Discursos João Paulo II 1985 - Segunda-feira, 30 de Setembro de 1985

7. Não quero concluir sem observar que amanhã começa o mês de outubro, celebrado há séculos pela piedade popular corno o Mês do Rosário Sei que a Terço foi, até há bem pouco tempo, a devoção tradicional do povo brasileiro. Nas cidades e vilas do interior era habitual o Terço em família ou nas capelas da roça, verdadeiras sementes das comunidades eclesiais de base. O Terço foi, por séculos, instrumento de catequese para os pobres e iletrados, expressão de culto popular, manifestação de carinho filial a Nossa Senhora.

Quem dera que, de um modo ou de outro, essa expressão de piedade popular voltasse a florir. Os Senhores mesmos me disseram que na devoção à Mãe de Deus, tão radicada na alma da gente, encontra-se um meio de catequese e um instrumento para refrear a avalanche das seitas entre o povo mais humilde.

À Virgem Nossa Senhora, que vela sobre a Bahia com o título da Conceição da Praia, sobre Pernambuco com a invocação de Nossa Senhora do Carmo, sobre a Paraíba com o nome de Nossa Senhora das Neves, e com outros títulos sobre as demais regiões, quero encomendar as pessoas e o ministério episcopal dos Senhores, suas preocupações pastorais; os presbíteros, seus irmãos no Sacerdócio e cooperadores nos cansaços e alegrias do pastoreio; os religiosos e religiosas, elementos particularmente marcantes na vida das Dioceses, os vários agentes de pastoral; as famílias que compõem suas Igrejas, com especial menção dos jovens, todos aqueles a quem o Senhor Jesus os enviou como Pastores.

Queira a “Estrela da evangelização” (Paulo VI, Evangelii nuntiandi EN 82) refulgir no horizonte, das suas labutas pastorais, como a estrela d’alva, sinal de nova aurora e penhor de renascente esperança para a sua missão de Pastores.

Recordem-me junto de Deus, sobretudo na Eucaristia. A Bênção Apostólica que lhes dou é o sinal e a promessa de que eu também rezo pelos Senhores.









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