
Números (CNB) 8
8 1 O Senhor falou a Moisés: 2 “Fala a Aarão e dize-lhe: Quando puseres as lâmpadas no candelabro, faça com que as sete lâmpadas iluminem a parte da frente”. 3 E assim fez Aarão; pôs as lâmpadas voltadas para a frente do candelabro, como o Senhor havia ordenado a Moisés. 4 O candelabro era todo de ouro polido, tanto a haste como as flores. O candelabro foi feito conforme o modelo que o Senhor havia mostrado a Moisés.
5 O Senhor falou a Moisés: 6 “Separa os levitas do meio dos israelitas e purifica-os. 7 Assim procederás para purificá-los: Faze-lhes uma aspersão com água de expiação. Depois devem passar a navalha por todo o corpo e lavar as vestes para se purificarem. 8 Em seguida tomarão um bezerro com a respectiva oferenda de farinha fina amassada com azeite. E tu tomarás outro bezerro para o sacrifício pelo pecado. 9 Farás os levitas aproximar-se da Tenda do Encontro, e convocarás toda a comunidade dos israelitas. 10 Depois de teres feito os levitas aproximar-se diante do Senhor, os israelitas imporão as mãos sobre eles. 11 Aarão oferecerá os levitas com um gesto diante
do Senhor, em nome dos israelitas, para que atuem no serviço do Senhor. 12 Os levitas imporão as mãos sobre a cabeça dos bezerros, e Aarão os oferecerá, um em sacrifício pelo pecado, e outro em holocausto ao Senhor, como rito expiatório pelos levitas. 13 Colocarás os levitas de pé diante de Aarão e de seus?filhos, quando os ofereceres com um gesto diante do Senhor. 14 Assim separarás os levitas do meio dos israelitas: eles serão meus.
15 Só depois os levitas entrarão para o serviço da Tenda do Encontro. Tu os purificarás e os oferecerás com um gesto, 16 pois, dentre os israelitas, eles me foram doados inteiramente dedicados. Tomei-os para mim em lugar dos nascidos de primeiro parto, em lugar de todos os primogênitos israelitas. 17 Pois é a mim que pertencem todos os primogênitos israelitas, tanto de homens como de animais. Eu os consagrei a mim quando feri de morte os primogênitos na terra do Egito. 18 Mas escolhi os levitas em lugar de todos os primogênitos israelitas. 19 Entreguei os levitas a Aarão e a seus filhos como doação da parte dos israelitas, para atuarem nas funções litúrgicas dos israelitas na Tenda do Encontro e por eles fazerem a expiação. Assim já não acontecerá nenhuma desgraça entre os israelitas pelo fato de alguém do povo aproximar-se do santuário”.
20 Moisés, Aarão e toda a comunidade dos israelitas procederam com os levitas exatamente como o Senhor havia ordenado a Moisés. 21 Os levitas se purificaram e lavaram as vestes; Aarão os ofereceu com um gesto diante do Senhor e por eles fez a expiação para purificá-los. 22 Feito isso, os levitas passaram a executar suas funções na Tenda do Encontro, supervisionados por Aarão e seus filhos. Procedeu-se em relação aos levitas?assim como o Senhor tinha ordenado a Moisés a respeito deles.
23 O Senhor falou a Moisés: 24 “O que segue refere-se aos levitas: Os levitas entrarão no serviço da Tenda do Encontro e exercerão suas funções a partir dos vinte e cinco anos. 25 Aos cinqüenta anos deixarão o serviço e já não exercerão as funções. 26 Ajudarão os irmãos apenas a montar guarda na Tenda, mas não exercerão mais as funções. Assim procederás com os levitas no tocante às funções”.
9 1 O Senhor falou a Moisés no deserto do Sinai, no primeiro mês do segundo ano depois da saída do Egito: 2 “Na data marcada, os israelitas celebrarão a Páscoa. 3 Devereis?celebrá-la no tempo estabelecido: no dia catorze deste mês, ao entardecer. Segundo todos os ritos e normas a celebrareis”. 4 Moisés deu ordem aos israelitas para celebrarem a Páscoa, 5 e eles a celebraram no dia catorze do primeiro mês, ao entardecer, no deserto do Sinai. Os israelitas fizeram exatamente como o Senhor havia ordenado a Moisés.
6 Ora, alguns homens se encontravam em estado de impureza, por terem tocado num morto, e não podiam celebrar a Páscoa nesse dia. Apresentaram-se naquele mesmo dia diante de Moisés e Aarão 7 e disseram: “Estamos impuros por termos tocado num morto. Por que seríamos impedidos de apresentar nossa oferta ao Senhor, no devido tempo, com os outros israelitas?” 8 Moisés respondeu-lhes: “Aguardai para que eu vá ouvir o que o Senhor ordena a vosso respeito”.
9 O Senhor falou a Moisés: 10 “Dize aos israelitas: Se alguém de vós ou de vossos descendentes estiver impuro por causa de um cadáver, ou estiver numa viagem distante, poderá celebrar a Páscoa do Senhor. 11 Deverá celebrá-la no segundo mês, no dia catorze, ao entardecer. Deverão comê-la com pão sem fermento e ervas amargas. 12 Não deixarão nada para o dia seguinte, nem lhe quebrarão osso algum. Celebrarão a Páscoa conforme todos os ritos. 13 Mas se alguém estiver puro e, sem estar em viagem, deixar de celebrar a Páscoa, será eliminado do povo. Como não apresentou no devido tempo a oferta do Senhor, carregará as conseqüências do seu pecado.
14 Se um estrangeiro morar convosco e celebrar a Páscoa do Senhor, guardará os ritos e normas a ela referentes. Haverá um único?rito válido para vós, para os estrangeiros e para os nativos do país”.
15 No dia da inauguração da morada, a nuvem cobriu a morada, isto é, a tenda da aliança. Permanecia sobre a morada desde a tarde até a manhã seguinte, sob a aparência de fogo. 16 Assim acontecia sempre: durante o dia, a nuvem cobria a Morada, e durante a noite tinha aparência de fogo. 17 Sempre que a nuvem se elevava de cima da Tenda, os israelitas partiam; e no lugar onde a nuvem parava, ali eles acampavam. 18 À ordem do Senhor os israelitas partiam e à ordem do Senhor acampavam; e, enquanto a nuvem ficava pousada sobre a Morada, permaneciam acampados. 19 Mesmo quando a nuvem se detinha muitos dias sobre a Morada, os israelitas aguardavam a ordem do Senhor e não se punham em movimento. 20 Se acontecia que a nuvem parasse alguns dias sobre a Morada, era ao comando do Senhor que acampavam e ao comando do Senhor que partiam. 21 E se a nuvem se?detinha apenas da tarde até a manhã seguinte, partiam logo de manhã, quando ela se levantava. Quer de dia, quer de noite, sempre que a nuvem se?levantava, eles partiam. 22 Fosse por dois dias, um mês ou um ano que a nuvem se detinha sobre a Morada, os israelitas continuavam acampados e não se moviam. Punham-se em movimento só quando ela se levantava. 23 Ao comando do Senhor acampavam e ao comando do Senhor punham-se em movimento, aguardando a ordem do Senhor a ser dada por meio de Moisés.
10 1 O Senhor falou a Moisés: 2 “Faze duas trombetas de prata polida. Elas te servirão para convocar a comunidade e dar ordem de levantar os acampamentos. 3 Quando as duas forem tocadas, toda a comunidade virá encontrar-se contigo à entrada da Tenda do Encontro. 4 Quando for tocada uma só, virão encontrar-se contigo os chefes responsáveis pelas tropas de Israel. 5 A um toque de alarme, levantarão acampamento os que estiverem acampados a leste. 6 A um segundo toque de alarme, levantarão acampamento os que estiverem ao sul. Estes toques de alarme serão dados para se porem em movimento. 7 Tocareis também para convocar a assembléia da comunidade, mas não o toque de alarme. 8 Os sacerdotes, filhos de Aarão, é que tocarão as trombetas. Elas serão de uso obrigatório para vós por todas as gerações. 9 Quando, estabelecidos em vossa terra, entrardes em guerra contra o inimigo que vos oprime, dareis o alarme com as trombetas. Assim sereis lembrados diante do Senhor vosso Deus e libertados de vossos inimigos. 10 Tocareis as trombetas também nos dias de festa, nas solenidades e no início dos meses, por ocasião dos holocaustos e sacrifícios de comunhão. Servirão para que vosso Deus se lembre de vós – eu, o Senhor, vosso Deus”.

11 No segundo ano, no dia vinte do segundo mês, a nuvem levantou-se de cima da Morada da Aliança. 12 Os israelitas partiram do deserto do Sinai segundo a ordem de saída, e a nuvem parou no deserto de Farã.
13 Foi a primeira vez que assim partiram por ordem do Senhor, dada por Moisés. 14 Por primeiro partiu a bandeira do acampamento dos descendentes de Judá, por exércitos. O exército de Judá estava sob o comando de Naasson, filho de Aminadab. 15 O exército da tribo de Issacar estava sob o comando de Natanael, filho de Suar. 16 O exército da tribo de Zabulon era comandado por Eliab, filho de Helon. 17 Desmontada a Morada, puseram-se a caminho os descendentes de Gérson e de Merari, transportando a morada.
18 Depois partiu a bandeira do acampamento de Rúben, por exércitos. O exército de Rúben estava sob o comando de Elisur filho de Sedeur. 19 O exército da tribo de Simeão estava sob o comando de Salamiel filho de Surisadai. 20 O exército da tribo de Gad estava sob o comando de Eliasaf filho de Deuel. 21 Em seguida partiram os descendentes de Caat, levando o santuário. Assim, ao chegarem, a Morada já estava montada.
22 Depois partiu a bandeira do acampamento de Efraim, por exércitos. O exército de Efraim estava sob o comando de Elisama filho de Amiud. 23 O exército da tribo de Manassés estava sob o comando de Gamaliel filho de Fadassur. 24 O exército da tribo dos benjaminitas estava sob o comando de Abidã filho de Gedeão.
25 Depois, à retaguarda dos outros acampamentos, partiu a bandeira do acampamento dos descendentes de Dã, por exércitos. O exército danita estava sob o comando de Aiezer filho de Amisadai. 26 O exército da tribo de Aser estava sob o comando de Fegiel filho de Ocrã. 27 O exército da tribo de Neftali estava sob o comando de Aíra filho de Enã. 28 Era esta a ordem de partida dos israelitas quando se punham em movimento.
29 Moisés disse ao sogro Hobab, filho de Ragüel, o madianita: “Estamos indo para o lugar que o Senhor nos prometeu dar. Vem conosco, e te haveremos de tratar bem, porque o Senhor prometeu prosperidade a Israel”. 30 Ele respondeu: “Não, eu não irei! Prefiro voltar para minha terra natal”. 31 Moisés insistiu: “Não nos abandones, pois tu conheces os lugares onde podemos acampar no deserto e poderás servir-nos de guia. 32 Se vieres conosco, nós te faremos participar da prosperidade que o Senhor nos der”.
33 Partindo do monte do Senhor, fizeram uma viagem de três dias. A arca da aliança do Senhor os precedia, procurando-lhes um lugar de descanso. 34 De dia, quando levantavam o acampamento, a nuvem do Senhor estava sobre eles. 35 Quando a arca da aliança se punha em movimento, Moisés dizia:
“Levanta-te, Senhor, que se dispersem os inimigos!
Fujam diante de ti os que te odeiam”.
36 Quando a arca parava, dizia:
“Volta, ó Senhor da imensa multidão de Israel”.
11 1 O povo começou a murmurar contra o Senhor. Ao ouvir, o Senhor inflamou-se de ira. O fogo do Senhor irrompeu contra eles e devorou uma extremidade do acampamento. 2 O povo pediu socorro a Moisés, que intercedeu junto do Senhor, e o fogo se apagou. 3 Deram àquele lugar o nome de Tabera, \Incêndio, porque ali havia irrompido contra eles o fogo do Senhor.
4 Certa gente que se misturava a eles foi tomado de um apetite incontrolado, de modo que até os israelitas voltaram a lamentar-se e a dizer: “Quem nos dará carne para comer? 5 Estamos lembrados dos peixes que comíamos de graça no Egito, dos pepinos, melões, verduras, cebolas e alhos! 6 Agora estamos definhando à míngua de tudo. Não vemos outra coisa senão maná”. 7 (O maná era parecido com a semente do coentro e amarelado como a resina. 8 O povo se dispersava para o recolher e o moía num moinho, ou socava num pilão. Depois cozinhavam-no em panelas e faziam broas com gosto de bolo preparado com azeite. 9 À noite, quando o orvalho caía sobre o acampamento, caía também o maná.)
10 Moisés ouviu como o povo se lamentava, família por família, cada uma à entrada de sua tenda. Então o Senhor inflamou-se de grande ira, e Moisés, muito aflito, 11 disse ao Senhor: “Por que maltratas assim teu servo? Por que gozo tão pouco de teu favor, a ponto de descarregares sobre mim o peso de todo este povo? 12 Acaso fui eu quem concebeu?ou deu à luz este povo, para que me digas: ‘Carrega-o no colo, como se fosse uma babá a levar uma criança, até à terra que prometeste a seus pais? 13 Onde conseguirei carne para dar a toda esta gente? Pois se lamentam contra mim, dizendo: ‘Dá-nos carne para comer’. 14 Já não posso suportar sozinho o peso de todo este povo: é grande demais para mim. 15 Se queres continuar a me tratar assim, peço que me tires a vida! Se, pelo contrário, ganhei teu favor, então que eu não veja mais minha desgraça”.
16 O Senhor disse a Moisés: “Reúne-me setenta homens dentre os anciãos de Israel, que tu conheces como sendo anciãos e magistrados do povo, e traze-os à Tenda do Encontro, onde devem esperar contigo. 17 Descerei ali para falar contigo. Retirarei um pouco do?espírito que há em ti e o darei a eles, para que te ajudem a carregar o peso do povo, e não sejas sozinho a suportá-lo.
18 E dirás ao povo: Santificai-vos para amanhã e comereis carne. Pois chegou ao ouvido do Senhor o vosso lamento: ‘Quem nos dará carne para comer! Estávamos tão bem no Egito!’ Por isso, o Senhor vos dará carne e vós a comereis, 19 e não apenas um dia, nem dois, nem cinco, nem dez ou vinte, 20 mas durante um mês inteiro, até que a carne vos?saia pelas narinas e vos cause náuseas. Pois rejeitastes o Senhor, que está no meio de vós, e vos lamentastes diante dele, dizendo: ‘Por que saímos do Egito?’”
21 Moisés lhe disse: “O povo no meio do qual estou conta seiscentos mil homens a pé, e tu dizes: ‘Vou dar-lhes carne para que comam um mês inteiro!’ 22 Se matassem as ovelhas e os bois, seria suficiente para eles? Se fossem ajuntados todos os peixes do mar, bastaria para saciá-los?”
23 O Senhor respondeu a Moisés: “Acaso o poder do Senhor ficou diminuído? Agora mesmo verás se minha palavra se cumpre ou não”.
24 Depois de sair para comunicar ao povo as palavras do Senhor, Moisés reuniu setenta homens dentre os anciãos do povo e colocou-os ao redor da Tenda do Encontro. 25 O Senhor desceu na nuvem e falou a Moisés. Retirou um pouco do espírito que Moisés possuía e o pôs sobre os setenta anciãos. Assim que pousou sobre eles o espírito, puseram-se a profetizar, mas não continuaram. 26 Dois homens, porém, tinham ficado no acampamento. Um chamava-se Eldad e o outro, Medad. O espírito pousou igualmente sobre os dois, que estavam na lista mas não tinham ido à Tenda, e eles se puseram a profetizar no acampamento. 27 Um jovem foi correndo avisar a Moisés que Eldad e Medad estavam profetizando no acampamento. 28 Josué, filho de Nun, ajudante de Moisés desde a juventude, disse: “Moisés, meu senhor, manda que eles se calem”. 29 Moisés respondeu: “Tens ciúmes por mim? Quem dera que todo o povo do Senhor fosse profeta e que o Senhor lhe concedesse o seu espírito!” 30 Em seguida, Moisés recolheu-se ao acampamento com os anciãos de Israel.
31 Soprou, então, um vento mandado pelo Senhor, que trouxe do mar um bando de codornizes e as fez pousar sobre o acampamento. Espalhavam-se num raio de um dia de viagem ao redor do acampamento, a um metro de altura. 32 O povo levantou-se e passou todo aquele dia, a noite inteira e todo o dia seguinte recolhendo codornizes. O homem que menos ajuntou recolheu dez cargas de asno. Estenderam-nas para secar ao redor do acampamento. 33 Estavam ainda com a carne entre os dentes e não tinham acabado de mastigar, quando se inflamou a ira do Senhor e feriu o povo com um grande flagelo. 34 Deram àquele lugar passou a se chamar Cibrot-Ataava, \Sepulcros da Gula, porque ali foi sepultado o povo dominado pela gula. 35 De Cibrot-Ataava partiram para Haserot, onde acamparam.
12 1 Maria e Aarão criticaram Moisés por causa da sua mulher etíope. 2 Diziam: “Acaso o Senhor falou só por Moisés? Não falou também por meio de nós?” E o Senhor ouviu isso. 3 Moisés era homem muito humilde, mais do que qualquer pessoa sobre a terra.
4 De repente, o Senhor disse a Moisés, Aarão e Maria: “Ide todos os três à Tenda do Encontro”. E eles foram. 5 O Senhor desceu na coluna de nuvem, parou à entrada da tenda e chamou Aarão e Maria. Quando os dois se aproximaram, 6 ele lhes disse:
“Escutai minhas palavras:
Se houver entre vós um profeta do Senhor,
eu me revelarei a ele em visões
e lhe falarei em sonhos.
7 O mesmo, porém, não acontece com meu servo Moisés:
ele é homem de confiança em toda a
minha casa.
8 Com ele falo face a face,
às claras e não em enigma,
ele contempla a forma do Senhor.
Como, pois, vos atreveis a criticar meu
servo Moisés?”
9 E indignado contra eles, O Senhor retirou-se. 10 Apenas a nuvem se tinha afastado da Tenda, Maria ficou leprosa, branca como a neve. Quando Aarão olhou para ela, viu-a toda coberta de lepra. 11 Aarão disse então a Moisés: “Por favor, meu senhor, não nos faças pagar pelo pecado que tolamente cometemos. 12 Que Maria não fique como morta, como um aborto lançado fora do ventre da mãe, com a metade da carne consumida pela lepra”. 13 Então Moisés clamou ao Senhor, dizendo: “Ó Deus, eu te rogo, concede-lhe a cura!”
14 O Senhor respondeu a Moisés: “Se o pai lhe tivesse cuspido no rosto, não ficaria envergonhada durante sete dias? Seja Maria confinada durante sete dias fora do acampamento e depois readmitida”. 15 Assim Maria ficou confinada fora do acampamento durante sete dias, e o povo não se moveu do lugar enquanto ela não foi readmitida. 16 Depois o povo partiu de Haserot e acampou no deserto de Farã.
13 1 O Senhor falou a Moisés: 2 “Envia alguns homens para fazer reconhecimento da terra de Canaã, que vou dar aos?israelitas. Enviarás um homem de cada tribo patriarcal, e todos sejam chefes entre os seus”. 3 Moisés os enviou do deserto de Farã, segundo a ordem do Senhor. Todos estes homens eram chefes dos israelitas. 4Os nomes são estes: 4 da tribo de Rúben, Samua filho de Zacur; 5 da tribo de Simeão, Safat filho de Huri; 6 da tribo de Judá, Caleb filho de Jefoné; 7 da tribo de Issacar, Igal filho de José; 8 da tribo de Efraim, Oséias filho de Nun; 9 da tribo de Benjamim, Falti filho de Rafu; 10 da tribo de Zabulon, Gediel filho de Sodi; 11 da tribo de José, isto é, de Manassés, Gadi filho de Susi; 12 da tribo de Dã, Amiel filho de Gemali; 13 da tribo de Aser, Setur filho de Miguel; 14 da tribo de Neftali, Naabi filho de Vapsi; 15 da tribo de Gad, Güel filho de Maqui; 16 são esses os nomes dos homens enviados por Moisés para fazer o reconhecimento do país. A Oséias filho de Nun, Moisés deu o nome de Josué.
17 Moisés os enviou para explorar a terra de Canaã, recomendando-lhes: “Segui pelo deserto do Negueb. Ao chegardes às montanhas, 18 observai como é essa terra, se o povo que nela vive é forte ou fraco, se são poucos ou muitos; 19 como é a terra em que esse povo mora, se é boa ou ruim; como são as cidades em que vivem, se têm muralhas ou não; 20 se o solo é fértil ou pobre, se existem árvores ou não. Sede corajosos e trazei alguns frutos dessa terra”. (Era então o tempo das primeiras uvas.)
21 Subiram e exploraram a terra desde o deserto de Sin até Roob, no caminho de Emat. 22 Subindo pelo deserto do Negueb chegaram a Hebron, onde viviam Aimã, Sesai e Tolmai, descendentes de Enac. (Hebron fora construída sete anos antes de Tânis no Egito.) 23 Chegaram até ao vale de Escol. Ali cortaram um ramo de videira com o cacho, que dois homens transportaram numa vara; e apanharam também romãs e figos. 24 O lugar foi chamado vale de Escol, \vale do Cacho, por causa do cacho de uva que os israelitas dali levaram.
25 Ao fim de quarenta dias, eles voltaram do reconhecimento da terra. 26 Apresentaram-se a Moisés, Aarão e toda a comunidade dos israelitas em Cades, no deserto de Farã. Fizeram um relato para eles e para toda a comunidade, mostrando os frutos da terra. 27 Contaram o seguinte: “Entramos na terra à qual nos enviastes. De fato, é uma terra onde corre leite e mel, como se pode ver por estes frutos. 28 Porém, o povo que vive nessa terra é muito forte. As cidades são fortificadas e enormes. Vimos ali descendentes de Enac. 29 Os amalecitas vivem na região do deserto do Negueb. Os heteus, os jebuseus e amorreus, na parte montanhosa; os cananeus, na costa marítima e ao longo do Jordão”.
30 Então Caleb, para acalmar o povo revoltado contra Moisés, disse: “Vamos subir e conquistar a terra, pois somos capazes de fazê-lo”. 31 Mas os homens que haviam subido com ele disseram: “Não podemos enfrentar esse povo, porque é mais forte do que nós”. 32 E puseram-se a fazer comentários negativos diante dos israelitas sobre a terra que haviam explorado, dizendo: “A terra que fomos reconhecer é uma terra que devora os seus habitantes, e toda a gente que aí vimos é de estatura extraordinária. 33 Lá vimos até gigantes, os descendentes de Enac, da raça dos gigantes. comparados com eles parecíamos gafanhotos; e era assim que eles nos viam”.
14 1 Então toda a comunidade levantou a voz e começou a gritar; e o povo passou a noite se lamentando. 2 Todos os israelitas murmuravam contra Moisés e Aarão, toda a comunidade lhes dizia: “Antes tivéssemos morrido no Egito, ou ao menos neste deserto. 3 Por que nos leva o Senhor para essa terra? A fim de cairmos ao fio da espada, e para que nossas mulheres e nossos filhos sejam reduzidos ao cativeiro? Não seria melhor voltarmos para o Egito?” 4 E diziam uns aos outros: “Vamos escolher um chefe e voltar para o Egito”.
5 Então Moisés e Aarão caíram com o rosto em terra perante toda a comunidade dos israelitas. 6 Josúe filho de Nun e Caleb filho de Jefoné, que estavam entre os que exploraram a terra, rasgaram as vestes 7 e disseram a toda a comunidade dos israelitas: “A terra que percorremos e exploramos é uma terra excelente. 8 Se o Senhor nos quer bem, ele nos introduzirá nela e nos dará esta terra, onde corre leite e mel. 9 De modo algum deveis revoltar-vos contra o Senhor, nem temer a população dessa terra, pois haveremos de devorá-los como pão. A sua sombra protetora os abandonou, enquanto conosco está o Senhor. Não tenhais medo deles!” 10 Mas toda a comunidade ameaçou apedrejá-los, mas então a glória do Senhor apareceu a todos os israelitas na Tenda do Encontro.
11 E o Senhor disse a Moisés: “Até quando este povo vai desprezar-me? Até quando vai recusar-se a crer em mim, apesar de todos os sinais que fiz no meio deles? 12 Vou feri-los?de peste e privá-los da herança. De ti, porém,?farei uma nação maior e mais forte do que esta”.
13 Moisés respondeu ao Senhor : “Mas os egípcios sabem que de seu meio tiraste este povo com teu poder, 14 e o dirão aos habitantes desta terra. Eles sabem que tu, Senhor, estás no meio deste povo; que tu, Senhor, te manifestas a ele face a face; que sobre eles vela tua nuvem; que de dia os precedes numa coluna de nuvem e de noite, numa coluna de fogo. 15 Se, pois, fizeres morrer este povo como se fosse um só homem, as nações que ouvirem tais notícias a teu respeito comentarão: 16 ‘O Senhor foi incapaz de introduzir o povo na terra que lhes prometeu, por isso os massacrou no deserto’. 17 Seja agora, pois, engrandecida a força do meu Senhor, como tu mesmo declaraste: 18 ‘O Senhor é paciente e misericordioso; suporta a maldade e a rebeldia, mas não a deixa impune; castiga a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração’. 19 Perdoa, pois, o pecado deste povo segundo a tua grande misericórdia, da mesma forma como o suportaste desde o Egito até aqui”.
20 Disse-lhe então o Senhor: “Eu os perdoei, conforme teu pedido. 21 No entanto, \juro por minha vida e pela glória do Senhor que enche a terra inteira: 22 nenhum dos homens que viram minha glória e os sinais que fiz no Egito e no deserto, e que já por dez vezes me puseram à prova e desobedeceram, 23 verá a terra que jurei dar a seus pais. Nenhum?dos que me desprezaram verá essa terra. 24 Mas como o meu servo Caleb, animado de bem outro espírito, me seguiu fielmente, eu o introduzirei na terra que visitou e que seus descendentes herdarão. 25 Visto que os amalecitas e os cananeus moram nas planícies, mudai de rumo amanhã e parti para o deserto pela rota do mar Vermelho”.
26 O Senhor falou a Moisés e Aarão: 27 “Até quando esta comunidade perversa ficará murmurando contra mim? Bem ouvi as queixas que os israelitas murmuram contra mim. 28 Dize-lhes: Por minha vida – oráculo do Senhor – \juro que vos farei assim como vos ouvi dizer: 29 Neste deserto ficarão estendidos vossos cadáveres. Todos vós que fostes recenseados, de vinte anos para cima, e que murmurastes contra mim, 30 nenhum de vós entrará na terra na qual, com mão levantada, jurei fazer-vos habitar – exceto Caleb filho de Jefoné e Josué filho de Nun. 31 Mas os?vossos filhos, dos quais dissestes que seriam presa dos inimigos, eu os introduzirei, para que vejam a terra que vós desprezastes. 32 Vossos cadáveres ficarão estendidos neste deserto. 33 Vossos filhos serão nômades no?deserto durante quarenta anos, carregando o peso de vossas infidelidades, até vossos cadáveres se consumirem no deserto. 34 Carregareis vossa culpa durante quarenta anos, número correspondente aos quarenta dias em que fizestes o reconhecimento da terra, isto é, um ano?para cada dia. Assim experimentareis a minha reprovação. 35 Eu, o Senhor, assim como disse, assim farei com toda esta comunidade perversa que se insurgiu contra mim: nesta solidão serão consumidos e morrerão”.
36 De fato, os homens que Moisés tinha enviado para explorar a terra e que na volta?fizeram murmurar contra ele toda a comunidade, falando mal da terra, 37 esses mesmos homens que haviam difamado a terra foram golpeados diante do Senhor. 38 Dos homens que tinham ido explorar a terra sobreviveram apenas Josué filho de Nun e Caleb filho de Jefoné.
39 Quando Moisés referiu essas palavras aos israelitas, o povo ficou muito preocupado. 40 Na manhã seguinte levantaram-se dispostos a subir para o cume da montanha, dizendo: “Estamos prontos para subir à terra de que o Senhor nos falou, porque pecamos”. 41 Moisés, porém, disse: “Por que quereis transgredir a ordem do Senhor? Isto não terá bom êxito. 42 Não tenteis subir, pois o Senhor não está no meio de vós. Do contrário, sereis derrotados pelo inimigo. 43 Os amalecitas e os cananeus estão lá à vossa espera, e tombareis pela espada. Já que voltastes as costas ao Senhor, ele não estará convosco”. 44 Apesar disso teimaram em subir para o cume da montanha. Mas a arca da aliança do Senhor e Moisés não se moveram do meio do acampamento. 45 Os amalecitas e os cananeus que viviam naquela montanha desceram e derrotaram-nos, destroçando-os até Horma.
15 1 O Senhor falou a Moisés : 2 “Fala aos israelitas e dize-lhes: Quando entrardes na terra em que habitareis e que eu vos dou, 3 e oferecerdes ao Senhor uma oferta queimada, um holocausto ou sacrifício em cumprimento de um voto, por ocasião de uma oferta espontânea ou das solenidades, sacrificando bois e ovelhas em suave odor ao Senhor, 4 o ofertante apresentará ao Senhor uma oferenda de um jarro \de quatro litros de farinha fina amassada com um litro de azeite. 5 Como libação apresentarás um litro de vinho para cada cordeiro, além do holocausto ou sacrifício. 6 Se for um carneiro, farás uma oblação dois jarros de farinha amassada com um litro e meio de azeite. 7 Para a libação apresentarás um litro e meio de vinho, como suave odor ao Senhor. 8 Se ofereceres um bezerro em holocausto por um voto ou em sacrifício de comunhão ao Senhor, 9 acrescentarás uma oferenda de três jarros de farinha fina, amassada com dois litros de azeite, 10 e dois litros de vinho para a libação, como oferta queimada, de suave odor, ao Senhor. 11 Assim se fará para cada touro, carneiro, cordeiro ou cabrito. 12 Qualquer que seja o número de vítimas oferecido, fareis para cada uma a oferta correspondente.
13 Assim deverão proceder todos os nativos ao apresentar ofertas queimadas, de suave odor, ao Senhor. 14 Se um estrangeiro residir temporariamente no meio de vós, ou se durante gerações viver entre vós, e oferecer uma oferta queimada, de suave odor, ao Senhor, deverá proceder da mesma forma como vós. 15 Tanto para vós como para o estrangeiro que mora convosco vale o mesmo decreto, um decreto perpétuo diante do Senhor para todas as gerações, válido igualmente para vós e para o estrangeiro. 16 A mesma lei e o mesmo rito valerão para vós e para o estrangeiro que viver convosco”.
17 O Senhor falou a Moisés: 18 “Fala aos israelitas e dize-lhes: Quando tiverdes entrado na terra em que eu vos introduzir 19 e comerdes do pão, devereis separar um tributo para o Senhor. 20 Separareis como tributo um pão feito com a farinha nova, da mesma forma como separais o tributo da colheita. 21 Por todas as gerações devereis dar ao Senhor esse tributo da farinha nova.
22 “Se por inadvertência falhardes, deixando de cumprir algum destes mandamentos que o Senhor deu a Moisés, 23 isto é, alguma coisa do que o Senhor vos ordenou por meio de Moisés para todas as gerações, desde o dia da promulgação em diante, 24 nesse caso, se a falta foi cometida sem a comunidade ter consciência disso, a comunidade inteira oferecerá um bezerro em holocausto como suave odor ao Senhor, além da oblação e da libação costumeiras e de um cabrito pelo pecado. 25 O sacerdote fará a expiação por toda a comunidade israelita. Assim a falta lhes será perdoada, pois foi inadvertida e por ela apresentaram ao Senhor a oferta queimada e a vítima pelo pecado. 26 Assim toda a comunidade israelita será absolvida, bem como o estrangeiro que viver no meio deles, pois se tratava de uma falta coletiva por inadvertência.
27 Se uma só pessoa pecar por inadvertência, oferecerá uma cabra de um ano pelo pecado. 28 O sacerdote fará diante do Senhor a expiação por aquele que pecou por inadvertência, e este será perdoado. 29 Tanto para o israelita nativo, quanto para o estrangeiro que vive no meio de vós, haverá uma só lei para quem comete um pecado por inadvertência.
30 Mas quem agir dolosamente, seja ele nativo ou estrangeiro, comete um ultraje ao Senhor e será eliminado do meio do povo. 31 Desprezou a palavra do Senhor e violou o mandamento. Deverá ser eliminado, a iniqüidade lhe será imputada”.
32 Enquanto os israelitas se achavam no deserto, um homem foi surpreendido apanhando lenha em dia de sábado. 33 Os que o surpreenderam levaram-no à presença de Moisés, de Aarão e de toda a comunidade. 34 Como não se decidiu o que fazer com ele, deixaram-no sob custódia.
35 Então o Senhor disse a Moisés: “Este homem deve ser condenado à morte. A comunidade toda o apedrejará fora do acampamento”. 36 Toda a comunidade o conduziu para fora do acampamento e o apedrejou até morrer, como o Senhor havia ordenado a Moisés.
37 O Senhor disse a Moisés: 38 “Fala aos israelitas e dize-lhes que, por todas as gerações, façam franjas nas bordas das vestes, e nas franjas da borda atem um cordão de púrpura violeta, 39 fazendo parte da franja. Isso para que, vendo-o, vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor e os cumprais, e não corrais atrás dos desejos de vosso coração e dos vossos olhos, que vos levam à infidelidade. 40 Assim, lembrando-vos dos meus mandamentos e pondo-os em prática, sereis consagrados para vosso Deus. 41 Eu sou o Senhor vosso Deus que vos libertou do Egito para ser o vosso Deus. Eu sou o Senhor vosso Deus”.
Números (CNB) 8