Discursos João Paulo II 1979 - Sábado, 1 de Setembro de 1979

DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


A UM GRUPO DE MENINOS DE CORO


DA CIDADE DE VICENZA (ITÁLIA)


Castel Gandolfo, 5 de Setembro de 1979

: Caríssimos Meninos de Coro

Devo dizer-vos abertamente que me sinto contente em vos receber hoje todos juntas nesta casa, tão numerosos e buliçosos. E o motivo da minha alegria é duplo.

Primeiro que tudo, vejo em vós rapazes cheios de vida e entusiasmo. Esperais tudo do futuro. Faz parte da natureza mesma da vossa jovem idade projectar-se para a frente com todas as forças, de tal modo que sois a esperança, a reserva, quero dizer, a certeza de uma sociedade humana mais justa e melhor. Uma coisa vos recomendo: embora vejais à vossa volta muitas coisas que não estão certas, deveis considerar todas estas realidades como outros tantos motivos para vos comprometerdes ainda mais a construirdes vós, com as vossas mãos e com o vosso coração, um novo mundo, em que seja verdadeiramente possível viver em serenidade, segurança e completa confiança recíproca.

Mas existe também outro motivo pelo qual a vossa presença me dá alegria. E o motivo é que vós viveis de perto, ou melhor desde dentro, a vida mesma da Santa Igreja de Deus. Prestando o vosso serviço à Mesa Eucarística e nas várias Celebrações Litúrgicas, vós hauris directamente das fontes da salvação (Is 12,3) o vigor já necessário para viver bem hoje e depois também para enfrentar com maior entusiasmo o vosso futuro. Certamente muitos de vós, se não todos, já se interrogaram sobre o próprio amanhã, sobre o que farão em adultos. Pois bem, eu estou convencido que não poucos de vós consideraram mesmo a perspectiva de servir a Deus e a Igreja como Sacerdotes, isto é, como anunciadores do Evangelho a quem o não conhece, e como Pastores amorosamente disponíveis para ajudar os outros cristãos a viverem em profundidade a sua fé e a sua união com o Senhor. Por conseguinte, digo a todos aqueles que já sentiram tal chamamento no seu coração: cultivai esta semente, confiai-vos a alguém que vos possa orientar, e sobretudo sede generosos. A Igreja tem necessidade de vós; o próprio Senhor precisa de vós, como quando se serviu dos poucos pães de um rapazinho para saciar uma multidão de gente (Cfr. Jo Jn 6,9-11).

Quanto ao resto, digo-vos com as palavras de São Paulo: Alegrai-vos sempre no Senhor, repito, alegrai-vos (Ph 4,4); de facto, como escreve a Bíblia, o sinal de um coração feliz é um rosto satisfeito (Si 13,32).

Deus ama-vos e espera muito de vós. E asseguro-vos que também o Papa vos quer bem e com todo o coração vos abençoa, juntamente com os vossos Responsáveis e todos os vossos Entes queridos.



DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


A UMA PEREGRINAÇÃO DE TRIESTE (ITÁLIA)


Castel Gandolfo, 5 de Setembro de 1979

: Caríssimos Irmãos e Irmãs, Peregrinos da Diocese de Trieste

Saúdo-vos com espírito verdadeiramente cordial e paterno, e juntamente o vosso zeloso Bispo, Dom. Lorenzo Bellomi. Apraz-me que tenhais querido concluir o vosso Encontro Diocesano, sobre o tema "Trieste: cristãos em confronto", com esta peregrinação tão numerosa e fervorosa. E, ao mesmo tempo que a vós, saúdo também o grupo de Ronchi dei Legionari, onde se festeja o IV Centenário da instituição da Paróquia. Sinceramente agradeço a todos esta visita, que é nova ocasião para renovar a própria fé cristã e a comunhão eclesial recíproca.

Vós viestes a Roma, primeiramente, para fortificar e quase reacender a vossa fé sobre o túmulo dos grandes Apóstolos Pedro e Paulo. Em Roma, de facto, deram eles e quase prodigalizaram o seu testemunho supremo ao Senhor, caindo sim, aos golpes do algoz, mas também consumados pelo amor a Cristo e à Igreja, que sempre os animou e impeliu em todos os trabalhos. Diante dos "troféus" de ambos, como chamou aos seus túmulos o, antigo sacerdote romano Gaio (Cfr. Eusébio, Hist . ecl Qo 2, 25, 5-7), a nossa fé vê-se fortificada e passa da assombrada admiração ao fervoroso desejo de lhes imitar as gestas. É exactamente este fogo interior de compromisso cristão que deveis levar para as vossas casas, como alimento substancioso, que vos permita enfrentar as várias provações da vida com renovada força espiritual, na segura persuasão, já própria do Apóstolo, de que nada poderá nunca separar-nos do amor de Deus, em Cristo Jesus nosso Senhor (Rm 8,39).

Mas uma peregrinação a Roma deve também robustecer o amor comum e revigorar o vosso "ser igreja". Fazendo visita a Pedro (Cfr. Gál Ga 1,18) na pessoa do seu humilde sucessor, confirmais e reavivais o princípio da unidade eclesial, a que ele presta o próprio serviço específico. Assim podeis descobrir de novo que a nossa comunhão mútua é tão forte que vai muito além de qualquer divisão natural mesmo étnica, tanto que São Paulo pôde escrever: Não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há homem nem mulher — pois todos vós sois um só em Cristo Jesus (Ga 3,28). Portanto, exorto-vos com amor a que formeis sempre, todos juntos, um só coração e uma só alma (Ac 4,32), não só nos vossos sentimentos interiores, mas também no plano prático e pastoral, de forma que deis ao mundo testemunho luminoso de solidariedade, mais ainda, de fraternidade.

E acompanhe-vos sempre a minha mais ampla Bênção Apostólica, que de coração torno extensiva aos vossos parentes e amigos, especialmente aos doentes e a todos quantos se encontram em qualquer necessidade.

(Em esloveno) Sinto muito prazer em dirigir-me na sua língua aos peregrinos eslovenos, provenientes também da Diocese de Trieste. Apresento-vos uma saudação especial, com os votos cordiais de que a vossa identidade cultural de origem, inserida no âmbito da vida cívica e eclesial, seja para vós e para todos verdadeiro contributo de riqueza espiritual e elemento de coesão cada vez mais fecunda de pensamentos e obras em Cristo Jesus.



VISITA PASTORAL A LORETO E ANCONA (ITÁLIA)

DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II

NA CERIMÓNIA DE CHEGADA A LORETO


Sábado, 8 de Setembro de 1979



Senhor Ministro, Senhor Comissário

Devo manifestar o meu apreço pelas amáveis expressões de saudação que acabei de ouvir, e, ao agradecer cordialmente, desejo apresentar, também eu, a minha deferente homenagem a Vossas Excelências, às restantes Autoridades e a todos os caríssimos irmãos e irmãs aqui presentes à minha chegada.

1. Vim a Loreto como humilde peregrino, a fim de honrar e rezar à Santíssima Virgem num dos mais célebres Santuários Marianos da Itália.

A minha oração — eco das orações de tantos crentes, especialmente dos pobres, dos que sofrem, dos pequenos — dirigir-se-á, trémula e confiante, à Mãe de Deus, antes de tudo em favor da humanidade, legitimamente orgulhosa das conquistas e metas atingidas em tantos campos da técnica e da ciência, mas também preocupada por tantas situações de tensão e por tantos perigos, que perturbam a convivência serena dos povos e das nações. Por isso, pedirei a Nossa Senhora que olhe benigna para a minha próxima viagem à Irlanda e às Organizações das Nações Unidas, nos Estados Unidos da América.

A minha oração será, também, pela Igreja de Deus, espalhada por todo o mundo, a fim de que seja sempre fiel à missão de anunciar Cristo. morto e ressuscitado pela salvação total do homem, e para que, nesta fé, seja mensageira de amor e de esperança.

A minha oração será, ainda, pela Itália, tão rica de valores culturais, artísticos e humanos, vivificados pela inspiração cristã, a fim de que tenha brio destes valores e saiba conservá-los ciosamente, aumentá-los e transmiti-los às gerações futuras.

2. Vim, também, a Loreto para conhecer e para abraçar os filhos desta Região, os meus irmãos e irmãs das Marcas, para manifestar-lhes o meu apreço pelas próprias virtudes de laboriosidade, de bondade e de serenidade, mas mais ainda, pela sua fé cristã, da qual deram e continuam a dar testemunho. A todos a minha saudação e o meu afecto.

A Virgem Lauretana, com o seu sorriso materno, nos assista a todos neste dia, e por toda a nossa vida!



VISITA PASTORAL A LORETO E ANCONA (ITÁLIA)

DISCURSO POR OCASIÃO DO ENCONTRO COM OS BISPOS,

O CLERO, OS RELIGIOSOS E AS RELIGIOSAS


DA REGIÃO DAS MARCAS


Sábado, 8 de Setembro de 1979



Agradeço muito a D. Marcello Morgante, Bispo de Ascoli Piceno e Presidente da Conferência Episcopal das Marcas, as suas amigas palavras de homenagem, nas quais sintetizou bem a plenitude dos sentimentos de todos nesta hora, neste lugar e neste encontro.

Desejei muito, caríssimos Irmãos e Irmãs em Cristo, dedicar-vos um afectuoso encontro neste dia memorável. Merece-o, de facto, a vossa particular condição de pessoas consagradas a Deus: quer porque revestidas da sublime dignidade sacerdotal, quer porque pertenceis a famílias e instituições religiosas, femininas e masculinas, por conseguinte chamadas a fazer parte, por meio dos santos votos, do estado de perfeição.

Vejo os sentimentos de fidelidade a Cristo e à Igreja e de filial veneração pelo seu Vigário na terra, eloquentemente expressos, mais no vibrar dos vossos olhos, penhor e reflexo da luz interior das vossas almas, enriquecidas por tantos dons espirituais, do que através da manifestação exterior de júbilo, com que me recebestes. E parece-me que posso descobrir em vós, também esta interrogação: como poderemos corresponder cada vez melhor às expectativas de todo o Povo de Deus, especialmente nas graves dificuldades da hora presente? Nesta cidade mariana creio poder responder-vos: sede imitadores autênticos de Nossa Senhora.

Como Ela, sabei guardar no vosso coração todas aquelas coisas (Cfr. Lc Lc 2,32) que o Redentor vos sugerir quando o fordes procurando com alegria, com perseverança e com vibração.

E seja a vossa missão junto do próximo como a de Maria junto da sua parente Isabel: cheia de Deus pela graça que a torna activa e a guia, solicita pelo amor que a distingue, desinteressada porque contrária a toda a recompensa humana, e discreta pela intimidade da mensagem que deve apresentar.

E como a Virgem, afastada nos poucos triunfos do Filho, mas tão perto d'Ele junto da Cruz, assim também vós, desinteressados das satisfações efémeras da terra mas atentos aos sofrimentos humanos, sabei aceitar com inefável dedicação as extremas consequências da paternidade e da maternidade espirituais sobre todos aqueles que Cristo vos entregou — aliás, da humanidade inteira que precisam do vosso exemplo e do vosso testemunho.

São estes os votos que, em nome de Maria Santíssima, sinto o dever e a alegria de vos deixar aqui, junto da Casa da humildade, da caridade e da obediência.

Ao mesmo tempo que peço insistentemente as vossas orações, certifico-vos que vos acompanham sempre a minha lembrança e a minha Bênção, que faço extensiva a todas as pessoas que vos são queridas.



VISITA PASTORAL A LORETO E ANCONA (ITÁLIA)

DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II

ÀS ASSOCIAÇÕES CATÓLICAS LAICAIS


DA REGIÃO DAS MARCAS


Loreto, 8 de Setembro de 1979



Caríssimos Irmãos e Irmãs

Tenho especial gosto em estar convosco, membros das Associações católicas laicais das Marcas; e obrigado a quem acaba de interpretar tão bem os sentimentos desta hora de graça e alegria.

Estamos reunidos na mesma fé e na mesma caridade, neste Santuário que a piedade cristã uniu intimamente, há séculos, com o inefável mistério da Encarnação do Verbo, e no dia em que a Igreja celebra a festividade litúrgica de Maria Santíssima.

1. Estamos aqui para honrar, exaltar e invocar a Virgem de Loreto, com a nossa limitação de criaturas, mas também com o nosso afecto de filhos, necessitados do sorriso e da presença da Mãe. Apraz-me referir as palavras de São Pedro Damião, ditas num discurso feito por ocasião da festividade hodierna: "Era necessário que nascesse aquela Virgem da qual o Verbo viria a tomar a carne humana. Quer dizer, era necessário que primeiro fosse edificada a casa em que o Rei do céu, descendo terra, se dignaria colocar a sua morada... Era necessário que primeiro fosse preparado o quarto nupcial destinado a receber o Esposo, que celebrava as suas núpcias com a Igreja" (São Pedro Damião, Sermo 45: PL 144, 740 s.).

Nestes momentos, enquanto contemplamos a altura vertiginosa da santidade de Maria e admiramos os seus privilégios singulares, vamos ouvindo silenciosamente algumas palavras suas, entre as que, quais pedras preciosas, nos foram conservadas no Evangelho. Tenham as palavras de Maria profunda ressonância na nossa alma e excitem-nos a uma vida cristã cada vez mais coerente com Deus, com a Igreja e o mundo.

2. Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc 1,38).

São as palavras de Maria, que terminam, no mistério da Anunciação, o sublime diálogo entre ela e o Arcanjo Gabriel, e nos fazem entrever as profundidades daquela alma, tornada instrumento muito dócil, sereno e consciente da acção de Deus. Quando a Santíssima Virgem dizia estas palavras — comenta admiravelmente Santo Atanásio — queria dizer: "Sou a tabuinha em que o escritor pode escrever o que lhe agradar. O Senhor do universo escreva, faça o que quiser" (Santo Atanásio, Comm. a Luca, fragm.; ).

Irmãs e Irmãos especialmente empenhados no apostolado! E sobretudo vós, jovens que me ouvis! Devemos sempre lembrar-nos que é fundamental para a vida do cristão esta atitude mariana de absoluta e dócil disponibilidade diante de Deus.., Significa isto que devemos reconhecer — e não apenas em abstracto — o "primado do espiritual", o valor preeminente da vida interior, a insubstituível necessidade da união com Jesus Cristo, mediante a oração assídua e a prática constante dos Sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação, tudo condições para uma autêntica fecundidade na acção apostólica, segundo as palavras mesmas de Jesus: Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós... Quem está em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto; porque sem Mim nada podeis fazer... Permanecei no meu amor (Jn 15,4 Jn 15,5 Jn 15,9).

2. Oiçamos ainda Maria Santíssima: Fazei o que Ele vos disser (Jn 2,5).

São as palavras que Ela dirigiu, em Caná da Galileia, aos criados; e houve o milagre da água transformada em vinho.

São as palavras que esta tarde Ela dirige maternalmente a cada um de nós.

Quem professa ser "cristão", seguidor de Cristo, deve fazer o que diz Jesus, deixando-se levar completamente pela sua mensagem. Portanto o Evangelho, todo o Evangelho, com as suas afirmações e exigências muitas vezes paradoxais para a mentalidade corrente, deve animar a vida de cada cristão, mas especialmente daqueles que, como vós, desejam ser fiéis aos compromissos pessoais quanto à vinda do Reino de Cristo, e ser testemunhas desse Reino e propagadores dele no próprio ambiente.

Dai, portanto, testemunho vibrante de fé luminosa, sem respeito humano, sem fingimentos e sem medo; de amor prático para com todos, especialmente os mais fracos, os mais pobres e os mais necessitados, num espírito de sincero serviço.

A Igreja tem necessidade de vós, do vosso compromisso, da vossa actividade, da vossa preparação profissional e cultural, das vossas iniciativas e da vossa dedicação. O Papa renova-vos com energia, hoje diante de Nossa Senhora, o apelo urgente com que termina o decreto do Concílio Vaticano II sobre o Apostolado dos Leigos: "É o Senhor que manda os leigos a todas as cidades e lugares... para serem seus cooperadores nas várias formas e modos do único apostolado da Igreja,... trabalhando sempre generosamente na obra do Senhor, sabendo bem que o seu esforço não é em vão diante do Senhor" (Decr. Apostolicam Actuositatem AA 33).

Irmãs e Irmãos, rapazes, jovens, homens e mulheres das Marcas, como ireis responder a este convite? Estou certo que — na meditada consciência de serdes participantes da função sacerdotal, profética e real de Cristo (Cfr. Const. dogm. Lumen Gentium LG 33-36) — oferecereis cada vez mais generosamente à Igreja a vossa capacidade, o vosso tempo e o vosso dinamismo, para serdes associados à missão salvífica de Jesus. É o Papa que vo-lo pede em nome do Senhor Jesus.

Nossa Senhora do Loreto dirija maternalmente, deste lugar de graças e bênçãos, os vossos passos pelos caminhos do bem e vos inspire propósitos de grande generosidade.

Ámen.



VISITA PASTORAL A LORETO E ANCONA (ITÁLIA)

DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II

AOS ALUNOS DO INSTITUTO «BARACCA» DE LORETO


Sábado, 8 de Setembro de 1979



Caríssimos Jovens!

Sinto-me particularmente satisfeito por me encontrar no meio de vós nesta Capela do Instituto "Baracca": desejo, antes de tudo, exprimir a minha cordial saudação a todos vós, rapazes, meninas e jovens, que neste lugar de instrução vos inspirais nos ideais de pátria e de fé, para os quais fostes educados nas vossas famílias, e que tão heroicamente são simbolizados pela nobre figura do aviador Francesco Baracca.

Dirijo um pensamento particular sobretudo para todos aqueles dentre vós que foram provados pelo sofrimento e pelo luto causados pela perda dos pais, caídos no cumprimento do próprio serviço na Aeronáutica Italiana para vós a minha paternal solidariedade, e para eles a minha lembrança e oração de sufrágio pelo merecido repouso em Deus.

A todos os presentes, pois, exprimo, o meu sincero obrigado pelo convite que me foi dirigido para vir a esta Capela, que é o coração de todo o Instituto, onde as espíritos são forjados para os altos ideais cristãos e onde se é preparado para a inserção na sociedade hodierna, tão exuberante de energias e maravilhas, mas também tão desorientada e insatisfeita de si mesma.

A vós, jovens corajosos, mas não insensíveis à sabedoria que vos transmitem os vossos educadores, a vós compete a missão de testemunhar, com a vossa vida e o vosso procedimento, a beleza e a validez da mensagem evangélica, e de mostrar aos homens do nosso tempo o rosto luminoso de Cristo. Tende coragem para o fazer! Tende confiança, porque a vitória será vossa! isto que deponho nas vossas mãos fortes e nos vossos corações generosos.

O Senhor Jesus, amigo dos jovens, vos sustenha neste esforço, e vos encoraje a Bênção Apostólica que agora vos concedo, a vós e a todos aqueles que vos são queridos, pais, parentes, superiores e amigos.



VISITA PASTORAL A LORETO E ANCONA (ITÁLIA)

DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II

NA CIDADE DE ANCONA


Sábado, 8 de Setembro de 1979



1. Antes de regressar a Roma, depois das profundas emoções espirituais deste dia singular passado junto do venerado Santuário do Loreto, desejei fazer uma paragem de oração nesta ilustre Cidade, Capital da Província das Marcas.

Ao agradecer as nobres palavras que me foram dirigidas, saúdo cordialmente todos os presentes neste rito vespertino — o Senhor Arcebispo de Ancona, o Senhor Presidente da Câmara e as outras Autoridades civis e eclesiásticas, os Sacerdotes, os Religiosos e os Fiéis —; e desejo ainda alargar o espírito e o coração a toda a gente picena, que eu sabia estar já em secreta expectativa de uma minha peregrinação e, desde que ela foi anunciada oficialmente, não deixou de manifestar-me, de formas diversas e muito afectuosas, a sua jubilosa satisfação. E devo acrescentar que o hospitaleiro acolhimento recebido hoje, confirmou plenamente estes nobres sentimentos. A minha saudação, portanto, meus queridos Filhos e Irmãos, inspira-se no mais vivo reconhecimento; e dado conhecer bem e apreciar as qualidades morais que vos distinguem — diria quase, no âmbito da população italiana — desejaria acompanhá-la de uma breve palavra que seja para vós não só recordação do encontro, mas também sinal de encorajamento e de estima.

2. Entre as características que vos distinguem, "Irmãos do suave, do forte Piceno" (como está no início dum vosso hino eucarístico), sobressai o fervor da vida religiosa. Esta encontra, é verdade, em Loreto o seu centro propulsor ideal pelo constante convite que oferece a meditar e a adorar o augusto mistério do Verbo Encarnado, mas exprime-se e manifesta-se em todos os lugares da Região, desde os Apeninos ao Adriático, na coerência, na seriedade e na exemplaridade de autênticos costumes cristãos. Trata-se, evidentemente, de herança preciosa que é dever não só conservar e tutelar — como se requer para cada património recebido dos antepassados —, mas também desenvolver e promover, a fim de poder ser transmitida com seguro proveito às novas gerações.

Analisando uma espiritualidade assim, é fácil notar a importância que nela assume a piedade mariana. Ora a mim parece-me que, no vosso caso, deve ter mais clara confirmação o conhecido mote ad Iesum ver Mariam. O culto que tributais a Nossa Senhora do Loreto, o vínculo de amor que a Ela vos une como vossa celeste Padroeira, as invocações que tão frequentemente Lhe dirigis nas igrejas e nas casas, as próprias formas de folclore religioso mariano (como o facto de acenderdes milhares e milhares de fogueiras nas vossas lindas colinas, na véspera da festa de 10 de Dezembro): pois bem, tudo isto deve dirigir-vos e conduzir-vos a um seguimento generoso e pontual do seu Filho divino. Com a seriedade do vosso comportamento, deveis demonstrar quanto é profundamente verdadeiro o que o Concílio Vaticano II, no seu autorizado magistério, repropôs à atenção de todo o Povo de Deus: que "o salutar influxo da Santíssima Virgem em favor dos homens,... por livre escolha de Deus, dimana da superabundância dos méritos de Cristo,... e, longe de impedir, fomenta ainda mais o contacto imediato dos fiéis com Cristo" (Const. dogm. Lumen Gentium LG 60). Deveis demonstrar quanto a profunda e terna devoção mariana, tão honrada dentro das vossas famílias, mantém vigilante entre vós a consciência eclesial e reforça o sentido, aliás a certeza, de pertencerdes a Cristo, único Chefe e Senhor.

Esta deseja ser, por conseguinte, a primeira e principal recordação da minha visita: se as Marcas podem com justa razão ser chamadas "Terra Mariae", ao mesmo tempo e precisamente em correspondência com este título devem ser "Terra Domini Iesu Christi".

3. Ao longo dos séculos a vossa Região esteve relacionada com a Sé Apostólica. Também a partir deste ponto de vista, é-me possível distinguir uma segunda qualidade, que define ainda melhor a vossa fé cristã, no sentido — quero dizer — de uma fidelidade a toda a prova à Igreja de Cristo e de uma particular dedicação à pessoa e à missão do seu Vigário na terra. Quantos homens insignes por virtude e saber não deram as Marcas, nas várias idades, à Igreja? Entre os muitos Santos desejo nomear Santa Maria Goretti, cujo túmulo visitei recentemente em Nettuno. E quem não recorda, além disso, as figuras dos não poucos Pontífices Romanos que, nascidos nesta terra abençoada, serviram ilustremente a Igreja? Entre os tantos nomes que me vêm espontaneamente aos lábios, citarei apenas dois: primeiro de tudo o de Sisto V. Papa muito benemérito da vossa Região e designadamente da cidade de Loreto, como também de Roma e da cristandade; depois, em idade mais repente, o de Pio IX, nascido na vizinha Cidade de Senigallia e ainda recordado pela indefessa obra de Pastor, realizada durante o seu longo e doloroso serviço pontifício. É precisamente para estes "precedentes" históricos, para esta alta tradição, para estes vossos conterrâneos que vós deveis olhar não já por vão sentimento de bairrismo mas para uma devida referência, na vossa vida espiritual e moral, para uma orientação mais segura no cumprimento das exigências intrínsecas da fé católica.

4. Não posso ignorar, além disso, o lugar em que se realiza o nosso encontro: nós estamos a celebrar esta sagrada Liturgia na zona do porto. E também a este propósito, não faltam certamente os motivos de natureza religiosa, a começar pelo sugestivo e evocativo delinear-se lá em cima, lá no alto, da vossa Catedral, ó cidadãos de Ancona, a qual com a sua mole majestosa domina todas as casas e as coisas dos homens. Do templo consagrado ao mártir Ciríaco, podeis percorrer de novo e considerar, na trama de uma história plurissecular, as vicissitudes ora alegres ora dolorosas, de que os vossos pais e vós próprios, que recordais os anos da guerra, fostes protagonistas. Mas também para este passado vale o que já disse da tradição religiosa: deve servir para manter a consciência vigilante e dar novo impulso ao espírito para seguir em frente, para proceder com lucidez e coragem rumo ao futuro.

Encontrando-me na área do porto penso — como certamente também vós pensais — no trabalho humano que nele se realiza quotidianamente. Dizer porto quer dizer tráfego e movimento, mas também labuta, sacrifício e suor para muitos de vós, irmãos, que agora me estais a escutar. Também a vós, trabalhadores portuais, em razão do vosso compromisso tão humilde e útil, como aos vossos colegas de outras regiões e a todos os trabalhadores do mar, dirijo agora a minha palavra, que deseja ser uma prova de consideração e respeito pelas vossas pessoas e pela multiplicidade dos vossos serviços. Também. a vós indica a Igreja Cristo Senhor, que à sua obra redentora associou por eleição um grupo de pobres pescadores da Galileia. Irmãos, que conheceis a fadiga não raro ingrata e a insegurança do amanhã, mediante mim a Igreja exorta-vos à esperança e à confiança: sabei olhar para o alto; sabei reconhecer Cristo redentor, isto é, libertador do homem; sabei acolher o seu Evangelho de salvação e de paz!

5. No ano da graça de 1464, no dia da festa da Assunção de Maria Santíssima ao Céu, morria aqui em Ancona, com o espírito dirigido para o Oriente, o Papa Pio II, Eneias Sílvio Piccolomini, de Sena. É uma recordação distante; mas para mim é grato evocá-la, não só para homenagear a memória de um meu Predecessor, ou para confirmar o que já disse sobre as relações entre os Papas e a Região das Marcas, mas para ter modo de enviar daqui, também para além-mar, a minha saudação agradecida e de bons votos aos povos do mais próximo Oriente. Aos filhos da Igreja, como aos irmãos separados que ali vivem, desejo eu indicar "in visceribus Iesu Christi (Ph 1,8) o permanente anseio de comunhão eclesial. fazendo votos — como tantos dos meus Predecessores, como nos tempos mais recentes João XXIII e Paulo VI — pela recomposição da perfeita unidade entre todos os crentes em Cristo e apressando, na caridade e na oração, o dia verdadeiramente feliz em que se realizar este voto.



DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


À FEDERAÇÃO MUNDIAL


DAS COMUNIDADES DE VIDA CRISTÃ


9 de Setembro de 1979



Irmãos e Irmãs da Federação Mundial
das Comunidades de Vida Cristã

Tivestes a bondade de vir visitar-me no princípio da reunião da vossa Assembleia Geral. Tenho a satisfação de me encontrar convosco e de vos garantir o meu religioso interesse quando vós iniciais um período de reflexão sobre o modo de trabalhar por uma comunidade mundial ao serviço de um mundo único.

Tendes em vista tornar as pessoas abertas, a fim de entrarem em comunicação com as outras, dizendo-lhes, como Jesus disse ao surdo-mudo do Evangelho de hoje «Ephethà», quer dizer «Abre-te». Nós devemos abrir-nos saindo dos limites estreitos de nos centrarmos em nós mesmos, interrogando para isso o nosso estilo de vida a fim de vermos de que maneira ele falha em responder ao chamamento de Deus para vivermos como uma família humana única de que nós todos somos membros, e procurando discernir as necessidades espirituais e materiais dos nossos irmãos do mundo inteiro, as quais requerem a nossa assistência.

Esta tarefa está longe de ser fácil. Mas com o auxílio de Jesus não é impossível. Invoco a Sua ajuda para as vossas deliberações e para os esforços de todas as Comunidades de Vida Cristã a fim de atingirem este alvo. E, em Seu nome, abençoo cada um de vós e os outros membros do vosso movimento.



DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


AOS TRABALHADORES DO CENTRO INDUSTRIAL


DE POMÉZIA (ITÁLIA)


Quinta-feira, 13 de Setembro de 1979



A graça e a paz do Senhor Jesus estejam com todos vós, caríssimos Irmãos e Irmãs.

Não posso esconder a minha alegria profunda ao encontrar-me no meio de vós, operários e operárias. Sede todos bem-vindos a este encontro. Agradeço vivamente o convite que me dirigistes e a demonstração de afecto a mim reservada. Agradecimentos especiais ao Senhor Presidente da Câmara pelo seu gentil acolhimento, ao representante dos empresários e ao dos operários, pelas belas palavras que me dirigiram e fizeram que me sentisse em uníssono com a vossa fé de cristãos e com os vossos corações, com os vossos problemas de homens.

1. Permiti-me, antes de iniciar a minha conversa convosco, dirigir uma saudação cordial de bons votos a todos os componentes das famílias desta bela e activa vila. que se encaminha para vir a tornar-se cidade e A. se impõe ao respeito de todos pela laboriosidade e pelo esforço social.

Vão sobretudo urna saudação e uma carícia para as crianças aqui presentes e para as que ficaram em casa: sejam elas abençoadas porque são a riqueza e a alegria dos vossos lares.

Saudação especial dirijo a vós, jovens, meninos e meninas, que tanto estimo pela autenticidade e pela vossa capacidade de coerência e de sacrifício, de que dais tantas vezes prova eloquente.

Saudação a vós, homens e mulheres, que levais o peso, muitas vezes esmagador, da fadiga quotidiana, nas indústrias e nos campos: conheço bem o vosso estado de alma e as tensões que sofreis; também eu, como já disse noutra ocasião, tive "a experiência directa dum trabalho físico como o vosso, duma fadiga diária e da dependência que impõe, do peso e da monotonia" (João Paulo II, Discurso aos operários de Monterrey, México, 1979). Considerai por isso o Papa, vosso amigo e colega.

Uma saudação a todos dentre vós que estão doentes; sabei que me encontro sempre perto de vós com a minha bênção e a minha oração incessante. Como já Cristo na Cruz, vós não podeis mover-vos livremente, mas, como Ele, alargais os braços sobre a vossa cidade, mesmo sobre o mundo inteiro, oferecendo por todos o vosso sofrimento.

Uma saudação particular a vós, empresários, dirigentes e organizadores de empresas, que dais trabalho e pão, a fim de que a sociedade seja transformada mediante a cooperação de todas as forças activas. Tendes certamente grandes méritos, mas também grandes responsabilidades.

Por fim, uma saudação especialmente afectuosa aos Padres Oblatos das duas Paróquias de São Bento e de São Miguel, que multiplicam os seus cuidados, com a presença fraterna, pelo bem espiritual das vossas almas, sob a direcção do Bispo, Dom Gaetano Bonioelli, presente nesta reunião.

2. Ao encontrar-me no meio de vós nesta tarde, apresenta-se-me também a oportunidade de oferecer a minha voz aos problemas que afligem este centro industrial, que em poucos anos registou um aumento de população verdadeiramente enorme. Em 1939 os habitantes não passavam de 1.500 pessoas, hoje, a 40 anos de distância, ultrapassastes o número de 30.000, com 264 administrações. Tudo isto faz que Pomézia — sendo embora zona notavelmente industrializada e com um balanço económico particularmente activo — se encontre a braços com muitos problemas devidos sobretudo h carência de infra-estruturas, necessárias para mais ampla presença de empresas e trabalhadores. Há dificuldades e incómodos na vida social: e permito-me rogar a intervenção solícita das autoridades competentes, exprimindo a minha palavra de ânimo e o meu aplauso aos que dedicam cuidados e meios para vos dar, a vós habitantes de Pomézia, condições cada vez mais justas e mais estáveis para a vossa actividade e para o vosso bem-estar.

3. Nesta Audiência, em que me encontro — em forma, por assim dizer, oficial — com a gente do trabalho na Itália, desejo travar um diálogo convosco e interrogar-vos para conhecer o vosso estado de alma em relação com a Igreja, que alimenta por vós gratidão profunda e simpatia, devido àquilo que sois e àquilo que fazeis. As vezes, pelo contrário, nos ambientes do trabalho encontra-se difundida a opinião contrária. A Igreja, diz-se, ocupa-se dos valores morais e religiosos, e desinteressa-se dos valores económicos e temporais, como se não compreendesse a realidade em que se encontra o trabalhador. Assim duvida-se ou desconfia-se das palavras e dos gestos benévolos da Igreja. Alguns chegam mesmo a perguntar-se: que tem que ver a religião com a indústria, não são duas realidades heterogéneas? Não é isso misturar o sagrado com o profano?

Caríssimos Irmãos e Irmãs, responder-vos-ei com toda a franqueza que estas objecções não têm razão de ser, quando se considera a vossa actividade como parte duma actividade mais vasta, que é a própria do homem, a moral, e quando se têm presentes as finalidades a que o vosso trabalho quer chegar, isto é, à vida do homem na sua totalidade e no seu destino superior e imortal. Dir-vos-ei também que estas objecções poderiam fechar a entrada, no vosso sector, aos factores espirituais, cuja falta é causa de verdadeiras e reais deficiências, de desordem, de perigos e prejuízos. O elemento cristão, em vez de gerar inquietações, faz que elas se vençam devidamente, porque leva à fábrica paz, justiça e unidade. Por isso, nas grandes Encíclicas sociais, como a Rerum Novarum de Leão XIII, a Quadragesimo Anno de Pio XI, a Mater et Magistra e a Pacem in Terris de João XXIII, e a Populorum Progressio de Paulo VI, os Sumos Pontífices nunca se cansaram de afirmar que é necessário um coeficiente religioso para dar melhor solução às relações humanas derivadas da organização industrial, isto não já para empregar o factor religioso como elemento alienante, mas para descobrir pelo contrário, à sua luz, a carência fundamental de todo o sistema que pretenda considerar como puramente económicas as relações humanas nos locais de trabalho, e para sugerir quais são as outras relações que devem integrá-las, regenerá-las mesmo, segundo a visão cristã da vida: primeiro o homem, depois o resto. Conforta notar como a religião cristã proclama a primazia de Deus sobre todas as coisas e põe, por isso mesmo, em actividade, nas realidades temporais, a primazia do homem. Conforta também observar como tal primazia constitui o motivo que estimula e justifica aquele dinamismo social e aquele progresso cívico, a que o fenómeno industrial imprime o seu movimento inevitável. E é precisamente em virtude do reconhecimento de tal primazia que hoje se está a sair do estádio primitivo da era industrial, quando se julgava que a harmonia social resultava unicamente do determinismo das condições económicas em jogo, ao passo que é a todos conhecido como tantos danos são causados pela busca do bem-estar humano fundado, exclusiva e unicamente, sobre os bens económicos e sobre uma visão materialista da vida, que não serve o homem mas o escraviza.

É preciso não esquecer, a este propósito, que o trabalho é para o homem e não o homem para o trabalho; se assim não fosse, o homem voltaria a ser escravo. Ora se o homem é o primeiro valor, nós não podemos diminuí-lo e par assim dizer decapitá-lo, negando-lhe a sua projecção essencial para a transcendência, isto é, para Deus, que fez do homem colaborador Seu. Nesta visão superior, o trabalho — pena e ao mesmo tempo prémio da actividade humana — comporta outra relação, quer dizer, a essencialmente religiosa, que foi expressa com felicidade na fórmula beneditina: ora et labora. O facto religioso confere ao trabalho humano uma espiritualidade animadora e redentora. Tal parentesco entre trabalho e religião reflecte a aliança misteriosa mas real que medeia entre o operar humano e o providencial de Deus, causa primeira que domina e governa o que foi criado.

4. Eis, Irmãos caríssimos, as razões por que a Igreja, como insinuava acima, não pode olhar para o trabalhador sem experimentar um sentimento sincero de simpatia; simpatia que significa participação no seu sofrimento, compreensão e disposição para a estima, para a amizade e para o amor; que significa ainda reconhecimento e proclamação da sua dignidade de homem, de irmão e de pessoa inviolável, sobre cujo rosto está impressa a imagem de Deus.

Simpatia que brota, também e sobretudo, de Cristo ter sido homem do trabalho manual; esteve na dependência de São José, foi o filho do carpinteiro (Mt 13 Mt 55). Cristo está sempre convosco, está sempre no meio de vós: onde quer que o homem sua, trabalha e sofre, está Ele presente. Posso dizer que vim aqui procurá-lo entre vós, que vos sujeitais à vossa penosa fadiga, como Ele em tempos na oficina de Nazaré. Em nome d'Ele portanto vos abençoo a todos e vos aperto a mão em sinal de fraterna benevolência.




Discursos João Paulo II 1979 - Sábado, 1 de Setembro de 1979