Discursos João Paulo II 1998

DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


AOS BISPOS EUROPEUS POR OCASIÃO


DE UM CONGRESSO REALIZADO EM ROMA


13 de Março de 1998





Queridos e venerados Irmãos no Episcopado!

Um Bispo idoso veio ver os Bispos jovens, porque os Bispos jovens vieram visitar um Bispo idoso. Mas a todos se dirige a mesma palavra de S. Pedro: «seniores qui in vobis sunt».

1. Estou feliz por vos acolher no final da vossa assembleia, promovida conjuntamente pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa e pela Congregação para os Bispos. A vós, Bispos europeus, nomeados nos últimos cinco anos, dirijo a minha cordial e fraterna saudação.

Em primeiro lugar, desejo exprimir a minha gratidão pela comunhão com o Sucessor de Pedro, que de vários modos manifestastes claramente, entre os quais o de uma afectuosa insistência para obter esta Audiência. Queria-se enviar uma mensagem, mas não era suficiente. Agradeço, de maneira particular, ao Senhor Cardeal Miloslav Vlk as palavras que me dirigiu em nome de todos, confirmando a vossa dedicação e devoção.

Exprimo também o meu apreço pela iniciativa da conferência na qual participais, porque nela é-vos concedido viver um intenso momento de fraternidade, de intercâmbio, de confronto e de reflexão, à luz da experiência que cada um de vós vai maturando nos primeiros anos de ministério episcopal.

2. «Ser Bispos hoje na Europa», como diz o tema do vosso Congresso, significa sem dúvida encontrar-se a enfrentar numerosos problemas, alguns dos quais muito sinuosos e complexos, sob o perfil quer doutrinal quer pastoral. Confirmam-no a série de perguntas que examinastes durante estes dias nas relações, nos grupos e nos debates.

Desejaria, com intensa participação, renovar-vos a afirmação da minha proximidade espiritual e confirmar-vos na fé e na confiança em Jesus Cristo, que vos chamou e vos fez pastores do seu povo neste nosso tempo, enquanto nos aproximamos a grandes passos do Terceiro Milénio da era cristã. Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre. Ele caminha connosco. Por conseguinte, nenhuma dificuldade vos perturbe. Ao contrário, tende confiança n'Ele, que guia a Igreja pelos caminhos da história, para que continue a prestar o seu serviço ao Reino de Deus.

3. O vosso encontro foi realizado no ano dedicado ao Espírito Santo: o Espírito do Pentecostes, o Espírito da vossa Consagração episcopal, o Espírito do Concílio Ecuménico Vaticano II. Ele empenha-se também neste nosso tempo, que por vezes apresenta aspectos distantes não só dos valores evangélicos, mas da própria dimensão religiosa que é conatural ao ser humano. Mas, apesar das aparências, o Espírito não deixa de desempenhar a sua acção silenciosa no íntimo das consciências, predispondo os ânimos a acolher o anúncio da «boa nova» da salvação em Cristo morto e ressuscitado.

A tarefa deste anúncio compete em primeiro lugar a nós, Bispos. E para nós é confortador saber que o Espírito Santo está constantemente connosco, a fim de nos sustentar no nosso ministério com a luz e a força dos seus sete dons. Por conseguinte, venerados Irmãos, acreditai no Espírito e invocai-O com confiança! Implorai d'Ele, em particular, o dom da fortaleza, para saber desempenhar com intrépida decisão o vosso ministério episcopal. Ao decorrer a história do mundo, o crente sabe que está a preparar o triunfo prenunciado no Apocalipse: «Ao vencedor, ao que observar a Minha conduta até ao fim, Eu lhe darei autoridade sobre as nações... Vou dar ao vencedor a Estrela da manhã» (Ap 2,26 Ap 2,28).

Sustentados por esta certeza, aprofundai a vossa comunhão na verdade e na caridade, perseverando com energias sempre novas no empenho da evangelização. O Espírito saberá tornar fecundos os vossos esforços também onde eles poderiam mostrar-se humanamente destinados a falir.

4. Hauri força no diálogo assíduo com Deus. O Espírito Santo é a alma da oração, Ele que «intercede por nós com gemidos inefáveis» (Rm 8,26). Como deixar de se sentir empenhados a ser sobretudo Pastores orantes? Queridos e venerados Irmãos, deixai-vos formar constantemente pelo próprio Espírito na arte da escuta da Palavra de Deus e da incessante comunhão com Ele. Deste modo, estareis disponíveis e preparados para compreender em profundidade os sacerdotes, os religiosos, os fiéis e todos os homens e mulheres aos quais se destina o vosso trabalho apostólico. A cada um deles podereis oferecer com alegria e coragem as respostas que vêm do Evangelho, as únicas capazes de satisfazer a profunda sede de verdade e de amor de cada pessoa.

Por meu lado, enquanto vos abraço e vos garanto uma constante recordação no altar de Deus, desejaria confiar-vos que conto muito com a vossa oração, para poder cumprir da melhor maneira o ministério petrino que me foi confiado. Que Deus fortaleça o vínculo espiritual que nos une, vínculo selado pelo Espírito Santo e pela celeste intercessão da Virgem Maria, Mãe de Cristo e da Igreja. Continuemos juntos a trabalhar com renovado estímulo na preparação do Povo de Deus para a histórica data do Grande Jubileu.

Com estes sentimentos, concedo de coração a cada um de vós uma especial Bênção Apostólica, que faço extensiva de bom grado às Comunidades confiadas aos vossos cuidados pastorais.



DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


ÀS COMUNIDADES MONÁSTICAS DE BELÉM,


DA ASSUNÇÃO DA VIRGEM E DE SÃO BRUNO


: Sábado, 14 de Março de 1998





Caros Irmãos e Irmãs!

1. No momento em que as vossas Comunidades estão reunidas em Assembleias extraordinárias, é-me grato dirigir-vos uma saudação cordial e assegurar-vos a minha oração fervorosa.

A vossa família monástica, nos seus dois ramos, propõe-se seguir a Cristo inspirando-se na espiritualidade do monaquismo oriental e ocidental, em particular na sabedoria de São Bruno. É na escuta assídua do Evangelho e seguindo o exemplo da Virgem Maria que quereis consagrar-vos a Deus, através de uma vida de solidão, silêncio, oração e contemplação. Encorajo-vos a viver plenamente a vossa oferta ao Senhor no amor da Igreja e na fidelidade às suas leis, assim como na comunhão com o Sucessor de Pedro e estabelecendo relações de confiança com os Bispos das dioceses onde as vossas comunidades estão implantadas.

2. O Magistério, e em particular o Concílio Vaticano II, pôs em evidência o lugar central da vida contemplativa na Igreja: «Os Institutos que se dedicam exclusivamente à contemplação [...] conservam sempre a parte mais excelente dentro do Corpo Místico de Cristo, em que "unem todos os membros... têm a mesma função". (Rm 12,4(Perfectae caritatis PC 7). Eu mesmo, na Exortação Apostólica Vita consecrata, escrevi: «Os Institutos orientados completamente à contemplação, formados por mulheres ou por homens, constituem um motivo de glória e uma fonte de graças celestes para a Igreja. Com a sua vida e missão, as pessoas que deles fazem parte imitam Cristo em oração no cimo do monte, testemunham o domínio de Deus sobre a história, antecipam a glória futura» (n. 8). Desejo então que, ao deixar-vos transformar pela força do amor, sejais no meio dos homens sinais luminosos da santidade de Deus. Sede fiéis em seguir Jesus no deserto, no Seu encontro solitário com o Pai, para vos tornardes adoradores e adoradoras em espírito e verdade! Os homens de hoje esperam testemunhas ardorosas do Evangelho que lhes proponham lugares de espiritualidade, onde possam encontrar e adorar o Deus vivo, e que os ajudem a dar sentido à própria existência.

Na solidão e no silêncio do deserto, seguindo o espírito de São Bruno, recebereis do Senhor os dons da paz e da alegria: «Ali, com efeito, os homens fortes podem recolher-se tanto quanto desejarem, encontrar-se a si mesmos, cultivar assiduamente os gérmens das virtudes e nutrir-se com felicidade dos frutos do paraíso. Ali eles esforçam-se por adquirir esta visão cujo olhar claro toca com amor o esposo divino e cuja pureza concede ver a Deus» (S. Bruno, Carta a Raoul le Verd).

3. No centro da vossa vida consagrada, quereis dar um lugar essencial à Eucaristia do Senhor. Mediante a celebração e a contemplação em solidão deste mistério unis-vos à oferenda de Jesus a Seu Pai, empenhais-vos em seguir o Seu caminho e renunciais a tudo o que pode impedir o acolhimento do Seu amor. Ao receberem o seu Corpo e o seu Sangue dados em alimento, os consagrados são chamados de maneira particular a tornar-se discípulos fiéis e semelhantes a Cristo, e unem o seu sim sem reservas ao do Filho amado do Pai. Através do dom de todo o seu ser, unem-no assim ao memorial do sacrifício pascal realizado por amor da humanidade inteira. Recordam-se também com alegria que «a adoração assídua e prolongada de Cristo presente na Eucaristia permite de algum modo reviver a experiência de Pedro na Transfiguração: "É bom estarmos aqui!". E na celebração do mistério do Corpo e do Sangue do Senhor, se consolida e incrementa a unidade e a caridade daqueles que consagraram a Deus a sua existência» (Vita consecrata VC 95). Em profunda harmonia com a Eucaristia, o recurso frequente ao sacramento da Reconciliação, no respeito que ele implica da liberdade interior de cada um, permite aceder à purificação necessária para tornar sempre mais transparente a relação com Deus e crescer na fidelidade aos compromissos assumidos. Que o encontro quotidiano com Cristo seja para cada um e cada uma de vós um apelo constante à santidade, à espera do retorno do Senhor!

4. À imagem de Maria e com ela, estai sem cessar à escuta da Palavra de Deus, conservando-a e meditando-a dia e noite no vosso coração! Esta palavra, fonte inexaurível de vida espiritual, que projecta a luz da Sabedoria sobre a existência humana, transformar-vos-á e far-vos-á crescer. Como os discípulos de Emaús, reconhecei o Ressuscitado nos vossos caminhos de solidão e dizer também vós: «Não estava o nosso coração a arder cá dentro, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» (Lc 24,32). A escuta da Palavra de Deus, que nutre a contemplação, permite receber a luz para reconhecer as vias do Senhor através dos sinais dos tempos e para discernir os desígnios de Deus. Com efeito, ao procurardes a vontade do Pai a fim de a realizardes no dia-a-dia, caminhais pelas veredas do próprio Jesus, o Filho que Se fez obediente em tudo, até ao dom da Sua própria vida para que todos os homens sejam salvos. Nesta obediência Ele realizou plenamente a missão recebida de seu Pai, que O elevou depois à Sua glória.

5. São Bruno ensina-vos a amar cada pessoa humana sem distinção, como Jesus a amou. A vossa consagração à oração e à adoração empenha-vos também a interceder pela Igreja e pelo mundo. Ela deve ser ao mesmo tempo o testemunho do amor da Igreja pelo seu Senhor e uma contribuição para o crescimento do povo de Deus. Desta maneira participais na missão eclesial, o que é um dever essencial para todos os Institutos de vida consagrada. A profissão dos conselhos evangélicos torna os consagrados totalmente livres para a causa do Evangelho. «Na realidade, a missão, antes de ser caracterizada pelas obras externas, define-se pelo tornar presente o próprio Cristo no mundo, através do testemunho pessoal. Este é o desafio, a tarefa primária da vida consagrada! Quanto mais se deixa conformar com Cristo, tanto mais O torna presente no mundo e operante para a salvação dos homens» (Vita consecrata VC 72). Caros irmãos e irmãs, deixai-vos arrebatar por Cristo para oferecerdes a vossa contribuição à santificação do mundo!

6. Mediante a vossa profissão monástica, e de modo particular pelos votos que emitis e pelos meios da ascese, quereis manifestar de maneira radical a primazia de Deus e dos bens vindouros. Que o dom total de vós mesmos vos permita ser transformados pela graça de Deus e conformados plenamente com Cristo, nas comunidades fraternas em que cada um poderá crescer na verdade do seu ser!

Após muitos anos, para discernir os apelos do Espírito e Lhe responder na obediência, empreendestes a redacção das Constituições dos vossos dois ramos. No momento em que vos preparais para receber o decreto de reconhecimento pontifício das vossas comunidades, encorajo-vos vivamente a prosseguir a vossa reflexão num diálogo confiante com a Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, a fim de dar a todos os membros uma Regra de Vida que os empenhe em viver a própria vocação à santidade na paz interior e na oferta generosa de si mesmo. A Exortação Apostólica Vita consecrata, fruto do Sínodo dos Bispos, ajudar-vos-á a prosseguir o aprofundamento do dom que recebestes de Deus e a pô-lo ao serviço da Igreja e da sua missão apostólica.

7. Neste segundo ano de preparação para a celebração do grande Jubileu, consagrado ao Espírito Santo e à Sua presença santificadora no interior da comunidade dos discípulos, convido-vos a ser sentinelas no meio dos homens e a participar cada vez mais na nova evangelização, segundo o vosso próprio carisma vivido em comunhão com a Igreja. Que este período, propício à oração e à adoração, vos permita descobrir ainda mais o Espírito como «Aquele que constrói o Reino de Deus no curso da história e prepara a sua plena manifestação em Jesus Cristo, animando os homens no mais íntimo deles mesmos e fazendo germinar dentro da existência humana os gérmens da salvação definitiva que acontecerá no fim dos tempos» (Tertio millennio adveniente, TMA 45). Ao confiar-vos à protecção materna de Nossa Senhora da Assunção e à intercessão de São Bruno, concedo-vos de todo o coração a minha afectuosa Bênção Apostólica.



DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


AOS PEREGRINOS VINDOS A ROMA


PARA A CERIMÓNIA DE BEATIFICAÇÃO


DE TRÊS ILUSTRES FILHOS DA IGREJA


16 de Março de 1998





Venerados Irmãos no Episcopado e no Sacerdócio
Caríssimos Religiosos e Religiosas Irmãos e Irmãs no Senhor!

1. Ainda está presente em todos nós o eco da solene celebração litúrgica durante a qual, ontem, foram elevados à glória dos altares três novos Beatos. Encontramo-nos hoje juntos, como que para prolongar a jubilosa meditação sobre os prodígios de graça que o Senhor realizou nestas pessoas inscritas no álbum dos Beatos.

A todos vós, queridos peregrinos que viestes a Roma para esta singular circunstância, dirige-se a minha cordial saudação. Enquanto agradecemos juntos ao Senhor pelos novos Beatos, desejaria reflectir convosco sobre os exemplos e ensinamentos que estas fiéis testemunhas de Cristo nos deixaram.

2. Toda a existência e ministério sacerdotal do beato Bispo e Mártir Vicente Eugénio Bossilkov foram, desde o início, assinalados fortemente pela Paixão de Cristo. Formado na escola espiritual de São Paulo da Cruz, ele possuía dotes não comuns de inteligência e de humanidade. Servindo-se destas suas qualidades, viveu um grande dinamismo apostólico, apoiado por uma acentuada propensão para a actividade pastoral. A sua eleição a Bispo de Nicópolis assinalou a presença naquela sede episcopal, após mais de um século, de um novo Prelado de origem búlgara.

Já na primeira Carta Pastoral, ele manifestava a lúcida consciência das graves dificuldades causadas pelo regime comunista, mas também a decisão firme de permanecer fiel, a custo de qualquer sacrifício, à missão de Pastor do rebanho de Cristo, correndo até o risco de sofrer o martírio.

«Não posso exprimir o que vivo dentro de mim – escrevia quase no final da sua existência – e os meus nervos ressentem disso, sobretudo porque não posso desabafar e devo mostrar-me forte e infundir coragem em todos...» (Carta XIV). O seu aprisionamento, as torturas inauditas, o processo falso, a condenação à morte e o martírio selaram a sua plena conformação a Cristo, Bom Pastor, pronto a oferecer a própria vida pela salvação do rebanho.

Caríssimos Irmãos e Irmãs, unimo-nos com o ânimo grato à alegria da Diocese de Nicópolis, da comunidade católica búlgara, dos fiéis da Holanda espiritualmente próximos do novo Beato e de toda a Família religiosa dos Passionistas, exaltando o holocausto deste heróico Bispo, imolado pela causa da fé católica e para permanecer fiel ao Sucessor de Pedro.

Enquanto olhamos para ele, o nosso pensamento dirige-se aos muitos que, como ele, neste século já próximo do seu final, versaram por Cristo o seu sangue e agora no Céu rejubilam, «levando palmas nas mãos» e proclamando: «A salvação pertence ao nosso Deus sentado no trono e ao Cordeiro» (cf. Ap Ap 7,9-10).

3. A chamada à santidade no seguimento fiel do Evangelho também foi vivida com grande intensidade, mesmo se numa época e em circunstâncias diferentes, pela beata Brígida de Jesus Morello, Fundadora das Irmãs Ursulinas de Maria Imaculada. Tendo vivido num século em que o papel feminino ainda era pouco reconhecido, Brígida de Jesus Morello é testemunha dos autênticos valores da mulher e resplandece também na nossa época como exemplo luminoso do específico contributo que a mulher, quer na vida civil quer na religiosa, pode oferecer à Comunidade cristã e à sociedade.

Este seu empenho de solidariedade para com os irmãos era expressão duma intensa vida espiritual, enriquecida de «Imolou-se pelo bem da Igreja» particulares experiências místicas. Durante os longos anos de doença e de sofrimentos físicos e interiores, a nova Beata dirigia com frequência o olhar orante para o Crucifixo, que levava sempre consigo. Uma reprodução artística desta imagem, oportunamente ampliada, foi trazida a esta Sala para ser, depois, transferida para Sarajevo, para a nova Igreja erigida em honra de São Leopoldo Mandic. Com efeito, dirigia-se com frequência para a terra dos balcãs a oração da Beata Brígida, invocando ao Senhor a conversão de todos e a paz para «o universo mundo». Dirige-se às suas filhas espirituais a minha afectuosa saudação, juntamente com os votos de que a beatificação da Madre Morello infunda um renovado estímulo ao seu precioso testemunho de vida consagrada e ao generoso serviço por elas desempenhado no âmbito educativo e assistencial.

4. Saúdo com grande afecto os numerosos peregrinos vindos a Roma para participar na solene beatificação da Madre Maria do Carmo Sallés Barangueras, ilustre filha da Espanha, que tem como padroeira a Virgem Imaculada. Desde criança aprendeu dos seus pais a invocar Maria como Mãe.

Na sua juventude soube conjugar a alegria transbordante com o compromisso responsável. A sua espiritualidade nunca a levou à solidão; pelo contrário, contemplando a acção do Senhor em Maria, encontrou a inspiração do carisma educativo concepcionista, como resposta válida para enfrentar a marginalização cultural da criança e da mulher. Com este objectivo fundou em Burgos o Instituto das Religiosas Concepcionistas Missionárias do Ensino, com um audacioso projecto de educação integral e ampla visão do futuro.

Privada de saúde e de dinheiro, conseguiu abrir na Espanha treze colégios e, antes da sua morte em Madrid, incrementou a expansão do Instituto. Seguindo os seus desejos, as Concepcionistas fundaram pouco depois na Itália e, sucessivamente em muitas outras nações, novas «Casas de Maria Imaculada», para acolher crianças, jóvens e mulheres, ocupando-se da sua promoção humana e da sua formação cristã.

Queridas Religiosas, o carisma de Maria do Carmo Sallés mantém hoje o seu vigor no limiar do Terceiro Milénio. Convido-vos a vós, às vossas ex-alunas e alunas, a contemplar a figura da nova Beata e a seguir tanto o seu exemplo como o seu projecto educativo, que continua a ser um fecundo instrumento de apostolado para a elevação humana e cristã da mulher. Incentivo todas vós a dar testemunho, com a própria vida, da formação recebida, colaborando na construção de uma sociedade baseada na «civilização do amor».

5. Caríssimos Irmãos e Irmãs! Exultemos juntos e agradeçamos ao Senhor os luminosos exemplos de santidade de vida e de caridade cristã oferecidos pelos novos Beatos. A espiritual proximidade e a celeste intercessão deles nos sirvam de estímulo para responder, por nossa vez, sempre mais generosamente à chamada universal à santidade.

Ao regressar a casa, levai convosco, junto com a recordação desta intensa peregrinação a Roma, a riqueza espiritual que brota desta Beatificação. Acompanhe-vos a materna protecção da Virgem Maria, Rainha de todos os Santos, juntamente com a minha Bênção, que concedo com afecto a vós e às vossas Comunidades diocesanas e religiosas.



DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


AOS REITORES DOS SEMINÁRIOS


MAIORES DE LÍNGUA ALEMÃ


17 de Março de 1998





Caros Irmãos no sacerdócio!

1. Apresento-vos cordiais boas-vindas ao Palácio Apostólico e asseguro-vos ter de bom grado satisfeito o vosso desejo deste encontro. Este ano escolhestes Roma como lugar para a vossa Assembleia, a fim de efectuardes um intercâmbio fraterno junto dos Túmulos dos Apóstolos e procurardes um diálogo com os representantes da Santa Sé.

«Vinde ver» (Jn 1,39). Jesus dirigiu este convite aos dois discípulos de João, que Lhe perguntavam onde morava. Precisamente àqueles que têm a responsabilidade na formação sacerdotal, é pedido que recordem sempre esta cena, que se repete do mesmo modo nas histórias de vocações também aos jovens de hoje. Tendes o papel que outrora tivera André em relação a Simão, seu irmão: ele promoveu e provocou o encontro com Jesus. Depois «levou-o a Jesus» (ibid., v. 42). Também vós sois chamados a promover nos jovens que vos são confiados o nascimento e a maturação de uma relação interior com Jesus.

No que se refere ao estudo da teologia é necessária uma radicação nos corações. Para isto, instrumentos importantes são a oração e a liturgia, o estudo das Sagradas Escrituras e o testemunho da própria vida, a fim de que os candidatos ao ministério sacerdotal se possam tornar válidos sacerdotes.

2. O facto de hoje a Igreja ser muitas vezes descrita como «communio», leva a pensar que essa communio se realize de maneira mais profunda na celebração da Eucaristia. Nessa ocasião ela realiza-se na consagração do pão, que é fraccionado e distribuído. Por este motivo, as celebrações quotidianas da Eucaristia e a regular adoração do Sacramento do altar ocupam um lugar central na formação sacerdotal. Tudo aquilo que o serviço do sacerdote implica no cumprimento das tarefas quotidianas, é como que uma tradução da Eucaristia: Jesus apresenta-Se aos homens e, por amor, é repartido entre eles.

3. À communio, além da cultura da vida eucarística, pertence também a da comunicação fraterna. Assim como o Credo do cristão é sustentado pelo credimus da comunidade, de igual modo o adsum de cada candidato ao sacerdócio é sustentado pelo adsumus, no qual os sacerdotes, segundo o ensinamento do Concílio Vaticano II, estão todos unidos entre si «por íntima fraternidade sacramental» (Presbyterorum ordinis PO 8). O A formação sacerdotal ao serviço da verdadeira sabedoria Seminário deveria ser uma espécie de escola, para transmitir aos alunos o conceito de que, apesar de todas as diferenças, eles são enviados pelo seu Bispo a participar na mesma obra. Eles, com diversas atribuições, prestam às pessoas o mesmo serviço sacerdotal. O que Paulo escreveu aos Coríntios a propósito das controvérsias e divisões ameaçadoras, vale ainda hoje. «Ninguém pode pôr outro fundamento diferente do que foi posto, isto é, Jesus Cristo» (1Co 3,11).

4. O nosso tempo tem necessidade de sacerdotes que percorram o caminho que leva da concepção racionalista, segundo a qual tudo é possível, à da fé na Revelação divina, do conhecimento à sabedoria e da especulação à contemplação, para transmitir tudo isto aos homens. Há quase 200 anos, o teólogo e Bispo Johann Micahel Sailer percorreu esta estrada e formou uma geração de sacerdotes que, naquela época, contribuiu para a renovação da Igreja no território de língua alemã. Ele elaborou uma fórmula breve de fé que, no limiar do terceiro milénio, é particularmente significativa: Deus em Cristo é a salvação do mundo pecador.

Caros Irmãos no sacerdócio, ao exprimir o meu apreço pelo vosso incansável empenho, desejo que consigais com fé, como irmãos maiores, levar a Cristo os seminaristas a vós confiados, como André fez com o irmão Simão. Para isto vos concedo de coração a minha Bênção Apostólica.



DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


AO TERCEIRO GRUPO DE BISPOS ESTADUNIDENSES


EM VISITA "AD LIMINA APOSTOLORUM"


17 de Março de 1998





Caros Cardeais Hickey e Keeler
Queridos Irmãos Bispos

1. Dou-vos as boas-vindas, Pastores das Províncias Eclesiásticas de Baltimore, Washington, Atlanta e Miami. A vossa visita ad Limina é um tempo de graça, pois orais junto dos túmulos dos Apóstolos Pedro e Paulo que, sem temor, proclamaram até ao martírio a Boa Nova da salvação. Ao confiar-lhes a vossa missão pastoral de anunciar a «insondável riqueza de Cristo» e de tornar conhecido «o cumprimento do mistério escondido desde tempos antigos em Deus» (Ep 3,8-9), tende a certeza de que não estais sozinhos no cumprimento da vossa missão. O Senhor dá a força e os meios necessários para cumprirdes o Seu mandato: «anunciai a Boa Nova a toda a criatura» (Mc 16,15).

Durante os meus encontros com os primeiros dois grupos de Bispos do vosso País, reflectimos juntos sobre o acolhimento na vossa terra da grande graça do Concílio Vaticano II. Nessas reflexões fiz referência a dois elementos essenciais do vosso ministério episcopal no contexto cultural dos Estados Unidos. Em primeiro lugar, visto que a mensagem que anunciamos pertence a Deus e não a nós, tudo na vida da Igreja deve corresponder ao «bom depósito» confiado pelo «Espírito Santo que habita em nós» (2Tm 1,14). Em segundo lugar, o objectivo do nosso ministério é conduzir os membros da Igreja a uma comunhão viva com Deus e com os outros. Esta communio, segundo o Concílio, é o centro autêntico da ideia que a Igreja tem de si mesma.

Neste encontro, quereria reflectir convosco sobre a verdade do facto que a Igreja peregrina é missionária por sua natureza, pois a comunidade universal dos seguidores de Cristo, presente e viva através das Igrejas particulares, é a continuação no tempo da missão eterna do Filho e do Espírito Santo (cf. Ad gentes AGD 2). Enquanto a Igreja inteira se prepara para o Grande Jubileu do Ano 2000, tenho a certeza que procurareis renovar nas vossas comunidades um sentido vital e dinâmico da missão da Igreja, a fim de que este tempo de graça possa ser uma nova primavera para o Evangelho. Estas são as esperanças e a determinação que inspiraram a recente Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a América, que lançou um convincente apelo à conversão, à comunhão e à solidariedade. Estas mesmas esperança e determinação inspiram aquilo que escrevestes no vosso Plano Nacional e Estratégia Nacional para a Evangelização Católica nos Estados Unidos, «Ir e fazer discípulos», que é uma válida e significativa guia para o vosso empenho de «suscitar em todos os católicos esse entusiasmo para com a própria fé que, ao vivê-la em Jesus, a compartilhamos com os outros» (loc. cit., 1).

2. Nesse Documento insistis justamente sobre o facto que «a evangelização só pode ser realizada, se as pessoas aceitarem o Evangelho livremente como "Boa Nova", como de facto quer ser por causa da força do Evangelho e da correpondente graça de Cristo». A Evangelização é o esforço da Igreja de proclamar a todos que Deus os ama, que ofereceu a própria vida por eles em Jesus Cristo e os convida a uma vida eterna de felicidade. Uma vez que este Evangelho for aceite como «Boa Nova», será necessário compartilhá-lo. Todos os cristãos baptizados devem empenhar-se na evangelização, conscientes do facto que Deus já está a actuar na mente e no coração de quem O escuta, tal como quando sugeriu ao Etíope que pedisse o Baptismo enquanto Filipe lhe anunciava a «Boa Nova de Jesus» (Ac 8,35). A evangelização é, pois, parte do grande mistério da auto-revelação de Deus ao mundo: ela implica o esforço humano de anunciar o Evangelho e a poderosa obra do Espírito Santo naqueles que acolhem a Sua mensagem salvífica. Dado que estamos a anunciar o mistério, somos os servidores de um dom sobrenatural que supera tudo o que a nossa mente humana pode compreender ou explicar completamente e que, contudo, atrai graças à sua lógica interna e à sua beleza.

3. O espírito da nova evangelização deveria impregnar todos os aspectos da vossa doutrina, do vosso ensinamento e da vossa catequese. Estas tarefas requerem um esforço vital para chegar a uma compreensão mais profunda dos mistérios da fé e para encontrar uma linguagem adequada, com a qual seja possível persuadir os nossos contemporâneos do facto que são chamados a uma vida nova, através do amor de Deus. Visto que o amor só pode ser compreendido por quem realmente ama, o mistério cristão pode ser comunicado de modo eficaz só a quantos permitem a si mesmos fazer-se possuir de maneira autêntica pelo amor de Deus. Por isto, a transmissão da fé, segundo a tradição da Igreja, necessita de um ambiente espiritual de amizade com Deus, enraizada no amor que um dia encontrará a sua plena realização na contemplação do próprio Deus. Todos têm um papel a desempenhar neste grande esforço. A vossa tarefa é inspirar os sacerdotes, os diáconos, os religiosos e os fiéis a serem corajosos e convincentes em compartilhar a própria fé com os outros. Ao anunciarem o Evangelho, os cristãos ajudam os outros a satisfazerem aquela aspiração à plenitude de vida e à verdade presente em cada coração humano.

4. A paróquia será necessariamente o centro da nova evangelização e, por isso, a vida paroquial deve ser renovada em todas as suas dimensões. Durante as visitas às paróquias, realizadas como Arcebispo de Cracóvia, sempre procurei ressaltar que a paróquia não é uma reunião acidental de cristãos que, por acaso, moram no mesmo bairro. Antes, precisamente porque a paróquia torna presente e, num certo sentido, encarna o Corpo Místico de Cristo, nela se deve exercer o tríplice munus («ofício») de Cristo como Profeta, Sacerdote e Rei. Por esta razão, a paróquia deve ser um lugar em que, através do culto em comunhão de doutrina e de vida com o Bispo e com a Igreja universal, os membros do Corpo de Cristo são formados para a evangelização e para as obras de amor cristão. Uma paróquia realiza numerosas actividades. Contudo, nenhuma é tão vital ou formativa a nível comunitário, quanto a celebração dominical do Dia do Senhor e da sua Eucaristia (cf. Catecismo da Igreja Católica CEC 2177). Através da recepção regular e fervorosa dos Sacramentos, o povo de Deus chega a conhecer a plenitude da dignidade cristã que lhe pertence graças ao Baptismo; ele é elevado e transformado. Graças à escuta atenta das Escrituras e à sã instrução na fé, ele torna-se capaz de experimentar a própria vida e a da paróquia, como partilha dinâmica da história da salvação. Esta experiência, por sua vez, torna-se um motivo eficaz de evangelização.

Tudo o que fazeis para assegurar a celebração digna e correcta da Eucaristia e dos outros Sacramentos, precisamente porque leva os fiéis a um encontro profundo e transformador com Deus, edifica a Igreja na sua vida interna e como sinal visível de salvação do mundo. A pregação e a catequese deveriam ressaltar que é a graça dos Sacramentos que nos permite viver segundo as exigências do Evangelho. A adoração da Eucaristia fora da Missa consente um apreço mais profundo do dom que Cristo nos oferece no seu Corpo e no seu Sangue, no santo Sacrifício do altar. O encorajamento a recorrer com frequência ao sacramento da Penitência faz aumentar a maturidade espiritual de todos os paroquianos, enquanto procuram empenhar-se por testemunhar a verdade do Evangelho na vida privada e pública.

5. A força da vida paroquial no vosso País pode ser avaliada sobretudo pelo modo como as famílias transmitem a fé a cada geração sucessiva e pelo sistema essencial e eficiente das escolas católicas, que vós e os vossos predecessores edificastes e sustentastes à custa de grandes sacrifícios. Como sacerdote e Bispo, sempre estive convicto de que o ministério para com as famílias é uma dimensão extremamente importante da missão evangelizadora da Igreja, pois «a própria família é o primeiro lugar e o mais apropriado para o ensinamento da verdade da fé, a prática das virtudes cristãs e dos valores essenciais da vida humana» (Discurso na Praça de Nossa Senhora de Guadalupe, Santo António, 13/9/1987, n. 4). As escolas católicas, por sua vez, devem possuir uma própria e específica identidade católica, e quantos as administram e nelas ensinam têm a responsabilidade de sustentar e comunicar as verdades, os valores e os ideais que constituem uma autêntica educação católica.

Muitas das vossas paróquias estão empenhadas em atrair à prática da fé os católicos inactivos e em atingir todos os que estão em busca da verdade do Evangelho. Estes esforços são a profunda expressão da natureza essencialmente missionária da Igreja, natureza que deveria caracterizar cada comunidade paroquial. Tenho conhecimento da complexidade da vida paroquial nos Estados Unidos e da enormidade de trabalho sustentada pelos sacerdotes, diáconos, religiosos e leigos diante do desafio quotidiano de estimular o povo de Deus a viver o Evangelho de maneira mais plena e a edificar uma sociedade impregnada dos valores cristãos. Estai próximos daqueles que trabalham nas paróquias, sustentando-os com as vossas orações e com sábios conselhos, esforçando-vos por criar em cada um deles o sensus Ecclesiae, o sentido vivo do que significa em termos práticos pertencer à Igreja.

6. Por ocasião da recente Assembleia Sinodal para a América, os Bispos exortaram todos os fiéis a serem «evangelistas do novo milénio», testemunhando a fé com a própria vida de santidade, com cortesia para com todos, caridade para com aquele que se encontra em necessidade e solidariedade com os oprimidos (cf. Mensagem à América, n. 30). Ao viver a fé, ao comunicá-la aos outros numa cultura que tende a enfrentar as convicções religiosas só como «opções» pessoais, o único ponto de partida da evangelização é Jesus Cristo, «o Caminho, a Verdade e a Vida» (Jn 14,6), a resposta àquele interrogativo que é toda a vida humana. Ao guiardes a Igreja nos Estados Unidos em preparação para o Grande Jubileu, ajudai todos os membros da comunidade católica a compreenderem que conhecemos, amamos, adoramos e servimos a Deus não para satisfazer alguma «necessidade» psicológica, mas para cumprir um dever cuja realização é expressão da mais alta dignidade do homem e fonte da sua mais profunda felicidade. Uma parte essencial do vosso ministério deve consistir em ajudar todos os sectores da comunidade católica a adquirirem uma maior certeza acerca de quanto a Igreja ensina realmente e maior serenidade em enfrentar as numerosas questões que com frequência, inutilmente, são causa de divisão e de polarização entre aqueles que deveriam «estar juntos e ter todas as coisas em comum» (Ac 2,44). Como foi afirmado no recente Sínodo, todos devem ser encorajados a «abandonar os passos hesitantes e incertos, para caminharem alegres com Jesus pela via que conduz à vida eterna» (Mensagem à América, n. 37).

Dado que os cristãos chegaram a conhecer Cristo e a força libertadora do Evangelho, eles têm a responsabilidade particular de contribuir para a renovação da cultura. Nesta tarefa, que é própria sobretudo dos leigos, os seguidores de Cristo não deveriam deixar de mostrar em todos os sectores da vida pública a luz que o ensinamento de Cristo projecta sobre a condição humana. Na cultura contemporânea observa-se muitas vezes um despertar do sentido da inata dependência de toda a existência humana em relação ao Criador, a capacidade da mente humana de conhecer a verdade e a validade das normas morais universais e imutáveis que guiam todas as pessoas ao cumprimento da sua vocação humana. Quando a liberdade é separada da verdade sobre a pessoa humana e da lei moral inscrita na natureza humana, então a sociedade e a sua forma democrática de vida estão em perigo. Pois, se a liberdade não está unida à verdade e orientada para o bem, criam-se as premissas «para se afirmar, na sociedade, o arbítrio desenfreado dos indivíduos ou o totalitarismo repressivo do poder público» (Evangelium vitae EV 96). Os cristãos, ao proclamarem as verdades sobre a pessoa, sobre a comunidade e o destino humanos, que eles conhecem graças à Revelação e à razão, oferecem um contributo indispensável para o sustento de uma sociedade livre, na qual a liberdade alimente um autêntico desenvolvimento humano.

Caros Irmãos Bispos, ao avizinhar-se o próximo milénio cristão, encorajai todos os católicos nos Estados Unidos a aprofundarem o seu empenho na missão evangelizadora da Igreja. Guiai-os com os vossos exemplo, convicção e ensinamento. Oro para que o Espírito Santo vos ilumine e vos ajude a inspirar o vosso povo, a fim de que o coração dos fiéis resplandeça de modo ainda mais luminoso de amor por Cristo e do desejo de O tornar melhor conhecido. Ao confiar-vos e também todos os sacerdotes, religiosos e leigos das vossas Dioceses a Maria, Mãe do Redentor, concedo-vos de coração a minha Bênção Apostólica.




Discursos João Paulo II 1998