Homilias JOÃO PAULO II 1269


SOLENIDADE DO "BOM PASTOR"

XXXVI DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES

ORDENAÇÃO SACERDOTAL DE UM GRUPO DE DIÁCONOS



25 de Abril de 1999


1. «Eu sou o Bom Pastor... conheço as minhas ovelhas e elas conhecem-Me» (Aclamação ao Evangelho).

No itinerário litúrgico do tempo pascal, que estamos a percorrer, insere-se o hodierno domingo, tradicionalmente denominado do «Bom Pastor». Jesus aplica a si mesmo esta semelhança (cf. Jo Jn 10,6), arraigada no Antigo Testamento e muito querida à tradição cristã. Cristo é o Bom Pastor que, morrendo na cruz, dá a vida pelas suas ovelhas. Estabelece-se assim uma profunda comunhão entre o Bom Pastor e a própria grei. O Evangelista escreve que Jesus «chama pelo nome as suas ovelhas e as leva para fora... e as ovelhas seguem-no, porque conhecem a sua voz» (Jn 10,3-4). Uma tradição consolidada, um conhecimento real e uma pertença recíproca unem o Pastor às ovelhas: ele cuida delas; estas confiam nele e seguem-no fielmente.

Portanto, como são consoladoras as palavras que há pouco repetimos no Salmo responsorial: «O Senhor é o meu Pastor, nada me falta»!

2. Em conformidade com uma bela tradição, desde há vários anos tenho a alegria, precisamente no Domingo do «Bom Pastor», de ordenar novos presbíteros. Hoje são 31. Eles hão-de dedicar o seu entusiasmo e as suas vigorosas energias ao serviço da Comunidade de Roma e da Igreja universal.

1270 Juntamente com o Cardeal Vigário, os Bispos Auxiliares, os Presbíteros da Diocese e todos os presentes, dou graças ao Senhor por esta grande dádiva. Compartilho de modo particular a vossa alegria, dilectos ordenandos, e a dos vossos formadores, familiares e inumeráveis amigos, que vos circundam num momento tão intenso e emocionante, que deixará em vós uma profunda recordação para a vida inteira.

Referindo-me aos vossos formadores, neste momento o meu pensamento dirige-se a D. Plínio Pascoli, que há alguns dias o Senhor chamou para si. Durante muitos anos ele foi Reitor do Seminário Romano e depois Bispo Auxiliar, consagrando a sua longa existência ao cuidado das vocações e à formação dos presbíteros. O seu exemplo seja para todos um ulterior estímulo a compreender a importância do dom do sacerdócio.

3. Caríssimos ordenandos, mediante o antigo e sugestivo gesto sacramental da imposição das mãos e a oração consecratória, tornar-vos-eis presbíteros para serdes, à imagem do Bom Pastor, servidores do povo cristão de um modo novo e mais profundo. Haveis de participar na mesma missão de Cristo, lançando a mãos-cheias a semente da Palavra de Deus. O Senhor chamou-vos para que sejais ministros da sua misericórdia e administradores dos seus mistérios.

A Eucaristia, fonte e ápice da vida cristã, será a nascente cristalina que alimentará de modo incessante a vossa espiritualidade sacerdotal. Desta podereis haurir força inspiradora para o ministério quotidiano, impulso apostólico para a obra de evangelização e consolação espiritual nos inevitáveis momentos de dificuldade e de luta interior. Aproximando-vos do Altar, onde se renova o Sacrifício da Cruz, descobrireis cada vez mais as riquezas do amor de Cristo e aprendereis a traduzi-las na vida.

4. Caríssimos, é mais significativo do que nunca o facto de que recebeis o sacramento da Ordem neste domingo do «Bom Pastor», durante o qual celebramos o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Efectivamente, a missão de Cristo prossegue ao longo da história, através da obra dos Pastores aos quais Ele confia o cuidado do seu rebanho. Como fez com os primeiros discípulos, Jesus continua a escolher para si novos colaboradores que cuidem do seu rebanho mediante o ministério da Palavra e dos Sacramentos e o serviço da caridade. A vocação para o sacerdócio constitui um grande dom e um enorme mistério. Em primeiro lugar, uma dádiva da benevolência divina, porque é fruto da graça. E depois também mistério, pois a vocação está vinculada às profundidades da consciência e da liberdade humanas. Juntamente com essa tem início um diálogo de amor que, dia após dia, plasma a personalidade do sacerdote mediante um caminho de formação que começou no seio da família, continuou depois no seminário e se prolongou por toda a vida. Somente graças a este ininterrupto itinerário ascético e pastoral é que o sacerdote se pode tornar ícone vivo de Jesus, Bom Pastor, que se dá a si mesmo pelo rebanho que lhe é confiado.

Ecoam na minha mente as palavras que daqui a pouco vos dirigirei, entregando-vos as ofertas para o Sacrifício eucarístico: «Vive o mistério que se põe nas tuas mãos!». Sim, estimados ordenandos, este mistério do qual sereis administradores é em última análise Cristo mesmo que, mediante a comunicação do Espírito Santo, é fonte de santidade e incessante chamada à santificação. Vivei este mistério: vivei Cristo, sede Cristo! Possa cada um de vós dizer com São Paulo: «Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim!» (
Ga 2,20).

5. Caríssimos Irmãos e Irmãs, vindos para esta Celebração! Rezemos a fim de que estes 31 novos presbíteros sejam fiéis à sua missão, renovem todos os dias o seu «sim» a Cristo e sejam sinal do seu Amor por cada pessoa. Além disso, neste Dia Mundial de Oração pelas Vocações, peçamos ao Senhor que suscite almas generosas, dispostas a colocar-se totalmente ao serviço do Reino divino.

Maria, Mãe de Cristo e da Igreja, a ti confiamos estes nossos irmãos que hoje são ordenados. Além deles, confio-te os sacerdotes de Roma e do mundo inteiro. Tu, Mãe de Cristo e dos sacerdotes, acompanha estes teus filhos no seu ministério e na sua vida.

Seja louvado Jesus Cristo!





HOMILIA DE JOÃO PAULO II


DURANTE A CERIMÓNIA DE BEATIFICAÇÃO


DE PADRE PIO DE PIETRELCINA


Domingo, 2 de Maio de 1999

«Cantemos ao Senhor um cântico novo!».


1271 1. O convite da antífona de entrada exprime bem a alegria de muitos fiéis, que há tempo esperam a elevação de Padre Pio de Pietrelcina às honras dos altares. Este humilde frade capuchinho surpreendeu o mundo, com a sua vida inteiramente consagrada à oração e à escuta dos irmãos.

Inúmeras pessoas foram ao seu encontro no convento de San Giovanni Rotondo e a peregrinação, mesmo depois da sua morte, não cessou. Quando eu era estudante aqui em Roma, tive ocasião de o conhecer pessoalmente e agradeço a Deus ter-me dado hoje a possibilidade de o inscrever no álbum dos Beatos.

Hoje de manhã repercorremos os traços salientes da sua experiência espiritual, guiados pelos textos da Liturgia deste quinto domingo de Páscoa, no interior da qual se coloca o rito da sua beatificação.

2. «Não se turve o vosso coração: crede em Deus, crede também em Mim» (
Jn 14,1). Na página evangélica há pouco proclamada, escutámos estas palavras de Jesus aos seus discípulos, necessitados de encorajamento. Com efeito, a referência à Sua morte já próxima desanimou-os. Eles tinham medo de ser abandonados, de ficar sozinhos, e o Senhor confortou-os com uma promessa específica: «Vou preparar-vos um lugar» e depois «virei outra vez e levar-vos-ei Comigo para que, onde Eu estiver, estejais também vós» (Jn 14,2-3).

A esta certeza os Apóstolos respondem pelos lábios de Tomé: «Senhor, não sabemos para onde vais; como podemos saber o caminho?» (Jn 14,5). A observação é pertinente e Jesus não ignora a pergunta que nela é implícita. A resposta que Ele dá permanecerá nos séculos como uma luz límpida para as gerações vindouras: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por Mim» (Jn 14,6).

O «lugar» que Jesus vai preparar está na «casa do Pai»; ali o discípulo poderá estar para toda a eternidade com o Mestre e participar da Sua mesma alegria. Contudo, para alcançar a meta, o caminho é um só: Cristo, ao qual o discípulo se deve conformar cada vez mais. A santidade consiste precisamente nisto: já não é o cristão que vive, mas é o próprio Cristo que vive nele (cf. Gl Ga 2,20). Meta exaltante, acompanhada por uma promessa igualmente consoladora: «Aquele que acredita em Mim fará também as obras que Eu faço; e fará obras maiores do que estas, porque Eu vou para o Meu Pai» (Jn 14,12).

3. Enquanto escutamos estas palavras de Jesus o nosso pensamento dirige-se ao humilde frade capuchinho de Gargano. Com que evidência estas se realizaram no Beato Pio de Pietrelcina!

«Não se turve o vosso coração: crede...». O que foi a vida deste humilde filho de São Francisco, senão um constante exercício de fé, corroborado pela esperança do Céu, onde poder estar com Cristo?

«Vou preparar-vos um lugar... para que onde Eu estiver, estejais vós também». Que outra finalidade teve a duríssima ascese a que Padre Pio se submeteu desde a adolescência, senão a progressiva identificação com o divino Mestre, para estar «lá onde Ele estava»?

Quem ia a San Giovanni Rotondo para participar na sua Missa, para lhe pedir conselho ou se confessar, vislumbrava nele uma imagem viva de Cristo sofredor e ressuscitado. No rosto de Padre Pio resplandecia a luz da ressurreição.Marcado pelos «estigmas», o seu corpo mostrava a íntima conexão entre morte e ressurreição, que caracteriza o mistério pascal. Para o Beato de Pietrelcina, a participação na Paixão teve matizes de especial intensidade: os singulares dons que lhe foram concedidos e os sofrimentos interiores e místicos que os acompanharam consentiram-lhe viver uma extraordinária e constante experiência dos sofrimentos do Senhor, na imutável consciência de que «o Calvário é a montanha dos Santos».

4. Não menos dolorosas, e humanamente talvez ainda mais fortes, foram as provações que teve de suportar como consequência, dir-se-ia, dos seus singulares carismas. Na história da santidade às vezes acontece que o escolhido, por especial permissão de Deus, é objecto de incompreensões. Quando isto se verifica, a obediência torna-se para ele crisol de purificação, vereda de progressiva assimilação a Cristo, refortalecimento da santidade autêntica. A esse respeito, o novo Beato escrevia a um seu superior: «Só trabalho para vos obedecer, tendo-me feito conhecer o bom Deus, a coisa que Ele mais aceita e o que para mim é o único meio para esperar saúde e cantar vitória» (Epist. I, pág. 807).

1272 Quando sobre ele se abateu a «tormenta», estabeleceu como regra da sua existência a exortação da primeira Carta de São Pedro, que há pouco escutámos: Aproximai-vos de Cristo, pedra viva» (cf. 1P 2,4). Deste modo, tornou-se também ele «pedra viva», para a construção do edifício espiritual que é a Igreja. E por isto hoje damos graças ao Senhor.

5. «E vós mesmos, como pedras vivas, entrai na construção dum edifício espiritual» (1P 2,5). Como parecem pertinentes estas palavras, aplicadas à extraordinária experiência eclesial que se desenvolveu à volta do novo Beato! Muitas pessoas, ao encontrarem-se directa ou indirectamente com ele, reencontraram a própria fé; na sua escola multiplicaram-se em todos os recantos do mundo os «grupos de oração». Àqueles que a ele acorriam, propunha a santidade, repetindo-lhes: «Parece que Jesus não tem outro cuidado senão o de santificar a vossa alma» (Epist. II, pág. 155).

Se a Providência divina quis que ele agisse sem jamais se afastar do seu convento, como que «plantado» aos pés da Cruz, isto não é isento de significado. Certo dia o divino Mestre consolou-o, num momento de particulares provações, dizendo-lhe que «junto da Cruz se aprende a amar» (Epist. I, pág. 339).

Sim, a Cruz de Cristo é a insigne escola do amor: ou melhor, é a própria «fonte» do amor. Purificado pelo sofrimento, o amor deste fiel discípulo atraía os corações a Cristo e ao seu exigente Evangelho de salvação.

6. Ao mesmo tempo, a sua caridade derramava-se como bálsamo sobre as debilidades e sofrimentos dos irmãos. Assim, Padre Pio uniu ao zelo pelas almas a atenção pelo sofrimento humano fazendo-se promotor, em San Giovanni Rotondo, de uma estrutura hospitalar, por ele chamada «Casa Alívio do Sofrimento». Ele a quis como um hospital de primeira categoria, mas sobretudo preocupou-se por que nele se praticasse uma medicina verdadeiramente «humanizada», onde a relação com o doente se caracterizasse pela mais calorosa solicitude e pelo mais cordial acolhimento. Bem sabia que, quem está doente e sofre, tem necessidade não só de uma correcta aplicação dos instrumentos terapêuticos, mas também e sobretudo de um clima humano e espiritual, que lhe consinta redescobrir-se a si mesmo no encontro com o amor de Deus e a ternura dos irmãos.

Com a «Casa Alívio do Sofrimento» ele quis mostrar que os «milagres ordinários» de Deus passam através da nossa caridade. É preciso tornar-se disponível à partilha e ao serviço generoso dos irmãos, servindo-se de todos os recursos da ciência médica e da técnica.

7. O eco que esta beatificação suscitou na Itália e no mundo é sinal de que a fama de Padre Pio, filho da Itália e de Francisco de Assis, alcançou um horizonte que abarca todos os Continentes. É-me grato saudar todos os que aqui vieram, a começar pelas altas Autoridades italianas, que quiseram estar presentes: o Senhor Presidente da República, o Senhor Presidente do Senado, o Senhor Presidente do Conselho dos Ministros, que chefia a Delegação oficial, além de numerosos Ministros e Personalidades. A Itália está deveras representada de maneira digna! Mas também inúmeros fiéis de outras Nações estão aqui reunidos para prestar homenagem a Padre Pio.

A quantos vieram de perto ou de longe dirige-se a minha saudação afectuosa, juntamente com um especial pensamento para os Padres Capuchinhos. A todos um agradecimento cordial!

8. Quereria concluir com as palavras do Evangelho desta Missa: «Não se turve o vosso coração: crede em Deus». Faz eco desta exortação de Cristo o conselho que o novo Beato costumava repetir: «... Abandonai-vos plenamente no coração de Jesus, como uma criança entre os braços da mãe». Possa este convite penetrar também no nosso espírito como fonte de paz, de serenidade e de alegria. Por que devemos ter medo, se Cristo é para nós o Caminho, a Verdade e a Vida? Por que não confiarmos em Deus que é Pai, nosso Pai?

«Santa Maria das Graças», que o humilde capuchinho de Pietrelcina invocou com constante e terna devoção, nos ajude a ter os olhares fixos em Deus. Ela nos tome pela mão e nos incentive a procurar, com todos os esforços, aquela caridade sobrenatural que brota do lado trespassado do Crucificado.

E tu, Beato Padre Pio, volve do Céu o teu olhar sobre nós congregados nesta Praça e sobre quantos estão reunidos em oração na Praça de São João de Latrão e em San Giovanni Rotondo. Intercede por quem, em todas as partes do mundo, se une espiritualmente a este evento elevando a ti as suas súplicas. Vem em socorro de cada um e dá paz e conforto a todos os corações.

Amém!





VIAGEM APOSTÓLICA DO PAPA JOÃO PAULO II À ROMÉNIA

DURANTE A SANTA MISSA

SEGUNDO O RITO GRECO-CATÓLICO


NA CATEDRAL DE SÃO JOSÉ EM BUCARESTE


1273
Sábado, 8 de Maio de 1999



1. «Aperta o cinto e calça as sandálias» (
Ac 12,8). O anjo diz estas palavras ao Apóstolo Pedro, que a primeira Leitura no-lo apresentou na prisão. Guiado pelo anjo, Pedro pode sair dali e readquirir a liberdade.

Também o Senhor Jesus nos falou de liberdade no trecho evangélico que acabou de ser proclamado: «Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará» (Jn 8,32). Quem o escuta não compreende: «De que tipo de escravidão devemos ser libertados?», perguntam-se. E Jesus explica que a escravidão mais enganadora e escravizadora é o pecado (cf. Jo Jn 8,34). Só Ele nos pode libertar desta escravidão.

Eis o anúncio que a Igreja leva ao mundo: Cristo é a nossa liberdade, porque Ele é a verdade. Não é uma verdade abstracta, procurada às apalpadelas pela razão sempre irrequieta do homem. A verdade é para nós a pessoa de Cristo. Ele disse-nos: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida» (Jn 14,6). Se as trevas do pecado forem vencidas pela luz da vida, então não existe escravidão que possa sufocar a liberdade.

2. Tu conheces bem esta verdade, querido irmão Alexandru Todea, Cardeal da Santa Igreja Romana, e tu, Arcebispo Gheorghe Gutiu, porque diante de vós, como diante de Pedro, abriu-se sozinha a pesada porta da escravidão e fostes restituídos às vossas Igrejas, juntamente com muitos irmãos e irmãs, alguns dos quais temos a alegria e o privilégio de saudar e abraçar espiritualmente aqui, nesta divina Liturgia bizantina. Outros, ao contrário, foram acolhidos no abraço do Pai durante os dias da perseguição, sem poderem ver restabelecidas na sua pátria as liberdades fundamentais, inclusive a religiosa. Queridos Irmãos, as vossas cadeias, as cadeias do vosso povo são a glória e o orgulho da Igreja: a verdade libertou-vos! Tentaram reprimir a vossa liberdade, sufocá-la, mas não conseguiram. Permanecestes interiormente livres, mesmo com as cadeias; livres, apesar do pranto e da privação; livres, não obstante as vossas comunidades tenham sido violadas e feridas. Mas «a oração fervorosa da Igreja subia continuamente até Deus» (Ac 12,5), por vós, por eles, por todos os que, crentes em Deus, a mentira procurava arrasar. Não existe um filho das trevas que possa tolerar o cântico da liberdade, porque lhe recorda o seu erro e o seu pecado.

Nestes dias vim prestar homenagem ao Povo romeno, que na história é símbolo da irradiação da civilização romana nesta parte da Europa, onde se perpetuou a recordação, a língua e a cultura. Vim prestar homenagem a irmãos e irmãs que consagraram esta terra com o testemunho da sua fé, fazendo com que nela florescesse uma civilização inspirada no Evangelho de Cristo; a um povo cristão orgulhoso da sua identidade, com frequência defendida a alto preço, nas labutas e nas vicissitudes que assinalaram a sua existência.

Encontro-me aqui hoje para prestar homenagem a vós, filhos da Igreja greco-católica, que testemunhais desde há três séculos, com sacrifícios por vezes indizíveis, a vossa fé na unidade. Venho até vós para exprimir o reconhecimento da Igreja católica e não só dela: à inteira comunidade cristã, a todos os homens de boa vontade oferecestes o testemunho da verdade que torna livre.

Desta Catedral o meu pensamento não pode deixar de se dirigir até Blaj. Abraço espiritualmente aquela terra de martírio e faço minhas as comovedoras palavras do grande poeta Mihai Eminescu, que se referem a ela: «Agradeço-te, ó Deus, por me teres ajudado a poder vê-la». Durante esta santa celebração, desejo dirigir a minha saudação afectuosa ao caríssimo Irmão Lucian Muresan, Metropolita da vossa Igreja greco-católica romena, aos Bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos e a todos os fiéis.

3. No decurso da vossa história, vários aspectos do cristianismo - latino, constantinopolitano e eslavo - se uniram ao génio original do vosso povo. Esta preciosa herança religiosa foi salvaguardada pelas vossas comunidades orientais, juntamente com os irmãos da Igreja ortodoxa romena.

Os vossos Padres quiseram restabelecer a união visível com a Igreja de Roma. Na Clausula unionis afirmaram, entre outras coisas: «Nós sobrescritos unimo-nos com toda a nossa tradição: os ritos eclesiásticos, a divina Liturgia, o jejum e o nosso Calendário mantenham-se intactos». Depois daquela união transcorreram 300 anos: considero providencial e cheio de significado que as celebrações do terceiro centenário coincidam com o Grande Jubileu do Ano 2000.

Aquela união continha em si o eco de séculos de história e de cultura do Povo romeno. Precisamente a essa história e cultura aquela união deu um contributo de grande significado, como testemunha a escola que surgiu naquela Blaj, que o próprio Eminescu saudou não ocasionalmente como «pequena Roma». Caríssimos Irmãos e Irmãs da Igreja greco-católica, o vosso empenho é a fidelidade é história e tradição. Figuras como Teofilo Szeremi e Anghel Atanásio Popa, que defenderam infatigavelmente a própria identidade cultural de qualquer pessoa que procurasse insidiá-la, demonstram como a catolicidade e a cultura nacional podem não só conviver, mas fecundar-se reciprocamente, abrindo-se de igual modo a uma universalidade que alarga os horizontes e favorece a superação de fechamentos e egocentrismos. Aos pés da maravilhosa iconóstase da vossa catedral encontraram finalmente repouso os restos mortais do venerado Bispo Inochentie Micu Klein, outra figura que amou e defendeu com generosidade e coragem a sua catolicidade, estreitamente unida à sua identidade de romeno. Prova desta fecunda síntese é o facto de que na vossa Igreja a bonita língua romena entrou na liturgia e os Romenos greco-católicos empenharam-se muito na renovação intelectual e no fortalecimento da própria identidade nacional.

1274 4. Este património hauria profundo nutrimento também das riquezas da liturgia e da tradição bizantina, que tendes em comum com os irmãos da Igreja ortodoxa. Sois chamados a fazer reviver este património, a restabelecê-lo onde for necessário, inspirando-vos na sensibilidade de todos os que desejaram a união com Roma e naquilo que a Igreja católica espera de vós. A fidelidade é vossa tradição, tão rica e heterogénea, deve ser continuamente renovada hoje, quando vos são apresentados novos espaços de liberdade, para que a vossa Igreja, no regresso às próprias raízes e na abertura à chamada do Espírito, possa ser cada vez mais ela mesma e, precisamente devido a esta múltipla identidade, contribuir para o crescimento da Igreja universal.

Espera-vos uma tarefa apaixonante: reavivar a esperança nos corações dos fiéis da vossa Igreja que ressurge. Dedicai espaço e atenção aos leigos, e sobretudo aos jovens, que são o futuro da Igreja: ensinai-lhes a encontrar Cristo na oração litúrgica, restituída à beleza e à solenidade depois dos constrangimentos da clandestinidade, na meditação assídua da Sagrada Escritura, na aproximação aos Padres, teólogos e místicos. Educai os jovens para metas difíceis, que são dignas dos filhos dos mártires. Ensinai-os a recusar as fáceis ilusões do consumismo; a permanecer na sua terra para construir juntos um futuro de prosperidade e de paz; a abrir-se à Europa e ao mundo; a servir os pobres, que são o ícone de Cristo; a preparar-se para o empenho profissional como cristãos, a fim de animar a sociedade civil na honestidade e na solidariedade; a não desconfiar da política, mas a fazer-se presentes nela com aquele espírito de serviço, do qual essa tem particular necessidade.

Empenhai-vos por uma qualificação do ensino teológico, conscientes de que os futuros sacerdotes são os guias que introduzirão as comunidades no novo milénio. Unificai os esforços, qualificai os professores e os educadores, enraizando-os ao mesmo tempo na vossa identidade particular e no respiro universal da Igreja. Cuidai a vida religiosa e trabalhai pelo renascimento do monaquismo, tão estreitamente ligado à própria essência das Igrejas orientais.

5. «E acima de tudo - digo-vos com S. Paulo - revesti-vos com o amor» (
Col 3,14). Antes ainda da privação do inestimável dom da liberdade e da própria vida, sofrestes porque não vos sentíeis amados, por terdes sido obrigados à clandestinidade, com um doloroso isolamento da vida nacional e internacional. Uma ferida sobretudo dolorosa foi infligida nas relações com os irmãos e as irmãs da Igreja ortodoxa, não obstante tenhais compartilhado com muitos deles os sofrimentos do testemunho de Cristo na perseguição. Se a comunhão entre ortodoxos e católicos ainda não é total, «julgo... que ela seja já perfeita naquilo que todos nós consideramos o ápice da vida de graça, o martyria até à morte, a comunhão mais verdadeira que possa existir com Cristo que derrama o seu Sangue e, neste sacrifício, aproxima aqueles que outrora estavam longe (cf. Ef Ep 2,13)» (Carta Enc. Ut unum sint UUS 84).

Estes são, para os cristãos, os dias do perdão e da reconciliação. Sem este testemunho o mundo não acreditará: como se pode falar de maneira crível de Deus que é Amor, se não se dá trégua à contraposição? Sarai as feridas do passado com o amor. O sofrimento comum não gere separação, mas suscite o milagre da reconciliação. Não é este, porventura, o prodígio que o mundo espera dos crentes? Também vós, queridos Irmãos e Irmãs, sois chamados a oferecer o vosso precioso contributo ao diálogo ecuménico na verdade e na caridade, de acordo com as indicações do Concílio Vaticano II e do magistério da Igreja.

6. Acabo de voltar do cemitério católico desta cidade: sobre os túmulos dos poucos mártires conhecidos e de muitos outros, cujos restos mortais não têm nem sequer a honra duma sepultura cristã, rezei por todos vós, e invoquei os vossos mártires e os confessores da fé, a fim de que intercedam por vós junto do Pai que está nos céus. Invoquei sobretudo os Bispos, para que, do céu continuem a ser vossos Pastores: Vasile Aftenie, Ioan Balan, Valeriu Traian Frentiu, Ioan Suciu, Tit Liviu Chinezu e Alexandru Rusu. O vosso martirológio abre-se com a ideal concelebração destes Bispos que misturaram o seu sangue com o do sacrifício eucarístico que quotidianamente tinham celebrado. Invoquei também o Cardeal Iuliu Hossu, que preferiu permanecer com os seus até à morte, renunciando a transferir-se para Roma a fim de receber do Papa o barrete cardinalício, porque isto significaria deixar a sua querida terra.

No vosso caminho rumo a Cristo, fonte de liberdade verdadeira, eles vos acompanhem com Maria, a Santa Mãe de Deus. Confio-vos a Ela, com as palavras que na perseguição lhe cantáveis com confiante abandono: «Não nos abandones, ó Mãe, prostrados no caminho, porque nós somos os filhos das tuas lágrimas».



VIAGEM APOSTÓLICA DO PAPA JOÃO PAULO II À ROMÉNIA



NA CONCELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA


COM A PRESENÇA DO PATRIARCA TEOCTISTO


Bucareste, 9 de Maio de 1999



1. «Grandes são as obras do Senhor!».

O Salmo responsorial da hodierna Liturgia constitui um cântico de glória ao Senhor pelas obras que Ele realizou. É um louvor e um agradecimento em primeiro lugar pela criação, obra-prima da bondade divina, e pelos prodígios que o Senhor realizou a favor do seu povo, libertando-o da escravidão do Egipto e fazendo-lhe atravessar o Mar Vermelho.

Depois, que dizer da obra ainda mais extraordinária da encarnação do Verbo, que completou o desígnio originário da salvação humana? Efectivamente, o projecto do Pai celestial realiza-se com a morte e a ressurreição de Jesus, e diz respeito aos homens de qualquer raça e de todos os tempos.

1275 Cristo - recorda São Pedro na segunda Leitura - «morreu... pelos pecados, o justo pelos injustos... sofreu a morte em seu corpo, mas recebeu vida pelo Espírito» (1P 3,18). Cristo crucificado ressuscitou! Eis o grandioso anúncio pascal que cada fiel é chamado a proclamar e a testemunhar com coragem!

Antes de deixar esta terra, o Redentor anuncia aos discípulos a vinda do Paráclito: «Então Eu pedirei ao Pai e Ele dar-vos-á outro Advogado, para que permaneça convosco para sempre. Ele é o Espírito da Verdade que o mundo não pode acolher, porque não O vê, nem O conhece. Vós conhecei-l'O, porque Ele mora convosco e estará convosco» (Jn 14,16-17). Desde então, o Espírito anima a Igreja e torna-a sinal e instrumento de salvação para a inteira humanidade. Ele age no coração dos cristãos e torna-os conscientes da dádiva e da missão que lhes é confiada pelo Senhor ressuscitado. O Espírito impeliu os apóstolos a percorrer todos os caminhos do mundo então conhecido para proclamar o Evangelho. Desta forma, a mensagem evangélica chegou e difundiu-se também aqui na Roménia, graças ao testemunho heróico de confessores da fé e de mártires, do passado e do nosso século.

Verdadeiramente, considerando a história da Igreja na terra romena, podemos repetir com o coração repleto de reconhecimento: «Grandes são as obras do Senhor!».

2. «Grandes são as obras do Senhor!». A exclamação do Salmista surge espontânea no meu coração durante esta visita, que me oferece a ocasião de ver com os próprios olhos os prodígios que Deus actuou no meio de vós no decurso dos séculos e especialmente nestes anos.

Era impensável até há pouco tempo que o Bispo de Roma pudesse visitar os irmãos e as irmãs na fé que vivem na Roménia. Hoje, depois de um longo inverno de sofrimento e de perseguição, podemos finalmente trocar o abraço da paz e juntos louvar o Senhor. Caríssimos Irmãos e Irmãs, saúdo todos vós com grande afecto.

Saúdo com deferência e cordialidade Sua Beatitude que, com um apreciado gesto de caridade, quis rezar connosco nesta Celebração eucarística. A sua presença e a sua fraternidade comovem-me profundamente. Exprimo-lhe o meu reconhecimento, enquanto dou graças por tudo a nosso Senhor Jesus Cristo. Saúdo-vos com renovada alegria, caríssimos e venerados Irmãos no Episcopado, dirigindo um particular pensamento ao Pastor desta Arquidiocese, D. Ioan Robu, ao qual agradeço de coração as palavras que me dirigiu no início da Missa, e ao Arcebispo Metropolitano de Fãgãras e Alba Júlia, D. Lucian Muresan, Presidente da Conferência Episcopal. Abraço espiritualmente todos e cada um dos católicos de rito latino e aqueles de rito bizantino-romeno, de igual forma queridos ao meu coração. Saúdo os sacerdotes, os religiosos, as religiosas e os leigos que se consagram ao apostolado. Saúdo os jovens e as famílias, os enfermos e quantos são provados pelo sofrimento físico e espiritual.

Desta Capital, desejo abraçar a inteira Roménia em todas as suas componentes: a todos, próximos e distantes, asseguro o meu afecto e a minha oração. É para mim uma grande alegria espiritual encontrar-me em terra romena e, juntamente convosco, dar graças a Deus pelas obras maravilhosas por Ele realizadas e que a Liturgia do tempo pascal nos convida a recordar com alegria e gratidão.

3. Quando termina este século e já se entrevê o alvorecer do terceiro milénio, o olhar dirige-se para os anos passados, para reconhecer neles os sinais da misericórdia divina, que sempre acompanham os passos daqueles que confiam em Deus.

Como deixar de recordar o Concílio Ecuménico Vaticano II, que inaugurou uma época nova na história da Igreja, imprimindo-lhe um renovado impulso? Graças à Constituição Lumen gentium, a Igreja tomou consciência mais profunda de que é povo de Deus a caminho rumo ao cumprimento do Reino. Sentimos o mistério da Igreja una, santa, católica e apostólica, e compreendemos o valor da sua missão, de modo particular aqui em terra romena, onde cristãos pertencentes às tradições oriental e ocidental vivem uns ao lado dos outros. Eles vivem orientados para a unidade, preocupados em corresponder ao mandato de Cristo e por isso desejosos de dialogar, de se compreenderem reciprocamente e ajudarem-se uns aos outros. Este anélito de fraterna cooperação, sustentado pela oração e animado pela estima e pelo respeito mútuo, deve ser sempre favorecido e promovido, porque a paz edifica enquanto a discórdia destrói.

Em nome desta grande inspiração ecuménica, dirijo-me a todos os crentes em Cristo que vivem na Roménia. Encontro-me aqui no meio de vós, impelido unicamente pelo desejo da autêntica unidade e da vontade de realizar o ministério petrino que o Senhor me confiou entre irmãos e irmãs na fé. Dou graças a Deus, porque me é concedido levar a cabo este ministério. Formulo votos sinceros e rezo para que se possa chegar quanto antes à plena comunhão fraterna entre todos os crentes em Cristo, no Ocidente e no Oriente. Por esta unidade vivificada pelo amor, o Mestre divino rezou no Cenáculo, na vigília da sua paixão e morte.

4. Esta unidade dos cristãos é antes de mais obra do Espírito Santo, a ser invocada incessantemente. No dia do Pentecostes os Apóstolos, que até àquele momento se sentiam espantados, perturbados e cheios de medo, encheram-se de coragem e de zelo apostólico. Não temeram anunciar Cristo crucificado e ressuscitado; não tiveram medo de testemunhar com as palavras e a vida a sua fidelidade ao Evangelho, mesmo quando isto comportava a perseguição e até a morte. Efectivamente, muitos pagaram com o martírio esta sua fidelidade. Assim a Igreja, guiada pelo Espírito, difundiu-se em todas as regiões do mundo.

1276 Se às vezes se verificaram incompreensões e, infelizmente, dolorosas rupturas no interior do único e indiviso Corpo místico de Cristo, a consciência daquilo que une todos os crentes e da comum chamada à unidade permaneceu contudo mais forte do que qualquer divisão. No termo do segundo milénio, as sendas que se tinham separado começam a aproximar-se e assistimos ao intensificar-se do movimento ecuménico destinado a alcançar a plena unidade dos crentes. Os sinais deste incessante caminho rumo à unidade estão presentes também na vossa terra da Roménia, país que na cultura, na língua e na história traz vivos os vestígios das tradições latina e oriental. Os meus votos mais profundos são por que a oração de Jesus no Cenáculo: «Pai, fazei com que sejam um só» (cf. Jo Jn 17,21) permaneça sempre nos vossos lábios e jamais cesse de pulsar nos vossos corações.

5. «Quem me ama será amado pelo meu Pai. Eu também o amarei e me manifestarei a ele» (Jn 14,21).

Estas palavras de Jesus, confiadas aos discípulos na véspera da sua paixão, ressoam hoje para nós como um premente convite a continuar ao longo deste caminho de fidelidade e de amor. Amar a Cristo! Eis o fim último da nossa existência: amá-lo nas concretas situações da vida, para que se manifeste ao mundo o amor do Pai; amá-lo com todas as forças, para que se realize o seu projecto de salvação e os crentes alcancem n'Ele a plena comunhão. Jamais se extinga no coração este ardente desejo!

Caríssimos católicos da Roménia, bem sei como sofrestes nos anos do árduo regime comunista; bem sei com que coragem perseverastes na vossa fidelidade a Cristo e ao seu Evangelho. Agora, já no limiar do terceiro milénio, não tenhais medo: abri de par em par as portas do vosso coração a Cristo Salvador. Ele ama-vos e está próximo de vós; Ele chama-vos a um renovado compromisso de evangelização. A fé é dom de Deus e património de incomparável valor a conservar e difundir. Na salva- guarda e na promoção dos comuns valores, estai sempre abertos a uma efectiva colaboração com todos os grupos étnico-sociais e religiosos que formam o vosso País. Cada uma das vossas decisões seja sempre animada pela esperança e pelo amor.

Maria, Mãe do Redentor, vos acompanhe e vos proteja para que possais escrever novas páginas de santidade e de generoso testemunho cristão na história da Roménia.

Amém!

Saudação no final da Missa aos milhares de peregrinos provenientes da Hungria, da República Federal da Alemanha e da Polónia:

Beatitude Senhor Presidente
Venerados Irmãos no Episcopado!

Caríssimos Irmãos e Irmãs, está quase a terminar a minha peregrinação na vossa terra. Com o coração repleto de reconhecimento pelos intensos momentos vividos, invoco sobre todos vós por intercessão do Beato Jeremias de Valacchia, a graça do Senhor e abençoo-vos com muito afecto; antes de deixar a vossa Pátria desejaria convidar de coração o Patriarca Teoctisto a vir a Roma.

Dirijo ainda uma palavra aos húngaros. Estimados fiéis de expressão húngara! Saúdo-vos com grande afecto. Agradeço a vossa fidelidade ao Sucessor de Pedro. Conservai a fé e o vosso património cultural!

1277 Com a minha Bênção Apostólica. Seja louvado Jesus Cristo!

Prezados fiéis de língua alemã! Dirijo-vos uma cordial saudação na alegria de poder encontrar-vos neste lugar. Não obstante as diferentes línguas e culturas, dirijamos juntos o olhar para o único Senhor. Preservai o vosso património cultural! Edificai a vossa vida em Jesus Cristo, pedra angular! Permanecei firmes na fidelidade para com o Sucessor de Pedro! A vossa fé se inspire, no espírito ecuménico, na convivência neste País, o qual apreciais e amais.

Do íntimo do coração, concedo a todos vós a Bênção Apostólica. Louvado seja Jesus Cristo!

Saúdo cordialmente os meus compatriotas que vivem neste País. Sede fiéis seguidores de Cristo na vida pessoal e familiar. O Senhor vos abençoe!

Então regresso a Roma com a esperança de ali me encontrar com o Patriarca da Roménia.





Homilias JOÃO PAULO II 1269