotentia supplex) de Maria diante deste Filho.

3. A Igreja de todos os tempos, começando no Cenáculo do Pentecostes, rodeia sempre Maria de veneração especial e dirige-se a Ela com especial confiança.

A Igreja dos nossos tempos, mediante o Concílio Vaticano II, fez uma síntese de tudo o que se foi desenvolvendo durante as gerações. O capítulo oitavo da Constituição dogmática Lumen Gentium é, em certo sentido, uma «magna charta» da mariologia para a nossa época: Maria presente de modo especial no mistério de Cristo e no mistério da Igreja, Maria «Mãe da Igreja», segundo começou a chamar-Lhe Paulo VI (no Credo do Povo de Deus) dedicando-Lhe em seguida um documento à parte («Marialis cultus»).

Esta presença de Maria no mistério da Igreja, isto é, ao mesmo tempo na vida quotidiana do Povo de Deus em todo e mundo, é sobretudo presença maternal. Maria, por assim dizer, dá à obra salvífica do Filho e à missão da Igreja uma forma singular: a forma maternal. Tudo o que se pode enunciar na linguagem humana sobre o tema do «génio» próprio da mulher-mãe — o génio do coração — tudo isso se refere a Ela.

Maria é sempre a realização mais plena do mistério salvífico — desde a Imaculada Conceição até à Assunção — e é continuamente um prenúncio cada vez mais eficaz deste mistério. Revela a salvação, aproxima a graça mesmo daqueles que parecem os mais indiferentes e mais afastados. No mundo, que ao mesmo tempo que progresso manifesta a sua «corrupção» e o seu «envelhecimento», Ela não deixa de ser «o princípio do mundo melhor» (origo mundi melioris), como se exprimiu Paulo VI. «Ao homem contemporâneo — escreveu em particular o saudoso Pontífice — a bem-aventurada Virgem Maria ... oferece uma visão serena e uma palavra tranquilizadora: a vitória da esperança sobre a solidão, / da paz sobre a perturbação, / da alegria e da beleza sobre o tédio e o aborrecimento, ... / da vida sobre a morte» (Paulo VI, Exortação Apostólica: Para a recta ordenação e desenvolvimento do culto à Bem-aventurada Virgem Maria, 57: AAS 66, 1974, 166).

4. D'Ela, de Maria que é a Mãe do belo Amor, desejo aproximar de modo especial a juventude do mundo inteiro e de toda a Igreja. Maria traz em si mesma um sinal indestrutível da juventude e da beleza que nunca passam. Desejo e peço que os jovens se aproximem d'Ela, tenham confiança n'Ela, a Ela confiem a vida que está diante deles; que a amem com o amor simples e ardoroso dos seus corações. Só Ela é capaz de corresponder a este amor do melhor dos modos.

«Ipsam sequens non devias, / ipsam rogans non desperas, / / ipsam cogitans non erras ... / ipsa propitia pervenis ...» (São Bernardo, Homilia II super Missus est, XVII: PL 183, 71).

A Maria, que é Mãe da divina graça, confio as vocações sacerdotais e religiosas. A nova primavera das vocações, o seu novo aumento em toda a Igreja, tornar-se-á especial prova da sua presença maternal no mistério de Cristo nos nossos tempos e no mistério da Sua Igreja na terra inteira. Maria é já por si uma encarnação viva daquela entrega total e completa a Deus, a Cristo, à sua acção salvífica, que deve encontrar expressão adequada em qualquer vocação sacerdotal e religiosa. Maria é a expressão mais plena da fidelidade perfeita ao Espírito Santo e à Sua acção na alma, é a expressão da fidelidade que significa cooperar perseverantemente com a graça da vocação.

O próximo domingo é destinado em toda a Igreja à oração pelas vocações sacerdotais e religiosas masculinas e femininas. É o domingo das vocações. Oxalá ele, por intercessão da Mãe da divina graça, produza messe abundante.

5. A Mãe de Cristo e da Igreja dedico o mundo inteiro, todas as nações da terra, todos os homens, porque Ela é Mãe de todos eles. A Ela dedico em especial aqueles para quem a vida é mais difícil, mais dura, aqueles que sofrem fisicamente ou espiritualmente, vivem na miséria e sofrem injustiças ou prejuízos.

De modo especial, todavia, terminando esta meditação de Maio, desejo venerar no dia de amanhã Maria em Jasna Gora (Monte Claro) em Czestochowa e em toda a minha Pátria. Ia lá todos os anos em peregrinação a 3 de Maio, que é a festa da Rainha da Polónia. Cada ano celebrei lá uma Missa solene, durante a qual o Cardeal Wyszynski, Primaz da Polónia, na presença do Episcopado e da multidão imensa dos peregrinos, renovava o acto de consagração da Polónia à «maternal servidão» de Nossa Senhora. Também este ano visitarei, se Deus o permitir, Jasna Gora nos dias 4 e 5 de Junho. Mas amanhã estarei lá com o espírito e o coração, para repetir juntamente com toda a Igreja, juntamente com todos vós que estais hoje aqui reunidos, nesta esplêndida Praça de São Pedro: «Regina caeli laetare, alleluia»!

Saudação

Aos paroquianos de Bovolone (Itália)

Dirijo agora uma saudação afectuosa à peregrinação proveniente da paróquia veronense de Bovolone. Ao expressar-vos o meu reconhecimento pelo conforto que me traz a vossa significativa presença nesta Audiência, exorto-vos a manter o ânimo sempre generoso, aberto aos valores tão nobres e altos da fé cristã e da comunhão com a Sé de Pedro. Sejam esses como que as estrelas luminosas que vos guiem na decisiva peregrinação da vida. Acompanhe-vos nela a minha Bênção Apostólica.

A um grupo de trabalhadores

Uma saudação cordial vá agora aos numerosos trabalhadores, que trouxeram ao Papa o testemunho do seu afecto e da sua dedicação. Fico-vos reconhecido por este gesto amável e desejo exprimir-vos a minha estima e a minha simpatia: ter em tempos participado eu da vossa mesma situação torna-me especialmente sensível aos vossos problemas, às ansiedades, às aspirações e às expectativas, que acompanham o vosso trabalho. Desejando um cada vez mais justo reconhecimento dos vossos direitos, de boa vontade aproveito a ocasião para recomendar-vos que mantenhais viva nos vossos corações a visão cristã do trabalho, que São Paulo exprimia com aquelas palavras, que vos são bem conhecidas: "Tudo o que fizerdes, fazei-o de todo o coração como quem o faz pelo Senhor e não pelos homens, sabendo que recebereis do Senhor a herança como recompensa" (Col 3,23-24). O Papa está perto de vós com a sua Bênção.

Aos jovens

O meu pensamento vai agora para os jovens aqui presentes, sempre tão numerosos e entusiastas. Desejo agradecer-vos esta vossa visita, festiva e variada, e dirigir-vos uma saudação especial: bem-vindos, jovens e meninos que tanto amo, quer provenhais — e é a maioria — da escola, quer tenhais querido prosseguir hoje, aqui com o Papa, a festa da vossa Primeira Comunhão ou do santo Crisma.

E desejo reservar também para vós uma palavra como recordação. Tiro-a da Bíblia Sagrada: "Ensina à criança o caminho que deve seguir; mesmo quando envelhecer, não '' se afastará dele" (Pr 22,6). Vós-agora, enquanto ainda jovens, sois ;educados e formados no exercício das virtudes humanas e cristãs; abri-vos a tal sementeira e correspondei aos esforços dos vossos educadores. Uma vez adultos, dareis frutos bons e abundantes.

Anime-vos e conforte-vos a tainha Bênção Apostólica.

Aos doentinhos

Um pensamento de afecto e uma bênção especial para vós, que estais doentes e sofreis, e sois associados por Cristo, mais que as Outras pessoas, à sua Paixão. A vós aplico a expressão do Evangelho de São João, que leremos no próximo domingo: "Toda a vara que em Mim não dá fruto, Ele poda-a para que dê mais fruto" (Jn 15,2).

Irmãos e Irmãs, aceitai generosamente das mãos do Senhor tudo o que Ele dispõe nos seus imperscrutáveis desígnios; e dareis muito fruto. A Igreja ficará com eles mais rica, e vós em grandíssima paz, na serena e profunda certeza de que á vossa dor é fecunda e preciosa:

Aos jovens casais

Há também muitos jovens casais entre vós. A eles desejo ardentemente graça e felicidade. Como pode, com efeito, deixar o homem de ambicionar a felicidade?

Se vos recordardes sempre que representais a Cristo, e as Esposas a Igreja, se uns e outros vos lembrardes sempre da vossa dignidade, ser-vos-á mais fácil amar, ser fiel, edificar o lar, enfrentar as dificuldades e vencer as forças desagregadoras da família. E Deus, que é amor, dar-vos-á a sua alegria e o seu conforto.

Acompanhe-vos a minha Bênção.



AUDIÊNCIAS 1979 - AUDIÊNCIA GERAL