Discursos João Paulo II 2001 - Quinta-feira, 31 de Maio de 2001

NO XX ANIVERSÁRIO DE


FUNDAÇÃO DO INSTITUTO PARA


ESTUDOS SOBRE MATRIMÓNIO E FAMÍLIA


31 de Maio de 2001




Senhores Cardeais
Venerados Irmãos no Episcopado
Caríssimos Irmãos e Irmãs

1. Sinto-me feliz por celebrar juntamente convosco, professores, estudantes e funcionários do vosso, aliás, do "nosso" Instituto para os Estudos sobre Matrimónio e Família. Obrigado pela vossa presença amiga. Saúdo-vos a todos com afecto, reservando um pensamento especial para o Cardeal Grão-Chanceler Camillo Ruini, o Presidente do Conselho Superior do Instituto, Cardeal Alfonso Lopez Trujillo, e D. Carlo Caffarra, Arcebispo de Ferrara, iniciador do Instituto. Saúdo também Mons. Ângelo Scola, Reitor do Instituto, os professores, os estudantes e quantos, de várias formas, cooperam na benemérita actividade deste Centro académico.

Esta data é um sinal eloquente da solicitude da Igreja pelo matrimónio e a família, que constituem um dos bens mais preciosos da humanidade, como pude dizer na Exortação Apostólica Familiaris consortio (cf. n.1 ), da qual se celebra também neste ano o XX aniversário de publicação.
Dado que já estais presentes com secções em todos os continentes, a instituição original, que deu início ao Instituto, mostrou a sua fecundidade em contacto com as novas situações e com os desafios cada vez mais radicais do momento actual.

2. Desenvolvendo o tema abordado nos encontros precedentes, hoje gostaria de chamar a vossa atenção para a exigência de elaborar uma antropologia adequada que procure compreender e interpretar o homem naquilo que é essencialmente humano.

Com efeito, o esquecimento do princípio da criação do homem, homem e mulher, representa um dos factores de maior crise e fragilidade da sociedade contemporânea, com preocupantes problemas a nível do clima cultural, da sensibilidade moral e do contexto jurídico. Quando se perde o princípio, obscurece-se a percepção da singular dignidade da pessoa humana e abre-se o caminho para uma ameaçadora "cultura da morte".

Todavia, a experiência do amor correctamente compreendido permanece uma porta de acesso, simples e universal, através da qual cada homem é chamado a tomar consciência dos factores constitutivos da sua humanidade: razão, afecto e liberdade. A partir da insuprimível interrogação sobre o significado da sua pessoa, sobretudo a partir do princípio do facto de ter sido criado, homem e mulher, à imagem de Deus, o fiel pode reconhecer o mistério do Rosto trinitário de Deus, que o cria inserindo nele o selo da sua realidade de amor e de comunhão.

3. O sacramento do matrimónio e a família, que dele deriva, representam o caminho eficaz através do qual a graça redentora de Cristo assegura aos filhos da Igreja uma participação concreta na communio trinitária. O amor esponsal do Ressuscitado pela sua Igreja, sacramentalmente concedido no matrimónio cristão, alimenta ao mesmo tempo o dom da virgindade pelo Reino. Esta, por sua vez, indica o destino último do próprio amor conjugal.

Desta maneira, o mistério nupcial ajuda-nos a descobrir que a própria Igreja é "família de Deus". Por isso o Instituto, aprofundando a natureza do sacramento do matrimónio, oferece elementos para a renovação da própria eclesiologia.

4. Um aspecto particularmente actual e decisivo para o futuro da família e da humanidade refere-se ao respeito do homem pelas suas origens e às modalidades da sua procriação. Apresentam-se, cada vez mais insistentemente, projectos que situam o início da vida humana em contextos diferentes da união esponsal entre o homem e a mulher. São projectos apoiados com frequência por presumíveis justificações médicas e científicas. Com efeito, com o pretexto de garantir uma melhor qualidade de existência mediante um exame genético, ou então de fazer progredir a investigação médica e científica, são propostas experiências com embriões humanos e métodos para a sua produção, que abrem a porta a instrumentalizações e a abusos por parte de quem se ab-roga um poder arbitrário e ilimitado sobre o ser humano.

A verdade integral sobre o matrimónio e a família, que nos foi revelada em Cristo, é uma luz que permite compreender as dimensões constitutivas daquilo que é autenticamente humano na própria procriação. Como ensina o Concílio Vaticano II, unidos no vínculo conjugal, os esposos são chamados a expressar, mediante os actos honrosos e dignos do matrimónio (cf. Gaudium et spes, GS 49), a sua doação recíproca e a receber com responsabilidade e gratidão os filhos, "preciosíssimo dom do matrimónio" (Ibid., 50). Assim, precisamente na sua doação recíproca, eles tornam-se colaboradores do amor de Deus Criador. Participando no dom da vida e do amor, recebem a capacidade de lhe corresponder e, por sua vez, também de o transmitir.

Portanto, o contexto do amor esponsal e a mediação corpórea do acto conjugal constituem o único lugar em que é plenamente reconhecido e respeitado o valor singular do novo ser humano, chamado à vida. Efectivamente, o homem não se pode reduzir à sua composição genética e biológica, que entretanto também fazem parte da sua dignidade pessoal. Cada homem que vem ao mundo é, desde sempre, chamado pelo Pai a participar em Cristo, pelo Espírito, na plenitude da vida em Deus. Por conseguinte, a partir do instante misterioso da sua concepção, ele deve ser recebido e tratado como pessoa, criada à imagem e semelhança do próprio Deus (cf. Gn Gn 1,26).

5. Outra dimensão dos desafios que hoje esperam uma resposta adequada da investigação e da actividade do vosso Instituto é a da natureza sócio-cultural e jurídica.

Nalguns países, certas legislações permissivas, assentes sobre concepções parciais e erróneas da liberdade, favoreceram ao longo dos últimos anos presumíveis modelos alternativos de família, não já fundamentada sobre o compromisso irrevogável de um homem e de uma mulher, a formar uma "comunidade para a vida inteira". Os direitos específicos, reconhecidos até agora à família, célula básica da sociedade, foram estendidos a formas de associação, a uniões de facto, a pactos civis de solidariedade, estipulados com referência a exigências e interesses individuais, a reivindicações destinadas a sancionar sob o ponto de vista jurídico opções indevidamente apresentadas como conquistas de liberdade. Quem não percebe que a promoção artificial de semelhantes modelos jurídico-institucionais tende a debilitar cada vez mais o direito originário da família, a ser plenamente reconhecida como sujeito social?

Aqui, gostaria de confirmar vigorosamente que a instituição familiar, apta a consentir ao homem adquirir de modo oportuno o sentido da sua própria identidade, lhe oferece ao mesmo tempo um contexto conforme com a dignidade natural e a vocação da pessoa humana. Os laços familiares constituem o primeiro lugar de preparação para as formas sociais da solidariedade. Promovendo no respeito da sua natureza académica uma "cultura da família", o vosso Instituto contribui para o desenvolvimento daquela "cultura da vida", que muitas vezes tive a oportunidade de encorajar.
6. Há vinte anos, na Familiaris consortio, pude afirmar que "o futuro da humanidade passa pela família" (n. 86). Repito-o hoje a vós, com profunda convicção e com aumentada solicitude.

Reitero-o também com plena confiança, recomendando-vos, a vós e o vosso trabalho, a Nossa Senhora de Fátima que, durante estes anos, tem sido a Padroeira dócil e forte do vosso Instituto. A Ela, Rainha da família, confio todos os vossos projectos e o caminho que vos espera nos alvores deste terceiro milénio.

Enquanto vos asseguro que acompanho o vosso compromisso com a minha oração, abençoo-vos do íntimo do meu coração.



PALAVRAS DO SANTO PADRE


NA CELEBRAÇÃO DE ENCERRAMENTO


DO MÊS DE MAIO


31 de Maio de 2001

: "Maria pôs-se a caminho para a montanha..." (Lc 1,39).

Concluimos junto desta Gruta, que nos lembra o Santuário de Lourdes, o caminho mariano desenvolvido no decurso do mês de Maio. Voltamos a viver em conjunto o mistério da Visitação de Maria Santíssima, nesta peregrinação através dos Jardins do Vaticano, que todos os anos envolve em conjunto com Cardeais e Bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, seminaristas e muitos fiéis. Estou agradecido ao querido Cardeal Virgílio Noé e a todos aqueles que cuidaram atentamente da preparação deste momento de oração aos pés da Virgem.

Ressoam aos nossos corações as palavras do evangelista Lucas: "Ao ouvir a saudação de Maria,... Isabel ficou cheia do Espírito Santo" (1, 41).

E o encontro entre a Senhora e a prima Isabel é como uma espécie de "pequeno Pentecostes". Quero sublinhá-lo esta tarde, quase na vigília da grande solenidade do Espírito Santo.

Na narração evangélica, a Visitação vem imediatamente a seguir à Anunciação: a Virgem Santa, que leva no seio o Filho concebido por obra do Espírito Santo, irradia à sua volta graça e alegria espiritual. É a presença do Espírito em Si que faz exultar de alegria o filho de Isabel, João, destinado a preparar o caminho para o Filho de Deus feito homem.

Onde está Maria, está Cristo; e onde está Cristo, está o seu Espírito Santo, que procede do Pai e d'Ele mesmo no mistério sacrossanto da vida trinitária. Os Actos dos Apóstolos sublinham a razão da presença orante de Maria no Cenáculo, juntamente com os Apóstolos reunidos à espera de receber a "força do Alto". O "sim" da Virgem, "fiat", atrai sobre a humanidade o Dom de Deus:

como na Anunciação, também no Pentecostes. Assim continua a acontecer no caminho da Igreja.
Reunidos em oração com Maria, pedimos uma abundante efusão do Espírito Santo sobre toda a Igreja, para que, a velas despregadas, se faça ao largo no novo milénio. De modo particular, invoquemo-lo sobre quantos trabalham diariamente ao serviço da Sé Apostólica, a fim de que o trabalho de cada um seja sempre animado do espírito de fé e de zelo apostólico.

É muito significativo que o último dia do mês de Maio nos traga a festa da Visitação. Com esta conclusão, é como se quiséssemos dizer que cada dia deste mês foi para nós uma espécie de visitação. Vivemos durante o mês de Maio uma contínua visitação, assim como o viveram Maria e Isabel. Agradeçamos a Deus por este facto bíblico nos ter sido proposto, hoje, pela Liturgia.

A todos vós, aqui reunidos em tão grande número, desejo que a graça da visitação de Maria, vivida durante o mês de Maio e especialmente nesta última tarde, se prolongue nos dias que se seguem.




AOS MEMBROS DO


PONTIFÍCIO INSTITUTO PARA


AS MISSÕES ESTRANGEIRAS - PIME


1 de Junho de 2001







Caríssimos Irmãos

1. Para mim, é motivo de imensa alegria receber-vos neste dia e apresentar-vos as minhas cordiais boas-vindas. No encerramento das celebrações do sesquicentenário da vossa fundação, e por ocasião da realização da vossa XII Assembleia geral, quisestes visitar-me para renovar a expressão da vossa fidelidade ao Sucessor de Pedro, na comunhão com toda a Igreja. Saúdo-vos a todos vós com afecto.

O meu pensamento dirige-se, em primeiro lugar, ao novo Superior-Geral, Rev.do Pe. Giambattista Zanchi, a quem apresento os meus bons votos pela delicada tarefa que lhe foi confiada, ao serviço do Instituto e da Igreja. Ao mesmo tempo, desejo agradecer ao Rev.do Pe. Franco Cagnasso, o trabalho levado a cabo como Superior-Geral em benefício da vossa Fraternidade. Além disso, a minha saudação estende-se aos componentes do novo Conselho da Direcção Geral. Em vós, caríssimos, vislumbro o rosto dos numerosos missionários do Pontifício Instituto para as Missões Estrangeiras, que trabalham com generosidade em muitas regiões do mundo. Abraço-os a todos, com intensidade espiritual, pensando no abnegado compromisso com que semeiam a Palavra de Deus, às vezes no meio de muitas dificuldades e obstáculos.

A Assembleia, que vos viu reunidos em oração e reflexão, teve lugar a poucos meses do encerramento do Grande Jubileu, acontecimento de graças extraordinárias para a Igreja, e no início de um novo milénio, que vê a Comunidade cristã orientada com confiança e esperança para o anúncio de Cristo, único Salvador do homem. O encontro de hoje realiza-se na véspera da solenidade do Pentecostes: ressoa no nosso espírito o mandato do Senhor, de ir e ensinar todas as nações, baptizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (cf. Mt Mt 28,19). É a mesma força do Espírito Santo, que animou a primeira Comunidade cristã, que hoje orienta os nossos passos no seguimento de Cristo.

2. Passam os dias e os séculos, mas Cristo permanece o mesmo, ontem, hoje e para toda a eternidade. Ele é o centro da vida individual e comunitária de quantos lhe pertencem. Por conseguinte, é necessário recomeçar constantemente a partir dele, para compreender o sentido da missão que Ele confiou à Igreja.

Se tendes a intenção de reflectir sobre o carisma que é próprio do vosso Instituto, a fim de o reavivar, é indispensável, também deste ponto de vista, recomeçar a partir da centralidade de Cristo na vida comunitária e no testemunho pessoal. Se uma "debilidade cristológica" se insinuasse na vossa acção, então a vossa obra de evangelização poderia correr o risco de se reduzir a uma actividade preponderantemente social, caritativa ou de organização pastoral. Contudo, a vossa Sociedade nasceu para reunir almas piedosas e generosas, "que se oferecessem a si mesmas a Deus, desejosas de se consagrarem à dilatação do seu santo Reino" (Máximas e Normas para o Pontifício Instituto para as Missões Estrangeiras, Advertência preliminar).

Tanto hoje como ontem, sois enviados pelo mundo fora para pertencerdes a Cristo, sem temor de "que possa constituir ofensa à identidade de outrem aquilo que é, inversamente, anúncio jubiloso de um dom, que se destina a todos e, por conseguinte, há-de ser proposto a todos com o maior respeito da liberdade de cada um: o dom da revelação do Deus-Amor, que "amou de tal modo o mundo que lhe deu o seu Filho único" (Jn 3,16)" (Novo millennio ineunte, 56). É dando a fé que ela se fortalece!

Sem dúvida, as dificuldades e os problemas que a humanidade de hoje, na sua complexidade, tem de enfrentar devem ser tidas em justa consideração. Penso, por exemplo, no nascimento de novas visões planetárias, como a globalização, o etnocentrismo ou a tentação de construir uma religião "pessoal". Penso no encerramento de não poucos países à presença dos missionários e à evangelização directa. Não se devem subestimar também os problemas específicos, como a diminuição numérica dos membros do Instituto e o seu consequente envelhecimento ou o encontro, às vezes complicado, entre as diversas proveniências de quantos lhe pertencem. Todavia, com a graça do Senhor, é preciso olhar para o futuro com olhos de esperança. Fortalecidos pela presença misteriosa de Cristo, é necessário penetrar no vasto oceano que se abre diante da Igreja do terceiro milénio "fazendo-se ao largo" com confiança.

3. Permiti-me retomar hoje, como resulta também dos trabalhos da vossa Assembleia Geral, as quatro dimensões principais que caracterizam a identidade do vosso Instituto. Em primeiro lugar, o missionário do Pontifício Instituto para as Missões Estrangeiras é enviado ad extra. Ou seja, ele parte da sua terra, abandona a cultura que lhe é própria e até mesmo a Igreja particular a que pertence para transmitir o anúncio de Cristo, lá onde o Senhor o chamar. O sugestivo rito da entrega do Crucifixo e da partida quer significar que sois enviados como dom de Deus para a humanidade e as comunidades no meio das quais, em seguida, levais a cabo o vosso ministério pastoral.

Em segundo lugar, a vossa é uma missão ad gentes. Portanto, deve ser constante o vosso compromisso de alcançar os chamados "distantes", sobretudo aqueles que ainda não conhecem o Evangelho. Isto exige um esforço criativo para poder inculturar a mensagem evangélica, uma intensa capacidade de diálogo, uma constante atenção às exigências da promoção humana, da luta contra as injustiças, da defesa dos mais pobres e dos deserdados. Se souberdes formar as novas vocações também na interculturalidade, podereis esperar contar com missionários capazes de colaborar na unidade, embora na salvaguarda das diversidades legítimas.

Em terceiro lugar, a vossa consagração é ad vitam. É a resposta a uma vocação e a um projecto que empenham toda a existência e dura toda a vida. É doação total a Cristo pela missão. Por conseguinte, os pontos fundamentais da vossa espiritualidade estão assentes mais no ser do que no ter, conscientes da palavra de Cristo, segundo a qual "pela vossa constância é que salvareis as vossas almas" (Lc 21,19).

Enfim, a característica da vossa obra apostólica consiste em ser comunitária. Sois missionários de várias nacionalidades, presbíteros e leigos que vivem em comunhão, num estilo totalmente orientado para a missão. A espiritualidade de comunhão é o mais verdadeiro testemunho de Cristo que podeis dar ao mundo, harmonizando em unidade todas as diversidades, a fim de que se torne uma riqueza conjunta. Isto exige um contínuo processo de "kenosis" pessoal que vos abra uns aos outros, presbíteros ou leigos que sejais. A este propósito, como deixar de ver a utilidade de fomentar a dimensão laical da tarefa missionária, em resposta aos sinais dos tempos que exigem a presença do leigo para a evangelização? Será importante que os presbíteros e os leigos saibam trabalhar em conjunto, a fim de que a diversidade dos ministérios se torne uma riqueza de todos e um eloquente testemunho de Cristo.

4. Caríssimos missionários, graças a Deus na Igreja abrem-se todos os dias novos campos de trabalho de evangelização e de compromisso. Sabei escutar o Espírito que vos interpela e respondei-lhe com generosidade, enfrentando os desafios do momento actual. Não tenhais medo de ir lá onde o missionário não é recebido como tal, por causa de motivações políticas, sociais, ideológicas ou até mesmo religiosas.

De resto, não vos esqueçais de que também nos países de antiga cristandade existe a necessidade de um sólido compromisso missionário, de forma especial nas cidades, onde se manifesta com maior evidência a falta de uma nova evangelização, se não mesmo, nalguns casos, do primeiro anúncio de Cristo. Além disso, a história do vosso Instituto é uma longa narração de encontro e de diálogo com as outras religiões. Continuai ao longo deste caminho, sabendo alegrar-vos com as riquezas nelas presentes, capazes de oferecer aos vossos interlocutores o dom específico da vossa fé cristã.

Confio toda a vossa Família a Maria, Estrela da evangelização. Que Ela vos ajude e vos console, protegendo-vos juntamente com os Santos e os Beatos que ofereceram toda a sua existência à missão. Acompanhe-vos inclusivamente a minha Bênção, que do íntimo do coração vos concedo, a vós, aos vossos irmãos e a quantos encontrardes no cumprimento do vosso ministério.




AO ARCEBISPO DE CANTUÁRIA


E PRIMAZ DA COMUNHÃO ANGLICANA


Sexta-feira, 1° de Junho de 2001






Vossa Graça
Queridos Amigos

Saúdo-vos e dou-vos as boas-vindas a vós com a oração do grande Apóstolo das Gentes: "Graça e paz vos sejam dadas da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo" (Ph 1,2).

É com imenso prazer que me encontro com Vossa Graça, imediatamente após a celebração dos seus primeiros dez anos como Arcebispo de Cantuária. Desejo à sua pessoa toda a felicidade, persuadido de que o Senhor continuará a assisti-lo nas muitas e difíceis tarefas do seu serviço à Comunhão anglicana no mundo inteiro.

Enquanto me recordo da maravilhosa experiência do Grande Jubileu do Ano 2000, a minha oração pela unidade dos cristãos torna-se ainda mais intensa. Foi com prazer que tomei conhecimento dos bons resultados do encontro dos Bispos anglicanos e católicos, realizado no Canadá no ano passado. O Senhor abençoe esta iniciativa com frutos de melhor entendimento e maior reconciliação entre os anglicanos e os católicos, num mundo que tem urgente necessidade de um testemunho conjunto mais incisivo da Boa Nova de Jesus Cristo, nosso Salvador ressuscitado.

Agradeço-lhe a sua amável visita e, enquanto nos preparamos para celebrar o Pentecostes, abramos os nossos corações e as nossas mentes à graça transformadora do Espírito Santo. As Bênçãos de Deus desçam sobre todos vós.




AO PONTIFÍCIO COLÉGIO FILIPINO


NOS 40 ANOS DA SUA FUNDAÇÃO


Sábado 2 de Junho de 2001







Queridos Amigos Filipinos

Na feliz ocasião do 40º aniversário de fundação do Pontifício Colégio Filipino, uno-me a vós na acção de graças a Deus por tudo o que o Colégio tem representado para a Igreja nas Filipinas e para a comunidade filipina em Roma, desde a sua solene inauguração no dia 7 de Outubro de 1961, pelo meu predecessor, o Beato Papa João XXIII.

As minhas visitas ao vosso País permitiram-me experimentar directamente a calorosa hospitalidade e a fé viva do vosso povo. São as pessoas que vós, jovens sacerdotes do colégio, preparais para o trabalho.

Sabei que estais nos meus pensamentos e nas minhas orações e que estas pessoas esperam muito de vós. Esperam que sejais sacerdotes segundo o coração de Jesus.

Convido-vos a desenvolver uma profunda e autêntica espiritualidade eucarística e a deixar-vos formar segundo o modelo de Cristo, o Bom Pastor, que dá a vida pelo seu rebanho (cf. Jo Jn 10,11). Aprendei a amar o sacramento da penitência para que na qualidade de confessores possais fazer conhecer aos fiéis o coração misericordioso de Deus que nos reconcilia consigo. Sede homens de oração, caridade e zelo.

O estudo é também uma dimensão essencial da vida do sacerdote. Participa na missão profética de Cristo e é chamado a revelar aos outros, em Jesus Cristo, o autêntico rosto de Deus e, depois, o autêntico rosto do homem. Através do vosso compromisso no estudo estareis preparados para exercer o ministério da Palavra, proclamando claramente e sem ambiguidades o mistério da salvação, distinguindo-o das simples opiniões humanas.

Considerai sempre o vosso trabalho intelectual como serviço ao Povo de Deus, ajudando-o a dar conta, a quem lho pede, da própria esperança cristã (cf. 1P 3,15).

Rezo para que o Pontifício Colégio Filipino continue a cumprir a sua missão de formar sacerdotes cheios do amor de Deus e solícitos na difusão do Evangelho. Confiando-vos a vós e às vossas famílias à intercessão da vossa padroeira, Nossa Senhora da Paz e da Boa Viagem, concedo-vos do coração a minha Bênção apostólica.




NUM ENCONTRO COM


CRIANÇAS DOENTES DE CANCRO


PROVENIENTES DA POLÓNIA


Segunda-feira, 4 de Junho de 2001

Meus queridos

Dou as minhas cordiais boas-vindas a cada um de vós. Agradeço à Esposa do Senhor Presidente o discurso de introdução a este encontro. Sinto-me muito feliz por poder receber-vos aqui.

Formulo votos para que esta breve visita ao Vaticano vos permita, pelo menos por um momento, afastar-vos da realidade em que vos encontrais diariamente, em virtude da vossa enfermidade.

Bem sei como é difícil a experiência da doença, especialmente para uma criança. Por isso, juntamente convosco, peço de todo o coração ao Senhor Jesus o dom da saúde para vós e para todos os vossos coetâneos provados pela enfermidade e pelo sofrimento. Rezo também para que tenhais a esperança em vós mesmos, nos vossos pais e por quantos vos estão a curar, a fim de serdes fortes em espírito, de forma especial quando o corpo se debilita. Enquanto penso na difícil situação em que se encontra o serviço de assistência médica na Polónia, peço a Deus que também infunda em todos os seus responsáveis o espírito de caridade e de sabedoria, que os leve a fazer o possível para transformar eficazmente esta realidade, para o bem de todos os polacos.

Juntamente convosco, quero inclusivamente dar graças a Deus por todos os bens recebidos. Para quem sofre é difícil perceber que também na doença se realiza um grande bem tanto nele mesmo como nas pessoas que lhe estão próximas. Devemos dar graças a Jesus pelo amor que vos demonstram os vossos pais e parentes, pelo cuidado que recebeis dos médicos e enfermeiros, pela generosidade de pessoas, muitas vezes desconhecidas, que vos sustentam material e espiritualmente. Nunca faltem este amor e esta bondade!

Peço-vos que transmitais a minha saudação e bênção aos vossos entes queridos, aos vossos companheiros e companheiras, e de maneira particular àqueles que, como vós, lutam contra a doença. Deus vos conceda a graça da saúde e vos abençoe a todos!




AOS BISPOS DA CONFERÊNCIA EPISCOPAL


DO GABÃO POR OCASIÃO DA VISITA


"AD LIMINA APOSTOLORUM"


Terça-feira, 5 de Junho de 2001

: Dilectos Irmãos no Episcopado

1. No momento em que realizais a vossa visita ad Limina, sinto-me feliz por vos receber, a vós Bispos da Igreja católica que está no Gabão. No dia seguinte à celebração da solenidade do Pentecostes, formulo votos para que o Espírito Santo vos cumule com os seus dons, a fim de que sejais cada vez mais fiéis ao exercício do ministério que recebestes do Senhor. Os vossos encontros com o Sucessor de Pedro e com as Congregações da Cúria Romana representem para vós, intensos momentos de comunhão eclesial e de conforto apostólico!

Dirijo os meus agradecimentos cordiais a Sua Ex.cia Rev.ma D. Basile Mvé Engone, Arcebispo de Libreville e Presidente da Conferência Episcopal Nacional, pelas amáveis palavras que me transmitiu em vosso nome. Desde a sua última visita ad Limina, o Episcopado do Gabão foi amplamente renovado. Encorajo-vos de todo o coração a aprofundar cada vez mais entre vós os vínculos de comunhão que vos unem, a fim de cumprir a vossa missão de modo fecundo e de desenvolver entre as vossas Dioceses uma autêntica harmonia pastoral. Transmiti aos vossos sacerdotes, aos religiosos, às religiosas, aos catequistas e a todos os fiéis das vossas Dioceses a minha afectuosa saudação e a certeza da minha proximidade espiritual.

Por vosso intermédio, saúdo todo o povo do Gabão, pedindo a Deus que lhe conceda viver em paz e o assista nos seus esforços em ordem a construir uma sociedade solidária, em que cada um possa alcançar o seu pleno desenvolvimento.

O horizonte para que deve tender todo o caminho pastoral é a santidade

2. O Ano jubilar, que há pouco terminou, foi para toda a Igreja uma ocasião de renovação espiritual e missionária. Portanto, agora é necessário que em cada país se dê um renovado impulso à evangelização. Por isso, como tive a ocasião de escrever na Carta Apostólica Novo millennio ineunte, "o horizonte para que deve tender todo o caminho pastoral é a santidade" (n. 30) porque, se o nosso Baptismo nos faz entrar verdadeiramente na santidade de Deus, "seria um contra-senso contentar-se com uma vida medíocre, pautada por uma ética minimalista e uma religiosidade superficial" (n. 31). Para serem testemunhas credíveis do Evangelho que anunciam no meio dos seus irmãos, os cristãos devem voltar decididamente o olhar para Cristo, Senhor e Salvador de toda a humanidade.

Portanto, exorto-vos a progredir com entusiasmo pelos caminhos da missão. Sem dúvida, conheço os limites dos instrumentos humanos e materiais de que dispondes. Contudo, o Senhor assegurou-nos a sua presença no meio de nós. Não tenhais medo de vos deixar impregnar pelo impulso missionário que animava o Apóstolo Paulo, indo ao encontro dos homens e das mulheres que ainda não receberam a Boa Nova. Com efeito, todos têm o direito de conhecer a riqueza do mistério de Cristo.

De resto, desde há vários anos no vosso País a actividade da Igreja, que deseja estar ao serviço de todos os habitantes do Gabão sem qualquer distinção, pode desenvolver-se num renovado contexto jurídico. Alegro-me pelo acordo entre a Santa Sé e a República do Gabão, celebrado para trabalhar pela promoção do bem comum, garantia do bem-estar espiritual e material das pessoas. É para desejar que, no respeito pela independência e a autonomia das duas partes, este espírito de colaboração se desenvolva ainda mais, nomeadamente para permitir às escolas católicas contribuir com eficácia cada vez maior para a educação humana e espiritual da juventude do vosso País.

O futuro da Igreja na África depende da formação dos agentes da evangelização

3. A formação dos agentes da evangelização é de grande importância para assegurar o futuro da Igreja no Continente africano. A Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a África salientou a necessidade de formar os leigos, a fim de que possam assumir um papel insubstituível na Igreja e na sociedade. De igual modo, gostaria de saudar particularmente os catequistas das vossas Dioceses, cujo papel permanece determinante no desenvolvimento das comunidades cristãs. Encorajo-vos profundamente a oferecer a estes preciosos colaboradores na missão um atento apoio material, moral e espiritual, de tal maneira que eles sejam beneficiados com uma sólida formação doutrinal, inicial e permanente.

Os fiéis do vosso País devem ser também capazes de assumir as suas responsabilidades cívicas e de "exercer sobre o tecido social uma influência que leve a transformar não só as mentalidades, mas também as próprias estruturas da sociedade, de modo que aí se espelhem melhor os desígnios de Deus acerca da família humana" (Ecclesia in Africa, ). Por conseguinte, é necessário ajudar os leigos a levar uma vida de harmonia com a sua fé, a fim de que as suas actividades e responsabilidades sejam um testemunho cada vez mais autêntico do Evangelho, em todos os sectores da vida social.

Além disso, é indispensável que as famílias cristãs tomem consciência viva da sua missão na Igreja e na sociedade. Uma pastoral familiar adequada aos grandes problemas que hoje se apresentam, nomeadamente no que se refere ao respeito pela vida humana, contribuirá para promover o testemunho da fé dos casais, mediante uma existência vivida em conformidade com a lei divina sob todos os aspectos, assim como através do seu compromisso em dar aos seus filhos uma formação autenticamente cristã. Ao oferecer-lhes a sua ajuda abnegada, a Igreja mostre-se próxima das famílias que se encontram em situações difíceis, sabendo ser sempre para elas o rosto da verdade, da bondade e da compreensão do Senhor!

Aos jovens das vossas Dioceses, formulo votos para que descubram no seu encontro com Cristo o segredo da verdadeira liberdade e da profunda alegria do coração. Nas dificuldades que devem enfrentar, oxalá jamais percam a confiança no porvir, mas aceitem trabalhar corajosamente com os seus irmãos para o advento de um mundo novo, fundado na fraternidade e na justiça.

Os sacerdotes são os vossos colaboradores necessários e insubstituíveis

4. Para reunir a família de Deus numa fraternidade animada pela caridade e a conduzir para o Pai através de Cristo, no Espírito Santo (cf. Decreto Presbyterorum ordinis, PO 6), os sacerdotes são os vossos colaboradores necessários e insubstituíveis que deveis considerar como irmãos e amigos, preocupando-vos com a sua situação material e espiritual, encorajando-os a uma colaboração fraterna tanto convosco como entre eles mesmos.

Saúdo do íntimo do coração todos os vossos sacerdotes e exorto-os a perseverar generosamente, apesar dos obstáculos, nos compromissos que assumiram no dia da sua Ordenação. Que eles se recordem sempre que foram chamados especificamente à santidade e devem tender para a perfeição em todos os sectores da sua existência, de maneira especial mediante uma vida moral recta, uma vez que toda a sua pessoa, consciente, livre e responsável, está profundamente comprometida no exercício do seu próprio ministério! Por isso, deve existir um vínculo estreito entre o exercício do seu ministério e uma intensa vida espiritual. Portanto, é fundamental que cada sacerdote "renove continuamente e aprofunde cada vez mais a consciência de ser ministro de Jesus Cristo, em virtude da consagração sacramental e da configuração ao mesmo Cristo, Cabeça e Pastor da Igreja" (Exortação Apostólica Pastores dabo vobis, PDV 25). Somente uma intimidade habitual com Cristo, manifestada de forma particular na oração e na recepção dos sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação, lhes dará a força e a coragem para perseverar nas provações e aceitar voltar fielmente ao Senhor depois da queda. Exorto também o presbitério de cada uma das vossas Dioceses, sacerdotes autóctones e missionários originários de outros países, a manifestar a sua unidade e a sua profunda comunhão à volta do Bispo, persuadidos de que todos estão ao serviço da única missão, que lhes foi confiada pela Igreja em nome de Cristo.

A pastoral das vocações sacerdotais e religiosas exige a máxima atenção, a fim de que a Igreja local dê continuidade à sua edificação e crescimento. O exemplo da vida irrepreensível dos sacerdotes e das pessoas consagradas é para os jovens um vigoroso estímulo que os há-de ajudar a responder com generosidade ao apelo do Senhor. Na promoção das vocações, assim como no seu discernimento e acompanhamento, a primeira responsabilidade cabe ao Bispo, responsabilidade esta que ele deve assumir pessoalmente, assegurando ao mesmo tempo a colaboração indispensável do seu presbitério e recordando às famílias cristãs, aos catequistas e ao conjunto dos fiéis o seu papel especial neste sector.

A constituição de grupos de formadores e de directores espirituais para o seminário deve ser uma prioridade para os Bispos. Assim, exorto-vos a unir as vossas forças e a buscar colaborações, a fim de que o seminário maior nacional possa acolher os jovens das vossas Dioceses, que receberam o chamamento do Senhor ao sacerdócio, e dar-lhes uma formação sólida que os há-de preparar para cumprir o ministério presbiteral com as qualidades exigidas dos representantes de Cristo, de verdadeiros servidores e animadores das comunidades cristãs. É indispensável que esta formação humana, intelectual, pastoral e espiritual possa então permitir-lhes provar e desenvolver a sua maturidade afectiva e adquirir fortes convicções sobre o carácter indissociável do celibato e da castidade do presbítero (cf. Ecclesia in Africa, ).

A vida consagrada deve ser acolhida como um precioso dom de Deus

5. Gostaria ainda de dar testemunho do reconhecimento da Igreja pela obra dos Institutos missionários na vida eclesial do Gabão. Através do seu trabalho apostólico abnegado e às vezes heróico, os seus membros, mas também os leigos cristãos, transmitiram a chama da fé ao vosso povo e permitiram que a Igreja se radicasse e crescesse no vosso País.

Hoje, originários do Gabão ou vindos de outros países, num espírito de comunhão e de colaboração convosco e com o clero diocesano, os religiosos assumem uma parte importante na vida pastoral das vossas Dioceses; pelas suas actividades paroquiais, educativas ou hospitaleiras, as religiosas realizam um trabalho generoso ao serviço da população em geral, sem distinção de origem ou de religião, conquistando assim a estima de todos.

Faço votos cordiais para que a vida consagrada se desenvolva nas vossas Dioceses, a fim de contribuir para a edificação da Igreja particular na caridade, segundo o carisma próprio de cada Instituto. Acolhei-a como um dom de Deus, "precioso e necessário também no presente e para o futuro do Povo de Deus, porque pertence intimamente à sua vida, santidade e missão" (Exortação Apostólica Vita consecrata, VC 3)! Com a vossa ajuda, encorajais os diversos Institutos a dar a todos os seus membros uma formação sólida, que lhes permitirá responder às exigências espirituais e humanas da sua vocação.

A unidade entre os cristãos é fundamental no início do novo milénio

6. Entre as urgências que se apresentam à Igreja católica no início do novo milénio, encontra-se a busca da unidade entre os cristãos. Sem dúvida, ainda há um longo caminho a percorrer. Contudo, não nos devemos desencorajar, mas desenvolver com confiança relações cada vez mais serenas e fraternas com os membros das outras Igrejas e Comunidades eclesiais. De igual forma, o encontro com os crentes do Islão e da Religião tradicional africana, num espírito de abertura e de diálogo, é de grande importância. Portanto, encorajo-vos a manter vínculos cordiais com as comunidades religiosas que fazem parte da sociedade, a fim de assegurar entre todos os habitantes do Gabão as condições de uma existência harmoniosa no respeito mútuo.

Todavia, como escrevi na Carta Apostólica Novo millennio ineunte, "o diálogo não pode ser fundado sobre o indiferentismo religioso, e nós cristãos temos a obrigação de realizá-lo, dando testemunho completo da esperança que há em nós" (n. 56).

Deveis anunciar a todos que é em Cristo que os homens encontram a salvação

7. Queridos Irmãos no Episcopado, é com estes sentimentos que, no encerramento do nosso encontro, vos convido a continuar com coragem e audácia o anúncio jubiloso do dom que o Senhor oferece a todos os homens: "Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o seu Filho único" (Jn 3,16). A tarefa prioritária da missão consiste em anunciar a todos que é em Cristo que os homens encontram a salvação. Fortalecida pela sua presença activa, a Igreja não pode subtrair-se à urgência do mandamento missionário que a envia para junto de todas as nações e povos. A experiência do Ano jubilar, que acabámos de celebrar, vos dê um entusiasmo renovado para irdes em frente com esperança!

Confio à intercessão maternal da Virgem Maria, Rainha da África, o conjunto das vossas Dioceses e concedo-vos a vós de todo o coração uma afectuosa Bênção Apostólica, que de bom grado faço extensiva aos vossos sacerdotes, aos religiosos, às religiosas, aos catequistas e a cada um dos fiéis leigos do Gabão.




Discursos João Paulo II 2001 - Quinta-feira, 31 de Maio de 2001