Discursos João Paulo II 1998


PALAVRAS DO SANTO PADRE

NO ENCERRAMENTO DO MÊS DE MAIO

JUNTO DA GRUTA NOS JARDINS DO VATICANO


: Domingo, 31 de Maio de 1998



Neste ano a festa mariana da Visitação coincide com a grande solenidade de Pentecostes, e por ela é como que absorvida e iluminada. O encontro anual, que nos vê reunidos junto desta sugestiva Gruta nos Jardins do Vaticano, para concluir o mês mariano, oferece-nos a feliz oportunidade de parar em oração com Maria, quase prolongando, num clima de recolhimento familiar, a alegria e a maravilha pela superabundante efusão do Espírito Santo.

Hoje, mais do que nunca, Maria aparece-nos como figura e modelo da Igreja que, sustentada pelo Espírito, leva ao mundo Cristo Salvador. As Leituras bíblicas próprias da festa da Visitação apresentam a Virgem que, trazendo no seio o Filho de Deus há pouco concebido pelo poder do Altíssimo, vai prestar ajuda à idosa prima Isabel. É a arca da Nova Aliança, que traz em si o cumprimento das promessas messiânicas. O encontro entre as duas mulheres e os respectivos nascituros realiza-se na alegria suscitada pelo Espírito Santo e atinge o seu ápice no Magnificat, o cântico da esperança de quem crê no cumprimento das palavras do Senhor.

Neste ano, dedicado ao Espírito Santo, somos chamados a «redescobrir a virtude teologal da esperança» (Tertio millennio adveniente, TMA 46). No encerramento da hodierna solenidade de Pentecostes, invocamos Maria como modelo e animadora de esperança no coração da Igreja, como no cenáculo de Jerusalém. À sua intercessão confiamos a missão evangelizadora ad gentes, para que, a dois mil anos daquele seu «sim», que abriu a porta à Redenção, o Verbo feito carne para a nossa salvação possa continuar a ser anunciado e testemunhado em todas as línguas do mundo e em cada ângulo da terra.

Imploramos, em particular, a materna protecção de Nossa Senhora sobre quantos vivem e trabalham no Vaticano, para que sejam sempre dóceis à acção do Espírito Santo e prestem o seu serviço, qualquer que seja, com humilde disponibilidade e generosa fidelidade.

Ó Maria, Templo glorioso do Espírito Santo, roga por nós!



                                                                                  Junho de 1998

MENSAGEM DO PAPA JOÃO PAULO II


À "FRATERNIDADE CATÓLICA DE COMUNIDADES


E ASSOCIAÇÕES DA ALIANÇA CARISMÁTICA"






Queridos Amigos

1. «A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós» (2Co 13,13)!

Esta é a minha saudação aos participantes no VIII Encontro internacional da Catholic Fraternity of Charismatic Covenant Communities and Fellowships, que nestes dias se está a realizar em Roma. O início do vosso encontro coincidiu com um momento extremamente significativo para toda a Igreja, mas de maneira especial para a Renova ção Carismática: a solenidade do Pentecostes neste ano que, na nossa preparação para o Grande Jubileu do Ano 2000, é consagrado ao Espírito Santo – um ano em que estais empenhados de maneira particularmente intensa. Na Carta Encíclica Tertio millennio adveniente, escrevi: «Entra, pois, nos compromissos primários da preparação para o Jubileu a redescoberta da presença e acção do Espírito, que age na Igreja quer sacramentalmente, sobretudo mediante a Confirmação, quer através de múltiplos carismas, cargos e ministérios por Ele suscitados para o bem dela» (n. TMA 45).

Sem dúvida, o vosso próprio carisma impele-vos a orientar a vossa vida rumo a uma especial «intimidade» com o Espírito Santo. Uma análise dos trinta anos da história da Renovação Carismática católica demonstra que ajudastes muitas pessoas a redescobrir a presença e o poder do Espírito Santo na própria vida, na vida da Igreja e na vida do mundo – uma redescoberta que em muitas delas levou a uma fé em Cristo, repleta de alegria e entusiasmo, a um grande amor pela Igreja e a uma generosa dedicação à sua missão. Por conseguinte, neste ano especial uno-me a vós numa oração de louvor e acção de graças por estes preciosos frutos que Deus desejou fazer amadurecer nas vossas Comunidades e, através delas, na Igreja.

2. Num certo sentido, a vossa reunião constitui uma parte do grandioso encontro dos Movimentos eclesiais e das novas Comunidades, que se realizou na Praça de São Pedro no dia 30 de Maio, vigília de Pentecostes. Desejei e aguardei esse encontro com ansiedade – um encontro de «comum testemunho». E hoje devo dizer que me comovi profundamente pelo espírito de recolhimento e oração, pela atmosfera de júbilo e celebração no Senhor que caracterizou esse evento, verdadeira dádiva do Espírito Santo no ano que Lhe é dedicado. Tratou-se de um intenso momento de comunhão eclesial e de uma demonstração da unidade dos inumeráveis e diferentes carismas que distinguem os Movimentos e as novas Comunidades eclesiais. Bem sei que nele participaram muitos representantes das Comunidades da Renovação, provenientes de todos os quadrantes do mundo, e estou-vos grato por isso.

Desde o início mesmo do meu ministério como Sucessor de Pedro, considerei os Movimentos como um enorme recurso espiritual para a Igreja e a humanidade, um dom do Espírito Santo para o nosso tempo, um sinal de esperança para todos os povos. Da Praça de São Pedro, no dia 30 de Maio, foi transmitida uma importante mensagem, uma palavra poderosa que o Espírito quis anunciar não só aos Movimentos, mas à Igreja inteira. Os Movimentos desejaram testificar a sua comunhão com a Igreja e a sua completa dedicação à própria missão, sob a orientação dos seus Pastores. Quiseram reconfirmar o seu desejo de colocar os próprios carismas ao serviço da Igreja universal, das Igrejas particulares e das Comunidades paroquiais. Estou convicto de que esse inesquecível evento será uma fonte de rica inspiração para o vosso encontro.

3. No contexto da Renovação Carismática, a Fraternidade Católica tem uma missão específica, reconhecida pela Santa Sé. Uma das finalidades enunciadas nos vossos estatutos é a salvaguarda da identidade católica das Comunidades carismáticas e o encorajamento permanente das mesmas, a fim de que conservem um estreito vínculo com os Bispos e o Romano Pontífice. Auxiliar as pessoas a terem um vigoroso sentido da própria pertença à Igreja é especialmente importante em tempos como o nosso, quando abundam a confusão e o relativismo.

Pertenceis a um Movimento eclesial. Aqui, a palavra «eclesial» é mais do que meramente decorativa. Ela implica uma tarefa específica de formação cristã e inclui uma profunda convergência de fé e vida. A fé entusiasta que inspira as vossas Comunidades constitui um grande enriquecimento, mas não é suficiente. Deve ser acompanhada por uma formação cristã sólida, compreensiva e fiel ao Magistério da Igreja: uma formação assente numa vida de oração, na escuta da Palavra de Deus e na digna recepção dos Sacramentos, de forma especial da Reconciliação e da Eucaristia. Para amadurecermos na fé, devemos crescer no conhecimento das suas verdades. Se isto não se verificar, corre-se o risco da superficialidade, do subjectivismo extremo e da ilusão. O novo Catecismo da Igreja Católica deveria tornar-se para cada cristão – e por conseguinte para cada Comunidade da Renovação – um constante ponto de referência. É imperativo que vos confirmeis perenemente à luz dos «critérios de eclesialidade», por mim delineados na Exortação Apostólica Christifideles laici (n. 30). Como membros de um Movimento eclesial, uma das vossas características distintivas deveria ser sentire cum Ecclesia, isto é, viver em filial obediência ao Magistério da Igreja, aos Pastores e ao Sucessor de Pedro, e com eles construir a comunhão do corpo inteiro.

4. O lema do VIII Encontro internacional da Fraternidade Católica evoca as palavras de Cristo: «Vim para lançar fogo sobre a terra: e como gostaria que já estivesse aceso!» (Lc 12,49). No contexto do Grande Jubileu de Jesus Cristo, Salvador do mundo, estas palavras ressoam com todo o seu vigor. O Filho de Deus feito homem trouxe-nos o fogo do amor e da verdade que salva. Na proximidade do novo Milénio, a Igreja escuta o chamamento, o apelo urgente do Mestre em ordem a um compromisso cada vez mais intenso na missão: «As espigas estão maduras [...] chegou o tempo da ceifa» (Mc 4,29). Durante o vosso encontro, sem dúvida abordareis também este tema. Por conseguinte, deixai-vos guiar pelo Espírito Santo que é sempre o primeiro agente de evangelização e de missão.

Acompanho os vossos empreendimentos com as minhas orações, enquanto formulo sinceros votos por que este Encontro, que se realiza em circunstâncias repletas de significado, produza abundantes frutos espirituais para toda a Renovação Carismática católica. Oxalá constitua uma pedra angular no caminho da vossa preparação espiritual para o Grande Jubileu do Ano 2000! A todos vós, às vossas Comunidades e aos vossos entes queridos, concedo cordialmente a minha Bênção Apostólica.

Vaticano, 1 de Junho de 1998.



DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


AOS PEREGRINOS DA ARQUIDIOCESE DE CRACÓVIA


(POLÓNIA)


4 de Junho de 1998







1. «Gaude, felix Cracovia...». Transcorreu um ano desde o dia em que dirigi esta saudação à minha cidade natal. Num dia deveras jubiloso – o da canonização da Rainha Edviges. Como não retornar àquele momento, em que inteiros séculos e inteiras gerações pareceram reunir-se em Blonia Krakowskie, para louvar a Deus pelo dom da santidade daquela que veneramos como «rainha, zelosa propagadora da fé e da caridade, apóstola da verdade e do bem»? (cf. Oração da memória de Santa Edviges). Recordo com frequência aquela solene Santa Missa de canonização, dando graças à Divina Providência porque foi dado realizar aquele acto, esperado há seis séculos. Hoje, de modo particular, estou repleto desta alegria e gratidão, porque num certo sentido se inscrevem na alegria e gratidão da inteira comunidade da Igreja de Cracóvia, representada aqui por vós, que viestes tão numerosos aos inícios apostólicos.

Dou cordiais boas-vindas a todos vós. Saúdo o caro Metropolita, Cardeal Franciszek, e agradeço as palavras que me dirigiu. Saúdo os presentes Bispos, Sacerdotes, Irmãos e Irmãs religiosos, os representantes das Autoridades de cada uma das cidades e de cada território, o Senhor Embaixador junto da Sé Apostólica e todos os convidados. Com o coração abraço também as vossas famílias, especialmente as pessoas doentes e de idade avançada, e aqueles que não puderam vir aqui mas se unem a nós com o pensamento e a oração. Deus vos recompense por esta visita.

2. Permiti-me retornar com as recordações àqueles dias em que Santa Edviges, num certo sentido, me guiava numa peregrinação espiritual através da terra de Cracóvia. Que esta recordação reavive em todos nós o espírito de agradecimento, pelos inumeráveis dons que recebemos da Divina Providência.

Tenho vivas diante dos olhos aquelas fogueiras que iluminavam aqueles perfis das montanhas e dos vales de Podhale. É difícil resistir ao rico simbolismo deste fogo. Não é ele o sinal do Espírito de Deus que pairava sobre as águas, quando o Criador formava esta bonita terra? Daquele mesmo Espírito, que há mil anos faz descer de novo sobre ela nas águas do baptismo, para a animar com o sopro da salvação? Por outro lado, as fogueiras dos montanheses são sinal de vigilância, de prontidão em defender os bens. Como naquela noite, assim também hoje, dou graças a Deus porque o fogo da fé, da esperança e da caridade não se extingue na terra de Cracóvia, porque há multidões de fiéis, vigilantes e prontos a defender o tesouro do Evangelho, assumido juntamente com o Baptismo. Sentia-me comovido quando em Zakopone, no meio daquelas multidões, eu fixava o olhar na cruz no monte Giewont que domina a Polónia. Não podia, então, deixar de me recordar daquele Crucifixo de Wawel, diante do qual se ajoelhava Edviges, para ouvir do Senhor: «Faze o que vês». Oro a Deus incessantemente para que se realize a exortação «Sursum corda»; para que os fiéis da terra de Cracóvia e da inteira Polónia, a exemplo de Edviges, elevem os corações para a Cruz e dela possam haurir um programa de vida pessoal e social.

Estou grato a Deus porque precisamente na dilecta Podhale, na igreja de Nossa Senhora de Fátima em Krzept ówki, pude renovar o meu «Totus tuus», confiando, Àquela que me salvou a vida na hora do atentado, todo o meu serviço à Igreja universal. Sei que não estava sozinho ao fazer esse acto de consagração. Sustentava-me a oração daqueles que tinham escolhido Maria como Mãe e Padroeira. Tive oportunidade de me convencer disto, ao visitar as paróquias de Zakopane, de Santa Cruz e da Sagrada Família, e de modo particular ao inserir-me no fluxo plurissecular da oração do rosário, aos pés da Padroeira de Podhale de Ludzmierz. Agradeço-vos e a todos os compatriotas este apoio de oração, que dais ao Papa. Peço também: não interrompais esta oração!

3. Dirigi os meus primeiros passos na real Cracóvia para o Santuário da Divina Misericórdia. Santa Edviges não podia levar-me para outro lugar. Com efeito, foi Ela que com toda a sua vida respondeu ao Crucificado: «Jesus, confio em Vós», e fez da misericórdia para com os mais necessitados o programa do seu reino. Não o esqueceu o artista que, no tríptico do século XV, que adorna o altar do Crucifixo de Wawel, colocou a figura de Cristo misericordioso. Como não dar graças a Deus pela Sua misericórdia? Sinto-me feliz pelo facto de o culto da Divina Misericórdia se difundir em todos os continentes. Com alegria tive conhecimento que a Arquidiocese de Cracóvia empreende o esforço para a ampliação do Santuário de Lagiewniki, no qual se inserem os fiéis do mundo inteiro. Espero que ele se torne um centro vivo do apostolado da Divina Misericórdia.

Quão magnífica e oportuna moldura para a canonização da Rainha Edviges foram as celebrações do 600° aniversário da fundação jagelónica da Universidade de Cracóvia e, no seu âmbito, da Faculdade de Teologia. Era necessário também deste modo prestar homenagem à mãe da ciência polaca «Alma Mater ». Dou graças a Deus porque chegaram os tempos em que todos os ateneus polacos – nas pessoas dos seus reitores e dos seus professores – puderam fazê-lo juntamente com o Papa na colegiada universitária de Santa Ana. Encontrámo-nos no nome do comum amor pela verdade. Creio que este amor que une, levar á frutos abençoados à ciência polaca. Naqueles dias não faltou a lembrança daqueles que ao longo dos séculos formavam o clima científico da «Alma mater » jagelónica, da cidade de Cracóvia e da Polónia inteira. Não se podiam esquecer os professores e os alunos que, num certo sentido, deram a sua vida a esta universidade, de modo especial durante a ocupação. Tal como todos os dias, assim também hoje oro pela paz eterna daqueles ilustres homens de ciência.

Alegro-me por ter podido visitar mais uma vez o Collegium Maius – lugar a mim tão caro. Não posso deixar de recordar também a paróquia da Rainha Edviges em Krowodrza.

No final da festa a Rainha levou-me ao monte de Wawel, ao qual estou tão fortemente ligado desde os anos da minha juventude. Para mim pessoalmente foi um momento particular. Pela graça divina foi-me dado retornar àquilo que vivi no início do meu ministério sacerdotal. Após cinquenta anos, pude apresentar-me ao mesmo altar, na Cripta de São Leonardo, junto do qual celebrei pela primeira vez o Sacrifício eucarístico. Como sou grato a Deus por este excepcional encontro com toda a Igreja reunida em torno da catedral de Wawel, na qual está enraizado o meu sacerdó- cio, à qual se uniu a minha missão episcopal e que, num certo sentido, me gerou para o serviço petrino. Detinha-me comovido junto das inú- meras recordações da nossa história nacional e da tradição cristã, que este templo encerra em si. Entre estas estações não pôde faltar o encontro com o Crucifixo negro da Rainha Santa Edviges.

4. «Na Cruz existe o sofrimento, na cruz há a salvação, na cruz aprende- se o amor. Quem consegue uma vez compreender-Vos, ó Deus, nada mais deseja, nada procura». Este Crucifixo lançou profundas raízes na tradição religiosa de Cracóvia. Pode-se dizer que a espiritualidade de Cracóvia se formou a partir da cruz. O mistério, nela contido, do infinito amor de Deus que Se doa sem reservas para a salvação do homem, traz em si uma grande exorta- ção: «Faze o que vês!». Não é possível dar-lhe outra resposta, senão a de seguir Cristo no caminho da cruz – no caminho do amor de Deus e do próximo, que não conhece limites. Por isso, quero hoje recordar mais uma vez aquilo que eu disse, naquele memorável dia, em Blonia Krakowskie: «A Divina Providência põe-nos diante de uma tarefa nova: amar e servir. Amar com as obras e de verdade. A Santa Rainha Edviges ensina-nos a utilizar precisamente assim o dom da liberdade. Ela sabia que o cumprimento da liberdade é o amor, graças ao qual o homem está disposto a confiar-se a si mesmo a Deus e aos irmãos, a pertencer-lhes. (...) Transmitiu a toda a Nação o exemplo do amor de Cristo e do homem, de um homem sedento tanto de fé como de ciência, e ainda de pão quotidiano e de vestuário». Este é um grande desafio. É preciso que a Igreja de Cracóvia o aceite incessantemente na perspectiva do próprio milénio, para permanecer fiel ao caminho traçado pela santa Senhora de Wawel e por tantos outros santos «cracovianos».

«Nossa Santa Rainha Edviges, ensinanos hoje, no limiar do Terceiro Milénio, a sabedoria e o amor com que percorreste a via da tua santidade. Conduz todos nós, Edviges, para junto do Crucifixo de Wawel, a fim de, como tu, conhecermos o que significa amar com as obras e de verdade, o que quer dizer ser verdadeiramente livre. Toma sob a tua protecção a tua Nação e a Igreja que a serve, e intercede por nós junto de Deus, a fim de que não cesse em nós a alegria».

Com grande reconhecimento, penso hoje em todos aqueles que, de algum modo, contribuíram para que o meu encontro, do ano passado, com a Igreja de Cracóvia pudesse ser realizado. Nas mãos do Senhor Cardeal Franciszek e nas vossas mãos quero mais uma vez depositar o meu agradecimento a toda a Arquidiocese de Cracóvia. Agradeço-vos também este encontro. Peço-vos que leveis a minha saudação e a minha bênção às vossas casas; transmiti-las aos vossos entes queridos e à inteira comunidade da Igreja de Cracóvia. Deus vos recompense!

Antes de dar a Bênção Apostólica, João Paulo II disse:

Fazeis bem em cantar «Cem anos», porque estava precisamente a pensar que Sua Eminência elencou muitos lugares 0 os santuários, as paróquias, mas talvez não recordou os cemitérios, os belíssimos cemitérios de Cracóvia: o cemitério de Rakowicki, Salwatorski e, obviamente, o primeiro e o mais monumental cemitério junto da Catedral de Wawel. Estes são os lugares onde se exprime a nossa fé na vida: «Creio na vida eterna». Recebei agora a Bênção.



DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


AO CONSELHO SUPERIOR


DAS PONTIFÍCIAS OBRAS MISSIONÁRIAS


6 de Junho de 1998





Venerados Irmãos no Episcopado
e no Sacerdócio Caríssimos Irmãos e Irmãs!

1. Na conclusão da vossa anual Assembleia geral desejastes, como no passado, encontrar-me, e é para mim uma grande alegria acolher-vos e apresentar-vos a minha saudação cordial. A ocasião é-me propícia para vos exprimir um vivo agradecimento pela incansável e intensa obra que realizais ao serviço da Igreja missionária. Saúdo, antes de tudo, o Cardeal Jozef Tomko, Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, que se fez intérprete dos comuns sentimentos; D. Charles Schleck, Secretário-Adjunto da Congregação e Presidente das Pontifícias Obras, os Secretários-Gerais, os Conselheiros, os Directores Nacionais vindos de muitos Países do mundo e o pessoal dos Secretariados gerais. Com afecto vos renovo as minhas sentidas e fraternas boas-vindas.

2. Através de cada um de vós desejaria fazer chegar a minha saudação às vossas Comunidades eclesiais de proveniência. Algumas delas são de antiga e gloriosa tradição missionária, tendo um papel significativo na difusão do Evangelho. Com o generoso envio de missionários e o empenho de notáveis recursos económicos, elas favoreceram o nascimento e desenvolvimento das jovens Igrejas, muitas das quais estão a celebrar neste ano o centenário da evangelização. Mas como não exprimir um apreço público também àquelas Dioceses que, embora carentes de pessoal apostólico e de meios financeiros, se preocupam igualmente em responder com coragem ao apelo missionário, abrindo-se às exigências da chamada universal à salvação, segundo as suas limitadas possibilidades? Que providencial realidade de intercâmbio mútuo entre as Igrejas, onde cada uma compartilha com as outras os dons recebidos de Deus! Trata-se de um impulso do Espírito Santo, que abre o coração de cada crente, com uma significativa experiência apostólica, às necessidades do mundo inteiro. Graças à ajuda de cada baptizado, é assim possível difundir a um número sempre maior de pessoas a perene verdade do Evangelho.

Sim, é obra do Espírito Santo o impulso a erguer das próprias necessidades imediatas o olhar, a fim de o dirigir para as exigências de quantos são «como ovelhas sem pastor» (Mc 6,34), e «querem ver Jesus» (Jn 12,31).

Caros Directores Nacionais das Pontifícias Obras Missionárias, importante é o papel a vós reservado nesta acção evangelizadora. O cuidado de sensibilizar para a obra da evangelização os membros das comunidades cristãs seja sempre a vossa primeira e fundamental preocupação. O trabalho que realizais como responsáveis destas Obras é ele mesmo um serviço prestado à Igreja inteira. Serviço que as quatro Obras, as quais «têm em comum o objectivo de promover o espírito missionário universal no seio do povo de Deus» (Enc. Redemptoris missio RMi 84), prestam de modo diverso e complementar.

Enquanto a Pontifícia Obra da Santa Infância tem como objectivo infundir nos católicos, desde a mais tenra idade, um espírito autenticamente missionário, a Pontifícia Obra de S. Pedro Apóstolo tem como intento a formação dos seminaristas, dos religiosos e das religiosas nas Igrejas de recente fundação. É necessário que esta actividade de sensibilização missionária interesse o inteiro Povo de Deus e se torne exigência sentida por todos. Para ter despertado esse anélito apostólico é chamada sobretudo a Pontifícia Obra da Propagação da Fé, cujo objectivo é envolver na nova evangelização as famílias, as comunidades de base, as paróquias, as escolas, os movimentos, as associações, os Institutos religiosos, de maneira que cada diocese tome consciência da sua vocação missionária universal (cf. Estatutos das Pontifícias Obras Missionárias, Roma 1980, II, 9/a), não só no que concerne à colecta de ajudas materiais e à cooperação espiritual, mas também à promoção das vocações missionárias, tanto «ad tempus» como «ad vitam».

Depois, dou graças ao Senhor pelo trabalho que a Pontifícia União Missionária está a realizar e encorajo-o a orientar todo o seu esforço para a animação dos animadores, a formação dos formadores, respondendo desse modo à sua específica vocação. Precisamente por isto ela foi definida «a alma das outras Obras» (cf. Paulo VI, Carta Apost. Graves et increscentes).

3. Caríssimos Irmãos e Irmãs! Como conclusão deste encontro, formulo de coração os votos por que o vosso ardor apostólico, alimentado pela oração constante e por uma filial devoção a Maria Santíssima, acompanhe dia após dia a vossa actividade. O ícone da Virgem, recolhida em contemplação orante no cenáculo com os Apóstolos, seja a imagem das comunidades cristãs em constante escuta de Deus e prontas a receber a força do Espírito Santo. Deixai-vos guiar pelo Espírito de Deus! Colaborai com Ele na animação do inteiro povo cristão, para que seja fiel a Cristo que o quer generosamente dedicado à edificação do seu Reino. «A todos os fiéis – recorda o Concílio Vaticano II – incumbe, portanto, o glorioso encargo de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens em toda a terra» (Apostolicam actuositatem AA 3).

Eis o futuro da missão, eis o vosso programa: «Hoje e para além do Ano 2000», como bem é expresso pelo título da vossa assembleia.

Enquanto vos confio às mãos misericordiosas de Maria, Estrela da evangelização, asseguro-vos a minha constante lembrança na oração e, ao exortar-vos a prosseguir no caminho empreendido, concedo-vos de coração uma especial Bênção Apostólica, que faço extensiva a todos os vossos Colaboradores no incansável trabalho de animação missionária.



DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


AOS SUPERIORES E ALUNOS DO PONTIFÍCIO


COLÉGIO LEONINO DE ANAGNI (ITÁLIA)


5 de Junho de 1998





Caríssimos Irmãos e Irmãs

1. Sinto-me feliz por apresentar a cada um de vós as minhas cordiais boas-vindas, e penso em particular nos Senhores Cardeais e Bispos aqui presentes. Agradeço ao Monsenhor Reitor as devotas expressões que se dignou transmitir-me em nome dos Superiores, dos Seminaristas, do Pessoal e das respectivas famílias. Dirijo um profundo agradecimento a todos vós por esta visita, com a qual desejais renovar a vossa adesão ao Sucessor de Pedro no centenário do Pontifício Colégio Leonino de Anagni, fundado pelo meu Predecessor Leão XIII.

Cem anos de história constituem um espaço de tempo em si significativo para uma Instituição tão importante para a vida das Igrejas suburbicárias e do Lácio meridional. Portanto, era necessário prever uma adequada celebração jubilar, que permitisse repercorrer as fases salientes destes cem anos de vida. Cada ano se compõe de páginas por vezes desconhecidas, tecidas de oração, disciplina austera, sacrifícios e entusiasmo. Contudo, existem páginas em que sobressaem, como vértices luminosos, acontecimentos que coroaram o empenhamento quotidiano deste caminho centenário.

O meu pensamento dirige-se às mais de mil ordenações sacerdotais, aos momentos celebrativos, aos congressos de estudo e encontros fraternos, bem como aos intensos momentos de despedida dos companheiros que partiam para uma Congregação religiosa ou missionária, e aos dias de festa por ocasião da Ordenação episcopal de alguns ex-alunos.

Entre os acontecimentos especiais que enriqueceram as vicissitudes do Seminário regional de Anagni, é-me grato evocar o dia 31 de Agosto de 1986, durante a minha visita, quando a vossa Comunidade me dedicou um acolhimento cuja recordação ainda conservo de maneira profunda e terna.

2. Desejo agora dirigir um pensamento reconhecido a quantos, com a sua presença benéfica e discreta, no decorrer destes cem anos, marcaram positivamente as vicissitudes do «Leonino» e, sobretudo, aos Padres da Companhia de Jesus, que o guiaram e animaram com louvável dedicação durante cerca de noventa anos, e a quantos prosseguiram a sua actividade com grande empenho.

Refiro-me de modo especial aos numerosos ex-alunos que, depois de terem vivido a expectativa jubilosa do Sacerdócio dentro dos muros do Seminário, sustentaram e continuaram a apoiar a sua Casa de formação com o afecto, a oração e a ajuda concreta. Entre os ex-alunos dos primeiros tempos, apraz-me reservar a especial recordação de um seminarista excepcional, jovem discípulo do grande Vladimir Soloviev, o Exarca Leónidas Feodoroff. Tendo vindo para a Itália a fim de abraçar a fé católica e se tornar sacerdote, foi enviado para o Colégio de Anagni pelo Papa Leão XIII. Ali ele ofereceu um apaixonado testemunho de amor à Igreja, abrindo os corações dos seus companheiros às multiformes riquezas da tradição oriental e à causa da unidade dos cristãos.

3. Caríssimos Seminaristas! Olhando para o bem realizado por quantos na existência secular do «Leonino» se formaram para seguir Cristo no caminho do sacerdócio, desejo confiar-vos algumas recomendações que constituíram o segredo da missão sacerdotal de quem vos precedeu, a fim de que vos ajudem também a tornar-vos fervorosos e generosos anunciadores do Evangelho para a humanidade do ano 2000. Em primeiro lugar, exorto-vos a ser constantemente dóceis ao convite com o qual Jesus inaugura a sua missão: «Convertei-vos!» (Mc 1,15). Sabeis bem que não nos é possível seguir o Senhor e tornar-nos pescadores de homens, se não nos deixarmos «pescar» por Ele e se não tivermos a coragem de abandonar tudo: a «barca», a «rede», o pai, a mãe... até poder dizer: «Tu és o meu bem! Os deuses e senhores da terra não me satisfazem » (Ps 16,2). Este é o caminho que Jesus vos propõe que sigais com total disponibilidade e sem receio, porque quem «segue a Cristo, homem perfeito, tornar-se-á cada vez mais homem» (Gaudium et spes GS 41). Para alcançar esta meta almejada, convido-vos a ser dóceis à voz do Espírito Santo e a aproveitar todas as ocasiões para vos poderdes formar na plena maturidade humana e sobrenatural.

Recomendo-vos, ainda, que cultiveis uma intensa vida de oração. Não se pode anunciar Cristo sem aprender a «estar com Ele» (cf. Mc Mc 3,14). Tal programa de vida empenha, de maneira particular, a ocupar-se com fidelidade e amor dos momentos de oração – a Celebração eucarística quotidiana, a meditação, o Rosário e a visita ao Santíssimo Sacramento – e a ser assíduo ao Sacramento da penitência e à direcção espiritual.

Depois, é necessário que a incessante conversão do coração e a contemplação sejam acompanhadas pelo empenho constante numa profunda e jubilosa comunhão com companheiros e Superiores, de maneira a preparar-vos para ser zelosos promotores de unidade no vosso futuro ministério.

4. Com o olhar dirigido para as vicissitudes passadas e presentes do vosso Seminário regional e para as riquezas espirituais, culturais e humanas que ele originou no seu século de história, desejo unir-me à acção de graças que a vossa Comunidade, os Pastores e o Povo de Deus das vossas Dioceses suburbicárias e do Lácio meridional elevam ao Senhor. As celebrações jubilares constituam uma preciosa ocasião de renovada estima pela benemérita obra do «Leonino » e de convicto apoio ao seu serviço educativo e eclesial.

Faço votos por que o empenho dos Bispos e dos Superiores, apesar das inevitáveis dificuldades, faça com que o «Leonino» continue a dar à Igreja pastores santos, mestres humildes e críveis, e sacerdotes fervorosos para a causa do Reino de Deus.

A Virgem, «Mater Salvatoris», à qual confio todos vós, ajude a realizar no interior do Seminário o clima intenso e jubiloso da Casa de Nazaré, para o tornar um lugar abençoado, no qual cresçam em sabedoria, idade e graça quantos estão chamados a ser imagem viva de Jesus, Bom Pastor.

Com estes votos, abençoo com especial afecto todos vós, o Seminário e as vossas famílias.



DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


AO SENHOR HORÁCIO SÁNCHEZ UNZUETA


EMBAIXADOR DO MÉXICO JUNTO À SANTA SÉ


POR OCASIÃO DA APRESENTAÇÃO


DAS CARTAS CREDENCIAIS


6 de Junho de 1998





Senhor Embaixador

1. É-me grato dar-lhe as minhas cordiais boas-vindas a este acto, no qual me apresenta as Cartas Credenciais que o acreditam como Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário do México junto da Sé Apostólica. Retribuo com sincero agradecimento a afectuosa saudação que o Senhor Presidente da República, Doutor Ernesto Zedillo Ponce de León, me faz chegar por meio de Vossa Excelência, e peço que lhe transmita os meus melhores votos de prosperidade e bem espiritual para a sua pessoa e todos os habitantes da querida terra mexicana.

2. A sua presença aqui faz-me recordar com prazer as minhas visitas pastorais ao seu amado País, nas quais pude perceber, juntamente com o calor do acolhimento e da hospitalidade e de tantas demonstrações de afecto, os grandes esforços realizados para levar a cabo a sua vocação histórica.

Penso de igual modo na minha nova viagem à Cidade do México, que tem como finalidade a entrega da Exortação Apostólica pós-sinodal relativa à Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a América, celebrada em Roma em 1997. Terei assim a grata oportunidade de voltar a pisar o solo mexicano e de encontrar o seu povo e as suas autoridades. A Cidade do México será durante alguns dias a capital pastoral das Américas e testemunha privilegiada de uma etapa histórica no processo da nova evangelização, tanto do Continente americano como do mundo inteiro.

3. O México, pela sua posição geográfica dentro do Continente americano, que lhe consente participar nas diversas correntes culturais, científicas e económicas, muitas vezes criativas e que abrem caminhos para o futuro, é chamado a ser instrumento de paz e diálogo entre os povos do Norte e do Sul, entre países desenvolvidos e outros em vias de desenvolvimento, entre antigas e novas culturas. Ao cumprir esta tarefa, o México pode oferecer toda a riqueza do seu património espiritual e cultural, que tem profundas raízes cristãs, contribuindo assim para o progresso da sociedade na América, com um desenvolvimento que tenha em conta a dimensão humana, tão necessária para garantir um porvir realmente digno das pessoas.

4. No México, Senhor Embaixador, o caminho rumo à garantia e à promoção harmónica dos direitos humanos em favor de todos, está condicionado, como em diversas áreas do continente americano, entre outras coisas, por desequilíbrios económicos e crises sociais. Isto afecta especialmente as pessoas com escassos recursos materiais, as mais expostas também ao desemprego e tantas vezes vítimas da corrupção e de muitas outras formas de violência. Não se deve esquecer que os desequilíbrios económicos contribuem para a progressiva deterioração e a perda dos valores morais, o que se manifesta na desintegração das famílias, no permissivismo nos costumes e no pouco respeito pela vida.

Para recuperar esses valores morais, necessários em toda a sociedade, devem ser incluídas entre os objectivos prioritários do momento presente medidas políticas e sociais, que fomentem um emprego estável e digno para todos, de modo que se supere a pobreza material que ameaça muitos dos habitantes. É iniludível também dedicar especial cuidado à educação das novas gerações, desenvolvendo uma política educativa que consolide e difunda estes valores fundamentais. Assim se contribuirá para que o povo mexicano progrida espiritual, cultural e materialmente, num clima de justiça social e solidariedade. Esta não se pode reduzir a um vago sentimento emotivo ou a uma palavra vazia de conteúdo real, mas exige um compromisso moral activo, uma decisão firme e constante de se dedicar ao bem comum, ou seja, ao bem de todos e de cada um, porque todos são responsáveis por todos (cf. Sollicitudo rei socialis SRS 39-40).

5. A Igreja no México, juntamente com a obra evangelizadora que lhe é própria, colabora na promoção de uma sociedade cada vez mais aberta e participativa, na qual cada um se sente plenamente acolhido e respeitado na sua irrenunciável dignidade. Como mãe e mestra, a Igreja faz seus os problemas do homem, projectando sobre eles os ensinamentos do Evangelho e da sua Doutrina Social, proclamando a primazia da pessoa sobre as coisas, e da consciência moral sobre os critérios exclusivamente utilitaristas, que às vezes obscurecem a imagem de Deus no homem.

Uma especial atenção merecem os povos indígenas, cujo acesso a uma vida cada dia melhor e mais digna, desde um ponto de vista qualitativo e quantitativo – em sectores como educação, saúde, infra-estruturas e outros serviços –, deve realizar-se no respeito pelas suas próprias culturas, tão dignas de consideração. A respeito disso, deve-se ressaltar que as dioceses mexicanas, em cujo âmbito vivem comunidades indígenas, promovem projectos específicos orientados para confirmar essas comunidades na fé católica, que foi abraçada pelos seus antepassados, e para promover o reconhecimento da sua dignidade como pessoas e como povo, facilitando-lhes, ao mesmo tempo, uma plena integração nas conquistas do progresso alcançado pelo resto da nação mexicana.

Todas estas reflexões ajudam a assentar as bases do México, que está às portas do Terceiro Milénio cristão. Para isto deve aprofundar as raízes da própria identidade, tendo em conta que «não se pode ficar prisioneiro do passado: os indivíduos e os povos têm necessidade de uma espécie de "purificação da memória", a fim de que [todos] os males de ontem não voltem a repetir-se» (Mensagem para o Dia Mundial da Paz, 1 de Janeiro de 1997, n. 3). Graças a isto, todos os mexicanos e mexicanas de hoje poderão conviver, sem detrimento do apreço devido às suas tradições, de origem tanto ocidental como indígena, associadas de maneira harmónica numa Nação unida.

6. Antes de concluir este acto desejo formular-lhe, Senhor Embaixador, os meus melhores votos para que a missão que hoje inicia seja fecunda em frutos duradouros. Peço-lhe que se faça intérprete dos meus sentimentos e vivas esperanças junto do Senhor Presidente e das demais Autoridades da República. Ao mesmo tempo, invoco abundantes bênçãos do Altíssimo sobre Vossa Excelência, a sua distinta família e os seus colaboradores, assim como sobre todos os filhos da nobre Nação mexicana, juntamente com a constante e maternal intercessão de Nossa Senhora de Guadalupe, mãe de todos os mexicanos.




Discursos João Paulo II 1998