Levítico (CNB) 11

11 1 O Senhor falou a Moisés e Aarão: 2 “Falai aos israelitas nestes termos: Estes são os animais que entre todos os qua­drúpedes da terra podereis comer: 3 todo quadrú­pede de casco partido e fendido em duas unhas, e que rumina, podereis comer. 4 Con­tudo, dos animais que ruminam, ou têm o casco partido, não deveis comer os seguintes: o camelo, pois, embora rumine, não tem o cas­co partido, será impuro para vós; 5 o hí­ra­ce, que rumina mas não tem o casco partido, será impuro para vós; 6 a lebre, que rumina mas não tem o casco partido, será impura?para vós; 7 o porco, que tem o casco partido, fendido­ em duas unhas, mas não rumina, será impuro para vós. 8 Não deveis comer carne al­guma deles, nem tocar os cadáveres; são im­puros para vós.
9
Estes são os animais aquáticos que podeis comer: os animais aquáticos que têm barbata­nas e escamas, dos mares ou dos rios, podeis comer. 10 Mas, dentre os animais que povoam­ as águas dos mares e dos rios, e dentre os seres vivos que aí houver, detestareis todo animal que não tiver barbatanas e escamas. 11 Se­rão para vós abominação. Não deveis co­mer de sua carne e tereis como abomi­na­ção seus cadáveres. 12 Todo animal aquático que não tiver barbatanas nem escamas será para vós abominação.
13
Dentre as aves tereis por abominação e?não comereis, por serem coisa detestável, as seguin­tes: a águia, o falcão, a águia-marinha,­ 14 o milhafre, o abutre de qualquer espécie, 15 to­da espécie de corvo, 16 o avestruz, a coruja, a gaivota, o gavião de qualquer espécie, 17 o mo­cho, o corvo-marinho, o corujão, 18 o cisne, o pelicano, o frango d’água, 19 a cegonha e a gar­ça de qualquer espécie, a poupa e o morcego.
20
Tereis por abominação todos os bichos alados que andam sobre quatro pernas. 21 Dentre os insetos alados que têm quatro pernas po­deis comer somente os que têm duas pernas mais longas para saltar sobre a ter­ra. 22 Dentre­ estes podeis comer os seguintes: toda espécie­ de ga­fanhotos, acrídeos e gri­los. 23 Tereis por abo­minação qualquer ou­tro inseto de quatro pernas.
24
Quem tocar um cadáver desses animais será contaminado e ficará impuro até à tarde.­ 25 Quem transportar um de seus cadáveres de­verá lavar as vestes e ficará impuro até à tar­de. 26 Todo quadrúpede que tiver cascos não partidos e que não rumina será impuro pa­ra vós; quem neles tocar ficará impuro. 27 Todos­ os animais quadrúpedes que andam sobre a planta dos pés serão para vós impu­ros.­ Quem lhes tocar o cadáver ficará impuro­ até à tarde,­ 28 e quem transportar o cadáver lavará as vestes e ficará impuro até à tarde; são para vós animais impuros.
29
Entre os bichos que se movem pelo chão tereis por imundos: a toupeira, o rato e o la­gar­to de qualquer espécie, 30 o geco, o lagarto, a salamandra, a lagartixa e o camaleão. 31 Todos­ são para vós impuros; quem tocar neles, quan­do mortos, ficará impuro até à tarde.
32
Qualquer objeto sobre o qual cair morto um desses bichos ficará contaminado, quer seja madeira, vestido, pele, roupa de pêlos?ou qualquer utensílio de trabalho; deve ser pas­sado na água e ficará impuro até à tarde; de­pois estará purificado. 33 Se um desses bichos cair dentro de uma vasilha de barro, todo o con­teúdo ficará impuro e devereis quebrá-lo.­ 34 Qualquer alimento preparado com água dessa vasilha ficará impuro, como também to­da bebida que dela se beber ficará impura. 35 Tudo aquilo sobre que cair algum desses ca­dáveres ficará impuro. Se for um forno ou um fogão, deverão ser destruídos; estão im­pu­ros, e como tais deveis tratá-los. 36 As fontes, cisternas e depósitos de água, porém, ficarão puros, mas quem tocar tais cadáve­res ficará impuro. 37 Se algum desses cadáve­-
res cair sobre­ uma semente que se há de semear, a semente ficará pura. 38
Mas se foi derramada água sobre a semente, e lhe cair em cima algum desses cadáveres, vós a tratareis como impura.
39
Se morrer algum animal destinado à vossa alimentação, quem lhe tocar o cadáver fi­ca­rá impuro até à tarde. 40 Quem comer de?tal cadáver deverá lavar as vestes e ficará impu­ro até à tarde.
41
Todo bicho que rasteja sobre a terra é coi­sa abominável, e não se poderá comê-lo. 42 Não comereis nenhum bicho que se arrasta­ sobre o ventre, que anda sobre quatro ou mais patas, enfim, nenhum bicho que rasteja sobre­ a terra podereis comer, pois são abomináveis. 43 Não vos torneis abomináveis por nenhum bicho que rasteja, nem vos torneis im­puros, manchando-vos com eles. 44 Porque eu sou o Senhor vosso Deus. Santificai-vos e sede santos, porque eu sou santo. Não vos man­cheis, pois, com nenhum réptil que se ar­rasta pelo chão. 45 Pois eu sou o Senhor que vos fez subir do Egito, para ser o vosso Deus. Sede pois santos, porque eu sou santo”.
46
É essa a lei referente aos quadrúpedes, às aves, a todos os seres vivos que se movem­ nas águas e os que fervilham pelo chão, 47 pa­ra que possais distinguir entre o puro e o im­puro, entre o animal que se pode comer e o que não se pode comer.

 A mulher que deu à luz

12 1 O Senhor falou a Moisés: 2 “Fala aos israelitas: Quando uma mulher en­gravida e dá à luz um menino, ficará impura durante sete dias, como nos dias da menstruação. 3 No oitavo dia o menino será circun­cidado. 4 A mãe ficará mais trinta e três dias em casa, purificando-se do sangue. Não po­de­rá tocar nada de santo, nem entrar no santuário, até se completarem os dias da purificação. 5 Se der à luz uma menina, ficará im­pura durante duas semanas, como na menstruação, e permanecerá em casa durante sessenta e seis dias, purificando-se do sangue.
6
Completados os dias da purificação pelo filho ou pela filha, apresentará ao sacerdote, na entrada da Tenda do Encontro, um cordeiro­ de um ano como holocausto e um pombinho ou uma rola como sacrifício pelo pecado. 7 O sacerdote os oferecerá diante do Senhor, fazendo por ela a expiação, e ela será purificada­ do fluxo de sangue. Esta é a lei para a mulher que dá à luz um menino ou uma menina. 8 Se não dispuser de recursos suficientes para oferecer um cordeiro, tomará duas rolas ou dois pombinhos, um para o holocausto e outro para o sacrifício pelo pecado. O sacerdote fará por ela a expiação, e será purificada”.

 A lepra humana

13 1 O Senhor disse a Moisés e Aarão: 2 “Quando alguém tiver na pele do cor­po algum tumor, erupção ou mancha branca brilhosa, com aparência de lepra, será levado ao sacerdote Aarão ou a um de seus fi­lhos sacerdotes. 3 O sacerdote examinará a mancha na pele do corpo. Se os pêlos da man­cha se tornaram brancos e a parte afetada aparecer mais afundada que o resto da pele do corpo, é mancha de lepra. Após examiná-lo,­ o sacerdote o declarará impuro. 4 Se tiver na pele do corpo uma mancha branca que?não parece mais funda do que o resto da pele, e os pêlos não ficaram brancos, o sacerdote isolará o paciente durante sete dias. 5 No séti­mo dia o sacerdote o examinará e, se perceber­ que o mal estacionou e deixou de propagar-se sobre a pele, ele o isolará por mais sete dias. 6 No sétimo dia o examinará novamente.­ Se perceber que a infecção diminuiu em vez de se espalhar sobre a pele, o sacerdote o?de­clarará puro. É uma simples inflamação. O paciente lavará as vestes e será puro. 7 Mas se, depois de haver sido examinado pelo sa­cer­dote e declarado puro, a inflamação se pro­pagar, o paciente se deixará examinar novamente pelo sacerdote. 8 Se, após o exame, o sacerdote perceber que a inflamação se propagou pela pele, o declarará impuro, pois se trata de lepra.
9
Se alguém tiver uma mancha de lepra, será levado ao sacerdote. 10 Este o examinará e, se notar na pele um tumor branco, que torna embranquecida a cor dos pêlos, e se o tumor estiver em carne viva, 11 trata-se de uma lepra já bem arraigada na pele do corpo. O sacerdote o declarará impuro, mas sem isolamento prévio, pois é evidentemente impuro. 12 Mas se o sacerdote desconfiar que a lepra se propagou sobre a pele a ponto de cobrir todo o corpo do enfermo, da cabeça aos pés, 13 então o sacerdote o examinará melhor. Se a lepra cobrir todo o corpo do enfermo, ele o declarará puro, pois, uma vez que se tornou todo branco, está puro. 14 Mas no dia em que aparecer a carne viva, será impuro. 15 O sacerdote examinará a carne viva e o declarará impuro, pois a carne viva é impura, é lepra. 16 Se a carne viva se tornar outra vez branca, o enfermo se apresentará ao sacerdote. 17 Este o examinará e, se a mancha ficou de fato branca, o sacerdote declarará puro o enfermo: ele está puro.
18
Se alguém tiver na pele do corpo uma úlcera já curada, 19 e se no lugar da úlcera apa­recer um tumor branco ou uma mancha rosada, deverá mostrar-se ao sacerdote. 20 Se o sa­cerdote notar que a mancha parece afundada na pele e que os pêlos se tornaram brancos, ele o declarará impuro. Trata-se de uma chaga­ leprosa, formada na úlcera. 21 Se o sacerdote, porém, constatar que os pêlos não são brancos­ e a mancha não se afundou na pele, mas ao contrário, diminuiu, deverá isolá-lo durante sete dias. 22 Se então se propagar na pele, o sacerdote o declarará impuro; é um caso de lepra. 23 Se, ao contrário, a mancha permanecer estacionária, sem se alastrar, é a cicatriz da úlcera; o sacerdote o declarará puro.
24
Se alguém tiver na pele do corpo uma quei­madura, e na parte queimada aparecer uma mancha rosada ou branca, 25 o sacerdote a examinará. Se o pêlo embranqueceu na man­cha, e esta aparecer afundada na pele, é lepra que se formou na queimadura; o sacerdote o declarará impuro; é um caso de lepra. 26 Se, porém, o sacerdote constatar que os pêlos da mancha não embranqueceram nem a mancha se afundou na pele, ao contrário diminuiu, iso­lará o paciente durante sete dias. 27 No séti­mo dia o sacerdote o examinará. Se a mancha se pro­pagou na pele, o sacerdote o declarará im­puro; é um caso de lepra. 28 Se, porém, a mancha ficou estacionária, sem se propagar sobre­ a pele, ao contrário diminuiu, é uma inflamação de queimadura. O sacerdote o declarará puro, pois é cicatriz de queimadura.
29
Se um homem ou mulher tiver uma chaga­ na cabeça ou na barba, 30 o sacerdote examina­rá a chaga. Se parecer mais funda que o resto da pele, o sacerdote o declarará impuro;­ é um caso de sarna, lepra da cabeça ou da bar­ba. 31 Mas, se o sacerdote constatar que a in­fecção de sarna não aparece mais funda que a pele, e não houver nenhum cabelo pre­to, isolará o paciente afetado de sarna por sete dias. 32 No sétimo dia o sacerdote examinará a parte afeta­da. Se a sarna não se tiver propagado, os cabelos não tiverem amarelado e a parte afetada­ de sarna não estiver mais funda que a pele, 33 o paciente fará a barba, menos na parte afetada, e o sacerdote o isolará por mais sete dias. 34 Se, ao examinar a sarna no sétimo dia, o sa­cerdote notar que ela não se propagou pela pele, nem parece mais funda que a pele, ele o declarará puro. O enfermo lavará as vestes e estará purificado. 35 Mas se, depois de declara­do puro, a sarna se estender sobre a pele, 36 o sacerdote o examinará. Se efetivamente a sar­na se propagou sobre a pele, já não precisa ve­rificar se os pêlos ficaram amarelos; ele é impuro. 37 Se, porém, constatar que a sarna não se propagou e que nasceram cabelos pretos, a sarna está curada; o paciente é puro, e o sacer­dote o declarará como tal.
38
Se na pele do corpo de um homem ou de uma mulher aparecerem manchas brancas, 39 o sacerdote as examinará. Se as manchas fo­rem de uma cor branco-pálida, é urticária que se produziu na pele; a pessoa é pura.
40
Quando alguém perde os cabelos da cabe­ça e se torna careca, é puro. 41 Da mesma for­ma se perde os cabelos da fronte e fica com a tes­-
­ta calva, é puro. 42
Mas se na calvície da cabe­ça ou da fronte aparecer uma mancha de cor rosada, é lepra que está surgindo na cabeça ou na testa calva. 43 Se o sacerdote constatar que a inflamação na parte calva da cabeça ou da testa é de cor rosada, semelhante à da lepra na pele do corpo, 44 o homem está leproso e impuro, e como tal o sacerdote o declarará; tem lepra na cabeça.
45
O homem atingido de lepra andará com as vestes rasgadas, os cabelos soltos e a barba­ coberta, gritando: ‘Impuro! impuro!’ 46 Durante todo o tempo em que estiver contaminado de lepra, será impuro. Habitará a sós e terá sua morada fora do acampamento.

 A “lepra” das vestes

47 Se numa veste aparecer uma mancha de lepra, seja veste de lã ou de linho, 48 em tecido ou pano de linho e de lã, numa pele ou em qual­quer objeto feito de couro: 49 se a mancha for de cor esverdeada ou avermelhada, é um caso de lepra a ser mostrada ao sacerdote. 50 De­pois de examinar a mancha, isolará por sete dias o objeto afetado. 51 Se no sétimo dia constatar que a mancha se estendeu sobre a veste, o tecido, o pano, a pele ou sobre qualquer artefato de couro, é mancha de lepra con­tagiosa; o objeto é impuro. 52 Deve-se queimar­ a veste, o tecido ou o pano de lã ou de linho, ou qualquer objeto de couro em que estiver tal mancha. Uma vez que é lepra contagiosa, deve ser queimada no fogo. 53 Mas se o sacerdote constatar que a mancha da veste, do teci­do, do pano ou do objeto de couro não aumen­tou, 54 mandará lavar o objeto em que apareceu­ a mancha e o isolará por mais sete dias. 55 Se, depois de lavado, o sacerdote constatar que a mancha não mudou de aspecto, embora não se tenha espalhado, o objeto é impuro. Deve ser queimado, pois foi carcomido do lado di­reito ou do avesso. 56 Se, porém, o sacerdote constatar que, depois de lavada, a parte manchada desbotou, ele a arrancará da veste, do couro, do tecido ou do pano. 57 Se depois disso­ a mancha reaparecer na veste, no tecido ou no pano, ou no objeto de couro, é sinal de que está ativa. Deverás queimar no fogo tudo o que tiver tal mancha. 58 Se, porém, depois de lavada a mancha desaparecer da veste, do te­cido, do pano ou de qualquer objeto de couro, serão lavados uma segunda vez e serão puros”.
59
Essa é a lei a respeito da veste de lã ou de linho, sobre o tecido, o pano ou qualquer objeto de couro, infectados de lepra, para determinar se são puros ou impuros.

 A purificação do leproso

14 1 O Senhor falou a Moisés: 2 “Esta é a lei do leproso para o dia em que for declarado puro: Será conduzido ao sacerdote,­ 3 que sairá a seu encontro fora do acampamento para examiná-lo. Se o sacerdote constatar que a chaga do leproso foi inteiramente curada, 4 mandará trazer para o purificando duas aves vivas e puras, madeira de cedro, púrpura carmesim e hissopo. 5 Mandará matar uma das aves em cima de uma vasilha de barro, cheia de água de fonte. 6 Depois, to­mará a ave viva, a madeira de cedro, a púr­pura carmesim e o hissopo e os molhará, do mesmo modo que a ave viva, no sangue da ave sacrificada sobre a água de fonte. 7 Asper­girá sete vezes o que deve ser purificado da lepra, declarando-o puro, e soltará no campo­ a ave viva. 8 Então o purificando lavará as ves­tes, rapará todos os cabelos e se banhará em água, e será puro. Depois poderá entrar no acampamento, mas ficará fora da tenda du­rante sete dias. 9 No sétimo dia rapará todos­ os pêlos, a cabeça, a barba, as sobrancelhas, enfim, todos os pêlos, lavará as vestes e o corpo em água, e será puro.
10
No oitavo dia tomará dois cordeiros sem defeito e uma ovelha de um ano sem defeito,­ três jarros de farinha fina amassada com azeite, para oblação, e uma caneca de azeite.­ 11 O sacerdote que fizer a purificação apresentará perante o Senhor o purificando junto com essas oferendas, à entrada da Tenda do Encontro. 12 O sacerdote tomará um dos cor­deiros e o oferecerá como sacrifício de re­paração, junto com a caneca de azeite, com um gesto diante do Senhor. 13 Depois matará o cordeiro no lugar onde se mata a vítima expiatória e o holocausto, em lugar santo; por­que a vítima do sacrifício expiatório, como a do sacrifício de reparação, pertence ao sacerdote e é coisa santíssima. 14 O sacerdote pegará um pouco do sangue da vítima de reparação e untará o lóbulo da orelha di­reita do purificando, bem como o polegar da mão direita e o dedão do pé direito. 15 Depois tomará um pouco do azeite que derramará na palma da mão esquerda 16 e, molhando o dedo indicador da mão direita no azeite que tem na palma da mão esquerda, fará sete aspersões diante do Senhor. 17 Depois, com o azeite que ficou na palma da mão untará o ló­bulo da orelha direita do purificando, o polegar da mão direita e o dedão do pé direito, por cima do sangue da vítima de reparação. 18 O resto do azeite que tiver na palma da­ mão o sacerdote o passará sobre a cabeça do purificando. Assim fará por ele a expiação­ diante do Senhor. 19 Depois o sacerdote ofere­cerá o sacrifício pelo pecado, fazendo a expiação por aquele que se purifica da mancha.­ Em seguida o sacerdote sacrificará a vítima do holocausto 20 e oferecerá o holocausto com a oblação no altar. Tendo assim o sacerdote fei­to por ele a expiação, será puro.
21
Se for pessoa pobre, sem recursos suficientes, tomará somente um cordeiro como sa­crifício de reparação a ser oferecido com um gesto, para fazer por ele a expiação. Le­va­rá apenas um jarro de farinha fina amassa­da com azeite, para a oblação, e uma caneca de azeite,­ 22 duas rolas ou dois pombinhos, se­gundo as posses, um como sacrifício expia­tório e outro para o holocausto. 23 No oitavo dia os apresen­tará ao sacerdote para a purifi­cação, à entrada da Tenda do Encontro, diante do Senhor.
24
O sacerdote tomará o cordeiro de repara­ção e a caneca de azeite e os oferecerá com um gesto diante do Senhor. 25 Depois de imo­lar o cordeiro do sacrifício de reparação, pe­gando um pouco do sangue da vítima, o apli­cará sobre o lóbulo da orelha direita, sobre o dedo polegar da mão direita e sobre o dedão do pé direito do purificando. 26 Derramará um pouco de azeite na palma da mão esquerda, 27 e com o dedo indicador da mão direita aspergirá sete vezes este azeite diante do Senhor. 28 Com o azeite que tem na mão untará o lóbulo da orelha direita, o polegar da mão direita e o dedão do pé direito do purificando, no mesmo lugar onde aplicou o sangue da vítima de reparação. 29 O restante de azeite­ que lhe ficar na mão, o sacerdote o aplicará sobre a cabeça do que se purifica, para fazer por ele a expiação diante do Senhor. 30 Depois, de acordo com os recursos, oferecerá uma das rolas ou um dos pombinhos 31 em sacrifício expiatório e o outro em holocausto, além da oblação. Assim o sacerdote fará diante do Senhor a expiação por aquele que se purifica”.
32
É essa a lei para aquele que esteve atacado de lepra e cujos recursos são insuficientes­ para a purificação.

 A “lepra” das casas

33 O Senhor falou a Moisés e Aarão: 34 “Quan­do tiverdes entrado na terra de Canaã que vos darei em propriedade, e eu atingir com a infec­ção da lepra alguma casa da terra que possuir­des, 35 o dono da casa irá informar o sacerdote, dizendo-lhe: ‘Parece haver infecção de le­pra em minha casa’. 36 O sacerdote mandará esvaziar a casa antes de ir examinar a mancha­ leprosa, a fim de não contaminar o que nela há. Feito isso, o sacerdote irá examiná-la. 37 Se, ao examinar a mancha, notar nas paredes da casa cavidades esverdeadas ou avermelhadas, parecendo mais fundas que a parede, 38 sairá pela porta da casa e fará isolar a casa durante sete dias. 39 Ao sétimo dia o sacerdote voltará. Se constatar que a mancha se espalhou pelas paredes da casa, 40 mandará arrancar as pedras infectadas e lançá-las fora da cidade, em lugar­ impuro. 41 Fará raspar a casa toda por dentro, e o pó da raspagem será lançado em lugar im­puro. 42 Outras pedras serão tomadas e colo­cadas no lugar das primeiras, e a casa será re­bocada com nova argamassa.
43
Se, depois de tiradas as pedras e de a casa ter sido raspada e novamente rebocada, tornarem a surgir as manchas, 44 o sacerdote virá examinar. Se constatar que a mancha se espalhou pela casa, há lepra contagiosa na casa. A casa está impura. 45 Será demolida a casa, com as pedras, madeira e toda a argamassa, que serão levadas para fora da cidade, a um lugar impuro. 46 Quem tiver entrado na casa enquanto esteve fechada ficará impuro até à tarde. 47 Quem tiver dormido ou comido nesta casa deverá lavar as vestes.
48
Se, ao entrar na casa, o sacerdote constatar que a mancha não se espalhou pela casa depois de rebocada, declarará pura a casa, pois o mal foi sanado. 49 Para fazer a expiação pela casa, tomará duas aves, madeira de cedro, púr­pura carmesim e hissopo. 50 Sacrificará uma das aves sobre uma vasilha de barro com água de fonte. 51 Pegará a madeira de cedro, o his­sopo, a púrpura carmesim e a ave viva, e os molhará no sangue da ave sacrificada sobre água de fonte. Depois aspergirá a casa sete vezes. 52 Feita a expiação da casa com o sangue­ da ave, com água de fonte, com a ave viva, com madeira de cedro, com hissopo e com púr­pura carmesim, 53 soltará a ave viva no cam­po, fora da cidade. Assim fará a expiação pela casa, e ela ficará pura”.
54
Essa é a legislação referente a qualquer tipo de infecção de lepra, ou de sarna, 55 a in­fecções leprosas de vestes e de casas, 56 a tumo­res, pústulas e erupções da pele, 57 para ensinar quando alguma coisa é pura ou impura.
É essa a legislação sobre a lepra.

 Impurezas sexuais

15 1 O Senhor falou a Moisés e Aarão: 2 “Dizei aos israelitas: O homem que padecer de corrimento venéreo será impuro. 3 Estará submisso à lei referente ao corrimento, quer o corpo tenha deixado escorrer o líqui­do ou o tenha retido. 4 O leito em que se deitar e o móvel em que se assentar ficarão impuros.­ 5 Quem lhe tocar o leito deverá lavar as ves­tes,­ tomar banho e ficará impuro até à tarde. 6 Quem se assentar sobre o móvel em que es­teve sentado o homem que sofre de corrimento, deverá lavar as vestes, tomar banho e ficará­ impuro até à tarde. 7 Quem tocar o corpo deste­ homem deverá lavar as vestes, tomar banho e ficará impuro até à tarde. 8 Se o homem que padece de corrimento cuspir numa pessoa pura, esta deverá lavar as vestes, tomar banho e ficará impura até à tarde. 9 A sela em que viajar montado o que sofre de gonorréia fi­cará­ impura. 10 Quem tocar qualquer coisa que tenha estado debaixo dele ficará impuro até à tar­de, e quem transportar tais coisas deverá­ lavar as vestes, tomar banho­ e ficará impu­ro até à tarde. 11 A pessoa tocada pelo homem que sofre de corrimento, sem que este tenha an­tes lavado as mãos com água, deverá lavar as vestes, tomar banho e ficará impura até à tarde. 12 A vasilha de barro que tocar deverá ser quebrada; sendo de madeira, será lavada em água.
13
Quando estiver curado quem sofreu de fluxo, contará sete dias para a sua purificação e, então, lavará as vestes, tomará banho em água corrente e ficará puro. 14 Ao oitavo dia, levará consigo duas rolas ou dois pombinhos e se apresentará diante do Senhor, à entrada da Tenda do Encontro, e os entregará ao sacerdote. 15 O sacerdote os oferecerá, um em sacrifício pelo pecado, outro em holocausto. Assim o sacerdote fará por ele a expiação diante do Senhor, por causa do seu fluxo.
16
O homem que tiver uma polução tomará banho e ficará impuro até à tarde. 17 E toda rou­pa ou pele em que se derramou o sêmen será lavada na água e ficará impura até à tarde.­
18
Quando um homem e uma mulher tiveram relações, ambos tomarão banho e ficarão­ impuros até à tarde.
19
A mulher que tiver o corrimento menstrual ficará durante sete dias na impureza das regras. Quem a tocar ficará impuro até à tar­de.­ 20 O lugar em que ela deitar ou sentar du­rante as regras ficará impuro. 21 Quem tocar o leito de­la deverá lavar as vestes, tomar ba­nho e fi­ca­rá impuro até à tarde. 22 Quem tocar­ um móvel­ no qual ela esteve sentada deverá lavar as ves­tes, tomar banho e ficará impuro até à tarde. 23 Se o objeto tocado estiver sobre­ o leito ou sobre o assento em que esteve sen­tada, ficará impuro até à tarde. 24 Se um homem dormir com ela, ficará contaminado com a impureza e estará impuro durante sete dias, ficando impuro também o leito em que dormir.
25
A mulher que sofrer prolongadamente hemorragias fora da menstruação, ou cujas regras se prolongarem além do costume, ficará impura enquanto durar a hemorragia, como no tempo da menstruação. 26 O leito no qual dormir enquanto durar a hemorragia e o móvel em que sentar ficarão impuros, como no tempo das regras. 27 Quem os tocar ficará impuro; deverá lavar as vestes, tomar banho e ficará impuro até à tarde. 28 Quando se curar da hemorragia, contará sete dias e depois estará pura. 29 Ao oitavo dia tomará duas rolas ou dois pombinhos e os levará ao sacerdote à entrada da Tenda do Encontro. 30 O sacerdote os oferecerá, um em sacrifício pelo pecado e o outro em holocausto. Assim fará por ela a expiação diante do Senhor, por causa da impureza de sua hemorragia.
31
Adverti os israelitas a respeito das im­pu­re­zas, para que não morram por causa disso, ao man­charem a morada que tenho no meio deles”.
32
Essa é a legislação referente ao que sofre de gonorréia ou tem derramamento seminal e se torna impuro, 33 bem como à mulher no período menstrual ou que sofre de hemorragia. É válida para o homem, para a mulher e para o homem que se deita com uma mulher menstruada.

 O dia da Expiação, ou do Grande Perdão

16 1 O Senhor falou a Moisés depois da morte dos dois filhos de Aarão, mortos ao se aproximarem diante do Senhor. 2 O Senhor ordenou a Moisés: “Fala a teu irmão Aarão para não entrar a qualquer hora na parte do santuário por detrás do véu, diante do propiciatório que está sobre a arca, para que não morra quando eu aparecer na nuvem­ sobre o propiciatório.
3
É deste modo que Aarão entrará no santuário: oferecerá um bezerro como sacrifício­ expiatório e um carneiro em holocausto. 4 Ves­tirá uma túnica sagrada de linho, usará roupa de baixo de linho, cingirá um cinto de linho?e na cabeça trará um turbante de linho. São?ves­tes sacras, que vestirá depois de tomar banho.
5
Receberá da comunidade dos israelitas dois bodes para o sacrifício pelo pecado e um carneiro para o holocausto. 6 Aarão oferecerá o bezerro pelo próprio pecado e fará a expiação por si e por sua família. 7 Tomando depois os dois bodes, ele os apresentará diante do Senhor à entrada da Tenda do Encontro. 8 Depois Aarão lançará as sortes sobre os dois bodes, uma para o Senhor e outra para Azazel. 9 Aarão oferecerá o bode que coube por sorte ao Senhor, oferecendo um sacrifício pelo pecado. 10 Quanto ao bode que tocou por sorte a Azazel, será apresentado vivo diante do Senhor, para fazer a expiação e mandá-lo ao deserto, para Azazel.
11
Aarão oferecerá o bezerro do sacrifício pe­lo próprio pecado e fazendo a expiação por si e por sua família, imolará o bezerro. 12 Tomará­ um incensório cheio de brasas, tiradas do altar­ que está diante do Senhor, e dois punha­dos cheios de incenso aromático pulverizado, e levará tudo para trás do véu. 13 Na presença do Senhor porá o incenso sobre o fogo, de modo que a nuvem de incenso cubra o pro­piciatório­ que está sobre a arca da aliança;­ assim não mor­rerá. 14 Em seguida, pegará um pouco do san­gue do bezerro e com o dedo aspergirá a frente oriental do propiciatório, e com o dedo fará sete aspersões de sangue diante do propiciatório.
15
Depois de ter imolado o bode pelo pecado­ do povo, levará o sangue para trás do véu e fará com ele o mesmo que fez com o sangue do bezerro, aspergindo-o sobre o propiciató­rio e diante dele. 16 Assim fará a expiação pelo santuário, por causa das impurezas dos israe­litas e de suas transgressões e todos os seus pecados. Fará o mesmo pela Tenda do Encon­tro, que está entre eles, no meio de suas im­purezas. 17 Quando Aarão entrar no santuário­ para fazer a expiação por si, por sua família e por toda a comunidade de Israel, ninguém fique na Tenda do Encontro, até ele sair. 18 Quando tiver saído para o altar que está diante do Senhor, fará a expiação. Pegando um pouco de sangue do bezerro e do bode, ele o passará nas quatro pontas do altar. 19 Fará com o dedo sete vezes a aspersão de sangue. Assim o santificará e o purificará das impurezas dos israelitas.
20
Concluída a expiação do santuário, da Tenda do Encontro e do altar, mandará trazer­ o bode vivo. 21 Impondo ambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo, Aarão confessará todas as culpas, transgressões e pecados­ dos israelitas e os porá sobre a cabeça do bode. Depois, por meio de um homem para isso de­signado, o enviará ao deserto. 22 Assim o bode levará sobre si todas as culpas dos israe­litas para uma região desabitada.
Uma vez despachado o bode para o deserto, 23
Aarão entrará na Tenda do Encontro, tirará as vestes de linho que vestiu para entrar no santuário e as deixará ali. 24 Lavará o corpo no lugar sagrado e vestirá suas roupas. Em seguida sairá e oferecerá o seu holocausto e o holocausto do povo, em expiação por si e pelo povo. 25 Quanto às gorduras do sacrifício pelo pecado, ele as queimará no altar.
26
Aquele que foi soltar o bode para Azazel deverá lavar as vestes e tomar banho, e depois­ poderá entrar no acampamento. 27 Quanto ao bezerro e ao bode oferecidos pelo pecado, cujo sangue foi introduzido no santuário para fazer­ a expiação, serão levados para fora do acampamento e suas peles, carnes e excrementos serão queimados. 28 Aquele que os queimar deverá lavar as vestes e tomar banho, e depoi­s poderá entrar no acampamento.
29
Esta será para vós uma lei perpétua: No dia dez do sétimo mês deveis jejuar e não fareis nenhum trabalho, nem o nativo do país, nem o estrangeiro que habita no meio de vós. 30 Porque nesse dia se fará a expiação por vós, para vos purificar. Diante do Senhor sereis purificados de todos os vossos pecados. 31 Será para vós sábado, um dia de descanso absoluto em que fareis jejum; é uma lei perpétua.
32
A expiação será feita pelo sacerdote que recebeu a unção e a investidura para exercer as funções sacerdotais em lugar de seu pai. Ves­tirá as roupas de linho, as vestes sagradas,­ 33 e fará a expiação pelo santuário sagrado, pela Tenda do Encontro e pelo altar; fará também a expiação pelos sacerdotes e por todo o povo da comunidade. 34 Esta será, pois, para vós uma lei perpétua: Uma vez por ano se fará a expiação de todos os pecados dos israelitas”.
E foi feito assim como o Senhor havia or­de­nado a Moisés.


A “Lei da Santidade”

 Sacralidade do sangue

17 1 O Senhor falou a Moisés: 2 “Dize a Aarão, a seus filhos e a todos os israelitas: Eis o que o Senhor ordenou:
3
Se algum israelita matar um boi, cordeiro ou cabra, no acampamento ou fora dele, 4 sem tê-lo levado à entrada da Tenda do Encontro para apresentá-lo como oferta ao Senhor diante da morada, será responsabilizado pelo sangue. Derramou sangue e será eliminado do meio do povo. 5 É para que os israelitas, em vez de oferecerem seus sacrifícios no campo, levem-nos ao sacerdote diante do Senhor, à entrada da Tenda do Encontro, a fim de oferecê-los como sacrifícios de comunhão ao Senhor. 6 O sacerdote derramará o sangue no altar do Senhor, à entrada da Tenda do Encontro, e queimará a gordura em suave odor ao Senhor. 7 Assim não oferecerão mais sacrifícios aos sátiros, com os quais se prostituem. Esta será uma lei perpétua por todas as gerações.
­8 Dize-lhes ainda: Se um israelita ou um es­trangeiro que vier morar no meio de vós oferecer um holocausto ou sacrifício, 9
sem levar a vítima à entrada da Tenda do Encontro, para oferecê-la ao Senhor, será eliminado­ do meio do povo.
10
Se um israelita ou um estrangeiro que mora no meio de vós comer qualquer espécie de sangue, voltarei a face contra tal pessoa e a eliminarei do meio do povo. 11 Porque a vida de um ser vivo está no sangue, e eu vos mandei pôr o sangue sobre o altar para expiar por vossas vidas, pois é o sangue que faz a expiação pela vida. 12 Por isso eu disse aos israelitas: Ninguém de vós poderá comer sangue, nem mesmo o estrangeiro que habita no meio de vós.
13
Se um israelita ou um estrangeiro que mo­ra no meio de vós caçar um animal ou uma ave que é permitido comer, deverá derramar o sangue e cobri-lo de terra. 14 Pois a vida de todo ser vivo está no sangue. Por isso eu disse aos israelitas: Não comais o san­gue de nenhum ser vivo. Pois a vida de qualquer ser vivo é o sangue; quem o comer será eliminado.­
15
Qualquer pessoa nativa do país ou estrangeira, que comer um animal morto ou dilace­rado, deverá lavar as vestes, tomar banho e ficará impura até à tarde; depois ficará pura. 16 Se não lavar as vestes e não tomar banho, carregará o peso de sua culpa”.


Levítico (CNB) 11