Discursos João Paulo II 1981 - Domingo, 3 de Maio de 1981

PALAVRAS DO PAPA JOÃO PAULO II


POR OCASIÃO DA VISITA AOS CORREIOS VATICANOS


Terça-feira, 5 de Maio de 1981



Senhor Inspector
Caríssimos Irmãos e Irmãs

Esta minha visita, breve mas cordial, a vós e ao local do vosso trabalho quotidiano, quer ser um sinal da particular benevolência que o Papa sente também para convosco e os vossos familiares, e uma expressão da estima e do apreço para com o vosso empenho pelo bom funcionamento dos Correios Vaticanos.

Acolhei pois a saudação que vos apresento, unida aos sentimentos de profundo reconhecimento pela vossa dedicação e pela vossa actividade. Também vós estais, de certo modo, ao serviço da Igreja e do Papa e, indirectamente, participais na sua missão espiritual e salvífica. Esta realidade seja para vós motivo de estímulo a perseverar com solicitude e diligência sempre maiores.

Ao congratular-me vivamente com todas as categorias de pessoas, desde os dirigentes aos guarda-livros, dos empregados aos despachantes, a todos asseguro a minha recordação na prece, para que o vosso trabalho se efectue sempre na seriedade e na fraternidade. Fazei de modo que aqueles que de todas as partes do mundo vêm a este Centro da Cristandade, fiquem sempre bem impressionados com a vossa bondade e com o vosso empenho profissional.

Nestes dias, em que gozamos a alegria de Cristo ressuscitado, na preparação para a grande solenidade do Espírito Santo, e rezamos a Maria Santíssima no mês a Ela dedicado, sabei viver também vós, nos vossos lares e no vosso trabalho, as supremas certezas da fé cristã, que dão significado e conforto a toda a nossa acção.

O Senhor vos assista sempre com a abundância dos seus favores celestes e acompanhe-vos a minha Bênção Apostólica, que de todo o coração vos dou e faço extensiva a todas as pessoas que vos são queridas.



DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


AOS PARTICIPANTES NO CONGRESSO


DOS DIRIGENTES DA RENOVAÇÃO CARISMÁTICA


Gruta de Lourdes, Jardins do Vaticano

Quinta-feira, 7 de Maio de 1981



Caros Irmãos e Irmãs em Cristo

Na alegria e na paz do Espírito Santo dou eu as boas-vindas a todos vós que viestes a Roma participar no IV Congresso Internacional dos Chefes da Renovação Carismática Católica, e peço que "a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós!" (2Co 13,13).

1. A vossa escolha de Roma como local para este Congresso é sinal impressionante da vossa compreensão da importância de se estar enraizado nessa unidade católica de fé e caridade que tem o seu centro visível na Sé de Pedro. Precede-vos a vossa reputação, como a dos seus amados Filipenses que incitaram o Apóstolo Paulo a começar a sua Carta a eles dirigida, com um sentimento de que tenho gosto de me fazer eco: "Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós... Por isso é que lhe peço que a vossa caridade cresça cada vez mais em ciência e inteligência, para que o discernimento das coisas úteis vos torne puros e irrepreensíveis para o dia de Cristo" (Ph 1,3 Ph 1,9-10).

2. Em 1975 o meu venerável predecessor Paulo VI dirigiu-se ao Congresso Internacional Carismático que se reuniu aqui em Roma, e insistiu nos três princípios que São Paulo esboçou para guiar o discernimento, em conformidade com a ordem: "Examinai e retende o que for bom" (1Th 5,21). O primeiro destes princípios é a fidelidade à doutrina autêntica da fé; tudo o que se opõe a esta doutrina não vem do Espírito. O segundo princípio é apreciar os mais altos dons — os dons que são dados para o serviço do bem comum. E o terceiro princípio é a prática da caridade, a única virtude que leva o cristão a ser perfeito: como o Apóstolo diz, "Acima de tudo, revesti-vos da caridade que é o vínculo da perfeição" (Col 3,14) Não é menos importante, agora para mim, sublinhar estes princípios fundamentais para vós, a quem Deus chamou para servirdes como chefes da Renovação.

O Papa Paulo descreveu o movimento da renovação no Espírito como "uma boa sorte para a Igreja e para o mundo", e os seis anos desde tal Congresso confirmaram a esperança que inspirou este pensamento. A Igreja viu os frutos do vosso amor à oração num dever aprofundado de santidade de vida e de amor à palavra de Deus. Notámos com particular alegria a maneira como os chefes da renovação desenvolveram mais e mais a alargada visão eclesial, e fizeram esforços para tornar esta visão, de modo crescente, uma realidade para os que deles dependem para a orientação. E nós vimos igualmente os sinais da vossa generosidade em repartir os dons de Deus com os infelizes deste mundo em justiça e caridade, de maneira que toda a gente pode experimentar a inestimável dignidade que tem em Cristo. Oxalá este trabalho de amor, já começado em vós, seja levado a bom termo! (cf. 2Co 8,99). A este propósito, sempre vêm à lembrança as palavras que Paulo VI dirigiu ao vosso Congresso durante o Ano Santo: "Não há limites às exigências do amor: os pobres, os necessitados, os aflitos e aqueles que sofrem no mundo, longe e perto, todos bradam por vós, como irmãos e irmãs de Cristo, pedindo a prova do vosso amor, pedindo a palavra de Deus, pedindo o pão e pedindo a vida".

3. Sim, vejo-me muito feliz ao ter esta oportunidade de falar, com o coração nas mãos, a vós que viestes de todas as partes do inundo participar neste Congresso projectado para vos ajudar, no desempenho do vosso papel como chefes na Renovação Carismática. De maneira especial desejo referir-me à necessidade de enriquecer e tornar prática esta visão eclesial, que tanto pertence à essência da Renovação nesta altura do seu desenvolvimento.

O papel de chefe consiste, principalmente, em dar exemplo de oração na própria vida. Com esperança fundada e solicitude cuidadosa, toca ao chefe assegurar que o multiforme património da vida de oração da Igreja é conhecido e aplicado por aqueles que procuram renovação espiritual: meditação sobre a palavra de Deus, uma vez que "a ignorância da Escritura é ignorância de Cristo", como São Jerónimo afirmou com insistência; abertura aos dons do Espírito, sem concentração exagerada nos dons extraordinários; imitação do exemplo de Jesus mesmo, em reservar tempo para a oração a sós, com Deus; entrada mais profunda no ciclo dos períodos litúrgicos da Igreja, especialmente por meio da Liturgia das Horas; a apropriada celebração dos sacramentos — com especialíssima atenção ao Sacramento da Penitência —, que produzem a nova dispensação da graça de acordo com a própria vontade manifesta de Cristo; e, acima de tudo, um amor e crescente compreensão da Eucaristia como centro de toda a oração cristã. Porque como o Concílio Vaticano II nos inculcou, "a Eucaristia aparece como a fonte e o ponto culminante de toda a evangelização, enquanto os catecúmenos são introduzidos pouco a pouco na participação da Eucaristia, e os fiéis, já assinalados com o Sagrado Baptismo e a Confirmação, são inseridos plenamente no Corpo de Cristo — a Igreja — pela recepção da mesma Eucaristia" (Presbyterorum Ordinis PO 5).

Em segundo lugar, deveis estar interessados em proporcionar comida sólida para a alimentação espiritual, partindo o pão da verdadeira doutrina. O amor pela palavra revelada de Deus, escrita sob a inspiração do Espírito Santo, é garantia do vosso desejo de "vos manterdes firmes no Evangelho" pregado pelos Apóstolos. É o mesmo Espírito Santo — di-lo a Constituição Dogmática sobre a Divina Revelação — que "aperfeiçoa constantemente a fé, por meio dos seus dons, de maneira que a inteligência da Revelação seja cada vez mais profunda" (Dei Verbum DV 5).

O Espírito Santo que distribui os Seus dons, umas vezes em maior outras em menor medida, é o mesmo que inspirou as Escrituras e acompanha o Magistério vivo da Igreja, a que entregou Cristo a interpretação autêntica destas Escrituras (cf. Discurso de Paulo VI, 19 de Maio de 1975), segundo a promessa de Cristo aos Apóstolos: "Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador, para estar convosco sempre, o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem conhece, mas que vós conheceis porque habita convosco e está em vós" (Jn 14,16-17).

Deus deseja, portanto, que todos os cristãos progridam no conhecimento do mistério da salvação, que nos revela sempre mais a própria dignidade intrínseca do homem. E deseja que vós, chefes desta Renovação, sejais ainda mais profundamente formados no ensinamento da Igreja, cuja tarefa bimilenária tem sido meditar na palavra de Deus, para sondar as suas riquezas e as tornar conhecidas ao mundo. Tomai cuidado de, como chefes, procurar sólida formação teológica destinada a assegurar-vos, e a tudo o que depende de vós para ser orientado, a desenvolvida e completa compreensão da palavra de Deus: "a palavra de Cristo permaneça em vós abundantemente com toda a sabedoria, ensinando-vos
e admoestando-vos uns aos outros..." (Col 3,16).

Em terceiro lugar, como chefes da Renovação, deveis tomar a iniciativa de estabelecer laços de confiança e cooperação com os Bispos, que têm a responsabilidade pastoral, segundo a providência divina, de pastorear todo o Corpo de Cristo, incluída a Renovação Carismática. Mesmo quando eles não conheçam as formas de oração, que vós tenhais encontrado serem muito enriquecedoras, tomarão a peito o vosso desejo de renovação espiritual de vós mesmos e da Igreja, e oferecer-vos-ão segura orientação, que é a tarefa que a eles compete. O Senhor Deus não deixa de ser fiel à promessa da oração ao receberem eles as Ordens, na qual Lhe foi pedido para "comunicar a essas pessoas escolhidas o poder que vem de Vós, o Espírito que governa, o qual destes ao vosso amado Filho, Jesus Cristo, o Espírito dado por Ele aos Santos Apóstolos, que em todos os lugares fundaram a Igreja a fim de ser o vosso templo para a incessante glória e para o louvor do Vosso nome" (Rito da Ordenação Episcopal).

Muitos Bispos do mundo inteiro, tanto individualmente como em declarações das suas Conferências Episcopais, deram ânimo e directrizes à Renovação Carismática — e por vezes até uma útil palavra de prudência — e ajudaram a comunidade cristã pormenorizadamente a compreender melhor o seu lugar na Igreja. Por esse exercício da sua responsabilidade pastoral, os Bispos prestaram grande serviço a nós todos, para assegurar à Renovação um ideal de aumento e progresso completamente aberto a todas as riquezas do amor de Deus na sua Igreja.

4. Nesta ocasião gostaria eu também de chamar a vossa atenção para outro ponto de especial importância neste Congresso de chefes: Diz respeito ao papel do sacerdote na Renovação Carismática. Os padres receberam na Igreja o dom da Ordenação como cooperadores no ministério pastoral dos Bispos, com quem eles compartilham de um e mesmo sacerdócio e ministério de Jesus Cristo. Isto requer que estejam em estreita comunhão hierárquica com a ordem dos Bispos (Presbyterorum Ordinis PO 7). Como resultado, o sacerdote tem um papel único e indispensável para exercer na Renovação Carismática e em favor dela, tanto como em favor de toda a comunidade cristã. A sua missão não está em oposição ou em paralelo com o legítimo papel dos leigos. Por meio do laço sacramental do sacerdote com o Bispo, cuja ordenação confere responsabilidade pastoral quanto à Igreja toda, ele ajuda a assegurar aos movimentos de renovação espiritual e de apostolado leigo a integração deles com a vida sacramental e litúrgica da Igreja, especialmente graças à participação na Eucaristia; por isso dizemos "Fazei que, alimentando-nos do Corpo e Sangue de Vosso Filho, e cheios do Seu Espírito Santo, sejamos em Cristo um só corpo e um só espírito" (Terceira Oração Eucarística). O sacerdote participa da responsabilidade mesma do Bispo em pregar o Evangelho; para isto o preparará a sua formação teológica, de maneira especial. Como resultado, ele tem papel único e indispensável em garantir essa integração na vida da Igreja, o que evita a tendência para formar estruturas alternativas e marginais, e leva a mais plena comparticipação, especialmente na paróquia, da vida sacramental e apostólica da mesma Igreja. O padre, por seu lado, não pode prestar os seus serviços em favor da Renovação, a não ser que e até que, adopte uma atitude acolhedora para com ela, baseada no desejo, que partilha com cada cristão pelo Baptismo, de crescer nos dons do Espírito Santo.

Vós chefes da Renovação, portanto, quer sacerdotes quer leigos, deveis testemunhar o comum laço que tendes com Cristo e estabelecer o ideal para esta colaboração efectiva que se funda na ordem do Apóstolo: "Solícitos em conservar a unidade de espírito mediante o vínculo da paz. Há um só Corpo e um só Espírito, como existe uma só esperança no chamamento que recebestes" (Ep 4,2-5).

5. Por último, pela vossa experiência de muitos dons do Espírito Santo que são partilhados também com os nossos irmãos separados e irmãs, tendes a especial alegria de crescer num desejo de unidade, para o qual o Espírito nos guia, e numa obrigação de séria tarefa de ecumenismo.

Como se há-de levar a cabo esta tarefa? O Concílio Vaticano II ensina-nos: "Antes de mais nada, hão-de os fiéis católicos considerar com sinceridade e diligência aquilo que deve ser renovado e feito na própria Família católica, para que a sua vida dê testemunho mais fiel e mais claro da doutrina e das instituições que nos transmitiu Jesus Cristo, por meio dos Apóstolos" (Unitatis Redintegratio UR 4). O genuíno esforço ecuménico não procura evitar as tarefas difíceis, como a convergência doutrinal, lançando-se a criar uma espécie de autónoma "igreja do espírito", separada da Igreja visível de Cristo. O verdadeiro ecumenismo mais serve para aumentar a nossa ânsia pela unidade eclesial de todos os cristãos numa só fé, de maneira que "o inundo se converta ao Evangelho e deste modo se salve para glória de Deus" (Unitatis Redintegratio UR 1). Confiemos em que, se nos entregamos ao trabalho de renovação genuína no Espírito, este mesmo Espírito Santo indicará a estratégia para o ecumenismo, que há-de levar a efeito a nossa esperança de "um único Senhor, uma única fé, um único Baptismo; um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, actua por meio de todos e se encontra em todos" (Ep 4,5-6).

6. Caros Irmãos e Irmãs, a carta aos Gálatas diz-nos que "ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou o Seu Filho, nascido de mulher, nascido sujeito à Lei, para resgatar os que se encontravam sob o jugo da Lei e para que recebêssemos a adopção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o espírito que brada "Abbá!, Pai" (Ga 4,4-6). E é a esta mulher — Maria Mãe de Deus e Nossa Mãe, sempre obediente à instigação do Espírito Santo — que eu entrego confidencialmente o vosso importante trabalho de renovação na Igreja e da Igreja. No amor do seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, eu vos concedo de boa vontade a minha Bênção Apostólica.



DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


AOS JOVENS DO MOVIMENTO DO "ROSÁRIO VIVO"


Pátio de São Dâmaso

Quinta-feira, 7 de Maio de 1981



Caríssimos meninos e jovens

1. Grande é a minha consolação hoje, ao receber-vos pela primeira vez tão numerosos e alegres. Sei que desejais testemunhar a vossa exultante devoção a Nossa Senhora por meio do apostolado do Rosário vivo. Sinto prazer sincero por este esforço de amor para com a Mãe de Deus; e depois agradeço-vos o afecto que desejastes mostrar-me com a vossa agradabilíssima visita, que me oferece o ensejo de fazer algumas considerações sobre o vosso movimento de oração, iniciado pela venerável Paulina Jaricot, terceira dominicana, que o fundou para confiar à Virgem Santíssima o regresso à fé daqueles que a tinham abandonado. E serviu-se do "Rosário vivo" para difundir na Igreja o piedoso exercício desta forma de oração.

2. Seguindo as indicações por ela deixadas, formais grupos de quinze — tantos como são os mistérios do Rosário — e tomais o compromisso de meditar, um após outro, os mistérios da vida oculta, do sofrimento e da glória de Jesus e da Sua Mãe Santíssima. Cada dia, tendes portanto presente os passos fundamentais da vida do Senhor e de Nossa Senhora, que vos estimulam no cumprimento generoso dos deveres quotidianos, à luz do Evangelho.

De facto, nos mistérios gozosos, dos exemplos da Senhora — guarda dos exemplos do Filho no seu coração (cf. Lc Lc 2,51) — aprendeis a atender a Deus e a servil'O a Ele só, e sois instigados a cumprir sempre e com generosidade a divina vontade, a amar o próximo e a ajudá-lo nas suas necessidades; sois animados a não queixar-vos nas dificuldades que a vida pode apresentar, pensando em Jesus que por nós se fez pobre e oculto. Na escola do "Rosário vivo" aprendeis, em seguida, a unir à oração o sacrifício: e nela é-vos ensinado a que vos ocupeis principalmente das coisas que dizem respeito ao Senhor; e nos mistérios dolorosos vindes ao conhecimento de que é impossível ser verdadeiro cristão e tender para a perfeição sem subir em espírito ao Calvário juntamente com Jesus e Maria, aceitando com docilidade o sofrimento e as cruzes da vida permitidas pelo Senhor. Para triunfar neste nobre empreendimento é necessário combater, sem qualquer trégua, o pecado e purificar continuamente a alma de todas as culpas cometidas. Por fim, graças à meditação dos mistérios gloriosos, podeis unir-vos a Cristo ressuscitado com um coração ardente e puro de toda a mancha de pecado, a fim de cumprir sempre a Sua vontade esperando gozá-l'O depois por toda a eternidade.

Rezando o Rosário deste modo, progredireis cada vez mais na virtude e sereis cada vez mais fervorosos, sabendo que estais na escola da santidade.

3. O vosso movimento tem ainda a finalidade de orar pelo bem da Igreja, Corpo Místico de Jesus, como disse o Concílio Vaticano II: "Este é o fim da Igreja: com a difusão do reino de Cristo na terra para glória de Deus Pai, tornar participantes todos os homens na salvação realizada pela redenção e por meio deles ordenar efectivamente o mundo inteiro para Cristo. Toda a actividade do Corpo Místico, ordenada para este fim, chama-se 'apostolado', que a Igreja exerce mediante todos os seus membros, naturalmente de modos diversos; a vocação cristã, na verdade, é por sua natureza também vocação de apostolado". Fazei portanto da vossa vida um generoso dom de apostolado, um esforço de conquista para com os outros; pedi também pela conversão de todos os que estão infelizmente longe da graça de Deus, e suplicai a Nossa Senhora que obtenha à Igreja mesma do seu divino Filho todas estas importantes intenções.

A vós é pedida, mediante a vossa fé, a difusão, no seio das famílias, entre os da vossa idade, desta forma de oração. O Papa exorta-vos a realizá-la com a força do exemplo e também com aquela insistência que é própria dos vossos anos. Está convosco Jesus, está convosco Nossa Senhora; ouvir-vos-ão e garantirão a serenidade das vossas famílias e a paz do mundo.

Abençoo-vos de todo o coração, juntamente com todos os que vos são queridos, e abençoo os beneméritos Padres Dominicanos, que vos guiam e acompanham na sublime escola do Rosário.



DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


A UM GRUPO DE ESTUDANTES FRANCESES


Sexta-feira, 8 de Maio de 1981



Caros jovens
Caros educadores e pais de todos estes jovens

Vindes das escolas e dos colégios católicos da região de Aix-en-Provence e de Marselha. Sei igualmente que preparastes esta peregrinação de aprofundamento da vossa fé com entusiasmo. Depois de passar dois dias em Roma sobre os vestígios sempre comovedores dos Apóstolos Pedro e Paulo, martirizados nesta Cidade, partireis para Assis sob os rastos de São Francisco, o Santo que preferiu Cristo a todas as riquezas. Desejo que vivais estes dias espirituais com total disponibilidade de coração e espírito. Eles constituem um acontecimento — ao mesmo tempo simples e misterioso — através do qual Deus chama todos e cada um de vós, de maneira única e nova, a segui-1'O mais de perto nas vossas situações quotidianas precisas e naturalmente diversas. Peço que esta passagem do Senhor na vossa vida traga frutos abundantes, e desperte também vocações para o sacerdócio ou para a vida religiosa.

Ao regozijar-me convosco por pertencerdes ao ensino católico, não posso neste breve e simpático encontro explicar, nem sequer sucintamente, o fundamento das instituições católicas de ensino. O Concílio Vaticano II exprimiu com autoridade e clareza as posições da Igreja a este respeito. O meu caro predecessor, Paulo VI, frequentemente falou delas. Por outro lado, o Episcopado do vosso país e vários Congressos nacionais esclareceram e apoiaram os responsáveis e os defensores da Escola católica, meio de evangelização. Neste momento, quereria apenas — e de todo o coração — encorajar cada um entre vós a desejar ser cada vez mais responsável do clima evangélico da comunidade escolar cristã que é a sua. Forma questão extremamente séria, trata-se da credibilidade do ensino católico. O Evangelho, que evidentemente nada diz a respeito de uma estratégia educativa, nem do seu programa, nem dos seus métodos, deve contudo ser ou tornar-se a referência constante de todas as escolas católicas. O Evangelho é, de facto, a fonte revelada da verdade sobre Deus e sobre o homem. A originalidade e a identidade da escola católica, ao mesmo tempo que o seu dinamismo autêntico, estão ligados ao acolhimento e à integração desta luz na vida concreta da comunidade escolar e de todos os seus membros. Na prática, interrogai-vos com frequência e ajudai os vossos alunos a interrogarem-se sobre a procura leal de Deus e o aprofundamento do conteúdo da fé, quer no próprio âmbito das instituições quer por ocasião de fins de semana espirituais, de retiros e de peregrinações. Igualmente, deixai o Evangelho atestar, por assim dizer, tudo o que é vivido ao longo dos tempos nas vossas escolas: as relações interpessoais, o acolhimento das crianças deficientes ou atrasadas, a importância do trabalho, a entreajuda escolar fraterna e leal, a partilha das responsabilidades, a abertura para os problemas da nossa época, etc.

São todos estes valores de fé e educação que, dia após dia, construem as vossas personalidades individuais e dão forma à face evangélica das vossas comunidades escolares respectivas. São eles que vos conduzirão, no devido tempo, a assumir as responsabilidades mais importantes na sociedade e na Igreja.

Sinto-me feliz em vos abençoar em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.



DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


AOS JOVENS DO VIII COMANDO MILITAR ITALIANO


Sala Paulo VI

Sexta-feira, 8 de Maio de 1981



1. Tenho o prazer de acolher-vos hoje em audiência especial, caríssimos jovens do VIII Comando Militar. Retribuo a cada um de vós a saudação cordial, que todos juntos me dirigistes. E ao mesmo tempo que a vós, saúdo também o Comandante da Região Militar Central, General Salvatore Coniglio, e também os civis empregados na guarnição romana com pessoas de suas famílias. Saúdo, além disso, o Ordinário Militar, Dom Mário Schierano, com especial pensamento para os Capelães, a quem desejo exprimir o meu apreço pela sua obra pastoral.

2. Mesmo na diversidade das proveniências, como também das várias especializações e armas a que pertenceis, há um factor que vos une, caríssimos jovens: é a experiência que todos estais fazendo do serviço militar. Como pode e deve ser julgada esta experiência? Inscreve-se certamente, como dado de facto, digno de atenção, na história pessoal de cada um de vós, ao lado de outras experiências igualmente importantes, como as da família e da escola. Partindo deste ponto de vista mais concreto, é claro que a experiência deverá ser julgada, com base naquilo que de positivo soubestes adquirir, durante os meses de "serviço".

Sendo comunidade de experiência significa, além disso, que todos vós, mesmo na aludida diversidade das incumbências, sentis bastantes vezes a solicitação de determinados deveres, quais por exemplo a obediência, a disciplina, o adestramento e a ligação com a Pátria. E apraz-me, conforme a natureza do meu ministério de Pastor, pôr em relevo o elemento moral que está implícito em tais contributos. É claro, de facto, que, na medida em que este elemento se tiver desenvolvido e afinado, a experiência global do vosso serviço será julgada frutuosa e digna de ser incluída no activo do balanço final. Os meus votos, portanto, são de que, no cumprimento quotidiano dos respectivos deveres, se opere em vós uma real elevação, que vos torne capazes de enfrentar melhor as responsabilidades de hoje e de amanhã,

3. Mas há outro factor que vos une. Vós não sois veteranos, não sois como os soldados das antigas sociedades que envelheciam "na tropa" e se retiravam depois por longos anos. Vós sois jovens que, ao concluírdes o serviço, voltareis à vida ordinária. Sois jovens na plenitude das vossas energias físicas e psíquicas. Diante de vós abre-se longa série de anos, durante os quais sereis chamados a desempenhar um papel que, na variedade e multiplicidade das formas, deverá mostrar quem sois e o que sabeis fazer. Uma vez concluído o presente tirocínio, começará para vós esta nova fase, para a qual eu vos apresento desde agora os meus votos mais ardentes.

Sabeis bem quanto eu insisto, todas as vezes que se me oferece a ocasião, em persuadir a juventude a que trate da própria formação humana e cristã, porque é demasiadamente óbvio que a sorte da sociedade depende essencialmente do contributo que para ela deriva das novas gerações. Como está a sociedade moderna? Progride ou retrocede? Qual é a relação entre o progresso tecnológico, tão importante como inegável, e o quadro dos valores ético-espirituais? São perguntas que rapidamente eu formulo diante de vós, não apenas para atrair a vossa atenção, mas também para solicitar cada um de vós a desempenhar, com alto sentimento de responsabilidade, a própria parte no seio da família humana e a oferecer-lhe aquele contributo, de que a natureza mesma, e portanto Deus criador, o tornou capaz.

4. Nomeando Deus, eis que o discurso se eleva a uma esfera superior. Nomeando Deus, eis que o discurso abrange também aqueles dons que, embora em variada medida, Ele vos deu sempre numerosos e grandes. Quantos e quais são os dons de Deus? A vida, primeiro de tudo, depois a juventude, a saúde, a força, a inteligência, a vontade e a liberdade; e ainda, no plano sobrenatural, a fé, a caridade e a graça, que é amizade e participação da vida mesma de Deus.

Recordais-vos da parábola evangélica dos talentos? Há um patrão — conta o Senhor Jesus — que parte para uma viagem a terra longínqua e distribui diferentes somas de dinheiro aos seus servidores. Há quem responda ao chamamento e se ponha logo a trabalhar diligentemente com os talentos recebidos, até os duplicar. Mas há quem, tendo falta de iniciativa, esconda o seu talento debaixo da terra. Chega porém o momento de dar contas: "Passado muito tempo, voltou o Senhor daqueles servos e pediu-lhes conta". Aqueles que tinham trabalhado e ganhado, receberam louvores e prémio pela diligência e fidelidade, enquanto o "servo mau e preguiçoso" foi não só privado de seu talento, mas ainda castigado com despedida imediata (cf. Mt Mt 25,14-30).

Todos vós, caríssimos jovens, recebestes muitos e preciosos dons da bondade do Pai celestial, e é portanto dever vosso fazer que eles aumentem e produzam aqueles frutos, para os quais vos foram dados.

Acolhei — é o que vos peço — esta minha exortação, inspirada na consciência daquilo que realmente podeis fazer e na confiança, por outro lado, daquilo que querereis fazer graças à vossa generosidade e ao peso do vosso entusiasmo juvenil. Quando chegar o momento de retomardes as vossas ocupações na vida civil, estando certamente já amadurecidos pela experiência feita nestes meses, sabei mostrar àqueles que encontrardes — os vossos amigos, os vossos pais e as vossas famílias — a riqueza da vossa personalidade já formada e concreta, prontos a ocupar dignamente aquele lugar que pelos dons, de Deus recebidos e por vós desenvolvidos, a vós competem e vos estão adaptados. Inscrevei também o hodierno encontro comigo, humilde Vigário de Cristo Senhor, entre as recordações mais vivas do período militar, pela oportunidade que ele vos ofereceu de iniciar uma reflexão salutar e aprofundar, à luz da fé, os problemas mais verdadeiros e mais sérios da vida.

Com a minha cordial Bênção Apostólica.



DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


AOS PARTICIPANTES NA ASSEMBLEIA GERAL


DO CONSELHO SUPERIOR


DAS PONTIFÍCIAS OBRAS MISSIONÁRIAS


Sala Clementina

Sábado, 9 de Maio de 1981



É para mim motivo de grande alegria encontrar-me hoje convosco, membros do Conselho Superior das Pontifícias Obras Missionárias, acompanhados pelo seu Presidente, o Senhor Secretário da Sagrada Congregação de Propaganda Fide e convosco, Secretários-Gerais e Directores Nacionais, alguns dos quais são meus irmãos no Episcopado, vindos aqui de todas as partes do mundo para a costumada Assembleia anual.

Saúdo-vos cordialmente, assegurando-vos que ocupais lugar especial no meu coração.

A vossa presença faz-me recordar a unidade e a catolicidade da Igreja, a comunhão e a solidariedade entre as Igrejas locais e o carácter essencialmente missionário da Igreja de Cristo. Além disso, faz-me chegar o apelo, vivo e incisivo, das Igrejas particulares espalhadas em todo o mundo, com os seus problemas, as suas ansiedades e as suas dificuldades, nas quais pulsa, o coração da Igreja universal.

1. Desejo referir-me em particular às jovens Igrejas dos territórios de missão própriamente ditos — alguns dos quais tive oportunidade de visitar — onde, mediante a obra árdua e infatigável dos missionários, a palavra de Cristo Redentor é semeada, e lança raízes nos diversos contextos sócio-culturais para dar lugar a uma confortadora florescência de novas comunidades cristãs. Muitas delas — como já pude salientar durante as minhas viagens apostólicas — estão a inserir-se plenamente no dinamismo missionário da Igreja universal, em resposta às solicitações do Concílio.

Se hoje cada Igreja particular é de facto Igreja universal ela mesma, e presença do único sacramento de salvação, daqui concluiu-se que, como a Igreja inteira é por sua natureza missionária, assim também cada Igreja, local está e deverá ser por si mesma missionária, isto é participante, seguindo a voz do Espírito Santo, na missão universal confiada por Cristo com solene mandato a Pedro, aos Apóstolos e aos seus sucessores: a evangelização da humanidade.

Pelo que, justamente, a missão deve hoje ser compreendida como intercâmbio vital e recíproco, ordenado para este fim supremo, e como recíproca cooperação de cada uma das partes para o desenvolvimento harmónico do todo. Cada Igreja, nos dias de hoje, é rica e pobre sob um aspecto ou outro: por isso cada Igreja tem qualquer coisa a dar ou a receber. As que são mais ricas devem continuar a amparar as mais pobres; mas estas podem distribuir cada vez mais abundantemente as suas riquezas espirituais; deste modo realiza-se a imagem que São Paulo nos deixou da Igreja.

2. As Pontifícias Obras Missionárias, que vós aqui representais, têm papel importante na promoção desta comunhão e desta solidariedade entre as Igrejas particulares.

A essas compete, de facto, antes de tudo, a tarefa essencial de suscitar em cada uma das Igrejas uma sensibilidade autenticamente católica, projectando-as para além dos seus confins numa tomada de consciência cada vez mais profunda das necessidades das outras comunidades cristãs do mundo. De facto, uma cooperação verdadeiramente eficaz entre as Igrejas locais pode realizar-se só quando todo o Povo de Deus de cada uma das Igrejas for sensibilizado "missionariamente"; isto é, quando todos os fiéis compreenderem bem que cada um, seja embora em diversa forma e medida, tem o dever de colaborar no esforço imane de evangelização da Igreja.

É esta consciência missionária, pressuposto de uma dinâmica cooperação intereclesial, que as Pontifícias Obras Missionárias são chamadas a desenvolver. Através delas — "instrumentos privilegiados do Colégio Episcopal em união com o Sucessor de Pedro e com ele responsável do Povo de Deus, ele mesmo todo missionário" (Carta de Paulo VI ao Card. Renard, 22 de outubro de 1972) — o Papa, e com ele os Bispos, podem efectuar esta poderosa obra de animação dos fiéis, a fim de que estes colaborem no desígnio salvífico de Deus.

3. Há depois um segundo aspecto, não menos importante, que faz das Pontifícias Obras Missionárias precioso instrumento da cooperação missionária, e é o chamado aspecto económico. São por vós conhecidas as imensas necessidades de tantas Igrejas locais nas mais longínquas terras de missão do globo e os outros tantos pedidos que chegam de todas as partes do mundo missionário, para a realização dos instrumentos mesmos da evangelização: escolas de catequese, lugares de culto, cuidado das vocações, e assim por diante.

Às Pontifícias Obras Missionárias, por conseguinte, compete também o dever de, além de uma oportuna obra de sensibilização missionária, recolher, nas várias Igrejas locais onde elas actuam, os auxílios necessários para aliviar, o mais possível, as enormes dificuldades e os tantos sofrimentos que afligem milhões de irmãos.

Sei que todos os anos vos reunis aqui, na Sé de Pedro, para estudar o modo de melhorar os vossos programas. De coração vos dou o meu agradecimento, juntamente com o de todos os meus irmãos no Episcopado, pelo que realizastes até agora, e o meu encorajamento para o que vos propondes realizar no futuro.

A Virgem Santa, que encorajou com a sua presença e a sua oração a Igreja nascente, acompanhe com a sua protecção maternal os vossos trabalhos e os vossos sacrifícios. Conforte-vos a minha bênção.

E agora permiti que dirija uma palavra especial aos participantes de língua alemã, de modo particular à "Missio".

Raramente o carácter mundial e a catolicidade da nossa Igreja aparecem tão manifestos como nas reuniões dos directores nacionais das Pontifícias Obras Missionárias. Consultam-se representantes de 97 países sobre os modos e os meios, com que os mais pobres dos nossos irmãos e irmãs podem ser ajudados, das maneiras mais rápidas, mais seguras e melhores. As Igrejas da África, da Ásia, da Oceânia e da América Latina reflectem e decidem, juntas com as Igrejas do Ocidente, uma partilha dos ónus entre as jovens Igrejas do Sul — cujo rápido crescimento é motivo de grandes esperanças — e as Igrejas do Velho Mundo, que, cheias de admiração, podem ver como a semente do Evangelho, por elas levada há poucas gerações, cresceu e produziu ricos frutos.

A vós todos, aqui reunidos fraternalmente para vos ajudardes uns aos outros, faço apelo a que não vos limiteis ao auxílio material, mas caminheis ao encontro do homem com o amor de Cristo. O amor de Deus é indivisível. Quem anuncia verdadeiramente o Evangelho, quem acolhe sinceramente a boa nova do Reino de Deus, não ficará insensível diante dos sofrimentos dos irmãos.

Na origem do renovamento missionário estiveram homens e mulheres de humildes origens. Até hoje, dirigem famílias cristãs o trabalho das jovens Igrejas, como fizeram os missionários que lhes lançaram os fundamentos. Eu quereria recordar o médico e pai de família, Heinrich Hahn, de Aix-la-Chapelle, que em 1842 seguiu o modelo francês e fundou na Alemanha a "Associação de Francisco Xavier". Hoje, um século depois da sua morte, mais de 1 milhão de católicos alemães sustentam a sua obra, que em 1972 tomou a nova designação de "Missio",

O Papa, por meio dos representantes das Pontifícias Obras Missionárias aqui presentes, desejaria agradecer a todos os católicos que nos 5 continentes tomaram sobre si o encargo missionário de Cristo e contribuem para edificar entre os homens uma autêntica civilização do amor.

Desejo agradecer também a vós, caros Filhos de língua francesa, especialmente da Europa e da África, tudo o que fazeis para abrir incessantemente as vossas comunidades eclesiais, ultrapassando as suas necessidades imediatas, para a dimensão, universal, numa solidariedade recíproca feita de estima, de partilha generosa, de permuta de serviços e testemunhos, a fim de ajudar no anúncio do Evangelho e fortificar as Igrejas. O Senhor ressuscitado sustenha o vosso zelo!

Desejo acrescentar uma palavra em inglês para exprimir a minha profunda gratidão a todos vós, pela vossa zelosa participação no Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Tudo o que fazeis é destinado à proclamação do seu santo Nome. Mediante os vossos generosos esforços oxalá todo o povo de Deus conceba cada vez mais a dignidade da sua chamada missionária.

A minha saudação, cordial e cheia de benevolência, a vós, membros do Conselho Superior das Pontifícias Obras Missionárias de língua espanhola. Expresso-vos a minha profunda complacência e reconhecimento pela vossa valiosa colaboração em favor da causa missionária da Igreja. Continuai com renovado entusiasmo esse meritório trabalho, que de coração encorajo e abençoo.






Discursos João Paulo II 1981 - Domingo, 3 de Maio de 1981