Estados de vida: ordenados um para o outro
Cada uma delas [modalidades segundo as quais se deve viver a vocação universal à santidade] tem uma sua fisionomia original e inconfundível e, simultaneamente, cada uma delas se relaciona com as outras e se põe a seu serviço. Assim, o estado de vida laical tem, na índole secular, a sua especificidade e realiza um serviço eclesial ao testemunhar e ao lembrar, à sua maneira, aos sacerdotes, aos religiosos e às religiosas, o significado que as coisas terrenas e temporais têm no desígnio salvífico de Deus. Por sua vez, o sacerdócio ministerial representa a garantia permanente da presença sacramental de Cristo Redentor nos diversos tempos e lugares. O estado religioso testemunha a índole escatológica da Igreja, isto é, a sua tensão para o Reino de Deus, que é prefigurado e, de certo modo, antecipado e pregustado nos votos de castidade, pobreza e obediência. Todos os estados de vida, tanto no seu conjunto como cada um deles em relação com os outros, estão a serviço do crescimento da Igreja, são modalidades diferentes que profundamente se unem no “mistério de comunhão” da Igreja e que dinamicamente se coordenam na sua única missão.
João Paulo II
Christifideles Laici São Paulo 1989, n.55, pp. 157-158
|
|
|