Homilias JOÃO PAULO II 1556


NA CONCELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA,


NO PALÁCIO DOS DESPORTOS


Atenas, 5 de Maio de 2001


Queridos Irmãos e Irmãs

1. "O que venerais sem conhecer é que eu vos anuncio" (Ac 17,23).

Narradas nos Actos dos Apóstolos, estas palavras de Paulo pronunciadas no Areópago de Atenas constituem um dos primeiros anúncios da fé cristã na Europa. "Se se pensa no papel que a Grécia teve na formação da cultura antiga, compreende-se a razão por que aquele discurso de Paulo pode considerar-se, de algum modo, o próprio símbolo do encontro do Evangelho com a cultura humana" (Carta Sobre a peregrinação aos Lugares relacionados com a história da salvação, n. 9).

"Aos santificados em Jesus Cristo, chamados à santidade, com todos os que, em qualquer lugar, invocam o nome de Jesus Cristo Senhor deles e nosso: Graça e paz vos sejam dadas da parte de Deus, nosso Pai, e da do Senhor Jesus Cristo" (1Co 1,2-3).Com estas palavras dirigidas pelo Apóstolo à comunidade de Corinto, saúdo-vos com afecto a todos vós, Bispos, Sacerdotes e leigos católicos que viveis na Grécia. Em primeiro lugar, agradeço a D. Fóscolos, Arcebispo católico de Atenas e Presidente da Conferência Episcopal da Grécia, o seu acolhimento e as suas gentis palavras. Dirijo também a minha saudação a todos os Cardeais, Bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas presentes nesta celebração. Reunidos esta manhã para a celebração eucarística, pediremos ao Apóstolos Paulo que nos dê o seu fervor na fé e no anúncio do Evangelho a todas as nações, bem como a sua solicitude pela unidade da Igreja. Alegro-me com a presença na Divina Liturgia de fiéis de outras confissões cristãs, que testemunham também a atenção que prestam à vida da comunidade católica e a sua comum fraternidade em Cristo.

1557 2. Paulo recorda claramente que não podemos circunscrever Deus às nossas maneiras de ver e de agir totalmente humanas. Se desejamos acolher o Senhor, somos chamados à conversão. Eis o caminho que nos é proposto, caminho que nos faz seguir Cristo a fim de viver como ele, filhos no Filho. Então podemos considerar o nosso caminho pessoal e o da Igreja como uma experiência pascal; é preciso que nos purifiquemos para estarmos plenamente em sintonia com a vontade divina, aceitando que Deus, mediante a sua graça, transforme o nosso ser e a nossa existência, como no caso de Paulo que, sendo perseguidor se tornou missionário (cf. Gal Ga 1,11-24). Vivemos também a prova da Sexta-Feira Santa, com os seus sofrimentos, com as noites da fé, com as incompreensões recíprocas. Mas também vivemos momentos de luz, semelhantes ao alvorecer da Páscoa, quando o Ressuscitado nos comunica a sua alegria e faz com que cheguemos à verdade total. Encarando desta forma a nossa história pessoal e a história da Igreja, não podemos deixar de ter esperança, com a certeza de que o Mestre da história nos conduz por caminhos que só Ele conhece. Peçamos ao Espírito Santo que nos incentive a sermos, através das nossas palavras e acções, testemunhas da Boa Nova e da caridade de Deus! Com efeito, é o Espírito que suscita o fervor missionário na sua Igreja, é Ele quem chama e quem envia, e o verdadeiro apóstolo é em primeiro lugar um homem "à escuta", um servidor disponível para a acção de Deus.

3. Recordar em Atenas o caminho e a acção de Paulo, é como ser convidados a anunciar o Evangelho até aos extremos confins da terra, propondo aos nossos contemporâneos a salvação dada por Cristo e mostrando-lhes os caminhos da santidade e o orientação moral recta que constituem as respostas à chamada do Senhor. O Evangelho é uma Boa Nova universal, que todos os povos podem compreender.

Ao dirigir-se aos atenienses, São Paulo não esconde nada da fé que recebeu; ele deve, como todos os apóstolos, conservar fielmente o seu depósito (cf. 2Tm 1,14). Se ele parte das referências habituais dos seus ouvintes e das suas maneiras de pensar, é para fazer com que eles compreendam melhor o Evangelho que lhes quer levar. Paulo baseia-se no conhecimento natural de Deus e no profundo desejo espiritual que os seus interlocutores podem sentir, para os preparar para aceitarem a revelação do Deus único e verdadeiro.

Se ele pôde citar perante os atenienses os autores da Antiguidade clássica, foi porque, de uma certa forma, a sua cultura pessoal tinha sido forjada pelo helenismo. Por conseguinte, dele se serviu para anunciar o Evangelho com palavras que podem arrebatar os seus ouvintes (cf. Act Ac 17,17). Que lição! Para anunciar a Boa Nova aos homens do nosso tempo, a Igreja deve estar atenta aos diferentes aspectos das suas culturas e aos seus meios de comunicação, sem que isto leve a alterar a sua mensagem ou a diminuir o sentido do seu alcance. "O cristianismo do terceiro milénio deverá responder cada vez melhor a esta exigência de inculturação" (Novo millennio ineunte, 40). O discurso magistral de Paulo convida os discípulos de Cristo a iniciar um diálogo verdadeiramente missionário com os seus contemporâneos, no respeito do que eles são, mas também com um propósito claro e forte do Evangelho, bem como das suas implicações e das suas exigências na vida das pessoas.

4. Irmãos e Irmãs, o vosso País goza de uma longa tradição de sabedoria e de humanismo. Desde as origens do cristianismo, os filósofos empenharam-se por "mostrar a ligação entre a razão e a religião. [...] Esboçou-se assim um caminho que, saindo das antigas tradições particulares, levava a um desenvolvimento que correspondia às exigências da razão universal" (Fides et ratio, FR 36). Este trabalho dos filósofos e dos primeiros apologistas cristãos permitiu sucessivamente iniciar, no seguimento de São Paulo e do seu discurso em Atenas, um diálogo fecundo entre a fé cristã e a filosofia.

Seguindo o exemplo de São Paulo e das primeiras comunidades, é urgente criar ocasiões de diálogo com os nossos contemporâneos, sobretudo nos lugares em que se decide o futuro do homem e da humanidade, para que as decisões tomadas não sejam condicionadas apenas pelos interesses políticos e económicos que não têm em conta a dignidade das pessoas e as exigências que dela derivam, mas que seja para vós como um suplemento de alma que recorde o lugar insigne e a dignidade do homem. Os areópagos que hoje solicitam o testemunho dos cristãos são numerosos (cf. Redemptoris missio, RMi 37); encorajo-vos a estar presentes no mundo; como o profeta Isaías, os cristãos estabelecem-se como sentinelas em cima da muralha (cf. Is Is 21,11-12), a fim de discernir as orientações humanas das actuais situações, de descobrir na sociedade os germes da esperança e anunciar ao mundo a luz da Páscoa, que ilumina com uma nova luz todas as realidades humanas.

Cirilo e Metódio, os dois irmãos de Salónica, receberam o mandamento do Ressuscitado: "Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda a criatura" (Mc 16,15). Tendo partido ao encontro dos povos eslavos, souberam anunciar-lhes o Evangelho na sua própria língua. Eles não só "desempenharam a sua missão com todo o respeito pela cultura que já existia entre os povos eslavos, mas promoveram-na e incrementaram-na de modo iminente e incessante ao cultivarem a religião" (Slavorum apostoli, 26). Oxalá o seu exemplo e a sua oração nos ajudem a responder sempre melhor à exigência da inculturação e faça com que rejubilemos com a beleza deste aspecto multiforme da Igreja de Cristo!

5. Na sua experiência pessoal de crente e no seu ministério de apóstolo, Paulo compreendeu que Cristo era o único caminho de salvação, Ele que, mediante a graça, reconcilia os homens consigo e com Deus. "Ele é a nossa paz, Ele que de dois povos fez um só, destruindo o muro de inimizade que os separava" (Ep 2,14).

Dali em diante o Apóstolo tornou-se defensor da unidade, no meio das comunidades e entre elas, porque nele ardia a "solicitude por todas as Igrejas" (cf 2Co 11,28)!
A paixão da unidade da Igreja deve ser a de todos os discípulos de Cristo. "Infelizmente, os tristes legados do passado vão acompanhar-nos ainda para além do limiar do novo milénio... há ainda tanto caminho a percorrer" (Novo millennio ineunte, 48). Mas não nos deixemos desencorajar; o nosso amor pelo Senhor impele-nos a empenhar-nos cada vez mais em favor da unidade. Para dar novos passos nesta direcção, é importante "partir de Cristo" (ibid., 29).

"É sobre a oração de Jesus, não sobre as nossas capacidades, que assenta a confiança de poder chegar, também na história, à comunhão plena e visível de todos os cristãos... A lembrança do tempo em que a Igreja respirava com os dois "pulmões", estimule os cristãos do Oriente e do Ocidente a caminharem juntos, na unidade da fé e no respeito das legítimas diferenças, aceitando-se e ajudando-se uns aos outros como membros do único Corpo de Cristo" (Ibid., 48)!

1558 A Virgem Maria acompanhou com a sua oração e com a sua presença materna o caminho e a missão da primitiva comunidade cristã, à volta dos Apóstolos (cf. Act. Ac 1,14). Ela recebeu com eles o Espírito do Pentecostes! Que ela vigie sobre o caminho que nós agora devemos percorrer, a fim de nos encaminharmos rumo à plena unidade com os nossos irmãos do Oriente e de cumprirmos juntos, com disponibilidade e entusiasmo, a missão que Jesus Cristo confiou à sua Igreja. Que a Virgem Maria, tão venerada no vosso País e particularmente nos santuários das Ilhas, como Virgem da Anunciação na Ilha de Tinos, e sob o título de Nossa Senhora da Graça, em Faneromeni, na Ilha de Siros, nos guie sempre para o seu Filho Jesus (cf. Jo Jn 2,5). É Ele é o Cristo, o Filho de Deus, "a luz verdadeira que, vindo ao mundo, a todo o homem ilumina" (Jn 1,9)!

Fortalecidos pela esperança que nos é dada por Cristo e sustentados pela oração fraterna de todos os que nos precederam na fé, prossigamos a nossa peregrinação terrena como verdadeiros mensageiros da Boa Nova, felizes pelo louvor pascal que habita os corações e desejosos de o partilhar com todos:

"Louvai ao Senhor, todos os povos.
Exaltai-O todas as nações!
Grande é o Seu amor para connosco,
e a Sua fidelidade permanece para sempre!" (Ps 116).

Amen.

Saudação

Dou graças ao Senhor por poder realizar estas jornadas de Peregrinação nos passos do Apóstolo dos Gentios. Peço a São Paulo que vos acompanhe todos os dias. Assim como ele foi, sede também vós testemunhas de Cristo!

Agradeço em primeiro lugar ao Senhor Presidente da República o seu convite e a sua hospitalidade. Estou grato a Sua Beatitude Christódoulos e aos seus colaboradores pela solicitude que demonstraram por esta minha Peregrinação nos passos de São Paulo. Agradeço de igual modo a D. Fóscolos e a cada um dos Bispos católicos. Obrigado a todos vós aqui presentes. Cristo e a Igreja contam convosco. Abençoo-vos do íntimo do coração!

Saúdo cordialmente todas as pessoas que para aqui vieram da Polónia.

1559 Estou feliz por participardes activamente na vida da Igreja católica que está na Grécia; foram os Bispos locais que me deram várias vezes estas informações. Viveis num País em que desde há séculos se misturam diversas culturas, religiões e tradições espirituais. É-me grato saber que conseguis beneficiar desta variedade e, ao mesmo tempo, conservais a vossa identidade. Agradeço aos Padres Jesuítas e a todos aqueles que estão comprometidos no vosso cuidado pastoral. Conservo no meu coração as vossas alegrias e preocupações, enquanto as confio à Providência divina. Por intercessão do Apóstolo São Paulo, cuja memória está particularmente viva em Atenas, peço ao bom Deus que vos cumule com as suas bênçãos.

A paz esteja convosco! Deus abençoe a Grécia!





NA CONCELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA NO


ESTÁDIO DE "ABASSYNE"


Damasco, 6 de Maio de 2001







1. "Saulo, Saulo, porque me persegues?". Ele perguntou: "Quem és Tu, Senhor?". Ele respondeu: "Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Ergue-te, entra na cidade e dir-te-ao o que tens a fazer" (Ac 9,4-6).

É como peregrino que vim hoje a Damasco, para reavivar a memória do acontecimento que teve lugar aqui, há dois mil anos: a conversão de Sao Paulo. Ao ir a Damasco para combater e aprisionar aqueles que confessavam o nome de Cristo, e ao chegar às portas desta cidade, Saulo fez a experiência de uma iluminação extraordinária. Ao longo do caminho, Cristo ressuscitado apresenta-se-lhe e, sob a influência desse encontro, realiza-se nele uma profunda transformação: de perseguidor, torna-se apóstolo, de opositor do Evangelho, faz-se missionário. A leitura dos Actos dos Apóstolos recorda com muitos pormenores este acontecimento, que mudou o curso da história: "Este homem é instrumento da minha escolha, para levar o meu nome perante os pagãos, os reis e os filhos de Israel. Eu mesmo lhe hei-de mostrar quanto ele tem de sofrer pelo meu nome" (Ac 9,15-16).

Beatitude, agradeço-lhe profundamente as amáveis palavras de boas-vindas no início desta celebração. Através da sua pessoa, saúdo com afecto os Bispos e também os membros da Igreja greco-melquita católica, da qual Vossa Eminência é Patriarca. Transmito os meus votos mais calorosos igualmente aos Cardeais, Patriarcas, Bispos, Sacerdotes e fiéis leigos de todas as comunidades católicas, da Síria e dos outros Países desta região. Alegro-me com a presença fraternal dos Patriarcas, dos Bispos e dos fiéis das outras Igrejas e Comunidades eclesiais. Cumprimento-os com grande afabilidde. Estou cordialmente grato ao Ministro que representa o Presidente da República e aos membros da comunidade muçulmana que, nesta ocasião, quiseram unir-se aos seus amigos cristãos.

2. O extraordinário acontecimento que teve lugar não distante daqui foi decisivo para o futuro de Paulo e da Igreja. O encontro de Cristo transformou radicalmente a existência do Apóstolo, dado que o atingiu no mais íntimo do seu ser e o abriu de maneria plena à verdade divina. Paulo aceitou livremente reconhecer esta verdade e comprometer a sua vida no seguimento de Cristo. Ao receber a luz divina e receber o Baptismo, o seu ser profundo tornou-se conforme ao ser de Cristo; assim, a sua vida foi transformada e ele encontrou a felicidade ao depositar a sua fé e confiança n'Aquele que o chamara das trevas para a Sua luz admirável (cf. 2Tm 1,12 Ep 5,8 Rm 13,12). Com efeito, o encontro na fé com o Ressuscitado é uma luz no caminho dos homens, uma luz que transforma a existência. No rosto resplandecente de Cristo, a verdade de Deus manifesta-se de maneira evidente. Também nós devemos conservar o nosso olhar fixo no Senhor! Cristo, luz do mundo, derramai sobre nós e sobre todos os homens esta luminosidade proveniente do céu, que arrebatou o vosso Apóstolo! Iluminai e purificai os olhos do nosso coração, para aprendermos a ver tudo à luz da vossa verdade e do vosso amor pela humanidade!

A Igreja nao dispõe de outra luz para transmitir ao mundo, senao a luz que provém do seu Senhor. Nós, que fomos baptizados na morte e na ressurreição de Cristo, recebemos a iluminação divina e foi-nos concedido ser filhos da Luz. Recordemos a bonita exclamação de São João Damasceno, que põe em evidência a origem da nossa comum vocação eclesial: "Tu fizeste-me vir à luz, adoptando-me como teu filho, e Tu inscreveste-me entre os membros da tua Igreja santa e imaculada" (Exposição da fé ortodoxa, 1)! Ao longo do nosso caminho, a Palavra de Deus é uma lâmpada esplendorosa; ela permite-nos conhecer a verdade que liberta e santifica.

3. "Olhei e vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, povos e línguas: estavam diante do trono e diante do Cordeiro, de vestidos brancos e com palmas nas suas mãos" (Ap 7,9).

Este texto da liturgia de hoje, tirado do livro do Apocalipse, mostra à sua maneira a obra que se realizou mediante o ministério apostólico de Sao Paulo. Com efeito, ele ocupou um lugar essencial no anúncio do Evangelho, para além dos confins da terra de Jesus. Todo o mundo então conhecido, a começar pelos países que se debruçam sobre o Mediterrâneo, se tornou terra de evangelização paulina. E podemos dizer que em seguida, ao longo dos séculos até à nossa época, o imenso desenvolvimento do anúncio evangélico constitui de certa forma a continuação lógica do ministério do Apóstolo das Nações. Até aos nossos dias, a Igreja traz em si mesma os frutos da sua actividade apostólica e refere-se constantemente ao ministério missionário de Sao Paulo que, para inteiras gerações de cristãos, se tornou pioneiro e inspirador de toda a missão.

A exemplo de São Paulo, a Igreja é convidada a alargar o seu olhar até às extremidades do mundo, a fim de continuar a missão que lhe foi confiada, de transmitir a luz do Ressuscitado a todos os povos e a cada uma das culturas, no respeito da liberdade das pessoas e das comunidades humanas e espirituais. A imensa multidão de homens de todas as origens é chamada a dar glória a Deus. Assim, como afirma Santo Efrém: "Os tesouros que Tu nos concedes, não tens qualquer necessidade de no-los transmitir. Tu só precisas de uma coisa: que dilatemos o nosso coração para conter os teus bens, entregando-te a nossa vontade e escutando-te com os nossos ouvidos. Todas as obras refulgem com coroas que a sabedoria dos teus lábios lhes teceu, dizendo: tudo isto é muito bom" (Diathermane, 2, 5-7).

1560 Assim como Sao Paulo, também os discípulos de Cristo enfrentam um grande desafio: eles devem transmitir a Boa Nova numa linguagem adequada a cada cultura, sem perder a sua substância, nem desvirtuar o seu sentido. Portanto, nao tenhais medo de dar testemunho, também vós, mediante a palavra e toda a vossa vida, desta alegre notícia entre os vossos irmãos e as vossas irmãs: Deus ama todos os homens e convida-os a constituir uma única familia na caridade, pois todos eles são irmãos!

4. Esta jubilosa noticia deve impelir todos os discípulos de Cristo a buscar ardentemente os caminhos da unidade porque, ao fazerem sua a oração do Senhor: "A fim de que todos sejam um só", eles oferecem um testemunho cada vez mais autêntico e credível. Regozijo-me profundamente pelas relações fraternais que já existem entre os membros das Igrejas cristãs do vosso Pais, enquanto vos encorajo a desenvolve-las na verdade e na prudência, em comunhão com os vossos Patriarcas e Bispos. No alvorecer do terceiro milénio, Cristo chama-nos a ajudar-nos uns aos outros na caridade, que fomenta a nossa unidade. Sede orgulhosos das grandes tradições litúrgicas e espirituais das vossas Igrejas do Oriente! Elas pertencem ao património da única Igreja de Cristo e constituem pontes de união entre as diferentes sensibilidades. Desde o início do cristianismo, a vossa terra conheceu uma vida cristã florescente. Na linhagem espiritual de Inácio de Antioquia, de Efrém, de Simeão ou de João Dasmasceno, os nomes de numerosos Padres, monges, eremitas e de muitos outros Santos, que sao a glória das vossas Igrejas, permanecem presentes na memória viva da Igreja universal. Através do vosso apego à terra dos vossos antepassados, aceitando com generosidade viver a vossa fé, hoje também vós, por vossa vez, dais testemunho da fecundidade da mensagem evangélica, que foi transmitida de geração em geração.

Juntamente com os vossos compatriotas, sem distinção de pertença comunitária, continuai sem descanso os vossos esforços com vista à edificação de uma sociedade fraternal, justa e solidária, onde cada um seja plenamente reconhecido na sua dignidade humana e nos seus direitos fundamentais. Nesta terra santa, os cristãos, os muçulmanos e os hebreus sao chamados a trabalhar em conjunto, com confiança e audácia, e a fazer com que se manifeste sem tardar o dia em que cada povo poderá ver os seus direitos legitimos respeitados e viver na paz e no entendimento mútuo. Oxalá no meio de vós os pobres, os enfermos, as pessoas portadores de deficiência e todos os indivíduos feridos na vida sejam sempre irmãos e irmãs respeitados e amados! O Evangelho constitui um poderoso factor de transformação do mundo. Que mediante o vosso testemunho de vida, os homens de hoje possam descobrir a resposta às suas aspirações mais profundas e os fundamentos para a convivência no seio da sociedade!

5. Famílias cristãs, a Igreja conta convosco e confia em vós para comunicar aos vossos filhos a fé que recebestes ao longo dos séculos, desde o Apóstolo Paulo. Permanecendo unidos e abertos a todos, defendendo sempre o direito à vida desde a sua concepção, sede portadores de luz, em plena conformidade com o desígnio de Deus e com as verdadeiras exigências da pessoa humana! Reservai um lugar importante à oração, à escuta da Palavra de Deus e à formação cristã, e nelas encontrareis um eficaz apoio para enfrentar as dificuldades da vida quotidiana e os imensos desafios do mundo contemporâneo. A participaçao regular na Eucaristia dominical constitui uma necessidade para toda a vida cristã fiel e coerente. Ela é um dom privilegiado em que se concretiza e se anuncia a comunhão com Deus e com os irmãos.

Irmãs e Irmãos, nao vos canseis de procurar o rosto de Cristo que se vos manifesta. É nele que encontrareis o segredo da verdadeira liberdade e da alegria do coração! Deixai vibrar no mais profundo de vós mesmos o desejo de fraternidade genuína entre todos os homens! Colocando-vos com entusiasmo ao serviço do próximo, encontrareis um sentido para a vossa vida, pois a identidade cristã nao consiste na oposição aos outros, mas na capacidade de sair de si mesmo para ir ao encontro dos irmãos. A abertura ao mundo, com clarividência e sem medo, faz parte da vocação do cristao, consciente da sua própria identidade e radicado no seu património religioso que expressa a riqueza do testemunho da Igreja.

6. "As minhas ovelhas ouvem a minha voz; Eu conheço-as e elas seguem-me. Dei-lhes a vida eterna e nunca hão-de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão do meu Pai. Eu e o Pai somos um só" (
Jn 10,27-30).
Estas são as palavras do Evangelho de hoje, através das quais o próprio Jesus Cristo nos faz ver o admirável dinamismo da evangelização. Deus que, numerosas vezes e de diversas maneiras, tinha falado aos antepassados pelos profetas, enfim falou pelo seu Filho (cf. Hb He 1,1-2). Este Filho, da mesma substância do Pai, é o Verbo da vida. É Ele mesmo que dá a vida eterna. Ele veio para que tenhamos vida, e a tenhamos em abundância (cf. Jo Jn 10,10). Às portas de Damasco, no seu encontro com Cristo ressuscitado, Sao Paulo descobriu esta verdade e por fim o conteúdo da sua pregação. A maravilhosa realidade da Cruz de Cristo, na qual se realiza a Redenção do mundo, apresenta-se diante dele. Paulo compreendeu esta realidade e consagrou-lhe toda a sua vida.
Irmãos e Irmãs, elevemos o nosso olhar para a Cruz de Cristo, para nela descobrir a fonte da nossa esperança! Nela encontramos um autentico caminho de vida e de felicidade. Contemplemos o rosto amoroso de Deus, que nos oferece o seu Filho para que todos nós tenhamos "um só coração e uma só alma" (Ac 4,32). Acolhamo-lo nas nossas vidas para que nos inspire e realize o mistério de comunhão que encarna e manifesta a própria essência da Igreja.

A vossa pertença à Igreja deve ser para vós e para os vossos irmãos e irmas um sinal de esperança que recorda que o Senhor encontra cada um no seu caminho, com frequência de maneira misteriosa e inesperada, como aconteceu com Sao Paulo no caminho de Damasco, quando o envolveu com a Sua luz fulgurante.

Possa o Ressuscitado, neste ano em que os cristãos celebraram a Páscoa em conjunto, conceder-nos o dom da comunhão na caridade!







NA MISSA DE PROCLAMAÇÃO DOS TRÊS BEATOS


Malta, 9 de Maio de 2001




1561 "Demos graças ao Senhor pelos seus favores e pelas suas maravilhas" (cf. Sl Ps 107 [106], 15).

Dilectos Irmãos e Irmãs

1. Foi com imensa alegria que voltei a esta Ilha, querida a São Paulo, o Apóstolo das Nações, e sempre amada pelo Sucessor de Pedro. Esta visita conclui a minha Peregrinação jubilar, no seguimento espiritual da história da salvação, desde a pátria de Abraão até ao Sinai, onde Deus apresentou os Dez Mandamentos, à Terra Santa onde se realizaram os grandes acontecimentos da nossa Redenção. Agora, seguindo os passos de São Paulo, voltei até junto de vós, queridos habitantes de Malta.

A chegada do Apóstolo às vossas praias foi dramática. São Lucas narrou-nos a difícil viagem, descrevendo o desespero da tripulação e dos passageiros, quando a nau encalhou num baixio e começou a afundar (cf. Act Ac 27,39-44). E ouvimos falar da sua libertação: "Depois de termos sido salvos é que soubemos que a Ilha se chamava Malta" (Ac 28,1). Graças à Providência divina, Malta devia receber o Evangelho nos primeiros tempos da cristandade. "Demos graças ao Senhor pelos seus favores e pelas suas maravilhas" (cf. Sl Ps 107 [106], 15).

2. Presente na Praça dos Celeiros "Floriana", ao redor do Altar do Sacrifício do Senhor, o Bispo de Roma une-se a vós para louvar a Santíssima Trindade, pelos vossos testemunhos do Evangelho ao longo dos séculos. Fiéis ao vosso pai na fé, o Apóstolo Paulo, sois conhecidos em toda a Igreja pela vossa devoção e pelo vosso zelo missionário. Malta possui uma magnífica herança cristã, da qual sois justamente orgulhosos, mas esta herança é também uma dádiva que exige uma grande responsabilidade (cf. Lc Lc 12,48).

Na segunda Carta a Timóteo, São Paulo exorta o seu colaborador: "Lembra-te de Jesus Cristo... ressuscitado dos mortos... se perseverarmos (com Ele), reinaremos com Ele" (2Tm 2,8 2Tm 2,12). Estas palavras foram assimiladas profundamente pelos dois filhos e pela filha adoptiva de Malta, que hoje beatifiquei. Toda a Igreja se alegra convosco porque, entre a plêiade de Santos e de Santas de todos os estilos de vida na história maltesa, estes três foram escolhidos para uma especial veneração e imitação. No céu, eles acompanham-nos na nossa peregrinação na terra e, mediante as suas intercessões perante o Trono de Deus, ajudam-nos a escalar as alturas da santidade, que eles mesmos alcançaram pela graça do Espírito Santo.

3. Desde a sua morte em 1962, imediatamente antes da abertura do Concílio Vaticano II, o Beato Jorge Preca era muito conhecido pela sua santidade, tanto em Malta como em toda a parte onde havia cidadãos malteses. O Padre Jorge foi um pioneiro no campo da catequese e na promoção do papel do laicado no apostolado, que o Concílio quis pôr em evidência de maneira particular. Assim, ele tornou-se por assim dizer o segundo pai de Malta na fé. Ao abraçar a mansidão e a humildade, utilizando plenamente os talentos de mente e de coração que Deus lhe concedera, o Padre Jorge fez suas as palavras de Paulo a Timóteo: "O que ouviste de mim diante de muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis, capazes de instruir os outros" (2Tm 2,2). A Sociedade da Doutrina Cristã, por ele fundada, continua o seu trabalho de testemunho e de evangelização nestas ilhas e noutros lugares.

Não distante daqui, o jovem seminarista Jorge Preca ouviu as proféticas palavras de um mentor sacerdotal: "Jorge, quando cresceres, muitos que temem a Deus vão reunir-se ao teu redor. Tu serás uma bênção para eles, e eles para ti". Hoje, a Igreja em Malta chama a Jorge Preca "Beato", porque sabe que para ela é uma original fonte de luz e de fortaleza. Nos seus escritos sobre a mansidão o seu livro intitulado L-Iskola tal-Manswetudni e a sua Carta o Padre Jorge exorta os seus companheiros cristãos a seguir o exemplo do Senhor crucificado, perdoando todas as ofensas (cf. Lc Lc 23,34). Não é porventura a mensagem de respeito e perdão mútuos, particularmente necessária hoje em Malta e no mundo inteiro? Sim, de facto, a mansidão das Bem-Aventuranças tem o poder de transformar a família, o lugar de trabalho, a escola, a cidade, a aldeia a política e a cultura. Ela pode mudar o mundo! "Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!" (Mt 5,5).

Magister, utinam sequatur evangelium universus mundus ("Mestre divino, que o mundo inteiro siga o Evangelho"): a oração do Beato Jorge reflecte perfeitamente o mandato missionário do Senhor: "Ide, pois, ensinai todas as nações... ensinando-as a cumprir quanto vos tenho mandado!" (Mt 28,19-20). Durante o ano do Grande Jubileu, toda a Igreja experimentou de novo o eterno vigor do amor misericordioso do Pai, que enviou o seu Filho unigénito para a nossa salvação. Não foi por acaso a capacidade de comunicar o vigor da mensagem cristã que fez do Padre Jorge um grande apóstolo? Não é isto o que Malta mais precisa hoje em dia: clero, religiosos, catequistas, mestres que proclamem apaixonadamente a Boa Nova daquilo que o Pai fez por nós em Cristo? Na aurora de um novo milénio, a Igreja exorta-te, Malta, a seres mais ardente na vivência da tua vocação apostólica e missionária! Toda a Igreja olha para ti!

4. O Servo de Deus Inacio Falzon também nutria uma enorme paixão pela pregação do Evangelho e pelo ensinamento da fé católica. Também ele colocou os seus inúmeros talentos e a sua formação intelectual ao serviço do trabalho catequético. O Apóstolo Paulo escreveu: "Dê cada um segundo o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento, pois Deus ama quem dá com alegria" (2Co 9,7). O Beato Inácio foi um daqueles que deu em abundância e com alegria; e as pessoas encontravam nele não apenas uma energia ilimitada, mas também profunda paz e júbilo. Ele renunciou ao sucesso mundano para o qual o seu currículo o preparara, a fim de servir o bem espiritual dos outros, inclusivamente dos inúmeros soldados e marinheiros britânicos que nessa época se encontravam estacionados em Malta. Ao aproximar-se deles, de entre os quais só alguns eram católicos, antecipou o espírito ecuménico do respeito e do diálogo, que hoje nos é familiar, mas que na sua época nem sempre era predominante.

Inácio Falzon hauria a sua força e inspiração da Eucaristia, da oração diante do Tabernáculo, da devoção a Maria, do Rosário e da imitação de São José. Eis as fontes de graça em que todos os cristãos podem beber. A santidade e o zelo pelo Reino de Deus florescem de maneira especial lá onde as paróquias e as comunidades promovem a oração e a devoção ao Santíssimo Sacramento. Por conseguinte, exorto-vos a valorizar as vossas tradições maltesas de piedade, purificando-as quando for necessário e fortalecendo-as com sólidas instruções e catequese. Não haveria melhor modo de honrar a memória do Beato Inácio Falzon.

1562 5. Nascida na Itália de pai maltês, a Irmã Maria Adeodata Pisani veio para cá com a idade de 19 anos e passou a maior parte da sua vida como esplêndido exemplo de consagração religiosa beneditina, no Mosteiro de São Pedro. Sei que algumas das Religiosas do Mosteiro não puderam vir aqui hoje, mas que acompanham esta cerimónia pela televisão. A vós, queridas Religiosas, concedo uma especial bênção neste dia de alegria.

Oração, obediência e serviço às suas Irmãs, bem como maturidade no cumprimento das tarefas que lhe eram designadas: estas foram as características da vida silenciosa e santa de Maria Adeodata. Escondida no coração da Igreja, ela sentava-se aos pés do Senhor e prestava atenção ao seu ensinamento (cf. Lc
Lc 10,39), afeiçoando-se às coisas que permancem para sempre (cf. Cl Col 3,2). Mediante a oração, o trabalho e a caridade, ela tornou-se um manancial daquela fecundidade espiritual e missionária, sem a qual a Igreja não pode anunciar o Evangelho como Cristo manda, uma vez que a missão e a contemplação se exigem têm absoluta necessidade uma da outra (cf. Novo millennio ineunte, 16).

Sem dúvida, o santo exemplo da Irmã Adeodata ajudou a promover a renovação da vida religiosa no seu Mosteiro. Por conseguinte, desejo confiar à sua intercessão uma especial intenção do meu coração. Muito se fez nos últimos tempos para adaptar a vida religiosa às mutáveis circunstâncias de hoje, e o benefício disto pode ser visto na vida de muitos religiosos e religiosas. Contudo, é necessário um renovado apreço pelos motivos teológicos mais profundos desta especial forma de consagração. Ainda estamos à espera do completo florescimento da doutrina do Concílio Vaticano II sobre o valor transcendente daquele singular amor a Deus e ao próximo, que leva à vida consagrada com os votos da pobreza, castidade e obediência. Confio a todos os consagrados e consagradas o exemplo de maturidade e responsabilidade pessoais que era maravilhosamente evidente na vida da Beata Adeodata.

6. Na vigília de Pentecostes, a Arquidiocese de Malta inaugurará a sua Assembleia sinodal e em Gozo o Bispo D. Cauchi deu início a novas visitas pastorais. A minha ardente esperança é de que estas e outras iniciativas ajudem a promover a visão que o Concílio Vaticano II tinha da Igreja como comunhão de todo o Povo de Deus, uma visão que a "nova evangelização" exige dos católicos malteses. No contexto desta comunhão, existem diferentes funções e ministérios, mas todos são chamados a cooperar na promoção do Reino de Cristo, feito de justiça, paz e amor. Através da intercessão dos novos Beatos, oxalá a Igreja em Malta caminhe com confiança rumo a uma nova era de unidade e de compartilhada responsabilidade entre o clero, os religiosos e os leigos. Isto dará aos católicos malteses um novo impulso que os tornará capazes de entrar com confiança no novo milénio, e de recolher os ricos frutos espirituais do Grande Jubileu do Ano 2000.

Malta, Malta! Tu recebeste muito através do ministério de São Paulo e do testemunho do Beato Jorge, do Beato Inácio Falzon e da Beata Adeodata. Agora que te encaminhas para o futuro, sê fiel à herança que eles te deixaram! Segue Cristo com um só coração e nunca tenhas medo de anunciar a verdade que salva e os valores que conduzem à vida! A Virgem Maria, Mãe do Verbo encarnado, te acompanhe e proteja sempre, de tal forma que jamais deixes de "dar graças ao Senhor pelos seus favores e pelas suas maravilhas" (cf. Sl Ps 107 [106], 15).

Viva l-Beatu Gorg Preca!
Viva l-Beatu Nazju Falzon!
Viva l-Beata Adeodata Pisani! Amen.



Saudações no final da Liturgia


Ilustre Presidente De Marco
Dilecto Arcebispo D. Mercieca
1563 Estimados Bispos D. Cauchi
e D. Depasquale
amado Povo de Malta e de Gozo

O Senhor vos recompense pela vossa amabilidade e o vosso amor!

Desejo agradecer-vos a vossa devota participação nesta Liturgia. Com preces e cânticos, compartilhámos o imenso júbilo da Igreja, declarando Beatos dois filhos destas Ilhas e uma Religiosa que passou a maior parte da sua vida aqui, em consagração exemplar.

Quando voltardes para casa, levai a bênção do Papa aos vossos parentes e vizinhos que não puderam estar aqui presentes.

Em particular, desejo recordar com afecto e solidariedade algumas categorias de pessoas que não estão fisicamente aqui presentes, mas que sem dúvida estiveram unidas a nós em espírito.

Lembro-me com carinho dos habitantes da Ilha de Gozo, que desta vez não pude visitar.
Envio uma especial saudação às Monjas pertencentes às seis Comunidades de Religiosas de clausura. Bem sei que elas rezam pelo Papa todos os dias. Amadas Religiosas, enquanto vos agradeço, peço-vos que continueis a ser as colunas espirituais da Igreja.

Recordo-me das pessoas idosas e sinto-me perto delas. Aos enfermos, digo: tende esperança e sede fortes! Podeis contribuir enormemente para a tarefa cristã da redenção, unindo as vossas dores aos sofrimentos do Senhor crucificado.

Agora, saúdo com particular afecto os detidos do Centro correccional "Corradino". Sei que eles, os seus parentes e amigos tinham o grande desejo de receber a visita do Papa, em memória de São Paulo, o Apóstolo prisioneiro, mas isto não foi possível. Abraço cada um de vós espiritualmente e invoco sobre vós as abundantes graças divinas. Deus vos abençoe a todos!

1564 Também neste dia, da Terra Santa recebemos tristes notícias de violência terrível, cometida até mesmo contra jovens inocentes. Todos nós devemos intensificar as nossas orações pela paz na Terra de Jesus.

Louvado seja Jesus Cristo!







Homilias JOÃO PAULO II 1556