Jeremias (CNB) 28

 Hananias, o falso profeta 

28 1 Naquele mesmo ano, no princípio do reinado de Sedecias em Judá, no quinto mês do quarto ano, Hananias filho de Azur, profeta oriundo de Gabaon, falou comi­go no templo do Senhor, diante dos sacerdotes­ e de todo o povo, dizendo o seguinte: 2 “Assim­ diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: Eu quebrei a canga do rei da Babilônia!­ 3 Em dois anos trarei de volta para cá os objetos do templo do Senhor que Nabucodonosor, o rei da Babilônia, aqui pegou e levou para a Babi­lônia. 4 Também trarei de volta para cá o rei de Judá, Jeconias filho de Joaquim, e todos os que foram exilados de Judá para a Ba­bi­lô­nia – oráculo do Senhor –, pois quebrei a can­ga do rei da Babilônia!” 5 Diante dos sacerdotes e do povo presente na Casa do Senhor, o profeta Jeremias respondeu a Ha­na­nias: 6 “Amém! Que assim faça mesmo o Se­nhor! Que o Senhor confirme o que disses­te,­ ao afirmar que os objetos do templo e to­dos­ os exilados serão trazidos de volta da Babilônia para cá! 7 Escuta, porém, o que te­nho a di­zer a ti e a todo o povo: 8 os profetas­ que vie­ram antes de mim e de ti sempre só anunciaram, a populosas nações e reis pode­ro­sos, a guerra, a miséria e a peste. 9 Mas quanto ao pro­feta que anuncia felicidade, só quando se realiza o que ele prometeu é que se pode saber­ se foi mesmo o Senhor que en­viou o tal profeta”.
10
Hananias pegou, então, a canga que esta­va no pescoço de Jeremias e quebrou. 11 Em seguida falou diante de todo o povo: “Assim diz o Senhor: É assim que, dentro de dois anos, contados os dias, o Senhor tirará do pes­coço de todas as nações a canga de Nabu­codonosor, o rei da Babilônia”. E o profeta Jeremias retirou-se. 12 Mas depois que o profeta Hananias quebrou a canga que estava?em seu pescoço, veio a Jeremias a palavra do?Se­nhor: 13 “Vai dizer a Hananias: Assim diz o Senhor: Quebrando as cangas de madeira, pu­seste no lugar cangas de ferro. 14 Pois assim­ diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel:­ Será um jugo de ferro que colocarei no pescoço de todas as nações, para que fiquem subjugadas como escravas a Nabucodonosor,­ o rei da Babilônia. E até os animais selvagens­ eu lhe entregarei”.
15
Em seguida Jeremias falou ao profeta Ha­nanias: “Escuta, Hananias! Não foi o Se­nhor quem te mandou! Tu fizeste esse povo acredi­tar numa mentira! 16 Por isso, assim diz o Se­nhor: Eu te expulso da face da terra, ainda este ano morrerás, pois anunciaste desobediência ao Senhor”. Hananias morreu naquele mesmo ano, no sétimo mês.

 Carta de Jeremias aos exilados 

29 1 Este é o texto da carta que o profeta Jeremias mandou de Jerusalém aos últimos exilados, entre eles anciãos, sacerdotes,­ profetas e gente do povo que Nabucodonosor levou de Jerusalém para o exílio na Babilônia,­ 2 depois de ter levado de Jerusalém o rei Je­co­nias com a rainha-mãe, o pessoal do palácio, os funcionários de Judá e de Jerusalém, os fer­reiros e serralheiros. 3 Mandou a carta através de Elasa filho de Safã e Gemarias filho de Helcias, que Sedecias, o rei de Judá, mandara à Babilônia em missão junto a Nabucodonosor. A carta dizia o seguinte:
4
“Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel, a toda a população que levei de Je­rusalém para o exílio na Babilônia: 5 Construí casas para vossa moradia, cultivai pomares para comerdes as frutas, 6 casai-vos, gerai filhos e filhas, cuidai de casar vossos filhos e filhas, e que eles também gerem filhos e filhas. Multiplicai-vos aí, não vos deixeis dimi­nuir! 7 Empenhai-vos pelo bem-estar da cidade para onde vos exilei, orai a Deus por ela, pois a felicidade desse lugar será vossa felicidade. 8 Assim diz ainda o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: Não vos deixeis enganar pelos profetas que há entre vós, nem pelos adivinhos, nem deis atenção às fantasias que eles sonham. 9 É mentira o que tentam anunciar em meu nome. Não enviei nenhum deles – oráculo do Senhor. 10 Pois assim diz o Senhor: Decorridos setenta anos da Babilônia, vou olhar por vós. Cumprirei, então, o que vos prometi: trazer-vos de volta para este lugar. 11 Sei muito bem do projeto que tenho em relação a vós – oráculo do Senhor! É um projeto de felicidade, não de sofrimento: dar-vos um futuro, uma esperança! 12 Quando me invocardes, ireis em frente, quando orardes a mim, eu vos ouvirei. 13 Quando me procurardes, vós me encontrareis, quando me se­guir­des de todo coração, 14 eu me deixarei encontrar por vós – oráculo do Senhor. Mudarei vos­so destino, vou reunir-vos de todos as terras e lugares por onde vos dispersei – oráculo do Senhor –, e trazer de volta para este lugar do qual vos exilei.
15
Dissestes bem: “O Senhor nos fez surgir profetas até mesmo na Babilônia”. 16 Pois assim diz o Senhor sobre o rei que ainda está?no trono de Davi e sobre o povo que ainda mora nesta cidade, irmãos vossos que não foram levados para o exílio, 17 assim diz o Senhor?dos exércitos: Estou mandando para eles a guerra,­ a fome e a peste. Faço com eles o que se faz com figos ruins, imprestáveis para o consumo.­ 18 Vou persegui-los com a guerra, a fome e a peste, farei deles coisa horripilante para todos­ os reinos da terra, maldição, terror, objeto de vaia e de humilhação entre as nações para onde os expulsei. 19 Isso, porque não atenderam à minha palavra – oráculo do Senhor –, pois nos momentos oportunos eu lhes mandei os meus servos, os profetas, mas eles não os ouviram – oráculo do Senhor. 20 Vós, porém, exilados, que mandei de Jerusalém para a Babilônia, dai atenção à palavra do Senhor!
21
Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel, a Acab filho de Colias e a Sedecias filho de Maasias, que vos profetizam mentiras­ em meu nome: Eu os entrego nas mãos de?Na­bucodonosor, o rei da Babilônia, e ele os ma­tará na vossa presença. 22 Sua sorte fará surgir uma fórmula de maldição entre os exilados de Judá na Babilônia, que dirão: “Deus te faça como a Sedecias e a Acab, que o rei da Babilônia assou ao fogo!” 23 Pois eles fizeram uma in­dignidade em Israel, praticaram adultério com as esposas dos amigos, além de anunciar­ mentiras em meu nome, quando eu não mandei ninguém. Eu mesmo sei e sou testemunha­ – oráculo do Senhor.
24
E a Semeías de Naalam dirás o seguinte: 25 Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: Mandaste cartas a toda a população que ficou em Jerusalém, ao sacerdote Sofo­nias filho de Maasias e a todos sacerdotes, dizendo: 26 “Foi o Senhor quem te nomeou su­cessor do sacerdote Joiada, para fiscalizar o templo do Senhor, mandar amarrar e prender todo indivíduo visionário e que se faz de profeta. 27 Então, por que ainda não puseste no castigo esse Jeremias de Anatot, que se faz de profeta para vós? 28 A propósito, ele até nos mandou uma carta, aqui para a Babilônia, afirmando: ‘Vai demorar! Construí casas para morar, pomares para comer frutas’”.
29
O sacerdote Sofonias leu a carta para o profeta Jeremias. 30 E a palavra do Senhor veio a Jeremias: 31 “Manda a todos os exilados­ este recado: Assim diz o Senhor sobre Se­meías­ de Naalam: Já que Semeías se fez de profeta para vós, sem que eu o tivesse mandado, e vos fez acreditar na mentira, 32 assim diz o Senhor: Vou olhar para Semeías de Naalam e sua família. Não sobrará ninguém deles morando com o nosso povo para apreciar a felicidade que preparo para o meu povo – oráculo do Senhor –, pois o que ele anunciou é rebeldia contra o Senhor”.


Oráculos da restauração

 Promessa 

30 1 Palavra do Senhor que veio a Jeremias: 2 “Assim fala o Senhor, o Deus de Israel: Escreve em rolo de papiro o que vou te dizer. 3 Dias virão, diz o Senhor, quando hei de mudar o destino de meu povo, Israel­ e Judá – oráculo do Senhor. Farei que voltem para a terra que dei aos seus antepassados, e dela sejam proprietários”. 4 Estas são as palavras que o Senhor falou sobre Israel e Judá:
5
“Assim diz o Senhor:
Grito de horror aos nossos ouvidos!
Terror, nada de paz!
6
Pesquisai para saber: Será possível
macho dar à luz?
Como, então, vejo esses varões de mãos na barriga,
qual mulher em trabalho de parto?
Por que ficaram todos de rosto tão pálido?
7
Ah! Que grande dia! Outro igual não existe!
É o tempo de aflição para Jacó,
que, porém, será salvo.
8
Naquele dia, diz o Senhor dos exércitos, que­brarei a canga que está em teu pescoço,?arre­bento também as correntes que te prendem, pa­ra que esses estrangeiros não mais te escra­vizem. 9 Israel será, sim, servo do Senhor, seu Deus, e também de Davi, rei que lhes darei.
10
Tu, porém, não tenhas medo,
servo meu Jacó – oráculo do Senhor.
Israel, não te apavores,
pois aqui estou eu para te salvar do país lá de longe,
para libertar a tua gente
da terra de seu exílio.
Jacó voltará para ficar descansado,
tranqüilo, sem ninguém a perturbar,
11
pois contigo eu estou para livrar-te do perigo.
– oráculo do Senhor.
Darei um fim a todas as nações por
onde te espalhei.
Mas a ti não darei fim, só dou-te uma lição;
não te deixo, porém, sem castigo algum.
12
Assim fala o Senhor:
É incurável a tua fratura,
muito grave, o teu ferimento.
13
Não há advogado para a tua causa.
Se há remédio para alguma ferida,
para ti não existe curativo.
14
Os teus amantes todos te esqueceram,
já não te procuram mais.
Eu te agredi como se fosses inimigo,
foi cruel o castigo que te dei,
por causa da multidão de tuas culpas,
pela dureza dos teus pecados.
15
Por que gritas pela pancada que sofreste?
Incurável é tua dor!
Foi por causa da multidão de tuas culpas,
pela dureza dos teus pecados,
que te fiz tudo isso.
16
Em compensação, quem te devora será devorado,
quem te é inimigo será levado prisioneiro,
quem te assalta será assaltado,
e quem te saqueia, eu o entregarei ao saque.
17
Vou, então, fazer-te um curativo,
pôr remédio nas tuas feridas,
– oráculo do Senhor –
pois chamaram-te ‘Enjeitada’,
‘uma tal de Sião, que ninguém mais procura’.
18
Assim diz o Senhor:
Agora mudo o destino das tendas de Jacó,
terei compaixão da sua morada;
uma cidade será edificada
em cima do montão de ruínas
e no lugar apropriado ficará o palácio.
19
De lá hão de brotar cânticos de ação de graças,
hinos de louvor é o que lá se ouvirá.
Vou multiplicá-los para não mais diminuírem,
vou glorificá-los para nunca mais serem humilhados.
20
Os seus filhos serão como antigamente,
comunidade de pé na minha presença;
terei castigado os seus opressores.
21
Então, o dirigente será um deles,
do seu meio sairá seu governante.
Farei que ele venha, que se achegue,
pois quem tem coragem de se aproximar de mim?
– oráculo do Senhor.
22
Sereis o meu povo, serei o vosso Deus!
23
Eis a tempestade do Senhor!
Irrompe o furor! Desaba o temporal!
E cai sobre a cabeça dos malvados.
24
A ira do Senhor não recuará,
enquanto não realizar, enquanto não executar
aquilo que sua mente planejou.
Nos últimos dias entendereis.

 Povo reconstruído 

31 1 Naquele tempo – oráculo do Senhor –,
eu serei o Deus de todas as tribos de Israel
e eles serão o meu povo.
2
Assim diz o Senhor:
“Um povo de sobreviventes da espada
encontra carinho no deserto.
É Israel a caminho do lugar do seu repouso!
3
lá de longe o Senhor lhe apareceu:
“Eu te amo com amor de eternidade;
por isso, guardo por ti tanta ternura!
4
Vou reconstruir-te,
serás restaurada, virgem Israel.
De novo pegarás o pandeiro
e sairás dançando alegremente.
5
De novo plantarás vinhedos
nos morros da Samaria;
e os mesmos que plantarem
eles mesmos colherão.
6
Dia virá quando os guardas vão gritar
nas montanhas de Efraim:
‘De pé! Vamos até Sião,
à procura do Senhor, nosso Deus!’
7
Assim diz o Senhor:
Aclamai a Jacó alegremente,
cantai hinos à primeira das nações!
Soltai a voz! Cantai! Dizei:
‘Senhor, salva teu povo,
o que restava de Israel!’
8
Pois vou trazê-los de volta do país do norte,
dos extremos da terra hei de reuni-los.
Entre eles, cego e aleijado,
mulher grávida e parturiente.
Em grande multidão voltam para cá.
9
Chegam chorando,
suplicantes eu os traslado.
Faço-os caminhar entre arroios de água,
por caminhos planos, onde não tropeçam;
eu sou pai para Israel,
Efraim é meu filho querido.
10
Ouvi, nações, a palavra do Senhor,
anunciai às terras distantes; dizei:
‘Aquele mesmo que dispersou Israel
vai reuni-lo novamente
e dele cuidará qual pastor do seu rebanho’.
11
Pois o Senhor libertou Jacó,
livrou-o do poder de outro mais forte.
12
Virão festejar nas alturas de Sião,
comemorar os benefícios do Senhor:
trigo, vinho, azeite
e crias das ovelhas e do gado.
Cheios de vida como horta irrigada,
ninguém mais vai desfalecer.
13
A jovem dançará alegremente,
e o jovem e o velho também acompanham!
“Seu luto mudarei em festa,
vou consolá-los, alegrarei sua tristeza.
14
Saciarei os sacerdotes com carnes gordas,
e o meu povo vai se fartar com meus
benefícios”
– oráculo do Senhor.

 “Raquel que chora seus filhos”

15 Assim diz o Senhor:
“Um clamor se ouve em Ramá,
de lamento, de choro, de amargura.
É Raquel que chora seus filhos
e recusa ser consolada,
porque eles já não existem!”
16
Assim diz o Senhor:
“Descansa tua voz do gemido,
poupa os olhos das lágrimas!
Pois há uma paga por teus trabalhos:
– oráculo do Senhor –
eles voltarão da terra inimiga!
17
Há esperança para tua descendência:
– oráculo do Senhor –
teus filhos voltarão para a terra que é deles.
18
Ouvi muito bem o que Efraim soluçava:
‘Tu me corrigiste e eu me corrigi,
como novilho ainda não amansado;
faze que eu me volte, para que eu possa voltar,
porque tu és o Senhor, o meu Deus.
19
Depois que me fizeste voltar,
eu me arrependi;
depois que me fizeste compreender,
bati no peito.
Fracassei, fiquei envergonhado;
tenho de agüentar
a falta de vergonha da minha juventude’.
20
Não será Efraim o meu filho querido?
Não será ele um filho tão estimado
que, quanto mais dele falo,
mais vontade tenho de lembrá-lo?
Por ele meu coração palpita,
tenho de me compadecer dele!”
– oráculo do Senhor.
21
Põe marcos de estrada,
finca estacas para te orientar,
presta atenção em tua estrada,
no caminho por onde passas.
Volta, virgem Israel!
Volta para as cidades que são tuas!
22
Até quando ficarás perdida, filha rebelde?
Sim, o Senhor criará algo novo na terra:
a mulher cortejando o homem.

 A nova Aliança 

23 Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: “Quando eu mudar o destino deles, na terra de Judá e nos seus povoados ainda se dirá: ‘Que o Senhor te abençoe, moradia da justiça, montanha sagrada!’ 24 Em Judá e nos seus povoados, os lavradores hão de morar juntos e levar os rebanhos a pastar. 25 Pois vou regalar o apetite dos cansados, encher o estômago dos que estão desfalecendo”.
26
Então acordei, vi que meu sonho era consolador.
27
“Um dia há de chegar – oráculo do Senhor –, quando da casa de Israel e da casa de Judá farei uma sementeira, semente de homens e semente de animais. 28 E assim como vigiei para arrancar e derrubar, para devastar, destruir e afligir, agora cuidarei de construir e plantar – oráculo do Senhor.
29
Naquele dia ninguém mais dirá:
“Os pais comeram uvas verdes,
e os dentes dos filhos ficaram embotados”.
30
Pelo contrário, cada qual morre por seu próprio pecado; fica com os dentes embotados quem comeu as uvas verdes.
31
Um dia chegará – oráculo do Senhor –, quando hei de fazer uma nova aliança com a casa de Israel e a casa de Judá. 32 Não será como a aliança que fiz com seus pais quando pela mão os peguei para tirá-los do Egito. Essa aliança eles quebraram, mas continuei senhor deles – oráculo do Senhor. 33 Esta é a aliança que farei com a casa de Israel a partir daquele dia – oráculo do Senhor, colocarei a minha lei no seu coração, vou gravá-la em seu coração; serei o Deus deles, e eles, o meu povo. 34 Ninguém mais precisará ensinar seu irmão, dizendo-lhe: ‘Procura conhecer o Senhor!’” Do menor ao maior, todos me conhecerão – oráculo do Senhor. Já terei perdoado suas culpas, de seu pecado nunca mais me lembrarei”.

 O amor do Senhor é para sempre 

35 Assim diz o Senhor,
que dá o sol para iluminar o dia,
a lua e as estrelas para luz da noite,
balança o mar e as ondas se agitam –
Senhor dos exércitos ele se chama!
36
Só se um dia essas leis desaparecerem
da minha presença – oráculo do Senhor –
é que desaparecerá a gente de Israel,
deixando de ser uma nação,
todo dia na minha presença”.
37
Assim diz o Senhor:
“Só se alguém puder medir
o tamanho do céu lá nas alturas,
ou examinar com cuidado
os alicerces da terra lá no fundo,
só então rejeitarei de uma vez
a gente de Israel, por tudo o que fez,
– oráculo do Senhor.
38
Um dia vai chegar, diz o Senhor, quando?a cidade será reconstruída pelo Senhor desde a Torre de Hananeel até a Porta do Ângulo. 39 A corda de medir seguirá direto até o morro de Ga­reb, depois voltará na direção de Goata. 40 Se­guirá por todo o vale dos cadáveres e das cinzas, até a torrente de Cedron e vai até a?tor­re da Porta dos Cavalos, a leste. Toda a área?é consagrada ao Senhor, jamais será destruída”.­

 Compra de um campo em Anatot 

32 1 Palavra do Senhor a Jeremias, no décimo ano de Sedecias como rei de Judá, que corresponde ao décimo oitavo ano de Nabucodonosor. 2 Então o exército do rei da Babilônia fazia o cerco da cidade de Jeru­salém, enquanto o profeta Jeremias estava pre­so no pátio da guarda do palácio real de Judá. 3 O rei de Judá, Sedecias, é quem o tinha preso, justificando: “Por que estás profetizando assim: ‘Assim diz o Senhor: Colocarei esta cidade nas mãos do rei da Babi­lô­nia e ele vai tomá-la, 4 e o rei Sedecias de Judá não escapará das mãos dos caldeus, mas cairá em poder do rei da Babilônia e terá de falar pessoalmente com ele, olhando um nos olhos do outro; 5 levará Sedecias para a Babi­lônia, e ele ficará aí até que eu volte a olhar por ele – oráculo do Senhor. Se lutardes con­tra os caldeus, nenhum sucesso tereis’”.
6
Disse, então, Jeremias: “Veio a mim a pala­vra do Senhor nestes termos: 7 Hanameel, filho do teu tio Selum, vem dizer-te o seguinte: ‘Compra o terreno que tenho em Anatot, que pelo direito de resgate tens preferência para comprá-lo’. 8 Conforme a palavra do Senhor, Hanameel, filho do meu tio, veio procurar-me no pátio da guarda e dizer-me: ‘Compra o meu terreno em Anatot, região de Benjamim, pois é teu o direito da herança, teu é o resgate. Compra!’ Entendi, então, que isso era a palavra do Senhor. 9 Comprei, pois, de Hanameel, filho do meu tio, o terreno que fica em Anatot. Paguei por ele dezessete siclos de prata. 10 Escrevi o documento, lacrei e pedi as testemunhas, depois pesei a prata numa balança. 11 Em seguida peguei o documento de compra lacrado em conformidade com as leis e regulamentos e o documento aberto. 12 Entreguei o documento de compra a Baruc, filho de Nee­rias, filho de Maasias, na presença do meu primo Hanameel, das testemunhas que lacraram o documento e de todos os judeus presentes no pátio da guarda. 13 Diante de todos eles, dei a Baruc a seguinte ordem: 14 Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: pega estes dois documentos, o documento de compra lacrado e o documento aberto, e coloca-os dentro de um vaso de cerâmica, para que durem por muito tempo. 15 Pois assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: Neste país ainda se hão de comprar casas, ter­renos e vinhedos.
16
Em seguida, após entregar o documento da compra a Baruc, filho de Neerias, assim orei ao Senhor: 17 Ah! Senhor Deus! Tu que fi­zeste o céu e a terra com grande poder e?com a força do teu braço, para ti nada é impossível.­ 18 Praticas a misericórdia para com milhares, mas também cobras os pecados dos pais nas costas dos filhos depois deles, Deus grande e valente – Senhor dos exércitos é teu nome! 19 Grandioso para planejar, poderoso para executar, tens os olhos fixos nos caminhos da humanidade, para dar a cada um o que merece pelos rumos que seguiu e pelos frutos que produziu. 20 Tu impuseste sinais e prodígios até hoje na terra do Egito, tanto quanto em Israel e na humanidade. Aí ganhaste a fama que hoje tens. 21 Fizeste sair Israel, teu povo, da terra do Egito, com sinais e prodígios, com mão forte e braço firme, provocando grande pânico. 22 E entregaste a eles esta terra, que tinhas prometido a seus antepassados, terra onde correm leite e mel. 23 Aqui chegaram e tomaram posse da terra, mas não obedeceram à tua palavra, não andaram de acordo com a tua lei, não fizeram coisa alguma do que lhes tinhas mandado. Foi então que chamaste contra eles toda essa desgraça. 24 As trincheiras do inimigo já chegam à cidade para tomá-la. A cidade foi entregue às mãos dos caldeus, que lhe fazem guerra com a espada, com a fome e com a peste. O que disseste acontece, e tu o vês. 25 E, no entanto, foste tu que me disseste, Senhor Deus: Compra o terreno com dinheiro e chama testemunhas – no momento em que a cidade é entregue aos caldeus!”
26
E veio a Jeremias a palavra do Senhor: 27“Eu, o Senhor, sou o Deus de toda criatura. Existe alguma coisa difícil para mim? 28 É por isso que assim diz o Senhor: Vou entregar esta cidade nas mãos dos caldeus, nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia, e ele vai tomá-la. 29 Os caldeus, que lhe fazem guerra, entrarão na cidade e lhe atearão fogo. Assim queimarão aquelas casas em cujos terraços se queimou incenso a Baal e se derramou vi­nho em honra de deuses estranhos, só para me irritar. 30 Pois desde a sua juventude, tanto os filhos de Israel, quanto os filhos de Judá, só praticaram o que é mau a meus olhos, pois os filhos de Israel só me irritaram com o que é obra de suas mãos – oráculo do Senhor. 31 Esta cidade sempre foi para mim motivo de ira e indignação, desde o dia em que a construíram até hoje, quando será arrancada da minha presença 32 por tudo de mal que, para me irritar, praticaram os filhos de Israel e os filhos de Judá, todos: reis e autoridades, sacerdotes e profetas, senhores de Judá e cidadãos de Jerusalém. 33 Davam-me as costas, não me olhavam de frente. Quando continuamente os ensinava, ninguém queria ouvir, nem aprender a lição. 34 E ainda puseram seus ídolos­ abomináveis no templo consagrado ao meu nome, tornando-o coisa impura. 35 E também construíram lugar alto a Baal no vale de Ben-Enom, para ali queimar seus filhos e filhas em honra de Moloc. Coisa tão horrível a indu­zir Judá ao pecado jamais mandei, nunca me passou pelo pensamento.
36
E agora, é por isso que assim diz o Senhor,­ o Deus de Israel, a esta cidade da qual dizeis que será entregue nas mãos do rei da Babilônia, pela espada, pela fome e pela peste: 37 “Vou ajuntá-los de todas as terras para onde’, em minha ira e indignação, os expulsei, no momento do grande furor, e vou trazê-los de volta para este lugar, onde lhes darei morar em segurança. 38 E eles, então, serão o meu po­vo, e eu serei o seu Deus. 39 Darei a eles um só pensamento e uma só conduta, que tenham o meu temor todos os dias, para felicidade sua e dos filhos que lhes vierem depois. 40 Farei­ com eles uma aliança duradoura: nunca deixa­rei de abençoá-los e dentro deles colocarei o meu temor, para que de mim jamais se afastem. 41 Minha alegria será fazê-los felizes, plan­tá-los de maneira estável nesta terra, de todo o meu coração, com toda a minha alma. 42 Pois assim diz o Senhor: Da mesma forma co­mo eu fiz cair sobre este povo aquelas grandes desgraças, assim também farei vir a eles toda a felicidade que prometi. 43 Terrenos ainda serão comprados nesta terra que dizeis estar abandonado, sem gente e sem animais, entregue nas mãos dos caldeus. 44 Na região de Ben­jamim, nos arredores de Jerusalém, nos povoados de Judá, nas cidades da serra, da baixada e do Negueb, terrenos serão vendidos a peso de dinheiro, registrados em documentos com marca no lacre e testemunhas, pois mudarei a sorte deles” – oráculo do Senhor.

 Restauração messiânica 

33 1 Quando ainda estava detido no pátio da guarda, pela segunda vez veio a palavra do Senhor a Jeremias, nestes termos: 2 Assim diz o Senhor que faz, o Senhor que modela, o Senhor que põe de pé – seu nome é o Senhor! 3 Clama por mim, que eu te ouvirei e te mostrarei coisas grandiosas e sublimes,­ que tu não conheces. 4-5 A respeito das casas desta cidade e dos palácios dos reis de Judá, demolidos em função das trincheiras e das armas que vêm combater os caldeus e enchem o lugar com os cadáveres dos que eu atinjo na minha ira e indignação – já que desviei o rosto desta cidade por causa de sua maldade –, assim diz o Senhor, o Deus de Israel: 6 Eu lhes trago melhora e cura, vou curá-los e vou mostrar-lhes plenitude de durável bem-estar. 7 Mudarei a sorte de Israel e de Judá, vou reconstruí-los como antigamente. 8 Vou purificá-los dos pecados que contra mim cometeram, perdoar as perversidades que contra mim praticaram e o fato de me terem desprezado. 9 Serão para mim motivo de fama, de alegria, de louvor e festa por entre todas as nações da terra que ouvirem falar de tudo de bom que lhes faço. Elas hão de estremecer e comover-se diante de todo o bem e felicidade que darei a Israel e Judá.
10
Assim diz o Senhor: Neste lugar que dizeis­ abandonado, sem gente e sem animais, nos po­voados de Judá e nas ruas de Jerusalém,?va­zias, sem gente, sem moradores, sem animais, 11 aí novamente se ouvirá o som da música, o rumor da alegria, o sussurro dos namorados, e também a voz dos que levam o sacrifício de louvor ao templo do Senhor cantando:
“Louvai o Senhor dos exércitos, porque o Senhor é bom, eterno é seu amor”.
Sim! Mudarei a sorte deste país, assim como era antes, diz o Senhor.
12
Assim diz o Senhor dos exércitos: Neste lugar abandonado, sem gente e sem animais, e nos povoados que lhe pertencem, ainda haverá estábulos aonde pastores levarão o rebanho a repousar. 13 Nas cidades da serra, nas cidades da baixada ou do Negueb, na re­gião de Benjamim ou nos arredores de Jerusalém, como nos povoados de Judá, ovelhas ainda estarão desfilando ao alcance da mão de quem as conta – diz o Senhor.
14
Dias virão – oráculo do Senhor –, quando cumprirei as promessas que fiz à casa de Israel e à casa de Judá. 15 Naqueles dias, naquele tempo, farei brotar de Davi um rebento dado à justiça, que vai implantar a justiça e o direito no país. 16 Nesse dia Judá estará salvo, Jerusalém vai se deitar confiante e o nome que lhe darão será Senhor-Nossa-Justiça. 17 Pois assim diz o Senhor: nunca mais faltará alguém­ de Davi para sentar-se no trono da casa de Israel. 18 Também não faltarão sacerdotes-levitas para estarem na minha presença e ofere­cer os holocaustos, queimar as oferendas e sacrificarem as vítimas todos os dias”.
19
E veio a Jeremias a palavra do Senhor: 20 “Assim diz o Senhor: Só se alguém conseguir desfazer o acordo que estabeleci entre o dia e a noite, de modo que já não haja dia ou noite no tempo certo, 21 só assim ficaria desfeita minha aliança com o meu servo Davi, de modo a não haver mais um filho seu como rei em seu lugar, só então ficaria desfeita minha aliança com os levitas, os sacerdotes que me servem. 22 Multiplicarei a descendência de meu servo Davi e dos levitas, meus ministros, como as estrelas do céu, que não se podem contar, como a areia da praia do mar, que ninguém pode calcular.
23
E veio a Jeremias a palavra do Senhor: 24 “Não vês o que diz essa gente? ‘O Senhor repudiou as duas tribos que tinha escolhido’.­ Assim, estão desprezando o meu povo, não?o consideram mais como nação. 25 Assim diz o Senhor: Só se não fui eu quem estabele­ceu?o acordo entre o dia e a noite, quem de­terminou a ordem do céu e da terra, 26 só então eu desprezaria as descendências de Jacó e de Davi, só assim deixaria de tirar da família­ de Davi os governantes para a des­cendência?de Abraão, Isaac e Jacó. Mudarei sua sorte, terei piedade deles”.
A cidade e o profeta

 Assalto à cidade 

34 1 Palavra que veio a Jeremias da parte do Senhor, quando o rei da Babilônia Nabucodonosor guerreava contra Jerusalém e os povoados que dela dependem, com o seu exército e os dos reinos da terra que tinham­ caído sob seu domínio: 2 “Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Vai dizer ao rei de Judá,?Se­decias: Assim diz o Senhor: Estou para entre­gar esta cidade nas mãos do rei da Babilô­nia, e ele vai incendiá-la. 3 E tu não escaparás da sua mão, serás preso mesmo e entregue a ele. Terás de olhar nos olhos do rei da Babilônia e falar pessoalmente com ele. Depois serás levado para a Babilônia. 4 Só presta atenção nesta palavra do Senhor, Sedecias, rei de Judá: Tu não morrerás pela espada! 5 Morrerás em paz! E, como queimaram perfumes para teus antepassados, os antigos reis de Judá, teus antecessores, para ti também hão de queimar, como hão de cantar a lamentação ‘Ai! Majestade!’. Dou a minha palavra” – oráculo do Senhor. 6 Tudo isso falou o profeta Jeremias a Sedecias, rei de Judá, em Jerusalém, 7 enquanto o exército do rei da Babilônia atacava Jerusalém e as cidades de Judá que restavam, isto é, Laquis e Azeca, as últimas cidades fortificadas de Judá.
8
Palavra que veio a Jeremias da parte do Senhor depois que o rei Sedecias firmara aliança com toda a população que estava em Je­rusalém, proclamando a libertação dos escravos. 9 Deveriam todos dar liberdade a seu escravo ou escrava hebreu ou hebréia, de forma a ninguém mais escravizar um judeu, seu irmão. 10 As autoridades e todo o povo que par­ticipara da aliança obedeceram, dando liberdade a seus escravos e escravas, deixando de escravizar uns aos outros. Obedeceram e liber­taram. 11 Depois, porém, voltaram atrás, tomaram de volta os escravos e escravas que tinham­ libertado, sujeitando-os de novo à condição de escravos e escravas. 12 Veio, então,­ a palavra­ do Senhor a Jeremias: 13 “Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Fui eu quem fez com vossos­ pais, quando os tirei do Egito, moradia da es­cravidão, a aliança que dizia: 14 Ao se comple­tarem sete anos, cada um deve dar liberdade a seu irmão hebreu que se tenha vendido a?ele como escravo. Ele poderá ser teu escravo por seis anos, depois deverás despedi-lo homem livre. Vossos pais, porém, não me obedeceram,­ nem deram atenção. 15 Um dia vós mesmos voltastes atrás e passastes a fazer o que é cor­reto a meus olhos: cada qual proclamar a liber­dade do companheiro. E ainda fizestes uma aliança na minha presença, no templo consagrado ao meu nome. 16 Mas, depois, voltastes atrás novamente, profanastes o meu nome, tra­zendo de volta o escravo ou escrava que havíeis despedido livres e donos de si, subjugando-os de novo, para vos servirem como escravos e escravas.
17
Pois bem! Assim diz o Senhor: Vós não me atendestes, proclamando cada um a liber­dade do irmão, do companheiro; pois agora sou eu que vos proclamarei uma liberdade, – oráculo do Senhor–: liberdade para a espada, para a peste e para a fome. O que farei de vós será um espanto para os reinos do mundo. 18 A certos indivíduos que desrespeitaram a mi­nha aliança, não mantiveram os compromissos da aliança que na minha presença ratificaram, vou tratar como ao bezerro que cortaram ao meio para passarem entre as duas partes. 19 São eles as autoridades de Judá e de Jerusalém, os funcionários do pa­lácio, os sacerdotes e o povo da terra, que pas­saram por entre as metades do bezerro. 20 Entrego-os nas mãos dos inimigos, dos que lhes querem tirar a vida. Seus cadáveres ser­virão de comida pa­ra as aves do céu e os animais da terra. 21 Quanto a Sedecias, o rei de Judá, e seus altos funcionários, entrego-os também nas mãos dos inimigos, aqueles que lhes querem tirar a vida, o exército do rei da Babilônia, que se retirou; 22 mas darei ordem – oráculo do Senhor – para que voltem a esta cidade a fim de atacá-la, tomá-la e, depois, atear-lhe fogo. Também aos povoa­dos de Judá transformarei num deserto,­ sem nenhum habitante”.

 A fidelidade dos recabitas 

35 1 Palavra que veio a Jeremias da parte do Senhor no tempo de Joaquim filho de Josias, rei de Judá: 2 “Vai aonde moram­ os recabitas, conversa com eles e trazê-os?até uma sala da Casa do Senhor para fazê-los to­mar vinho”. 3 Eu trouxe, então, Jezonias fi­lho de Jeremias filho de Habsanias, com seus irmãos e filhos, toda a família dos recabitas. 4 Levei-os até a sala dos filhos de Joanã, filho­ do homem de Deus Jegdalias, ao lado da sala das autoridades e em cima da sala de Maasias filho de Selum, chefe da entrada.
5
Diante dos recabitas coloquei jarras de vi­nho e cálices e disse: “Bebei o vinho!” 6 Eles responderam: “Nós não tomamos vinho! Nosso pai Jonadab filho de Recab deu-nos esta ordem: ‘Nunca bebais vinho, nem vós, nem vossos filhos, para sempre! 7 Não deveis construir casas, nem plantar cereais ou formar­ lavouras de uvas. Nada disso deveis possuir, deveis morar a vida inteira em tendas, para terdes vida longa nessa terra por onde passais como migrantes. 8 E nós obedecemos sempre ao que nos disse nosso pai Jonadab filho de Recab. Obedecemos a tudo o que ele nos mandou. A vida inteira não bebemos vinho, nós, nem nossas esposas, nem nossos filhos ou filhas. 9 Não construímos casas para morar nem possuímos vinhedos, plantações ou sementeiras. 10 Moramos em tendas, obedecemos e fazemos tudo conforme nos mandou nosso pai Jonadab. 11 Só quando o rei da Babilônia, Nabucodonosor, invadiu o país, dissemos: Vamos entrar em Jerusalém para escapar do exército dos caldeus e da Síria. Foi assim que viemos morar em Jerusalém.
12
A palavra do Senhor veio a Jeremias nestes termos: 13 “Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: Vai dizer aos senhores de Judá e aos cidadãos de Jerusalém: Quem sabe agora aprendereis a lição e dareis ouvido às minhas palavras – oráculo do Senhor. 14 As palavras de Jonadab, filho de Recab, a or­dem que deu a seus filhos, proibindo beber vinho, permanece de pé, pois até hoje eles nunca mais beberam vinho, obedientes à ordem do seu pai. Eu, porém, vos falei e tornei a falar e vós não me obedecestes. 15 Mandei-vos os profetas, meus servos, e tornei a mandar, sempre com esta mensagem: Que cada qual volte atrás do seu mau caminho e comece­ a praticar o bem! Deixai de seguir os deuses estrangeiros e de prestar-lhes culto. Assim ficareis morando na terra que vos dei a vós e aos vossos pais. Vós, porém, não me es­cu­tas­tes, nem me obedecestes! 16 Os filhos de Jo­nadab, filho de Recab observaram com firme­za a ordem que seu pai lhes dera, este povo, po­rém, nunca me obedeceu. 17 Por isso assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: Estou para fazer chegar para Judá e para os mo­radores de Jerusalém toda aquela desgraça­ com que os ameacei, pois falei com eles e nem sequer ouviram. Gritei por eles e não me responderam! 18 Quanto à família dos reca­bi­tas, disse Jeremias: “Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: Já que obedecestes às ordens de Jonadab, vosso pai, guardastes tudo o que ele mandou e tudo fizestes de acordo com as ordens dele, 19 assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: Jamais fal­tará um descendente de Jonadab filho de Recab para estar a meu serviço, para sempre”.­


Jeremias (CNB) 28