Jeremias (CNB) 45

 Mensagem a Baruc 

45 1 Palavra do profeta Jeremias a respeito de Baruc, filho de Nerias, quando ele escreveu num rolo as palavras ditadas por Jeremias no quarto ano de Joaquim filho de Josias como rei de Judá: 2 “Assim diz o Senhor a teu respeito, Baruc: 3 Disseste: ‘Ai de mim! O Senhor só acrescenta dores a meu sofrimento! Estou farto de gemer e não acho descanso!’ 4 Isto lhe dirás: Assim diz o Senhor: Estou destruindo o que eu mesmo construí, arrancando o que eu mesmo plantei: este país inteiro. 5 E tu, procuras para ti coisas grandiosas? Não procures! Pois trago uma desgraça para todo ser humano – oráculo do Senhor. A ti, porém, como troféu, eu te garanto a sobrevivência em qualquer lugar para onde vás”.
Oráculos contra as nações

 Contra o Egito 

46 1 Palavra do Senhor que veio a Jeremias a respeito das nações.
2
Ao Egito.
Contra o exército do faraó Necao, rei do Egito, que estava em Carquemis, à margem do rio Eufrates, onde foi derrotado pelo rei da Babilônia Nabucodonosor, no ano quatro do rei de Judá Joaquim, filho de Josias.
3
“Preparai escudo e proteção!
Parti para a guerra!
4
Arreai os animais!
Montai a cavalo!
De prontidão com os capacetes!
Lanças afiadas!
Vesti a armadura!
5
Como foi que eu vi,
todos apavorados,
correndo para trás?
Valentes derrotados,
fugindo para casa,
sem coragem de enfrentar!
Campeia o pavor!
– oráculo do Senhor.
6
Que não escape o ligeiro,
não fuja o valentão!
Foi lá no norte, à beira do Eufrates,
que tropeçaram e caíram!
7
Quem é esse que subia,
feito o Nilo na enchente,
água entrando por todos os canais?
8
Era o Egito que subia feito o Nilo,
água entrando por todos os canais.
Eu pensava: ‘Vou subir, cobrirei a terra inteira,
a cidade arrasarei com todos os moradores’.
9
Vamos, cavalos!
Depressa com os carros!
Que partam os guerreiros!
Etíopes e líbios, armados de escudo,
e lídios que retesam os seus arcos!
10
Hoje é o dia do Senhor dos exércitos!
Dia de desforra, de se vingar dos opressores!
A espada come a matar a fome,
de sangue embriagada!
É oferenda ao Senhor dos exércitos
na terra do norte, à beira do Eufrates.
11
Vai a Galaad buscar um bálsamo,
virgem filha do Egito!
Que adianta multiplicar remédios,
para ti não há cura!
12
Souberam as nações
da tua humilhação.
Teus gritos encheram o mundo!
Um guerreiro com outro se chocou
e os dois juntos caíram”.

 Invasão do Egito por Nabucodonosor 

13 Palavra que o Senhor disse ao profeta Jeremias sobre a vinda do rei da Babilônia Nabucodonosor para atacar a terra do Egito.
14
“Anunciai no Egito,
levai notícia a Magdol,
contai tudo em Nof e Táfnis!
Dizei: ‘Prepara-te! Fica de pé!
A espada come ao teu redor!’
15
Por que teu valente foi derrubado,
não conseguiu ficar de pé?
Foi o Senhor que o derrubou!
16
Multiplicam-se choques e quedas,
caem uns sobre os outros.
Gritam: ‘Vamos!
Voltar para o nosso povo!
Voltar para a nossa terra!
Fugir da espada mortal!’
17
Dai ao faraó, rei do Egito
o nome de Barulho-Ocasião-Perdida!
18
Juro por mim mesmo, diz aquele Rei
que se chama Senhor dos exércitos:
Tão certo como está o Tabor entre as serras
e o Carmelo à beira do mar,
ele há de chegar!
19
Faze as malas para o exílio,
cidadã filha do Egito!
Pois Mênfis ficará arrasada,
vazia, sem qualquer morador.
20
Novilha vistosa era o Egito;
do norte veio-lhe um marimbondo a ferroar.
21
Até os mercenários que com eles lutavam
eram como novilhos de estábulo.
Mas voltaram atrás
e juntos fugiram
sem qualquer reação.
Chegou para eles o dia da derrota,
a hora do acerto de contas.
22
Escuta! Ele vem como serpente!
Avançam em bloco.
Vão entrando
de machado em punho,
como se fossem lenhadores.
23
Cortam-lhe a floresta, – oráculo do Senhor –
onde ninguém penetrava,
mais numerosos que gafanhotos,
nem dá para contar.
24
É esta a humilhação da filha do Egito,
entregue ao poder do povo do norte”.
25
Disse o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: “Venho cuidar do deus Amon de Tebas, do faraó, do Egito e seus deuses, do faraó e de todos os que nele confiam. 26 Entrego-os nas mãos dos que lhes querem tirar a vida, o rei Nabucodonosor da Babilônia e seus ministros. Mais tarde será repovoado, como nos tempos antigos – oráculo do Senhor.
27
Tu, porém, não tenhas medo,
tu que és meu servo, Jacó,
Israel, não te apavores,
estou te libertando
da terra lá de longe,
tirando a tua gente
da terra do seu exílio.
Jacó voltará e terá tranqüilidade,
em segurança estará,
sem ninguém a perturbar.
28
Tu, não tenhas medo,
tu que és o meu servo, Jacó,
– oráculo do Senhor –,
pois contigo eu estou:
acabo com todas as nações
para onde te expulsei.
Contigo, porém, não acabo,
apenas castigo com toda justiça.
Sem punição não te posso deixar”.

 Contra os filisteus

47 1 Palavra do Senhor sobre os filisteus dirigida ao profeta Jeremias antes que o faraó atacasse a cidade de Gaza:
2
Assim diz o Senhor:
“Água vem subindo lá do norte
como enchente no ribeirão,
cobre a terra e o que lhe está em cima,
a cidade e seus cidadãos.
Todos começam a gritar,
põe-se a gemer a população do país,
3
por causa do tropel dos cavalos
dos guerreiros mais valentes do inimigo,
por causa da zoeira dos carros,
do barulho que produzem suas rodas.
Os pais já não encaram seus filhos,
pois desistiram de lutar,
4
por causa do dia que chegou
para destruir os filisteus,
para acabar em Tiro e em Sidônia
com qualquer foco de resistência,
pois o Senhor está devastando os filisteus,
os remanescentes da ilha de Caftor.
5
Chegou a hora de Gaza rapar a cabeça!
Ascalon calou!
E vós, remanescentes dos enaquitas,
até quando vos ferireis?
6
Ah! Espada do Senhor,
até quando ficarás sem descanso?
Recolhe-te à bainha,
pára e fica quieta!
7
Ter descanso! como?
– se foi o Senhor que lhe deu essa ordem,
se contra Ascalon e contra o litoral deu-lhe esse destino?”

 Contra Moab 

48 1 Para Moab.
Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel:
“Pobre do monte Nebo, que foi arrasado!
Cariataim, vergonhosamente destruída!
A fortaleza vergonhosamente tremeu!
2
Acabou o esplendor de Moab!
Em Hesebon tramaram um plano:
‘Vamos! tratemos de eliminá-la
do meio das nações!’
Tu também, Madmena,
terás que te calar,
a espada te perseguirá.
3
De Horonaim sobe um grito:
‘Devastação e grande derrota!’
4
Moab foi esmagada,
o grito se fez ouvir até Segor.
5
Chorando, sobe-se a ladeira de Luit,
na descida de Horonaim
ouvem-se os gritos da morte.
6
‘Fugi! Salve-se quem puder!
Fazei como o asno selvagem no deserto!”
7
Como puseste toda a confiança
na tua produção e na riqueza,
também hás de ser presa.
Para o exílio sairá Camos,
com ele os sacerdotes e os dirigentes.
8
Para cada cidade
haverá quem a destrua,
nenhuma delas conseguirá escapar.
O vale será devastado
e arrasado o planalto,
que assim disse o Senhor.
9
Dai asas a Moab,
para que tente voar.
Suas cidades serão feitas ruínas,
desertas, sem nenhum morador.
10
Maldito o que cumpre com preguiça
a missão que lhe deu o Senhor!
Maldito o que poupa sua espada do sangue!
11
Desde a infância Moab viveu tranqüila;
descansava feito o vinho em sua borra,
sem nunca ser passada de vasilha para outra.
Para o exílio nunca foi levada.
Por isso conservava seu sabor e não perdia aroma.
12
É por isso que o dia está chegando
– oráculo do Senhor –,
quando farei mudar Moab de vasilha.
Esvaziarão as antigas vasilhas
e quebrarão as suas bilhas.
13
Maob, então, se envergonhará do \deus Camos como a casa de Israel se envergonhou de Betel, em quem confiava.
14
Como podeis dizer: ‘Somos valentes,
homens de luta, prontos para a guerra!’?
15
Moab foi devastada,
suas cidades invadidas,
a nata da sua juventude
já baixou para a matança
– é o que diz Aquele rei
cujo nome é Senhor dos exércitos.
16
Está perto de chegar a destruição para Moab,
está com muita pressa o seu sofrimento.
17
Chorai por ela, todos os vizinhos;
todos que a conhecem pelo nome
dizei: ‘Como pôde se quebrar
galho tão forte, ramo tão bonito?’
18
Desce da tua glória
e senta-te no chão duro,
cidadã, filha de Dibon,
pois a ti chegou o destruidor de Moab,
que reduz a nada tuas fortalezas.
19
Fica vigiando no caminho,
cidadão de Aroer.
A quem fugiu ou escapou,
pergunta o que aconteceu.
20
Moab está humilhada, foi derrotada.
Chorai e gritai.
Anunciai pelo rio Arnon
que Moab foi destruída!
21
Chegou a condenação da planície: de He­lon, Jasa, Mefaat, 22 Dibon, Nebo, Bet-Deblataim, 23 Cariataim, Bet-Gamul, Maon, 24 Ca­riot, Bos­ra, enfim, contra todas as cidades da terrade Moab, tanto as vizinhas, quanto as mais distantes.
25
Cortaram o poder de Moab,
quebraram-lhe os braços,
– oráculo do Senhor.
26
Já que ela quis ser maior do que o Senhor, fazei Moab embriagar-se até cair no próprio vômito, tornando-se motivo de riso. 27 Pois Israel também não foi motivo de riso para ti? Foi pego como ladrão? Pois sempre que dele falavas, balançavas a cabeça.
28
Cidadãos de Moab,
abandonai as cidades, pousai nas cavernas
assim como a pomba, que põe o seu
ninho lá no alto,
à beira do abismo.
29
Ouvimos falar do orgulho de Moab,
de suas idéias de grandeza:
é orgulhosa demais,
é convencida, vaidosa, soberba.
30
Conheço muito bem sua conversa – oráculo do Senhor –, nada vale o que diz, nada vale o que faz. 31 É por isso que lamento Moab, grito de dor por Moab inteira, gemo pelos cidadãos de Quir-Hares.
32
Por mais que eu tenha chorado Jázer,
muito mais chorarei por ti,
vinhedo de Sabama.
Teus ramos atravessaram o mar
e até Jázer chegaram.
Sobre a tua colheita e vindima
precipitou-se o invasor!
33
Animação e alegria sumiram dos pomares,
da terra de Moab,
acabei com o vinho no lagar,
não há mais ninguém pisoando uvas,
ninguém mais naquela algazarra.
34
O grito de socorro de Hesebon e Elale se faz ouvir, até Jasa chega a sua voz, de Segor?até Horonaim e Eglat-Selisia, pois até o cór­rego Nemrim ficará seco. 35 Arrancarei de Moab – oráculo do Senhor – os que sacrificam nos lu­gares altos, queimando oferendas a seus deu­ses. 36 Por isso, meu coração chora por Moab como flauta, como flauta chora pelo?ci­dadão de Quir-Hares, pois inimigos destruíram tudo o que eles tinham realizado. 37 Chegou para todos a cabeça rapada, como raspadas estão todas as barbas, cortes em todos os braços e, nas cinturas, a dor do cilício. 38 Nos ter­raços e nas praças de Moab estão todos de luto, pois quebrei Moab qual vasilha im­pres­tável – oráculo do Senhor. 39 Como foi arrasada Moab! Gritai! Como escondeu o rosto de vergonha! Como se tornou Moab ocasião de riso e de espanto para todos os vizinhos!
40
Pois assim diz o Senhor:
Vem \o inimigo voando como águia,
por cima de Moab estende as asas.
41
Toma as cidades,
captura as fortalezas,
e naquele dia o ânimo dos valentes de Moab
será como o da mulher parturiente.
42
Moab deixará de ser um povo,
pois quis ser maior que o Senhor.
43
Terror, buraco e laço
é o que te espera, cidadão de Moab,
– oráculo do Senhor.
44
Quem fugir do terror, cairá no buraco;
se escapar do buraco, será preso pelo laço!
Pois agora eu fiz cair sobre Moab
a hora do seu castigo,
– oráculo do Senhor.
45
Perto de Hesebon já sem forças,
pararam os fugitivos,
pois um fogo subia de Hesebon,
labaredas saíam do palácio de Seon:
queimavam a fronte de Moab,
o alto da cabeça dessa gente revoltosa.
46
Ai de ti Moab!
Acabou o povo do \deus Camos!
Teus filhos foram presos para o cativeiro,
tuas filhas, para a escravidão.
47
Mas vou mudar a sorte de Moab,
lá nos últimos dias” – oráculo do Senhor.
Até aqui a sentença contra Moab.

 Contra Amon 

49 1 Para a gente de Amon.
Assim diz o Senhor:
“Será que Israel não tem filhos?
Será que não tem herdeiros?
Por que, então, o deus Melcom
se apossou das terras de Gad
e seu povo passou a morar nas cidades dele?
2
Por isso é que o dia vai chegar,
– oráculo do Senhor –,
quando farei ouvir os gritos de guerra,
em Rabá, capital de Amon.
A cidade vai virar um montão de ruínas,
suas aldeias serão destruídas pelo fogo.
Israel, então, herdará
de quem se apropriou daquilo que lhe
pertencia’
– oráculo do Senhor.
3
Geme, Hesebon, pois foste devastada,
para virar um montão de pedras!
Gritai de dor distritos de Rabá,
vesti-vos de luto, batei no peito,
percorrendo as muralhas,
pois o \deus Melcom vai para o exílio,
com ele os sacerdotes e os dirigentes.
4
Como te orgulhavas do teu vale,
mulher insolente!
Confiante em tuas riquezas, pensavas:
‘Quem há de chegar até aqui?’.
5
Pois vou levar-te o terror,
diz o Senhor, o Deus dos exércitos,
terror que virá
por todos os lados
e que a todos fará fugir,
cada qual para um lado,
sem que ninguém seja capaz
de os fugitivos reagrupar.
6
Depois, porém, mudarei a sorte dos amonitas”,
– oráculo do Senhor.

 Contra Edom 

7 Para Edom.
Assim diz o Senhor dos exércitos:
“Já não há sabedoria em Temã?
Desapareceu o conselho
dos homens prudentes?
Apodreceu a sabedoria deles?
8
Fugi, dai as costas,
afundai no esconderijo,
moradores de Dedã,
pois é a ruína de Esaú que estou trazendo,
a hora do acerto de contas.
9
  Se aí chegarem apanhadores,
nada deixarão como cata.
Se chegarem ladrões noturnos,
carregam à vontade.
10
Pois eu arranquei o pêlo de Esaú,
pus à mostra os esconderijos,
e ele não pode mais se ocultar.
Sua gente acabou,
parentes e vizinhos
já não existem mais.
11
Pode deixar teus órfãos, eu cuido da vida deles.
Tuas viúvas podem confiar em mim.
12
Pois assim diz o Senhor: Se aqueles que não mereciam beber deste cálice acabaram bebendo, ficarás tu sem castigo? Não ficarás! Terás de beber! 13 Juro por mim mesmo – oráculo do Senhor –, que Bosra será uma desgraça, vergonha, devastação, maldição, e as outras cidades serão todas ruínas eternas”.
14
Eu bem ouvi esta notícia vinda do Senhor,
anúncio mandado às nações:
“Reuni-vos e atacai Edom,
de pé, prontos para a guerra”.
15
“Pois olha que eu faço de ti a menor das nações,
o que há de mais desprezível entre os seres humanos.
16
Enganou-te a tua arrogância,
a soberba que te sobe à cabeça.
Tu te escondes nas cavernas rochosas,
tu te agarras aos picos das montanhas.
Mesmo que, qual uma águia,
ponhas teu ninho lá nas alturas,
de onde for, eu te faço descer,
– oráculo do Senhor.
17
Edom será uma desgraça, os que por lá pas­sarem assobiarão de espanto por tanto feri­mento. 18 Como na catástrofe de Sodoma, Go­morra e cidades vizinhas, – oráculo do Senhor­ – lá ninguém mais vai morar, criatura alguma hospedar-se. 19 Como o leão que sai do mato fe­chado à beira do Jordão para o pasto verde­jante, assim repentinamente eu os ponho a cor­rer e no comando ponho quem eu quiser. Quem é semelhante a mim? Quem vai me pro­cessar? Qual o governante que fica de pé diante de mim? 20 Escutai, pois, a decisão do Senhor, decisão que tomou no caso de Edom, os projetos que fez contra os cidadãos de Temã:
Sim, as menores ovelhas serão raptadas
e a pastagem sem elas ficará desolada.
21
Ao barulho de sua queda
a terra vai tremer
e o seu grito de dor
no Mar Vermelho se ouvirá.
22
Vem \o inimigo voando como águia,
por cima de Bosra estende as asas
e o ânimo dos valentes de Edom naquele dia
será como o da mulher parturiente”.

 Contra Damasco 

23 Para Damasco.
“Emat e Arfad estão decepcionadas,
pois acabam de ouvir uma péssima notícia;
estão agitadas num mar de preocupações,
ondas incapazes de parar.
24
Damasco desistiu,
prepara-se para a fuga.
O medo a agarrou,
tomada de dores e angústia,
qual mulher parturiente.
25
Pensa que a cidade famosa,
a capital da alegria,
não será abandonada?
26
Sim, naquele dia,
os seus jovens ficarão
caídos pelas praças
e calados estarão
todos os seus guerreiros,
– oráculo do Senhor dos exércitos.
27
Porei fogo às muralhas de Damasco,
incendiarei o palácio de Ben-Adad”.

 Contra Cedar e Hasor 

28 Para Cedar e os reinos de Hasor, derrotados por Nabucodonosor, rei da Babilônia.
Assim diz o Senhor:
“Vamos! À luta contra Cedar!
Destruí esses orientais!
29
Tomarão suas tendas e ovelhas,
as lonas e todos os objetos;
para si pegarão os camelos deles,
e contra eles ainda gritam:
‘Terror por todos os lados!’.
30
Fugi, correi depressa,
afundai no esconderijo,
cidadãos de Hasor,
– oráculo do Senhor.
Pois Nabucodonosor, o rei da Babilônia,
tomou uma decisão,
traçou contra vós este plano:
31
Vamos! À guerra contra esse povo tranqüilo,
que vive tão seguro! – oráculo do Senhor.
Eles não têm portas nem trancas
e vivem isolados.
32
Seus camelos serão boa presa,
será bom a gente pilhar
a fartura de gado que eles têm!
Espalharei aos quatro ventos
esses ‘têmporas raspadas’
e, por qualquer dos seus lados,
eu trarei a destruição
– oráculo do Senhor.
33
E Hasor vai se tornar
esconderijo de chacais,
ruína eterna,
onde ninguém vai morar
ninguém se hospedar.

 Contra Elam 

34 Palavra do Senhor que veio ao Profeta Jeremias a respeito de Elam, no início do governo do rei Sedecias em Judá:
35
“Assim diz o Senhor dos exércitos:
Estou vindo quebrar o arco de Elam,
razão de seu poder.
36
Sobre Elam farei soprar os quatro ventos,
dos quatro cantos do horizonte,
e, na direção desses ventos
eu os espalharei,
de forma a que não haja uma nação
onde não cheguem refugiados de Elam.
37
Farei que os elamitas se apavorem
diante do inimigo,
daqueles que lhes querem tirar a vida.
Trarei para eles uma desgraça,
o furor da minha ira,
– oráculo do Senhor;
mandarei a espada a persegui-los,
até que os consiga eliminar.
38
Em Elam porei meu trono,
removendo rei e chefes,
– oráculo do Senhor.
39
Nos últimos tempos, porém,
mudarei a sorte de Elam,”
– oráculo do Senhor.

 Contra Babilônia 

50 1 Palavra que o Senhor pronunciou contra a Babilônia, terra dos caldeus, através do profeta Jeremias.
2
“Levai a notícia às nações!
Gritai, levantai o estandarte!
Não fiqueis calados! Divulgai!
Dizei: ‘Babilônia foi tomada,
fracassou \o deus Bel,
Merodac foi derrubado!
Fracassaram os artefatos,
os ídolos estão derrubados!’
3
Um povo lá do norte vem atacá-la, transfor­mará o país num lugar devastado, onde não mo­ra ninguém, nem gente nem animais. Fugi­ram todos, foram-se embora. 4 Naquele dia e naquela hora – oráculo do Senhor –, virão juntas caminhando e chorando a gente de Israel e a de Judá, procurando o Senhor seu Deus. 5 Perguntam o caminho de Sião, para lá se dirige o seu olhar. \Dizem: ‘Vinde! Vamos fa­zer com o Senhor uma aliança eterna, que não será esquecida!’ 6 Meu povo se tornara umas ovelhas perdidas, desviadas pelos pasto­res, que pelas serras as fizeram perder o cami­nho. Passavam da serra para a montanha, sem saber o lugar de sua morada. 7 E quem as encontrava, as devorava pensando: ‘Não somos culpados, eles é que pecaram contra o Senhor, a moradia da justiça, a esperança dos antepassados’.
8
Fugi da Babilônia,
terra dos caldeus!
Saí como cabritos,
na frente do rebanho!
9
Pois farei que se levante
contra a Babilônia
uma coalizão de nações poderosas,
organizadas contra ela,
vindas lá do norte.
Pelo norte ela será tomada.
– Setas são atiradas
por guerreiros bem treinados
que nunca erram o alvo.
10
A Caldéia será boa presa,
quem quiser poderá
saqueá-la à vontade”
– oráculo do Senhor.
11
Pois não! Ficai contentes!
Comemorai, ladrões do patrimônio meu!
Pulai como novilhas no pasto!
Como potros relinchai!
12
Grande é a vergonha da vossa mãe!
A terra que vos gerou está coberta de vergonha!
Vede, é a última das nações,
lugar deserto, seco e árido!
13
Por causa da ira do Senhor,
jamais será povoada novamente,
o país todo será uma só ruína
e quem passar pela Babilônia há de assobiar,
assustado com tamanha destruição.
14
Arqueiros, todos a postos!
Atacai Babilônia por todos os lados!
Atirai contra ela,
sem poupar vossas flechas!
Pois ela pecou contra o Senhor.
15
Por todos os lados
soltai contra ela o grito de guerra.
Ela já ergueu as mãos,
seus esteios caíram,
as muralhas já foram derrubadas.
É a vingança do Senhor!
É a desforra contra ela!
Façam com ela o mesmo que ela fez!
16
Eliminem da Babilônia
o lavrador que planta
e o que puxa a foice
na hora da colheita.
Por causa da violência da guerra,
há de voltar cada um para a sua gente,
cada qual, à sua terra.
17
Israel parecia ovelha perdida,
que dos leões foge de medo.
Quem primeiro a devorou
foi o rei da Assíria;
depois, Nabucodonosor,
rei da Babilônia
arrancou-lhe até os ossos.
18
Por isso, assim diz o Senhor dos exércitos,­ o Deus de Israel: ‘Chegou a vez de eu acertar contas com o rei da Babilônia e sua terra assim­ como ajustei com o rei da Assíria. 19 Trarei?Is­rael de volta às suas antigas pastagens. Vai se alimentar desde o Carmelo até Ba­sã, e das Montanhas de Efraim até Galaad matará a sua fome. 20 Naquele dia e naquela hora, – oráculo­ do Senhor – alguém vai procu­rar o crime de Israel, e ele não existirá mais, o pecado de Judá, e não encontrará. Pois hei de perdoar os que vivos eu deixar.
21
Ataca Merataim!
Ataca os cidadãos de Facud!
Mata e liquida com eles,
– oráculo do Senhor.
Faze tudo conforme te mandei”.

 A queda da Babilônia  proclamada em Jerusalém 

22 Barulho de guerra no país!
Grande derrota!
23
Como está quebrada e destruída
a marreta que esmagava o mundo inteiro?!
Como foi que a Babilônia, entre as nações,
se transformou nesse abandono?!
24
Armei um laço para ti, Babilônia,
e, sem perceber, ficaste presa.
Foste caçada, caíste na armadilha,
pois foi ao Senhor que provocaste.
25
O Senhor abriu seu arsenal
e pegou as armas da sua ira,
pois há um serviço para o Senhor dos exércitos
na terra dos caldeus.
26
Vinde a ela do fim do mundo,
abri seus celeiros,
amontoai \o que lá houver
destruí tudo, não lhe sobre nada!
27
Matai todos os seus touros!
Venham já para a morte!
Pobres deles! Chegou o seu dia,
a hora do acerto de contas.
28
Atenção!
Fugitivos e refugiados da Babilônia
levando a Sião a notícia da vingança do Senhor,
vingança pelo seu templo.
29
Convocai contra a Babilônia os atiradores,
os que sabem manejar o arco.
Prontos para atacar,
fiquem acampados ao seu redor,
e não deixem escapar ninguém.
Cobrai dela os seus atos:
tudo o que ela fez, fazei-lhe também!
Pois ergueu-se contra o Senhor,
contra o Deus Santo de Israel.
30
”Por isso naquele dia
seus jovens ficarão
caídos pelas praças
e calados estarão
todos seus guerreiros,”
– oráculo do Senhor;
31
Aqui estou eu para te enfrentar, ó
Soberba,
– oráculo do Senhor Deus dos exércitos,
Pois chegou o teu dia,
chegou a hora do acerto de contas.
32
A Soberba vai tropeçar e cair,
não haverá quem possa levantá-la.
Porei fogo nas suas cidades
para queimar até a periferia.

 Deus salva o seu povo 

33 Assim diz o Senhor dos exércitos: Estão oprimidos os filhos de Israel junto com os filhos de Judá, e quem os escraviza tudo faz para segurá-los para não se libertarem. 34 Mais forte, porém, é o seu libertador, Senhor dos exércitos é seu nome. Ele mesmo vai cuidar desta causa, para acalmar a \sua terra e abalar os cidadãos da Babilônia.
35
Guerra aos caldeus
– oráculo do Senhor –,
guerra aos cidadãos de Babilônia,
a seus chefes e aos sábios.
36
Guerra aos seus adivinhos:
que se tornem tolos!
Guerra aos valentes:
que fiquem covardes!
37
Guerra a seus cavalos
e também aos carros!
E aos outros batalhões que lá existem:
fiquem afeminados!
Guerra aos seus tesouros:
sejam saqueados!
38
Guerra a seus rios:
fiquem secos!
Pois este é o país dos ídolos,
todos fascinados por espantalhos.
39
É por isso que os animais do deserto ali vão morar, assim como o chacal. Lá descansa­rão os filhotes de avestruz. Não será mais lu­gar habitado, ali ninguém mais vai morar, por gerações e gerações. 40 Como na catástrofe de Sodoma, Gomorra e cidades vizinhas – orácu­lo do Senhor –, lá ninguém mais vai morar, criatura alguma ai vai hospedar-se. 41 Uma multidão há de vir lá do norte, nação grandio­sa e reis numerosos, vindos dos extremos da terra. 42 São fortes no arco e na lança, violentos­ e sem compaixão. O barulho que fazem é co­mo o das ondas do mar. Vêm todos montados a cavalo. Em ordem de batalha, como um só homem, eles vêm te atacar, filha da Babilônia.­ 43 Só de ouvir lhe a fama, o rei da Babilônia?deixou cair os braços. Cada vez em maior angús­tia sofre como parturiente. 44 Como o leão que sai do mato fechado à beira do Jordão para o pasto verdejante, assim repentinamente eu os ponho a correr e no comando ponho quem eu quiser. Quem é semelhante a mim? Quem po­de me processar? Qual o governante que fica de pé diante de mim? 45 Escutai, pois, a decisão­ do Senhor, decisão que tomou para o caso da Babilônia, os projetos que fez contra a terra dos caldeus. Sim, as menores ovelhas serão raptadas e a pastagem, sem elas, ficará desolada. 46 Ao barulho da queda da Babilônia a terra vai tremer e seu grito de dor entre as na­ções se ouvirá.

 Contra Babilônia 

51 1 Assim diz o Senhor:
“Farei surgir contra a Babilônia
e contra os cidadãos da Caldéia
um vento arrasador.
2
Mandarei abanar a Babilônia
para separar-lhe \o refugo.
para esvaziar seu país.
De todos os lados virão contra ela,
no dia de sua desgraça.
3
Não permitais que o arqueiro estique o arco,
nem se gabe do seu capacete.
Não tenhais pena dos mais moços,
liquidai todo o exército”.
4
Os mortos estarão caídos pela terra dos
caldeus,
os feridos, prostrados pelas ruas,
5
porque Israel e Judá
não estão viúvas do seu Deus,
o Senhor dos exércitos.
A terra deles, porém, está cheia de culpas
contra o Deus Santo de Israel.
6
Fugi da Babilônia!
Salve-se quem puder!
Senão, morrereis pelo pecado dela,
pois é a hora da vingança do Senhor,
ele vai dar-lhe a paga que ela merece.
7
A Babilônia era,
nas mãos do Senhor,
um cálice de ouro
a embriagar o mundo inteiro.
As nações beberam do seu vinho,
por isso estão alucinadas.
8
De repente a Babilônia
caiu e quebrou!
Dai gritos por sua causa!
Aplicai-lhe um bálsamo nas feridas,
quem sabe ela sara...
9
“Tentamos medicar a Babilônia
mas ela não sarou.
Vamos deixá-la
e voltar cada qual para sua terra;
pois sua condenação chega ao céu,
sobe até as nuvens.
10
O Senhor fez brilharem nossos direitos,
vamos contar em Sião
tudo o que fez o Senhor nosso Deus”.
11
Afiai as setas,
enchei os estojos!
Pois o Senhor despertou
o ânimo do rei dos medos,
ele tem um objetivo contra a Babilônia
que é destruí-la.
Será essa a vingança do Senhor,
a vingança pelo seu templo.
12
Levantai uma bandeira
nas muralhas da Babilônia!
Reforçai a guarda!
Escolhei sentinelas!
Preparai as armadilhas!
Pois tal qual o Senhor planejou,
assim ele vai executar
tudo o que disse
contra os cidadãos da Babilônia.
13
Moradora da beira dos grandes rios,
rica em tesouros,
teu prazo terminou,
teu negócio está no fim.
14
O Senhor dos exércitos
jura por sua própria vida:
“Vou encher-te de soldados
como se fossem gafanhotos,
soltando gritos de guerra contra ti”.
15
Foi ele que com seu poder fez a terra,
com sua sabedoria fundou o mundo
e com sua inteligência estendeu o céu.
16
Ao barulho do seu trovão
as águas do céu se agitam,
ele traz as nuvens do extremo da terra,
produz raios para a chuva derramar
e faz o vento sair do seu esconderijo.
17
Todos ficam bobos, sem entender,
e o fabricante de imagens,
desiludido com seu ídolo,
pois sua estátua é uma mentira,
nela não há vida.
18
Coisa oca são esses ídolos,
produtos da ilusão,
na hora do acerto de contas,
serão destruídos.
19
Não é igual a eles
Aquele que é a herança de Jacó,
pois ele é o criador de tudo,
Israel é a tribo que lhe pertence,
o seu nome é Senhor dos exércitos.
20
“Tu és meu macete,
minha arma de guerra!
Contigo macetei as nações,
contigo rebaixei os reinos!
21
Contigo eu esmaguei
cavalo e cavaleiro!
Contigo eu macetei
carro de guerra e condutor!
22
Contigo esmigalhei
homens e mulheres!
Contigo eu malhei
jovens e velhos!
Contigo eu bati
em meninos e meninas!
23
Contigo eu espanquei
o pastor e seu rebanho!
Contigo esbagacei
o lavrador e seus bois!
Contigo eu amassei
governadores e prefeitos.
24
Bem diante dos vossos olhos, cobrarei da Babilônia, dos cidadãos da Caldéia, todo o mal que fizeram a Sião – oráculo do Senhor.
25
Aqui estou eu a te enfrentar,
montanha devastadora,
– oráculo do Senhor –,
que devastavas o mundo inteiro!
Só de levantar a mão contra ti,
já te faço rolar das alturas das rochas
e te transformo em montanha incendiada.
26
De ti nunca mais vão tirar
uma pedra de arremate ou de alicerce,
porque foste transformada em ruína eterna”
– oráculo do Senhor.
27
Levantai a bandeira no mundo,
tocai corneta por entre as nações,
preparai os povos para atacar a Babilônia,
convocai contra ela os reinos
de Ararat, Meni e Asquenez.
Nomeai um sargento para alistar soldados,
cavaleiros que ataquem como bando de gafanhotos.
28
Preparai as nações
para a guerra contra ela,
os reis da Média e seus governadores,
todos os prefeitos
com os territórios que governam.
29
A terra treme e se aflige,
pois está se realizando
o que o Senhor planejou
contra a Babilônia:
transformar a terra da Babilônia
num lugar arrasado,
sem qualquer morador.
30
Desistiram de lutar
os guerreiros da Babilônia.
Estão agora sentados
dentro dos quartéis.
A valentia deles murchou,
viraram mulheres!
Suas moradias foram incendiadas,
as trancas, arrebentadas.
31
Um correio corre
até encontrar outro correio,
um mensageiro alcançando o outro,
para levar ao rei da Babilônia a notícia:
de ponta a ponta,
sua cidade foi tomada pelo inimigo,
32
fecharam as passagens,
puseram fogo nos quartéis,
os soldados desapareceram.
33
Assim diz o Senhor dos exércitos,
o Deus de Israel:
“A terra da Babilônia é um terreiro
na hora de ser pisoado,
mais um pouco,
e chega para ele a hora da colheita!”
34
“Nabucodonosor, o rei da Babilônia,
devorou-me, rapou tudo
reduziu-me a um prato vazio.
Engoliu-me como um tubarão.
Encheu a barriga com as minhas delícias
e de lá me expulsou”.
35
Diga a nobre Sião:
“A violência que sofri
e minha carne ferida
recaiam sobre a Babilônia!”
Diga Jerusalém:
“O sangue que derramei recaia
sobre os cidadãos da Caldéia!”
36
Por isso, assim diz o Senhor:
“Vou eu defender a tua causa!
Vou vingar o mal que te fizeram!
Secarei o mar deles,
esgotarei a sua mina.
37
A Babilônia há de se tornar
um montão de ruínas,
esconderijo dos monstros,
lugar desolado a provocar assobios,
pela falta de moradores.
38
Como leões, vão rugir em coro,
miar como filhotes de leão.
39
Quando estiverem bem animados,
preparo-lhes a bebida,
vou dar-lhes de beber
até se embriagarem
e caírem num sono, sono eterno,
para nunca mais acordarem,
– oráculo do Senhor.
40
Como cordeiros
eu os levo para o matadouro,
quais carneiros e cabritos de corte”.

 Canto fúnebre sobre a Babilônia 

41 Como?! Ainolibab foi tomada?
tomada a que era a glória do mundo inteiro?
Como foi que a Babilônia se tornou
a mais desgraçada das nações?
42
O mar invadiu a Babilônia
e ela foi coberta por ondas impetuosas.
43
Suas cidades foram devastadas,
o país vazio e deserto,
terra sem nenhum morador,
por onde não passa ninguém.

 Acerto de contas

44 “Ajustarei as contas
com \o deus Bel na Babilônia,
tirarei de sua boca
tudo quanto abocanhou.
Nunca mais as nações
correrão para lá como rio.
Até as muralhas da Babilônia cairão.
45
Sai fora dela, povo meu,
para cada um livrar a própria vida
do ardor da ira do Senhor.
46
Não desanimeis nem tenhais medo, por causa dos boatos que correm pelo país. Cada ano, um boato: é a violência no país, um dita­dor depois do outro. 47 Por isso, o dia chegará quando virei acertar contas com os ídolos da Babilônia. E, então, o país inteiro será humilhado, feridos de morte caindo por todos os lados. 48 O céu e a terra, o que há no ar e o que há no chão, estarão comemorando a Babilônia, pois chega do norte quem vai destruí-la – oráculo do Senhor. 49 Sim, a Babilônia vai cair, ó mortos de Israel, da mesma forma como pela Babilônia tantos mortos caíram por toda a terra. 50 E vós que escapastes da guerra, ide embora, não fiqueis parados. Mesmo longe, lembrai-vos do Senhor, e que Jerusalém vos venha sempre ao pensamento.
51
‘Estamos envergonhados, ouvimos falar do insulto, a humilhação nos faz tapar o ros­to:­ estrangeiros chegaram a entrar no lugar mais santo do templo do Senhor!’ 52 É por?isso que o dia vai chegar – oráculo do Senhor­ –, quando vou acertar contas com os seus ídolos: por todo o país haverá feridos gemendo. 53 Ainda que a Babilônia suba até o céu, que ponha sua fortaleza nas alturas, lá hão?de chegar, mandados por mim, os que vão des­truí-la” – oráculo do Senhor.
54
Escuta! Da Babilônia, os gritos de socorro!­ Grande pavor, da terra dos caldeus! 55 Pois o Se­nhor está destruindo a Babilônia, e abafa a forte gritaria, ainda que, agitando-se como on­das do mar, eleve-se bem alto sua voz. 56 Sim, chegou a destruição à Babilônia, os guerreiros­ foram presos, os arcos, quebrados, porque o Senhor é o Deus da recompensa, faz cada qual pagar bem pago. 57 “Vou embriagar seus minis­tros e conselheiros, os governadores, prefeitos­ e militares, para caírem num sono, sono eterno, e nunca mais acordarem” – oráculo do?Rei cujo nome é Senhor dos exércitos. 58 Assim diz o Senhor dos exércitos:
“As monumentais muralhas da Babilônia
serão arrancadas pela base,
seus altos portões, queimados pelo fogo.
Multidões trabalharam para resultar em nada,
nações se cansaram para montar uma fogueira...”.

 Mensagem lançada ao rio da Babilônia

59 Ordem do profeta Jeremias a Seraias, filho­ de Nerias filho de Maasias, quando este viajou­ para a Babilônia na companhia de Sedecias, rei de Judá, no quarto ano do seu reinado.?Se­raias era chefe dos camareiros. 60 Jeremias es­creveu em um só rolo todo mal que haveria de acontecer à Babilônia, tudo o que fora escrito sobre a Babilônia. 61 E Jeremias deu a Seraias esta ordem: “Quando chegares à Babi­lônia, lerás em público tudo o que aí está. 62 Dirás: ‘Senhor, tu ameaçaste este lugar, pro­me­teste destruí-lo, de modo que nada mais fique­ morando aqui, nem gente nem animais, e que se torne ruína eterna’. 63 Ao acabar de?ler o rolo, amarra nele uma pedra e atira ao rio Eu­frates. 64 E, então, dirás: ‘Que assim a Babi­lô­nia se afunde, e não seja capaz de resistir à mal­dição que trago contra ela’”.
Até aqui as palavras de Jeremias.


Anexo histórico

 As profecias de Jeremias contra Jerusalém e Judá realizadas


Jeremias (CNB) 45