Lucas (CNB) 1




Prólogo 

1 1 Muitos tentaram escrever a história dos fatos ocorridos entre nós, 2 assim como nos transmitiram aqueles que, desde o início, foram testemunhas oculares e, depois, se tornaram ministros da palavra. 3 Diante disso, decidi também eu, caríssimo Teófilo, redigir para ti um relato ordenado, depois de ter investigado tudo cuidadosamente desde as origens, 4 para que conheças a solidez dos ensinamentos que recebeste.

Primórdios

 Anúncio do nascimento de João Batista 

5 No tempo de Herodes, rei da Judéia, havia um sacerdote, chamado Zacarias, da classe de Abias. Sua esposa era descendente de Aarão e chamava-se Isabel. 6 Ambos eram justos diante de Deus e cumpriam fielmente todos os mandamentos e preceitos do Senhor. 7 Não tinham filhos, pois Isabel era estéril, e os dois eram de idade avançada.
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Ao exercer as funções sacerdotais diante de Deus, quando era a vez de sua classe, 9 conforme o costume dos sacerdotes, Zacarias foi sorteado para entrar no Santuário do Senhor e fazer a oferenda do incenso. 10 Nessa hora do incenso, todo o povo estava em oração, do lado de fora. 11 Apareceu-lhe, então, o anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso. 12 Quando Zacarias o viu, ficou perturbado e cheio de medo. 13 O anjo lhe disse: “Não tenhas medo, Zacarias, porque o Senhor ouviu o teu pedido. Isabel, tua esposa, vai te dar um filho, e tu lhe porás o nome de João. 14 Ficarás alegre e feliz, e muitos se alegrarão com seu nascimento. 15 Ele será grande diante do Senhor. Não beberá vinho nem bebida fermentada; e, desde o ventre da mãe, ficará cheio do Espírito Santo. 16 Ele fará voltar muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus. 17 Caminhará à frente deles, com o espírito e o poder de Elias, para fazer voltar o coração dos pais aos filhos e os rebeldes, à sabedoria dos justos; e para preparar um povo bem disposto para o Senhor. 18 Zacarias disse ao anjo: “Como posso ter certeza disso? Estou velho e minha esposa já tem uma idade avançada”. 19 O anjo respondeu-lhe: “Eu sou Gabriel, e estou sempre na presença de Deus. Eu fui enviado para falar contigo e anunciarte esta boa-nova. 20 E agora, ficarás mudo, sem poder falar até o dia em que estas coisas acontecerem, já que não acreditaste nas minhas palavras, que se cumprirão no tempo certo”.
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O povo estava esperando Zacarias e se admirava com sua demora no Santuário. 22 Quando saiu, não podia falar, e perceberam que ele tivera uma visão no Santuário. Zacarias se comunicava com eles por meio de gestos e permanecia mudo.
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Passados os dias do seu ofício, ele voltou para casa. 24 Algum tempo depois, sua esposa Isabel ficou grávida e permaneceu escondida durante cinco meses; ela dizia: 25 “Assim o Senhor fez comigo nestes dias: ele dignou-se tirar a vergonha que pesava sobre mim”.

 Anúncio do nascimento de Jesus

26 Quando Isabel estava no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, 27 a uma virgem prometida em casamento a um homem de nome José, da casa de Davi. A virgem se chamava Maria. 28 O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça!­ O Senhor está contigo”. 29 Ela perturbou-se com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. 30 O anjo, então, disse: “Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto a Deus. 31 Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. 32 Ele será grande; será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. 33 Ele reinará para sempre sobre a descendência de Jacó, e o seu reino não terá fim”.
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Maria, então, perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem?” 35 O anjo respondeu: “O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer será chamado santo, Filho de Deus. 36 Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice. Este já é o sexto mês daquela que era chamada estéril, 37 pois para Deus nada é impossível”. 38 Maria disse: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra”. E o anjo retirou-se de junto dela.

 Visita a Isabel. O Magnificat 

39 Naqueles dias, Maria partiu apressadamente para a região montanhosa, dirigindo-se a uma cidade de Judá. 40 Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. 41 Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. 42 Com voz forte, ela exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 43 Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar? 44 Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de alegria no meu ventre. 45 Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!”.
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Maria então disse:
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    “A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu
Salvador,
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porque ele olhou para a humildade de sua serva.
   Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz,
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porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas.
   O seu nome é santo,
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e sua misericórdia se estende de geração em geração
   sobre aqueles que o temem.
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Ele mostrou a força de seu braço:
dispersou os que tem planos orgulhosos no coração.
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Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.
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Encheu de bens os famintos, e mandou embora os ricos de mãos vazias.
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Acolheu Israel, seu servo,
lembrando-se de sua misericórdia,
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conforme prometera a nossos pais,
em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”.
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  Maria ficou três meses com Isabel.
Depois, voltou para sua casa.

 Nascimento de João Batista. Cântico de Zacarias

57 Quando se completou o tempo da gravidez, Isabel deu à luz um filho. 58 Os vizinhos e os parentes ouviram quanta misericórdia o Senhor lhe tinha demonstrado, e alegravam-se com ela. 59 No oitavo dia, foram circuncidar­ o menino e queriam dar-lhe o nome de seu?pai, Zacarias. 60 A mãe, porém, disse: “Não. Ele vai se chamar João”. 61 Disseram-lhe: “Nin­guém entre os teus parentes é chamado com este nome!” 62 Por meio de sinais, então, perguntaram ao pai como ele queria que o menino­ se chamasse. 63 Zacarias pediu uma tabuinha e escreveu: “João é o seu nome!” E todos fi­ca­ram admirados. 64 No mesmo instante, sua bo­ca se abriu, a língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. 65 Todos os vizinhos se enche­ram de temor, e a notícia se espalhou por toda a região montanhosa da Judéia. 66 Todos os que ouviram a notícia ficavam pensando: “Que vai ser este menino?” De fato, a mão do Senhor estava com ele.
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Zacarias, seu pai, cheio do Espírito Santo, profetizou dizendo:
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Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e libertou o seu povo.
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Ele fez surgir para nós um poderoso salvador
na casa de Davi, seu servo,
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assim como tinha prometido desde os tempos antigos,
   pela boca dos seus santos profetas:
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de salvar-nos dos nossos inimigos
   e da mão de quantos nos odeiam.
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Ele foi misericordioso com nossos pais: recordou-se de sua santa aliança,
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e do juramento que fez a nosso pai Abraão, de nos conceder
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que, sem medo e livres dos inimigos,
   nós o sirvamos,
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com santidade e justiça, em sua presença, todos os dias de nossa vida.
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E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo,
   porque irás à frente do Senhor, preparando os seus caminhos,
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dando a conhecer a seu povo a salvação, com o perdão dos pecados,
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graças ao coração misericordioso de nosso Deus,
que envia o sol nascente do alto para nos visitar,
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para iluminar os que estão nas trevas, na sombra da morte,
   e dirigir nossos passos no caminho da paz”.
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O menino crescia e seu espírito se fortalecia. Ele vivia nos desertos, até o dia de se apresentar publicamente diante de Israel.

 Nascimento de Jesus. Os pastores 

2 1 Naqueles dias, saiu um decreto do imperador Augusto mandando fazer o recenseamento de toda a terra 2 – o primeiro recensea­mento, feito quando Quirino era governador da Síria. 3 Todos iam registrar-se, cada um na sua cidade. 4 Também José, que era da família e da descendência de Davi, subiu da cidade?de Nazaré, na Galiléia, à cidade de Davi, chama­da Belém, na Judéia, 5 para registrar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. 6 Quando estavam ali, chegou o tempo do parto. 7 Ela deu à luz o seu filho primogênito, envolveu-o em faixas e deitou-o numa manjedoura, por­que não havia lugar para eles na hospedaria.
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Havia naquela região pastores que passavam a noite nos campos, tomando conta do re­banho. 9 Um anjo do Senhor lhes apareceu, e a glória do Senhor os envolveu de luz. Os pas­tores ficaram com muito medo. 10 O anjo en­tão lhes disse: “Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que será também a de todo o povo: 11 hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor! 12 E isto vos servirá de sinal: en­contrareis um recém-nascido, envolto em faixas e deitado numa manjedoura”. 13 De repente, juntou-se ao anjo uma multidão do exér­cito celeste cantando a Deus:
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“Glória a Deus no mais alto dos céus, e na terra, paz aos que são do  seu agrado!”
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Quando os anjos se afastaram deles, para o céu, os pastores disseram uns aos outros: “Vamos a Belém, para ver o que aconteceu, segundo o Senhor nos comunicou. 16 Foram, pois, às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura. 17 Quando o viram, contaram as palavras que lhes tinham sido ditas a respeito do menino. 18 Todos os que ouviram os pastores ficavam admirados com aquilo que contavam. 19 Maria, porém, guardava todas estas coisas, meditando-as no seu coração.
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Os pastores retiraram-se, louvando e glorifi­cando a Deus por tudo o que tinham visto e?ouvido, de acordo com o que lhes tinha sido dito.

 Circuncisão e apresentação.  Volta para Nazaré 

21 No oitavo dia, quando o menino devia ser circuncidado, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido no ventre da mãe.
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E quando se completaram os dias da purificação, segundo a lei de Moisés, levaram o menino a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor, 23 conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor”. 24 Para tanto, deviam oferecer em sacrifício um par de rolas ou dois pombinhos, como está escrito na Lei do Senhor. 25 Ora, em Jerusalém vivia um homem piedoso e justo, chamado Simeão, que esperava a consolação de Israel. O Espírito do Senhor estava com ele. 26 Pelo próprio Espírito Santo, ele teve uma revelação divina de que não morreria sem ver o Ungido do Senhor. 27 Movido pelo Espírito, foi ao templo. Quando os pais levaram o menino Jesus ao templo para cumprirem as disposições da Lei, 28 Simeão tomou-o nos braços e louvou a Deus, dizendo:
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“Agora, Senhor, segundo a tua promessa, deixas teu servo ir em paz,
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porque meus olhos viram a tua salvação,
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que preparaste diante de todos os povos:
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luz para iluminar as nações e glória de Israel, teu povo”.
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O pai e a mãe ficavam admirados com aquilo que diziam do menino. 34 Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe: “Este menino será causa de queda e de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição 35 – uma espada traspassará a tua alma! – e assim serão revelados os pensamentos de muitos corações”.
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Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Ela era de idade avançada. Quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. 37 Depois ficara viúva e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do templo; dia e noite servia a Deus com jejuns e orações. 38 Naquela hora, Ana chegou e se pôs a louvar Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
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Depois de cumprirem tudo conforme a Lei do Senhor, eles voltaram para Nazaré, sua cidade, na Galiléia. 40 O menino foi crescendo, ficando forte e cheio de sabedoria. A graça de Deus estava com ele.

 Jesus com doze anos 

41 Todos os anos, os pais de Jesus iam a Jerusalém para a festa da Páscoa. 42 Quando completou doze anos, eles foram para a festa, como de costume. 43 Terminados os dias da festa, enquanto eles voltavam, Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais percebessem. 44 Pensando que se encontrasse na caravana, caminharam um dia inteiro. Começaram então a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. 45 Mas, como não o encontrassem, voltaram a Jerusalém, procurando-o. 46 Depois de três dias, o encontraram no templo, sentado entre os mestres, ouvindo-os e fazendo-lhes perguntas. 47 Todos aqueles que ouviam o menino ficavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. 48 Quando o viram, seus pais ficaram comovidos, e sua mãe lhe disse: “Filho, por que agiste assim conosco? Olha, teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura!” 49 Ele respondeu: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devo estar naquilo que é de meu Pai?” 50 Eles, porém, não compreenderam a palavra que ele lhes falou.
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Jesus desceu, então, com seus pais para Nazaré e era obediente a eles. Sua mãe guardava todas estas coisas no coração. 52 E Jesus ia crescendo em sabedoria, tamanho e graça diante de Deus e dos homens.

 João Batista 

3 1 No décimo quinto ano do império de Tibério César, quando Pôncio Pilatos era governador da Judéia; Herodes, tetrarca da Galiléia; seu irmão Filipe, tetrarca da Ituréia e da Traconítide, e Lisânias, tetrarca de Abi­lene; 2 enquanto Anás e Caifás eram sumos sacerdotes, a palavra de Deus veio a João, o filho de Zacarias, no deserto. 3 Ele percorreu toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados, 4 como está escrito no livro dos oráculos do profeta Isaías:
“Voz de quem clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as veredas para ele. 5
Todo vale será aterrado; toda montanha e colina serão rebaixadas; as passagens tortuosas serão endireitadas, e os caminhos esburacados, aplanados. 6 E todos verão a salvação que vem de Deus”.
7
João dizia às multidões que iam a ele para serem batizadas: “Víboras que sois, quem vos ensinou a querer fugir da ira que está para chegar? 8 Produzi frutos que mostrem vossa conversão, e não comeceis a dizer a vós mesmos: ‘Nosso pai é Abraão!’, pois eu vos digo: Deus pode destas pedras suscitar­ filhos para Abraão. 9 O machado já está posto à raiz das árvores. Toda árvore que não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo.”
10
As multidões lhe perguntavam: “Que devemos fazer?” 11 João respondia: “Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo!” 12 Até alguns pu­blicanos foram para o batismo e perguntaram: “Mestre, que devemos fazer?” 13 Ele respondeu: “Não cobreis nada mais do que foi estabelecido.” 14 Alguns soldados também lhe perguntaram: “E nós, que devemos fazer?” João respondeu: “Não maltrateis a ninguém; não façais denúncias falsas e contentai-vos com o vosso soldo”.
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Como o povo estivesse na expectativa, to­dos se perguntavam interiormente se João era ou não o Cristo, 16 e ele respondia a todos: “Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que eu. Eu não sou digno de desatar a correia das suas sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. 17 Ele traz a pá em sua mão para limpar a eira, a fim de guardar o trigo no celeiro; mas a palha, ele queimará num fogo que não se apaga”.
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Assim e com muitas outras exortações, João anunciava ao povo. 19 Mas o rei Herodes, por ele repreendido por viver com Herodíades, a mulher de seu irmão, e por cau­sa de todos os crimes que cometeu, 20 acrescen­tou mais este crime: lançou João no cárcere.

 Batismo, investidura e genealogia de Jesus 

21 Enquanto todo o povo era batizado e Jesus, batizado, estava em ora­ção, o céu se abriu 22 e o Espírito Santo?des­ceu sobre ele, em forma corpórea, como uma pomba. E do céu veio uma voz: “Tu és o meu filho amado; em ti está o meu agrado”.
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Ao iniciar seu ministério, Jesus tinha cerca de trinta anos. Ele era, segundo se pensava, filho de José, filho de Heli, 24 filho de Matat, filho de Levi, filho de Melqui, filho de Janai, filho de José, 25 filho de Matatias, filho de Amós, filho de Naum, filho de Hesli, filho de Nagai, 26 filho de Maat, filho de Matatias, filho de Semei, filho de José, filho de Jodá, 27 filho de Joanã, filho de Resa, filho de Zorobabel, filho de Salatiel, filho de Neri, 28 filho de Melqui, filho de Adi, filho de Cosã, filho de Elmadã, filho de Her, 29 filho de Jesus, filho de Eliezer, filho de Jorim, filho de Matat, filho de Levi, 30 filho de Simeão, filho de Judá, filho de José, filho de Jonã, filho de Eliaquim, 31 filho de Meléia, filho de Mená, filho de Matatá, filho de Natã, filho de Davi, 32 filho de Jessé, filho de Obed, filho de Booz, filho de Sala, filho de Naasson, 33 filho de Aminadab, filho de Admin, filho de Arni, filho de Esron, filho de Farés, filho de Judá, 34 filho de Jacó, filho de Isaac, filho de Abraão, filho de Taré, filho de Nacor, 35 filho de Sarug, filho de Reú, filho de Faleg, filho de Héber, filho de Salé, 36 filho de Cainã, filho de Arfaxad, filho de Sem, filho de Noé, filho de Lamec, 37 filho de Matusalém, filho de Henoc, filho de Jared, filho de Malaleel, filho de Cainã, 38 filho de Enós, filho de Set, filho de Adão, filho de Deus.

A tentação no deserto

4 1 Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do rio Jordão e, no Espírito, era conduzido pelo deserto. 2 Ali foi posto à prova pelo diabo, durante quarenta dias. Naqueles dias, ele não comeu nada e, no final, teve fome. 3 O diabo, então, disse-lhe: “Se és o Filho de Deus, manda que esta pedra se transforme em pão”. 4 Jesus respondeu: “Está escrito: ‘Não se vive somente de pão’”.
5
O diabo o levou para o alto; mostrou-lhe, num relance, todos os reinos da terra, 6 e lhe disse: “Eu te darei todo este poder e a riqueza destes reinos, pois a mim é que foram dados, e eu os posso dar a quem eu quiser. 7 Portanto, se te prostrares diante de mim, tudo será teu”. 8 Jesus respondeu-lhe:
“Está escrito: ‘Adorarás­ o Senhor teu Deus e só a ele prestarás culto’”.­
9
Depois, o diabo levou Jesus a Jerusalém e, colocando-o no ponto mais alto do templo, disse-lhe: “Se és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo. 10 Pois está escrito:
Ele dará ordens aos seus anjos a teu respeito para que te guardem’,
11
e ainda:
Eles te carregarão nas mãos,
para que não tropeces em alguma pedra’”.
12
Jesus, porém, respondeu: “Também foi dito: ‘Não porás à prova o Senhor, teu Deus’”.
13
Terminadas todas as tentações, o diabo afastou-se dele até o tempo oportuno.
Atuação de Jesus na Galiléia
Início na Galiléia. Nazaré
14
Jesus voltou para a Galiléia, com a força do Espírito, e sua fama se espalhou por toda a região. 15 Ele ensinava nas sinagogas deles, e todos o elogiavam.
16
Foi então a Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, no dia de sábado, foi à sinagoga e levantou-se para fazer a leitura. 17 Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, encontrou o lugar onde está escrito:
18
O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me ungiu, para anunciar a Boa-Nova aos pobres: enviou-me para proclamar a libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos 19 e proclamar um ano aceito da parte do Senhor”.
20
Depois, fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Os olhos de todos, na sinagoga, estavam fixos nele. 21 Então, começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir.” 22 Todos testemunhavam a favor dele, maravilhados com as palavras cheias de graça que saíam de sua boca. E perguntavam: “Não é este o filho de José”? 23 Ele, porém, dizia: “Sem dúvida, me citareis o provérbio: ‘Médico, cura-te a ti mesmo’. Tudo o que ouvimos dizer que fizes­te em Cafarnaum, faze também aqui, na tua terra!” 24 E acrescentou: “Em verdade, vos digo que nenhum profeta é aceito na sua própria terra. 25 Ora, a verdade é esta que vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e uma grande fome atingiu toda a região, havia mui­tas viúvas em Israel. 26 No entanto, a nenhuma­ delas foi enviado o profeta Elias, senão a uma viúva em Sarepta, na Sidônia. 27 E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel, mas nenhum deles foi curado, senão Naamã, o sírio”.
28
Ao ouvirem estas palavras, na sinagoga, todos ficaram furiosos. 29 Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no para o alto do morro sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de empurrá-lo para o precipício. 30 Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.

Jesus em Cafarnaum. O possesso na sinagoga

31 Jesus desceu para Cafarnaum, cidade da Galileia, e lá os ensinava, aos sábados. 32 Eles ficavam maravilhados com os seus ensinamentos, pois sua palavra tinha autoridade. 33 Na sinagoga estava um homem que tinha um espírito impuro, e ele gritou em alta voz: 34 ”Que queres de nós, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: o Santo de Deus!” 35 Jesus o repreendeu: “Cala-te, sai dele!” O demônio então lançou o homem no chão e saiu dele, sem lhe fazer mal algum. 36 Todos ficaram espantados e comentavam: “Que palavra é essa? Ele dá ordens aos espíritos impuros, com autoridade e poder, e eles saem”. 37 E sua fama se espalhava por todos os lugares da redondeza.

 Cura da sogra de Simão e outras curas 

38 Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo,­ com muita febre. Intercederam a Jesus por ela. 39 Então, Jesus se inclinou sobre ela e, com autoridade, mandou que a febre a deixasse. A febre a deixou, e ela, imediatamente, se levantou e pôs-se a servi-los.
40
Ao pôr-do-sol, todos os que tinham doentes, com diversas enfermidades, os levavam a Jesus. E ele impunha as mãos sobre cada um deles e os curava. 41 De muitas pessoas saíam demônios, gritando: “Tu és o Filho de Deus!” Ele os repreendia, proibindo que falassem, pois sabiam que ele era o Cristo.

 Anúncio nas cidades da região 

42 De manhã, bem cedo, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam­ e, tendo-o encontrado, tentavam impedir que ele as deixasse. 43 Mas ele disse-lhes: “Eu de­vo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus também a outras cidades, pois é para isso que fui enviado”. 44 E ele ia proclamando pe­las sinagogas da Judéia.


Vocação dos primeiros discípulos.

Pesca milagrosa

5 1 Certo dia, Jesus estava à beira do lago de Genesaré, e a multidão se comprimia a seu redor para ouvir a Palavra de Deus. 2 Ele viu dois barcos à beira do lago; os pescadores tinham descido e lavavam as redes. 3 Subiu num dos barcos, o de Simão, e pediu que se afastasse um pouco da terra. Então sentou-se e,­ do barco, ensinava as multidões.
4
Quando acabou de falar, disse a Simão: “Avança mais para o fundo, e ali lançai vossas­ redes para a pesca”. 5 Simão respondeu: “Mestre, trabalhamos a noite inteira e não pegamos­ nada. Mas, pela tua palavra, lançarei as redes”.­ 6 Agindo assim, pegaram tamanha quantidade de peixes que as redes se rompiam. 7 Fizeram sinal aos companheiros do outro bar­co, para que viessem ajudá-los. Eles vieram e encheram os dois barcos a ponto de quase afundarem. 8 Vendo isso, Simão Pedro caiu de joelhos­ diante de Jesus, dizendo: “Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um pecador!” 9 Ele e todos­ os que estavam com ele ficaram espantados com a quantidade de peixes que tinham pescado. 10 O mesmo ocorreu a Tiago e João, filhos de Zebedeu e sócios de Simão. Jesus disse a Simão: “Não tenhas medo! De agora em diante serás pescador de homens!” 11 Eles levaram os barcos para a margem, deixaram tudo e seguiram Jesus.

 O leproso 

12 Estando Jesus numa das cidades, apareceu um homem coberto de lepra. Ao ver Jesus, ele caiu com o rosto em terra e suplicou-lhe: “Senhor, se queres, tens o poder de purificar­-me.” 13 Estendendo a mão, Jesus tocou nele e disse: “Quero, sejas purificado”. E imediatamente a lepra desapareceu. 14 E ordenou-lhe que não o contasse a ninguém. “Mas”, disse,­ “vai mostrar-te ao sacerdote e apresenta por tua purificação a oferenda prescrita por Moi­sés. Isso lhes servirá de testemunho”. 15 Ca­da vez mais, sua fama se espalhava, e as mul­tidões acorriam para ouvi-lo e para serem­ cu­radas de suas doenças. 16 Ele, porém, se re­ti­rava para lugares desertos, onde se entrega­va­ à oração.

 O paralítico 

17 Num desses dias, ele estava ensinando na presença de fariseus e mestres da Lei, que tinham vindo de todos os povoados da Galiléia, da Judéia e de Jerusalém. O poder do Senhor estava nele para fazer curas. 18 Vieram alguns homens carregando um paralítico sobre uma maca. Eles tentavam introduzi-lo e colocá-lo diante dele. 19 Como não encontrassem um modo de introduzi-lo, por causa da multidão, subiram ao telhado e, pelas telhas, desceram o paralítico, com a maca, no meio, diante de Jesus. 20 Vendo a fé que tinham, ele disse: “Homem, teus pecados são perdoados”. 21 Os escribas e os fariseus começaram a pensar: “Quem é este que fala blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, a não ser Deus?” 22 Jesus, penetrando-lhes os pensamentos, perguntou: “Que estais pensando no vosso íntimo? 23 O que é mais fácil, dizer: ‘Teus pecados são perdoados’, ou: ‘Levanta-te e anda?’ 24 Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem poder de perdoar pecados na terra... eu te ordeno – disse ao paralítico –, levanta-te, pega tua maca e vai para casa”. 25 No mesmo instante, levantando-se diante de todos, pegou a maca e foi para casa, glorificando a Deus. 26 Todos ficaram admirados e glorificavam a Deus, cheios de temor, dizendo: “Vimos hoje coisas maravilhosas”.

 Vocação de Levi

27 Depois disso, Jesus saiu e viu um publicano, chamado Levi, sentado na coletoria de impostos. Disse-lhe: “Segue-me”. 28 Deixando tudo, levantou-se e seguiu-o.
29
Levi preparou-lhe um grande banquete na sua casa. Lá estava um grande número de publicanos e de outras pessoas, sentadas à mesa com eles. 30 Os fariseus e os escribas dentre eles murmuravam, dizendo aos discípulos de Jesus: “Por que comeis e bebeis com os publicanos e com os pecadores?” 31 Jesus respondeu: “Não são as pessoas com saúde que precisam de médico, mas as doentes. 32 Não é a justos que vim chamar à conversão, mas a pecadores”.

 O jejum e o vinho novo 

33 Eles disseram-lhe: “Os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam com freqüência e fazem orações, mas os teus discípulos comem e bebem”. 34 Jesus, então, lhes disse: “Podeis obrigar os convidados do casamento a jejuar, enquanto o noivo está com eles? 35 Dias virão...– então, quando o noivo lhes for tirado, naqueles dias vão jejuar”.
36
Contou-lhes ainda uma parábola: “Ninguém corta um remendo de roupa nova para costurá-lo em roupa velha. Caso contrário, o novo rasga o velho, e o remendo de roupa nova não combina com a roupa velha. 37 Ninguém põe vinho novo em odres velhos, porque o vinho novo arrebenta os odres, e perdem-se o vinho e os odres. 38 Vinho novo em odres novos”.
39
E  disse ainda: “Ninguém que tomou vinho envelhecido deseja vinho novo, pois diz: ‘O velho é melhor’”.

 Arrancando espigas no sábado

6 1 Num sábado, Jesus estava passando pelas plantações de trigo, e os discípulos arrancavam as espigas, debulhavam e comiam. 2 Alguns fariseus disseram: “Por que fazeis o que não é permitido em dia de sábado?” 3 Jesus respondeu-lhes: “Nunca lestes o que fez Davi, quando ele teve fome, e seus companheiros também? 4 Ele entrou na casa de Deus, pegou os pães da oferenda, comeu e ainda deu aos seus companheiros esses pães, que só aos sacerdotes era permitido comer”. 5 E acrescentou: “O Filho do Homem é Senhor também do sábado”.

 A mão seca curada no sábado 

6 Num outro sábado, Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar. Lá estava um homem que tinha a mão direita seca. 7 Os escribas e os fariseus observavam Jesus, para ver se ele faria uma cura no dia de sábado, a fim de terem motivo para acusá-lo. 8 Ele, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse ao homem da mão seca: “Levanta-te e fica aqui no meio!” Ele se levantou e ficou de pé. 9 Jesus disse-lhes: “Eu vos pergunto: em dia de sábado, o que é permitido, fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixar morrer?” 10 Passando o olhar sobre todos eles, Jesus disse ao homem: “Estende a mão!” O homem assim o fez e a mão ficou curada. 11 Eles se encheram de raiva e começaram a discutir entre si sobre o que fariam contra Jesus.

 Eleição dos Doze 

12 Naqueles dias, Jesus foi à montanha para orar. Passou a noite toda em oração a Deus. 13 Ao amanhecer, chamou os discípulos e es­colheu doze entre eles, aos quais deu o nome de apóstolos: 14 Simão, a quem chamou Pedro,­ e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; 15 Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado zelote; 16 Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que se tor­nou o traidor.

 Pregação na planície 

17 Jesus desceu com eles da montanha e pa­rou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e uma grande multidão de gente de toda a Judéia e de Jerusalém, e do litoral de Tiro e Sidônia. 18 Vieram para ouvi-lo­ e serem curados de suas doenças. Também­ os atormentados por espíritos impuros eram curados. 19 A multidão toda tentava tocar nele, porque dele saía uma força que curava a todos.­

 Bem-aventuranças e “ais” 

20 Jesus levantou o olhar para os seus discípulos e disse-lhes:
   “Felizes vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus!
21
Felizes vós que agora passais fome,
porque sereis saciados!
Felizes vós que agora estais chorando, porque haveis de rir!
22
Felizes sereis quando os homens vos odiarem, expulsarem, insultarem e amaldiçoarem o vosso nome por causa do Filho do Homem. 23 Alegrai-vos, nesse dia, e exultai, porque será grande a vossa recompensa no céu, pois era assim que os seus antepassados tratavam os profetas.
24
Mas, ai de vós, ricos, porque já tendes vossa consolação!
25
Ai de vós que agora estais fartos, porque passareis fome!
Ai de vós que agora estais rindo, porque ficareis de luto e chorareis!
26
Ai de vós quando todos falarem bem de vós, pois era assim que seus antepassados tratavam os falsos profetas.

 O amor aos inimigos 

27 “Ora, a vós que me escutais, eu digo: amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam. 28 Falai bem dos que fa­lam mal de vós e orai por aqueles que vos calu­niam. 29 Se alguém te bater numa face, oferece também a outra. E se alguém tomar o teu manto, deixa levar também a túnica. 30 Dá a quem te pedir e, se alguém tirar do que é teu, não peças de volta. 31 Assim como desejais que os outros­ vos tratem, tratai-os do mesmo modo. 32 Se amais somente aqueles que vos amam, que generosidade é essa? Até os pecadores amam aqueles que os amam. 33 E se fazeis o bem somente aos que vos fazem o bem, que generosidade é essa? Os pecadores também agem assim. 34 E se prestais ajuda somente àqueles de quem esperais receber, que generosidade é essa? Até os pecadores prestam ajuda aos pecadores, para receberem o equivalente.
35
Amai os vossos inimigos, fazei o bem e prestai ajuda sem esperar coisa alguma em tro­ca. Então, a vossa recompensa será grande.­ Sereis filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso também para com os ingratos e maus.
36
Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso.

 O perdão e a generosidade \2 

37 “Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. 38 Dai e vos será dado. Uma medida boa, socada, sacudida e transbordante será colocada na dobra da vossa veste, pois a medida que usardes para os outros, servirá também para vós”.

 Cegos guias de cegos. O cisco e a trave 

39 Ele contou-lhes, também, uma parábola: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois no buraco?
40
O discípulo não está acima do mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre.
41
Por que observas o cisco que está no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? 42 Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando não percebes a trave que está no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave que está no teu olho e, então, enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão.

 A árvore e os frutos 

43 “Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons. 44 Cada árvore se reconhece pelo seu fruto. Não se colhem figos de espinheiros, nem uvas de urtigas. 45 Quem é bom tira coisas boas do tesouro do seu coração, que é bom; mas quem é mau tira coisas más do seu tesouro, que é mau. Pois a boca fala daquilo de que o coração está cheio.

 Conclusão. A casa bem construída

46 “Por que me chamais: ‘Senhor! Senhor!’, mas não fazeis o que vos digo? 47 Vou mostrar-vos com quem se parece todo aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as põe em prática. 48 É semelhante a alguém que, para construir uma casa, cavou fundo e firmou o alicerce sobre a rocha. Veio a enchente, a correnteza atingiu a casa, mas não conseguiu derrubá-la, porque estava bem construída. 49 Aquele, porém, que ouve e não põe em prática, é semelhante a alguém que construiu uma casa no chão, sem alicerce. A correnteza atingiu a casa, e ela, imediatamente, desabou e ficou totalmente destruída”.


Lucas (CNB) 1