Discursos João Paulo II 1999 - Sexta-feira, 12 de Março de 1999

DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


AOS MEMBROS DA CONFERÊNCIA EPISCOPAL


DA CROÁCIA POR OCASIÃO DA VISITA


"AD LIMINA APOSTOLORUM"


Terça-feira, 13 de Março de 1999



Queridos Irmãos no Episcopado

1. «Deus, por meio do seu poder que age em nós, pode realizar muito mais do que pedimos ou imaginamos; a Ele seja dada a glória na Igreja e em Jesus Cristo por todas as gerações, para sempre» (Ep 3,20-21).

Estimados Pastores da Igreja que está na Croácia, é-me grato saudar-vos e transmitir-vos as minhas fraternas boas-vindas com as palavras do Apóstolo dos gentios. Viestes em visita ad Limina para reconfirmar a vossa comunhão com o Sucessor de Pedro, «o princípio e o fundamento perpétuo e visível da unidade quer dos Bispos quer da multidão dos fiéis» (Lumen gentium LG 23).

O meu encontro convosco durante estes dias em Roma evoca na minha alma a inesquecível lembrança das duas Visitas pastorais que Deus me concedeu realizar na vossa amada Pátria, em Setembro de 1994 e em Outubro do ano passado. Tratou-se de ocasiões providenciais, durante as quais tive a alegria de constatar a fé do povo croata. Seguindo o mandato que me foi confiado pelo Senhor, confirmei os irmãos e as irmãs na fé e encorajei-os na esperança, a fim de que a sua caridade seja mais intensa e viva. De certa forma é como se este encontro completasse aquelas Viagens apostólicas que realizei como «Peregrino do Evangelho».

Agradeço a D. Josip Bozaniae, Arcebispo Metropolitano de Zagrábia, as cordiais palavras que, como Presidente da vossa Conferência Episcopal, quis dirigir-me em nome de todos, fazendo-se intérprete das expectativas e das esperanças que animam as Igrejas particulares das quais fostes constituídos como verdadeiros e autênticos Mestres e Sacerdotes (cf. Lumen gentium LG 20 cf. também Christus Dominus CD 2) e administradores da graça (cf. Lumen gentium LG 26).

Depois, sinto-me particularmente feliz por poder saudar os Pastores de Požega e de Varaždin, as duas Dioceses mais recentemente criadas, bem como o Ordinário Militar, os quais vêm pela primeira vez em visita ad Limina.Este é um sinal eloquente do crescimento da Igreja na Croácia e da sua vivacidade apostólica e missionária.

Neste momento, a minha recordação dirige-se também ao venerado Cardeal Franjo Kuhariae, Arcebispo Emérito de Zagrábia, a quem agradeço quanto realizou em benefício da Igreja na Croácia e tudo o que continua a fazer em vista de ilustrar às novas gerações a grande figura do seu Predecessor, o Beato Alojzije Stepinac.

2. Nos encontros que tive nestes dias com cada um de vós pude dar-me conta dos programas e expectativas, das dificuldades e potencialidades, das alegrias e preocupações que caracterizam o vosso ministério quotidiano. Enquanto agradeço ao Senhor o bem que estais a realizar nas vossas Dioceses, quereria assegurar-vos a minha constante proximidade espiritual. Caríssimos e venerados Irmãos no Episcopado, continuai a percorrer o caminho empreendido para edificardes o Reino de Deus na vossa Terra que, depois de períodos especialmente difíceis, agora conhece uma nova e promissora primavera religiosa.

Quando no ano passado pisei o solo do vosso País, no primeiro encontro desejei recordar que «é de importância fundamental que o Povo croata permaneça fiel às próprias raízes cristãs, mantendo-se ao mesmo tempo aberto às instâncias do momento actual que, enquanto apresenta problemas não fáceis, deixa também entrever confortadores motivos de esperança». Em particular, acrescentei: «Faço votos por que os cristãos saibam dar um decisivo impulso à nova evangelização, oferecendo com generosidade o seu testemunho de Cristo Senhor, Redentor do homem» (Ed. port. de L'Osservatore Romano de 10 de Outubro de 1998, pág. 1). Hoje renovo esta apaixonada exortação: considerai a evangelização como uma urgente prioridade pastoral! Renovada nas formas e adaptada às novas exigências, esta deve contudo continuar a propor sem compromissos a autêntica e imutável mensagem evangélica. Nenhum âmbito da vida dos indivíduos, das famílias e da sociedade permaneça excluído do anúncio do Evangelho, porque é necessário que a «boa nova» alcance e impregne a existência de cada pessoa lá onde esta vive e trabalha, sofre e rejubila concretamente.

A evangelização é um empenhamento de todos os membros do Povo de Deus e por isso, como tive ocasião de sublinhar no ano passado em Espálato, «a Igreja que está na Croácia tem necessidade de consolidar a comunhão entre as diversas forças que a compõem, a fim de alcançar os objectivos que a esperam no hodierno clima de liberdade e de democracia» (Ed. port. de L'Osservatore Romano de 10 de Outubro de 1998, pág. 7). Só assim esta poderá dar – diante de todos – um grande testemunho da unidade em Cristo e estar à altura dos desafios antigos e novos, correspondendo às expectativas de quantos, impelidos pelo Espírito Santo, procuram a verdade e desejam dar um sentido pleno à própria existência.

Venerados Irmãos, seja vossa solicitude prioritária ajudar cada um dos fiéis a responder à universal vocação à santidade. Por isso, não vos canseis de indicar a quantos estão confiados aos vossos cuidados apostólicos as inexauríveis e puras nascentes da graça, isto é, os Sacramentos, e em particular a Eucaristia e a Penitência. Fortalecida pelos dons da graça e em comunhão com os próprios Pastores, cada comunidade cristã saiba mostrar o seu rosto de alegre família de Deus, onde os sacerdotes, os consagrados e os fiéis crescem juntos na fidelidade e no amor a Cristo e aos irmãos.

3. Há um ulterior motivo que torna ainda mais urgente o anúncio do Evangelho aos nossos contemporâneos: é a preparação do iminente Grande Jubileu do Ano 2000. Nesta perspectiva, é preciso identificar novas verdades e buscar renovadas possibilidades de pregação da mensagem evangélica e de testemunho cristão, valorizando da melhor forma os grandes recursos religiosos e espirituais, humanos e culturais do povo de Deus. Só assim os crentes serão capazes de oferecer à sociedade o seu específico contributo para um genuíno desenvolvimento e um harmonioso crescimento material e espiritual.

Várias formas de actividade pastoral a níveis paroquial e diocesano, bem como no âmbito das províncias eclesiásticas e da Conferência Episcopal, poderão dar um ulterior impulso à nova evangelização. A este respeito, as celebrações em recordação dos 13 séculos de adesão do povo croata ao Cristianismo, iniciadas em Solin em 1975 e encerradas em Marija Bistrica em 1984 constituem um significativo exemplo a que se pode fazer referência. Como não citar aqui a feliz iniciativa que se instituiu naquele período, da oração quotidiana que à noite reúne os católicos croatas numa coral comunhão de louvor e acção de graças pelo dom da fé e da invocação pelas necessidades do presente e do futuro? Sem dúvida o zelo, a perspicácia e a clarividência dos Pastores daquela época não foram desprovidos da inspiração e do impulso do Espírito Santo. Estou persuadido de que também vós continuareis a caminhar ao longo desta senda, escutando quanto o Espírito diz hoje às Igrejas que o Senhor vos confiou (cf. Ap Ap 2,7).

4. Jamais desfaleçam o vosso entusiasmo apostólico e o estilo evangélico de pensar e de agir! Estais chamados a ser mestres na fé, arautos da esperança e testemunhas da caridade. O cuidado das vocações sacerdotais, daquelas de especial consagração, e da formação religiosa permanente dos fiéis leigos deve ocupar um lugar central nos vossos pensamentos.

Na minha experiência de Pastor, eu mesmo tive a confirmação de como é importante que o seminário e em geral os lugares de formação sejam a «menina dos olhos» do Bispo. Contudo, o cuidado das vocações é uma tarefa que diz respeito a toda a comunidade cristã (cf. Optatam totius OT 2). Efectivamente, a vocação nasce no interior da comunidade cristã e nesta se consolida. A seu tempo, será a mesma comunidade cristã a gozar dos frutos deste empenhamento vocacional.

Diante da crise social e espiritual que envolveu também o vosso País, a terapia que se deve adoptar é aquela de revigorar antes de mais o sentido religioso da vida, ajudando as famílias cristãs a serem ambiente e escola em que se praticam e se transmitem os perenes valores humanos e evangélicos. Os jovens têm necessidade de exemplos eloquentes que os ajudem a não perder de vista os ideais que superam o imediato e o continente; precisam de testemunhos de vida inteiramente permeados pela fé, para se abrirem a horizontes mais largos e comprometedores. Como é importante o testemunho dos Bispos, dos sacerdotes, dos consagrados e das consagradas, generosamente conformados a Cristo Jesus e dedicados de maneira íntegra ao abnegado serviço a Deus e ao próximo!

Estimados Irmãos, ajudai as jovens gerações a responderem com fidelidade à chamada que Deus dirige a cada um na Igreja e na sociedade. Em particular, assegurai aos candidatos ao sacerdócio uma formação adequada ao ministério que lhes será confiado. Tende cuidado fraterno dos presbíteros, vossos mais estreitos colaboradores. Eles não são funcionários que agem em nome da Igreja, mas servidores e pregadores do Evangelho, ministros da graça de Deus. Tornados partícipes do sacerdócio de Cristo e unidos ao Bispo no ministério, são enviados a cada comunidade eclesial para compartilhar com o Bispo o cuidado do inteiro Povo de Deus. A fim de que eles possam desempenhar adequadamente as próprias tarefas, é necessário que a sua vida esteja arraigada em Cristo, irrepreensível espelho de santidade e de oração, impregnada de profundo sentido eclesial. Portanto, vigiai queridos Irmãos para que estes sejam sempre e em todos os lugares juntamente convosco modelos do rebanho confiado aos vossos cuidados pastorais (cf. 2Tm 4,12 cf. também 1P 5,3).

5. A Igreja sempre nutriu particular estima pela vocação e obra dos consagrados, dado que estes constituem um enorme recurso espiritual que Deus oferece ao seu Povo. Os seus carismas destinam-se não só à santificação pessoal, mas também ao crescimento e à missão da Igreja, uma vez que os dons especiais concedidos pelo Espírito, «directa ou indirectamente, têm uma utilidade eclesial, ordenados como são para a edificação da Igreja, o bem dos homens e as necessidades do mundo» (Catecismo da Igreja Católica CEC 799). Por conseguinte, como já tive ocasião de recordar, «missão do Bispo é também sustentar os Religiosos e as Religiosas na sua total dedicação ao Senhor, exortando-os a viver com generosidade o carisma do Instituto de pertença e a trabalhar sempre em comunhão com a Igreja particular e universal» (Ed. port. de L'Osservatore Romano de 10 de Outubro de 1998, pág. 7).

Se o governo pastoral das paróquias compete em primeiro lugar ao Clero diocesano, contudo as pessoas consagradas têm a missão de testemunhar a concreta harmonia dos vários carismas operantes, para o bem da Igreja. Os verdadeiros carismas edificam o Corpo Místico de Cristo na caridade e na obediência, no seguimento incondicionado do Mestre divino. Venerados Irmãos, sustentai os religiosos e as religiosas com a vossa oração, afecto e ajuda, a fim de que eles sejam sempre fiéis à própria vocação. Com os seus dons e em comunhão convosco, saberão dar uma válida contribuição à obra pastoral, colocando as suas energias ao serviço da evangelização da inteira sociedade.

6. Com efeito, a nova evangelização exige que se reúnam todas as energias. Neste final de século estão à nossa frente as ruínas materiais e morais provocadas por inumeráveis ideologias; nesta última década assistimos à queda de longas e opressivas ditaduras. Também o vosso País, depois de ter experimentado o período da provação, agora vive um tempo de paz e de liberdade. Todavia, é necessário vigiar a fim de que se percorra a senda da justa liberdade, no respeito de todos os direitos humanos. A vossa missão de Pastores, sempre dedicados ao verdadeiro bem da grei, é indicar incessantemente os princípios perenes e os valores imutáveis depostos pelo Criador no fundamento da dignidade de cada pessoa e nação.

Para poder enfrentar e resolver de maneira positiva os problemas que se apresentam à sociedade e à Igreja na Croácia, e que têm uma profunda raiz na história, são necessários um espírito de caridade, uma paciência longânime e uma clarividência atenta. Só assim crescerão as pequenas plantas da liberdade e da democracia, até se tornarem árvores frondosas. Dilectos Pastores da amada Igreja que está na Croácia, juntamente com os vossos sacerdotes, ensinai aos fiéis a ser a luz e o sal da sociedade (cf. Mt Mt 5,13-14). Os cristãos, por sua vez, poderão ajudar a plasmar «um novo rosto para a sua Pátria», assumindo compromissos públicos, desempenhando-os como verdadeiros crentes em Cristo e promovendo o bem comum com justiça e espírito solidário (cf. Gaudium et spes ). Quanto a vós, sabei oferecer-lhes uma formação religiosa permanente, que os ajude a viver e actuar em sintonia com a fé professada.

Inspirando-vos na parábola do trigo e do joio (cf. Mt Mt 13,24-30), auxiliai-os a fazer com que o diálogo construtivo e a caridade que edifica prevaleçam continuamente sobre a crítica destruidora. É necessário sempre e em toda a parte um compromisso coerente, para que a fé actue por meio da caridade (cf. Gl Ga 5,6) e os seus benefícios tenham em vista o bem de todos, de modo particular dos pobres e dos marginalizados.

O Concílio Vaticano II recorda que os cristãos, «dóceis ao Evangelho e com as energias próprias dele, unidos a todos os que amam e cultivam a justiça, têm a realizar neste mundo uma tarefa imensa, da qual hão-de prestar contas Àquele que no último dia julgará todos os homens. Nem todos os que dizem "Senhor, Senhor!", entrarão no Reino dos Céus, mas aqueles que fazem a vontade do Pai e põem mãos à obra com decisão» (Gaudium et spes GS 93).

Nos seus respectivos âmbitos, a Igreja e a comunidade política são independentes, mas ambas estão ao serviço do único e mesmo homem (cf. Gaudium et spes GS 76). Uma sadia e fecunda colaboração entre a Igreja e o Estado para o bem de todos os cidadãos do País é certamente favorecida pelo mútuo respeito e pelo recíproco entendimento, enriquecidos pelos quatro recentes Acordos assinados entre a Santa Sé e a República da Croácia.

7. «Continuai firmes no Senhor!» (Ph 4,1). «O próprio nosso Senhor Jesus Cristo e Deus nosso Pai, que nos amou e por sua graça nos dá consolo eterno e esperança feliz, lhes concedam ânimo ao coração e os fortaleçam para que façam e falem tudo o que é bom» (2Th 2,16-17). Estimados Irmãos, escutai estas palavras do Apóstolo como se fossem dirigidas a vós, haurindo destas o conforto para perseverar no generoso cumprimento da vossa missão.

A Santíssima Mãe de Deus, muito amada e venerada nas vossas regiões, acompanhe com a sua poderosa intercessão o vosso compromisso apostólico e cada uma das vossas iniciativas ao serviço da Igreja, implorando para vós e para as vossas Dioceses a abundância da graça e da paz em nosso Senhor Jesus Cristo.

Com estes sentimentos, é de bom grado que renovo a Bênção Apostólica a vós, aos vossos sacerdotes, aos consagrados e às consagradas, bem como a todos os fiéis leigos que vivem na Pátria e no estrangeiro.



DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


AOS PARTICIPANTES NUM CURSO PROMOVIDO


PELA PENITENCIARIA APOSTÓLICA


Terça-feira, 13 de Março de 1999



1. Senhor Cardeal Penitenciário, Prelados e Oficiais da Penitenciaria Apostólica, Padres Penitencieiros das Basílicas Patriarcais da Urbe, jovens sacerdotes e candidatos ao Sacerdócio que frequentastes o curso sobre o foro interno, organizado também neste ano pela Penitenciaria Apostólica, recebo-vos com afecto nesta tradicional audiência, que me é particularmente querida.

Ao agradecer ao Senhor Cardeal William Wakefield Baum os sentimentos manifestados na saudação que me dirigiu, desejo ressaltar o grande significado deste encontro, no qual é reafirmado de maneira quase tangível o nexo entre a missão reconciliadora do sacerdote, como ministro do sacramento da Penitência, e a Sé de Pedro. Não foi porventura a Pedro e aos seus sucessores que Cristo confiou em termos universais o poder, o dever, a responsabilidade e ao mesmo tempo o carisma - que se torna extensivo aos Irmãos no Episcopado e aos presbíteros, seus cooperadores - de libertar as almas do poder do mal, ou seja, do pecado e do demónio?

Nesta vigília da Páscoa redentora do Ano jubilar, o encontro assume o valor de símbolo de comunhão, vivida no afã quotidiano ao serviço dos homens e da sua salvação eterna. Tendo em conta este significado universal, ao dirigir-me a vós aqui reunidos na casa do Papa, vejo espiritualmente presentes todos os sacerdotes da santa Igreja católica, onde quer que vivam e trabalhem, e a todos dirijo com afecto esta mensagem.

2. Na variada e harmoniosa multiplicidade dos seus conteúdos e finalidades, o Ano jubilar diz respeito sobretudo à conversão do coração, a metanoia, com a qual no Evangelho tem início a pregação pública de Jesus (cf. Mc Mc 1,15). Já no Antigo Testamento, a quem se converte são prometidas a salvação e a vida: «Porventura sentirei prazer com a morte do injusto? – oráculo do Senhor Javé. O que Eu quero é que ele se converta dos seus maus caminhos e viva» (Ez 18,23). O iminente Grande Jubileu comemora o final do segundo milénio do nascimento de Jesus que, no momento da injusta condenação, disse a Pilatos: «Eu nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade» (Jn 18,37). E a verdade afirmada por Jesus é que Ele veio para salvar o mundo que, de outra forma, se perderia: «De facto, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido» (Lc 19,10).

Na economia do Novo Testamento o Senhor quis que a Igreja fosse universale sacramentum salutis. O Concílio Ecuménico Vaticano II ensina que a Igreja «é em Cristo como que sacramento ou sinal, e também instrumento da união íntima com Deus» (Lumen gentium LG 1). De facto, é vontade de Deus que a remissão dos pecados e a instauração da amizade divina sejam mediadas pela obra da Igreja: «O que ligares na terra será ligado no céu, e o que desligares na terra será desligado no céu» (Mt 16,19), Jesus disse solenemente a Simão Pedro e, através dele, aos Sumos Pontífices seus sucessores. Ele confiou esta mesma recomendação aos Apóstolos e, por meio deles, aos Bispos seus sucessores: «Tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu» (Mt 18,18). Na tarde do dia da Ressurreição, Jesus tornará efectivo este poder com a efusão do Espírito Santo: «Os pecados daqueles que perdoardes, serão perdoados. Os pecados daqueles que não perdoardes, não serão perdoados» (Jn 20,23). Graças a este mandato, os Apóstolos e os seus sucessores na caridade sacerdotal poderão dizer com humildade e verdade: perdoo os teus pecados.

Tenho plena confiança em que o Ano Santo será, como deve ser, um capítulo particularmente eficaz da história da salvação. Ela encontra em Jesus Cristo o seu ponto culminante e o seu significado supremo, porque n'Ele todos nós recebemos «graça sobre graça», obtendo a reconciliação com o Pai (cf. Bula Incarnationis mysterium, 1). Por este motivo tenho confiança e oro para que, graças ao generoso serviço dos sacerdotes confessores, o Ano jubilar seja para todos os fiéis uma ocasião de aproximação piedosa e sobrenaturalmente serena do sacramento da Reconciliação.

3. A este propósito, certamente conheceis o Catecismo da Igreja Católica com a sua aprofundada análise deste tema fundamental. Contudo, neste encontro desejaria recordar alguns pontos deveras essenciais, que não deixareis de propor aos fiéis confiados aos vossos cuidados pastorais:

– Por instituição de Nosso Senhor Jesus Cristo, como está escrito de modo explícito no citado trecho do Evangelho segundo João, a confissão sacramental é necessária para obter o perdão dos pecados mortais cometidos depois do Baptismo. Contudo se um pecador, alcançado pela graça do Espírito Santo, conceber a dor dos seus pecados em virtude da caridade sobrenatural, dado que esses são uma ofensa a Deus, Sumo Bem, obterá imediatamente o perdão dos pecados, até mesmo mortais, desde que tenha o propósito de os confessar sacramentalmente, no tempo devido, quando puder.

– O penitente que, responsável de pecados graves, recebe a absolvição colectiva, sem a prévia confissão individual dos próprios pecados ao confessor, deve conceber uma idêntica resolução: esse propósito é tão necessário que na sua ausência a absolvição seria inválida, de acordo com o cân. 962 § 1 do Código de Direito Canónico e do cân. 721 § 1 do Código dos Cânones das Igrejas Orientais.

– Os pecados veniais podem ser perdoados também fora da confissão sacramental, mas sem dúvida é deveras útil confessá-los sacramentalmente. De facto, admitindo as devidas disposições, obtém-se não só a remissão do pecado, mas também a ajuda especial constituída pela graça sacramental para o evitar no futuro. Neste ponto, é bom reconfirmar o direito que os fiéis têm – e ao seu direito corresponde a obrigação do sacerdote confessor – de se confessar e obter a absolvição sacramental também dos pecados veniais. Não esqueçamos que a chamada confissão devocional foi a escola que formou os grandes santos.

– Para se aproximar da Eucaristia, de maneira lícita e frutuosa, é necessário que antes se faça a confissão sacramental, quando se tem consciência de um pecado mortal. Com efeito, a Eucaristia é a fonte de todas as graças, enquanto representação do Sacrifício salvífico do Calvário; no entanto, como realidade sacramental, não está ordenada directamente à remissão dos pecados mortais: isto é ensinado clara e inequivocavelmente pelo Concílio de Trento (Sess.13, cap. 7 e relativo cânone, DS 1647 Denz. 1647 e 1655), dando por assim dizer autoridade disciplinar e jurídica à própria palavra de Deus: «Todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Portanto, cada um se examine a si mesmo antes de comer deste pão e beber deste cálice, pois aquele que come e bebe sem distinguir o Corpo, come e bebe a própria condenação» (1Co 11,27-29).

4. Por conseguinte, o Ano jubilar, graças ao sacramento da penitência, deve ser de modo especial o ano do grande perdão e da plena reconciliação. Mas Deus, ao qual estamos gratos por nos ter reconciliado, ou com o qual esperamos reconciliar-nos, é nosso Pai: meu Pai, Pai de todos os crentes, Pai da inteira humanidade. Por isso, a reconciliação com Deus exige e comporta a reconciliação com os irmãos, sem a qual não se obtém o perdão de Deus, como nos ensinou Jesus na oração perfeita do Pai nosso: «Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido». O sacramento da penitência requer e deve alimentar o amor fraterno generoso, nobre e real.

Nesta óptica, elevada à sua maior perfeição, o Ano jubilar convida a uma profunda solidariedade num «intercâmbio maravilhoso de bens espirituais, em virtude do qual a santidade de um aproveita aos outros numa medida muito superior ao dano que o pecado de um pôde causar aos demais. Há pessoas que deixam atrás de si uma espécie de saldo de amor, sofrimento suportado, pureza e verdade, que atrai e sustenta os outros. É o fenómeno da "vicariedade", sobre o qual assenta todo o mistério de Cristo» (Incarnationis mysterium, 10).

Reconciliados mediante o sacramento da penitência e, desta forma, assimilados a Cristo Senhor e Redentor, devemos «colaborar na sua obra salvífica e de modo particular na sua paixão. Assim o exprime o conhecido texto da carta aos Colossenses: "Completo o que falta aos sofrimentos de Cristo na minha carne, em favor do seu Corpo que é a Igreja (Col 1,24)"» (Ibid., 10).

5. No sacramento da penitência, eliminadas as fracturas causadas pelo pecado, consolida-se a unidade da Igreja que no Jubileu tem uma altíssima manifestação: por conseguinte, também neste ponto se vê o vínculo conatural entre o Jubileu e o sacramento do Perdão.

A Misericórdia de Deus e a mediação da Igreja oferecem à remissão sacramental do pecado um precioso corolário com o dom da remissão também da pena temporal dele, mediante a Indulgência. Ressaltei-o referindo-me ao Ano jubilar na sua Bula de Proclamação: «De facto, a realização da reconciliação com Deus não exclui a permanência de algumas consequências do pecado, das quais é necessário purificar-se. É precisamente neste âmbito que ganha relevo a indulgência, através da qual se manifesta o "dom total da misericórdia de Deus".» (Ibid., 9).

Jesus nasceu, aliás, foi concebido Sacerdote e Vítima no seio da Mãe, como o Espírito Santo nos ensina na Carta aos Hebreus (cf. 10, 5-7), aplicando expressamente a Jesus o Salmo 40, 7-9: «Não queres sacrifícios, nem ofertas, mas abriste os meus ouvidos. Tu não pedes holocautos pelo pecado. Então eu digo: "Aqui esto". – como se escreve no livro – "para fazer a Tua vontade". Meu Deus, eu quero ter a Tua lei dentro das minhas entranhas». O Jubileu do Ano 2000 recorda à nossa fé, à nossa esperança e ao nosso amor que a salvação provém da natividade do Sacerdote Eterno, Vítima do sacrifício ao qual Ele se ofereceu livremente.

Maria Santíssima, que deu ao Verbo de Deus a Humanidade de sacerdote e de vítima, nos conceda reviver, mesmo na nossa insuficiência e miséria, a Sua missão salvífica com a santidade pessoal e no exercício do ministério do perdão, restituindo aos pecadores, como instrumentos de Deus, a graça, a alegria do coração, as vestes nupciais que consentem o ingresso na vida eterna.

Quanto recordei neste encontro convosco está enunciado, numa síntese breve e maravilhosa, na fórmula ritual da absolvição sacramental: «Deus, Pai de Misericórdia, que pela morte e ressurreição do Seu Filho reconciliou o mundo Consigo e enviou o Espírito Santo para a remissão dos pecados, te conceda o perdão e a paz mediante o ministério da Igreja».

Seja eficaz auspício desta paz para vós e para quantos o Senhor confiou ou confiará ao vosso ministério, a Bênção Apostólica que me apraz conceder-vos.



DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


AOS MEMBROS DA SOCIEDADE DO DIVINO SALVADOR


Sexta-feira, 19 de Março de 1999

Caro Padre Hoffman
Sacerdotes
Irmãos e Irmãs salvatorianos
Queridos amigos em Cristo!

É-me muito grato estar convosco, membros da Sociedade do Divino Salvador, e agradeço ao Padre Hoffman as amáveis palavras de boas-vindas que me dirigiu. No amor do Redentor saúdo todos vós: «Graça e paz vos sejam dadas da parte de Deus, nosso Pai, e de Jesus Cristo nosso Senhor» (Rm 1,7).

Hoje, fazemos uma breve pausa no nosso itinerário quaresmal celebrando a solenidade de São José, Esposo da Bem-aventurada Virgem Maria e Padroeiro da Igreja universal. A reflexão sobre a sua atitude de solicitude e protecção para com Maria e o Menino Jesus oferece uma espécie de moldura à visita que vos faço nesta tarde. Com efeito, semelhantes sentimentos eram nutridos pelo vosso Fundador, Padre Francisco Maria da Cruz Jordan, sobre cujo túmulo há pouco rezei: ele estava impregnado de devoção à Mãe de nosso Senhor e de solicitude por Cristo e pela sua Igreja. Foram precisamente esta solicitude e esta devoção que impeliram o Padre Jordan, ao retornar a Roma após uma viagem à Terra Santa, a pronunciar os votos religiosos com outros dois sacerdotes e a tomar o nome de Francisco Maria da Cruz. Nasceu então a Sociedade do Divino Salvador, que depois se desenvolveu, levando a obra da graça do seu apostolado a todos os continentes.

Compete agora a vós, caros Irmãos e Irmãs, prosseguir a obra do Padre Jordan que consiste em fazer conhecer Cristo, como Salvador do mundo. Sim, na vigília do terceiro milénio cristão, os homens e as mulheres modernos têm, mais do que nunca, necessidade deste conhecimento, desta verdade que os torna livres (cf. Jo Jn 8,32). «A vida eterna consiste nisto: Que Te conheçam a Ti, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a Quem enviaste» (Jn 17,3). Através do testemunho do vosso empenho e mediante o exemplo da vossa generosidade e do vosso amor infinitos – tais como foram demonstrados por São José e pelo vosso Fundador – o mundo será cada vez mais libertado do vínculo do pecado e da morte, o Evangelho será proclamado com maior entusiasmo e vigor, a fé aumentará e a própria Igreja crescerá em santidade e graça. Estes são os resultados certos duma vida despendida a fim de que os outros tenham fé e esperança.

Portanto, como é particularmente oportuno neste dia dedicado à recordação do pai putativo de nosso Senhor, invoco sobre todos os Salvatorianos a protecção de São José.

Mediante a sua poderosa intercessão oro para que possais continuar a dar um testemunho fiel e eloquente do carisma do Padre Francisco Maria da Cruz, e estar repletos de intenso amor por Cristo e pela sua Igreja, e de grande devoção para com a nossa Mãe Santíssima! Que a vossa vida de serviço generoso, em particular entre os jovens e nas missões, inspire outros a abraçarem a fé sempre mais plenamente, de maneira que possam escutar a Palavra de Deus e observá-la (cf. Lc Lc 11,28 também Mt 1,24).

Deus Omnipotente derrame sempre sobre vós as suas abundantes bênçãos!



DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II


A UM GRUPO DE TRABALHADORES


NA SOLENIDADE DE SÃO JOSÉ


Sexta-feira, 19 de Março de 1999



Caríssimos representantes
do mundo do trabalho!

1. Tenho a alegria de vos acolher em Audiência especial na Solenidade de São José, esposo da Bem-aventurada Virgem Maria e guarda do Redentor. Como vós, ele foi trabalhador, um carpinteiro. Ninguém melhor do que ele pode entender os vossos problemas. Por isso, o dia da sua festa é particularmente adequado para este encontro.

Enquanto apresento a cada um de vós as minhas boas-vindas, saúdo com afecto os familiares que vos acompanham. Dirijo um deferente pensamento ao Presidente da Câmara Municipal de Roma, aos Senhores Presidentes e aos dirigentes das vossas empresas aqui presentes. Agradeço ao Presidente da ACEA e à operária da AMA as cordiais palavras de homenagem, pronunciadas em nome de todos, assim como estou grato à banda da ATAC pelas notas festivas com que quis acompanhar este nosso encontro. Agradeço também ao Cardeal Vigário Camillo Ruini as suas palavras, e desejo exprimir sincero apreço à Diocese de Roma pela realização da missão nos ambientes de vida e de trabalho, e penso aqui de modo particular nos vossos Capelães e no seu precioso serviço.

2. Transcorreram quatro anos desde que, na «Piazza di Spagna», diante da estátua da Imaculada Conceição, pedi que Roma se preparasse para o grande Jubileu do Ano 2000 com uma Missão da cidade. A vossa presença hodierna é um testemunho significativo do caminho realizado. De facto, a missão nos ambientes de trabalho representa a etapa final, mas não conclusiva, das diversas iniciativas que se realizaram ao longo destes anos. Progressivamente, passou-se da visita às famílias ao encontro com todos os que vivem nos ambientes de trabalho e compartilham a mesma fadiga quotidiana. A exemplo dos primeiros crentes, também nós não podemos deixar de nos sentir empenhados em anunciar a «Boa Nova» de Jesus Cristo. Com o apóstolo Paulo temos necessidade de repetir todos os dias: «É-me imposta essa obrigação. Ai de mim se não evangelizar!» (1Co 9,16).

A missão nos vários ambientes da vida social constitui uma provocação a encontrar as formas mais conformes e as linguagens mais adequadas para a nova evangelização. A cada um de vós é confiada a tarefa de determinar de que modo o Evangelho pode ser anunciado nos lugares onde trabalhais. Às vezes, sobretudo no encontro directo com as pessoas, é preciso um anúncio explícito, jamais se envergonhando de ser cristão; noutras circunstâncias, talvez, será provavelmente mais útil o silêncio, para dar espaço maior à força do testemunho. Tanto num como noutro caso, de qualquer forma, jamais se poderá esquecer que a missão pertence à essência da fé cristã.

3. Caríssimos trabalhadores, a vossa presença é-me mais do que nunca grata por diversos motivos. Em primeiro lugar, porque o vosso trabalho é representativo da vida da cidade. Com efeito, ofereceis boa parte daqueles serviços indispensáveis a uma cidade, para que ela se apresente com características humanas. A luz, a água, o transporte, a limpeza pública... são todos elementos preciosos para os cidadãos. O que seria a vida de Roma, se viesse a faltar o vosso trabalho quotidiano? Em vista, depois, do Jubileu, quando aumentará o fluxo das pessoas em visita à Cidade, o vosso trabalho é ainda mais importante porque, graças aos vossos serviços, ajudareis os peregrinos a captar melhor a beleza daquilo que o génio do homem pôde realizar ao longo dos séculos na nossa Roma. Vós, deste modo, contribuís para pôr em evidência o fascínio que ela emana de cada uma das suas pedras e dos seus monumentos milenares.

Entre vós estão presentes duzentos trabalhadores do Instituto Nacional da Previdência Social. Também a vós, caríssimos Irmãos e Irmãs, é dado desempenhar uma tarefa mais do que nunca útil, para assegurar uma adequada reforma àqueles que empenharam no trabalho tantos anos da própria vida, e também aos que, por diversas razões, se encontraram em situações de dificuldade ou de marginalização. Actuai com generosidade e solicitude, a fim de que se abreviem os tempos de espera, e os recursos, certamente não abundantes de que a previdência social dispõe, sejam empregados do modo mais útil para a colectividade.

O meu pensamento dirige-se hoje, de maneira especial, a quantos ainda estão em busca do primeiro emprego. Para muitos jovens, a falta de trabalho cria situações de preocupação e às vezes de profunda desilusão. Eles vêem de facto fechada a via para assumirem uma directa responsabilidade na sociedade e, muitas vezes, são obrigados a adiar a formação de uma família. Esta situação, se se prolonga no tempo, torna-se perigosa e insuportável, criando de facto uma barreira entre as pessoas e a sociedade e gerando um sentido de desconfiança, que não ajuda a formação de uma consciência civil.

4. Estas considerações, que a festa de São José me dá a oportunidade de dirigir a vós, aqui presentes, e através de vós a todos os trabalhadores e trabalhadoras da Diocese romana, têm em vista ressaltar o valor do trabalho e a importância de combater o desemprego. A missão, realizada nos diversos ambientes, tem a finalidade de recordar a todos os crentes que a atenção aos mais débeis e indefesos não deve conhecer tréguas: sempre e em toda a parte somos cristãos. Se a paróquia é o lugar privilegiado para sustentar o crescimento na fé, mediante a participação na vida sacramental e nas diferentes manifestações comunitárias, é no âmbito do trabalho que se dá testemunho de tudo aquilo em que se crê, sobretudo mediante a irradiação da caridade. Às vezes o trabalho, seja pela organização de turnos ou pela determinação dos horários e dos prazos, provoca sensações de dificuldade. Pode também suceder que alguns, impelidos pela perspectiva da promoção, cheguem a falsear o próprio relacionamento com os colegas. Diminui então a solidariedade, e a sinceridade e amizade das relações recíprocas são substituídas pela suspeita e a crítica, com o consequente fechar-se no próprio individualismo. Trata-se de uma atitude falsa e desorientada. Não seja assim para vós: no lugar de trabalho tornai evidente aquilo que é o conteúdo central da fé que professais: isto é, o amor de Cristo que, de maneira generosa e gratuita, vai ao encontro de todos.

Os missionários, nas semanas passadas, entregaram-vos, juntamente com o Crucifixo, uma minha carta. Com ela procurei estar próximo de vós na não fácil, mas em todo o caso sempre interessante aventura do trabalho, que tem o objectivo de prosseguir a obra criadora de Deus Pai. Peço a todos vós que sejais testemunhas de esperança: uma esperança que sabe olhar para o amanhã, sem se deixar condicionar pelas multíplices preocupações quotidianas, fundando-se antes sobre a certeza da presença de Deus. Fortalecidos por esta esperança, cruzaremos o limiar do terceiro milénio, com a profunda convicção de que temos de anunciar Cristo, com todas as nossas forças, a todos os que encontrarmos no nosso caminho, para os ajudar a redescobrir o sentido da vida no encontro pessoal com o Senhor Jesus Cristo.

À espera de poder acolher-vos de novo por ocasião da Vigília de Pentecostes, na qual juntos daremos graças ao Pai pelo grande dom da Missão da cidade, abençoo-vos de coração, a vós e às vossas famílias, pedindo ao Senhor, por intercessão de São José e da Virgem Maria, que o vosso trabalho seja para todos fonte de autêntica fraternidade e de confiança na vida.




Discursos João Paulo II 1999 - Sexta-feira, 12 de Março de 1999