PEQUENO MANUAL PARA A SEMANA SANTA

(Org. e Sugestões: Pe. Rogério Cabral Caetano)

 

“A Liturgia da Semana Santa seja realizada de modo a poder oferecer ao povo cristão a riqueza dos ritos e orações; é importante que seja respeitada a verdade dos sinais, se favoreça a participação dos fiéis e seja assegurada a presença de ministros, leitores e cantores”.

 

            É nessa perspectiva que nasce não sei se poderia chamar de “Pequeno Manual da Semana Santa”, e que se dirige de maneira peculiar às Equipes de Liturgia, Ministros Extraordinários da Distribuição da Comunhão Eucarística, enfim, a todas aquelas pessoas que estão empenhadas e colaboram com os sacerdotes nas comunidades paroquiais.

            Pois, nas várias paróquias, comunidades e capelas por onde passei ainda como seminarista, senti as dificuldades e ao mesmo tempo a disponibilidade daqueles leigos e leigas em preparar bem a “GRANDE SEMANA”.

            O nosso “pequeno manual” apesar de ser pautado no Magistério atual e nos livros litúrgicos renovados, têm falhas!  E se você tem uma sugestão para o enriquecimento destes grandes dias, envie-nos.

            E que seja para Maior Glória de Deus e Salvação das Almas!

            Fraternalmente,

Pe. Rogério Cabral Caetano

Coordenador Diocesano de Liturgia e Cerimônias Episcopais

Pça. José do Canto Mascarenhas, 70 – Lia Márcia

Bom Jesus do Itabapoana-RJ CEP 28360-000

Tel.: 22 – 3831-2358    -   rocabralc@hotmail.com

Diocese de Campos-RJ.

 

 

 

 

 

 

 

I - DOMINGO DE RAMOS:

 

a)     Deve-se marcar uma única e grande, procissão. De preferência os fiéis se reunindo numa Igreja menor para a sede paroquial;

b)     Para o sacerdote deve-se preparar um ramo maior e mais esplendoroso e amarrado com um laço de fita vermelha;

c)     Deve-se preparar uma folha com cânticos apropriados, bem como um carro de som para o início da cerimônia e também para toda a procissão, de maneira que não haja improvisação.

d)     Caldeirinha e hissope de água benta.

e)     Após a benção dos ramos, segue-se precedidos pelo sacerdote e ministros a procissão com cânticos, turíbulo, cruz e velas (lanternas);

f)      Toda a liturgia da palavra deve ser distribuída entre os leitores com antecedência para não haver improvisação;

g)     Todo o caminho onde passará o cortejo processional, poderá ser decorado com ramos, e no chão podem-se jogar folhas de árvores picadas fazendo um grande tapete.

h)     Na leitura da Paixão não se usa incenso, nem velas, sem a saudação do povo e sem o beijo no livro do sacerdote;

i)       A cruz processional pode ser decorada com ramos bentos;

j)      Na procissão, à frente do celebrante vai se o Evangeliário, ou na falta deste, o lecionário correspondente devidamente marcado;

k)     O celebrante poderá usar na procissão pluvial vermelho ou na falta deste, casula de cor  vermelha;

l)       Dependendo da realidade e criatividade de cada equipe de liturgia, seria muito expressivo que se preparasse um burrinho com um figurante vestido de Jesus e os discípulos.

m)   O celebrante ao chegar ao presbitério, se usou pluvial na procissão, retira-o coloca a casula (que está sobre o altar), reverencia o altar e incensa o mesmo.

n)     Devem-se preparar ramos para os fiéis como também para serem guardados para a quarta-feira de cinzas do próximo ano (para se fazer as cinzas).

o)     Na procissão do ofertório, podem ser conduzidos três símbolos evocativos dos três mistérios que a Igreja irá celebrar no Tríduo Pascal: O PÃO E O VINHO (lembrando a Ceia do Senhor na quinta-feira santa); UMA CRUZ (lembrando a cruficação do Redentor a ser celebrada na sexta-feira santa); CIRIO PASCAL (lembrando a vitória da luz sobre as trevas com a Ressurreição de Cristo a ser celebrada na Vigília Pascal e no Domingo de Páscoa).

 

 

II - MISSA DA CEIA DO SENHOR (Lava-pés):

 

a)     Inicia-se o tríduo sagrado, chamado também de o “Tríduo do crucificado, do sepultado e do ressuscitado”.

b)     Cruz processional, velas, turíbulo fumegando.

c)     Matracas.

d)     Pode-se entrar na procissão de entrada os santos óleos que foram abençoados pela manhã na Catedral pelo Sr. Bispo. Prepara-se no presbitério uma mesa para colocá-los. Para serem levados ao presbitério os santos óleos, poderiam três jovens vestir túnicas das respectivas cores dos óleos: ROXO (óleo dos enfermos); ROSA (óleo do Crisma); BRANCO (óleo do batismo).

e)     Pode ser decorado perto do altar e nunca em cima do mesmo, com pão, uva, vinho.

f)      Antes da celebração, o sacrário deve estar vazio. As hóstias para a comunhão dos fiéis devem ser consagradas na mesma celebração da missa de maneira suficiente para o dia seguinte também (Sexta-feira santa).

g)     Reserve-se uma Capela para conservação do Santíssimo Sacramento e seja ela ornada de modo conveniente, para que possa facilitar a oração e meditação: recomenda-se o respeito

daquela solenidade que convém à liturgia destes dias, evitando ou renovando qualquer abuso contrário.

h)     Durante o canto do hino do “Glória” tocam-se os sinos (da torre e do altar). Concluído o canto eles ficarão silenciosos até o “Glória” da Vigília Pascal.

i)       O órgão ou outros instrumentos a partir do canto do “Glória”, só serão utilizados para sustentar o canto. De maneira que não se use nem bateria e nem pandeiros...

j)      Seja conservada para o lava-pés a escolha de alguns homens, e como sugestão podendo ser 12 que significa os 12 apóstolos. Neste momento o celebrante retira a casula e cinge-se com uma toalha grande que possa ser amarrada à cintura e ao mesmo tempo enxugar os pés dos discípulos, a casula ficará aberta sobre o altar.  Após terminar o lava-pés e ter lavado as mãos vestirá novamente a casula. Pode ser dado para os homens um pão.

k)     Na procissão do ofertório tendo sido feita uma conscientização na comunidade, a comunidade pode fazer doação de alimentos não perecíveis para os menos favorecidos, como nos sugere o Missal Romano.

l)       Na consagração, não se toca a campainha e sim as matracas.

m)   Após a oração da comunhão, forme-se o cortejo, passando por toda a Igreja, que acompanha o Santíssimo Sacramento ao lugar da reposição. A procissão é precedida pelo cruciferário, as velas, o turíbulo fumegando e as matracas.

n)     Usa-se a Umbela para cobrir o Santíssimo.

o)     Nunca se pode fazer a exposição com o ostensório. (A reserva Eucarística deverá ficar dentro do sacrário).

p)     Na adoração até a meia-noite, pode ser lida uma parte do evangelho segundo João Cap. 13-17. Após a meia noite, esta adoração seja feita sem solenidade já que começou o dia da paixão do Senhor.  Recomenda-se o silêncio.

q)     A capela do Santíssimo pode ser ornada com flores, com todo esplendor.

r)      O sacerdote deveria usar pluvial e véu umeral festivo na transladação do Santíssimo Sacramento em direção ao altar da reposição.  Na falta do Pluvial use pelo menos o véu umeral sobre a túnica ou alva com estola.

s)     Concluída a missa é desnudado o altar da celebração. Convém cobrir as cruzes da Igreja com um véu de cor vermelha ou roxa.

      Para a missa deve-se preparar:

a)     Âmbulas com partículas para consagrar para essa missa e para a Sexta-feira;

b)     Véu de ombros;

c)     Turíbulo com naveta;

d)     Tochas e velas;

      Para o lava pés:

a)     Assentos para os homens designados;

b)    Jarro de água e bacia;

c)     Toalha para enxugar os pés;

d)    Sabonete (para o sacerdote lavar as mãos)

 

III - CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO DO SENHOR

 

a)     Neste dia não se celebra a Eucaristia.

b)     Guarda-se o jejum e a abstinência.

c)     Só se celebram nestes dias os sacramentos da Unção dos enfermos e da Confissão.

d)     Prepara-se tapete e almofadas para os sacerdotes (presidente e concelebrantes).

e)     Os sacerdotes prostam-se os demais ministros, coroinhas e povo ajoelham-se.

f)      Prepara-se uma cruz que deve ser esplendorosa coberta com um véu vermelho e dois castiçais com velas (na credencia no fundo igreja).

g)     Durante a adoração e o beijo devocional, canta-se hinos apropriados e salmos.

h)     Depois da comunhão proceda-se à desnudação do altar, deixando a mesma cruz no centro do altar, com quatro castiçais.

i)       Pode-se fazer até a hora da procissão do Senhor Morto a via-sacra.

j)      Tendo a procissão do Senhor Morto, pode-se deixar o esquife a veneração pública, juntamente com a imagem de Nossa Senhora das Dores. Na procissão recomenda-se silêncio e orações e também o uso das matracas, bem como um carro de som com canto gregoriano, ou cantos penitenciais.

      Na credencia:

a)     Missal

b)     Lecionário

c)     Toalhas para o altar

d)     Corporais com sangüíneos

e)     Purificatório

f)      Velas para o altar.

g)     Âmbulas

 

IV - VIGÍLIA – SÁBADO SANTO:

 

a)     Pode continuar exposta durante o dia para a veneração dos fiéis, uma imagem do Cristo crucificado, ou morto bem como a imagem da Santíssima Virgem das Dores.

b)     Pedir com antecedência que os fiéis tragam velas ou a paróquia oferecer.

c)     Evite-se com todo o cuidado que os salmos da vigília sejam substituídos por canções populares.

d)     No canto do “Glória”, tocam-se os sinos, e também se podem preparar fogos de artifício.

e)     O círio Pascal é colocado no presbitério, ao lado do ambão.  O pedestal onde ficará o círio poderá ser decorado com flores.

f)      O tempo pascal vai até o dia de Pentecostes, nesse dia sairá solenemente do presbitério o Círio Pascal, o qual ficou todo esse tempo no presbitério. A partir desse dia só será usado, nas cerimônias do batismo e Crisma. (O Sacerdote poderá usar o Rito para apagar o Círio Pascal)

 

 

 

 

O que preparar:

Para o fogo:

 

a)      Uma fogueira podendo ser na frente da Igreja e que seja bem expressiva, quer dizer, que sua luz possa clarear mesmo.

b)      O Círio Pascal (que seja novo, nunca se deve reaproveitar o Círio do ano que passou).

c)      Cinco cravos, com grãos de incenso colocados nos mesmos.

d)      Um estilete, para fazer a incisão no círio.

e)      Uma vela grande para o celebrante acender o círio com o fogo novo.

f)       Lanterna para iluminar os textos que o celebrante há de recitar.

g)      Pegador de macarrão, para o turiferário tirar as brasas acesas do fogo novo e colocá-las no turíbulo.

h)      Candelabro para o círio pascal, posto junto do ambão.

i)       Preparar um microfone  e um bom som, para o celebrante e o comentarista, onde começara a cerimônia, com a bênção do fogo novo.

 

Para a liturgia batismal:

a) Recipiente com água;

b) Quando se administram os sacramentos da Iniciação Cristã: óleo dos catecúmenos, Santo Crisma, vela batismal, Ritual Romano.

c) Apagam-se as luzes da Igreja.

d) Mesmo não havendo batismo deve-se preparar um recipiente (sugiro talhas de barro) com água para a aspersão.

e) Caldeirinha (vazia) com hissope para a hora da aspersão.

 

Benção do Fogo e Preparação do Círio:

 

a)     O Celebrante vai com paramentos brancos, à sua frente vai um dos acólitos ou Ministro com o Círio Pascal.

b)     Não se leva a cruz processional nem velas acesas.

c)     O turiferário leva o turíbulo sem brasas com a naveta.

 

 

 

Procissão:

 

a)     Depois de acender o Círio, o celebrante deita o incenso no turíbulo, se houver diácono ou padre concelebrante este levará o Círio Pascal, na falta destes o Celebrante principal o levará.

b)     Organiza-se a procissão que entra na Igreja. À frente de quem leva o Círio (Padre ou Diácono), vai o turíbulo fumegando. Seguem-se outros ministros, coroinhas e todo o povo com as velas apagadas na mão.

c)     À porta da Igreja, o celebrante (ou diácono) erguendo o Círio canta: “Eis a luz de Cristo!” e todos respondem: Graças a Deus!

d)     Depois, o celebrante principal (ou diácono) avança até ao meio da Igreja, pára e, erguendo o Círio, canta a Segunda vez: “Eis à luz de Cristo!” e todos respondem: Graças a Deus! Todos ascendem as suas velas. Passando o lume de uns aos outros.

e)     Ao chegar diante do altar, o celebrante (ou diácono) pára, e, voltado para o povo, canta pela terceira vez: “Eis a luz de Cristo!” e todos respondem: Graças a Deus! Em seguida coloca o Círio no candelabro preparado junto do ambão.

f)      Acenden-se todas as luzes da Igreja.

 

Precônio Pascal:

 

a)     O celebrante deita incenso do turíbulo e benze-o como para o Evangelho na Missa.

b)     Havendo diácono ou padre concelebrante este fará a proclamação da Páscoa.

c)     Enquanto isso da cadeira o celebrante principal segura uma vela acesa na mão, de pé, para ouvir o precônio pascal.

d)     Todos se conservam igualmente de pé com as velas acesas na mão.

e)     Terminado o precônio pascal, todos apagam as velas e sentam-se.

f)      Após a última leitura do Antigo Testamento, com o seu responsório e respectiva oração, acendem-se as velas do altar e é entoado solenemente o hino: “Glória a Deus nas alturas” neste momento tocam-se os sinos, e os demais instrumentos que até então estavam silenciosos.  Neste momento, também o altar é decorado com arranjos de flores, que deverão estar preparados na sacristia.

g)     Na proclamação do Evangelho, não levam as velas, somente o turíbulo fumegando.

h)     Após o Evangelho, faz-se a homilia; proceda-se a liturgia batismal, se houver.

i)       Havendo batismo, sua liturgia efetua-se junto a pia batismal ou mesmo no presbitério. Onde por antiga tradição, o batistério estiver localizado fora da Igreja, é lá que se tem de ir para a liturgia batismal.

j)      Primeiro faz-se a chamada dos catecúmenos, que são apresentados pelos padrinhos ou se forem crianças, levados pelos pais e padrinhos.

k)     A liturgia batismal acontecendo no presbitério, após a monição do celebrante principal, segue-se a ladainha cantada, à qual o povo responde, de pé, por ser tempo pascal.

l)       Terminada a ladainha, o Celebrante principal, de pé, junto da fonte batismal, com as mãos estendidas, benze a água. Pode-se introduzir na mesma água o círio pascal, uma ou três vezes, como vem indicado no missal.

m)   Terminada a benção da água e dita a aclamação pelo povo, o celebrante principal, interroga os “eleitos” adultos, para que façam à renúncia, segundo o Rito da Iniciação Cristã dos adultos, e os pais ou padrinhos das crianças, segundo o Rito para o batismo de criança.

n)     Faz-se agora a unção com o óleo dos catecúmenos.

o)     O celebrante interroga os eleitos a cerca de sua fé. Tratando-se de crianças, pede-se a profissão de fé dos pais e padrinhos ao mesmo tempo.

p)     Após o interrogatório, o celebrante batiza os eleitos.

q)     Terminado o batismo, acontece a unção com o óleo da crisma.

r)      Após a unção o celebrante, acende avelã no Círio Pascal.

s)     Terminada a ablação batismal e os atos complementares e efetua-se, o regresso aos bancos, em procissão e com as velas acessas. Durante o retorno, canta-se um canto batismal.

t)      Sendo batizados adultos, é administrado-lhes também o sacramento da confirmação.

 

 

Renovação das Promessas do Batismo:

 

a)     Concluído o rito do batismo e da confirmação, ou, se não tiver havido nenhum nem outro, após a benção da água, o celebrante principal estando de pé voltado para o povo, recebe a renovação das promessas da fé batismal dos fiéis, que se conservam de pé com as velas acessas na mão.

b)     Terminada a renovação das promessas do batismo, o celebrante principal ajudados pelos padres concelebrantes ou diáconos, se houver, asperge o povo com água benta, enquanto isso se canta um canto de sentido batismal.

c)     Por fim, a missa decorre como de costume, e com solenidade.

d)     Em algumas paróquias tem-se o costume de fazer a procissão do Senhor Ressuscitado e do triunfo de Nossa Senhora.  Portanto, a Imagem de Jesus Ressuscitado, deve estar em um andor devidamente ornado para a procissão ou carreata após o término da Vigília pascal.

 

 

V - ORIENTAÇÕES GERAIS:

 

a)     Antes de iniciar a sexta-feira santa e concluindo o tempo quaresmal seja feito o Ato Penitencial Comunitário com confissões individuais.

b)     O tempo quaresmal vai até à Quinta-feira Santa.

c)     A partir da missa “da Ceia do Senhor” inicia-se o Tríduo Pascal.

d)     Marcar uma reunião com toda a equipe de liturgia com o sacerdote para acertar todos os detalhes;

e)     Dividir as leituras com antecedência;

f)      Os Salmos devem ser todos cantados com a participação do povo;

g)     Deve-se montar uma “Equipe de Semana Santa”;

h)     Ex.: Batedores de Sino e matraca;

i)       Fogueteiro (para o momento do Glória da Missa da Ceia do Senhor e da Vigília Pascal)

j)      Organizadores de procissão;

k)     Organizadores de andores;

l)       Cortadores de Ramos (serviço que deve ser feito com antecedência)

m)   Leitores e Cantores de Salmos

n)     Animadores de procissão.

 

VI – PARALITURGIAS E PIEDADE POPULAR

 

a)     Quarta-feira Santa: Procissão do Encontro do Senhor do Passos e Nossa Senhora das Dores;

b)     Sexta-feira Santa: Sermão das 7 Palavras, descimento do Senhor Morto da cruz e procissão do enterro( Em alguns lugares o povo tem a tradição de dar um beijo na imagem do Senhor morto.  É mais uma oportunidade para evangelizar, fazendo com que a devoção seja mais significativa, através dos vários grupos, movimesntos, pastorais, etc.  Destacar e dar um significado ao beijo das crianças, dos jovens, dos casais, dos homens e das mulheres, dos idosos, dos doentes, etc.  Uma pequena paraliturgia pode ser preparada para este momento, com cânticos penitenciais e fazendo uma ligação com a Campanha da Fraternidade do ano corrente.